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Estudo imunohistoquimico, farmacologico e ultraestrutural da ação do veneno da aranha Phoneutria nigriventer sobre a barreira hematoencefalica de ratosLe Sueur, Luciana de Paula 12 November 1998 (has links)
Orientador: Maria Alice da Cruz-Hofling / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-24T09:26:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1998 / Resumo: Em humanos, os sintomas e sinais clínicos observados nos casos graves de envenenamento pela aranha Phoneutria nigriventer incluem: taquicardia, arritmias, choque neurogênico, priapismo, edema pulmonar agudo e convulsões. Várias frações do veneno já foram isoladas e caracterizadas, sendo a maioria delas de ação neurotóxica, além do conteúdo de histamina e serotonina também observados. É conhecido que o veneno possui efeito na ativação do sistema de calicreÚlas com formação de cininas, além de provocar retardo no fechamento dos canais de sódio, importantes na eletrogênese neuronal. Com base nos efeitos do envenenamento e fundamentados no conhecimento das propriedades biológicas da peçonha de Phoneutria nigriventer, nossa proposta foi verificar a capacidade do veneno em provocar alterações na permeabilidade da barreira hematoencefálica (BHE) de ratos. Após a injeção intravenosa de O,85mg/kg de veneno bruto, a neurotoxicidade foi investigada no SNC através de métodos imunohistoquímicos e ultraestruturais pelo emprego do traçador extracelular nitrato de lantânio. Para averiguar do envolvimento do óxido nítrico, como possível coadjuvante no processo de quebra da BHE, utilizamos as técnicas de westem blot e cromatografia de troca iônica em homogenados de cérebro. Os resultados rcomprovaram que o veneno quando injetado sistemicamente é capaz de quebrar a BHE, particularmente na região do hipocampo. O aumento da permeabilidade foi inicialmente observado em arteríolas e vênulas pós-capilares, no período de 18 horas a 5 dias após inoculação. Esse aumento pareceu ocorrer tanto pela via transendotelial, através do transporte vesicular aumentado, quanto pela via paracelular, por entre as junções interendoteliais. Concomitantemente, foram observadas alterações morfológicas no tecido cerebral circunjacente, caracterizadas pelo edema vasogênico acompanhado por pés astrocitários perivasculares edematosos. Nove dias após a inoculação da solução de veneno, foi observado o acometimento dos capilares que compõem a BHE. A quebra da BHE neste segmento vascular foi caracterizada somente pelo aumento do transporte transcelular pinocitótico. As análises bioquímicas e farmacológicas determinaram o provável envolvimento do óxido nítrico (isoforma endotelial da óxido nítrico sintase) como mediador da quebra na barreira aos 9 dias / Abstract: Symptoms of envenomation by the spider Phoneutria nigriventer in humans include: priapism, neurogenic shock, tachycardia, arrhythmias, acute lung oedema and convulsions. SeveraI polypeptide fractions of the venom were isolated and characterized, the majority of which are neurotoxic. Histamine and serotonin are aIso constituents. The venom activates the kallikrein-kininogen-kinin system and delays sodium channel inactivation. The aim of the present study was to investigate the capacity of the venom in promoting blood-brain barrier (BBB) breakdown in adult rats. After endovenous injection of 0.85 mg/kg of the whole venom, CNS lesions were evaIuated by conventionaI light microscopy imunohistochemistry and ultrastructuraI methods using the extracellular tracer lanthanum nitrate. In order to determine a possible coadjuvant role of nitric oxide in the breakdown of BBB, westem blot and ion exchange chromatography of brain homogenates were done. The results showed that the venom of Phoneutria nigriventer injected systemicaIIy is able to induce the breakdown of the BBB, particularly in the hippocampus. The increase of venom-induced permeability was first detected in arterioles and postcapillary venules 18 h to 5 days after inoculation. The increased permeation of the extracellular tracer across arterioles and venules appeared to occur both by transendotheliaI and intercellular routes, i.e. by pinocytic transport and through interendotheliaI junctions. ConcomittantIy, the surrounding tissue showed vasogenic oedema and swollen astrocytic processes. Nine days after venom injection, capillaries were aIso affected. BBB breakdown at capillary leveI was characterized by increased pinocytotic transporto ImmunohistochemicaI, biochemical and pharmacologicaI assays corroborated the venom ultrastructuraI effects in the BBB, by showing increased GF AP and eNOS, and unchanged iNOS activities, respectively. The results suggest that Phoneutria nigriventer venom increases the blood-brain barrier permeability possibly by a nitric oxide-mediated mechanism through increased endotheliaI nitric oxide synthase isoform activity at 9 days postinjection / Mestrado / Morfologia / Mestre em Ciências Biológicas
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Purificação e caracterização parcial de uma lectina do veneno da serpente Bothorops moojeniKassab, Bayki Hussein 08 September 1999 (has links)
Orientador: Sergio Marangoni / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-24T13:13:41Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1999 / Resumo: As lectinas são proteínas ou glicoproteínas com a capacidade de aglutinar eritrócitos e outras células, precipitar polissacarídeos e outras glicoproteínas por possuírem um (ou mais) centro de ligação, específico e reversível, a carboidratos. As lectinas podem ser encontradas em animais, vegetais e microorganismos. BMooL é uma lectina específica para galactosídeos, e foi purificada do veneno da serpente Bothrops moojeni através da cromatografia de afinidade em D-Iactose. O perfil eletroforético (SDS-P AGE) mostrou que BMooL é um homodímero com subunidades de 14 kDa. A proteína apresentou reação positiva quando submetida a coloração para carboidrato, sendo portanto uma glicoproteína. Dentre os eritrócitos testados, BMooL apresentou maior afinidade por eritrócitos humanos tripsinizados do tipo A, B e O, em concentrações mínimas respectivas de 0,50 ug/ml, 0,96 /. ug/ml e 0,96 ug/ml. Eritrócitos tripsinizados de cavalo e pato não foram aglutinados na presença desta lectina. A atividade hemaglutinante com 2,0 ug/ml de BMooL sobre eritrócitos humanos tripsinizados do tipo A é inibida com 0,8 mM de lactose, 1,56 mM de galactose e 1,56 mM de rafinose. A atividade hemaglutinante de BMooL demonstrou ser dependente de Ca²+, pois foi inibida na presença de EDT A e EGT A. A associação das subunidades é uma condição fundamental para a atividade hemaglutinante de BMooL, pois quando reduzida com DTT, a lectina não mantém tal atividade. A composição de aminoácidos da lectina permitiu verificar que BMooL é uma proteína que contém em maior proporção resíduos de aminoácidos hidrofílicos como Asx (14%), Glx (13%) e Lys (8,0%) e aminoácidos não polares como Leu (8,1%). Em testes de agregação plaquetária com plasma humano, na presença de colágeno como agonista das agregações, a lectina não demonstrou nenhuma modulação significante nas plaquetas em concentrações de até 40,0 ug/ml. A função das lectinas em venenos ofidicos ainda não está bem esclarecida, a atividade hemaglutinante não reflete diretamente o papel dessas proteínas. O estudo da estrutura e de outras atividades biológicas que as lectinas apresentam, faz-se necessário para um melhor entendimento das interações lectina-carboidrato, que participam da grande maioria das interações biológicas existentes / Abstract: Lectins are proteins or glycoproteins which agglutinate erythrocytes and other cells and polysaccharides, since they have one or more specific carbohydrate-binding sites. Lectins are widely distributed in plants, as well as in animaIs and microorganisms. They have also been found in the venom of snakes. A lactose-specific lectin, BMooL, was purified from the crude venom of Bothrops moojeni by affinity chromatography on an immobilized D-Iactose column. The SDS-P AGE, under reduction conditions, showed that BMooL is a homodimer of 14kDa subunits. The protein appeared to be a glycoprotein once it showed a positive reaction to the Schiff' s reagent. Among the assayed erythrocytes, BMooL had more affinity to trypsined A, B and O types of human erythrocytes with end points of approximately 0.50 ug/ml, 0.96 ug/ml and 0.96 ug/ml, respectively. On the other hand, trypsined erythrocytes from horses and ducks did not agglutinate in the presence of this lectin. The hemagglutination of trypsined A type human erythrocytes induced by 2.0 ug/ml of BMooL was inhibited specifically in the presence of 0.8 mM lactose, 1.56 mM galactose and 1,56 mM raffinose. BMooL activity is a Ca²+dependence since EDTA and EGTA inactivated the lectin induced hemagglutination. Subunits association is a fundamental condiction for the hem agglutination activity of the lectin, since when reduced by DTT, BMooL have no effect on trypsined human erythrocytes. The detennination of BMooL aminoacid composition showed that it have a high content of acidic residues such as Asx (14%), Glx (13%) and Lys (8%) and non-polar amino acids as Leu (8,1 %). On collagen-induced platelet aggregation assays with human plasma, 40,0 ug/ml lectin showed no significant modulation in the platelet. The role of these lectins in the snake venoms remains unc1ear, the hemagglutination activity does not direct reflect the function of these proteins. Strucutural and other biological activities studies are needed for a more detailed understanding about the carbohydrate-Iectin interactions, which take part in the majority of the biological interactions described up to now / Mestrado / Bioquimica / Mestre em Ciências Biológicas
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Investigação dos efeitos cardiovasculares centrais do veneno da aranha Phoneutria nigriventer em coelhos anestesiadosFreitas, Vanessa Estato de 30 March 1999 (has links)
Orientador: Eduardo Vera Tibiriça / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-07-24T22:03:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1999 / Resumo: A aranha Phoneutria nigriventer, popularmente conhecida como aranha armadeira, é responsável pelo maior número de acidentes com araneídeos na América do Sul, particularmente no Brasil. As manifestações clínicas observadas após o envenenamento incluem sudorese, hipotermia, fasciculação muscular generalizada, vômitos, arrtimias cardíacas, taquicardia e hipertensão arterial. Estudos recentes descreveram os efeitos cardiovasculares do veneno da P. nigriventer após a administração intravenosa em ratos anestesiados, quando o ven.eno causa uma resposta bifásica da pressão arterial, caracterizada por hipotensão transitória seguida por hipertensão prolongada. Demonstrou-se ainda que os efeitos cardiovasculares produzidos pelo veneno não envolvem a participação de mediadores endógenos sistêmicos como a bradicinina, a acetilcolina, a angiotensina li, o óxido nítrico, o PAF e as catecolaminas entre outros. No presente estudo investigamos os efeitos cardiovasculares do veneno da P. nigriventer em coelhos anestesiados, assim como os mecanismos de ' ação da resposta hipertensora induzida pelo veneno. Os experimentos foram realizados em coelhos albinos New Zealand anestesiados com barbitúricos, imobilizados e artificialmente ventilados. Para a avaliação dos efeitos hemodinâmicos do veneno da P. nigriventer, foram monitorizados a pressão arterial, freqüência cardíaca, débito cardíaco, pressões do ventrículo esquerdo e dP/dtmax. A injeção intracerebroventricular do veneno da P. nigriventer (100 1-19/kg) induziu importantes aumentos de pressão arterial, queda no débito cardía.co e aumento da resistência vascular sistêmica e inotropismo positivo. Ao contrário, a injeção da mesma dose do veneno pela via sistêmica induziu hipotensão arterial e queda da resistência vascular sistêmica. O pré-tratamento i.c.v. com diversos antagonistas de neuromoduladores ou neurotransmissores envolvidos no controle central da pressão arterial tais como a bradicinina, acetilcolina, angiotensina 11 e o glutamato não foi eficaz em inibir os feitos hipertensores induzidos pelo veneno. O tratamento com ifenprodil, um modulador do sítio das poliaminas do receptor NMDA, bloqueou parcialmente a resposta cardiovascular à injeção LcoVo do veneno. Utilizamos também a técnica de desmedulação dos animais, com o propósito de. eliminar a participação do sistema nervoso central na resposta induzida sistemicamente pelo veneno. Os resultados observados neste trabalho demonstraram que a administração intravenosa do veneno induz uma resposta hipertensora devida, provavelmente, à ativação do sistema nervoso simpático, com conseqüente ativação dos receptores a-adrenérgicos, já que a administração intravenosa de prazosin bloqueou a resposta induzida centralmente pelo veneno. Finalmente, em animais íntegros, o tratamento com o prazosin por via intravenosa bloqueou os efeitos cardiovasculares induzidos após a administração sistêmica ou central do veneno da P. nigriventero Nossos resultados sugerem que os efeitos cardiovasculares produzidos pelo veneno da P. nigriventer possuem componentes de ação central e periférica. O mecanismo de ação central teria como via efetora final a ativação do sistema nervoso simpático e conseqüente ativação dos receptores alfa¬ adrenérgicos ao passo que o mecanismo de ação periférica, provavelmente envolve a ativação direta e/ou indireta dos receptores a- adrenérgicos vasculares / Abstract: The putative central effects of Phoneutria nigriventer venom have been investigated. New Zealand rabbits were anaesthetized, immobilized and artificially ventilated. The arterial pressure (AP), cardiac output (CO), the pressures of the left ventricle, dP/dt max were continuously monitored and systemic vascular resistance (SVR) was calculated from CO values. The intracerebroventricular injection of increases doses of PNV (30 1l9.kg-1 and 100 1l9.kg-1) (n=5-13), produced an increase in MAP (61 2: 5 and 61 2: 10 %), in SVR (135 2: 21 and 161 2: 37 %) and the dP/dt max (302: 21 and 37 2: 7 %), respectively and a decrease in CO. These changes were accompanied by tachycardia, salivation, fasciculations and arrythmias. At the contrary, the same dose of the Phoneutria nigriventer venom injected intravenously produced only a hypotensive effect with a decrease of the SVR. Moreover, a much higher dose of the PNV (1 mg.kg-1) injected intravenously produced a similar hypertensive effect with a increase in MAP (702: 9 %), in SVR (1082: 31 %) and dP/dt max (51 2: 8 %). The central administration of atropine (10 1l9), Hoe 140 (0.5 1l9/kg), Losartan (50 1l9/kg) and kynurenic acid (250 1l9/kg) did not inhibited the hypertensive response induced by the i.c.v. injection of PNV (30 1l9/kg). Only ifenprodil (100 1l9/kg) was able to partly reduce the P. nigriventer venom effects. This result is "probably due to the fact that ifenprodil is also an a blocker. The pretreatment of the animais with intravenous injections of prazosin (100 1l9/kg) promptly reduced the hypertensive response induced by PNV injected centrally and systemically. In pithed rabbits, the pretreatment with prazosin (100 1l9/kg) but not atenolol (0,5 1l9/kg) abolished the hypertensive resposnse induced by P. igriventer venom. Our results indicate that the PNV central and peripheral effects. The central mechanism of action may activate the sypathetic nervous system with consequent activation of a-adrenoceptors and the peripheral effects probably due to a direct or indirect (catecolamines release) ativation of the a- adrenoceptors / Mestrado / Farmacologia / Mestre em Ciências Médicas
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Estudo comparativo da neurotoxicidade de venenos de Bothrops neuwiedi de diferentes procedencias e isolamento parcial de um componente neurotoxico do veneno mais ativoOliveira, Caroline Ribeiro de Borja 16 December 1998 (has links)
Orientadores: Lea Rodrigues Simioni, Stephen Hyslo / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-07-25T04:47:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1998 / Resumo: O objetivo desta pesquisa foi comparar a neurotoxicidade de dezesseis lotes de venenos de B. neuwiedi, sendo sete procedentes de São Paulo, oito do Rio Grande do Sul e um de Minas Gerais, visando verificar a existência de um lote de veneno mais ativo, do qual se isolaria parcialmente o componente neurotóxico. Para avaliar a atividade neurotóxica dos vários venenos estudados, foi realizado um 'screening', utiljzando-se a preparação biventer cervicis de pintainho sob estimulação elétrica indireta. Avaliou-se também o efeito do veneno mais ativo sobre o músculo de ave sob estimulação elétrica direta, bem como sobre a preparação nervo frênico-diafragma de camundongo submetida a estimulação direta e indireta. Nesses casos a preparação foi previamente curarizada. Os diversos lotes de veneno foram comparados também por meio de eletroforese (PAGE-básica). O lote que apresentou efeito neuromuscular mais acentuado foi fracionado por meio de cromatografia líquida. Realizou-se, em seguida, o ensaio das frações resultantes nas preparações neuromu..sculares de ave e camundongo. Os venenos de B. neuwiedi exibiram diferenças notáveis quanto a sua atividade bloqueadora neuromuscular e, de modo geral, os venenos procedentes do Estado de São Paulo e o de Minas Gerais mostraram-se mais ativos que as amostras oriundas do Rio Grande do Sul. Apesar da diversidade demonstrada (2 o que indicou sua miotoxicidade. Quatorze entre os dezesseis lotes preservaram a resposta contraturante à ACh em doses inferiores a 50 ~g/ml (10 e 20 ~g/ml), ainda que na eminência do bloqueio, indicando a integridade dos receptores nicotínicos pós-sinápticos. Os padrões eletroforéticos de 5 entre os 6 venenos mais ativos apresentaram uma banda de caráter básico que não estava presente nos demais venenos. O veneno mais potente também foi eficaz em inibir a resposta contrátil a estímulo elétrico direto e indireto do músculo de camundongo, bem como a contração a estímulo elétrico direto em músculo de ave. Seu efeito bloqueador foi significantemente diminuído a 24°C ou na ausência de cálcio; nessa condição, não houve inibição da resposta ao 1<. Sob estimulação indireta, a preparação de pintainho foi mais sensível à ação do veneno do que a de camundongo; na exposição à estimulação direta, observou-se o inverso. Após o fracionamento, a atividade neuromuscular foi recuperada nos picos 2 e 3 do perfil cromatográfico. Essas frações causaram bloqueio mais intenso do que o produzido pelo veneno bruto, com total manutenção da resposta ao agonista. Enquanto o pico 2 bloqueou totalmente a contratura à adição de 1<, o pico 3 causou somente uma inibição parcial da mesma, sugerindo que a miotoxicidade esteja mais concentrada no pico 2. Em temperatura ambiente (24°C), a atividade neuromuscular de ambas as frações ativas foi reduzida e seu efeito inibidor sobre a resposta ao ~ foi abolida. Os resultados apresentados corroboram as suposições de que o veneno de B. neuwiedi age preferencialmente em sítios pré-sinápticos, além de possuir atividade sobre a membrana muscular, e que essas ações estão relacionadas com sua atividade enzimática. Sugere-se ainda que essas ações podem variar de acordo com a procedência do veneno e que são devidas a componente( s) neurotóxico(s) e/ou miotóxico(s) / Abstract: The venoms showed notable differences regarding their neuromuscular The objective of this research was to compare the neurotoxicity of B. neuwiedi venoms from São Paulo, Rio Grande do Sul and Minas Gerais States, aiming to the partia I isolation of the neurotoxic component from the more active crude venom. To evaluate the neurotoxic activity of the studied venoms we carried out a screening using the indirectly stimulated chick biventer cervicis preparation. We evaluated also the effect of. the more active venom on directly stimulated chick muscle and on the directly and indirectly stimulated mouse phrenic nerve diaphragm preparation. In these cases, the muscle was previally curarized. The various crude venoms were also compared by electrophoresis. The more active venom was fractionated by molecular exclusion. Afterwards, we carried out the assay of the resulting fractions in chick biventer cervicis preparation. blocking activity and the venoms from São Paulo and Minas Gerais States were more active than those from Rio Grande do Sul. In spite of the evident diversity (2 90% of blockade at 20 llg/ml), ali the venoms induced dose-dependent and irreversible blockade, besides contractures, and inhibited the response to KCI. Fourteen out of sixteen venoms preserved ACh response at concentrations up to 20 llg/ml, after 120 min of incubation, even when blockade persisted. The Our results confirm the previous assumption that B. neuwiedi venom acts electrophoretic patterns showed a band that was present only in some of the six more active crude venoms. The other venoms didn't showed that bando The more potent venom inhibited the directly and indirectly stimulated mouse muscle as well as the directly stimulated chick muscle. At room temperature or in the absence of Ca++, the effect on evoked twitch-tension and KCI response was significantly reduced. Under indirect stimulation, chick muscles were more sensitive to venom activity than mouse preparations; under direct stimulation, mouse muscle was more sensitive. After fractionation, the neuromuscular activity was recovered in fractions P2 and P3, corresponding to p~aks 2 and 3 of the elution profile. These fractions induced a higher and faster twitch-tension blockade than crude venom, with total maintenance of ACh response. While P2 blocked totally the contracture to K", P3 caused a partia I blockade. At room temperature, the effect of both active fractions on twitch-tension and KCI response were reduced preferably at presynaptic sites, and at muscle cells. These actions are probably related to its enzimatic activity and they can vary according to the venom origino The venom neuromuscular activity is presumely due to one or more neurotoxic components that correspond to peaks 2 and 3 of the elution profile / Mestrado / Mestre em Farmacologia
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Neutralização de atividades farmacologicas e enzimaticas de venenos crotalicos perante antivenenosBeghini, Daniela Gois 28 January 2005 (has links)
Orientadores: Sergio Marangoni, Stephen Hyslo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-04T06:10:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2005 / Resumo: Crotoxina, a principal neurotoxina do veneno das cascavéis Crotalus durissus terrificus e Crotalus durissus cascavella, é um complexo protéico que contém uma fosfolipase A2 (PLA2) básica e uma proteína ácida, crotapotina. O veneno e a crotoxina purificada do veneno de C. d. cascavella foram estudados quanto aos efeitos neurotóxico e miotóxico na preparação biventer cervicis de pintainho. O veneno e a crotoxina mostraram bloqueio neuromuscular nessa preparação em concentrações tão baixas quanto 0,2 mg/ml e 1 mg/ml. Quanto ao efeito miotóxico, a mionecrose foi mais marcante com altas concentrações de veneno e crotoxina (1, 5 e 25 mg/ml). Assim, o veneno de C. d. cascavella e sua crotoxina possuem um efeito neurotóxico preponderante e bastante potente nessa preparação, e uma ação miotóxica que foi observada somente em altas concentrações. Para melhor entender o mecanismo de neutralização da crotoxina por anticorpos foram produzidos antissoros específicos contra a crotoxina e PLA2 do veneno de C. d. cascavella. O título de anticorpos e a especificidade dos antisoros produzidos foram avaliados por ELISA e immunoblotting, respectivamente. A neutralização da atividade neurotóxica foi avaliada por intermédio de técnica miográfica nas preparações biventer cervicis de pintainho e nervo frênico diafragma de camundongo. A capacidade neutralizante dos antissoros na preparação de camundongo foi comparável à do soro comercial anticrotálico produzido contra o veneno de C. d. terrificus. O antissoro anti-crotoxina foi um pouco menos potente do que o antissoro anti-PLA2 no processo de neutralização e isso confirma o papel central da PLA2 no mecanismo de neurotoxicidade da crotoxina. Neste trabalho, nós também avaliamos a habilidade do antissoro produzido em coelho contra a crotapotina do veneno C. d. cascavella em neutralizar a neurotoxicidade e miotoxicidade deste veneno e crotoxina, e inibir a atividade enzimática do complexo crotoxina e da PLA2. Este antissoro neutralizou parcialmente o bloqueio neuromuscular causado pelo veneno e crotoxina na preparação frênico nervo-diafragma de camundongo, sem prevenir o dano morfológico resultante ou inibir a atividade fosfolipásica. Em contraste, antissoros contra a PLA2 e crotoxina neutralizaram o bloqueio neuromuscular e a atividade enzimática efetivamente. A neutralização parcial do bloqueio neuromuscular pelo anti-crotapotina sugere que este antissoro pode prevenir a interação da crotoxina com seu receptor causando dissociação do complexo crotoxina por se ligar a crotapotina. Neste estudo, nós também examinamos a habilidade dos antissoros contra a crotoxina e PLA2 em neutralizar a neurotoxicidade dos venenos de Crotalus durissus terrificus e Bothrops jararacussu e suas principais toxinas na preparação frênico nervo-diafragma de camundongo. Immunoblotting mostrou que o anti-crotoxina de C. d. cascavella reconheceu a crotoxina de C. d. terrificus e BthTX-I de B. jararacussu, enquanto que o antissoro contra a PLA2 reconheceu a PLA2 de C. d. terrificus e a BthTX-I de B. jararacussu. ELISA confirmou esta reatividade cruzada. Estes antissoros neutralizaram eficazmente o bloqueio neuromuscular causado pelo veneno e crotoxina de C. d. terrificus na preparação de camundongo em proporções semelhantes às usadas para neutralizar o veneno e a crotoxina de C. d. cascavella. Anti-crotoxina e anti-PLA2 também neutralizaram eficientemente o bloqueio produzido pelo veneno e principal toxina de Bothrops jararacussu, porém doses mais altas dos antissoros foram necessárias para essa neutralização. Então, os resultados mostram reatividade cruzada entre esses venenos e suas toxinas principais e também mostra que o antissoro produzido contra PLA2 eficazmente neutraliza a neurotoxicidade dos venenos de C. d. terrificus e B. jararacussu e suas toxinas PLA2. Esses resultados, portanto, confirmam o importante papel da PLA2 no mecanismo de neurotoxicidade dos venenos / Abstract: Crotoxin, the main neurotoxin from venom of the rattlesnakes Crotalus durissus terrificus and Crotalus durissus cascavella, is a protein complex that contains a phospholipase A2 (PLA2) basic and an acid protein, crotapotin. The venom and the purified crotoxin from C. d. cascavella venom were studied with relationship to the neurotoxic and myotoxic effects in the chick biventer cervicis preparation. The venom and crotoxin showed neuromuscular blockade in this preparation at doses as low as 0,2 mg/ml and 1 mg/ml. With relationship to the myotoxic effect, the myonecrosis was stronger with higher doses of venom and crotoxin (1, 5 and 25 mg/ml). These results showed that the C. d. cascavella venom and its crotoxin possess a preponderant and quite potent neurotoxic effect in this preparation, and a myotoxic action that was observed only at higher doses. To clarify the crotoxin neutralization mechanism by antibodies, specific anti-sera was produced against the crotoxin and PLA2 from C. d. cascavella venom. The title of antibodies and specificity of the anti-sera raised in rabbits were tested by ELISA and immunoblotting, respectively. The neutralization of the neurotoxic activity was evaluated through myoghraphic technique in the chick biventer cervicis and mouse phrenic nerve diaphragm preparations. The neutralizing capacity of the anti-sera against crotoxin and PLA2 in the mouse preparation was comparable to the commercial crotalic antiserum produced against the C. d. terrificus venom. The anti-crotoxin anti-sera was a little less potent than the anti-PLA2 and this confirms the central role of PLA2 in the mechanism of neurotoxicity of the crotoxin. In this work, we also examined the ability of rabbit anti-serum raised against crotapotin purified from Crotalus durissus cascavella venom to neutralize the neurotoxicity and myotoxicity of this venom and crotoxin, and to inhibit the enzymatic activity of the crotoxin complex and PLA2 alone. This anti-serum to crotapotin partially neutralized the neuromuscular blockade caused by venom and crotoxin in electrically stimulated mouse phrenic nerve-diaphragm preparations, without preventing the resulting morphological damage or inhibiting the PLA2 activity. In contrast, rabbit anti-sera to PLA2 and crotoxin effectively neutralized the neuromuscular and PLA2 activities. The partial neutralization of the neurotoxicity of crotoxin by the anti-serum to crotapotin suggested that this anti-serum may prevent the interaction of intact crotoxin with its recceptor by causing dissociation of the crotoxin complex through binding to crotapotin. In this study, we also examined the ability of anti-sera raised against crotoxin and PLA2 to neutralize the neurotoxicity of Crotalus durissus terrificus and Bothrops jararacussu venoms and their major toxins, crotoxin and bothropstoxin-I (BthTX-I), respectively, in mouse isolated phrenic nerve-diaphragm preparations. Immunoblotting showed that anti-serum to crotoxin from C. d. cascavella recognized crotoxin from C. d. terrificus and BthTX-I from B. jararacussu, while anti-serum to PLA2 from C. d. cascavella recognized PLA2 from C. d. terrificus and BthTX-I from B. jararacussu. ELISA corroborated this cross-reactivity. These anti-sera efficiently neutralized the neuromuscular blockade caused by venom and crotoxin from C. d. terrificus in mouse preparation in similar proportions used to neutralize the venom and crotoxin from C. d. cascavella. Anti-crotoxin and anti-PLA2 anti-sera also efficiently neutralized this blockade produced by venom and main toxin of Bothrops jararacussu, bothropstoxin-I (BthTX-I), however higher doses of anti-sera was necessary for this neutralization. Therefore, the results show cross-reactivity between these venoms and its main toxins and also shown that anti-serum produced against PLA2 efficiently neutralized the neurotoxicity of C. d. terrificus and B. jararacussu venoms and their PLA2 toxins. These results confirms the important role of PLA2 in the neurotoxicity mechanism of the venoms / Doutorado / Bioquimica / Doutor em Biologia Funcional e Molecular
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Caracterização farmacologica do sistema de calicreina tissular em corpo cavernoso de coelho : efeito do veneno de Phoneutria nigriventerMartins, Rodrigo Alvaro Brandão Lopes 15 July 1994 (has links)
Orientador: Edson Antunes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-07-19T10:11:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1994 / Resumo: O veneno de Phoneutría nígríventer causa formação de edema local em pele de coelho por um mecanismo que envolve a ativação do sistema de calicreína tissular. O veneno de Phoneutría nígríventer produz ainda ereções prolongadas em cães, coelhos, ratos e no homem. Visto que a calicreína tissular está envolvida no sistema reprodutor masculino, o objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do veneno de Phoneutría nígríventer sobre corpo cavernoso isolado de coelhos. Coelhos "New Zealand", machos, adultos (2-3 Kg) foram, anestesiados e exsanguinados Os pênis dos coelhos foram então retirados e os corpos cavernosos isolados e perfundidos em cascata (Vane, 1964). O veneno de Phoneutría nígríventer e demais agonistas foram administrados na forma de bolus; os antagonistas ou inibidores foram administrados continuamente por infusão. Veneno de Phoneutría nígríventer (3-1 00 µg), acetilcolina (0.1-100 nmol), bradicinina (1-3 nmol) e calicreína de pâncreas de porco (3-30 µg) induziram relaxamentos dose-dependentes da musculatura lisa cavernosa. O inibidor da síntese de EDRF N µ-nitro L- arginina metil ester (10 µM), mas não seu enantiômero D-NAME (10 µM), aboliu completamente os relaxamentos induzidos pela acetilcolina, bradicinina e Veneno de Phoneutría nígríventer sem afetar o relaxamento induzido pelo gliceriltrinitrato. O efeito inibitório do L-NAME foi parcialmente revertido pela infusão de L-Arginina (300 µM), mas não de D-Arginina (300 µM). O inibidor de protease aprotinina (10 µg/ml), conhecido por inibir a síntese de bradicinina, aboliu os relaxamentos da musculatura lisa cavernosa induzidos pelo veneno de Phoneutría nígríventer e calicreína tissular. O inibidor de cininase, II captopril (1-1 µM), potenciou os relaxamentos induzidos pelo Veneno de Phoneutría nígríventer, bradicinina e calicreína tissular. O inibidor de calicreína tissular Pro-Phe-Aph-Ser-Val-Gln-NH2 (KIZD-06, 1.3 µM) inibiu significativamente o relaxamento da musculatura lisa cavernosa induzido pelo veneno de Phoneutria nigriventer sem afetar aqueles induzidos por GTN e ACh. O inibidor de calicreína plasmática obtido do feijão de soja (soybean trypsin inhibitor; 10 µg/ml) não afetou os relaxamentos da musculatura lisa cavernosa inuzidos pelo veneno de Phoneutria nigriventer, bradicinina, acetilcolina ou calicreína. O antagonista de receptores B2 de bradicinina, HOE-140 (50nM) aboliu completamente os relaxamentos induzidos pelo veneno de Phoneutria nigriventer e bradicinina. Nossos resultados demonstram que o veneno de Phoneutria nigriventer ativa o sistema de calicreína tecidual levando à formação local de cininas e consequente liberação de EDRF (óxido nítrico) na musculatura lisa cavernosa de coelhos / Abstract: The roles of the tissue kallikrein-kinin system and nitric oxide (NO) release in Phoneutria nigriventer venom-induced relaxations of rabbit corpus cavernosum (RbCC) smooth muscle have been investigated using a bioassay cascade. Phoneutria nigriventer venom (10-30 µg), porcine pancreatic kallikrein (100 mU), rabbit urinary kallikrein (10 mU), bradykinin (BK, 0.3-3 nmol), acetylcholine (ACh, 0.3-30 nmol) and glyceryl trinitrate (GTN, 0.5-10 nmol) caused relaxations of the RbCC strips. Captopril (1 µ.M) substantially potentiated Phoneutria nigriventer venom- and BK-induced RbCC relaxations without affecting those elicited by GTN. The bradykinin B2 receptor antagonist Hoe 140 (D-Arg-[Hyp3,Thi5,Dtic7,Oic8]-BK, 50 nM), aprotinin (10 µg ml-1) and the tissue kallikrein inhibitor Pro-Phe-Aph-5er-Val-Gln-NH2 (KIZD-06, 1.3 µM) significantly inhibited Phoneutria nigriventer venom-induced RbCC relaxations, without affecting those provoked by GTN and ACh. The B1 receptor antagonist [Leu9]des Arg10BK (0.5 µM) and soybean trypsin inhibitor (SBTI, 10 µg ml-1) had no effect on Phoneutria nigriventer venom-induced RbCC relaxations. The relaxations induced by Phoneutria nigriventer venom, porcine pancreas kallikrein, BK and ACh were significantly inhibited by N µ-nitro-L-arginine methyl ester (L-NAME, 10 µM) but not by D-NAME (10 µM). L-NAME did not affect GTN-induced relaxations. L-arginine (300 µM), but not D-arginine (300 µM), significantly reversed the inhibitory effect of L-NAME. Our results indicate that Phoneutria nigriventer venom activates the tissue kallikrein-kininogen-kinin system in RbCC strips leading to NO release and suggest a functional role for this system in penile erection / Mestrado / Mestre em Farmacologia
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Estudo do efeito antiinflamatorio do veneno de abelha apis mellifera africanizada em modelos de inflamação aguda e cronicaBourgerie, Suzel A. Frem 19 July 2018 (has links)
Orientadores: Carlos Alberto Flores, João Francisco Marques Neto / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-07-19T18:35:24Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1994 / Resumo: No presente trabalho o efeito antiinflamatório do VAA foi estudado em modelos de inflamação aguda (edema de pata induzido por Carragenina, Dextrana e VAA) e crônica (artrite induzida pelo adjuvante completo de Freünd) em ratos Wistar. Observou-se que: 1. O V AA (20,100 e 500 µg, s.c.) inibiu o edema de pata induzido pela carragenina, dextrana e pelo próprio VAA, efeito esse foi dose-dependente; 2. A adrenalectomia suprimiu a inibição do VAA sobre o edema de pata induzido pela carragenina, dextrana e VAA, em pelo menos 80%; 3. O VAAcausou efeito antiinflamatório sobre a artrite induzida por adjuvante completo de Freünd quando administrado profilática e terapeuticamente; 4. A redução da artrite (45%) com o pré-tratamento com VAA (500 µg, s.c., 1.5 dias antes da injeção do adjuvante, 3 doses semanais) foi similar a encontrada com autilização da dexametasona; 5. O estudo anatomo-patológico das articulações com artrite pré-tratada com V AA mostrou acentuada diminuição do infiltrado mononuclear em tecido subcutâneo e periarticular, e praticamente, ausência da formação de granulomas epitelióides, microabcessos, pannus e regeneração óssea; 6. O tratamento da artrite induzida por adjuvante com VAA (500 µg, s.c., diariamente por uma semana, a partir do 17° dia após o adjuvante) reduziu a artrite em cerca de 58% após 3 dias de administração perdendo, porém, a sua eficácia a partir do 4° dia, quando a artrite seguiu o seu curso natural. A análise desses dados nos leva a concluir que o VAA apresenta importante efeito antiinflamatório, dependente em grande parte da glândula adrenal, sendo capaz de alterar o curso do desenvolvimento da artrite induzida pelo adjuvante completo de Freünd, modificando de maneira significativa as alterações histopatológicas dessa patologia / Abstract: In the present work, the anti-inflammatory action of venom from Africanized bees was studied in a model of acute inflammation (rat paw edema induced by carrageenin, dextran and bee venom itself) and chronic inflammation (arthritis induced by Freünd's complete adjuvant) in Wistar rats. The main conclusions were: 1. Bee venom (20, 00, and 500 µg, s.c.) dose-dependently inhibited the paw edema induced by carrageenin, dextran and the venom itself; 2. Adrenalectomy abolished by more than 80% the venom-induced inhibition of the edema caused by the above agents;
3. Bee venom had an anti-inflammatory action on the arthrits induced by Freünd's complete adjuvant when administered either before or after the latter; 4. The reducion in arthritis (45%) observed following pre-treatment of the animals with bee venom (500 µg, s.c., 3 doses per week for 15 days before the injection of adjuvant), was similar to that observed with dexamethasone; 5. Examination of the arthritic articulations pre-treated with bee venom revealed that there was a marked decrease in the mononuc1ear cell infiltrate into the subcutaneous and periarticular tissue with an almost total absence of epithelioidal granulomas, microabcesses and bone regeneration; 6. Treatment of the adjuvant-induced arthritis with bee venom (500 µg, s.c., daily for one week starting on the seventeenth day after adjuvantadministration) resulted in a decrease of approximately 58% in the arthritis after three days but was ineffective from the fourth day onwards when the arthritis resumed its normal course. The above results suggest that bee venom has important anti-inflammatory activity which is mediated by the adrenal gland. The venom is able to hinder the progress of arthritis induced by Freünd's complete adjuvant and can produced important histopathological alterations / Doutorado / Doutor em Medicina
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Estudo eletrofisiologico e morfologico da ação das toxinas do veneno da aranha Phoneutria nigriventer sobre musculo esqueletico de camundongosSverzut, Ana Claudia Mattiello 10 November 1994 (has links)
Orientador: Maria Alice da Cruz-Hofling / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-07-19T21:17:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1994 / Resumo: Os tecidos muscular e nervoso têm sido objetos de estudo da ação de toxinas de vários animais venenosos. O veneno da aranha Phoneutria nigriventer é um exemplo deste fato. PhTx1 e PhTx2 são toxinas isoladas do veneno total da Phoneutria nigriventer. Seus efeitos foram estudados em preparações nervo frênicodiafragma de camundongos incubados em solução aerada de Tyrode à 37°C, contendo 1 ou 5 mg/ml de PhTx1 ou 1mg/ml de PhTx2. Estudos fisiológicos e morfológicos foram realizados com a PhTx1 e somente morfológicos com a PhTx2. As alterações foram analisadas 15, 30, 45 e 60 min após incubação com as toxinas. Os estudos miográficos, através de estimulação indireta, mostraram que a PhTx1 não modificou a tensão das fibras musculares esqueléticas. Além disso, os experimentos eletrofisiológicos não mostraram alteração na frequência e amplitude dos pptms, nem no potencial de repouso da membrana após 60 min da adição da toxina. O microscópio óptico (MO) revelou microvacuolização das fibras musculares na presença de PhTx1, assim como mionecrose, incluindo áreas de hipercontração, perda de miofibrilas, as quais foram instaladas logo após 15 min de contacto entre a toxina e o tecido. A toxina PhTx2 causou mionecrose e heterogeneidade no tamanho e cor da célula que progrediu dos 15 aos 60 minoAtravés de microscópio eletrônico de transmissão (MET) o músculo incubado com PhTx1 demonstrou tumefação do retículo sarcoplasmático, aumento do sarcoplasma celular, desorganização dos sarcômeros, membranas enoveladas e dano mitocondrial. O tecido muscular incubado com PhTx2, mostrou mudanças ultraestruturais similares, mas a mionecrose foi mais extensa e severa aos 60 minoPara ambas as toxinas, os fascículos intra-musculares do nervo frênico mostraram axônios mielinizados com vacúolos dentro da bainha de mielina, assim como, peri- e intra-axoplasmáticos. O citoplasma da célula de Schwann também mostrou vacuolização. Como resultado da vacuolização intramielínica, houve distorção e descompactação da bainha de mielina. As alterações das junções neuromusculares após PhTx1 foram suaves com pouca diminuição de vesículas sinápticas no interior do terminal nervoso o qual tornou-se alongado e fino. A goteira sináptica mostrou-se estreita. Após incubação com a PhTx2, as junções neuromusculares mostraram terminais nervosos depletados de vesículas sinápticas e mitocôndrias tumefeitas e rompidas. O axolema era freqüentemente visto invaginando-se ou seqüestrando porções do axoplasma, ou estava ausente em certas porções da goteira. As dobras pós-sinápticas eram estreitas e dispersas; algumas membranas enoveladas foram vistas entre estas dobras. As alterações morfológicas induzidas pela PhTx2 no músculo e nervo podem ser compatíveis com a ativação dos canais de sódio presentes nestas membranas excitáveis. O influxo de sódio foi provavelmente acompanhado por influxo e um aumento da concentração intracelular de cálcio. O cálcio intracelular (citosólico) pode ter sido liberado pelo retículo sarcoplasmático e/ou pela mitocôndria. A PhTx1 não teve ação despolarizante ou hiperpolarizante na junção neuromuscular, mas foi contudo tóxica para estruturas musculares e nervosas. O sítio de ação da PhTx1 não foi definido sobre as presentes condições experimentais, mas pode envolver o sarcolema e axolema como sugerido pelas anormalidades morfológicas as quais podem ter sido causadas por distúrbios hidroeletrolíticos / Mestrado / Fisiologia / Mestre em Ciências Biológicas
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Estudo do processamento do combustível UO2-7%Gd2O3 via mistura mecânica com reutilização de rejeitos do processo de fabricação e aditivo de densificação / UO 2 -7%Gd 2 O 3 FUEL PROCESS DEVELOPMENT BY MECHANICAL BLENDING WITH REPROCESSING OF WASTE PRODUCTS AND USAGE OF DENSIFICATION ADDITIVESantos, Lauro Roberto dos 20 March 2009 (has links)
No ciclo do combustível nuclear as etapas de reprocessamento e estocagem do combustível queimado, seja ela de modo provisório ou definitivo, demandam um alto custo além de problemas ambientais. Uma estratégia para minorar estes problemas é adoção de medidas que diminuam a quantidade de rejeitos. A utilização de veneno queimável integrado a base de gadolínia é uma medida que contribui para esse objetivo. A função do veneno queimável é controlar a população de nêutrons no início da vida do reator ou no início do ciclo de queima de cada recarga do combustível, podendo prolongar o tempo de recarga do combustível, além de se poder operar o reator com maiores taxas de queima, otimizando com isso o uso do combustível. O processo de fabricação de pastilhas de veneno queimável integrado UO2-Gd2O3, gera rejeito que, na medida do possível, deve ser reaproveitado. A incorporação do Gd2O3 no UO2 exige a utilização de um aditivo para que a densidade especificada das pastilhas de combustível seja obtida. O objetivo deste trabalho é o desenvolvimento do processo de obtenção do veneno queimável integrado UO2 - 7%Gd2O3 com o auxílio do aditivo de densificação, hidróxido de alumínio (Al(OH)3) e reutilizando-se os rejeitos do processo de fabricação, via mistura mecânica. O teor de 7 % de Gd2O3 está fundamentado para a concepção do tipo de reator PWR como, por exemplo, Angra 2. Os resultados mostram que o aditivo (Al(OH)3) é muito eficiente para promover a densificação das pastilhas com reciclo de até 10 %, e que a 5 concentração de 0,20 % de (Al(OH)3) é o valor indicado em escala industrial, principalmente quando se reutiliza o rejeito na forma de U3O8 obtido da calcinação de pastilhas sinterizadas. Isto é particularmente interessante, pois é após as etapas de sinterização e retificação das pastilhas, que se tem a geração do maior volume de rejeito. / In the nuclear fuel cycle, reprocessing and storage of \"burned\" fuels, either temporary or permanent, demand high investments and, in addition, can potentially generate environmental problems. A strategy to decrease these problems is to adopt measures to reduce the amount of waste generated. The usage of integrated burnable poison based on gadolinium is a measure that contributes to achieve this goal. The reason to use burnable poison is to control the neutron population in the reactor during the early life of the fresh reactor core or the beginning of each recharging fuel cycle, extending its cycle duration. Another advantage of using burnable poison is to be able to operate the reactor with higher burning rate, optimizing the usage of the fuel. The process of manufacturing UO2-Gd2O3 integrated burnable fuel poison generates waste that, as much as possible, needs to be recycled. Blending of Gd2O3 in UO2 powder requires the usage of a special additive to achieve the final fuel pellet specified density. The objective of this work is to develop the process of obtaining UO2 - 7% Gd2O3 integrated burnable poison using densification additives, aluminum hydroxide (Al(OH)3), and reprocessing manufacturing waste products by mechanical blending. The content of 7%- Gd2O3 is based on commercial PWR reactor fuels Type Angra 2. The results show that the usage of Al(OH)3 as an additive is a very effective choice that promotes the densification of fuel pellets with recycle up to 10%. Concentrations of 0,20 % of Al(OH)3 were found to be the indicated amount on an 7 industrial scale, specially when the recycled products come from U3O8 obtained by calcination of sintered pellets. This is particularly interesting because it is following the steps of sintering and rectifying of the pellets, which is generating the largest amounts of recycled material.
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Avaliação da atividade antimutagênica de alguns produtos naturais de origem animal por meio de ensaios com células HepG2Hoshina, Márcia Miyuki [UNESP] 14 December 2012 (has links) (PDF)
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000707745.pdf: 572819 bytes, checksum: 8ef2eced91a22e4d903e2673f8f4c09b (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A exposição do homem às substâncias danosas, sejam estas substâncias de origem natural ou sintética, vem crescendo durante as últimas décadas. Esta exposição é capaz de induzir diversos efeitos deletérios nos organismos expostos, provocando diversas doenças e até mesmo a morte. Da mesma forma que aumenta a quantidade de substâncias promotoras de impactos ambientais, também crescem as pesquisas que buscam por novas substâncias que sejam capazes de proteger os organismos destes efeitos deletérios. Esse trabalho tem como objetivo avaliar a atividade citotóxica, genotóxica e antigenotóxica, mutagênica e antimutagênica de venenos de Hymenoptera (especificamente da abelha Apis mellifera e da vespa Polybia paulista), em diferentes concentrações, utilizando para essa avaliação o sistema teste de HepG2. Foi utilizado o ensaio do MTT para se avaliar a citotoxicidade tanto do veneno de A. mellifera como de P. paulista. As concentrações consideradas não citotóxicas (1, 5 e 10μg/mL de veneno de vespa e 0,1, 0,05 e 0,01 μg/mL do veneno de abelha) foram utilizadas para se avaliar o potencial genotóxico (ensaio do cometa) e mutagênico (teste do micronúcleo). Estas concentrações não citotóxicas mostraram-se genotóxicas e mutagênicas para o sistema teste utilizado. Foram utilizadas outras concentrações, mais baixas que as utilizadas nos testes de genotoxicidade e mutagenicidade (1ng/mL, 100pg/mL e 10pg/mL de veneno de vespa e 10pg/mL, 1pg/mL e 0,1pg/mL para o veneno de abelha), para a realização dos testes de antigenotoxicidade e antimutagenicidade com células HepG2. As concentrações utilizadas nesses ensaios mostraram que ambos os venenos, ao invés de inibirem e/ou diminuirem o efeito genotóxico e mutagênico da substância metilmetano sulfonato, aumentaram ainda mais os danos causados por esta substância... / Human exposure to harmful substances, natural or synthetic, is increasing in the last decades. This exposure is able to induce several deleterious effects on the exposed organisms, causing several diseases and even death. As the amount of substances that promote environmental impacts increases, researches seeking for new substances that are able to protect the organisms against these deleterious effects have also increased. This study aimed to evaluate the cytotoxic, genotoxic and antigenotoxic, mutagenic and antimutagenic of Hymenoptera venoms (specifically of the bee Apis mellifera and the wasp Polybia paulista), in different concentrations, using for this evaluation the HepG2 test system. The MTT assay was used to assess the cytotoxicity the venom of A. mellifera and P. paulista. The concentrations considered non cytotoxic (1, 5 and 10μg/mL of the wasp venom and 0.1, 0.05 and 0.01 μg/mL of the bee venom) were used to evaluate the genotoxic (comet assay) and mutagenic potential (micronucleus test). These non cytotoxic concentrations were genotoxic for the test system used. Other concentrations were used, lower than the ones used in the genotoxicity and mutagenicity tests (1ng/mL, 100pg/mL and 10pg/mL of the wasp venom and 10pg/mL, 1pg/mL and 0,1pg/mL for the bee venom), in order to perform the antigenotoxicity and antimutagenicity tests with HepG2 cells. The concentrations used in these assays showed that both venoms, instead of inhibiting and/or decreasing the gentoxic and mutagenic effects of the substance methylmethane sulfonate, increased even more the damages caused by this substance. In order to verify which would be the compound responsible for the effects registered for the venoms, it was also evaluated the effect of phospholipase A2 (PLA2 from A. mellifera)... (Complete abstract click electronic access below)
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