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Nomes e diferenças: uma etnografia dos usos das categorias travesti e transexual / Names and differences: an ethnography of the uses of categories transvestite ans transsexualBarbosa, Bruno Cesar 22 February 2010 (has links)
O objetivo deste trabalho é discutir os usos das categorias travesti e transexual, referidas a identidades sexuais e de gênero, com base em observações e entrevistas realizadas entre 2008 e 2009 com participantes das reuniões denominadas Terças Trans, que ocorrem quinzenalmente no Centro de Referência em Diversidade (CRD) um equipamento social direcionado para LGBT na cidade de São Paulo. Procurei explorar duas frentes de análise. A primeira concentrou-se nos resultados de observação das interações e debates entre os participantes, durante as reuniões, especialmente no que diz respeito ao modo como se elaboram as diferenças entre travestis e transexuais. A segunda concentrou-se nas narrativas de história de vida de três participantes, que refletem sobre suas vivências de sexualidade e gênero. Embora as convenções do discurso médico sejam referências centrais para a definição de corpos, subjetividades e identidades das pessoas pesquisadas, foi possível observar também uma variedade de reelaborações e deslocamentos de sentidos nas trajetórias biográficas e na produção das identidades, que têm relação direta com as situações sociais vividas no presente e com os variados contextos de interlocução. Procuro desenvolver o argumento de que travesti e transexual são categorias performativas, e que tal performatividade não se esgota apenas em enunciados de gênero e sexualidade, mas também podem ser expressas por meio de articulações contingentes que remetem a diferenças de classe, cor/raça e geração. / The point of this work is to discuss the uses of the transvestite and transsexual categories, related to sexual and gender identity, based on observations and interviews conducted between 2008 and 2009 with participants of the meetings called Terças Trans, that happen fortnightly at the Centro de Referência em Diversidade (CRD), a public utility service directed to LGBT in São Paulo. I tried to explore two analysis ways. The first was focused on the observations results from the interactions and debates between the participants, during the meetings, especially with regard to how they work out differences between transvestites and trassexuals. The second was focused on the life histories narratives of three participants, who reflect on their sexuality and gender experiences. Although the conventions of medical discourse are key references for the definition of bodies, subjectivities and identity of people surveyed, it was possible to note also a variety of reelaborations and displacements of meaning in the life histories and in the identities production, that are directed related to social situations experienced in the present and with the varied contexts of dialogue. I try to develop the argument that transvestite and transsexual categories are performatives, and that this performativity is not limited only in statements of gender and sexuality, but can also be expressed by means of contingent articulation which refer to differences of class, color/race and generation.
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Mais do que rua, camisinha e gel: TransCidadania, a experiência de um programa para travestis e transexuais na Cidade de São Paulo / More than street, condom and gel: TransCidadania, the experience of a program for transvestites and transsexuals in the City of São PauloMichelle Borges Miranda 22 October 2018 (has links)
A literatura sobre direitos humanos nos sugere que todas as pessoas estão protegidas pelos direitos como o de ir e vir, o direito à educação, à moradia, segurança, o direito a um nome, e o direito à saúde. O histórico de conquistas de direitos individuais e sociais no Brasil, segundo grandes autores como por exemplo Chauí (1984), Coutinho (1999) e Benevides (1994), mostra que os setores que não se sentem protegidos pelas convenções e tratados internacionais, saem em luta e defesa de direitos que configuram conquistas também para outros grupos marginalizados. Esta extensão, no entanto, não parece atender pessoas Trans*1, em especial Travestis e Transexuais, que, de acordo com a Transgender Europe, são as maiores vítimas de homicídio no Brasil, e, consequentemente, um dos grupos com menor acesso a políticas públicas. Neste trabalho descrevo e analiso o programa TransCidadania, que surge como tentativa de resposta a esse quadro. Foram analisados os ciclos do programa de acordo com o Ciclo de Políticas Públicas de Mainardes (2001, 2006) em todas as etapas, a criação do programa, a sua implementação. Foram também avaliados seus objetivos e sucessos através dos documentos oficias do programa e balanços cedidos pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e da Coordenação do TransCidadania, analisei os discursos dos gestores e beneficiárias(os) do programa por meio de entrevistas semi-estruturadas. Como resultado desse processo de investigação reflito a partir de olhares de pesquisadores como Foucault (1988), Butler (2003), Bento (2014) e Pelucio (2007) sobre educação, violência física, empregabilidade, conjuntura política, indicadores que se destacaram nas entrevistas, através do mapa temático realizado. E foram levantadas algumas sugestões e impressões colhidas ao longo de todo o processo de investigação do programa TransCidadania / The literature on human rights suggests that we all are protected by rights such as the right to education, housing, security, the right to a name and to have healthcare. The history of achievements of individual and social rights in Brazil, according great authors such as Chauí (1984), Coutinho (1999) and Benevides (1994), shows that social sectors non-protected by the conventions and international treaties had struggling and advocacing for rights and their achievements can be sometimes extended for other marginalized groups. This extension, however, doesn\'t seem to meet Trans * groups, especially transvestites and transsexuals, which, according to the Transgender Europe, are the biggest victims of LGBTQI homicide in Brazil, and, consequently, one of the groups with less access to public policies and human rights. In this dissertation we describe and analyze the program TransCidadania, which appears to be an attempt to respond to this situation. The programm cycles were analyzed according to the Public Policy Cycle by Mainardes (2001, 2006) at all stages: since the creation of the program, its implementation an results. Were also evaluated their goals and successes through the official program documents and result sheets provided by the Municipal Secretariat of human rights and citizenship and of the coordination of the TransCidadania. We analyzed also the speech of coordinators and beneficiaries (the) on the program by semi-structured interviews. In this investigation we can find perspectives of researchers like Foucault (1988), Butler (2003), Bento (2014) and Pelúcio (2007) on education, physical violence, employability, political context, indicators highlighted in the interviews, through the thematic map. We also raised some suggestions and impressions taken throughout the process
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O corpo travesti : a memória dos sujeitos comunicantesMedina, Deicy Yvets Morales 18 January 2019 (has links)
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Previous issue date: 2019-01-18 / CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A pesquisa “O corpo travesti. A memória do sujeito comunicante” se desenvolve junto com sujeitos que se auto definem travestis em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil, para problematizar a configuração do sujeito comunicante, o exercício da cidadania comunicativa e a complexidade discursiva a partir da construção do sistema corpo-discurso-gênero. O problema/objeto da pesquisa tem como foco a configuração do sujeito comunicante travesti e a interação com os sistemas midiáticos. Na dimensão teórica, temos os aportes de Gregory Bateson, Lucien Sfez e as teorias da “nova comunicação”, para refletir o campo comunicacional como um espaço em tensões e disputas de sentido construídas pelos sujeitos que interagem com os sistemas midiáticos, sociais, estatais. A transmetodologia se constituiu no horizonte metodológico, para pensar de jeito construtivo e regenerativo os percorridos metodológicos que íamos decidindo junto com os aportes dos sujeitos travestis. Desde a perspectiva crítica da transmetodologia, acolhemos os aportes de Efendy Maldonado, Jiani Bonin e Nísia Martins do Rosário. O tecido cartográfico permitiu mergulhar no universo complexo e contraditório das travestis para encontrar na memória dos corpos em transição as marcas das produções midiáticas. O sistema corpo-discurso-gênero demandou refletir sobre as relações de poder, a construção das subjetividades nos processos de singularização dos sujeitos, a construção do sentido de realidade do corpo travesti e dos entornos midiatizados, assim como interpelar o gênero binário e heteronormativo. Com autores como Michel Foucault, Judith Butler, Joan Scott, Felix Guattari, Walter Benjamin, refletimos sobre o corpo travesti como o lugar das transições, da singularização e a configuração do sujeito comunicante travesti. / The research called “The Transvestite Body, The Memory of the Communicating Subject” is developed alongside subjects who define themselves as transvestites in Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil. To problematize the configuration of the communicating subject, the exercise of communicative citizenship and the discursive complexity starting from the construction of the body-discourse-gender system. The problem, object of the research, focuses on the configuration of the transvestite communicating subject, and the interaction with the media. In the theoretical dimension we have the contributions of Gregory Bateson, Lucien Sfez and the theories of the "new communication", to reflect the field of communication as a space in tensions and disputes of meaning built by the subjects that interact with the media, social and state systems. The transmethodology was established in a methodological horizon to think in a constructive and regenerative way about the methodological journeys that we were taking along with the contributions of transvestite subjects. From the critical perspective of the transmethodology, we welcome the contributions of Efendy Maldonado, Jiani Bonin, Nísia Martins do Rosário. The cartographic foil allowed us to enhance the complex and contradictory universe of transvestites, in order to find in the memory of bodies in transition the marks of media production. The body-discourse-gender system required reflection on the relationships of power, the construction of subjectivities in the processes of the subjects’ individualization, the construction of the sense of reality of the transvestite body and the mediated environments, as well as inquire about the binary straight normative gender. With authors like Michel Foucault, Judith Butler, Joan Scott, Felix Guattari, Walter Benjamin to reflect on the transvestite body as the place of the transitions, the singularization and the configuration of the transvestite communicating subject.
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O uso do nome social como estratégia de inclusão escolar de transexuais e travestis / The use of social name as a school inclusion strategy of transsexuals and transvestitesLima, Maria Lúcia Chaves 13 May 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-05-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In 2008, the Government of Pará authorized transvestites and transsexuals to use their social names at public schools. Focusing on this event, we grounded on theories developed by the philosopher Michel Foucault to examine the effects of social name policy as a strategy for school inclusion of travestities and transsexuals. We describe life stories of eight travestites/transsexuals interviewed, and also present pieces of information produced in various situations, to problematize the government of transvestites and transsexuals through inclusion policy. To build the field in which this study is situated, we discuss how knowledge of transvestites and transsexuals experiences are fabricated as a problem. The ministerial order that establishes the social name is, as well, understood as a governamentality strategy and we give visibility to their elaboration process as well as oppositions and difficulties faced in implementation process. Finally, we present the effects of this legislation. These effects are not reducible to the desired insertion of the target public at schools because they also cover their potential to produce modes of subjectification. We intend to demonstrate that such policy creates tension zones between normalization strategies of modes of living and practice of resistance. It is argued that educational inclusion of diverse modes of living depends on multiple factors, and inclusion policies are only one of these many aspects / Em 2008, o governo do Estado do Pará autorizou o uso do nome social para travestis e transexuais em todas as unidades escolares da rede pública. Diante desse acontecimento, fez-se uso das teorizações do filósofo Michel Foucault para analisar os efeitos da política do nome social como estratégia de inclusão escolar de travestis e transexuais. Parte-se de histórias de vida de oito travestis/transexuais entrevistadas, além de outras informações produzidas em situações diversas, para problematizar o governo de travestis e transexuais por meio de uma política de inclusão. Para a construção do campo no qual este estudo se insere, apresentam-se os saberes que produzem a travestilidade e a transexualidade como um problema. Do mesmo modo, circunscreve-se a Portaria do nome social como uma estratégia de governamentalidade, dando visibilidade ao seu processo de formulação, assim como as oposições e dificuldades de implementação encontradas. Por fim, apresentam-se aos efeitos da legislação em questão, efeitos estes não redutíveis à almejada inserção do seu público-alvo nas escolas, pois abrangem também o seu potencial em produzir modos de subjetivação. Procura-se demonstrar que tal política cria zonas de tensão entre estratégias de normalização das formas de viver e as práticas de resistência a elas direcionadas. Defende-se que a inclusão escolar da diversidade de modos de viver depende de múltiplos fatores, sendo as políticas de inclusão existentes apenas um dentre esses muitos aspectos
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"Nossos corpos também mudam": sexo, gênero e a invenção das categorias "travesti" e "transexual" no discurso científicoJunior, Jorge Leite 10 November 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-11-10 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The goal of this work is to ponder the construction of the transvestite
and transsexual categories in scientific discourse. Starting from the distinction
between antiquity's hermaphrodite, more closely associated with magical and
mythical notions, and modern medicine's pseudohermaphrodite, it can be seen
how the latter became internalized through the discourse of psychological
sciences. Throughout the 20th century, the transvestite and transsexual
categories slowly developed from this conceptual basis, understanding the
transit between sexes and genders as psychopathological manifestations / O objetivo deste trabalho é fazer uma reflexão sobre a construção das
categorias travesti e transexual no discurso científico. Partindo da
diferenciação entre o hermafrodita da antiguidade, mais associado ao campo
mágico e mítico, e o pseudo-hermafrodita da medicina moderna, vemos como
este segundo foi interiorizado através do discurso das ciências da psique.
Desta base conceitual, durante o século XX, desenvolvem-se lentamente as
categorias de travesti e transexual , compreendendo o trânsito entre os
sexos e os gêneros como uma manifestação psicopatológica
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"Nossos corpos também mudam": sexo, gênero e a invenção das categorias "travesti" e "transexual" no discurso científicoLeite Junior, Jorge 10 November 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008-11-10 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The goal of this work is to ponder the construction of the transvestite
and transsexual categories in scientific discourse. Starting from the distinction
between antiquity's hermaphrodite, more closely associated with magical and
mythical notions, and modern medicine's pseudohermaphrodite, it can be seen
how the latter became internalized through the discourse of psychological
sciences. Throughout the 20th century, the transvestite and transsexual
categories slowly developed from this conceptual basis, understanding the
transit between sexes and genders as psychopathological manifestations / O objetivo deste trabalho é fazer uma reflexão sobre a construção das
categorias travesti e transexual no discurso científico. Partindo da
diferenciação entre o hermafrodita da antiguidade, mais associado ao campo
mágico e mítico, e o pseudo-hermafrodita da medicina moderna, vemos como
este segundo foi interiorizado através do discurso das ciências da psique.
Desta base conceitual, durante o século XX, desenvolvem-se lentamente as
categorias de travesti e transexual , compreendendo o trânsito entre os
sexos e os gêneros como uma manifestação psicopatológica
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"Lá em Casa a Gente Conversa": pedagogias da conjugalidade entre travestis e seus maridosMüller, Magnor Ido January 2011 (has links)
Esse estudo, desenvolvido entre os anos de 2009 e 2011, buscou conhecer de que maneira se constrói a conjugalidade entre travestis e seus maridos. Sob uma perspectiva pedagógica investigou as tensões existentes entre o modelo heteronormativo de conjugalidade e esta outra forma de união. Na perspectiva dos Estudos Culturais a pesquisa propôs-se a compreender a aliança destes casais, a produção da masculinidade dos maridos e a sociabilidade vivida pelos pares. Essa investigação foi realizada em classes populares, e é do tipo qualitativo e etnográfico. Durante dois anos conviveu-se com os três casais que participaram do estudo. Foram feitas entrevistas, observações participantes e diários de campo. Foram utilizadas, também, narrativas e observações de outras duas pesquisas anteriores que contemplaram o mesmo campo. As entrevistas foram gravadas, transcritas e posteriormente analisadas a fim de observar os tensionamentos existentes na conjugalidade das travestis com seus maridos. A partir da análise de seus depoimentos, cotejados pela bibliografia de apoio, conclui-se que o modelo de conjugalidade e masculinidade hegemônicos tangencia a aliança entre a travesti e seu marido. A forma de união dos participantes do estudo apresenta ao mesmo tempo semelhanças e rupturas com este modelo. / This study done between the years 2009 and 2011 tried to know how to build the married between transvestites and their husbands. From a pedagogical perspective, it was investigated the tensions between the heteronormative model of married in this other form of union. From the perspective of Cultural Studies this research aimed to understand the alliance of these couples, the production of husband’s masculinity and couple’s sociability. This research was done in low income classes, is a qualitative and ethnographic study. For two years the three couples were listened and they answered interview. They also were observed. Stories and comments from two previous studies whith the same people were used. The interviews were recorded, transcribed and analyzed for to observe the tensions existing in the married of the transvestites and their husbands. From the analysis of the interviews, by supporting bibliography, it is concluded that the model of hegemonic masculinity and married is tangent to these couples. This form of married presents with that model similarities and ruptures.
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El activismo como estilo de vida: el proceso de formación y la práctica activista de los miembros de la Articulación de Jóvenes LGTB en Lima.Mezarina Chávez, Julián Alberto 07 March 2016 (has links)
En las redes sociales se pueden observar tanto reportajes de televisión sobre dicho evento como testimonios de los agredidos señalando que se trataba de una intervención pacífica y que tenía como objetivo demostrar los afectos que existen entre las personas no heterosexuales. En ese año yo me encontraba en mi primer año de la carrera de Sociología y ya estaba desde hace tres años como miembro de una agrupación de diversidad sexual de la PUCP llamada GPUC. Debo reconocer que, antes de dicho incidente, mi participación en este tipo de eventos no era tan frecuente y me había limitado a participar en otras actividades como en marchas o manifestaciones. / Tesis
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Qualidade de vida e condições de trabalho dos profissionais do sexo da região central de São Paulo / Working conditions and quality of life perceptions of sex workers of the central region of São PauloLuvizutto, Lisie Tocci Justo [UNIFESP] January 2015 (has links)
Submitted by Diogo Misoguti (diogo.misoguti@gmail.com) on 2018-04-26T13:19:25Z
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Previous issue date: 2015 / Estudo epidemiológico com desenho transversal e objetivo de analisar as associações da situação sociodemográficas e condições de trabalho dos profissionais do sexo (PS) e a sua percepção da qualidade de vida, na região central do Município de São Paulo. A amostra foi de 96 indivíduos que se auto identificaram como mulheres, homens ou travestis. Instrumentos: questionário sóciodemográfico e de condições de trabalho e o WHOQOL-Bref. Resultados: os PS tinham em média 31 anos (±7,3); maior parte do Estado e Município de São Paulo; maioria do sexo masculino, heterossexual, branco, solteiro, não possuía filhos e tinha ensino médio incompleto. Proporcionalmente, os homens praticavam mais atividade física regularmente e fumavam mais; enquanto as mulheres consumiam mais álcool e os travestis mais drogas. A maioria procurou os serviços públicos de saúde e apresentou problemas de saúde nos últimos 5 anos. Os travestis foram os que mais procuraram os serviços de saúde e no setor público. A maioria dos motivos que levaram os PS a procurar esses serviços foram os exames de rotina e aqueles para DST/HIV. A média de horas trabalhadas por dia foi de 7,8h (±3,8) e o atendimento foi de 6 (±4,1) clientes por dia. As mulheres atendiam mais clientes; os travestis informaram rendimento médio mensal maior provavelmente por cobrarem mais pelo atendimento. A idade média da primeira relação sexual enquanto PS foi 16,8 anos (±3,8). A prática sexual anal era a mais utilizada pelos homens e travestis; relataram uso de preservativo masculino em todas as relações e a maioria das mulheres não faziam uso de anticoncepcional. A maioria não era contribuinte do INSS. Quase metade dos entrevistados já havia sofrido algum tipo de violência e os travestis eram as maiores vítimas. Quanto à percepção de qualidade de vida, o escore mais alto foi para o domínio psicológico para as três categorias. Os travestis apresentaram pontuação mais alta para QV geral e os homens para a satisfação com a saúde. Verificou-se associação estatisticamente significante (p<0,05) em todos os domínios e em QV geral com horas de trabalho. E a melhor pontuação de QV geral dos PS foram as variáveis ensino médio completo, ausência de filhos e 5 a 10 horas diárias de trabalho (p<0,05). A média de clientes apresentou associação significativa em todos os domínios exceto na QV geral. Tiveram melhores escores os PS que atendiam menos de cinco clientes por dia. Diante desses resultados, identificou-se a necessidade de políticas públicas de saúde voltadas ao desenvolvimento de medidas preventivas visando à promoção da saúde do profissional do sexo; e trabalhistas, como qualquer ocupação com direitos e deveres. / Epidemiological study with cross design and purpose of analyzing the socio-demographic situation and associations working conditions of sex workers (SW) and their perception of the quality of life in the central region of São Paulo. The sampling of 96 individuals who identified themselves as women, men or transvestites. Instruments: sociodemographic questionnaire and working conditions and the WHOQOL-Bref. Results: the SW had on average 31 years (± 7.3); most from the State and city of São Paulo; most male, heterosexual, white, unmarried, with no children and incomplete high school education. Proportionally, men practiced more physical activity regularly and smoked more; while women consumed more alcohol and the transvestites more drugs. The majority searched public health services and health problems in the last 5 years. Among those who sought the public health service, the majority did not present health problems over the past five years. The transvestites were the most searched health services and in the public sector. Most of the reasons that led the SW to seek these services were routine examinations and those for STD/HIV. The average number of hours worked per day was 7.8h (± 3.8) and the service was of 6 (± 4.1) clients per day. Women attended more customers; however, the average monthly income informed by transvestites was greater probably by charging more for servicing. The medium age of first sexual intercourse while being SW was 16.8 years (± 3.8). The anal intercourse was the most used, and they reported the use of male condom in all relationships, and women did not made use of any birth control. The majority was not taxpayer by social security. Nearly half of those surveyed had already suffered some type of violence and the transvestites were the main victim. As for the perception of quality of life, the highest score was for the psychological domain for the three categories. The transvestites had better quality of life and men better health satisfaction. It was found a statistically significant association (p<0.05) in all areas and in general working hours with QOL. And the best overall quality of life index belonged to the SW who worked between 5 and 10 (p<0.05) hours per day compared to the others. Average customers presented significant associations in all areas except General QOL. SW who attended fewer than five clients a day had better scores. Based on those results, it was identified the need for public health policies aimed at the development of preventive measures focusing health promotion for sex workers; and labor policies as well as for any other occupation with rights and duties.
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Travestis na escola: assujeitamento ou resistência à ordem normativa / Travestis en la escuela: asujetamientos y resistencias la orden normativoANDRADE, Luma Nogueira de January 2012 (has links)
ANDRADE, Luma Nogueira de. Travestis na escola: assujeitamento ou resistência à ordem normativa. 2012. 279f. – Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2012. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2014-03-10T13:30:37Z
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Previous issue date: 2012 / Esta pesquisa tem por objetivo desvendar as resistências e assujeitamentosdas jovens travestis na escola. Evidencia-se o uso de táticas que as jovens/estudantes/travestis fazem para burlar a disciplina e o controle eproduzir linhas de fuga para o acesso e a permanênciano espaço escolar. Como as estudantes travestis se movem na ordem normativa da escola? Como constroem sua experiência de ser jovem travesti na escola? Quais as possibilidades de resistência diante desse ciclo de interdição e práticas reguladoras do sexo existentes na instituição escolar? Para realizara investigação, fez-se um levantamento do número de travestis matriculadas em escolas de Ensino Médio da rede estadual de ensino do Ceará, que orientou a escolha de três escolas para aplicação de questionários com alunos(as), professores(as) e gestores(as). Estabeleço um diálogo com autores como Vale (2005), Benedett (2005), Silva (2007), Kulick (2008), Pelúcio (2009), Certeau (1994) e Foucault (1987).Para o aprofundamento dos dados, desenvolvemos uma pesquisa de caráter etnográfico com as travestis. O resultado da pesquisa apontou que dos 184 municípios do estado do Ceará apenas 25 possuem jovens transgêneros matriculados em escolas estaduais.A negação das travestis no espaço da sala de aula resulta no confinamento e na exclusão, que as transformam em desviantes e indesejadas. Quando isso ocorre no ambiente escolar, a pressão normalmente é tão intensa que impele as travestis a abandonar os estudos, sendo disseminada a ideia de que foi sua própria escolha. Esta justificativa tenta mascarar o fracasso da escola em lidar com as diferenças, camuflando o processo de evasão involuntária induzido pela escola. As travestis pesquisadas se assujeitam e resistem para poder sobreviver; em alguns momentos, elas sucumbiram “ao peso de forças adversas”, mas também conseguiram gozar “as alegrias da solidariedade”. / El objetivo de esta investigación fue desvelar las resistencias y asujetamientos de las jóvenes travestis en la escuela. En este trabajo, están evidenciados el uso de tácticas usadas por dichas jóvenes/estudiantes/travestis para escaparse del control y de la disciplina del ambiente escolar y también la producción de líneas de fuga para su acceso y permanencia en el mismo. Como las Estudiantes travestis se manejan con el orden normativo de la escuela? Cuáles son las posibilidades de resistencia frente a este ciclo de prohibición y a prácticas reguladoras del sexo presentes en la institución escolar? Para la producción de este trabajo, ha sido hecho un levantamiento del número de travestis anotadas en el bachillerato de la cadena de escuelas pertenecientes al Gobierno Estadual de Ceará, el que nos sugirió la elección de tres escuelas determinadas para la realización de encuestas con alumnos(as), profesores(as) y directores(as). Para el aprofundamiento de los datos, hemos realizado con las travestis una investigación de carácter etnográfico. El resultado de la etnografía apunta que, de todos los184 municipios del estado de Ceará, nomás que 25 tienen jóvenes transgénero anotadas en escuelas estaduales. La negación a las travestis en el ambiente del aula les resulta el confinamiento y la exclusión, haciéndolas desviantes e indeseadas. Al ocurrir tal hecho, la presión es, en general, tan intensa que impele a las mismas a abandonar sus estudios, diseminándose la idea de que esta renuncia es su propia elección. Tal justificativa enmascara el fracaso de la escuela de administrar las diferencias de sus alumnos, escondiendo el proceso de evasión involuntaria de las travestis, inducido por la propia institución. Las travestis encuestadas se asujetan y resisten para sobrevivir en el ambiente escolar; hubo veces en las que tuvieron que ceder ante el "peso de fuerzas adversas", pero también han conseguido gozar "las alegrías de la solidaridad".
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