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Variação bioacústica das vocalizações do complexo Taraba major (Vieillot, 1816) (Aves: Passeriformes: Thamnophilidae) / Bioacoustic variation of the vocalizations of Taraba major complex (Vieillot, 1816) (Aves: Passeriformes: Thamnophilidae)

Cardoso, Guilherme Sementili [UNESP] 09 February 2016 (has links)
Submitted by GUILHERME SEMENTILI CARDOSO null (guisemcar@yahoo.com.br) on 2016-04-26T18:35:28Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_Guilherme_biblioteca.docx: 8022519 bytes, checksum: f94b5576b996645e7a83c64cb61c053c (MD5) / Rejected by Felipe Augusto Arakaki (arakaki@reitoria.unesp.br), reason: Solicitamos que realize uma nova submissão seguindo as orientações abaixo: A versão final da dissertação/tese deve ser submetida no formato PDF (Portable Document Format). O arquivo PDF não deve estar protegido e a dissertação/tese deve estar em um único arquivo, inclusive os apêndices e anexos, se houver. Por favor, corrija o formato do arquivo e realize uma nova submissão. Agradecemos a compreensão. on 2016-04-28T18:58:02Z (GMT) / Submitted by GUILHERME SEMENTILI CARDOSO null (guisemcar@yahoo.com.br) on 2016-05-02T17:21:10Z No. of bitstreams: 1 Dissertação_Guilherme_biblioteca.pdf: 3396397 bytes, checksum: d445e38209f4ffe6e3bc7cb908f14709 (MD5) / Approved for entry into archive by Felipe Augusto Arakaki (arakaki@reitoria.unesp.br) on 2016-05-04T18:22:45Z (GMT) No. of bitstreams: 1 cardoso_gs_me_bot.pdf: 3396397 bytes, checksum: d445e38209f4ffe6e3bc7cb908f14709 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-05-04T18:22:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 cardoso_gs_me_bot.pdf: 3396397 bytes, checksum: d445e38209f4ffe6e3bc7cb908f14709 (MD5) Previous issue date: 2016-02-09 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / A variação vocal é um dos processos que pode levar a especiação em aves. A divergência das características vocais pode levar ao isolamento reprodutivo, uma vez que indivíduos de uma mesma espécie não seriam capazes de reconhecer seus pares que emitam sinais vocais alterados. Sabendo-se que o ambiente exerce uma pressão seletiva importante na transmissão do som, os indivíduos tendem a alterar a estrutura acústica de suas vocalizações, aprimorando a transmissão sonora. Assim, indivíduos de uma mesma espécie que habitam ambientes distintos tendem a apresentar diferenças vocais. Este estudo analisou as vocalizações de T. major oriundas de diversas localidades da região Neotropical para identificar possíveis variações vocais entre as diversas subespécies. Estas variações foram correlacionadas com as coordenadas geográficas, com altitude e com a distribuição espacial das subespécies de T. major. Foram coletadas 119 vocalizações de indivíduos distintos, que tiveram as suas variáveis temporais e espectrais analisadas por meio do espectrograma e do espectro de amplitude, tomando um limite de -42 dB como referência. Tais características foram correlacionadas com as variáveis de latitude, longitude e altitude. Ao total, foram obtidas quatro subespécies. As variáveis foram reduzidas por uma análise de Componente Principal, e depois classificadas por uma Análise de Função Discriminante. A partir das correlações, observou-se uma relação inversa entre características espectrais e temporais. Valores de frequência decrescem com o aumento da latitude, enquanto os valores temporais aumentam. Do mesmo modo, os valores de frequência tendem a aumentar com o acréscimo da longitude, enquanto os valores temporais decrescem. Algo semelhante ocorre com os grupos atribuídos às subespécies, pois aquelas amostras que estão mais a Noroeste (T. m. semifasciatus e T. m. melanurus) apresentam menores frequências e maiores durações, enquanto aquelas que se situam mais a sudeste (T. m. major e T. m. stagurus) apresentam maiores frequências e menores durações. Este efeito pode estar vinculado às características do hábitat, pois as subespécies T. m. semifasciatus e T. m. melanurus estão situadas em regiões de predomínio da Floresta Ombrófila Densa da bacia Amazônica. Deste modo, vocalizações com menores valores de frequência e maiores valores de tempo sofrem menor atenuação sonora que seria causada pela alta densidade de obstáculos para a transmissão. Este tipo de variação vocal é bem documentado, sendo suportado pela Hipótese da Adaptação Acústica. / The vocal variation is one of the processes that can lead to speciation in birds. The divergence of the vocal features can drive the reproductive isolation, since individuals of the same species will not be able to recognize their mates, which emit altered voice signals. The environment make a significant selective pressure on sound transmission. Thus, individuals tend to change the acoustic structure of their vocalizations to improve the sound transmission. Individuals of the same species that inhabit different environments tend to display vocal differences. This study surveyed the vocalizations of T. major from several locations in the Neotropical region to identify possible vocal variations between different subspecies. These variations were correlated with the geographic coordinates, with altitude and with the spatial distribution of subspecies. We collected 119 vocalizations of different individuals. Vocalizations had their temporal and spectral variables measured through the espectrogram and the power spectrum, taking a -42 dB as reference limit. These variables were correlated with latitude, longitude and altitude. From these same data, we identified the predominant subspecies the location of sampling. In total, four subspecies were obtained. The variables were reduced by a principal component analysis. Then, they were classified by a discriminant function analysis. From the correlations, we found an inverse relationship between spectral and temporal characteristics. Frequency values decrease with increasing latitude, while time values increase. Moreover, the frequency values tend to increase with the increase in longitude, while time values decrease. Something similar occurs with the groups assigned to the subspecies, for the northwestern samples (attributed to T. m. semifasciatus and T. m. melanurus) have lower frequencies and longer durations, while the southeastern ones (attributed to T. m. major and T. m. stagurus) have higher frequencies and shorter durations. This effect is linked to habitat features, since the subspecies T. m. semifasciatus and T. m. melanurus are located predominantly in regions of dense rain forest of the Amazon basin. Thus, vocalizations with lower frequency values and greater time values suffer less sound attenuation caused by the high density of obstacles to transmission. This kind of vocal variation is well documented, and supported by the Acoustic Adaptation Hypothesis. / CNPq: 133992/2014-4
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Descrição de um fóssil de Eira barbara (Carnivora, Mustelidae) do Pleistoceno final (Bacia do Acre) e morfologia comparada do sincrânio de E. barbara recente: implicações paleobiogeográficas, geográficas e taxonômicas / Description of a fossil of Eira barbara (Carnivora, Mustelidae) from the Late Pleistocene (Acre Basin) and comparative morphology of the sincranium of extant E. barbara: paleobiogeographic, geographic and taxonomic implications

Paulo Ricardo Mendonça Lopes 28 April 2016 (has links)
A espécie recente Eira barbara (Mustelidae, Carnivora) possui uma distribuição geográfica desde o México até o norte da Argentina. É um importante táxon a ser estudado como modelo anatômico dentre os mustelídeos, assim como um importante modelo para uma melhor compreensão e entendimento sobre a diversificação dos Mustelidae. Atualmente, os registros fósseis de E. barbara na América do Sul são bastante escassos e restritos às idades pleistocênicas, sendo que os estudos destes fósseis são frequentemente desprovidos de maiores esforços para realização de descrições morfológicas detalhadas e de estudos paleobiogeográficos. Assim como os estudos dos fósseis de E. barbara são limitados, constatou-se que o mesmo cenário é observado quanto aos estudos sobre a morfologia e biogeografia da espécie. Desta forma, o presente trabalho se propôs a: realizar uma revisão de todos os registros da espécie e de uma forma geral, contribuir para um melhor conhecimento sobre a morfologia sincraniana e sobre a história biogeográfica e paleobiogeográfica de E. barbara. Para tanto, os seguintes objetivos foram propostos: estudo e redescrição detalhada do fóssil UFAC-PV 036, proveniente do Pleistoceno final do Alto Rio Juruá do sudoeste da Amazônia Brasileira; descrição sincraniana comparada de estruturas morfológicas externas e internas, analisando caracteres intraespecíficos da espécie E. barbara; realização de análises multivariadas a fim de investigar variações geográficas sob o uso de caracteres craniométricos de E. barbara entre os diferentes biomas brasileiros. A revisão dos registros fósseis foi de grande importância para o estabelecimento dos verdadeiros registros de Eira na América do Sul e a redescrição de UFAC-PV 36 contribui para o melhor conhecimento morfológico e paleobiogeográfico da espécie. A descrição morfológica comparada do sincrânio de E. barbara contribui de forma significativa para o conhecimento sobre a morfologia da espécie bem como, a descrição de caracteres intraespecíficos proporcionam caracteres mais apropriados em matrizes morfológicas, fornecendo maior robustez nas análises filogenéticas futuras. Este trabalho propõe que E. barbara não possui diferenças craniométricas estatisticamente significativas entre os biomas brasileiros, porém, E. barbara caracteriza-se aqui como uma espécie dimórfica, na qual os machos possuem estruturas cranianas relativamente maiores do que as fêmeas. / The recent species Eira barbara (Mustelidae, Carnivora) has a geographic distribution from Mexico to northern Argentina. It is an important taxon to be studied as an anatomical model for the mustelids, as well as an important model for a better understanding of the diversification of the Mustelidae. Currently, the fossil record of E. barbara in South America is scarce and restricted to the Pleistocene, while the studies of these fossils frequently lack greater efforts to perform detailed morphological descriptions and paleobiogeographic studies. Besides limited studies of fossil E. barbara, it was established that the same scenario is seen for the studies on the morphology and biogeography of the species. Thus, this work proposed to: perform a review of all records of the species and, in general, to contribute to a better understanding of the sincranian morphology and the biogeographic and paleobiogeographic studies of E. barbara. In order to achieve this, the following objectives were proposed: study and detailed redescription of the fossil UFAC PV-036 from the Late Pleistocene of Upper Juruá River of the southwest of Brazilian Amazon; compared sincranian description of external and internal morphological structures, analyzing intraspecific characters of extant E. barbara; performance of multivariate analysis to investigate geographical variations on the use of craniometric characters of E. barbara between different Brazilian biomes. The review of the fossil record was of great importance for the establishment of the actual records of the species in South America, while the redescription of UFAC PV-36 contributes to a better anatomical and paleobiogeographic knowledge of the species. The morphological description of the sincranium of E. barbara contribute significantly to the knowledge of the morphology of the species, as much as the description of intraspecific variation provides more appropriate morphological characters in matrices, providing greater robustness in futures phylogenetic analysis. This work proposes that E. barbara does not have statistically significant craniometric differences among Brazilian biomes; however, E. barbara is characterized here as a dimorphic species in which the males have cranial structures relatively larger than the females.
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Diferenciação geográfica de Ecpleopus gaudichaudii (Squamata, Gymnophthalmidae) baseada em caracteres morfológicos e moleculares, e considerações sobre a descrição osteológica / Geographical differentiation of Ecpleopus gaudichaudii Squamata, Gymnophthalmidae) based on morphological and molecular caracteres, and considerations about the osteological decription

Daniel Michiute Carolino 16 August 2010 (has links)
Ecpleopus gaudichaudii Squamata, Gymnophthalmidae) distribuída pelas áreas do Domínio da Mata Atlântica brasileira, é atualmente considerada monotípica. A espécie possui uma aparente homogeneidade morfológica e carece de estudos moleculares e osteológicos na literatura. No presente estudo, faz-se uma análise aprofundada sobre a morfologia do grupo (caracteres quantitativos e qualitativos) e os padrões de variação exibidos através de sua distribuição. Também é feita uma análise das diferenças moleculares em relação ao gene mitocondrial citocromo B entre as diversas populações amostradas. E, por fim, é apresentada uma descrição óssea da espécie. São reconhecidas duas linhagens diferentes com base em uma combinação dos dados morfológicos e moleculares. Os dados moleculares apontam ainda, que a real diversidade do grupo pode ser maior do que aquela demonstrada pelos caracteres morfológicos. Para a determinação da real complexidade taxonômica do grupo faz-se necessários novos testes e estudos de novos genes que permitam uma clarificação melhor das relações entre as populações e linhagens reconhecidas. / Ecpleopus gaudichaudii (Squamata, Gymnophthalmidae), distributed over areas of the Brazilian Atlantic Forest Domain, is the only species allocated in the genus. Despite its apparently homogeneous morphology, morphological and molecular studies approaching the several populations througout the distribution of this species are lacking in the literature. In this study, we provide a thorough morphological analysis involving external features (quantitative and qualitative characters) and osteology of a sample including 183 specimens of Ecpleopus gaudichaudii, in order to assess the patterns of variation throughout its distribution. In addition, a preliminary analysis of molecular differences regarding mitochondrial cytochrome B gene among the populations is also provided. Two different groups are recognized based on a combination of morphological and molecular data. The molecular data also indicate that the actual diversity of the group may be greater than that shown by morphological characters. The ellucidation of the relationships among the populations, as well as of the taxonomy of the group, depends on further studies of molecular approach focusing nuclear and more mithocondrial genes. The results of these studies may provide more solid grounds to future taxonomic reformulations.
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A cascavel neotropical Crotalus durissus: uma abordagem morfológica e da historia natural em populações do Brasil / The neotropical rattlesnake Crotalus durissus: a morphological and natural history approach in populations from Brazil

Maria Adelaida Hoyos Argaez 22 June 2012 (has links)
A variação de cunho geográfico nas populações naturais está intimamente ligada às características ecológicas do ambiente como também aos processos históricos que resultaram no estabelecimento de linhagens distintas. Poucas espécies de serpentes têm sido estudadas adequadamente para determinar se existe variação geográfica na morfologia associada ao seu ciclo reprodutivo e dieta. As serpentes do gênero Crotalus são consideradas um bom modelo para estudos relacionados à variação geográfica devido à sua ampla distribuição, que abrange diversos tipos de hábitats. A cascavel C. durissus está restrita a América do Sul. No Brasil ocorre em todos os estados, exceto no Acre e Espírito Santo. São reconhecidas algumas populações isoladas na Floresta Amazônica. Algumas das suas populações exibem um nível considerável de variação morfológica e ecológica, sendo que populações adjacentes podem diferir drasticamente. De um modo geral, são escassos os estudos com esta espécie no Brasil, requerendo urgentes investigações para estabelecer se a variabilidade observada está associada a algum fenômeno específico. Neste estudo, foi examinado um total de 870 exemplares de C. durissus no Brasil. Em termos gerais, de acordo com o dimorfismo sexual, os resultados indicaram que as fêmeas apresentaram um maior número de escamas no ventre, enquanto que os machos apresentaram um número maior de escamas associadas à cauda e de losângulos. Em poucos casos as fêmeas exibiram comprimentos rostro-cloacais maiores, no entanto os maiores tamanhos da cabeça foram evidenciados neste sexo. Por outro lado, na maioria dos casos, os machos foram mais compridos do que as fêmeas, apresentando caudas mais longas. Similarmente as listras paravertebrais foram significativamente maiores nos machos. As análises discriminantes indicaram que as populações apresentaram padrões de variabilidade morfológica altamente complexos, ainda que a segregação de algumas das populações possa refletir fortes tendências evolutivas próprias dentro de algumas linhagens. A análise de variação geográfica indicou que variáveis ambientais influenciaram parcialmente a variabilidade morfológica nas populações de acordo com a sua distribuição. De acordo com os parâmetros relacionados a historia natural, o ciclo reprodutivo das fêmeas foi bem conservador, refletindo um padrão bienal e sazonal. Nos machos o ciclo espermatogênico mostra também um padrão sazonal exibindo variações anuais entre as populações. A associação entre os processos históricos, aspectos fisiológicos e condições climáticas são provavelmente os principais fatores que influenciaram as mudanças nestes padrões reprodutivos em fêmeas e machos. A dieta foi constituída principalmente por roedores, fato possivelmente associado à maior abundância e disponibilidade deste tipo de presa ao longo do ano nas áreas de ocorrência da espécie. No entanto, lagartos do grupo dos teiídeos podem ser considerados como itens alimentares eventualmente importantes na dieta de C. durissus do Brasil. / The geographical variation is intimately associated to the ecological characteristics such as the historical process of a species. A few species of snakes have been studied adequately to determine an existence of geographical variation in morphology, reproduction and diet. Rattlesnakes (Crotalus) are considered a good model for geographical variation studies, due to their wide distribution that include several habitat types. The rattlesnake, Crotalus durissus is restricted to South America. In Brazil, this group is present throughout the country, except in states of Acre and Espírito Santo. In addition, there are isolated populations in open areas in Amazonia, in the Amazonian savannas in the states of Amazonas, Roraima, Pará and Amapá. Some populations of C. durissus show considerable variation in the morphology, reproduction and diet composition even with neighboring populations differing drastically from each other. Generally, there has been little research conducted of C. durissus in Brazil needing urgent investigation to this respect. A total of 870 specimens of C. durissus were examined. In general, according to the sexual dimorphism, the results indicated that the females have a higher number of ventral scales, while the males showed a greater number of scales associated to the tail and the lozanges. In a few cases, the females exhibited larger snout-vent length but larger head sizes were shown in this sex. Overall, males were longer than females, exhibiting tails and paravertebral stripes which were relatively longer. The discriminant analysis showed in general populations with patterns of highly complex morphological variability, even though the segregation of some populations may reflect strong evolutionary tendencies of their own within some groups. The analysis of geographic variation indicated that environmental variables partially influenced the morphological variability in populations according to their distribution. In accordance with parameters related to natural history, the reproductive cycle of females, was extremely conservative, reflecting a biennial seasonal pattern. In males, the spermatogenic cycle also shows a seasonal pattern, which demonstrated annual variations between populations. The association between the historical processes, physiological aspects and climatic conditions is probably the main factors that influenced these reproductive patterns in females and males. The diet was composed mainly of rodents, habit related to the abundance and availability of the prey, however teid lizards can also be considered as an important food item of the diet of C. durissus from Brazil.
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Efeitos do aquecimento global em populações do complexo de espécies Tropidurus torquatus (Squamata: Tropiduridae) no Brasil / The efects of global warming on populations of the species complex Tropidurus torquatus (Squamata:Tropiduridae) in Brazil

Piantoni, Carla 27 November 2015 (has links)
Nos próximos 85, no Brasil, espera-se um aumento real de até 6°C na temperatura média do ar, além de uma queda de 5−20% nas taxas de precipitação. Neste sentido, o aquecimento do clima deve sobrepujar adaptações locais, e a sobrevivência dependerá da plasticidade fisiológica das espécies, além de sua capacidade de dispersão. Atualmente, a previsão das respostas ecológicas e fisiológicas dos os organismos a estas alterações compreende um dos principais desafios dos ecofisiologistas. Os lagartos são particularmente sensíveis ao aquecimento global, uma vez que alterações de temperatura podem alterar sua performance para níveis sub−ótimos, restringindo os períodos de atividade com impacto direto em sua história natural. Em lagartos de regiões com baixa variabilidade climática (próximas ao Equador), a baixa resiliência às alterações ambientais, associada a opções restritas de dispersão e habitats cuja temperatura do ar (Ta) seja superior aos seus ótimos termais, entre outros fatores, fazem destas populações as mais vulneráveis ao aquecimento. Neste estudo, foram realizadas análises espaciais e temporais no intuito de avaliar a vulnerabilidade de populações de lagartos do complexo Tropidurus torquatus no Cerrado brasileiro, e se a resiliência é influenciada pela magnitude da flexibilidade intrapopulacional de fisiologia termal e de performance. O estudo consta de três abordagens principais: (1) comparações de dados de temperatura corporal (Tb) e temperatura operativa (Te, temperaturas hipotéticas para termoconformadores); temperaturas corporais preferenciais (Tp média e amplitude dos valores de Tset), e índices quantitativos de regulação de temperatura e de qualidade do ambiente termal (db, de e E) de Tropidurus com dados de literatura para espécies dos gêneros Anolis, Liolaemus e Sceloporus, bem como de 60 populações pertencentes a 21 espécies de tropidurídeos dos domínios da Caatinga, Amazônia, Cerrado e Chaco, e outras regiões como a costa do Peru e as ilhas Galápagos; (2) análises dos padrões intra e interespecíficos de variabilidade das capacidades de performance para velocidade e resistência em populações de T. torquatus, T. oreadicus, T. etheridgei e T. catalanenis, e estimação do impacto de um aumento da Ta em 3°C sobre a performance e a atividade destes lagartos num cenário de aquecimento, e (3) examinar as variações temporais e geográficas de idade, taxas de crescimento, maturidade sexual e longevidade em espécimes de T. torquatus em duas regiões a distintas latitudes; a variação temporal foi estimada através do estudo de amostras coletadas em cada uma das regiões em épocas distintas (década de 1960 e 2012), enquanto as comparações geográficas foram feitas apenas com base nas amostras recentes destas regiões (2012). Os resultados confirmam as hipóteses sugerindo que o comportamento termorregulatório aumenta acompanhando os parâmetros de latitude e altitude e que os lagartos tropicais e de áreas situadas a baixas altitudes tendem a se comportar como termoconformadores. Estima-se que populações tropicais com pouco ou nenhum comportamento termorregulatório presentes em ambientes com restrições termais impostas por parâmetros altitudinais (de baixas ou elevadas altitudes) são os mais vulneráveis ao aquecimento do clima. Em contraste, as estepes e montanhãs da Patagônia, bem como outras áreas montanhosas, representam refúgios termais para populações de lagartos que serão progressivamente forçados a se deslocar para estes ambientes. Dentre os tropidurídeos, um padrão geral sugere que o comportamento termorregulatório ambiental diminui na direção do Equador, particularmente devido à menor variabilidade ambiental. Na maioria das linhagens, valores similares e mais elevados de Tb e Tp em relação a valores de Ta apontam para uma condição plesiomórfica, provavelmente relacionada à ocorrência em ambientes florestais. O comportamento termorregulatório limitado ou ausente, combinado com grandes proporções de Tb e Te acima dos ótimos termais aumentam os riscos de superaquecimento e limitam o tempo de atividade especialmente nas regiões central e setentrional do Cerrado. As curvas de performance demonstram que os intervalos termais de desempenho (B80’s) e as margens de segurança aumentaram com a variação de temperatura, mas diminuíram com a variação anual de precipitação. Os resultados das comparações entre os padrões de variação temporal e regional do crescimento das populações de T. torquatus sugerem que o aquecimento do clima afeta o crescimento dos indivíduos, que tendem a ser maiores em regiões de clima mais quente. O aumento nos valores de Ta das últimas décadas aceleraram as taxas de crescimento, anteciparam a maturação sexual e encurtaram a expectativa de vida nas duas regiões estudadas. Embora em curto prazo os efeitos do aumento nos valores de Ta possam parecer vantajosos no que tange o crescimento e a reprodução, é plausível estimar uma queda geral no desempenho de todas as populações a longo prazo. Devido às grandes proporções de valores de Te atualmente superando o limite superior de B80 e das preferenda termais de T. torquatus e T. etheridgei na região Central, à capacidade de dispersão restrita e à baixa variabilidade na biologia termal de T. torquatus nas matas quentes de galeria, espera-se que os maiores impactos devam se concentrar sobre as populações das regiões central e setentrional. / In Brazil, an increase in the mean air temperature (Ta) of up to 6°C and a trend of decreasing rainfall by 5−20% are expected within 85 years. Climate warming is expected to overrun local adaptation and survival will depend on the plasticity and dispersal options and abilities. Predicting how organisms will respond these changes is one of the most critical challenges for contemporary ecophysiologists. Lizards are particularly sensitive to global warming, as temperature changes could shift overall performance to suboptimal levels, restricting time for activity. The low resilience to environmental changes of lineages from regions of low climatic variability (close to the Equator) combined with low dispersal options and current habitats’ Ta that exceeds their thermal optima, among other factors, make these populations the most vulnerable to warming. We conducted spatial and temporal analyses to assess the vulnerability of populations of the Tropidurus torquatus species complex in the Brazilian Cerrado and whether resilience is influenced by the magnitude of flexibility in thermal physiology and performance that exists within populations using three different approaches: (1) we compare data on body (Tb) and operative temperatures (Te, “null temperatures” for nonregulating animals), preferred body temperatures (mean T/p and Tset Tet range), and quantitative indices of temperature regulation and quality of the thermal environment (b, d e and E) for Tropidurus with data from the literature for Anolis, Liolaemus, and Sceloporus, and for 60 populations of 21 species of tropidurids from the Caatingas, Amazonia, Cerrado, Chaco, and other regions as the coast of Peru and Galapagos Islands; (2) We analyze patterns of variability in the performance capacities for velocity and endurance within and among populations of T. torquatus, T. oreadicus, T. etheridgei and T. catalanenis, and estimate the impact of a Ta increase by 3°C on performance and activity of these lizards in a warming scenario; and (3) we examine the geographic and temporal variation of individual age, growth rates, age at sexual maturity and longevity in specimens of T. torquatus at two sites at different latitudes; temporal variation was estimated studying subsamples at each site collected in 1960s and 2012, whereas the geographical comparisons were performed between the two subsamples collected in 2012 both at the two sites. Our results confirm the hypotheses by suggesting that thermoregulatory behavior increases with latitude and altitude and that tropical and lowland lizards behave as thermoconformers. We estimate that tropical populations with poor or no thermoregulatory behavior that inhabit stressful environments (open and low elevation sites) are the most vulnerable to rising temperatures. In contrast, Patagonia steppe and mountains as well as other montane environments represent future thermal refuges for lizards that would eventually be forced to retreat to these environments. Within tropidurids, a general pattern suggests that the thermoregulatory behavior decreases towards the Equator, particularly due to environmental constrains and probably to the low environmental variation. In most lineages, similar and higher Tb and Tp with respect to Ta point to a plesiomorphic condition, probably related to earlier forested environments. Constraint or no thermoregulation combined with the large proportions of Tb and Te above the thermal optima augment the risk of overheating and preclude time of activity particularly in the central and northernmost regions of the Cerrado. Based on the thermal performance curves, thermal breadths (B80’s) and safety margins increased with the thermal variation and decreased with the variation of annual precipitation. The results on the temporal variation and between sites differences on the growth patterns suggest that warming positively affect growth in T. torquatus. The increase of Ta of the last decades accelerated growth rates, anticipated sexual maturity and shortened the life−span at both sites. Although short-term effects of an increasing Ta’s may seem beneficial with respect to growth and reproduction, we predict an overall decay in the fitness response in all populations in the long term. Due to the large proportions of T e ’s currently exceeding the upper limit of the B 80 and thermal preferenda of T. torquatus and T. etheridgei at the Central site and the limited dispersal capacity and low variability on the thermal biology of T. torquatus in the warm gallery forest, the northernmost and Central populations are expected to experience the highest impact.
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Ecologia comparativa das espécies do gênero Vanzosaura (Squamata: Gymnophthalmidae) da Caatinga e do Cerrado.

Lima, Ana Maria Cristina Malta Araujo 08 July 2014 (has links)
Submitted by Morgana Silva (morgana_linhares@yahoo.com.br) on 2016-08-31T17:43:40Z No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1476207 bytes, checksum: f6fb98b5b6b547c58b83f713f5ad322a (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-31T17:43:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 1476207 bytes, checksum: f6fb98b5b6b547c58b83f713f5ad322a (MD5) Previous issue date: 2014-07-08 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Populations of species with a wide geographical distribution can be subjected of a broad range of environmental conditions, exposed to different selective pressures, which in association with time of isolation and genetic variability may induce to different adaptive responses (phenotypic plasticity). The genus Vanzosaura belongs to Gymnophthalmidae family having a diagonal distribution in dry areas of South America, occurring in at least three separate formations (Cerrado, Caatinga and Chaco). Herein, we compared data on reproduction, diet and morphology of individuals of the species Vanzosaura multiscuta, sampled in areas of Caatinga and V. rubricauda and V. savanicola from Cerrado. The diet of the species showed no significant differences, composed of spiders, orthoptera and plecoptera, the most consumed categories. Clutch size was the same for all species (02 eggs) what appears to be a synapomorphy in gymnophthalmids. Vanzosaura multiscutata showed continuous reproduction throughout the year with evidence of sequential litters and smaller eggs. Vanzosaura savanicola and V. rubricauda, had concentrated breeding in the dry season and early wet season with larger eggs. The species present morphometric differences, in which the Cerrado species showed greater length and snout vent lenght, wider body and shorter tail compared with the specie of the Caatinga. Both the phylogeny and the ecology influence the life history of Vanzosaura spp. The diet is more influenced by historical factors, and the morphology and reproduction by ecological factors. / Populações de espécies que apresentam uma ampla distribuição geográfica podem estar submetidas a uma grande variabilidade de condições ambientais e expostas a diferentes pressões seletivas que associadas ao tempo de isolamento e a variabilidade genética podem influenciar respostas adaptativas diferenciadas (plasticidade fenotípica). O gênero Vanzosaura pertence à família Gymnophthalmidae, e apresenta distribuição na diagonal de áreas secas da América do Sul, ocorrendo em pelo menos três formações distintas (Cerrado, Caatinga e Chaco). Neste trabalho comparamos dados de reprodução, dieta e morfometria de indivíduos das espécies V. multiscutata amostrados em área da Caatinga e V. savanicola e V. rubricauda do Cerrado. A dieta das espécies não apresentou diferenças significativas sendo as categorias mais consumidas aranhas, ortópteros e plecopteras. O tamanho da ninhada foi o mesmo para todas as espécies (02 ovos) o que parece ser uma sinapomorfia em gimnoftalmídeos. Vanzosaura multiscutata apresentou reprodução contínua durante todo o ano com indícios de ninhadas seqüenciais e ovos menores. Vanzosaura savanicola e V. rubricauda, apresentaram reprodução concentrada no final da estação seca e início da estação chuvosa com ovos maiores. As espécies apresentaram diferenças morfométricas, com as espécies do Cerrado com maior comprimento rostro cloacal e da cabeça, corpo mais largo e cauda mais curta quando comparado com a espécie da Caatinga. Tanto a filogenia quanto a ecologia influenciam na história de vida de Vanzosaura spp. . A dieta é mais influenciada por fatores históricos, e a morfometria e reprodução por fatores ecológicos.
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Evolução das estratégias reprodutivas de Bothrops jararaca (Serpentes: Viperidae) / Evolution of reproductive strategies of Bothrops jararaca (Serpentes: Viperidae)

Braz, Karina Nunes Kasperoviczus 13 August 2013 (has links)
Esse trabalho teve como objetivo estudar aspectos importantes das estratégias reprodutivas de machos e fêmeas de Bothrops jararaca do clado norte (CN) e sul (CS) e das ilhas de Búzios (SP), Ilhabela (SP) e ilha dos Franceses (ES). Para isso, foram analisados exemplares de B. jararaca preservadas de diversas coleções zoológicas. Machos e fêmea de B. jararaca do CN foram significativamente maiores que os machos e fêmeas CS, no entanto tiveram cabeças relativamente menores e foram menos robustos. Fêmeas do CN têm em média maior fecundidade e filhotes maiores do que fêmeas do CS. O ciclo reprodutivo de machos e fêmeas de ambas as populações é sazonal e não variou entre as estações do ano. Fêmeas do CN e do CS tem cópula outonal. A vitelogênese tem início no final do verão e fêmeas grávidas são observadas a partir do final do inverno. Nascimentos de B. jararaca de ambos os clados podem ser observados principalmente no verão e podem se estender até o início do outono. A estocagem de espermatozoides no útero e no infundíbulo foi observada principalmente no outono e inverno. Ciclos reprodutivos de machos de ambos os clados são considerados do tipo pós-nupcial ou do tipo I. O início da produção de espermatozoides é na primavera e a fase ativa pode ser observada no verão. No outono e no inverno, os testículos estão inativos. Estocagem de espermatozoides nos ductos deferentes foi observada durante todos os meses do ano e o segmento sexual renal (SSR) apresentou a fase mais ativa (fase secretora) na primavera e verão (sincronizado com a espermatogênese nos testículos) e fase não secretora no outono e no inverno. Esse padrão dos ciclos dos machos foi observado em ambos os clados. Dessa forma, foram observadas variações geográficas nas características de histórias de vida entre as populações do CN e CS, porém, não foram observadas diferenças entre os padrões de ciclos reprodutivos. Assim, o ciclo reprodutivo de machos e fêmeas de B. jararaca do CN e do CS são conservativo na espécie. / This research aimed to study important aspects of reproductive strategies in male and female of Bothrops jararaca from north clade (CN), south clade (CS) including the islands of Búzios (SP), Ilhabela (SP), and Franceses (ES). We analyzed specimens of B. jararaca preserved on several zoological collections. Male and female of B. jararaca from CN were significantly longer than male and female from CS, however they had relatively smaller heads and were less robust. Male and female of B. jararaca from CN were significantly larger than individuals from CS, had relatively smaller heads and were less robust. Females from CN had on average higher fecundity and larger offspring than females of CS. The reproductive cycle of males and females from both populations was seasonal and the timing of events was also similar between clades. Females of CN and CS have autumn mating season. The vitellogenesis starts in the end of the summer and pregnant females are observed from late winter. Births of B. jararaca occurred from early summer to the beginning of autumn. Sperm storage in the uterus and infundibulum was mainly observed during autumn and winter. Reproductive cycles of male of both clades are type postnuptial or a type I. The beginning of the sperm production occurs in spring and the active phase was observed in the summer. During autumn and winter, the testicles are inactive. Sperm storage in the different ducts was observed throughout the year and the sexual segment of the kidney (SSK) shows a more active phase during spring and summer and non-secretory phase on autumn and winter. This pattern of cycles of male was observed in both clades. In conclusion, there is geographical variation in life-history characteristics between CN and CS populations. However, differences among the reproductive cycle pattern were not evident. Then, the reproductive cycles of male and female of CN and CS are conservative in the species.
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Cromossomos B no gênero Partamona (Hymenoptera: Apidae: Meliponini) : ocorrência, transmissão e origem

Machado, Diana de Paula 26 February 2016 (has links)
Submitted by Luciana Sebin (lusebin@ufscar.br) on 2016-10-11T19:38:10Z No. of bitstreams: 1 DissDPMcg.pdf: 1163116 bytes, checksum: 38b9e1756b3619ed64928eaf8458e248 (MD5) / Approved for entry into archive by Ronildo Prado (ronisp@ufscar.br) on 2016-10-17T13:04:52Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DissDPMcg.pdf: 1163116 bytes, checksum: 38b9e1756b3619ed64928eaf8458e248 (MD5) / Approved for entry into archive by Ronildo Prado (ronisp@ufscar.br) on 2016-10-17T13:05:00Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DissDPMcg.pdf: 1163116 bytes, checksum: 38b9e1756b3619ed64928eaf8458e248 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-10-17T13:13:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissDPMcg.pdf: 1163116 bytes, checksum: 38b9e1756b3619ed64928eaf8458e248 (MD5) Previous issue date: 2016-02-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Partamona (Schwarz, 1939) is a stingless bee genus which has as an interesting trait, the presence of B chromosomes in some species. These chromosomes were identified in six closely related species so far, all included in the cupira group, except P. helleri, which has an uncertain position in Partamona phylogeny, but it is possibly related to this group. We analyzed 894 colonies from 128 locations of thirteen species, using a SCAR marker specific for Partamona B chromosomes. The results enabled an increase in knowledge about species number with supernumerary chromosomes in this genus, including species from the pearsoni clade. The high number of colonies analyzed allowed to set the B chromosomes frequency on carrier species. A significant positive correlation between latitude and B chromosomes frequency was found in P. helleri, with higher frequency in north decreasing towards the south of the species distribution. The B chromosome transmission rate was estimated for three species that showed the highest frequencies of these chromosomes (P. helleri, P. cupira and P. rustica). The result was as expected for a regular meiotic behavior, which queens with one supernumerary chromosome have 50% chance to transfer the B chromosome to the offspring, suggesting an absence drive in these species. The Sequences obtained using SCAR primers had high quality and were different from those previously reported in another studies, showing no undefined sites, indicating greater effectiveness for sequencing using the internal primers designed in our laboratory. The comparison between obtained sequences revealed a high similarity between species, with only two haplotypes and no intraspecific differences, suggesting a single origin for Partamona B chromosomes. The sequence obtained for P. helleri was different from that obtained for the cupira clade species, suggesting that P. helleri did not transmit the B chromosomes to the other species, as previously suggested. The high frequency in some species and the presence in the pearsoni clade suggest a more complex 4 evolutionary history and an older origin than previously thought for Partamona B chromosomes. / Partamona (Schwarz, 1939) é um gênero de abelhas sem ferrão que apresenta como interessante característica a presença de cromossomos B em algumas espécies. Até o momento, esses cromossomos haviam sido identificados em seis espécies intimamente relacionadas, todas incluídas no clado cupira, e P. helleri, de posição incerta na filogenia de Partamona, mas possivelmente relacionada a este clado. A análise de 894 colônias provenientes de 128 localidades de 13 espécies do gênero, utilizando um marcador SCAR (Sequence Characterized Amplified Region) específico para os cromossomos B de Partamona, permitiu ampliar o conhecimento do número de espécies do gênero portadoras destes cromossomos, incluindo espécies do clado pearsoni. A partir dos resultados desta análise foi possível também, definir a frequência dos cromossomos B nas espécies portadoras. Em P. helleri foi encontrada uma correlação positiva significativa entre latitude e frequência de cromossomos B, com maior frequência no norte e diminuição em direção ao sul da distribuição da espécie. A taxa de transmissão de cromossomos B foi estimada para as três espécies em que estes cromossomos foram mais frequentes (P. helleri, P. cupira e P. rustica). O resultado foi consistente com o esperado para um comportamento meiótico regular na transmissão dos cromossomos B da rainha para a prole, sugerindo que nessas espécies não ocorra um desvio meiótico que favoreça a transmissão. As sequências obtidas com os primers SCAR apresentaram alta qualidade e foram diferentes das sequências reportadas na literatura, não apresentando sítios indefinidos, apontando para uma maior acurácia de sequenciamento com o uso dos primers internos desenhados em nosso laboratório. A comparação entre as sequências revelou uma alta similaridade entre espécies, com apenas dois haplótipos e ausência de diferenças intraespecíficas, sugerindo uma origem única para os cromossomos B de Partamona. A sequência obtida para P. helleri foi diferente da sequência obtida para as 2 outras espécies do clado cupira, sugerindo que essa espécie não transmitiu os cromossomos B para as outras espécies do grupo, como previamente sugerido. A alta frequência de cromossomos B em algumas espécies do gênero e a presença de cromossomos B em espécies do clado pearsoni sugere uma história evolutiva mais complexa e uma origem mais antiga do que se presumia anteriormente para os cromossomos B de Partamona.
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Evolução das estratégias reprodutivas de Bothrops jararaca (Serpentes: Viperidae) / Evolution of reproductive strategies of Bothrops jararaca (Serpentes: Viperidae)

Karina Nunes Kasperoviczus Braz 13 August 2013 (has links)
Esse trabalho teve como objetivo estudar aspectos importantes das estratégias reprodutivas de machos e fêmeas de Bothrops jararaca do clado norte (CN) e sul (CS) e das ilhas de Búzios (SP), Ilhabela (SP) e ilha dos Franceses (ES). Para isso, foram analisados exemplares de B. jararaca preservadas de diversas coleções zoológicas. Machos e fêmea de B. jararaca do CN foram significativamente maiores que os machos e fêmeas CS, no entanto tiveram cabeças relativamente menores e foram menos robustos. Fêmeas do CN têm em média maior fecundidade e filhotes maiores do que fêmeas do CS. O ciclo reprodutivo de machos e fêmeas de ambas as populações é sazonal e não variou entre as estações do ano. Fêmeas do CN e do CS tem cópula outonal. A vitelogênese tem início no final do verão e fêmeas grávidas são observadas a partir do final do inverno. Nascimentos de B. jararaca de ambos os clados podem ser observados principalmente no verão e podem se estender até o início do outono. A estocagem de espermatozoides no útero e no infundíbulo foi observada principalmente no outono e inverno. Ciclos reprodutivos de machos de ambos os clados são considerados do tipo pós-nupcial ou do tipo I. O início da produção de espermatozoides é na primavera e a fase ativa pode ser observada no verão. No outono e no inverno, os testículos estão inativos. Estocagem de espermatozoides nos ductos deferentes foi observada durante todos os meses do ano e o segmento sexual renal (SSR) apresentou a fase mais ativa (fase secretora) na primavera e verão (sincronizado com a espermatogênese nos testículos) e fase não secretora no outono e no inverno. Esse padrão dos ciclos dos machos foi observado em ambos os clados. Dessa forma, foram observadas variações geográficas nas características de histórias de vida entre as populações do CN e CS, porém, não foram observadas diferenças entre os padrões de ciclos reprodutivos. Assim, o ciclo reprodutivo de machos e fêmeas de B. jararaca do CN e do CS são conservativo na espécie. / This research aimed to study important aspects of reproductive strategies in male and female of Bothrops jararaca from north clade (CN), south clade (CS) including the islands of Búzios (SP), Ilhabela (SP), and Franceses (ES). We analyzed specimens of B. jararaca preserved on several zoological collections. Male and female of B. jararaca from CN were significantly longer than male and female from CS, however they had relatively smaller heads and were less robust. Male and female of B. jararaca from CN were significantly larger than individuals from CS, had relatively smaller heads and were less robust. Females from CN had on average higher fecundity and larger offspring than females of CS. The reproductive cycle of males and females from both populations was seasonal and the timing of events was also similar between clades. Females of CN and CS have autumn mating season. The vitellogenesis starts in the end of the summer and pregnant females are observed from late winter. Births of B. jararaca occurred from early summer to the beginning of autumn. Sperm storage in the uterus and infundibulum was mainly observed during autumn and winter. Reproductive cycles of male of both clades are type postnuptial or a type I. The beginning of the sperm production occurs in spring and the active phase was observed in the summer. During autumn and winter, the testicles are inactive. Sperm storage in the different ducts was observed throughout the year and the sexual segment of the kidney (SSK) shows a more active phase during spring and summer and non-secretory phase on autumn and winter. This pattern of cycles of male was observed in both clades. In conclusion, there is geographical variation in life-history characteristics between CN and CS populations. However, differences among the reproductive cycle pattern were not evident. Then, the reproductive cycles of male and female of CN and CS are conservative in the species.
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Variação geográfica do boto-de-burmeister, Phocoena spinipinnis (Burmeister, 1865) (Cetacea : Phocoenidae) nas costas Atlântica e Pacífica da América do Sul

Schiller, Daniza Marcela Montserrat Molina January 2006 (has links)
Um total de 142 crânios do boto-de-Burmeister, Phocoena spinipinnis depositados em museus e coleções cientificas da Argentina, Brasil, Chile, Peru e Uruguai foram utilizados para explorar a variação geográfica em relação ao tamanho e forma do crânio de P. spinipinnis. Ademais, foi realizada uma caracterização oceanográfica da área de distribuição do boto-de- Burmeister através de dados históricos de temperatura, salinidade e oxigênio a 0 e 50m de profundidade na costa Atlântica e Pacifica. As idades dos animais foram obtidas pelas leituras das GLGs na dentina. A idade mais alta atingida por ambos os sexos foi de 10 anos. Medições na dentina mostraram dimorfismo sexual na primeira GLG e diferenças geográficas entre botos do Peru e Atlântico. Três tipos de anomalias foram registrados nos dentes, e a linha marcadora parece estar associada ao “El Niño”. Vinte e oito caracteres métricos foram utilizados para explorar o dimorfismo sexual e crescimento. A maturidade física do crânio foi estabelecida quando o comprimento côndilo-basal atingiu 95% do comprimento total (≥266mm nos machos e ≥277mm nas fêmeas). Diferenças no tamanho e forma do crânio foram analisadas através de morfometria tradicional e geométrica. Os resultados revelaram dimorfismo sexual, sendo as fêmeas maiores do que os machos. As diferenças em tamanho e forma concentraram-se principalmente na região rostral e neurocrânio. Foi observada variação geográfica entre os botos do Atlântico, Chile e Peru. P. spinipinnis do Peru são de menor tamanho em relação a os botos do Chile e Atlântico. Botos do Chile apresentam um tamanho e forma intermediária, e os botos do Atlântico são maiores (especialmente na região orbital, altura do crânio e região rostral). A distância de Mahalanobis mostrou maior separação entre os botos do Peru e do Atlântico, e menor distância entre os exemplares do Chile e Atlântico. A morfometria geométrica explica com maior clareza as diferenças entre botos do Chile e Atlântico, especialmente nas vista ventral e lateral. A correlação entre variáveis ambientais e morfométricas através da análise de correlações canônicas e dos quadrados mínimos parciais de dois blocos sugere que as diferenças observadas no tamanho e na forma dos crânios têm uma importante influência espacial, associada à variabilidade sazonal das condições oceanográficas presentes nos dois oceanos e diretamente relacionada às três áreas oceanográfica propostas neste estudo: (1) de Paita, Peru (05°01’S, 81ºW) até o sul do Golfo de Arauco, Chile (∼39°S); (2) do sul do Golfo de Arauco até o sul do Rio da Prata (∼38°S); e (3) do Rio da Prata até Santa Catarina, Brasil (28º48’S; 49°12W). Adicionalmente, propõe-se que P. spinipinnis apresenta uma distribuição contínua desde Paita, Peru ate a bacia do Rio da Prata, Argentina, podendo alcançar águas uruguaias e brasileiras em determinadas condições oceanográficas (entrada de águas mais frias e menos salinas com direção ao norte, associadas à Convergência Subtropical) / A total of 142 skulls from Burmeister’s porpoises, Phocoena spinipinnis from museums and scientific collections from Argentina, Brazil, Chile, Peru and Uruguay were analyzed to explore the geographical variation in relation to size and shape on skulls of P. spinipinnis. In addition, an oceanographic characterization of the area of distribution of Burmeister’s porpoise by historical data of temperature, salinity and oxygen the 0 and 50m of depth on the Pacific and Atlantic coast was carried out. The age of the animals was obtained by reading the Growth Layer Group in dentine. The oldest male and female were 10 years of age. Measurements in dentine showed sexual dimorphism in the first GLG and geographic differences between porpoises from Peru and Atlantic. Three types of anomalies were recorded in teeth, and the marker lines seem to be associated to “El Niño”. Twenty-eight characters were used to explore sexual dimorphism and growth. Physical maturity of the skull was established when 95% of condylobasal length was attained (≥266mm in the males and ≥277mm in the females). Differences in size and shape of skull were analyzed by traditional and geometric morphometrics. The results revealed sexual dimorphism, being the females larger than male, and the differences in size and shape are concentrated mainly in the rostral region and neurocranium. Geographic variation between porpoises from Atlantic, Chile, and Peru was observed. P. spinipinnis from Peru are smaller compared to porpoises from Chile and Atlantic. Porpoises from Chile have an intermediate shape, and porpoises from Atlantic are larger (mainly related to orbital region, skull height and rostral region). The distance of Mahalanobis showed more separation between porpoises from Peru and Atlantic, and less distance between specimens from Chile and Atlantic. Geometric morphometrics was more useful for show differences between specimens from Chile and Atlantic, especially in the ventral and lateral views. The correlation between environmental and morphometric variables by canonical analysis and two-block partial least squares suggests that the differences observed in the size and shape of skulls would have an important spatial influence, associated to the seasonal variability of the oceanographic conditions present in the two oceans, and directly related to the three oceanographic areas proposed in this study: (1) from Paita, Peru (05°01’S, 81ºW) to south of Arauco Gulf, Chile (∼39°S); (2) from south of Arauco Gulf to south of La Plata River, Argentina (∼38°S); and (3) from La Plata River to Santa Catarina, Brazil (28º48’S; 49°12W). In addition, it is proposed that P. spinipinnis presents a continuous distribution from Paita, Peru to La Plata River basin, Argentina, being able to reach Uruguayan and Brazilian waters under certain oceanographic conditions (intrusion of colder and less saline waters toward the north associated with the Subtropical Convergence).

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