• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 295
  • 5
  • 1
  • Tagged with
  • 306
  • 306
  • 306
  • 215
  • 196
  • 177
  • 103
  • 102
  • 80
  • 68
  • 49
  • 41
  • 40
  • 40
  • 40
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
241

Justiças do dialogo = uma analise da mediação extrajudicial / Dialogue justice : an analysis of extrajudicial mediation

Oliveira, Marcella Beraldo de 05 July 2010 (has links)
Orientador: Guita Grin Debert / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-15T21:14:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Oliveira_MarcellaBeraldode_D.pdf: 2982653 bytes, checksum: 82ade3351bb779f78d153d4cc2d94032 (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: Essa pesquisa está inserida no tema da 'administração institucional de conflitos' e oferece elementos para a análise da 'mediação' como um campo de práticas e saberes em desenvolvimento no Brasil. Busca-se entender, mais especificamente, como opera a dinâmica dos atendimentos de mediação extrajudicial e o que essa dinâmica produz como justiça. As investigações de campo tiveram como foco dois projetos de Balcão de Direitos da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República: Centro de Mediação de Olinda/PE e Balcão de Direitos da ONG Viva Rio. Centrou-se, sobretudo, na etnografia da dinâmica dos atendimentos de mediação em Olinda, na análise da documentação produzida pelas duas instituições, bem como na realização de entrevistas com mediadores, atendidos, agentes comunitários e gestores desses projetos. Além disso, esta investigação resgatou os dados da pesquisa de mestrado, sobre a conciliação no Juizado Especial Criminal, em Campinas. Estas instituições fazem parte do que denominei de justiças do diálogo, que trazem uma dinâmica comunicacional, pautadas em um estilo não adversarial de administração de conflitos. Esse trabalho mostra que a mediação opera a partir de três ideais principais: o que busca, por meio da comunicação, o restabelecimento de laços comunitários, em que se pressupõe uma convivência pautada na igualdade e na democracia em que se compartilha noções de 'justo' e 'injusto', possibilitando assim o diálogo; o outro está orientado pela agilidade e desburocratização da Justiça; e, o terceiro, centra-se no esforço de ampliação do acesso à justiça e, sobretudo, aos direitos da cidadania para população de baixa renda. Esses ideais aparecem mesclados nos atendimentos da mediação, refletindo na multiplicidade de práticas levadas a cabo pelos mediadores nas instituições pesquisadas. E orientam a produção de diferenciações e hierarquias, nas relações entre os sujeitos envolvidos na mediação (mediadores, agentes comunitários e atendidos) e na relação entre a própria justiça do diálogo e a justiça comum. As práticas de mediação estudadas acabam produzindo, não um sujeito de direitos da cidadania, mas evidencia-se o reconhecimento das mulheres como 'sujeitos da pensão alimentícia', por meio do controle educativo das famílias pobres e da 'evitação' do sistema de justiça. A própria experiência de trabalho nos Balcões revela aos mediadores, os problemas da comunidade, seus vícios, preconceitos e perigos, impondo-os a tarefa monumental envolvida em promover o acesso a direitos básicos da cidadania, num contexto em que hierarquias de poder marcam as clivagens econômicas, de gênero e de geração / Abstract: This research is placed within the subject of 'institutional conflicts management' and provides elements for the analysis of 'mediation' as a field of practices and knowledge developed in Brazil. We seek to understand, more specifically, how the dynamic of extrajudicial mediation operates and what it produces as justice. The field investigations were concentrated on two projects of Balcão de Direitos from the Special Secretariat for Human Rights of the Brazilian Federal Government, which are the following: Centro de Mediação de Olinda/PE (Mediation Center in the city of Olinda in the state of Pernambuco) and Balcão de Direitos of Non Governmental Organization (NGO) Viva Rio. This research is focused mainly on an ethnographic study of the dynamic of mediation in Olinda as well as the analysis of documents produced by the two institutions and interviews with mediators, citizens, the community agents and managers of such projects. Furthermore, this research analysed the data gathered under my master regarding the conciliation in the Small Claim Criminal Court (Juizado Especial Criminal), in Campinas. These institutions are part of the justices that I have named dialogue justices, which brings a communication dynamic, guided in a non-adversarial style of conflict management. This work showed that mediation operates with three main ideals: one which seeks, through communication, the restoration the bonds of communities, which is guided by a presupposition on a coexistence based on equality and democracy, that are shared notions of 'fair' and 'unfair', that enable such dialogue. The other is oriented by agility and des-bureaucratization of Justice. And the third focuses on efforts to increase access to justice, especially the rights of citizenship for low-income members of the population. These ideals appear to be merged in the mediation dynamic, reflecting the multiplicity of practices carried out by mediators in the institutions surveyed. It also operates the production of differentiations and hierarchies in relations between the subjects involved in the mediation (mediators, community agents and the public) and in the relationship between the dialogue justice and justice courts. The mediation practices studied ended up producing, not a subject regarding the rights of citizenship, but an evident recognition of women as 'subjects of child support'. The mediation operates by the logic of a pedagogical control for poor families and the 'avoidance' of the justice system. The actual research carried out in the Balcão de Direitos reveals to mediators, the community problems, their vices, prejudices and dangers. It also imposes on them the monumental task involved in promoting access to the basic rights of citizenship in a context where hierarchies of power mark the economic, gender and generation cleavages / Doutorado / Estudos de Gênero / Doutor em Ciências Sociais
242

Violencia domestica na gravidez

Audi, Celene Aparecida Ferrari 31 August 2007 (has links)
Orientadores: Ana Maria Segall Correa, Silvia Maria Santiago / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-11T03:20:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Audi_CeleneAparecidaFerrari_D.pdf: 4215220 bytes, checksum: 127ca6e6ad40b4ce8643dc88d2cf647e (MD5) Previous issue date: 2007 / Resumo: A violência contra as mulheres, em suas diversas formas, é endêmica em todos os países do mundo, independente da classe social, raça ou idade. Estudos têm mostrado que a gestante não está livre de sofrer as diversas manifestações de violência doméstica. O objetivo deste trabalho foi investigar a associação entre violência doméstica contra as gestantes, residentes na região Sudoeste de Campinas-SP e os fatores associados à violência perpetrada pelo parceiro íntimo, assim como, verificar o impacto dessa violência no peso ao nascer ou na prematuridade. Inicialmente, foram realizados grupos focais para subsidiar o estudo de coorte. Neste, numa etapa retrospectiva foram coletadas informações sobre experiência de violência doméstica vivida pelas gestantes selecionadas, no ano anterior a gestação. Numa etapa prospectiva, coletamos dados sobre nova exposição à violência doméstica durante e após período gestacional. Informações sobre, características sócio demográficas das gestantes, do parceiro íntimo, sobre o parto e pós-parto imediato, também foram pesquisadas. Participaram do estudo 1379 gestantes usuárias do SUS. Do total da amostra, 19,1 % (262) referiram ter sido vítima de violência psicológica, 5,9% (81) de violência física e 1,3% (18) de violência sexual. A prevalência de violência física ou sexual foi de 6,5% (81) gestantes. Através de analise de regressão logística, permaneceram associados: 1) à violência psicológica: gestante com escolaridade fundamental ou menor (p<0,013), gestante ser responsável pela família (p<0,001), sentimento de rejeição (p<0,001), gestante presenciou agressão física na infância (p<0,001), gestante sofreu agressão física na infância (p<0,032), parceiro íntimo adolescente (p<0,011) e consumir bebida alcoólica com freqüência superior a uma vez por semana (p<0,001); 2) à violência física/sexual: a gestante ter relatado dificuldade em fazer as consultas de pré-natal (p<0,011 ), gestante com escolaridade fundamental ou menor (p<0,002), sentimento de rejeição (p<0,001), gestante sofreu agressão física na infância (p<0,021), parceiro íntimo não trabalhar (p<0,039) e o parceiro fazer uso de drogas e consumir álcool com freqüência superior a uma vez por semana (p<0,001). Para analisar o peso ao nascer ou prematuridade, 1220 mulheres foram acompanhadas durante o período de pré-natal e pós-natal (88,5% das gestantes inicialmente selecionadas). Essa diferença refere-se a 11,5% das perdas de acompanhamento, basicamente por mudança de endereço. O peso médio ao nascer foi de 3,233 gramas e a idade gestacional foi em média 38,56 semanas. Apresentaram BPN ou PM 13,8% RN. Condições de risco para BPN ou PM foram: gestante ter tido RN PM em outra gestação (p<0,003), ser tabagista (p<0,001), ter tido parto por cesárea (p<0,001) e ser baixa a escolaridade do parceiro (p<0,005). Os eventos adversos, manifestados durante a gestação associados à violência psicológica e violência física/sexual foram, respectivamente: infecção urinária (p<0,007; p<0,027), falta de desejo sexual (p<0,018; p<0,001), afecções ginecológicas (p<0,009), enxaqueca (p<0,014), sentimento de rejeição e distúrbios neuróticos (p<0,001). Conclusões: este estudo conseguiu identificar que a prevalência de qualquer forma de violência contra a gestante pode acometer aproximadamente uma em cada seis delas. O perpetrador mais provável é o que consome drogas licitas ou ilícitas; mostraram-se de maior risco as mulheres de baixa escolaridade, dificuldades de comparecer ao pré-natal e que são responsáveis pela família. Não foi observada associação estatisticamente significativa entre violência doméstica e baixo peso ao nascer ou prematuridade. Os eventos adversos manifestados durante a gestação foram: infecção urinária, falta de desejo sexual, afecções ginecológicas, enxaqueca, sentimento de rejeição e distúrbios neuróticos. As prevalências de violências observadas e os fatores a elas associados evidenciam a magnitude e complexidade do problema. Sugere-se rever os mecanismos que permitam sua identificação e orientem abordagem inter e multidisciplinar, especialmente no âmbito da Saúde Pública, com ênfase na atenção primária / Abstract: Violence against women, in its various forms, is endemic in every country in the world, regardless of social class, race, or age. Studies have shown that pregnant women also suffer from the various manifestations of domestic violence. The objective of this study was to investigate the association between domestic violence against pregnant women residing in the southeastern region of Campinas-SP and the factors associated with violence perpetrated by their partners, as well as examine the impact of this violence on birth weight and premature birth. Focus groups were initially conducted to complement the cohort study. In the latter, in a retrospective phase, information was collected regarding the domestic violence experienced by the pregnant women during the year preceding their pregnancy. In a prospective phase, data was collected on exposure to domestic violence during and after pregnancy. Information on the socio-demographic characteristics of the pregnant women, of their partners, and about the birth and immediate post-partum period was also collected. The total number of pregnant women who participated in the study was 1379, all users of the Brazilian Unified Health System (SUS). Of these, 19,1% (263) claimed to have been victims of psychological violence, 5,9% (81) of physical violence, and 1,3% (18) of sexual violence. The prevalence of physical or sexual violence was 6,5% (81). Logistic regression analysis showed associations between: 1) psychological violence 8th grade education or less (p<0,013), pregnant woman describing herself as being responsible for the family (p<0,001), rejection feeling (p<0,001), pregnant woman witnessed physical aggression in the childhood (p<0,001), pregnant woman suffered physical aggression in the childhood (p0, <032), adolescent father (p0<,011) and alcohol consumption by partner more often than once a week (p<0,001); 2) physical/sexual violence and: difficulty in doing prenatal consultations (p<0,011), 8th grade education or less (p<0,002), and drug and alcohol consumption by partner more often than once a week (p<0,001), rejection feeling (p<0,001), pregnant woman suffered physical aggression in the childhood (p<0,021), partner intimate doesn't work. To analyze birth weight or premature birth, 1220 women were followed during the pre- and post-natal period (88,5% of the pregnant women initially selected). This represents a 11,5% loss basically due to address changes. Mean birth weight was 3,233 grams and mean gestational age was 38,56 weeks. Of the newborns, 13,8% were low birth weight or premature. Risk conditions for low birth weight or prematurity included: history of previous premature births (p<0,003), tobacco use (p<0,001), cesarean birth (p<0,001), and low educational level of the partner (p<0,005). The event¿s adverse manifested during pregnancy association¿s violência psychological violence and physical/sexual violence were, respectively urinary infection (p <0,007; p <0,027), lacks of sexual want (p<0,018; p<0,001), gynecological problem (p<0,009), headache (p <0,014), rejection feeling and neurotic disturbances (p <0,001). Conclusions: In this study, it was found that the prevalence of some form of violence against pregnant women can be as high as one in six. The most likely perpetrators are consumers of illicit or licit drugs. Women at higher risk included those with fewer years of schooling, those who had difficulties in keeping their prenatal care appointments, and those who described themselves as being responsible for the family. No statistically significant associations were observed between domestic violence and low birth weight or premature birth. The adverse events manifested during the gestation were: urinary infection lacks of sexual want, gynecological problem, headache, rejection feeling and neurotic disturbances. The prevalence¿s of the different types of violence observed and their associated factors suggest the magnitude and complexity of the problem. It is recommended that mechanisms to identify the problem and provide inter- and muti-disciplinary guidance be reviewed, especially in the sphere of public health, with emphasis in primary health care / Doutorado / Epidemiologia / Doutor em Saude Coletiva
243

A prática assistencial na rede de enfrentamento da violência contra as mulheres em Palmas/TO / The care practice in the network of violence against women combat at Palmas/TO

Pacheco, Leonora Rezende 30 June 2015 (has links)
Submitted by Cássia Santos (cassia.bcufg@gmail.com) on 2015-12-01T11:13:40Z No. of bitstreams: 2 Tese - Leonora Rezende Pacheco - 2015.pdf: 3342602 bytes, checksum: bbdc9ce308653871ea3fd5c67a3fb72b (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2015-12-01T11:49:14Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Tese - Leonora Rezende Pacheco - 2015.pdf: 3342602 bytes, checksum: bbdc9ce308653871ea3fd5c67a3fb72b (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-12-01T11:49:14Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese - Leonora Rezende Pacheco - 2015.pdf: 3342602 bytes, checksum: bbdc9ce308653871ea3fd5c67a3fb72b (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2015-06-30 / The combating of violence against women must be done by the work that involves the health, legal, police and psychosocial areas in an intersectoral network, because it is a complex and multifactorial phenomenon. The nurse belongs to the health area and the care practice is essential in the confronting of violence.This study aims to: analyze the meanings of violence against women by professionals of Network of Violence Against Women Combat, Understand the operations of the Network of Violence Against Women Combat according to its professionals, analyze the nurse assistance in Network of Violence Against Women Combat by the professionals and nurses from the network. The theoretical categories for data analysis contemplated the concepts of violence against women, the practice of the nurse, the historic route of the nursing work in Brazil and the operationalization of Network of Violence Against Women Combat; passing by authors like: Lenore Walker, Hannah Arendt and Karl Marx. It is a Social Research in Strategic Mode on a qualitative form. The data were collected through semi-structured interview with 21 professionals from 15 institutions that composed the Network of Violence Against Women Combat of Palmas/TO, and by observation of the field. Data analysis was based on thematic content analysis, emerging three thematic categories: "Meanings of violence against women", treating about the meanings, concepts and forms of violence for the participants; "Understanding the Network of Violence Against Women Combat" describing the operation of the network, its barriers and solutions; "The meanings of nurse's practice assistance in the Network of Violence Against Women Combat", participants showed how nurses were performing their practice assistance in the fighting of violence against women. After analyzing the barriers in the functioning of Network of Violence Against Women Combat and the aspects recommended by the literature and public political, a model/flowchart of network operating was proposed in a integrate and cross-sectoral way. The research concluded that for the implementation of networking is necessary to sensitize professionals and nurses about his role in the fighting of violence against women, making them recognize that the network service depends on the co-responsibility, initiative, communication and partnership of each of them. The network consists of institutions, and these by their professionals that should act effectively. Also offered subsidies for nurses practice, as well for other professionals from several sectors, in the establishment of coherent, solving and transforming actions for the prevention, detection and care of women in situations of violence. The training and inclusion of the issue of violence in the formation of professionals are very important. This research contributed to the Network of Violence Against Women Combat of Palmas, in the sensitize of professionals, recognition of partners and communication between them. / O enfrentamento da violência contra a mulher deve ser realizado por meio de trabalho que envolva as áreas da saúde, jurídica, policial e psicossocial, de maneira intersetorial em rede, por se tratar de um fenômeno complexo e multifatorial. O enfermeiro pertence à área da saúde e sua prática assistencial se faz essencial no enfrentamento da violência. Este estudo teve como objetivos: analisar os significados de violência contra a mulher atribuídos pelos profissionais da Rede de Enfrentamento da Violência Contra a Mulher, compreender a dinâmica da Rede de Enfrentamento da Violência Contra a Mulher sob a ótica de seus profissionais e analisar a prática assistencial do enfermeiro na Rede de Enfrentamento da Violência Contra a Mulher segundo profissionais e enfermeiros ligados à rede. As categorias teóricas para análise dos dados contemplam os conceitos de violência contra a mulher, a práxis do enfermeiro, o traçado histórico da atuação do enfermeiro no Brasil e a operacionalização da Rede de Enfrentamento da Violência Contra a Mulher; perpassando por autores como: Lenore Walker, Hannah Arendt e Karl Marx. Trata-se de uma Pesquisa Social na modalidade estratégica, de natureza qualitativa. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada com 21 profissionais de 15 instituições que compunham a Rede de Enfrentamento da Violência Contra a Mulher de Palmas/TO, e pela observação do campo. A análise dos dados baseou-se na modalidade temática da análise de conteúdo, gerando três categorias temáticas: “Significados da violência contra a mulher”, abordando os significados, conceitos e formas de violência; “Compreendendo a Rede de Enfrentamento da Violência Contra a Mulher”, descrevendo o funcionamento da rede, seus entraves e soluções; “Significados da atuação do enfermeiro na Rede de Enfrentamento da Violência Contra a Mulher”, onde os participantes evidenciaram como os enfermeiros desempenhavam sua prática assistencial no enfrentamento da violência contra a mulher. Após análise dos entraves no funcionamento da Rede de Enfrentamento da Violência Contra a Mulher e os aspectos preconizados pela literatura e políticas públicas, um modelo/fluxograma de funcionamento da rede foi proposto de maneira integral e intersetorial. A pesquisa concluiu que para a implementação do trabalho em rede é preciso sensibilizar os profissionais e enfermeiros sobre sua atuação no enfrentamento da violência contra a mulher, fazendo-os reconhecer que a assistência em rede depende da co-responsabilidade, iniciativa, comunicação e parceria de cada um deles. A rede é constituída por instituições, e estas pelos seus profissionais que devem atuar de forma efetiva. Também ofereceu subsídios para a práxis do enfermeiro, bem como para a de outros profissionais dos demais setores, no estabelecimento de ações coerentes, resolutivas e transformadoras para a prevenção, detecção e atendimento das mulheres em situação de violência. A capacitação e inclusão do tema da violência na formação dos profissionais se mostraram importantes. Essa pesquisa contribuiu para a Rede de Enfrentamento da Violência Contra a Mulher de Palmas, na sensibilização dos profissionais, reconhecimento dos parceiros e na comunicação entre eles.
244

Notificação de violência contra a mulher na rede pública de saúde de Goiânia- Goiás / Notification of violence against women in the network public health of Goiânia-Goiás-Brazil

Nogueira, Elza Gomes Finotti 27 November 2013 (has links)
Submitted by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2014-12-16T19:01:50Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Elza Gomes Finotti Nogueira - 2013.pdf: 1436172 bytes, checksum: b8b55cc595fb175da393ca1fe1706f7b (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2014-12-16T19:02:16Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Elza Gomes Finotti Nogueira - 2013.pdf: 1436172 bytes, checksum: b8b55cc595fb175da393ca1fe1706f7b (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2014-12-16T19:02:17Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Elza Gomes Finotti Nogueira - 2013.pdf: 1436172 bytes, checksum: b8b55cc595fb175da393ca1fe1706f7b (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2013-11-27 / Violence is a phenomenon that has always been part of human experience and has been emphasizing between the main causes of morbidity and mortality worldwide. Since 1993 the World Health Organization recognizes in violence a public health problem. In 2010, the Ministry of Health of Brazil recorded 27,176 notifications of cases of domestic violence, sexual and/or other violence. According to the data, the characteristics of victims of violence against women are: young adult, married or in a consensual union, resident of urban zone, higher education and white color. In relation to the likely perpetrator of the assault, mostly committed by a male person and that have closed relationship with the victim, provided that spouse or ex-spouse. Therefore, it should be noted the importance of the Brazilian public policies to combat violence against women and the institution of compulsory notification within the Health System in Brazil. The present study aimed to analyze the knowledge of professionals about the notification of cases of violence against women in the Municipal Health Secretariat of Goiânia-Goiás/Brazil. A qualitative study of exploratory type, whose study population consisted of professionals involved with attention to women in situation of violence and/or epidemiological surveillance of violence in three hierarchical levels of the Secretariat. It was used for data collection the interview and documentary research in written records and fingerprints of trainings addressing the subject of notification of violence against women. Considering the manifestations of the professionals interviewed in relation to the understanding of the role of the professional in the attention to women in situation of violence, one realizes that some procedures reported go beyond purely technical questions of assistance, especially to motivate to get support, receive, listen and observe, offer support and inspire confidence. Most professionals understand that the notification is mandatory, have epidemiological and purpose must be carried out by who does the attendance, even anonymously, evidencing compliance with what the law calls for the notification. As for the professionals ' knowledge about the reference flows and opposite-reference and existence of Protocol, it can be observed that there is a consensus, especially on the existence of the Protocol. Some understand the role of Network of Care for Children, Adolescents and Women in Situations of Violence, emphasizing the articulation of institutions, training of professionals and the support service of the Health Unit. Regarding training for the notification of cases of violence against women, professionals recognize the need of updates. With the documentary research found a significant quantitative educational events or courses, however, without subsidies to verify that meet National Policy for Continuing Education in Health (PNEPS), in force since 2004. In this way, it is considered that the training of professionals must fit the guidelines of PNEPS, and their records need to be qualified. Regarding the Network of Care for Children, Adolescents and Women in Situations of Violence is considered necessary a continuous, comprehensive disclosure of their actions to the professionals. / A violência, mesmo sem ser natural, é um fenômeno que sempre fez parte da experiência humana e vem se destacando entre as principais causas de morbimortalidade em todo o mundo. Desde 1993 a Organização Mundial da Saúde reconhece na violência um problema de saúde pública. Em 2010, o Ministério da Saúde registrou 27.176 notificações de casos de violência doméstica, sexual e/ou outras violências. Segundo os dados, as características das vítimas de violência contra a mulher são: adulta jovem, casada ou em união consensual, residente da zona urbana, escolaridade mais elevada e da cor branca. Em relação ao provável autor da agressão, a maior parte foi cometida por indivíduo do sexo masculino e que matinha relação próxima com a vítima, na condição de cônjuge ou ex-cônjuge. Portanto, ressalta-se a importância das políticas públicas brasileiras de combate à violência contra a mulher e a instituição da notificação compulsória dentro do Sistema Único de Saúde. O presente estudo teve como objetivo analisar o conhecimento dos profissionais sobre a notificação dos casos de violência contra a mulher na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia-Goiás. Realizou-se um estudo qualitativo do tipo exploratório, cuja população de estudo constou de profissionais envolvidos com a atenção à mulher em situação de violência e/ou vigilância epidemiológica das violências, nos três níveis hierárquicos da Secretaria. Utilizou-se para coleta de dados a entrevista e a pesquisa documental em registros escritos e digitais de capacitações que abordaram o tema da notificação da violência contra a mulher. Considerando-se as manifestações dos profissionais entrevistados em relação ao entendimento sobre o papel do profissional na atenção à mulher em situação de violência, percebe-se que alguns procedimentos relatados vão além das questões meramente técnicas da assistência, especialmente ao motivar a buscar apoio, acolher, ouvir e observar, oferecer apoio e inspirar confiança. A maioria dos profissionais entende que a notificação é obrigatória, tem finalidade epidemiológica e deve ser realizada por quem faz o atendimento, evidenciando conformidade com o que preconiza a legislação sobre a notificação. Quanto ao conhecimento dos profissionais sobre os fluxos de referência e contrarreferência e protocolo assistencial, pode-se observar que não há um consenso, especialmente, sobre a existência do protocolo. Alguns compreendem o papel da Rede de Atenção a Crianças, Adolescentes e Mulheres, enfatizando a articulação das Instituições, capacitação de profissionais e a retaguarda ao atendimento da Unidade de Saúde. Quanto à capacitação para a notificação dos casos de violência contra a mulher, os profissionais reconhecem a necessidade de atualizações. Com a pesquisa documental verificou-se um quantitativo significativo de eventos educativos ou cursos, porém, sem subsídios para verificar se atendem a Política Nacional e Educação Permanente em Saúde (PNEPS), em vigor desde 2004. Desta forma, considera-se que as capacitações de profissionais devem se adequar às diretrizes da PNEPS, e seus registros precisam ser qualificados. Em relação à Rede de Atenção a Crianças, Adolescentes e Mulheres em Situação Violência considera-se necessária uma ampla e contínua divulgação de suas ações aos profissionais.
245

Notificação de violência contra a mulher: conhecer para intervir na realidade / Report of violence against women: get to know in order to intervene in reality

Vania Denise Carnassale 11 December 2012 (has links)
Estudo de abordagem qualitativa que teve como objetivos conhecer e analisar a percepção dos profissionais de saúde e dos usuários do SUS, sobre a violência de gênero e a compreensão da notificação compulsória de violência contra a mulher no conjunto das ações de enfrentamento, a fim de elencar subsídios para elaboração de um projeto conjunto de intervenção na realidade. O estudo foi realizado com profissionais de saúde representantes das doze unidades da Estratégia de Saúde da Família do Distrito do Capão Redondo, profissionais da Coordenadoria Regional de Saúde Sul e usuários do SUS da mesma região. Os dados foram coletados durante a realização de três sessões de uma Oficina de Trabalho em que os discursos grupais foram gravados, transcritos e submetidos à análise de conteúdo. Os resultados foram analisados segundo as categorias analíticas de gênero e violência de gênero. Os resultados mostram que os grupos possuem uma visão conservadora acerca da construção da masculinidade e feminilidade, evidente pela confirmação de papéis idealizados para o homem e para a mulher, revelando estereótipos próprios do senso comum: homem - provedor e mulher - cuidadora. O grupo reconhece a violência de gênero como violação dos direitos humanos e a interface que ela possui com a saúde. As dificuldades de enfrentamento encontram-se no despreparo dos profissionais de saúde quanto ao reconhecimento e atendimento às mulheres em situação de violência. Associado a isso, está o desconhecimento dos caminhos utilizados para o enfrentamento do problema. Quanto à notificação compulsória da violência, constatou-se que reconhecem a inexistência da utilização do serviço, a despeito da sua importância para conferir visibilidade aos casos de violência. Consideram importante a elaboração de políticas públicas a partir da realidade constatada. No entanto, não diferenciam a notificação compulsória da denúncia por meio de Boletim de Ocorrência. O desconhecimento de todo o processo que envolve a notificação de violência gera desconforto e medo tanto nos profissionais quanto nos usuários. As propostas de intervenção discutidas pelo grupo incluem a capacitação dos profissionais de saúde para o atendimento e a realização da notificação, associada à definição de fluxos e à construção de uma rede de atenção às mulheres em situação de violência. / Qualitative approach study with the objective of knowing and analyzing the perceptions of health professionals and SUS users about violence of gender and their understanding of the mandatory report of violence against women in the set of actions for facing the problem, in order to recruit subsidy for the elaboration of a combined project of intervention in that reality. The study was performed with health professionals representing the twelve units of Family Health Strategy of the District of Capao Redondo, professionals from the Southern Regional Health Coordination and SUS users from that same region. Data was collected during three sessions of a Workshop when the group discussions were recorded, transcribed and submitted for content analysis. The results were analyzed according to the analytical categories of gender and gender violence. The end results reveal that the groups possess a conservative vision about the construction of masculinity and femininity. This was evidenced by the confirmation of roles idealized for man and woman, which revealed common sense stereotypes: man provider and woman keeper. The group recognizes that violence of gender is a violation of human rights and that it interferes with health. Setbacks in facing the situation reside in the health professionals lack of preparation regarding the recognition and service to women in violence situations. Associated with that, is the lack of knowledge regarding the ways to face the problem. As for the mandatory report of violence, it was found that they recognize this service is not used, despite its importance to confer visibility to violence cases. They consider important the elaboration of public politics based on the reality found out. However, they do not differentiate the report [notification] and the accusation (Police Report). The lack of knowledge about the entire process involving the report of violence generates discomfort and fear both in professionals and users. The intervention proposals discussed by the group include enabling health professionals to serve and to use the report associated with the definition of flow and the development of an attention network to serve women in violence situations.
246

Violência doméstica contra a mulher e lesões corporais: aspectos médico-legais / Domestic violence againts women and injuries: forensic aspects

Leonardo Henriques da Silva 24 April 2012 (has links)
O presente trabalho tem por finalidade apresentar algumas contribuições da Medicina Legal para a compreensão da violência doméstica contra a mulher. Para tanto, o trabalho parte de uma visão geral sobre a violência como fenômeno social para se chegar à ideia de violência de gênero, na qual a violência doméstica contra a mulher se encontra inserida. Após, são apresentados alguns documentos internacionais sobre violência contra a mulher para se chegar ao processo de formação da Lei nº 11.340/06. As inovações da Lei nº 11.340/06 quanto ao crime de lesão corporal são apresentadas a seguir, culminando com a apresentação de tópicos de relevância médico-legal pertinentes à questão da violência doméstica contra a mulher. / The present work aims to present some contributions of Forensic Medicine to understanding domestic violence against women. To this end, the work presents an overview of violence as a social phenomenon to arrive at the idea of gender violence, in which domestic violence against women is inserted. In the following, some international documents on violence against women are presented to reach at Lei nº 11.340/06s formation process. The innovations of Lei nº 11.340/06 regarding the crime of personal physical injury are presented below, culminating with the presentation of relevant topics pertaining to the medical-legal issue of domestic violence against women.
247

Mulheres em situação de violência: percepções sobre a perpetuação da violência em suas vidas

Pereira, Paula dos Santos 13 March 2017 (has links)
Submitted by Cássia Santos (cassia.bcufg@gmail.com) on 2017-03-31T12:14:03Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Paula dos Santos Pereira - 2017.pdf: 2415595 bytes, checksum: 3dbef76a620567a93d77595cb20c3121 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2017-04-03T12:07:03Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Paula dos Santos Pereira - 2017.pdf: 2415595 bytes, checksum: 3dbef76a620567a93d77595cb20c3121 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-04-03T12:07:03Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Paula dos Santos Pereira - 2017.pdf: 2415595 bytes, checksum: 3dbef76a620567a93d77595cb20c3121 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2017-03-13 / Violence in women’s lives can start in their childhood and perpetuate in adulthood. This indicates that such experiences tend to be transmitted intergenerationally, compromising family structure. This research aimed to understand intergenerational violent behavior in the lives of female victims of violence and to identify their perceptions about the performance of healthcare professionals in the context of their care. A qualitative strategic social research was carried out in the Psychology Service of the Program for Prevention of Violence and Health Promotion, of the Epidemiological Surveillance Control of the Municipal Health Department of Aparecida de Goiânia, GO. Data were collected using a recorded semi-structured interview with ten adult women who are or were in situation of violence and analyzed after transcription using content analysis based on themes. As a result of this process, four categories emerged: “family context of childhood”, “intergenerational violent behavior”, “future expectations”, and “the context of the net of attention to violence against women”. The results showed that violence has been present in these women’s lives since their childhood, that they identify the influence of this phenomenon on their affective relationships and on their children’s lives, which compromises their future lives, and that healthcare services were not perceived as places to support victims, showing the need for changes in the conduction of these cases. It was possible to conclude that violence against women has short-, medium-, and long-term consequences and that this behavior may be transmitted to future generations through a learning process. The performance of healthcare professionals was perceived as deficient, and therefore it is not a reference of support for the victims. Based on the results of this study, we suggest interventions in the victims’ families, broader diffusion of information and qualification on the theme to healthcare professionals and inclusion of the theme violence in college syllabi. / A violência na vida da mulher pode se iniciar desde a sua infância, perpetuando-se em sua vida adulta. Isso denota que tais experiências tendem a ser transmitidas intergeracionalmente, comprometendo todo o cenário familiar. Esta pesquisa teve como objetivos compreender a intergeracionalidade do comportamento violento na vida de mulheres vítimas de violência e identificar suas percepções sobre a atuação do profissional de saúde no contexto de seu atendimento. Foi realizada uma pesquisa social estratégica de abordagem qualitativa, tendo como campo de estudo o Serviço de Psicologia do Programa de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde, da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia, GO. Participaram da pesquisa dez mulheres adultas que estiveram ou estão em situação de violência. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada gravada e, após a transcrição, analisados por meio de análise de conteúdo modalidade temática. A partir disso, emergiram quatro categorias: “o contexto familiar da infância”, “a intergeracionalidade do comportamento violento”, “as expectativas futuras” e “o contexto da rede de atenção à violência contra a mulher”. Os resultados mostraram que a violência está presente na vida dessas mulheres desde a sua infância, que elas identificam a influência deste fenômeno em suas relações afetivas e na vida de seus filhos, comprometendo também suas vidas futuras, e que os serviços de saúde não foram percebidos como locais de apoio às vítimas, mostrando a necessidade de mudanças nas condutas diante destes casos. Conclui-se que a violência contra a mulher gera consequências a curto, médio e longo prazos e que se trata de comportamento que pode ser transmitido para as demais gerações por meio do processo de aprendizagem. Já a atuação dos profissionais da saúde foi percebida como deficitária, não sendo uma referência de apoio às vítimas. Com base nos resultados desta pesquisa, sugerem-se intervenções nas famílias das vítimas, maior divulgação de informações e capacitações sobre o tema para os profissionais da rede e inserção da temática violência em grades curriculares.
248

Análise da violência doméstica entre as mulheres atendidas em uma maternidade de baixo risco / Analysis of domestic violence against women attended at a low-risk maternity hospital

Daniela Taysa Rodrigues 28 September 2007 (has links)
A violência contra a mulher tem se revelado uma importante questão de saúde pública, pois além de promover o aumento de morbidade e mortalidade quando relacionada à saúde da mulher, tem o potencial de provocar conseqüências ainda mais desastrosas, como ocorre na violência durante a gravidez, comprometendo também a saúde de seus descendentes. O objetivo deste estudo foi analisar a violência doméstica entre as mulheres que receberam assistência ao parto em uma maternidade de baixo risco de Ribeirão Preto - SP. Trata-se de um estudo descritivo do tipo transversal, realizado na Maternidade do Complexo Aeroporto (Mater). A amostra constituiu-se de 547 mulheres que receberam assistência ao parto no período de julho a setembro de 2006. Os dados foram coletados no puerpério, durante a internação no alojamento conjunto, em local privativo e sem a presença de acompanhantes, após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O instrumento utilizado para a coleta de dados foi um questionário contendo 41 perguntas, elaborado para ser utilizado em serviços de saúde. Os dados foram processados e analisados no programa Statistical Package for the Social Science (SPSS, versão 11.5). Na análise, realizou-se distribuição simples de freqüência, Teste Qui-quadrado (X2) ou Teste Exato de Fisher para verificar a associação entre as variáveis e Razão de Chance (RC) e intervalo de confiança (IC) de 95% para estimar a associação. Observou-se que 58,5% das mulheres entrevistadas sofreram algum tipo de agressão ao longo da vida pelo parceiro e 19,6% sofreram durante a gestação. Em relação à violência perpetrada por outras pessoas, notou-se que 52,3% sofreram algum tipo de agressão alguma vez na vida e 15,0% sofreram durante a gestação. A prevalência de mulheres que sofreram violência, alguma vez na vida, pelo parceiro foi maior entre as que: eram solteiras, separadas, divorciadas ou viúvas; não tinham um relacionamento na época ou tinham parceiros, mas não moravam juntos; pertenciam aos estratos econômicos D e E; engravidaram no mínimo três vezes; tiveram aborto; consumiram bebida alcoólica pelo menos uma vez por semana antes ou durante a gestação; usaram drogas ilícitas alguma vez na vida; agrediram fisicamente alguém; referiram medo de alguém próximo; se sentiam controladas pelo parceiro; viram o companheiro alcoolizado alguma vez durante a gestação e referiram que o companheiro usava ou usou drogas ilícitas. Além dos fatores de risco acima relacionados, a violência doméstica pelo parceiro durante o período gestacional também foi maior entre as mulheres que: consideravam-se negras ou pardas; iniciaram a vida sexual antes dos 15 anos e relataram que o companheiro usava bebida alcoólica pelo menos uma vez por semana. Portanto, o estudo comprovou a alta magnitude da violência doméstica entre as mulheres que receberam assistência ao parto em uma maternidade de baixo risco em Ribeirão Preto - SP e, dessa forma, espera-se que os resultados possam contribuir para uma maior visibilidade do problema, enfatizar a necessidade de se desenvolver uma assistência integral e auxiliar no adequado delineamento das políticas de saúde que envolvam a saúde da mulher. / Violence against women has revealed to be an important public health issue as, besides leading to increased morbidity and mortality in terms of women\'s health, it has the potential to provoke even more disastrous consequences. This is the case of violence during pregnancy, which also jeopardizes the children\'s health. This study aimed to analyze domestic violence committed against women who received delivery care at a low-risk maternity hospital in Ribeirão Preto - SP. A descriptive and cross-sectional study was carried out at the Airport Complex Maternity (Mater). The sample consisted of 547 women who received delivery care between July and September 2006. Data were collected in the puerperal period, during hospitalization at the rooming-in unit, in a private space and without the presence of companions, after the signing of the Free and Informed Consent Term. The instrument used for data collection was a questionnaire with 41 questions, elaborated for usage in health services. Data were processed and analyzed in Statistical Package for the Social Science software (SPSS, version 11.5). The analysis involved simple frequency distribution, the Chi- Square Test (X2) or Fisher\'s Exact Test to check for associations between the variables and a 95% Odds Ratio (OR) and confidence interval (CI) to estimate the association. It was observed that 58.5% of the interviewed women suffered some kind of aggression by their partner during their life, and 19.6% while pregnant. What violence committed by other people is concerned, it was found that 52.3% suffered some kind of aggression at some point in their life and 15.0% while pregnant. The prevalence of women who suffered violence committed by their partner at some point in their life was higher among: single, separated, divorced or widowed women; without a relationship at that time or with partners, but without living together; who belonged to economic groups D and E; got pregnant at least three times; had an abortion; consumed alcoholic beverages at least once per week before or during the pregnancy; used illicit drugs at some point in their life; physically attacked someone; indicated fear of a close person; felt controlled by their partner; witnessed their partner under the influence of alcohol at some point during the pregnancy and mentioned that their partners used or were using illicit drugs. Besides the above mentioned risk factors, domestic violence committed by the partner during pregnancy was also greater among women who: considered themselves black or mulatto; started sexual life before the age of 15 and mentioned that their partner used alcoholic beverages at least once per week. Thus, the study proved the great extent of domestic violence among women who received delivery care at a low-risk maternity in Ribeirão Preto - SP. Hence, it is expected that the results can contribute to a greater visibility of the problem, emphasize the need to develop integral care and help in the adequate outlining of health policies involving women\'s health.
249

Gênero e direitos humanos na assistência às mulheres em situação de violência doméstica de gênero na Atenção Primária à Saúde / Gender and human rights on the assistance of women facing domestic gender violence in Primary Health Care services

Maria Fernanda Terra 24 April 2017 (has links)
A violência doméstica de gênero é um problema de saúde pública que se mantém invisível nos serviços de saúde, inclusive na Atenção Primária à Saúde (APS). Os serviços de APS se inserem no território, são a porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), e são buscados intensamente pelas mulheres em situação de violência doméstica. Alguns profissionais associam os problemas de saúde dessas mulheres a situações de violência, mas o tema é raramente trabalhado como objeto do setor da saúde, e persiste a recusa tecnológica à violência doméstica como pertinente também à saúde. O objetivo deste estudo é analisar se as representações sociais de gênero e direitos humanos das mulheres atendidas e dos profissionais de saúde da APS modificam as práticas de cuidado às mulheres em situação de violência doméstica de gênero. Para tanto, utilizou-se a metodologia qualitativa, com a Teoria das Representações Sociais por referencial metodológico para a análise do material empírico, composto de entrevistas semiestruturadas realizadas com quatro usuárias em situação de violência doméstica de gênero (mais os prontuários da família das pacientes) e 13 profissionais de saúde responsáveis pela assistência dessas mulheres na APS. A pesquisa foi realizada em quatro Unidades Básicas de Saúde (UBS) da região Oeste do Município de São Paulo: duas com a assistência em violência organizada e duas sem a assistência em violência organizada. Os casos analisados foram indicados pelas UBS. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FMUSP e pela Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. Foram resguardados os princípios éticos da pesquisa. Os resultados mostram que as mulheres e as profissionais identificam as desigualdades de gênero, ainda que as mulheres ressaltem aspectos do espaço privado, e as profissionais, do espaço público. A saúde é compreendida pelas profissionais como um direito, que só é plenamente alcançado quando outros direitos fundamentais são acessados. Em relação à assistência, os casos são percebidos no território, porém, são trabalhados apenas quando as mulheres pedem ajuda diretamente, ou se há crianças expostas, principalmente se estas também estão em situação de violência. A assistência mostrou-se imediatista, com ofertas que não escutam e pouco garantem a autonomia das mulheres. Na presença das crianças, as profissionais de saúde se sentem responsáveis pelo caso e o foco assistencial tende a ser a busca do restabelecimento da família, invisibilizando a mulher e suas necessidades, com pouca incorporação de defesa da equidade de gênero e dos direitos humanos na assistência. As profissionais de saúde da APS têm pouca articulação com a rede de serviços para o enfrentamento da violência contra as mulheres. A delegacia ainda é o principal serviço ser ofertado. Por outro lado, foram identificadas potencialidades, tais como a mudança da representação social das mulheres sobre saúde quando a assistência ofertada se pauta na integralidade e na compreensão ampliada de saúde. A escuta ativa e a compreensão dos condicionantes envolvidos na situação de violência têm potencial para barrar possíveis situações de violência institucional que se colocam, principalmente, quando há crianças envolvidas na situação de violência. Apesar dos obstáculos observados, a perspectiva de gênero e direitos humanos tem potencial para aumentar a permeabilidade da violência para dentro das práticas assistenciais às mulheres, ampliando a escuta ativa e contribuindo para a promoção dos direitos humanos no interior da atenção primária / Domestic gender violence is a public health issue that remains invisible in health services, including Primary Health Care (PHC). PHC services are a community based facilities and the gateway to Unified Heatlh System (SUS), intensely sought by women experiencing domestic violence. Some professionals associate domestic violence with women\'s health problems, however, this is rarely addressed as an issue of the health sector and technological refusal on domestic violence persists on health care. This study aims to analyze whether gender and human rights social representations of health professionals and women assisted on PHC modify care practices of women experiencing domestic gender violence. Qualitative methodology was used, with Social Representations Theory as a conceptual framework to analyze the empirical data - composed by semi-structured interviews with four female users under domestic gender violence situation (and medical records of patient\'s family) and with 13 health professionals responsible for these women\'s assistance in PHC. This research was conducted in four Basic Health Units (BHU) in the western region of São Paulo city: two with violence assistance service and two that did not present a structured violence assistance model. The cases analyzed were indicated by the BHU. The research was approved by the Research Ethics Committee of FMUSP and the Municipal Health Department of São Paulo. The ethical principles of the research were followed. The results reveal that women and professionals identify gender inequalities, even though women emphasize aspects of the private space and professionals emphasize public space. Health is understood by professionals as a right, which is only fully achieved when other fundamental rights are accessed. Regarding assistance, cases are identified in the territory, although they are addressed only when women directly ask for help or if there are children exposed, especially if they are also in a violence situation. The assistance was just immediate, and do not respect or guarantee women\'s autonomy. When it involves children, health professionals feel responsible for the case and the assistance is focused on family reestablishment, making women and their needs invisible, with a limited incorporation of gender equity and human rights defense in the care provided. PHC health professionals have little articulation with the service network to address violence against women. The police station is still the main service to be offered. On the other hand, potentialities were identified, such as changes in women\'s social representation about health, as offered assistance is based on comprehensive health care and the expanded understanding of the health concept. A close listening and the understanding of factors involved in violence situations are powerful tools to prevent institutional violence episodes, especially when children are involved in the cases. Despite the observed obstacles, gender and human rights perspective increase violence visibility on the assistance practices for women, increasing close listening and contributing to promote rights in the primary health care settings
250

Como dialogar com homens autores de violência contra mulheres? Etnografia de um grupo reflexivo / How to dialogue with male perpetrators of violence against women?

Jan Stanislas Joaquim Billand 21 November 2016 (has links)
Este estudo busca compreender as modalidades e condições do sucesso prático de uma intervenção junto a homens autores de violência contra mulheres, na perspectiva da promoção da equidade de gênero. MÉTODO. Foi estudado o trabalho de três profissionais, homens, que organizam um grupo reflexivo para homens autuados por infração à Lei Maria da Penha. Seguindo uma abordagem qualitativa, utilizou-se o método etnográfico, combinando observação participante, entrevistas em profundidade com os três facilitadores, e análise documental. Os resultados foram analizados por contraste com um referencial teórico articulando, entre outros, o quadro da vulnerabilidade e dos direitos humanos em saúde, o conceito de masculinidade hegemônica, a perspectiva feminista do cuidado, e a abordagem psicodinâmica do trabalho. RESULTADOS. Os resultados e sua discussão foram organizados em quatro eixos: primeiro, descrição do modo como o contexto social impacta o processo de trabalho, simultaneamente abrindo possibilidades e configurando desafios para a intervenção; segundo, identificação e discussão das formas de sucesso prático alcançadas pelos profissionais em seu trabalho junto aos homens abordados; terceiro, análise da dimensão intersubjetiva do trabalho, buscando compreender dificuldades encontradas pelo pesquisador e pelos facilitadores do grupo, na relação interpessoal com participantes do grupo; e, finalmente, ampliamos a discussão dos resultados, refletindo sobre o papel da saúde na prevenção da violência contra mulheres e na promoção da equidade de gênero. CONCLUSÃO. Duas tendências contraditórias atravessam a relação dos profissionais estudados com seu trabalho: por um lado, sua sensibilização prévia aos pontos de vista das mulheres os leva a se posicionar como aliados dos movimentos feministas. Neste âmbito, procuram dialogar com homens autores de violência, mobilizando sua própria socialização masculina a serviço da prevenção da violência contra mulheres; por outro lado, este trabalho no âmbito dos \"jogos de linguagem\" típicos da socialização masculina exige uma indiferença seletiva aos pontos de vista das mulheres, em particular quando não condizem com projetos de felicidade masculinos: esta clivagem é necessária para manter a empatia com os homens, condição para um diálogo bem-sucedido. Paradoxalmente, isto resulta em uma perda de empatia dos profissionais pelas mulheres que contradiz o sentido político - profeminista - do seu trabalho. Portanto, no que tange ao diálogo com homens autores de violência contra mulheres, o profeminismo se apresenta simultaneamente como um pré-requisito e um empecilho. Embora nunca se livrem do paradoxo, os profissionais estudados conseguem resolvê-lo no plano da prática, que alcança assim formas específicas de sucesso. As estratégias que desenvolvem neste fim podem inspirar novas práticas de atenção aos autores de violência contra as mulheres em serviços de saúde / This study aims to investigate the modalities and conditions of practical success in an intervention with male perpetrators of violence against women, within the perspective of gender equity promotion. METHODS. We study the work of three male professionals, who organize a reflexive group for sued male perpetrators. Following a qualitative approach, the ethnographic method was employed, combining participant observation, in-depth interviewing with the three facilitators, and document analysis. Results were analysed by contrast with a theoretical reference frame which articulated the frame of vulnerability and human rights in health, the concept of hegemonic masculinity, the feminist perspective on care, and psychodynamic approach of work. RESULTS. The results and its discussion were organized according to four axes of analysis: first, we analyze the social context and its impacts on the work process (opportunities and challenges); second, we describe and discuss forms of practical success identified within the professionals\' work; third, we focus on the subjective dimension of this work, analyzing problems encountered by the researcher and the group facilitators in interpersonal relationships with the group participants, and coping strategies developed by the facilitators; and finally, we expand the discussion of the results to understand possible contributions of health policies to the prevention of violence against women and the promotion of gender equity. CONCLUSION. Two contradictory tendencies pervade the relationship of these professionals to their work. On one side, their raised awareness of women\'s viewpoints leads to their engagement as allies to feminist movements. They seek to dialogue with male perpetrators, putting their own masculine socialization at the service of the prevention of violence against women; yet on the other side, this work within masculine socialization\'s typical \"language games\" demands a selective indifference to women\'s viewpoints, especially when they don\'t match male felicity projects: this cleavage is requested to maintain the empathy towards men requested to achieve successful dialogue. Paradoxically, this results in a loss of the professionals\' empathy towards women, which contradicts the (profeminist) political meaning of their work. Thus, regarding dialogue with male perpetrators of violence against women, profeminism stands simultaneously as a pre-requisite and a cumber. Although they never get rid of this paradox, the studied workers find solutions to it through their practice, hence achieving specific forms of success. The strategies developed for this purpose can inspire new care practices aimed at male perpetrators of violence against women within health services

Page generated in 0.1688 seconds