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Os conceitos de representação em schopenhauer

Carvalho, Diego Uchôa Souza 16 August 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:11:51Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1567068 bytes, checksum: 70cc82a27089df94c9cdefb797e8f151 (MD5) Previous issue date: 2013-08-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The present dissertation aims at exposing the representation concepts and their respective consequences regarded to Arthur Schopenhauer s world conception. The underlying representation concepts to Schopenhauerian philosophy answer to issues regarding to human knowledge and formulated since classical Antiquity, which justifies the plenty relevance of the theme. It is also very important the urgent need of underlining, in Schopenhauer thoughts, some subtle aspects of the general representation concept, to which the due importance wasn t given by many of those who study the matter. In the achieve of this, in a first moment, the text intends to delimit and expose the theoretical pressupositions which are indispensable to its right comprehension. Afterwards, it attempts to formulate the above-mentioned general concept. Thereafter, has the purpose of ordinating the specific representation concepts according to the Principle of Sufficient Reason. Finally, it has the objective of relating the preceeding ideas to the notion of Will as noumenon or thing-in-itself, besides explaning, based on this Will understanding, a new representation concept, which will be, this time, independent of the above-reffered principle. / A presente dissertação tem como finalidade expor os conceitos de representação e suas respectivas consequências na concepção de mundo de Arthur Schopenhauer. Os conceitos de representação inerentes à filosofia schopenhaueriana respondem a questionamentos relativos ao conhecimento humano formulados desde a Antiguidade Clássica, o que justifica a plena relevância do tema. É também de assaz importância a preemente necessidade de sublinhar-se, no pensamento do filósofo, sutilezas acerca do conceito geral de representação às quais não foi dada a devida importância por parte dos estudiosos da matéria. Para tanto, num primeiro momento, o texto busca delimitar e expor os pressupostos teóricos imprescindíveis para sua compreensão. Em seguida, pretende formular o referido conceito geral. Logo após, tem o propósito de ordenar os conceitos específicos de representação de acordo com o Princípio de Razão Suficiente. Por fim, objetiva relacionar as ideias precedentes à noção de Vontade como númeno ou coisa-em-si, além de explanar, com base nessa, um novo conceito de representação, dessa vez, independente daquele princípio.
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Metaf?sica e moralidade na filosofia de Schopenhauer

Rochamonte, Catarina 28 June 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-12-17T15:12:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 CatarinaR_DISSERT.pdf: 573602 bytes, checksum: 83caeaada44bac16fdb1463348983765 (MD5) Previous issue date: 2010-06-28 / This work posits a mutual implication between metaphysics and morality in the philosophy of Schopenhauer and seeks to clarify the many nuances that take place in this relation. Each chapter offers a perspective in which the relation between metaphysics and morality can be addressed. Thus, by exposing some important aspects of representation theory of Schopenhauer, we try, in the first chapter, explain the relationship between his idealism and his conception of morality; in the second chapter, the determinism present both in nature and in moral actions, determinism that establishes the relationship between morality and metaphysics through the very notion of a metaphysical nature; in the third chapter, relationship between metaphysics and morality that takes place through the notion of freedom as denial of the previous determinism, freedom possible to the genius, to the saint and to the ascetic. All of these perspectives, however, presuppose the distinction between phenomenon and thing-initself, figuring this distinction as crucial in building of this metaphysic that seeks to protect the moral significance of the world while denying the existence of God / Este trabalho afirma uma m?tua implica??o entre metaf?sica e moralidade na filosofia de Schopenhauer e busca explicitar as diversas nuan?as na qual se d? essa rela??o. Cada cap?tulo apresenta uma perspectiva na qual a rela??o entre metaf?sica e moralidade pode ser abordada. Desse modo, atrav?s da exposi??o de alguns aspectos importantes da teoria da representa??o de Schopenhauer, tentamos, no primeiro cap?tulo, explicitar a rela??o entre seu idealismo e sua concep??o de moralidade; no segundo cap?tulo, o determinismo presente tanto na natureza quanto nas a??es morais estabelece a rela??o entre moralidade e metaf?sica atrav?s da pr?pria no??o de metaf?sica da natureza; no terceiro cap?tulo, a rela??o entre metaf?sica e moralidade se d? atrav?s da no??o de liberdade como nega??o do determinismo anterior, liberdade essa poss?vel ao g?nio, ao santo e ao asceta. Todas essas perspectivas, entretanto, pressup?em a distin??o entre fen?meno e coisa-em-si, figurando tal distin??o como indispens?vel na constru??o dessa metaf?sica que busca resguardar a significa??o moral do mundo ao mesmo tempo em que nega a exist?ncia de Deus
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Labirintos do nada: a crítica de Nietzsche ao niilismo de Schopenhauer / Nothing\' s labyrinth: Nietzsche\'s critic to the Schopenhauer\' s Nihilism

Jarlee Oliveira Silva Salviano 12 March 2007 (has links)
As filosofias da Vontade de Arthur Schopenhauer e Friedrich Wilhelm Nietzsche apresentam duas posturas antagônicas em relação ao sentido da vida. Em ambos a vida deve ser explicada como a expressão de uma força cega e irracional, tornando-se sinônimo de dor e sofrimento - contudo, a reação de cada um diante deste achado filosófico do século XIX os coloca em caminhos contrários. No elogio schopenhaueriano da negação da vontade, da fuga ascética em direção ao Nada, Nietzsche encontra o antípoda de sua filosofia, o niilismo passivo contra o qual propõe o niilismo ativo da afirmação do Eterno retorno. / Arthur Schopenhauer and Friedrich Wilhelm Nietzsche\'s philosophies of Will present two contrary positions in relation to the sense of life. In both cases life should be explained as an expression of blind and irrational force, becoming a synonym of pain and suffering - nevertheless, the reaction of each in the face of this philosophic finding of the XIX century, places them in opposing paths. In the Schopenhaueran commendation to the denial of will, of self-denying escape in the direction of Nothing, Nietzsche finds the opposite to his philosophy, passive nihilism against which he proposes active nihilism of the affirmation of the Eternal return.
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O princípio de razão suficiente (1813) e a questão da verdade em Schopenhauer. / The principle of sufficient reason (1813) and the question of the truth on Schopenhauer.

Paulo Marcos da Silva 03 August 2010 (has links)
O presente trabalho se dispõe a discutir como Schopenhauer elabora seu princípio de razão suficiente, em sua primeira versão (1813), e qual a concepção de verdade empregada pelo autor para justificar o modo de operacionalização da segunda classe - ratio cognoscendi - do referido princípio e como ela se relaciona com as demais. Em face dessas duas questões apresenta-se como o autor desenvolve sua teoria do conhecimento conceitual e dos juízos. Também se busca discutir como a ciência, um saber abstrato, é sistematizada, dado que ela é um conjunto de conhecimentos homogêneos que depende de conceitos e tem sua organização expressada segundo a ratio cognoscendi. Por fim, a presente dissertação esclarece que a verdade nem sempre é o caso, pois, ao Homem, ocorre a capacidade do riso, fenômeno, o qual demonstra que nem sempre o princípio de razão e a concepção de verdade, que é uma de suas expressões e mostra a congruência entre as classes, é obedecido. / This work presents a discussion about how Schopenhauer elaborates his principium rationis sufficientis, in it first version (1813), and which is the truth conception used by the author to justify the way of second class works - ratio cognoscendi - of it principle and how it is the relation among another ones. In face of this two questions, we present how author developes his theory of conceptual knowledge and judgments. We also expect to discuss how science, abstract knowledge (Wissen) is systematized, in so far as it is a class of homogeny knowledges that depend on concepts and have it organization express by ratio cognoscend. Finally, this dissertation explains why truth sometimes is not the case, because to human being happens the laughter capacity, phenomenon, which is one of it expressions and shows the incongruity of the classes, is satisfied.
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As Forças Naturais na obra de Schopenhauer / The Natural Forces on the Work of Schopenhauer

Rodrigo Braga Alonso 24 February 2015 (has links)
Buscamos, nesta dissertação, lidar com o amplo conceito de forças naturais na obra de Schopenhauer; partindo de suas opiniões pelo ponto de vista científico até a correlação entre forças naturais, a força vital, a Ideia e os graus de objetivação da vontade de modo a desenvolver sua noção de unidade na natureza. / It\'s our goal, on this dissertation, to deal with the vast concept of natural forces on the work of Schopenhauer; starting with his opinions through the scientific point of view until the correlation between natural forces, the vital force, the Ideia e the degrees of the objetification of the will so we can develop his notion of unity on nature.
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Teleologia e vontade em Schopenhauer / Teleology and will in Schopenhauer

Vinicius de Castro Soares 12 August 2014 (has links)
A presente Dissertação analisa o problema da teleologia na obra de Schopenhauer. Em nosso trabalho, buscamos compreensão sobre a modulação existente do \"como se\" kantiano, ao mostrar como o jogo entre vontade e representação modifica o sentido do juízo teleológico da Crítica do Juízo. Nessa chave de leitura, procuramos construir uma argumentação que permita pensar a existência de um horizonte regulativo aliado à intuição primordial da vontade. Como consequência, encontramos, nessa modulação, uma expansão do problema do organismo para uma questão sobre a essência da natureza. Como resultado, o deslocamento da teoria do juízo de reflexão kantiana transforma essa leitura sobre o mundo natural em uma questão da teleologia na metafísica da vontade, transformando o problema da finalidade na natureza em problema a respeito da finalidade no campo da ética. É nela que se apresenta o paradoxo da individualidade, na crise entre a afirmação do indivíduo e a destinação do mundo / This dissertation examines the problem of teleology in Schopenhauer\'s work. In our work, we seek an understanding of the existing modulation of the Kantian\'s \"as if\", to show how the interplay between will and Representation modifies the sense of teleological judgment of the Critique of Judgment. In this reading key, we seek to set up an argument to suggest the existence of a regulative horizon coupled with the primordial intuition of will. As a consequence, we find, in this modulation, an expansion of the problem of organism onto a question about the essence of nature. As a result, the displacement of the Kantian\'s theory of judgment reflection transforms this reading about the natural world in a question of teleology in the metaphysics of will, and transforming the problem of purpose in nature in issue as to the purpose in the field of ethics. Is it that presents the paradox of individuality: the crisis between the assertion of the individual and the destination of the world
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A antinomia da teoria do conhecimento de Schopenhauer / The antinomy of Schopenhauer\'s theory of knowledge

Katia Cilene da Silva Santos 04 July 2017 (has links)
Este trabalho versa sobre a antinomia da faculdade de conhecimento, também conhecida como paradoxo de Zeller, que Schopenhauer refere no primeiro livro de O mundo como Vontade e representação. Essa questão tem sido bastante discutida na história do pensamento schopenhaueriano e permanece ainda hoje como um problema em aberto. Desde os primeiros leitores de Schopenhauer, a antinomia da faculdade de conhecimento foi apontada como um problema de solução difícil, quando não impossível, e explicada de maneiras diversas. Algumas vezes, apontou-se a heterogeneidade das teorias sobre as quais o pensamento schopenhaueriano se ergue; em outras, a antinomia foi atribuída a erros de interpretação da filosofia kantiana; por vezes, remeteram-na a um dualismo em que se chocam materialismo e idealismo, ou realismo e idealismo, e há ainda outras visões. Nesta tese, propomos uma interpretação alternativa, que toma as dificuldades da filosofia schopenhaueriana como constitutivas, e, sem pretender justificá-la nem impugná-la, busca sua compreensão a partir das questões teóricas com as quais o filósofo se defrontou. Como resultado, encontramos que Schopenhauer evidencia a insuficiência tanto do idealismo quanto do realismo para a explicação completa e correta do mundo, bem como a mútua exigência entre ambos. A complementaridade entre os pontos de vista opostos do idealismo e do realismo impõe que sejam articulados, embora sua combinação origine os diversos problemas presentes na obra schopenhaueriana, entre os quais está a antinomia da faculdade de conhecimento. Adicionalmente, analisamos outras questões e dificuldades que surgiram no pensamento de Schopenhauer, algumas mencionadas pelo filósofo, outras não. / This work deals with the antinomy of the faculty of knowledge, also known as Zeller\'s paradox, to which Schopenhauer refers in the first book of The world as Will and representation. This question has been much discussed in the history of Schopenhauer\'s thought and still remains today as an unsolved problem. Since the early readers of Schopenhauer, the antinomy of the faculty of knowledge was pointed out as a problem of difficult solution, if not impossible, and explained in different ways. At times, the heterogeneity of the theories on which Schopenhauer\'s thought stands has been pointed out; other times, the antinomy was attributed to errors in the interpretation of Kantian philosophy; for many times referred to a dualism in which collide materialism and idealism, or realism and idealism; and there are still other viewpoints. In this thesis, we propose an alternative interpretation, which takes the difficulties of Schopenhauer\'s philosophy as constitutive, and not pretending to justify or contest it, we search for an understanding from the theoretical questions with which the philosopher faced. As a result, we find that Schopenhauer evidences the inadequacy of both idealism and realism for the complete and correct explanation of the world, as well as the mutual demand between them. The complementarity between the opposing viewpoints of idealism and realism demands they to be articulated, although their combination gives rise to the various problems present in Schopenhauer\'s work, among which is the antinomy of the faculty of knowledge. In addition, we analyzed other issues and difficulties that arose in Schopenhauer\'s thought, some mentioned by the philosopher.
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Nietzsche e a autossuperação da filosofia da vontade: uma interpretação sobre o papel da recepção de Schopenhauer no percurso da obra nietzschiana / Nietzsche and the overcoming of the philosophy of will: an interpretation of the role of Schopenhauer\'s reception in the course of Nietzsche\'s work

Daniel Quaresma Figueira Soares 24 April 2015 (has links)
Esta tese aborda alguns aspectos da recepção de Schopenhauer durante o percurso da obra de Nietzsche, procurando compreender sobretudo o papel desempenhado pelo autor de O mundo como vontade e representação no desenvolvimento do pensamento nietzschiano. A primeira parte analisa o período de juventude da obra nietzschiana, almejando evidenciar uma peculiaridade na relação de filiação existente entre o jovem filólogo e seu denominado educador. A aparente simplicidade da relação entre um discípulo e seu mestre, sugerida pela constatação de que Nietzsche assume grande parte da doutrina schopenhaueriana durante este período de sua obra, torna-se problemática ao percebermos uma diferença crucial de posicionamento ante a questão fundamental proposta por Schopenhauer e recebida por Nietzsche como orientadora de seu pensamento: a questão do valor da vida. Esta análise insere-se numa reflexão sobre a própria concepção de filosofia. Já na segunda parte, trata-se de abordar o período intermediário da obra de Nietzsche, procurando matizar a conhecida ruptura nietzschiana em relação a Schopenhauer durante este período. O intuito principal desta parte é expor como, ao mesmo tempo em que passa a rejeitar e tecer diversas críticas à doutrina schopenhaueriana, Nietzsche permanece ainda orbitando no horizonte daquela questão fundamental proposta por Schopenhauer. Na terceira parte, procura-se demonstrar como Nietzsche efetua uma autossuperação da filosofia da vontade ao elaborar uma nova concepção do querer, na medida em que a noção de vontade de potência é erigida tendo como pano de fundo o questionamento de um pressuposto velado que sustentava a filosofia de Schopenhauer. A partir dessa nova compreensão do querer, Nietzsche é capaz tanto de reelaborar algumas noções que apareciam desde o início de sua trajetória quanto de formalizar o derradeiro papel de Schopenhauer na constituição de seu próprio pensamento: para isso, será necessária uma contextualização e depuração daquela questão fundamental. / This thesis deals with some aspects of Schopenhauers reception during the course of Nietzsches work, aiming mainly at understanding the role played by the author of The World as Will and Representation in the development of Nietzschean thought. The first part analyzes the period of the youth of Nietzschean work, intending to evince a peculiarity in the relation of filiation existing between the young philologist and his so-called educator. The apparent simplicity of the relation between a learner and his master, suggested by the verification that Nietzsche largely assumes Schopenhauerian doctrine during this period of his work, becomes problematic as we notice a crucial difference of position when facing the fundamental question proposed by Schopenhauer and received by Nietzsche as a guideline for his thought: the question of the value of life. This analysis is part of a reflection on the conception of philosophy itself. The second part approaches the middle period of Nietzsches work, looking for the nuances of the known Nietzschean rupture in relation to Schopenhauer during this period. The main goal of this part is to show how, while rejecting and criticizing Schopenhauerian doctrine, Nietzsche continues to orbit in the horizon of that fundamental question proposed by Schopenhauer. In the third part, we seek to demonstrate how Nietzsche overcomes the philosophy of Will as he elaborates a new conception of will; the notion of will to power is built having as background the questioning of a hidden presupposition that held Schopenhauers philosophy. From this new way to understand the will, Nietzsche is able to re-elaborate some notions that were present since the beginning of his work and to formalize the last role of Schopenhauer in the constitution of his own thought: for this, it will be necessary to contextualize and depurate that fundamental question.
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A \"miragem\" do absoluto - Sobre a contraposição de Schopenhauer a Hegel: crítica, especulação e filosofia da religião / The mirage of the Absolute. On the contraposition of Schopenhauer and Hegel: Critique, Speculation and the Philosophy of Religion

Flamarion Caldeira Ramos 30 January 2009 (has links)
Esta tese procura reconstruir a crítica de Schopenhauer a Hegel, para além das invectivas e juízos sumários. Embora não escreva um texto específico sobre esse tema, a posição crítica de Schopenhauer em relação a Hegel é formulada em vários momentos de sua obra. Nosso trabalho consiste, em um primeiro momento, em reconstruir a crítica de Schopenhauer, comparando-a com as posturas críticas de Schelling e Feuerbach. Trata-se de expor e analisar os argumentos de Schopenhauer de modo a construir uma imagem crítica da filosofia de Hegel e, ao mesmo tempo, mostrar em que sentido essa mesma crítica pode ser relativizada do ponto de vista da filosofia hegeliana. Nesse sentido, o presente trabalho procura refletir sobre a dificuldade implicada na tarefa de construir uma crítica da filosofia de Hegel, já que como mostrou Gérard Lebrun, Hegel oferece menos uma filosofia que um discurso que é mal compreendido sempre que tentamos julgá-lo a partir de nossos pressupostos discursivos. Num segundo momento, examinamos os pontos comuns da abordagem especulativa presente em ambas as filosofias e investigamos temas tais como a questão da determinação das coisas finitas em relação à realidade substancial, a tarefa da filosofia e o problema da exposição da verdade filosófica. Num terceiro e conclusivo momento, procuraremos contrapor a filosofia da religião de ambos os autores, pois como pretendemos mostrar, o tema da fronteira entre a filosofia e a religião é fundamental para estabelecer a oposição entre os autores sobre a questão central da exposição do absoluto e dos limites do conhecimento. Por fim, ofereceremos ainda alguns textos paralelos a essa tese que procuram refletir sobre as interpretações de autores como Lukács e Horkheimer sobre a contraposição entre Hegel e Schopenhauer. / This thesis seeks to reconstruct Schopenhauer\'s criticism of Hegel, beyond invective and brief judgment. Though he does not write on the theme specifically, Schopenhauer\'s critical position with regards to Hegel is formulated at several moments of his oeuvre. This work consists of reconstructing Schopenhauer\'s criticism at first, by comparing it to the criticism of Schelling and Feuerbach. It aims at exposing and analyzing Schopenhauer\'s arguments so as to build a critical image of the philosophy of Hegel, and simultaneously demonstrate how this very criticism can be relativized from a Hegelian point of view. Therefore, this work seeks to reflect upon the difficulty implied in the task of constructing a criticism of the philosophy of Hegel, since Hegel, as Gérard Lebrun has demonstrated, offers less of a philosophy than a discourse which is misunderstood whenever we attempt to judge it from the perspective of our discursive presuppositions. Secondly, we shall examine the common points in the speculative approach present in both philosophies, and investigate themes such as the question of the determination of the finite in relation to the substantial reality, the task of Philosophy and the problem of the exposure of the philosophical truth. Thirdly, we\'ll attempt to counterpose the philosophy of religion of both authors, for, as we intend to demonstrate, the theme of the frontier between Philosophy and Religion is crucial to establish the opposition between the authors on the central issue of exposure of the Absolute and of the limits of knowledge. Finally, we shall look into a few other texts parallel to this thesis which aim at reflecting upon the interpretations of authors such as Lukács and Horkheimer about the counterposition between Hegel and Schopenhauer.
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A outra face do pessimismo: entre radicalidade ascética e sabedoria de vida / The other side of pessimism: between ascetic radicalism and wisdom of life

Vilmar Debona 17 December 2013 (has links)
Esta tese consiste numa interpretação da relação da eudemonologia e da filosofia prática com a ética desinteressada, com o pessimismo metafísico e com o ascetismo em Schopenhauer. Para tanto, o presente estudo assume a ótica da caracterologia schopenhaueriana e apresenta uma tentativa de resposta para a questão de como seria possível acomodar, por exemplo, uma arte de ser feliz diante de um pessimismo radical. Trata-se, sobretudo, de uma leitura da natureza da ética e do pessimismo quando estes são tomados sob o ponto de vista empírico-prático. Afinal, se Schopenhauer reconheceu na negação espontânea da vontade a única via de redenção do mundo intrinsecamente egoísta e doloroso, ele também se deteve numa teoria da felicidade em termos de sabedoria de vida e de prudência. Para tratar da questão, este trabalho i) empreende uma análise pormenorizada da noção de caráter (Charakter), tal como este se faz presente nas principais fases de produção do pensador - tanto a partir das obras publicadas, quanto dos manuscritos póstumos -, ii) enfatiza a preocupação do filósofo em estabelecer um desvio da metafísica para abordar sua eudemonologia frente à perspectiva superior de sua metafísica, e iii) defende que as esferas empírica e metafísica desta filosofia, apesar de apresentarem propósitos diversos, são suplementares. As distinções entre o que denomino de grande ética e de pequena ética e entre o que denomino de pessimismo metafísico e pessimismo pragmático - novidade propriamente dita deste estudo - permitiriam entender esta suplementaridade. Em ambas as diferenciações, a noção de caráter proporciona uma peculiar sutura entre as perspectivas metafísica (filosofia teorética) e empírica (filosofia prático-pragmática) deste pensamento: se os conceitos de caráter inteligível e de caráter empírico são centrais sob o viés metafísico da ética da compaixão e do ascetismo (tratados nos capítulos 1 e 2), a noção de caráter adquirido é fulcral na esfera da sabedoria de vida e da filosofia prática (tratada nos capítulos 3 e 4). Da mesma forma, se as ideias de negação imediata da vontade, de rompimento com a ilusão dos fenômenos e de supressão do caráter (Aufhebung des Charakters) compõem a esfera da metafísica da ética, as noções de ética da melhoria (bessernde Ethik), de motivações mediatas, de educação do intelecto (ativo), de ponderação (Überlegung) e de moral do como se (Als-Ob) configuram a dimensão empírica desta mesma ética. Pelo reconhecimento dessas duas perspectivas de consideração da ação e da existência humanas, o pensamento schopenhaueriano não se reduziria, ao contrário do que a doxografia e a historiografia geralmente apresentam, a um pessimismo metafísico e quietista; ou, no âmbito da ética, à radicalidade de uma ordem de salvação acessível a poucos. Isso, tão pouco, admitiria uma passagem do pessimismo a um otimismo, mas permitiria a constatação de uma face do pessimismo que não se restringe aos extremos de afirmação ou de negação da vontade. / This thesis consists of an interpretation of the relationship between eudemonology and practical philosophy with uninterested ethics, with metaphysical pessimism and asceticism in Schopenhauer. Therefore, this study takes the Schopenhauerian perspective of characterology and presents a tentative answer to the question of how it could be possible to accommodate\", for example, an \"art of being happy\" before a radical pessimism. Its about, above all, a reading of the nature of ethics and pessimism when they are taken from the practical-empiric point of view. After all, if Schopenhauer recognized in spontaneous denial of the will the only way of redemption of the inherently selfish and hurtful world, he also stopped himself in a theory of happiness in terms of wisdom of life and prudence. To address the issue, this paper i) undertakes a detailed analysis of the notion of character (Charakter), as it is present in the main stage production of the thinker - both from published works, and the posthumous manuscripts -, ii) emphasizes the philosophers concern in establishing a \"metaphysics deviation\" to address theireudemonology front their top perspective metaphysics, and iii) argues that the empirical and metaphysical spheres of this philosophy, despite having different purposes, are supplementary. The distinctions between what I call great ethics and small ethics and between metaphysical pessimism and pragmatic pessimism - novelty of this study itself - would permit understanding this supplementarity. In both differentiations, the notion of character provides a peculiar suture between the metaphysical perspective (theoretical philosophy) and empirical perspective (practical-pragmatic philosophy) this thought: if the concepts of intelligible character and empirical character are central under the ethics of compassion and asceticism metaphysical bias (covered in Chapters 1 and 2), the notion of acquired character is essential in the sphere of life wisdom and practical philosophy (addressed in Chapters 3 and 4). Likewise, if the ideas of immediate denial of the will, disruption of the illusion of phenomena and character suppression (Aufhebung des Charakters) make up the sphere of ethical metaphysics, the notions of \"ethical improvement\" (bessernde Ethik), mediate motivations, education of the intellect (active), deliberation (Überlegung) and the \"as if\" moral (Als-Ob) configure the empirical dimension of this same ethic. By recognizing these two perspectives of human action and existence consideration, the Schopenhauer thought wouldnt reduce, on the contrary to what the doxography and the historiography generally present, to a metaphysical and quietist pessimism; or, in the ethics scope, to the radical \"order of salvation\" accessible to few. That would barely admit a passage from pessimism to \"optimism\", but would allow the finding of a \"side\" of pessimism that is not restricted to the extremes of affirmation or denial of the will.

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