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Meus avós e eu : as relações intergeracionais entre avós e netos na perspectiva das criançasRamos, Anne Carolina January 2011 (has links)
Cette recherche traite des relations intergénérationnelles entre grands-parents et petitsenfants du point de vue des enfants. Afin de mieux comprendre ces relations, six rencontres ont été réalisées auprès de 36 garçons et filles, âgés de sept à dix ans, pendant leur période scolaire. Les enfants appartiennent à la classe moyenne de la ville de Porto Alegre (RS) et font partie de quatre groupes familiaux diversifiés : ils vivent dans des familles biparentales, monoparentales, reconstituées ou tri-générationnelles, ce qui a permis d’observer ces relations selon différents points de vue. Dans cette recherche, les enfants parlent de leur mode de vie dans ces différents contextes familiaux et de la manière dont s’établit le contact avec leurs grands-parents. Au travers de leurs biographies, nous pouvons observer l’interférence des divorces et des remariages dans les relations intergénérationnelles, l’importance du chaînon établi par la génération intermédiaire et la forte propension au contact avec la lignée maternelle. Dans leur expérience de petits-enfants, ces garçons et ces filles racontent des moments d’attention, de découvertes, d’aventures et de jeu, dans lesquels la maison des grands-parents apparaît dans toute son importance et sa singularité. Il s’agit d’un important lieu de passage dans l’univers des enfants et ceux-ci nous montrent, à travers leurs connaissances, que la relation avec les grands-parents contribue à la propre constitution du je de l’enfant. Le contact intergénérationnel apparaît comme un processus interactif et co-éducatif où tant les plus âgés que les plus jeunes ont la chance d’apprendre et d’enseigner. Pour les enfants, les liens qui les unissent peuvent être tellement forts que même la finitude des grands-parents n’est pas capable de briser ces liens. / Esta pesquisa trata das relações intergeracionais entre avós e netos a partir da perspectiva das crianças. Com o objetivo de conhecer melhor essas relações, 36 meninos e meninas, com idades entre sete e dez anos, foram entrevistados ao longo de seis encontros ocorridos durante o período escolar. As crianças, pertencentes à classe média e média alta da cidade de Porto Alegre (RS), fazem parte de quatro grupos familiares diversificados: vivem em famílias nucleares, monoparentais, reconstituídas e conviventes com avós, o que possibilitou olhar para essas relações a partir de diferentes lugares. Nesta pesquisa, as crianças falam sobre o modo como elas vivem nessas diferentes famílias e sobre como o contato com os avós se estabelece dentro desses diferentes contextos. Em suas biografias, podemos observar o atravessamento do divórcio e dos recasamentos nas relações intergeracionais, a importância dos elos estabelecidos pela geração do meio e uma forte inclinação ao contato com a linha materna. Na experiência de ser neto, meninos e meninas narram momentos de cuidado, de descobertas, de aventura e de brincadeira, nos quais a casa dos avós aparece com toda a sua relevância e singularidade. Esse é um importante espaço de trânsito do universo das crianças, e elas nos mostram, por meio de seus saberes, que o convívio com os avós contribui para a própria constituição do eu infantil. O contato intergeracional surge como um processo interativo e co-educativo, onde tanto os mais velhos, quanto os mais novos, têm a chance de aprender e ensinar. Para as crianças, os vínculos que os unem podem ser tão fortes que nem a finitude dos avós é capaz de desfazer esses laços. / This thesis examines intergenerational relationships between grandparents and grandchildren from the child’s point of view. In an effort to understand these relationships better, 36 boys and girls aged between seven and ten years were interviewed in the course of six meetings, which took place during school hours. The children interviewed came from middle and upper middle class families in the city of Porto Alegre (in the Brazilian State of Rio Grande do Sul) and belong to four different family types: nuclear, single parent, reconstituted and three-generation. This enabled intergenerational relationships to be studied in different circumstances. In this thesis, children talk about how they live in their families and about how contact with grandparents is established within the family structures under analysis. The children’s biographies show the effect of divorce and remarriage on intergenerational relationships, the importance of ties established by the middle generation and a strong propensity to establish and maintain contact with the maternal family line. In their experience as grandchildren, boys and girls report moments of care, discovery, adventure and play, and their grandparents’ home appears in its full relevance and uniqueness. This is an important place in the child’s world, and the children show, through their knowledge, that living with grandparents contributes to the constitution of the childhood self. Intergenerational contact is revealed to be an interactive and co-educational process, which provides old and young alike with opportunities to learn and teach. Children’s ties to their grandparents may be so strong that not even the latter’s death can break them.
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Meus avós e eu : as relações intergeracionais entre avós e netos na perspectiva das criançasRamos, Anne Carolina January 2011 (has links)
Cette recherche traite des relations intergénérationnelles entre grands-parents et petitsenfants du point de vue des enfants. Afin de mieux comprendre ces relations, six rencontres ont été réalisées auprès de 36 garçons et filles, âgés de sept à dix ans, pendant leur période scolaire. Les enfants appartiennent à la classe moyenne de la ville de Porto Alegre (RS) et font partie de quatre groupes familiaux diversifiés : ils vivent dans des familles biparentales, monoparentales, reconstituées ou tri-générationnelles, ce qui a permis d’observer ces relations selon différents points de vue. Dans cette recherche, les enfants parlent de leur mode de vie dans ces différents contextes familiaux et de la manière dont s’établit le contact avec leurs grands-parents. Au travers de leurs biographies, nous pouvons observer l’interférence des divorces et des remariages dans les relations intergénérationnelles, l’importance du chaînon établi par la génération intermédiaire et la forte propension au contact avec la lignée maternelle. Dans leur expérience de petits-enfants, ces garçons et ces filles racontent des moments d’attention, de découvertes, d’aventures et de jeu, dans lesquels la maison des grands-parents apparaît dans toute son importance et sa singularité. Il s’agit d’un important lieu de passage dans l’univers des enfants et ceux-ci nous montrent, à travers leurs connaissances, que la relation avec les grands-parents contribue à la propre constitution du je de l’enfant. Le contact intergénérationnel apparaît comme un processus interactif et co-éducatif où tant les plus âgés que les plus jeunes ont la chance d’apprendre et d’enseigner. Pour les enfants, les liens qui les unissent peuvent être tellement forts que même la finitude des grands-parents n’est pas capable de briser ces liens. / Esta pesquisa trata das relações intergeracionais entre avós e netos a partir da perspectiva das crianças. Com o objetivo de conhecer melhor essas relações, 36 meninos e meninas, com idades entre sete e dez anos, foram entrevistados ao longo de seis encontros ocorridos durante o período escolar. As crianças, pertencentes à classe média e média alta da cidade de Porto Alegre (RS), fazem parte de quatro grupos familiares diversificados: vivem em famílias nucleares, monoparentais, reconstituídas e conviventes com avós, o que possibilitou olhar para essas relações a partir de diferentes lugares. Nesta pesquisa, as crianças falam sobre o modo como elas vivem nessas diferentes famílias e sobre como o contato com os avós se estabelece dentro desses diferentes contextos. Em suas biografias, podemos observar o atravessamento do divórcio e dos recasamentos nas relações intergeracionais, a importância dos elos estabelecidos pela geração do meio e uma forte inclinação ao contato com a linha materna. Na experiência de ser neto, meninos e meninas narram momentos de cuidado, de descobertas, de aventura e de brincadeira, nos quais a casa dos avós aparece com toda a sua relevância e singularidade. Esse é um importante espaço de trânsito do universo das crianças, e elas nos mostram, por meio de seus saberes, que o convívio com os avós contribui para a própria constituição do eu infantil. O contato intergeracional surge como um processo interativo e co-educativo, onde tanto os mais velhos, quanto os mais novos, têm a chance de aprender e ensinar. Para as crianças, os vínculos que os unem podem ser tão fortes que nem a finitude dos avós é capaz de desfazer esses laços. / This thesis examines intergenerational relationships between grandparents and grandchildren from the child’s point of view. In an effort to understand these relationships better, 36 boys and girls aged between seven and ten years were interviewed in the course of six meetings, which took place during school hours. The children interviewed came from middle and upper middle class families in the city of Porto Alegre (in the Brazilian State of Rio Grande do Sul) and belong to four different family types: nuclear, single parent, reconstituted and three-generation. This enabled intergenerational relationships to be studied in different circumstances. In this thesis, children talk about how they live in their families and about how contact with grandparents is established within the family structures under analysis. The children’s biographies show the effect of divorce and remarriage on intergenerational relationships, the importance of ties established by the middle generation and a strong propensity to establish and maintain contact with the maternal family line. In their experience as grandchildren, boys and girls report moments of care, discovery, adventure and play, and their grandparents’ home appears in its full relevance and uniqueness. This is an important place in the child’s world, and the children show, through their knowledge, that living with grandparents contributes to the constitution of the childhood self. Intergenerational contact is revealed to be an interactive and co-educational process, which provides old and young alike with opportunities to learn and teach. Children’s ties to their grandparents may be so strong that not even the latter’s death can break them.
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Processo de socialização da violência na infância e na adolescência : entre práticas e sofrimentos de violência em casa, na rua e na escolaCunha, Lucas de Lima e January 2011 (has links)
A presente dissertação teve como objetivo principal compreender o processo de socialização da violência durante a infância e a adolescência. Para isso analisamos as possíveis relações existentes entre práticas e sofrimentos de violências físicas e psicológicas vivenciadas em casa, na rua e na escola em uma população de crianças e adolescentes encaminhados para um serviço público de saúde voltado para o atendimento de casos envolvendo situações de violência na infância e na adolescência. A metodologia do trabalho foi de natureza quantitativa e os dados foram coletados através de questionários fechados cujas perguntas abordavam a percepção e avaliação das crianças e adolescentes em relação às “quantidades” de violências experimentadas por elas naqueles três espaços sociais. Posteriormente, foi feita a análise estatística dos dados. Esta dissertação gira em torno de três eixos temáticos: 1) o processo de socialização; 2) o fenômeno social da violência e; 3) infância e a adolescência. Para tanto, o trabalho ficou estruturado da seguinte forma: num primeiro momento discorremos acerca da ideia de indivíduos e sociedade no pensamento sociológico e o lugar ocupado pelas crianças durante o desenvolvimento desse pensamento; discutimos também as dimensões biopsicossociais que ajudam a entender como são constituídos os indivíduos e a importância da infância nesta construção, bem como os impactos gerados através de situações de violência durante esse período de vida; na terceira parte descrevemos como ocorre o processo de socialização e quais seus principais aspectos e mecanismos de manutenção; na quarta parte apresentamos o recente campo da Sociologia da Infância e como ela possibilitou a revisão das teorias sociológicas acerca da socialização e do lugar ocupado pelas crianças na sociedade; por fim, discutimos o fenômeno social da violência na infância e adolescência e suas principais manifestações durante essas fases de vida. Ao todo foram questionados 42 crianças e adolescentes do sexo masculino, entre 9 e 14 anos de idade. A média de idade da amostra ficou no período de transição entre a infância e adolescência (11,4 anos; DP = +1,8 anos). Entre outros, encontramos uma média maior de violências sofridas que praticadas. Em relação aos tipos, as violências psicológicas são mais frequentes quando sofridas e as violências físicas as mais frequentes quando praticadas. A escola apareceu como o espaço social onde em média mais as violências são sofridas e praticadas. Ademais, encontramos uma complexa relação entre os sofrimentos e práticas de violências, físicas e psicológicas, que perpassa a casa e a escola. Descobrimos também que existe uma forte e significativa correlação entre sofrimentos e práticas de violências (= 0,403; p < 0,001) e que a primeira explica aproximadamente ¼ da segunda (r= 0,484; r2 = 0,235; p < 0,01). Ao especificar segundo os tipos de violências, vimos que a violência psicológica sofrida tem um forte impacto sobre a violência física praticada (r = 0,672; r2 = 0,451; p < 0,001). Por fim, o pequeno número da população amostral foi um dos principais fatores que impossibilitaram uma generalização mais assertiva a respeito do fenômeno estudado por nós. / This dissertation aimed to understand the process of socialization of violence during childhood and adolescence. To analyze this possible relationship between practices and suffering physical and psychological violence experienced at home, on the street and at school, in a population of children and adolescents referred to a public health service dedicated to the care of cases involving situations of violence in this age group. The research involves three main areas: 1) the socialization process, 2) the social phenomenon of violence, and 3) childhood and adolescence in the face of these events. The research was structured as follows: at first we argue about the idea of individuals and society in sociological thought and the role played by children during the development of this thought; we also discussed the biopsychosocial dimensions that help to understand how are constituted the individuals and the importance of childhood in this construction, as well as the impacts generated by situations of violence during this period of life; the third part describes how the socialization process occurs and what its main aspects and mechanisms of maintaining; the fourth part presents the recent sociology of childhood and how she allowed a review of sociological theories about socialization and the place occupied by children in society, and finally we discuss the social phenomenon of violence in childhood and adolescence and its main manifestations during these phases of life. The method of this study was quantitative and the data were collected through questionnaires using closed questions which addressed the perception and evaluation of children and adolescents in relation to the "amounts" of violence experienced by them in those three social spaces. The data were treated statistically. Altogether 42 male children and adolescents, between 9 and 14 years old, were questioned. The average age of the sample was in the transition period between childhood and adolescence (11.4 years, SD = +1.8 years). Among other results, we found a higher average suffered than committed violence. In terms of types, psychological violence is more frequent when suffered and physical violence, the most frequent when committed. The school appeared as a social space where, on average, more violence is experienced and practiced. Moreover, we find a complex relationship between the practices and suffering of violence, physical and psychological, that permeates the home and school. We also found that there is a strong and significant correlation between suffering and one quarter of the violence (r = 0.484, r2 = 0.235, p <0.01). When one specify according the types of violence, we have seen that suffering psychological violence has a strong impact on practiced physical violence (r = 0.672, r2 = 0.451, p <0.001).
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Retratos da infância na cidade de Porto AlegreMüller, Fernanda January 2007 (has links)
Retratos da Infância na Cidade de Porto Alegre é um estudo sustentado por um referencial interdisciplinar e analisa o entendimento das crianças sobre a cidade que habitam. A partir de uma perspectiva metodológica de inspiração etnográfica, o estudo acompanhou um grupo de nove crianças moradoras de três diferentes bairros da cidade de Porto Alegre. Elas foram convidadas a fotografar os lugares da cidade os quais consideravam importantes nas suas vidas, o que foi seguido de conversas gravadas e transcritas. A análise mostra que 1) A infância é um fenômeno híbrido, produzido na intersecção de aspectos biológicos e sociais e nas relações entre gerações. 2) As crianças não apreendem a cidade em sua totalidade, mas sim em fragmentos. Instituições sociais, tais como família e escola, medeiam a relação das crianças com a cidade. 3) As crianças criam lugares alternativos àqueles instituídos para elas na cidade, afirmando suas culturas de pares. 4) As crianças apresentam opiniões, preocupações e medos, o que evidencia a necessidade de serem ouvidas e de participarem das discussões sobre a cidade. / Portraits of Childhood in the City of Porto Alegre is an interdisciplinary study which analyses how children view the city in which they live. The study uses an ethnographical methodology, and describes the experiences of a group of nine children who live in different neighbourhoods of the city of Porto Alegre. The children were invited to photograph places they considered important in their daily lives, following which conversations with them were recorded and transcribed. The results of the study show that 1) Childhood is a hybrid phenomenon which is produced through the interaction of biological and social aspects, as well as inter-generational relationships; 2) The children have a fragmentary rather than an overall concept of the city. Social institutions such as family and school mediate the relationship of the children with the city; 3) The children create alternative spaces to those which are provided for them by the authorities, which reinforces their relationships with their peers; 4) The children manifest their opinions, worries and fears, which shows how vital it is to listen to them, and to allow them a voice in the debate concerning the development of the city in which they live.
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Retratos da infância na cidade de Porto AlegreMüller, Fernanda January 2007 (has links)
Retratos da Infância na Cidade de Porto Alegre é um estudo sustentado por um referencial interdisciplinar e analisa o entendimento das crianças sobre a cidade que habitam. A partir de uma perspectiva metodológica de inspiração etnográfica, o estudo acompanhou um grupo de nove crianças moradoras de três diferentes bairros da cidade de Porto Alegre. Elas foram convidadas a fotografar os lugares da cidade os quais consideravam importantes nas suas vidas, o que foi seguido de conversas gravadas e transcritas. A análise mostra que 1) A infância é um fenômeno híbrido, produzido na intersecção de aspectos biológicos e sociais e nas relações entre gerações. 2) As crianças não apreendem a cidade em sua totalidade, mas sim em fragmentos. Instituições sociais, tais como família e escola, medeiam a relação das crianças com a cidade. 3) As crianças criam lugares alternativos àqueles instituídos para elas na cidade, afirmando suas culturas de pares. 4) As crianças apresentam opiniões, preocupações e medos, o que evidencia a necessidade de serem ouvidas e de participarem das discussões sobre a cidade. / Portraits of Childhood in the City of Porto Alegre is an interdisciplinary study which analyses how children view the city in which they live. The study uses an ethnographical methodology, and describes the experiences of a group of nine children who live in different neighbourhoods of the city of Porto Alegre. The children were invited to photograph places they considered important in their daily lives, following which conversations with them were recorded and transcribed. The results of the study show that 1) Childhood is a hybrid phenomenon which is produced through the interaction of biological and social aspects, as well as inter-generational relationships; 2) The children have a fragmentary rather than an overall concept of the city. Social institutions such as family and school mediate the relationship of the children with the city; 3) The children create alternative spaces to those which are provided for them by the authorities, which reinforces their relationships with their peers; 4) The children manifest their opinions, worries and fears, which shows how vital it is to listen to them, and to allow them a voice in the debate concerning the development of the city in which they live.
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Infância: imagens e memórias de adultos / Childhood: images and memories of adultsBruna Breda 22 November 2010 (has links)
A pesquisa tem por objetivo identificar quais imagens da infância os adultos têm. Foi desenvolvida em uma perspectiva qualitativa com o propósito de compreender o que pensam acerca da infância e coletou memórias de infância de nove adultos que têm em comum o fato de seus filhos frequentarem uma instituição pública de educação infantil. Sustentada pelo referencial teórico da Sociologia da Infância compreende a infância enquanto categoria da estrutura social em sua divisão geracional. Utiliza os paradigmas da área acerca da construção social, histórica e cultural das imagens e representações de infância. Com o apoio das teorias da Memória Coletiva a pesquisa compreende a influência que o passado exerce na percepção do presente e na construção de concepções e imagens, neste caso, da infância. A pesquisa de campo revelou que tanto as experiências vividas pelos sujeitos adultos quando crianças como as representações sociais da infância exercem influência na maneira de se conceptualizar e imaginar a infância nos dias de hoje. / This research aims to identify which childhood images adults have. It was developed in a qualitative perspective with the purpose of understanding what they think about childhood and collected childhood memories from nine adults that share the fact of their children attend the same public kindergarten. Based on the theoretical framework of Sociology of Childhood understands childhood as a category of social structure in a generational division. The research uses the fields paradigm of socially, historically and culturally constructed images and models of childhood. Supported by the Collective Memory theories the research understands the influence that past has upon the presents perception and upon the conceptions and images of childhood construction, in this case. The field research revealed that both the experiences of these adults while they were children and social models of childhood influence the manner of conceiving and imagining childhood nowadays.
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Trajetórias e caminhos : uma cartografia dos bebêsOliveira, Julia Yoko Tachikawa de 30 September 2016 (has links)
Submitted by Alison Vanceto (alison-vanceto@hotmail.com) on 2017-01-27T11:26:14Z
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Previous issue date: 2016-09-30 / Não recebi financiamento / This research aimed to trace the movements of the babies through the
cartography, considering them protagonists of the traces. Aiming to promote a
discussion about the research methodology for studies of babies in their
specificities on the spaces they occupy, the work mapped the babies
movements and actions daily in a public space, in a collective context of
experiences, in an institution of early child education and care. The
methodology of research was qualitative approach in the ethnographic type with
participant observation, capture of images and records, this documentation and
diaries was transcribed in maps accompanied by subtitles and descriptions of
scenes. The theoretical framework was based on the Sociology of Childhood,
with William Corsaro, with the model of the global web and a cultural routines,
and in Fernand Deligny, for a cartography, whose practices of maps were
revealed as a form of transcription of the "voices", movements, affections,
encounters and not the explanation of the origin or nature of movements or
other forms of interpretations about behaviors and standardized actions. The
research uses a language for the possibility of indicate some paths and tracks
to enlarge our understanding of the " babies world " and looked for knowledge
in how works can be as starting points babies participation as sources and
informants, to be constitute in a research with babies, not just about babies. / Esta pesquisa teve por objetivo traçar os movimentos dos bebês por
meio da cartografia, considerando-os protagonistas dos traçados.
Visando a promover uma discussão acerca desta metodologia de
pesquisa para estudos dos bebês em suas especificidades através dos
espaços que ocupam, o trabalho mapeou os movimentos e ações dos
bebês no cotidiano de um espaço público, em contexto coletivo de
vivências, em uma instituição de Educação Infantil. A metodologia de
abordagem qualitativa foi a de observação participante do tipo
etnográfica, com captação de imagens, realização de registros,
documentações e diários transcritos em mapas acompanhados de
legendas e descrições de cenas. O referencial teórico fundamentou-se
na Sociologia da Infância, com William Corsaro, destacando o modelo
da teia global e as rotinas culturais, e em Fernand Deligny, para a
cartografia, cujas práticas de mapas se revelavam como uma forma
de transcrição das “vozes”, dos movimentos, dos afetos, encontros e
não de explicação da origem ou natureza dos movimentos ou outras
formas de interpretações sobre comportamentos e ações
normatizadas. A pesquisa utiliza uma linguagem que possibilita
indicar alguns caminhos e pistas para ampliar a nossa compreensão
sobre o “mundo dos bebês” e buscou conhecimentos em como
trabalhos podem ter como ponto de partida a participação dos bebês
como fontes e informantes, de forma a constituir-se em uma
pesquisa com bebês, e não apenas sobre bebês.
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Processo de socialização da violência na infância e na adolescência : entre práticas e sofrimentos de violência em casa, na rua e na escolaCunha, Lucas de Lima e January 2011 (has links)
A presente dissertação teve como objetivo principal compreender o processo de socialização da violência durante a infância e a adolescência. Para isso analisamos as possíveis relações existentes entre práticas e sofrimentos de violências físicas e psicológicas vivenciadas em casa, na rua e na escola em uma população de crianças e adolescentes encaminhados para um serviço público de saúde voltado para o atendimento de casos envolvendo situações de violência na infância e na adolescência. A metodologia do trabalho foi de natureza quantitativa e os dados foram coletados através de questionários fechados cujas perguntas abordavam a percepção e avaliação das crianças e adolescentes em relação às “quantidades” de violências experimentadas por elas naqueles três espaços sociais. Posteriormente, foi feita a análise estatística dos dados. Esta dissertação gira em torno de três eixos temáticos: 1) o processo de socialização; 2) o fenômeno social da violência e; 3) infância e a adolescência. Para tanto, o trabalho ficou estruturado da seguinte forma: num primeiro momento discorremos acerca da ideia de indivíduos e sociedade no pensamento sociológico e o lugar ocupado pelas crianças durante o desenvolvimento desse pensamento; discutimos também as dimensões biopsicossociais que ajudam a entender como são constituídos os indivíduos e a importância da infância nesta construção, bem como os impactos gerados através de situações de violência durante esse período de vida; na terceira parte descrevemos como ocorre o processo de socialização e quais seus principais aspectos e mecanismos de manutenção; na quarta parte apresentamos o recente campo da Sociologia da Infância e como ela possibilitou a revisão das teorias sociológicas acerca da socialização e do lugar ocupado pelas crianças na sociedade; por fim, discutimos o fenômeno social da violência na infância e adolescência e suas principais manifestações durante essas fases de vida. Ao todo foram questionados 42 crianças e adolescentes do sexo masculino, entre 9 e 14 anos de idade. A média de idade da amostra ficou no período de transição entre a infância e adolescência (11,4 anos; DP = +1,8 anos). Entre outros, encontramos uma média maior de violências sofridas que praticadas. Em relação aos tipos, as violências psicológicas são mais frequentes quando sofridas e as violências físicas as mais frequentes quando praticadas. A escola apareceu como o espaço social onde em média mais as violências são sofridas e praticadas. Ademais, encontramos uma complexa relação entre os sofrimentos e práticas de violências, físicas e psicológicas, que perpassa a casa e a escola. Descobrimos também que existe uma forte e significativa correlação entre sofrimentos e práticas de violências (= 0,403; p < 0,001) e que a primeira explica aproximadamente ¼ da segunda (r= 0,484; r2 = 0,235; p < 0,01). Ao especificar segundo os tipos de violências, vimos que a violência psicológica sofrida tem um forte impacto sobre a violência física praticada (r = 0,672; r2 = 0,451; p < 0,001). Por fim, o pequeno número da população amostral foi um dos principais fatores que impossibilitaram uma generalização mais assertiva a respeito do fenômeno estudado por nós. / This dissertation aimed to understand the process of socialization of violence during childhood and adolescence. To analyze this possible relationship between practices and suffering physical and psychological violence experienced at home, on the street and at school, in a population of children and adolescents referred to a public health service dedicated to the care of cases involving situations of violence in this age group. The research involves three main areas: 1) the socialization process, 2) the social phenomenon of violence, and 3) childhood and adolescence in the face of these events. The research was structured as follows: at first we argue about the idea of individuals and society in sociological thought and the role played by children during the development of this thought; we also discussed the biopsychosocial dimensions that help to understand how are constituted the individuals and the importance of childhood in this construction, as well as the impacts generated by situations of violence during this period of life; the third part describes how the socialization process occurs and what its main aspects and mechanisms of maintaining; the fourth part presents the recent sociology of childhood and how she allowed a review of sociological theories about socialization and the place occupied by children in society, and finally we discuss the social phenomenon of violence in childhood and adolescence and its main manifestations during these phases of life. The method of this study was quantitative and the data were collected through questionnaires using closed questions which addressed the perception and evaluation of children and adolescents in relation to the "amounts" of violence experienced by them in those three social spaces. The data were treated statistically. Altogether 42 male children and adolescents, between 9 and 14 years old, were questioned. The average age of the sample was in the transition period between childhood and adolescence (11.4 years, SD = +1.8 years). Among other results, we found a higher average suffered than committed violence. In terms of types, psychological violence is more frequent when suffered and physical violence, the most frequent when committed. The school appeared as a social space where, on average, more violence is experienced and practiced. Moreover, we find a complex relationship between the practices and suffering of violence, physical and psychological, that permeates the home and school. We also found that there is a strong and significant correlation between suffering and one quarter of the violence (r = 0.484, r2 = 0.235, p <0.01). When one specify according the types of violence, we have seen that suffering psychological violence has a strong impact on practiced physical violence (r = 0.672, r2 = 0.451, p <0.001).
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Gênero, família e escola: socialização familiar e escolarização de meninas e meninos de camadas populares de São Paulo / Gender, family and school: family socialization and schooling of girls and boys from working class background in São PauloAdriano Souza Senkevics 19 March 2015 (has links)
Desde a segunda metade do século XX, as desigualdades de gênero na educação brasileira têm se revertido a favor das meninas, que hoje apresentam os melhores indicadores educacionais ao longo de sua trajetória escolar. O conjunto de investigações científicas dentro dessa temática, lançando mão do conceito de gênero, tem realçado inúmeras contribuições para se pensar o papel da escola na construção de masculinidades e feminilidades entre seus alunos e alunas. Entretanto, algumas lacunas têm persistido e apontado para novos desafios e perspectivas dentro do campo de estudos em gênero e educação. Entre elas, a existência de poucos trabalhos que procuram entender, sobretudo do ponto de vista das próprias crianças, as construções de masculinidades e feminilidades no âmbito das expectativas e práticas de socialização familiar, aqui inclusas as atividades que as crianças desempenham em suas residências, suas regiões de moradia e em outras instituições que por ventura frequentem. Partindo da necessidade de se investigar, em maior profundidade, essas interfaces entre gênero, família e escola, este trabalho de caráter qualitativo toma como sujeitos de pesquisa 25 crianças oriundas de camadas populares, entre oito e treze anos de idade, matriculadas no terceiro ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do município de São Paulo. Por meio de entrevistas semiestruturadas e observações participantes durante um semestre letivo, procura-se compreender como meninos e meninas percebem e ressignificam a postura de suas famílias frente a diferenças e semelhanças de gênero, a fim de explorar as relações entre as desigualdades na educação escolar e as construções de masculinidades e feminilidades no âmbito familiar, tomando como base a teoria da socióloga australiana Raewyn Connell. Os resultados desta pesquisa sugerem que, por um lado, as meninas encontram à sua disposição um leque restrito de atividades de lazer, bem como um acesso mais vigiado ou mesmo interditado ao espaço público da rua e arredores da residência, os quais elas mesmas entendem como perigosos e arriscados. Por outro, elas costumam também estar sobrecarregadas pelos afazeres domésticos, que realizam como parte de suas rotinas atarefadas e controladas, de modo a espelhar a divisão sexual do trabalho entre adultos. Existe, assim, uma relação por vezes antagônica entre a participação nos serviços de casa, as oportunidades de lazer e a circulação no espaço público, que resultam em situações de confinamento doméstico para muitas das meninas e, em contraste, rotinas mais frouxas e livres para a maioria dos garotos. Ademais, percebe-se que, na maioria dos casos, as garotas apresentam aspirações profissionais voltadas para carreiras que exigem maior qualificação profissional e até mesmo um prolongamento da escolarização, enquanto muitos dos meninos demonstram certo desconhecimento ou imaturidade a respeito de suas perspectivas de futuro. Conclui-se, enfim, que o cenário sexista sobre o qual se assenta a socialização familiar parece estimular um maior desempenho escolar das meninas por duas vias: primeiramente, pelo incentivo à construção de feminilidades pautadas pela responsabilidade, organização e iniciativa atributos condizentes com as expectativas escolares; e, em segundo lugar, pela significação positiva da escola enquanto um espaço de entretenimento, sociabilidade e realização pessoal, em que as meninas, mais do que os meninos, encontram possibilidades para ampliar seu horizonte de perspectivas e práticas. / Since the second half of the twentieth century, gender inequalities in Brazilian education have been reversed in favor of the girls, who now show higher education indicators than boys throughout their school trajectories. Scientific research about this topic which makes use of the concept of gender has contributed to shed light on the role of schools in the construction of masculinities and femininities of its students. However, some gaps still persist in research and indicate new challenges and prospects in gender and education studies field. Among these gaps, its noticeable that few studies seek to understand especially from the children\'s point of view constructions of masculinities and femininities in the bounds of family socialization expectations and practices, including activities done by children at their homes, neighborhoods and other institutions they attend. In order to contribute to fill this gap, this qualitative research studies 25 children from working class families, between the ages of 8 and 13 years old, enrolled in the third grade of elementary education in a public school in the city of São Paulo. Using semi-structured interviews and participant observation throughout one school semester, I seek to comprehend how boys and girls perceive and resignify their families perspectives on gender differences and similarities in order to explore the relation between educational inequalities and the constructions of masculinities and femininities in the family, based on the theoretical framework of Australian sociologist Raewyn Connel. The results suggest that, on one hand, girls have a restricted range of leisure activities and more supervised (and often prohibited) access to the street and their home surroundings, places the girls themselves perceive as dangerous and risky. On the other hand, girls tend to be overwhelmed by household chores that are part of their busy and controlled schedules in a way that reflects the sexual division of labor among adults. There is often an antagonistic relation between household chores, recreational opportunities and being allowed to move around in public spaces, resulting in home confinement contexts for many girls and, in contrast, more loose and free daily routines for most boys. Moreover, in most cases, girls have more ambitious professional aspirations for careers that require higher qualification or extended education, whereas many boys show certain ignorance or immaturity about their future prospects. Finally, I conclude that the sexist scenario of family socialization seems to stimulate higher school performance of girls in two ways: first, by encouraging the construction of femininity based on responsibility, organization and initiative which is consistent with schools expectations; and, secondly, girls positive significance of school as a space of entertainment, sociability and personal achievement. More than boys, girls find opportunities to broaden their horizon of practices and perspectives in school.
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Conflito na educação infantil: o que as crianças têm a dizer sobre ele? / Early childhood education conflict: what children have to say about them?Bianca Rodriguez Corsi 08 November 2010 (has links)
Atualmente corrobora-se com a ideia de que as crianças são sujeitos capazes de construir, transformar, produzir e reproduzir culturas (CORSARO, 1997, SARMENTO, 1997, 2007). Nessa linha, foi realizada pesquisa junto a um grupo de crianças de 5 a 6 anos de idade de uma instituição pública da cidade de São Paulo, a fim de investigar o que pensam e falam acerca dos conflitos que vivenciam. A investigação utilizou-se do relato oral do que as crianças verbalizaram ser conflito, anotado pela pesquisadora, e de uma metodologia sugerida por elas: a Caixa do Conflito local onde, espontaneamente, depositaram registros de situações que julgaram conflitantes. Os conflitos foram analisados a luz da teoria walloniana, na qual são compreendidos como movimento constitutivo dos sujeitos, por meio da preservação e afirmação do eu, sendo, portanto, realidade necessária para a formação da vida psíquica e social das crianças. Contamos, também, com os textos publicados por Manuela Ferreira e William Corsaro referentes às pesquisas que realizaram sobre as relações estabelecidas entre crianças, ou seja, a respeito das interações infantis. A partir do material coletado é possível afirmar que conflito para essas crianças, à diferença da interpretação dos adultos, não é só algo que machuca fisicamente outra pessoa, ou o desrespeito a uma regra, mas também algo que as deixa tristes, frustradas, com medo, ou seja, situações que envolvem emoções, que descrevem como sendo as mais conflitantes. / Nowadays the idea that children are people able to build, to transform, to produce and reproduce cultures is legitimated (CORSARO, 1997, SARMENTO, 1997, 2007). Following this line, a research with a childrens group, around 5 and 6 years old from a public institution in São Paulo was realize, in order to investigate what they think and say about the disagreement they deal with. The research used children´s oral narrative about what they said of disagreement, which was noted by the researcher and a methodology suggested by them: the Conflict Box place where they spontaneously deposited situations registers that they judge conflicts. The conflicts noted by the children was analyzed using the Wallonian theory, in which are understood as a constitutive movement through self preservation and affirmation, therefore, necessary reality to the psyche and social children´s life formation. We used, also, papers published by Manuela Ferreira and William Corsaro that refers to researches realized on children´s relationships, in other words, about childrens interaction. From the collected material it is possible to say that conflict for these children, unlike adults interpretation, it is not only something that physically hurts someone else, or the disrespect to a rule, but also something that makes them sad, frustrated, scared, in other words, situations that evolves emotions, something they describe as the most conflicting.
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