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Vulnerabilidade de gênero e mulheres vivendo com HIV e Aids: repercussões para a saúde / Gender vulnerability and women living with HIV and AIDS: implications for health

Marcia de Lima 14 September 2012 (has links)
Estudou-se a experiência de mulheres vivendo com HIV e aids também conviverem com situações de violência por parceiro íntimo, e as repercussões destes entrecruzamentos para o cuidado de sua saúde. Tomamos como referência o conceito de vulnerabilidade já formulado para a AIDS e retrabalhado especificamente para as questões de gênero, permitindo explorar o conceito nas situações de violência doméstica contra as mulheres. Partiu-se do pressuposto que os contextos do HIV/Aids podem gerar situações de violência de mulheres soropositivas e que as representações amorosas, o ideal de conjugalidade e de família podem influenciar no impacto do cuidado da saúde das mulheres. Foram realizadas 20 entrevistas em profundidade com mulheres em acompanhamento do HIV/Aids, inseridas nos Serviços de Saúde da Rede Especializada em DST/Aids da cidade de São Paulo, na modalidade história de vida. Encontraram-se diversos contextos da vulnerabilidade, denominada de gênero, nas narrativas produzidas, na infância, adolescência e fase adulta, reforçando padrões hegemônicos de gênero ao longo dos diferentes ciclos de vida dessas mulheres. O estudo aponta que as experiências do adoecimento na revelação do diagnóstico é o elemento disparador de medos e sofrimentos em decorrência da reação dos parceiros e a das preocupações com os filhos. O diagnóstico do HIV é o momento não só do contato com a doença, mas de desvelar ou reconhecer situações de violência. É a partir das concepções e contextos de vida que as mulheres identificam o modo de se situarem no enfrentamento do HIV e da violência. O cuidado da saúde foi abordado tanto como cuidado de si, quanto na relação com os serviços de saúde, o que mostrou a grande preocupação representada pelas dificuldades que, em função de suas condições de portadoras do HIV, essas mulheres viam para se manterem na condição tradicional de cuidadoras, dentro das referências do padrão social de gênero, quer em torno de seus adoecimentos e expectativas de vida futura, quer para com os filhos. Tais preocupações surgem como justificativas da manutenção da família diante de parceiros violentos. Embora presente, observou-se que o tema violência não é pauta na atenção à saúde da mulher vivendo com HIV e aids, nos serviços de saúde especializados. A vulnerabilidade de gênero destaca-se pela ênfase na condição materna, em que por ela e para ela as mulheres dão significados às suas vidas, ao adoecimento e ao cuidado. / This work studied the experience of women living with HIV and AIDS also live with situations of violence by their intimate partner and the implications of these intersections for their health care. We took as reference the concept of vulnerability already formulated to AIDS and adapted for gender issues, allowing explore it in situations of domestic violence against women. We started from the assumption that the contexts of HIV / AIDS can lead to situations of domestic violence involving HIV positive women and that the representations of love, the ideal of marital and family can influence on health care of these women. We made 20 in-depth interviews with women living with HIV / AIDS, followed on STD / AIDS reference centers of the Municipality of São Paulo, using living history method. We found in the narratives several contexts of the so called gender vulnerability occurred in childhood, adolescence and adulthood, reinforcing hegemonic gender patterns over the different life cycles of these women. The study shows that the fact of the diagnosis disclosure to be made during an illness is the element that triggers fear and suffering in relation to the reaction of the partners and worries with their children. The time of HIV diagnosis is not only the moment of contact with the disease, but also the time to uncover or recognize situations of violence. It is through conceptions and contexts of life that women identify how to locate themselves in the struggle against HIV and violence. Health care was addressed as much as caring for oneself as well in relation with the health services. This approach showed the great concern about the difficulties perceived by these women in order to keep the condition of traditional caregivers within the references of hegemonic social pattern of gender, either about their illnesses and future life expectations either about children. Such concerns arise as a justification for maintaining the family when there is coexistence with a violent partner. Although present, it was observed that violence is not an issue discussed in health care of women living with HIV and AIDS in specialized health services. The vulnerability of gender of these women is distinguished by an emphasis on maternal condition which gives meaning to their lives, illness and care.
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Violência contra mulheres no contexto urbano: estudo sobre a distribuição espacial das violências no Município de São Paulo / Violence against women in an urban context: a study on the spatial distribution of violence in the City of Sao Paulo

Ligia Bittencourt Kiss 11 September 2009 (has links)
Desde a década de 1990, a violência contra mulheres vem sendo tomada como um tema da saúde pública, pela sua magnitude e repercussões na saúde dos indivíduos. Apesar do reconhecimento da influência das características da vizinhança na violência por parceiro íntimo (VPI), poucos estudos exploram como o contexto e a inserção da mulher em redes pessoais e sociais afetam a probabilidade individual de sofrer este tipo de violência. Este estudo teve como objetivo investigar a distribuição de VPI contra mulheres e sua relação com desigualdade socioeconômica, violência urbana e capital social no Município de São Paulo. Para tanto, foram utilizados o banco de dados do estudo multipaíses sobre saúde da mulher e violência doméstica contra mulheres da Organização Mundial de Saúde (OMS), informações do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e taxas de homicídios do banco do Programa de Aperfeiçoamento das Informações de Mortalidade (PROAIM). Os dados foram analisados através de técnicas de modelagem multinível. Os achados mostraram que não há variação significativa entre as vizinhanças na ocorrência de VPI. Além disso, indicaram que viver em contextos de privação socioeconômica, altas taxas de homicídio e baixos níveis de capital social não está associado com maior probabilidade individual de sofrer VPI. Entre as variáveis estudadas no nível individual, destacaram-se comportamentos do parceiro e experiência de VPI pelas mães dele e dela como importantes fatores associados à VPI. Os resultados deste estudo apontam para a centralidade do conceito de gênero no estudo da violência e sugerem que, em São Paulo, o contexto tem influência limitada na dinâmica das relações de intimidade. / Since the 1990s, violence against women has been recognized as a public health matter because of its magnitude and health consequences for individuals. Although research acknowledges the influence of neighbourhood factors on intimate partner violence (IPV), few studies investigate how the context and the woman\'s participation in personal and social networks affect her individual probability of experiencing this type of violence. This study aimed to investigate the distribution of IPV against women and its relations with social inequalities, urban violence, and social capital in the City of Sao Paulo. Datasets used included: the WHO multi-country study on women\'s health and domestic violence against women; the IBGE (Brazilian Institute of Geography and Statistics) census; and homicide rates from PROAIM (Program for the Improvement of Mortality Data). Data was analyzed using multilevel modeling techniques. The findings show that there is no significant variation in IPV between neighbourhoods. The study also found that socioeconomic deprivation, high rates of homicides, and low levels of social capital in a neighbourhood were not associated with a woman\'s individual probability of experiencing IPV. Among the individual-level variables, IPV was associated with partner behaviors and having a mother who experienced IPV. These results reinforce the assumption that gender is a core concept to understanding violence, and suggest that in Sao Paulo, neighbourhood factors have limited influence in the dynamics of intimate relationships.
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Enfermagem na atenção primária à saúde e o enfrentamento da violência contra a mulher / Nursing primary care and the combating of violence against woman

Santos, Daniela Valentim dos, 1978- 07 October 2014 (has links)
Orientador: Eliete Maria Silva / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Enfermagem / Made available in DSpace on 2018-08-25T15:28:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Santos_DanielaValentimdos_M.pdf: 7290095 bytes, checksum: b019946b07ea6d0efe9b37e5ac47bee4 (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: A temática da violência contra a mulher está contemplada em diversas políticas públicas, conferindo visibilidade a este agravo. Entretanto, a efetivação dessas políticas passa por uma ampla rede de serviços, que para dar suporte à mulher deve ser integrada. Entre os pontos de atenção desta rede está a Atenção Primária à Saúde, que é a porta de entrada preferencial do Sistema Único de Saúde e principal estratégia para oferecer acesso, atenção integral e impactar na situação de saúde das pessoas, como é o caso da violência. O objetivo deste estudo foi caracterizar a força de trabalho da enfermagem na Atenção Primária à Saúde, em município de grande porte do interior paulista, e descrever as práticas dessa equipe no cuidado com mulheres em situação de violência. Constitui-se em pesquisa quantitativa, descritiva, transversal, com amostra aleatória, realizada com auxiliares e técnicos(as) de enfermagem e enfermeiros(as) de todas as unidades básicas de Sorocaba. Foi utilizado formulário com questões semiestruturadas, com informações sociodemográficas e sobre detecção de situações de violência. A coleta de dados ocorreu no mês de fevereiro de 2014. O software SAS, versão 9.2, foi utilizado para realizar os testes estatísticos Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e Qui-quadrado. Foram considerados significantes os valores de p menor que 0,05. Para as respostas textuais, procedeu-se a análise de conteúdo. Os resultados referem-se a 236 profissionais de enfermagem, sendo 54(22,88%) auxiliares de enfermagem, 48(20,34%) enfermeiros(as) e 134(56,77%) técnicos(as) de enfermagem. A distribuição entre os sexos foi semelhante entre as categorias, e todas apresentaram predomínio do sexo feminino, 210 (88,98%). Quanto ao quesito raça/cor, predomínio de pessoas que se autodeclararam brancas 188 (88,98%). As diferenças entre as categorias da enfermagem foram significantes; os auxiliares de enfermagem apresentaram maior média de idade (49 anos), tempo de serviço público (21 anos) e tempo de unidade básica (12 anos) que enfermeiros(as) e técnicos(as) de enfermagem. A respeito do atendimento às mulheres, entre os profissionais de enfermagem da APS, 133(56,33%) já suspeitaram que alguma mulher tivesse sofrido violência. As principais dificuldades relatadas pelos profissionais para investigar suspeitas de violência foram: medo da mulher falar sobre o assunto, falta de treinamento e capacitação e receio de sofrer represálias do agressor. Dessa forma, concluímos que a força de trabalho na atenção primária é feminina, com predomínio de profissionais de nível médio. Nossa pesquisa corrobora com pesquisas, que evidenciam que as situações de violência contra a mulher permeiam as práticas de enfermagem na Atenção Primária à Saúde. Consideramos que o enfoque das políticas públicas de enfrentamento da violência contra a mulher deve abranger a capacitação e o suporte para os profissionais da Atenção Primária à Saúde para que estes serviços não se reduzam a pontos de triagem e encaminhamento / Abstract: The theme of violence against women is addressed in various public policies, giving visibility to this damage. However, the effectiveness of these policies goes through an extensive network of services, which should be integrated to support the woman. Among important aspects of this network is the Primary Health Care, which is the preferred gateway of the Unified Health System and principal strategy to provide access, comprehensive health, and impact on people's health situation, as in the case of violence. The objective of this study was to characterize the workforce of nursing in the Primary Health Care, in large inland municipality of São Paulo, and describe the practices of that team in the care of women in situations of violence. Consists of quantitative, descriptive, and transversal research, with random sample. Held with the nursing assistants, nurses and nursing technicians from all the basic health units of Sorocaba. It was used a form with semi-structured questions, demographic information and about detection of violence situations. Data collection occurred in February, 2014. The SAS software, version 9.2, was used to make statistical tests Mann-Whitney, Kruskal-Wallis and Qui-quadrado. P values less than 0.05 were considered significant. For textual responses, content analysis was conducted. The results refer to 236 nursing professionals, being 54 (22.88%) nursing assistants, 48 (20.34%) nurses, and 134 (56.77) nursing technicians. The gender distribution was similar between the categories, and all showed female predominance, 210 (88.98%). As for the item race/color, there was the predominance of people who declare themselves white, 188 (88.98%). The differences between the categories of nursing were significant; the nursing assistants presented a higher median age (49 years old), public service time (21 years) and basic unit time (12 years) than nurses and nursing technicians. Regarding the attendance to women, among the nursing professionals of APS, 133 (56.33%) had already suspected that a woman had suffered violence. The main difficulties reported by professionals to investigate suspicions of violence were: fear of women speaking about the subject, lack of training, and qualification and fear of suffering reprisals of the assailant. Thus, we conclude that the workforce in primary care is female, with a predominance of middle-level professionals. Our research corroborates with researches showing that the situations of violence against women permeate nursing practices in the Primary Health Care. We consider that the focus of public policies for combating violence against women should include training and support for professionals in the Primary Health Care so that these services do not reduce the points of sorting and routing within the basic unit / Mestrado / Enfermagem e Trabalho / Mestra em Ciências da Saúde
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Negociação de sentidos : violência e direitos da mulher na prática de ONGs em Marrocos / Negotiating meanings : violence and women's rights in the practice of NGOs in Morocco

Slenes, Rebecca de Faria, 1984- 26 August 2018 (has links)
Orientador: Guita Grin Debert / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-26T09:13:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Slenes_RebeccadeFaria_M.pdf: 2382501 bytes, checksum: b1c2165a3a9c75894ada27fce62b0555 (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: Essa dissertação tem como objetivo analisar as práticas de ativistas marroquinas dentro de organizações não governamentais (ONGs) que prestam atendimento a mulheres vítimas de violência. Com base em pesquisa etnográfica realizada em uma ONG marroquina de direitos da mulher e em entrevistas com ativistas em diferentes regiões do país, analiso as experiências e estratégias de mulheres trabalhando dentro de ONGs no combate à violência contra a mulher em Marrocos. Interessa explorar como noções de violência e direitos são concebidos e instrumentalizados por essas mulheres e como elas traduzem e negociam conceitos de direitos para as populações com quem trabalham. Refletindo sobre o papel das ativistas como mediadoras de uma linguagem de direitos entre a população, instâncias governamentais e órgãos financiadores internacionais, procuro mostrar que o trabalho delas é influenciado por fatores diversos, incluindo discursos religiosos e de direitos humanos. Atentando para as diferenças entre as ONGs designadas feministas e islâmicas, a dissertação realça também os pontos em comum nas práticas desenvolvidas por essas associações e argumenta que tanto uma abordagem jurídica em prol dos direitos como uma abordagem que protege a família não dão conta dos dilemas enfrentados pelas ativistas. A pesquisa busca contribuir para reflexões antropológicas sobre como fluxos de direitos de caráter global são articulados em contextos específicos / Abstract: The aim of this master¿s thesis is to analyze the practice of Moroccan activists working in nongovernmental organizations (NGOs) to support women victims of violence. Based on an ethnographic study in an NGO that works with survivors of violence and on interviews with activists in different regions of the country, I analyze the experiences and strategies of women working inside NGOs to fight violence against women in Morocco. This research intends to observe how notions of violence and rights are conceived and instrumentalized by these women, and how they translate and negotiate concepts of rights to the populations that they work with. Reflecting on the role of activists as mediators of a rights-based language between local populations, governmental bodies and international human rights agencies, I attempt to show that their work is influenced by a diversity of factors, including religious and human rights discourses. Attentive to the differences between so called liberal feminist NGOs and Islamic NGOs, the thesis also highlights the points in common in the practices developed by these associations and argues that both a judicial approach in favor of rights, as well as an approach that protects the family, do not account for the dilemmas faced by the activists. This research hopes to contribute to anthropological reflections on how global rights-based networks are articulated in specific contexts / Mestrado / Antropologia Social / Mestra em Antropologia Social
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União de Mulheres de São Paulo : eminismo, violência de gênero e subjetividades / Union Women of São Paulo : feminism, gender violence and subjectivities

Oliveira, Júlia Glaciela da Silva, 1983- 21 August 2018 (has links)
Orientador: Luzia Margareth Rago / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-21T18:58:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Oliveira_JuliaGlacieladaSilva_M.pdf: 3849120 bytes, checksum: 79605fae46aa4cb8135e6f4c12856f07 (MD5) Previous issue date: 2013 / Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo mapear a experiência da associação feminista "União de Mulheres de São Paulo", fundada em 1981, em São Paulo, no combate à violência de gênero. Busca-se, por meio das narrativas das militantes do grupo, percorrer os caminhos que fizeram com que a violência direcionada às mulheres ganhasse visibilidade nas últimas três décadas, em nossa sociedade. A pesquisa pergunta pelas maneiras com as quais o grupo enfrenta os discursos que instituem e naturalizam a violência contra as mulheres. Também reflete sobre as possibilidades de novas constituições da subjetividade feminina por meio das relações de convívio e trocas de experiências nos espaços de sociabilidade construídos pela associação / Abstract: This research aims to map the experience of feminist association União de Mulheres de São Paulo (Union of Women of São Paulo), founded in 1981 in Sao Paulo in combating gender violence. Looking up through the narratives of activists group, walk the paths that made violence directed at women gain visibility in the last three decades in our society. The research questions by the ways in which the group faces the discourses that establish and naturalize the violence against women. It also reflects on the possibilities of new constitutions of female subjectivity through coexistence relations and exchange of experience in socializing spaces constructed by the association / Mestrado / Historia Cultural / Mestre em História
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Fios para trançar, jogos para armar : o "fazer" policial nos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher / Yarns for weave, games for assemble : police's "faire" in the crimes in domestic and familiar violence against women

Andrade, Fabiana de, 1979- 04 February 2012 (has links)
Orientador: Maria Filomena Gregori / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-20T10:32:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Andrade_Fabianade_M.pdf: 2250271 bytes, checksum: 5f640dd2968adfef914ccdd4815a8318 (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: Esta dissertação discorre sobre o "fazer" policial nos crimes de "violência doméstica e familiar contra a mulher" circunscritos na Lei Maria da Penha (11.340/06). O trançar de fios de sentidos e séries de acontecimentos busca entender como a constituição de um saber especializado da polícia civil, emaranhado ao de outros agentes e olhares, produz um tipo de prática e noções sobre os crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher. O texto tem início no "caminhar" pelos espaços da Delegacia de Defesa da Mulher de Campinas (DDM), no intuito de conhecer seus transeuntes e as múltiplas discursividades que se materializam em suas salas, seu Corredor e suas expectativas a respeito do cotidiano policial. De posse desse relato, acompanho um dos personagens que transita por seu Corredor e salas: a Lei Maria da Penha (11.340/06). Como foi seu nascimento? Quais suas memórias? Quem são seus padrinhos e referências? O que falam sobre ela? Para responder a essas questões, escolho no emaranhado de fios aquelas discursividades produzidas pelos documentos internacionais sobre Direitos Humanos e Direitos das Mulheres, assim como, pela atuação dos diversos movimentos feministas, dos especialistas na temática sobre violência e da polícia civil especializada. Por fim, acompanho essas policiais em seu "fazer" mais minúsculos do cotidiano: a operacionalização dos marcadores de diferença (peças/linhas) gênero doméstico e familiar na transformação de narrativas de violência doméstica em crimes previstos pela Lei Maria da Penha / Abstract: This dissertation discusses police's faire in domestic violence against women circumscribed in Maria da Penha Law (11.340/06).The weaving of meanings and the series of events seeks to understand how the constitution of a specialized knowledge about the civil police, tangled with other agents and eyes, produces practices and notions about the crimes of domestic violence against women. The text begins by the walking on spaces in the Women's Police Stations of Campinas (DDM), in order to know their passers-by and the multiple discourses that are materialized in rooms, its Corridor and expectations about the everyday police officer. After take it, I subscribe one of the characters that move through the Corridor and rooms: the Maria da Penha Law (11.340/06).How was her birth? What are her memories? Who are her sponsors and references? What they talk about her? To answer those questions I choose in the tangle of wires the documents produced by international discourses on Human Rights and Women's Rights, as well as the performance of various feminist movements, the experts on the topic of violence and civilian police staff. Finally, I follow these police officers in their tiniest faire of everyday life: the operation of the domestic and familiar's devices in the transformation of domestic violence against women's narrative in crimes provided by Law Maria da Penha / Mestrado / Antropologia Social / Mestre em Antropologia Social
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Processo de reestruturação psicossocial de mulheres que sofreram violência sexual = Psychosocial restructuring process of women who suffered sexual violence / Psychosocial restructuring process of women who suffered sexual violence

Reis, Maria Jose dos 26 August 2018 (has links)
Orientadores: Maria José Martins Duarte Osis, Maria Helena Baena de Moraes Lopes. / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-26T08:17:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Reis_MariaJosedos_D.pdf: 6199494 bytes, checksum: 6b9a987a814b2853dc20d853d956b389 (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: A violência sexual contra as mulheres é um problema grave em todo o mundo e uma questão que precisa ser respondida é como as mulheres que passam por essa experiência reorganizam a sua vida. Objetivo: Este estudo teve como objetivo Investigar o processo de reestruturação psicossocial de mulheres que sofreram violência sexual e sua avaliação do atendimento institucional recebido. Sujeitos e Métodos: Realizou-se um estudo qualitativo com entrevistas semiestruturadas. Foram convidadas a participar 13 mulheres que estavam em seguimento após episódio de violência sexual, em ambulatório especializado de um hospital universitário no interior do Estado de São Paulo. Foi desenvolvida análise temática de conteúdo de 11 entrevistas, que permitiu a identificação de dos seguintes temas: (1) O Impacto e o significado da violência; (2) Sentimentos; (3) Superação; (4) Expectativa para o futuro. (5) Busca de ajuda após a violência: dificuldades; (6) Tratamento: avaliação positiva, avaliação negativa. Resultados: A violência sexual teve um impacto devastador sobre a vida dessas mulheres e duas vivências marcaram o período vivido desde o episódio de violência. Por um lado, a elaboração do pós-violência provocou sentimentos de culpa, impotência, fragilização, imobilização, pois as mulheres pensavam que poderiam ter "provocado" a violência. Por outro lado, revelaram condições de resiliência, que as levaram a investir todas as suas forças em um processo para retomar a vida tal como era antes de terem sofrido a violência. Família, amigos e outras pessoas significativas em geral foram citados como elementos que sustentaram essa atitude de resiliência, assim como o atendimento recebido no serviço de saúde. Também foi evidenciado em suas falas as dificuldades encontradas para buscar ajuda após sofrer violência sexual. A maioria das mulheres não sabia da existência do serviço de referência, e passou antes por outros locais. Revelaram vivências positivas acerca do atendimento de emergência e do tratamento ao longo do período de seguimento. Salientaram a importância do vínculo criado com os profissionais que as atenderam e o benefício de serem atendidas de forma bem estruturada por uma equipe multidisciplinar. Também identificaram aspectos negativos como a necessidade de contarem várias vezes a história da violência sofrida, tanto no atendimento de emergência quanto no seguimento; as demoras nos atendimentos, em decorrência de precisarem passar por vários profissionais; e os efeitos adversos da terapia antirretroviral. Conclusões: O atendimento adequado às mulheres que sofrem violência sexual é complexo e multifacetado, pois requer não somente tratar os danos físicos causados pela violência, mas que também se avaliem as particularidades do impacto emocional sofrido por cada mulher, e até das repercussões psicossociais. As mulheres que sofrem violência sexual, com frequência, não sabem da existência de serviços de referência e enfrentam dificuldades para receber o atendimento de emergência. Elas necessitam de seguimento adequado, por equipe multiprofissional, e é necessário pensar estratégias para melhorar a aderência delas à terapia antirretroviral. Palavras chaves: violência contra a mulher; violência sexual; atenção integral à saúde; saúde da mulher; resiliência psicológica; apoio social / Abstract: Sexual violence against women is a serious problem worldwide and a relevant aspect to be studied is how women who undergo this experience reorganize their lives. Objective: This study aimed to investigate the restructuring psychosocial process of women who suffered sexual violence and their evaluation about the institutional care received. Subjects and Methods: A qualitative study was carried out using semi- structured interviews with women who were followed up after an episode of sexual violence, in an outpatient clinic of a university hospital in the state of São Paulo, Brazil. 13 women were invited to participate and 12 accepted; 11 interviews were analyzed because the recording of an interview had technical problems. Thematic content analysis was developed, which allowed the identification of six categories: (1) The impact and meaning of violence; (2) Feelings; (3) Overcoming; (4) Expectation for the future. (5) Looking for assistance after violence: difficulties; (6) Institutional care (Treatment): positive and negative aspects. Results: Sexual violence had had a devastating impact on the women¿ lives and two lived experiences marked the period since the outbreak of violence. On the one hand, in the post-violence period they experienced feelings of guilt, helplessness, fragility, immobilization, because women thought they could have "provoked" the violence. On the other hand, they showed resilience conditions, which led them to invest all their forces in a process to resume life as it was before they had suffered violence. Family, friends and other significant people in general were cited as persons who supported this attitude of resilience, as well as the care received in the health service. Women reported difficulties to seek help after suffering sexual violence. In general, they did not know where obtain care. They referred positive experiences about emergency care and treatment received. Women also emphasized the importance of the bond established with health professionals and the importance of receiving a well structured care by a multidisciplinary team. Negative aspects were mentioned: to repeat their violence story several times during the follow-up period, delays resulting from the need to go through several professionals, and the adverse effects of antiretroviral therapy. Conclusions: Sexual violence disrupts the women¿s lives and the restructuring psychosocial process requires an attitude of resilience, support from significant people, emergency care and appropriate follow-up by multidisciplinary team. Proper care for women who suffer sexual violence is complex and multifaceted, as it requires not only treat the physical damage caused by violence, but also assess the particularities of the emotional impact suffered by every woman, and even psychosocial repercussions. Women who suffer sexual violence have difficulties to seek emergency care, as they usually do not know reference services. It is necessary to improve access to services that can assist them in a comprehensive way, both for emergency care and for the follow-up. It is also necessary to develop strategies to improve women¿s adherence to antiretroviral therapy / Doutorado / Fisiopatologia Ginecológica / Doutora em Ciências da Saúde
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Pesquisa-ação na gestão da educação e do processo de trabalho em saúde: uma ferramenta estratégica para acolhimento qualificado da violência entre parceiros íntimos na gravidez / Action Research in education management and work process in health: a strategic tool for accommodating qualified intimate partner violence during pregnancy

Berger, Sônia Maria Dantas January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2011-05-04T12:42:03Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010 / A violência na gestação relaciona-se a um padrão muito grave de violência e pode ser mais freqüente do que outros agravos rastreados durante o pré-natal. Embora o rastreamento e acolhimento dos casos nos serviços sejam recomendados, no cenário brasileiro, nem a busca ativa das mulheres em situação de violência e, nem tão pouco aformação em saúde prepara os profissionais para lidarem com o problema. Partindo do questionamento sobre que propostas político-pedagógicas poderiam contribuir para uma qualificação profissional em saúde diferenciada e, baseando-se na experiência de um projeto de pesquisa-ação(Projeto VDG), desenvolvido em hospital público com vistas a formar profissionais de saúde para a abordagem da violência doméstica na gravidez, o estudo de doutorado objetivou analisar o fenômeno da violência doméstica na gravidez (VDG), com foco na violência entre parceiros íntimos(VPI) e o uso da pesquisa-ação(PA) como ferramenta estratégica na qualificação da atenção em saúde,desdobrando-se em quatro artigos: um ensaio que demarcou conceitualmente o problema da violência contra mulheres e demonstrou a magnitude e complexidade do problema, seus efeitos na saúde da mulher e sua invisibilidade nos serviços; uma revisão que aprofundou dados sobre os limites e oportunidades na formação em saúde; um artigo que descreveu e analisou as entrevistas em profundidade com profissionais de saúde envolvidos na PA; e , o relato e análise da experiência VDG no que se referiu ao uso de entrevistas semiestruturadas e de espaços de discussão coletiva para organização de uma rotina de acolhimento da VPI. Na discussão ampliada da tese, entre os resultados da PA, destaca-se que: a própria metodologia desenvolveu uma estratégia de conhecimento e de ação sobre a VPI, aproximando-se de uma proposta de educação permanente; o processo de visibilidade construída sobre os sinais e situações associados à VDG iniciado com as entrevistas e, a angústia compartilhada sobre o processo de trabalho em saúde nos espaços coletivos de discussão, tanto potencializaram saberes como humanizaram e acolheram os profissionais, o que colaborou para uma mobilização coletiva e a proposição de uma rotina institucional para identificar e acolher a violência; no limiar desta experiência, vislumbrouse o ideal de um processo de crescimento profissional-político baseado na reflexão-ação-reflexão coletiva e na articulação permanente da gestão da educação à gestão do processo de trabalho em saúde. Conclui-se que esta forma de experimentação em situação real, sem o pressuposto da neutralidade, colaborou no levantamento de informações de difícil acesso e incrementou o conhecimento sobre as percepções e práticas de profissionais e, sobre indicadores qualitativos que comporiam um acolhimento qualificado e demarcariam tanto modelos político-pedagógicos mais adequados à formação em saúde, como as ações necessárias à organização dos serviços frente ao tema da VPI. / Violence during pregnancy is related to a very serious pattern of violence and is possibly more frequent than other problems routinely controlled-for during prenatal care. Although the active identification and support of women living in violent situations have been recommended, in Brazil routines for identification of existing cases have not been established, nor does the training of health professionals prepare them for dealing with this problem. This doctoral study begins with the question of which political-pedagogical proposals could contribute to adequate preparation of professionals and analyses an action research project (Domestic Violence during Pregnancy – DVP) which was carried out in a public hospital with the objective of preparing health professional for dealing with domestic violence in pregnancy, with a focus on violence between intimate partners. The study of action research as a strategic tool for constructing quality in health care is organized in 4 papers: an essay that conceptually delimits the problem of violence against women and demonstrates the magnitude and complexity of the problem, its effects on women’s health, and its ‘invisibility’ in health services; a review of literature on education and training of health professionals which reveals the limits and opportunities of such proposals; an article which analyses in-depth interviews with health professionals who participated in the DVP project; and an examination of this experience, which used semistructured interviews and collective discussion groups for the organization of a routine for cases of violence between intimate partners. Among the results of the VDP project, emphasis is given to the fact that the action research methodology developed a strategy of knowledge-building for action as a form of continued education in the case of violence between intimate partners; the process of ‘constructed visibility’ of the signs and situations associated with VDP built on discussion of the interview data and the ‘shared anxiety’ regarding the work process in health which occurred in the collective discussion groups, and both strengthened their perceptions as well as ‘humanized’ and gave support to the professionals, all of which collaborated in a collective mobilization and a proposal to develop a new routine for identifying and supporting women living in violence. This experience exemplified the possibility of professional/political growth based on a process of collective reflection-action-reflection and on the permanent articulation of education within the process of managing health care services. As a conclusion, this form of ‘experiment’ in a real-life situation, with no supposition of neutrality, collaborated in producing strategic information and increased knowledge of professional perceptions and practices and qualitative indicators regarding ‘qualified attention’ which are necessary in political/pedagogical models more adequate for health education, as well as for actions needed for the organization of services which deal with violence between intimate partner.
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Violência e uso de substâncias psicoativas: um estudo com mulheres usuárias de um serviço de Atenção Primária à Saúde de São Paulo / Violence and use of psychoactive substances: a study with women users of the basic health service in São Paulo, Brazil

Silva, Valeria Nanci 05 September 2008 (has links)
A violência interpessoal de modo singular atinge as mulheres e é perpetrada principalmente pelos parceiros íntimos, entre os fatores associados aos episódios de violência por parceiro íntimo encontra-se o consumo de álcool e drogas ilícitas. Inúmeros estudos evidenciam a associação do consumo pelo parceiro íntimo de substâncias psicoativas (álcool e drogas ilícitas) e situações de violência contra a parceira, contudo o uso feminino e sua influencia é ainda pouco explorado. O consumo aumentado de medicamentos (anfetaminas, antidepressivos e tranqüilizantes) pelas mulheres que sofreram violência é evidenciado, sendo ainda discutido se o uso feminino tanto de medicamentos quanto o de drogas ilícitas e/ou álcool seriam agentes que incrementam o risco de episódios violentos ou seria uma forma de lidar com a violência sofrida durante a vida. Deste modo, foi realizado um estudo epidemiológico de corte transversal com 435 mulheres usuárias de um serviço de atenção primária a saúde, buscando uma análise descritiva da ocorrência de violência (sexual, física e psicológica) perpetrada pelo parceiro íntimo contra a mulher e possíveis relações com o uso de álcool e drogas ilícitas entre os parceiros e as mulheres estudadas, incluindo o uso de medicamento por parte delas. Os resultados evidenciam que as mulheres seguem o perfil da população em geral, contudo com freqüências superiores em relação as cores auto-referidas: preta e pardo, número de parcerias informais e média de anos de escolaridade. Apesar das diferenças estatisticamente significativas encontradas em relação ao uso de álcool e ou drogas ilícitas (cocaína e maconha) pelos parceiros e uso de drogas ilícitas (maconha) e medicamentos (para acalmar e diminuir a tristeza) pelas entrevistadas, ainda é necessário outros estudos que aprofundem o sentido desta relação, principalmente entre pessoas com o perfil semelhante ao da população em geral ou em serviços de atenção primária a saúde. / The interpersonal violence,in a peculiar way, affects women and is perpretated mainly by their close companions, among the factors associated with episodes of violence from close companions we find the consumption of alcohol and forbidden drugs. Many studies have reinforced the association of the consumption of psychoactive substances by the close companion (alcohol and forbidden drugs) with violent situations towards the female companion,however,the feminine use and its influence is still little explored.The raised consumption of medicines (anfetamines,antdepressants and tranquilizers) by then women who suffered any violence is highlighted, yet being discussed weather the feminine use of medicines as much as forbidden drugs and/or alcohol would be agents that would increase the risk of violent episodes or it would be a way to deal with the violence suffered through life. Therefore, there has been an epidemiologic study covering 435 women users of a health service, aiming a descriptive analyse from the violent occurrence (sexual, physical and psychological) perpretaded by the partner against the woman and possible linkages with the use of alcohol and drugs among the partners and women under this study,including the medicines the women take. The results lead to the fact that the women follow the profile of the general population,however, with a higher frequency in relation to the self -reffered ethnies: black and half breed, number of informal relationships and scholar average. Dispite the differences statistically meaningful found in relation to the abuse of alcohol and/or other drugs by the partners and the use of cannabis along with some medicines (to calm down and ease down the sorrow) by the interviewed women, it is still necessary other studies which could go deeper into the sense of this relation,mainly among the people with the profile of the general population or in the basic health services
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Sobre violências vivenciadas por mulheres, suas marcas e significados / About the violence experienced by women, their marks and meanings

Pinto, Christiane Soares 22 September 2016 (has links)
Introdução: A violência contra mulheres apresenta-se, na atualidade, como complexa questão de naturezas notadamente social, jurídica e de saúde, que desafia a maioria dos países quer do ponto de vista da produção do conhecimento, quer do ponto de vista de seu enfrentamento por políticas públicas que envolvem diferentes tipos de práticas. Objetivo: Caracterizar trajetórias de vida e condições de vulnerabilidade de mulheres que vivenciaram violência por parceiro íntimo; identificar concepções acerca dos lugares da mulher e do homem na sociedade contemporânea; identificar buscas e caminhos das mulheres frente à violência vivenciada; desvelar significados atribuídos à violência vivenciada e marcas presentes; identificar, na perspectiva das mulheres, sinalizadores de violência e de relações igualitárias entre homens e mulheres na sociedade e o significado atribuído à Lei Maria da Penha, assim como à Rede de Prevenção e Enfrentamento da Violência contra a mulher. Metodologia: Trata-se de pesquisa de natureza qualitativa, na qual foram realizadas entrevistas com dez mulheres que vivenciaram violência doméstica, selecionadas em Centro Defesa e Convivência da Mulher CDCM, do qual participavam. A partir das narrativas apresentadas, foram identificadas categorias empíricas que compuseram categorias gerais, para fins analíticos. As narrativas das mulheres foram inscritas nessas categorias e interpretadas à luz de perspectivas das Ciências Sociais e de Estudos de Gênero. Resultados e Discussão: As narrativas das mulheres apontam para marcas presentes, relacionadas à vivência de múltiplas violências, com implicações para novos relacionamentos afetivo-sexuais, apresentando-se o medo como marca das mais significativas. Depreende-se do conjunto de relatos apresentados que a judicialização das relações conjugais de gênero apresenta limitações para responder às demandas de mulheres vivendo em situação de violência, tendo em vista a complexidade das mesmas, questão essa que parece relacionada não somente à insuficiente implementação da Lei Maria da Penha, mas, igualmente, a problemas de acolhimento para a multiplicidade de demandas que a violência envolve, em termos jurídicos, sociais e de saúde. Daí, ganhar expressão a relevância de se pensar o enfrentamento da violência e de suas implicações não de maneira setorial, mas intersetorial e interdisciplinar, em termos de uma Rede de Atendimento. Nesse sentido, pudemos observar que a vivência no referido CDCM, parte da Rede Leste de Atendimento, trouxe mudanças na vida das mulheres, consideradas por elas significativas, com destaque para o aumento da auto-estima e relativo empoderamento, assim como a aquisição de uma nova visão pautada pela igualdade de gênero, notadamente pelo apoio psicológico e participação em grupos reflexivos. Nessa perspectiva, identificaram sinalizadores de relações conjugais igualitárias, assim como sinalizadores de Violência por Parceiro Íntimo. Considerações Finais: A adoção da apresentação dos relatos das mulheres acerca das vivências em relação à violência, em termos de trajetórias de vida, apresentou-se como relevante estratégia do ponto de vista teórico-metodológico por permitir apontar as relações entre biografias individuais e coletivas, estreitamente relacionadas a diferentes circunstâncias de vida e relações conjugais de gênero das mulheres entrevistadas que imprimem condições de vulnerabilidades específicas, assim como diferentes possibilidades das mesmas romperem com a situação de violência vivenciada e superarem muitas das marcas grafadas impressas por tais vivências. Assim, diante do significado da vivência de violência por parte das mulheres e dos desafios enfrentados pelas mesmas para romper tal situação, descortinou-se a relevância do trabalho interdisciplinar e intersetorial, constitutivos de uma Rede de Serviços que contemple a interinstitucionalidade na prevenção e no enfrentamento da violência, assim como o trabalho multi e interdisciplinar por parte das respectivas equipes, no sentido do acolhimento das diferentes demandas, em todas as suas especificidades e complexidades. / Introduction: The violence against women is shown as a complex issue nowadays, and notably a social, juridical, public security and health question that defy most countries, either being of a knowledge production point of view, or from its facing with public policy that involve different types of practice. Objectives: to characterize womens life stories and vulnerability conditions that suffered violence from an intimate partner; to identify conceptions about women and men roleplay into current society; to identify womens searches and paths before the experienced violence; to exhibit the meaning attached to the womens violence experience and present marks of violence; to identify, into womens perspective, violence signals and equal relationships among men and women into society and the meaning attached to Maria da Penha Law and the Prevention and Confrontation Against Women Violence Network. Methodology: This research has a qualitative nature, in which interviews were done with ten women that experienced domestic violence, that were selected from the Women Defense and Coexistance Center - CDCM, where they attended. Beginning from the narratives, empirical categories that composed general categories were identified for analytical purposes. Womens narratives were included into these categories and these narratives were understood under the Social Sciences and Gender Studies perspective. Results and Discussion: The narratives of the women indicate present marks, related to the multiple violence experience, with implications to new affective and sexual relationships, showing the fear as one of the most significant marks. Into the presented reports, it is understood that the conjugal and gender relationships judicialization shows limitations to respond needs living in violence situation, knowing the complex situation of them, and this issue is not only related to the insufficient Maria da Penha Law implementation, but, equally related to problems with hospitality to the multiple needs that violence evolves, into legal, social and health terms. Therefrom, the relevance of thinking the confrontation of violence and its implications gains expression but not in a sectorial way, but into a intersectorial and interdisciplinary way, as an Attention Network. For that matter, we could notice that the experience at the referred CDCM, part of East Attention Network, brought changes into womens lives, considered by them meaningful, with emphasis to self-esteem and relative empowerment increase, as well as the acquisition of a new way of view based on gender equality, notably by the psychological support and reflexive group therapy participation. Into this perspective, markers of equal marital relationships were identified, as well as Violence by intimate partner markers. Final Considerations: The presentation of womens reports about their experiences related to violence, in life path terms, appeared itself as a relevant strategy from the theoretical-methodological point of view allowing to point the relation between personal and collective biographies, strictly related to different life circumstances and interviewed women gender marital relationships that show specific vulnerabilities, as well as different possibilities of these women to break up with the experienced violence situation and to overcome many marks that have got impressed by these experiences. Thereby, facing the meaning experienced violence by part of the women and the challenges faced by them to break through these situations, the relevance of interdisciplinary and intersectorial work, constitutive of an Attending Network that includes relations with institutions at violence prevention and confrontation, as well as multi and interdisciplinary work by the respective teams, receiving the different needs, into its whole specialities and complexity.

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