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Entre a universalidade e a particularidade : desafios para a construção de direito a saúde de transexuaisReis, Izis Morais Lopes dos 07 1900 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, 2008. / Submitted by wesley oliveira leite (leite.wesley@yahoo.com.br) on 2009-09-11T19:32:09Z
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Previous issue date: 2008-07 / Em 2004, o Ministério da Saúde formalizou seu interesse nos segmentos populacionais de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais a partir da criação de um Comitê Técnico GLTB, de caráter consultivo. A fim de construir ações e caminhos políticos que garantam o direito à saúde destes segmentos, de acordo com seus desejos e necessidades, foi realizado, em 2007, o Seminário Nacional de Saúde da População GLBTT na Construção do SUS. A presente dissertação é uma análise das discussões presentes nos relatórios produzidos pelo CT e dos debates ocorridos sobre transexuais travados durante o Seminário. O texto tem como objetivo traçar as conexões entre a formalidade da política de saúde brasileira e os conteúdos emergentes da interpretação da mesma no que se refere às transexualidades, conteúdos estes construídos no contexto de disputas entre perspectivas concorrentes para a definição de quais rumos a ação estatal em saúde deve seguir. Para isto, apresenta falas de profissionais envolvidos com o campo da política de saúde brasileira e de transexuais organizadas, e analisa as tensões referentes aos significados da universalidade e das particularidades (ou diferenças), significados (re)produzidos a partir da inserção social e crenças morais dos sujeitos que falam. Esta tensionalidade se encontra, principalmente, na pergunta: a quem garantir acesso aos serviços públicos de saúde quando são constituintes deste campo a consciência do impacto das relações assimétricas de poder nos processos saúde-doença, uma legislação que tem como princípio a universalidade e, ao mesmo tempo, a existência de uma realidade de escassez de recursos públicos? A dissertação, assim, traduz um esforço analítico para compreender os diferentes trajetos pensados para a consolidação da cidadania de transexuais, caminhos estes que são íngremes e que encontram limites nos próprios instrumentos discursivos usados na tentativa de construção de transexuais como categoria política. _____________________________________________________________________________ ABSTRACT / In 2004, Brazilian State Department of Health has institutionalized its interest in ensuring health actions to specific populations historically set apart of political process: gays, lesbians, bisexual, transvestite and transsexual people. It was created a Technical Committee (CT GLTB). With the objective of building political actions according to these segments needs and desires, in 2007 occurred the National Seminar of Health of the Population GLBTT. This dissertation is an analysis of the discussions that took place at this seminar, one occasion of the process of decision making about the paths that health policy must take and which actions have to be executed to assure right to health of transsexual people. The text focuses on drawing connections between formalities of Brazilian health policy and emerging contents from multiple interpretations of this policy when transsexualities are in the core of the debate. Different meanings given to health policy are constructed in a context of conflict among diverse perspectives that concur to define the courses state actions must follow. The dissertation presents discourses of professional people involved with the field and discourses of transsexual people. It analyses tensions on the debate on meanings of universality and particularity (or difference) that are (re)produced according to the subjects who speak of these concepts. Such tension is found, specially, in the question: for whom is to be guaranteed public services of health care when the principle of universality, the conscience of the impact of asymmetric relations of power on healthdisease process are present and, at the same time, there is a reality of lack on public resources? This text translates an analytical effort to comprehend different routes criated to consolidate the citizenship of transsexual people, routes that are difficult to ride on and which limits are, many times, on the same instruments used in attempt to build transsexuality as a political category.
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Para além do arco-íris : a construção social da mulher e as experiências da transexualidadeQuintela, Hugo Felipe 16 July 2014 (has links)
Submitted by Elizabete Silva (elizabete.silva@ufes.br) on 2014-11-13T18:21:41Z
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Previous issue date: 2014 / O objetivo central desta pesquisa é propor uma abordagem socioantropológica do fenômeno da transexualidade, na sociedade ocidental contemporânea, a partir da análise das “trajetórias de vida” de quatro mulheres que vivenciam a transexualidade, residentes na Grande Vitória - ES, com o intuito de compreendermos as suas visões de mundo e projetos de vida, constituídos em meio a uma heteronormatividade pungente. A metodologia utilizada foi a História de Vida, tendo como objetivo primeiro a percepção dos elementos que são recorrentes na construção social dessa mulher. Os meus contatos com essas mulheres se deram a partir de 2012 até os primeiros meses de 2014. Além das histórias de vida, utilizei algumas entrevistas e dados jornalísticos de mulheres na transexualidade, que ganharam notoriedade na sociedade brasileira nos últimos anos. Inicialmente, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre as noções de gênero e seus impactos na sociedade ocidental, assim como o do fenômeno da transexualidade. A partir das histórias de vida e dos dados jornalísticos busquei interpretar os elementos que são invocados para a construção social da mulher nas experiências da transexualidade, analisando os eventos que são recorrentes em suas vidas, tendo como pressuposto a noção de que essa experiência, em nossa sociedade, é entendida como “comportamento desviante”.As análises das histórias de vida tiveram como referência primeira o conceito de projeto proposto por Alfred Schutz e revistado por Gilberto Velho.Outro foco de análise dessa pesquisa é a produção da “feminilidade”, a partir do corpo, levando em consideração que essa é uma dimensão muito importante nesse processo de tornar-se mulher,buscando a compreensão das representações de corpo e gênero na produção dessa identidade. De forma geral, pretende-se desvelar o processo de construção social da pessoa pelo qual essas mulheres passam e o modo como se percebem nas relações sociais que estabelecem em sua vida cotidiana, como também o lugar social que elas tendem a ocupar na sociedade ocidental, principalmente na brasileira. / The main purpose of this research is suggest a social and anthropological approach to the transexuality phenomenon in the contemporary western society. Starting from the analysis of the women's "journey" who are transexual (in transexuality) in Vitoria- ES, in attempt to understand their perspective of life and their points of view which were developed in a poignant heteronormative society. My interviews happened from 2012 to the beginning of 2014. The main methodology used for analisys was life story (oral story of people's life), having as main goal the perception of the elements which are recurrent during the process of building a social identity for those women. Besides their life stories I used some interviews and multimedia materials and data about women in transexuality who has been gaining notoriety in the Brazilian society on the last couple years. First of all, it was made a bibliographic rescue of academic discussion about gender and its impact in the western society as well as the transexuality phenomenon. Based on the interviews and media data, I made an interpretation of the elements which are invoked to build a social image of those women in transexuality. I've analysed the events recurrent in their lives knowing that this kind of experience is considered as a deviance in our society. The analysis of their life stories had as main reference the concept of project which is suggested by Alfredo Schultz and it was revised by Gilberto Velho. Another point analysed on that research was the feminine body construction, considering that as a very important point on the whole process of becoming woman as well as seeking the comprehension of the body and gender representation in their identity construction. I intented to show the process their personal and social identity construction which each of experience and how they see themselves on their social relationship established on their daily basis as well as their social place in the western society, especially the Brazilian one.
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Homens (in)visíveisAmorim, Alexandre de Souza January 2016 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2016-09-20T05:00:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016 / O presente trabalho buscou apresentar e compreender o aumento da utilização das mídias virtuais pelos transhomens. O tema central desta dissertação é a emergência dos transhomens em meio aos blogs, colocando em foco a escrita de si que eles produzem nesses espaços. São problematizados os discursos que veiculam nos blogs sobre as modificações corporais, relações sociais e familiares, violências, políticas públicas e sobre a complexidade dos processos de identificação e construção da masculinidade. Trata-se de uma escrita de inspiração netnográfica, que foi tecida durante a experimentação de pesquisa pelos espaços virtuais da blogosfera, que apresentam a internet como contexto possível para a exploração de informações sobre as vivências e os modos de vida dos transhomens. Neste sentido, este trabalho propõe pensar as condições de possibilidades da (re)invenção dos transhomens, assinalando o aumento dos espaços virtuais como lugares de (re)existência e (re)criação de si para aquelas que desejam tornar-se transhomens. Constatou-se que os transhomens por meio de sua pluralidade tencionam os limites das categorias e regulações que lhes são impostas. Também foi evidenciado que o compartilhamento e a solidariedade entre os pares por meio da troca de informação e experiências possibilitadas pelos blogs surgem como eventos fundamentais nos processos de materialização e humanização da experiência da transexualidade.<br> / Abstract : The present study aimed to present and understand the increased use of virtual media by transmen. The central theme of this project is the emergence of transmen among the blogs by bringing into focus the self-writing that they produce on these spaces. Are problematized the discourses that promulgates the blogs on body modifications, social and family relationships, violence, public policies and on the complexity of identification?s processes and construction of masculinity. It is a netnographic writing inspiration, which was woven at experimental research by the virtual space of the blogosphere, which have the Internet as a possible context for exploration of information on the experiences and the ways of transmen?s lifes. In this sense, this work proposes reflections on the possibilities conditions of the (re)invention of transmen, signalizing the increase of virtual spaces as places of (re)existence and (re)creation of itself for those who wish to become transman. It was found that the transmen through its plurality expands the limits of categories and regulations imposed on them. It was also evidenced that sharing and solidarity among peer through the exchange of information and experiences made possible by blogging emerge as fundamental events in the materialization process and humanization of transsexuality?s experience.
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O Corpo da roupa : a pessoa transgênera entre a transgressão e a coformidade com as normas de gêneroLanz, Leticia January 2014 (has links)
Orientadora: Profª. Drª. Miriam Adelman / Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Defesa: Curitiba, 10/06/2014 / Inclui referências / Resumo: Muito se escreveu e ainda se escreve sobre travestis, transexuais, crossdressers e dragqueens no Brasil, mas praticamente não há registro escrito a respeito da condição transgênera - ou transgeneridade - como é internacionalmente conhecido o fenômeno sociológico de desvio ou transgressão das normas de conduta estabelecidas pelo dispositivo binário de gênero, fato que caracteriza todas essas identidades, fazendo com que elas sejam consideradas gênero-divergentes e, em razão disso, marginalizadas, excluídas e estigmatizadas pela sociedade. Transgênero é um termo ?guarda-chuva', destinado a reunir debaixo de si todas essas identidades gênero-divergentes, ou seja, identidades que, de alguma forma e em algum grau, descumprem, ferem e/ou afrontam o dispositivo binário de gênero. Transgênero tampouco diz respeito ao gay (ou lésbica ou bi) ?mais afetado', como não deve ser considerado como doença mental ou comportamento depravado, tratando-se apenas e tão somente de uma circunstância sociopolítica de inadequação às normas de conduta de gênero. A pessoa transgênera vive permanentemente dividida e tensionada entre a transgressão dessas normas e a busca pela conformidade com elas, só que, em geral, dentro de uma categoria de gênero que é oposta àquela em que a pessoa foi enquadrada ao nascer. Mas o ?estado de conflito' em que a pessoa transgênera é habitualmente descrita nunca foi dela com ela mesmo, ou da sua subjetividade com a sua corporalidade, mas a consequência imediata da sua transgressão das normas sociais de gênero, através de ?pensamentos, palavras, atos e omissões' . Se o dispositivo binário de gênero fosse algo ao menos flexível, se não comportasse apenas duas e somente duas identidades socialmente legitimadas (masculino e feminino) não haveria a menor possibilidade de ocorrer qualquer tipo de transgressão de gênero, nenhuma pessoa seria classificada como transgênero ou gênero-divergente. Neste trabalho perguntamos até que ponto a transição de um gênero para outro pode ser considerada transgressão do dispositivo binário de gêneros ou constitui apenas ?uma outra forma' de confirmação e ratificação dessa mesma norma? Dito de outra forma, até que ponto a transição de um gênero para outro representa afronta e violação das normas e estereótipos de gênero ou não passa de premeditada e deliberada estratégia de reinserção ao dispositivo binário de gênero? Isso nos demanda investigar em que o comportamento transgênero viola e subverte a ordem binária de gêneros, apresentando elementos de transgressão e de subversão do dispositivo de gênero e em que ele apenas reifica e ratifica essa mesma ordem, apresentando elementos de conformidade e aceitação da ordem binária de gêneros. Palavras-chave: transgênero, transgeneridade, transgressão de gênero, estudos transgêneros, travesti, transexual, crossdresser, crossdressing, travestismo masculino, identidade de gênero, identidades gênero-givergentes, expressão de gênero, dispositivo binário de gênero, normas de gênero, transfobia, transição, passabilidade. / Abstract: Much has been written and still writes about transsexuals, crossdressers and dragqueens in Brazil, but there are virtually no written record about the transgender or about transgenderism, the sociological phenomenon of social deviation of gender binary which consists essentially in the transgression of the gender norms that causes individuals to be considered gender-deviant and because of this, marginalized, excluded and stigmatized by society. Transgender is an 'umbrella' term, designed to gather all these gender-deviant identities, ie, identities that in some way and to some degree violate, injure and/or confront the gender binary. The word transgender definitely don't refer to gay (or lesbian or bissexual) people which occasionally crossdress and/or look forward sex reassignement, as well as transgender should not be regarded as mental illness or perverted behavior. Transgender is solely a sociopolitical circumstance of one‘s gender behavior doesn't match the gender standards of society. A transgender person lives permanently divided and stretched between the transgression of these rules and the quest for compliance with them, only that, in general, within a category of gender that is opposite to that in which the person was framed at birth. The 'state of permanent conflict' in which transgender people is usually described is not within them, but outside, in the very time and society where they live. If gender norms were more flexible, if there were much more possibilities than just two social recognized gender identities (man and woman), there would be no possibility of any kind of gender transgressions, no one would be no more classified as gender-deviant. In this paper we ask to what extent the transition from one gender to another can be considered gender transgression or just a desperate way of searching inclusion in gender norms and standards? In other words, to which extent gender transition is outraging and violating gender norms, gender roles and gender stereotypes or it is a simple strategy to reintegrate gender-identity deviants in the gender binary? This requires at least a deep investigation to find out which transgender behavior subverts the gender binary and which behavior just reifies and ratifies the gender norms.
Keywords: transgender, transgender studies, transsexual, crossdresser, crossdressing, transvestism, transvestite, gender transgression, gender deviance, gender deviant, gender identity, gender expression, gender binary, gender norms, transphobia, transition, passability.
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Travestis, transformistas, drag-queens, transexuais : personagens e mascaras no cotidiano de Belo Horizonte e LisboaJayme, Juliana Gonzaga 29 July 2018 (has links)
Orientador : Suely Kofes / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-29T02:34:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2001 / Resumo: Este trabalho objetiva investigar e discutir as diferenças e pontos em comum entre travestis, transformistas, transexuais e drag-queens - os chamados transcender. Partindo de uma ação que eles denominam montagem, é possível refletir sobre a produção e reprodução de femininos performáticos - performático aqui entendido no sentido de que acrescenta a transitoriedade ao sujeito (Butler). Nessa montagem, os transcender reconstroem gêneros, revelando que essa categoria não possui uma estrutura binária e essencialista, antes, refere-se a multiplicidades e está vinculada a outras relações sociais. Também através da montagem, esses sujeitos modificam seu corpo e nome -demonstrando a transitoriedade da pessoa e indicando que sua ação é encorporada, visto que mimetizada e aprendida através do corpo e nele observada. Este trabalho, então, é uma etnografia sobre esses sujeitos, que leva em conta uma perspectiva relacional e situacional de gênero, uma abordagem das identidades como constituídas transitoriamente - não fixadas -, reflexiva e esteticamente e relacionadas a contextos de relações específicos, tendo como base a partilha de significados. Esta etnografia foi feita através de pesquisa de campo entre os travestis, transformistas, transexuais e drag-queens em Belo Horizonte e Lisboa e é uma interpretação das representações que esses sujeitos fazem do "ser" transgender nessas duas cidades. / Abstract: The aim of this dissertation is to analyze and discuss the differences and similarities among travesties, transformers, transsexuals and drag queens, the so-called transgender. Starting from an action called "montagem" (manufacturing, building), it is possible to study the production and reproduction of performers female. Performers in the sense of being transitory (Butler). In their process of "montagem", transgender rebuilds gender, revealing that this category does not have a binary and essentialist structure. Rather, it relates to the multiplicity, as well as it is connected to other social relations. The "montagem" also allows that the agent transforms its body and name, revealing the temporary feature to the individual. Besides, it shows that his action is embodied, since related to the body. This work is, then, an ethnography of these agents, taking into account the relational and situational perspective of gender. This ethnography was carried out by a research among travesties, transformers, transsexuals, and drag queens in Belo Horizonte (Brazil) and Lisbon (Portugal). It is an interpretation of the representations that these agents have "to be transgender" in these two cities. / Doutorado
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Formação das pessoas transexuais na Universidade Federal de Sergipe : enfrentamento e resistência das normas de gênero no espaço acadêmicoSantos, Adriana Lohanna dos 26 February 2018 (has links)
São Cristóvão, SE / Esta pesquisa teve como objetivo central analisar o processo de formação e permanência das pessoas transexuais na Universidade Federal de Sergipe, refletindo sobre suas trajetórias de vida como estudantes universitári@s e as estratégias de enfrentamento e resistências das normas de gênero. A análise desenvolvida é influenciada pelos pressupostos pós-estruturalistas, visto que essa abordagem nos possibilita a desestabilização de rótulos e estereótipos, a partir da problematização e questionamentos das verdades (re) produzidas sobre gênero, sexualidade e desejo, com foco na transitoriedade e na contingência. O texto fundamenta-se nos conceitos de transexualidade (Berenice Bento), gênero e normas de gênero (Judith Butler, Guacira Louro), sexualidade (Michel Foucault e Preciato) Heteronormatividade (Judith Butler, Rogério Junqueira). A abordagem de pesquisa adotada foi a qualitativa no processo metodológico, utilizando estratégias de produção de dados a partir da realização de sete entrevistas narrativas com estudantes de diversos cursos de graduação da Universidade Federal de Sergipe. A partir dos resultados, identificou-se quem são @s estudantes transexuais da universidade e suas trajetórias formativas; provocou a reflexão acerca da descoberta da identidade trans, através do espaço universitário, e como são experienciadas as vivências trans dentro do cotidiano acadêmico. Ainda, foram identificadas as estratégias de permanência e de resistência utilizadas pel@s estudantes transexuais, tais como a negação do uso do banheiro na universidade e o silenciamento dentro das salas de aulas. A pesquisa também apontou as políticas institucionais voltadas para as pessoas trans e sua aplicabilidade, como por exemplo, a portaria que autoriza o uso do nome social e a criação e implementação do Ambulatório de atendimento a pessoas transexuais (Ambulatório Trans), no Campus de lagarto. Como política de enfrentamento e resistência às normas de gênero, a presença de estudantes transexuais possibilitou o surgimento de coletivos ativistas na Universidade Federal de Sergipe, contribuindo para socialização dos saberes trans a partir de reuniões e eventos, como a Semana da Visibilidade Trans. Portanto, conclui-se que, ao refletir acerca das narrativas formativas de estudantes transexuais na Universidade Federal de Sergipe, faz-se necessário desfazer ideias preconcebidas sobre corpo, gênero e sexualidade, para que possamos não mais analisar os corpos, os gêneros e as sexualidades das pessoas transexuais, mas aprender a partir deles.
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Mulheres travestis e transPrado, Marcelo de Oliveira January 2017 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2017. / Made available in DSpace on 2018-01-16T03:18:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2017 / Esta dissertação teve como objetivo principal desconstruir processos de singularizações sobre violências vivenciadas ou não por um grupo de mulheres travestis e trans residentes na região da Grande Florianópolis. Foram entrevistadas seis pessoas que se reconhecem ou já se reconheceram como mulheres travestis ou trans. Também fizeram parte das análises, falas e situações que acompanhei nas rodas de conversa nas Segundas Transtornadas, que ocorrem na Associação em Defesa dos Direitos Humanos com Enfoque na Sexualidade ? ADEH, em Florianópolis, assim como falas que escutei em Congressos, Seminários, etc. Embasei a abordagem teórica nas obras de Judith Butler e Jacques Derrida, assim como busquei contribuições da psicanálise ? considerando o diálogo crítico que Butler e Derrida estabelecem com essa abordagem ? e dos transfeminismos. Recorri aos conceitos de différance, hospitalidade, vulnerabilidade, precariedade, abjeção, heteronormatividade, cisheteronormatividade, ficção identitária, dentre outros. Na pesquisa foi possível discutir como paradoxais as categorizações das transexualidades e travestilidades, que produzem as violências da patologização, ao mesmo tempo em que se mostram como possibilidades de garantia de direitos relacionados ao processo transexualizador do SUS e a processos jurídicos que reivindicavam retificação de nome e sexo em Registros Civis. A grande recorrência de situações de violências em ambientes, como família, instituições de escolarização, busca por emprego formal e outros, foi associada à naturalização de tais violências. Os territórios de prostituição apareceram nas falas das entrevistadas como ambientes nos quais eram maiores as probabilidades de ocorrerem situações de violências com mulheres travestis e trans, em especial envolvendo clientes. Por fim, as informações veiculadas pelas mídias sobre violências envolvendo mulheres travestis e trans foram discutidas com as entrevistadas, que consideravam as notícias desrespeitosas, mas não violentas, o que analisei como formas de naturalização de violências. Desse modo, foi possível desconstruir formas singulares de lidar com o que as entrevistadas consideravam ou não por violências. Em alguns momentos, essas apropriações dos (con)textos se davam de forma a reafirmar binarismos como o de vítima/agressor. Assim como também surgiram falas em que foram articuladas possibilidades de deslocamento de significados atribuídos às vivências relacionadas às violências. De modo a mostrar a potencialidade e as estratégias para lidar com tais (con)textos, que envolviam uma ética pautada no reconhecimento da sua implicação em algumas dessas situações violentas. / Abstract : This dissertation had as main objective to desconstruct processes of singularizations about violence experienced or not by a group of transvestite and trans women residents in the region of Grande Florianópolis. Six people, who recognize themselves now or in the past as trans and travestite woman, were interviewed. It is also included in the analyses speeches and situations that I accompanied during meetings at Segundas Transtornadas occured in the Associação em Defesa dos Direitos Humanos com Enfoque na Sexualidade - ADEH (Association for Defense of Human Rights with a Focus on Sexuality), in Florianópolis, as well as speeches I have heard in Congresses, Seminars, etc. I based the theoretical approach in the works of Judith Butler and Jacques Derrida, as well as I sought contributions of the psychoanalysis ? considering the critical dialog both authrors establish with it ? and the Transfeminist discussions. I brought the concepts of différance, hospitality, vulnerability, precarity, abjection, heteronormativity, cisheteronormativity, identitary fiction, and others. In the research, it was possible to articulate the transsexualities and travestilities as paradoxical cathegorizations when producing the violence of pathologization at the same time they show themselves as possibility of guarantee of rights related to the Transsexualizing process of the SUS (Health Unic System) and legal processes that demanded rectification of name and sex in Official documents. The great recurrence of situations of violence in places, such as family, schooling institutions, search for formal employment and others, was associated with the naturalization of such violence. The sites of prostitution appeared in the speeches of the interviewees as environments with the highest probabilities of ocurring situations of violence with transvestite and trans women, in special involvement clients. Finally, the news of violences involving transvestite and trans women were discussed with interviewees, which they considered to be disrespectful but not violent, what I analyzed as forms of naturalization of violence. In this way, it was possible to desconstruct singular ways of dealing with what those interviewed considered as violence or not. Sometimes these appropriations of the (con)texts were given in a way to reaffirm binarisms like that of the victim/aggressor. As in other moments, there have been speeches in which possibilities for the displacement of meanings attributed to vivencies related to violence, in order to show the potentiality and the strategies to deal with these (con)texts, which involved an ethic based on recognition of the implication of the subject in some of the violent situations.
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Uso de álcool e outras drogas entre travestis e transexuais femininos / Use of alcohol and other drugs among female transvestites and transsexualsMiyamoto, Marcia Yoko [UNIFESP] January 2013 (has links)
Submitted by Diogo Misoguti (diogo.misoguti@gmail.com) on 2017-12-20T12:28:04Z
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Previous issue date: 2013 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) / Objetivo: comparar a prevalência do uso de álcool e outras drogas em amostras de
conveniência compostas por travestis (TR) e transexuais femininos (MtF) e os
fatores de risco e proteção associados. Métodos: Aplicação de entrevistas a 206
pessoas, sendo 103 travestis e 103 transexuais femininos, convidadas a participar
do projeto por abordagem direta em salas de espera de ambulatórios especializados
na assistência médica a esta parcela da população. Durante a entrevista semiestruturada,
foram aplicados o instrumento de triagem Alcohol, Smoking and
Substance Involvement Screening Test (ASSIST) e um questionário para obtenção
de dados sociodemográficos, questões relativas à saúde, violência e perguntas
abertas com ênfase nas razões de uso e não uso de substâncias psicoativas.
Resultados: Houve diferenças significativas entre os grupos quanto ao uso na vida
e nos últimos três meses de tabaco, álcool, maconha, cocaína, anfetaminas/êxtase e
hipnóticos/sedativos. De acordo com o ASSIST, foram classificadas na faixa de uso
de “risco” para o tabaco 57,3% das TRs e 11,7% das MtFs, para álcool 24,3% das
TRs e 8,7% das MtFs, para cocaína/crack 24,3% das TRs e 1,9% das MtFs. Apenas
as TRs pontuaram na faixa de uso de risco para maconha (10,7%) e
anfetaminas/êxtase (4,9%) e na classificação “sugestiva de dependência” para o
tabaco, álcool e maconha (3,9%). Observamos que maior proporção de TRs
trabalharam como profissionais do sexo, enquanto que mais MtFs possuíam
companheiros fixos e ganhavam acima de 3 salários mínimos. As principais razões
comuns para o uso de álcool e outras drogas relatadas pelas TRs e MtFs foram por
diversão ou descontração, alívio de estresse e lidar com problemas. Foram
detectados fatores associados ao uso de risco ser profissional do sexo, ter parceiros
e amigos que fazem uso de drogas. Entre as TRs foram mencionadas como razões
para o “não uso” o “medo de se viciar”, ver amigos passando mal, medo de morar na
rua e perdas financeiras. Entre as MtFs, as razões para o “não uso” de álcool e
outras drogas mais citadas foram o medo de impedir o efeito dos hormônios
ingeridos, medo dos efeitos das drogas, medo de solidão, educação familiar
religiosa, ter companheiro fixo, falta de curiosidade, conhecimento dos efeitos
nocivos, saber o que quer para o futuro, pertencer a um grupo social que não faz
uso, ter atividades de lazer saudáveis e evitar sofrimento. Conclusão: o uso de
álcool e outras drogas foi significativamente maior no grupo das TRs. Considerando
a associação entre uso e situações de risco sugerir que isto ocorreu devido às
situações de risco que envolvem esta população serem maiores que para as MtFs,
porém não podemos generalizar os dados encontrados neste estudo, pois utilizamos
uma amostra de conveniência, que pode ser considerado a limitação do nosso
trabalho. / FAPESP: 2011/13326-6
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Experiências de atenção à saúde e percepções das pessoas transgênero, transexuais e travestis sobre os serviços públicos de saúde em Florianópolis/SCRodriguez, Ana María Mújica January 2014 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2014 / Made available in DSpace on 2015-02-05T21:10:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / A sexualidade e o gênero são fatores que influenciam e determinam a saúde integral de um ser humano. Na sociedade existe uma ideia prevalente de uma identidade sexual e expressões de gênero imaleáveis, desconsiderando, invisibilizando e excluindo aquelas pessoas que transgredem estes parâmetros socialmente construídos como normais, como no caso da população Trans. Entende-se que a diversidade sexual e de gênero fazem parte das expressões da dimensão sexual humana e, portanto, devem ser respeitadas e consideradas em suas diferenças. No entanto, persistem formas de discriminação contra a população Trans no Brasil nos âmbitos, tanto interpessoais como institucionais e estruturais, alcançando o próprio sistema de saúde. Esta pesquisa se trata de um recorte de um estudo exploratório-descritivo de caráter qualitativo que teve como objetivo discutir e analisar as experiências de atenção à saúde das pessoas transgêneras, transexuais e travestis (Trans) nos diferentes serviços de saúde públicos. Selecionados por conveniência, foram entrevistadas sete (7) pessoas Trans, entre os 22 e 42 anos de idade, onde quatro se auto identificaram como homens, duas como travestis e uma como mulher. Poucas/os delas/es fazem uso do SUS e preferem o uso de serviços particulares e/ou privados. O acesso à saúde se viu limitado por barreiras estruturais, no que se refere ao nome social e ao paradigma hetero-cissexual que permeia as interações desta população com o SUS. É necessário quebrar esses paradigmas e reconstruir a saúde através da diversidade e as suas diversas expressões como parte da complexidade do ser humano.<br> / Abstract: Sexuality and gender are factors that influence and determine the overall health of a human being. There is in the society a prevalent idea that sexual identity and gender expressions are inflexible, disregarding, making invisible and excluding those who transgress these sociallyconstructed parameters as normality, as in the case of the Trans population. It understands that sexual and gender diversity are part of the expressions of human sexual dimension and therefore should be respected and considered in their differences. However, forms of discrimination against Trans people in Brazil persist in the interpersonal, institutional and structural areas, reaching the health system itself. This exploratory-descriptive qualitative research, aimed to discuss and analyze the experiences of transgender, transsexuals and transvestites(Trans) community with health care in different public health services and their perceptions of these services. Selected for convenience, were interviewed seven (7) Trans people, between 22 and 42 years old, where four identified themselves as men, two as transvestites and one as awoman. Few of theirs make use of SUS and prefer the use of private services. Respect to hormone therapy, all of them ever self-medicated and currently the vast majority continue doing this practice. In the reports was perceived prejudice and discrimination by the professionals and/or employees of both SUS and private services. Access to health care was seen limited by structural barriers in regard to the use of the social name and the hetero-cissexual paradigm that permeates the interactions of this population with SUS. It is necessary to break these paradigms and rebuild health through diversity and its various expressions as part of the complexity of human beings.
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O jeitinho das capixabas : movimento social LGBT e militantes trans do Espírito SantoTosta, André Luiz Zanão 25 July 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Esta dissertação é o resultado da investigação realizada entre 2013 e 2014 no estado do
Espírito Santo que analisou a atuação política de pessoas trans, indivíduos que se reconhecem
como travestis e transexuais, conforme delimitação identitária do próprio movimento político.
Apoiada numa proposta de investigação descritiva e interpretativa a pesquisa se apoia em três
componentes teóricos: (a) a mobilização política decorre muitas vezes da existência de um
sentimento de 'solidariedade' gerado por uma experiência compartilhada.; (b) o 'sujeito' é o
resultado da articulação das vivências experienciadas, sendo elas individuais e coletivas; (c)
os movimentos sociais podem ser compreendidos como 'campos' que geram mudanças
subjetiva nos sujeitos mediante a incorporação por estes das lógicas estruturantes e
estruturadas daquele. Por conclusão defende-se o argumento que, se o movimento LGBT (e as
ativistas trans) pautam suas reivindicações em torno de ideais como 'visibilidade' e
'cidadania', é preciso questionar o sentido que essas lutas políticas encontram nas vivências
concretas dessas pessoas. Antes de recorrer a especulação simplista de que a 'identidade' e a
'injustiça' sejam os elementos responsáveis pelo engajamento nos movimentos sociais,
devemos compreender como tais elementos se acomodam e negociam com os 'quadros'
coletivos dos apoiadores e opositores e, sobretudo, como eles se tornam 'oportunidades' de
atuação e de mobilização. / This thesis results from an investigation conducted from 2013 to 2014, in Espírito Santo state.
It analyzed the political performance of transgenders (individuals who are self-identified as
transsexual and travestis1) according to the identity delimitation of the political movement
itself. Based on a descriptive and interpretative investigation proposal, the research has three
theoretical elements: (a) the political mobilization usually stems from a “solidarity” feeling
existence which comes from a shared experience; (b) the “subject” is the result of the lived
experiences, both individual and collective ones; (c) the social movements can be understood
as “fields” that generate subjective changes on the subjects as they embody both its
structuring and structured logics. In conclusion, it is argued that if the LGBT (and the trans
activists) movement’s claims abide by “visibility” and “citizenship” ideals it is necessary to
question the meaning of these political struggles on these people’s concrete experiences.
Instead of using the simplistic speculation that “identity” and “justice” are the responsible
elements of social movements engagement, one should understand how these elements settle
down and negotiate among the collective “boards” of supporters and opponents, especially
how they become “opportunities” of action and mobilization.
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