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Estudo clínico-epidemiológico, laboratorial e de vulnerabilidade dos acidentes escorpiônicos atendidos no Hospital Municipal de Santarém - Pará / Epidemiological, clinical-laboratory and the vulnerability of patient hospitalized for scorpionism at the Municipal Hospital of Santarém (MHS), Pará

Pasesa Pascuala Quispe Torrez 20 June 2016 (has links)
Introdução: Escorpionismo é um problema de saúde no Brasil e em outras regiões do mundo. Em 2015, no Brasil, foram relatados 74.598 acidentes e 119 mortes. Neste estudo, foram descritos aspectos clínicos, epidemiológicos, laboratoriais e de vulnerabilidade nestes acidentes. Métodos: Trata-se de estudo clínico prospectivo e observacional conduzido no Hospital Municipal de Santarém (HMS), de Abril de 2008 a Janeiro de 2014. Os pacientes incluídos no estudo foram admitidos pelo autor e não representam o total de pacientes internados no HMS. Além disso, foi realizado estudo qualitativo com base teórica no conceito de vulnerabilidade que inclui as dimensões individual, social e programática. Resultados: Foram descritos 58 acidentes, presumivelmente, causados por T. obscurus na Amazônia Brasileira. A maioria dos acidentes ocorreu durante o trabalho, a maioria dos pacientes incluídos era do sexo masculino 39 (67,2%). Os principais locais de picada foram as extremidades (pés e mãos) com uma frequência de 51 (90%). Os pacientes relataram sensação de \"choques elétricos\" que podem durar horas. A grande maioria dos pacientes apresenta quadro clínico compatível com disfunção cerebelar aguda, que pode ter início minutos e durar até dois dias após a ocorrência do acidente. Apresentaram ataxia cerebelar, disdiadococinesia, dismetria, disartria, dislalia, naúseas e vômitos. Além disso, alguns pacientes, aprentaram mioclonias e fasciculações que também podem ser atribuídas à disfunção cerebelar aguda ou talvez à ação direta sobre o músculo esquelético. Seis pacientes apresentaram rabdomiólise e dois injúria renal aguda. O quadro clínico observado na maioria dos pacientes consiste, principalmente, em disfunção cerebelar aguda e manifestações neuromusculares anormais, que não foram descritos em qualquer outra região do mundo. Também foram realizadas 28 entrevistas quanti-qualitativas com pacientes vítimas de acidente escorpiônico, as quais foram submetidas à técnica de análise de discurso. Pacientes eram, em sua maioria, homens que moravam na área rural e que trabalhavam como agricultores e viviam em condições sócio demográficas desfavoráveis. Discussão: As manifestações apresentadas por esses pacientes são compatíveis com disfunção cerebelar aguda que pode ser explicada, provavelmente, porque algumas toxinas de T. obscurus (da região de Santarém), não só tem a capacidade de atravessar rapidamente, em poucos minutos, a barreira hemato-encefálica, mas também devem apresentar elevada afinidade por canais iônicos presentes nas membranas de células do cerebelo. As mioclonias e fasciculações podem ser atribuídas à disfunção muscular ou cerebelar. A vulnerabilidade individual e social foi evidenciada em vários aspectos: pouco conhecimento em relação ao comportamento de escorpiões e também às medidas preventivas, baixa escolaridade (incluindo analfabetismo), baixa qualificação profissional, trabalho informal, condições precárias de vida (falta de água encanada, energia elétrica, esgoto). Em relação à dimensão programática foi constatada dificuldade de acesso aos serviços de saúde e a falta de antiveneno no centro de referência. Portanto, o estudo destaca as particularidades do escorpionismo em Santarém e os aspectos mais importantes da vulnerabilidade destes pacientes / Introduction: Scorpionism is a health problem in Brazil and in another regions of the world. In 2015, in Brazil 74,598 accidents and 119 deaths were reported. In this study, were described clinical, epidemiologic, laboratory and vulnerability aspects of these unique scorpion accidents. Methods: A prospective and observational study was conducted in the MHS, from April, 2008 to January, 2014. Patients included in the study were admitted by the authors and do not represent the total number of hospitalized patients in the MHS. In addition, a qualitative study was conducted with the theoretical basis of the vulnerability concept, that includes individual, social and programmatic dimension. Results: We described 58 accidents presumably caused by T. obscurus in Brazilian Amazonia. Most patients were stung during work activities and the majority was male 39 (67.2%). The main sites of stung were the extremities (feet and hands), with a frequency of 51 (90%).Patients reported a sensation of \"electric shocks\" which could last hours. The vast majority of patients presented a clinical picture compatible with acute cerebellar dysfunction, that started in minutes and could last up to two days after the accident. They presented cerebellar ataxia, dysdiadocokinesia, dysmetry, dysarthria, dyslalia, nausea and vomiting. Also, some patients presented myoclonus and fasciculation which can also be attributed to cerebellar dysfunction or perhaps the result of direct action on skeletal muscle. Six patients had developed rhabdomyolysis and two acute kidney injury. The clinical picture observed in most of our patients consisted mainly from an acute cerebellar dysfunction and abnormal neuromuscular manifestations which is not described in any other region of the world. Twenty-eight quantitative and qualitative interviews with scorpion sting victims. Each patient was submitted to discourse analysis technique. The majority patients were men who live in rural areas, small farmers with unfavorable socio-demographic conditions. Discussion: The manifestations presented by these patients are compatible with acute cerebellar dysfunction which could be explained probably because some toxins from T. obscurus from Santarém region, have not only the capacity to cross quickly, within minutes, the blood-brain and also must have high affinity for ionic channels present in some cerebellar cell membranes. Myoclonus and fasciculation can be attributed to cerebellar or muscle dysfunction. The individual and social vulnerability was demonstrated in several ways: little knowledge about the scorpion behavior and about the preventive measures, low education level (including illiteracy), low-skilled, informal work, precarious living conditions (lack of running water, electricity, basic sanitation). Regarding the programmatic dimension it was found difficult access to health services and lack of antivenom serum in the reference center. Therefore, the study highlights the particularities of scorpionism in Santarem and the most important aspects of vulnerability of these patients
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Incluindo o projeto terapêutico singular na agenda da atenção básica em contexto de vulnerabilidade e não adesão ao tratamento da tuberculose / Including the comprehensive therapeutic projects in the agenda for basic care in a context of vulnerability and nonadherence to treatment for tuberculosis / Inclusión del proyecto terapéutico singular en el rol de la atención básica en contexto de vulnerabilidad y no adhesión al tratamiento de la tuberculosis

Hahn, Giselda Veronice January 2015 (has links)
O estudo teve por objetivo analisar os limites e possibilidades de inclusão do Projeto Terapêutico Singular (PTS) na agenda da Atenção Básica (AB) em contexto de vulnerabilidade e não adesão ao tratamento da tuberculose (TB). Foi realizado estudo de intervenção, com abordagem qualitativa. A investigação ocorreu em dois municípios do interior do Estado do Rio Grande do Sul que possuem doentes cadastrados nos serviços de saúde com histórico de abandono do tratamento da TB. Foram desenvolvidos três PTS por equipes que atuam na AB junto à usuários não aderentes ao tratamento, com vistas a promover a adesão. Também foram coletadas informações com profissionais que atuam em serviços de referência municipal em TB, gestores de serviço de saúde e com análise documental. Os dados foram analisados com base no quadro conceitual da vulnerabilidade proposto por Ayres e colaboradores. A retomada das histórias singulares dos usuários desenvolvida pelas equipes durante a operacionalização dos PTS trouxe à tona o contexto de vulnerabilidade vivido por cada um deles, indicando uma necessária revisão das ações tradicionalmente realizadas, de modo a dar conta dos determinantes sociais dessa vulnerabilidade. A análise revelou que o modo como os profissionais compreendem a problemática da TB, em especial nas situações de não adesão ao tratamento, tem repercussão direta na forma como as ações programáticas são planejadas e executadas e em como a rede de serviços está organizada nos municípios estudados. Essa organização resulta na produção de novas situações de vulnerabilidade, especialmente de vulnerabilidade programática, que se somam às já existentes. O modus operandi da AB, ainda fortemente marcado pelo modelo biomédico, aliado às deficiências na infraestrutura dos serviços, à falta de interlocução entre eles e à precariedade das ações de referência e contra referência foram entraves importantes ao pleno desenvolvimento dos PTS. Conclui-se que, em função da atual conjuntura de atenção e gestão dos serviços de saúde dos municípios estudados, fica difícil dar conta das singularidades dos usuários com TB não aderentes ao tratamento. Isto implicou na continuidade da não adesão ao tratamento da TB dos usuários acompanhados pelos PTS. A abordagem participativa da pesquisa possibilitou aos profissionais que acompanharam os PTS a análise crítica sobre sua atuação no contexto estudado, o que, espera-se, pode repercutir positivamente na proposição de novos modos de atender as necessidades singulares dos usuários com TB não aderentes ao tratamento. / The study aimed to analyse the limits and possibilities of including the Comprehensive Therapeutic Project (CTP) in the agenda of Primary Care (PC) in the context of vulnerability and non-adherence to the treatment of tuberculosis (TB). An intervention study was carried out, with a qualitative approach. The investigation was conducted in two cities hinterland of the state of Rio Grande do Sul, which have users registered in health services with a record of quitting the TB treatment. Three CTPs were developed by teams that work with non-adherent treatment patients in PC, regarding the promotion of adherence. Information was also provided by professionals from municipal reference services in TB, by health service managers and from document review. Data was analysed on the basis of the conceptual framework of vulnerability proposed by Ayres et al.. The resumption of patients´ singular records as conducted by the teams throughout the development of CTPs highlighted the context of vulnerability experienced by each patient, indicating the need to review actions that are traditionally carried out, in order to deal with the social determinants of this vulnerability. The analysis revealed that the way by which professionals understand the problem of TB, especially in those non-adherent treatment situations, has a direct impact on how programmatic actions are planned and executed, and on how the network of services is structured in the studied cities. The way such services are organized results in the production of new situations of vulnerability, especially those of a programmatic kind, which add on to already existing ones. The modus operandi of PC, still strongly marked by the biomedical model, associated with deficiencies in services´ infrastructure, lack of dialogue between them, and the precariousness of reference and counter reference actions were significant obstacles to the CTPs´ development. One concludes that the current situation of the services in the studied cities regarding management and health care practices makes it difficult to meet non-adherent TB patients´ singularities. This resulted in the continuation of CTP patients’ non-adherence to the TB treatment. The participatory research approach allowed CTP professionals to develop a critical analysis of their role in the studied context, which may, hopefully, impact positively in the proposal of new ways to meet the unique needs of patients non-adherent to TB treatment. / El estudio ha tenido como objetivo analizar los límites y posibilidades de inclusión del Proyecto Terapéutico Singular (PTS) en la agenda de Atención Primaria (AP) en contexto de vulnerabilidad y no adhesión al tratamiento de tuberculosis (TB). Se ha realizado estudio de intervención, con abordaje cualitativo. La investigación ha ocurrido en dos municipios del interior del Rio Grande do Sul que poseen enfermos en la lista de los servicios de salud con historia de abandono del tratamiento de la TB. Se han desarrollado tres PTS por equipos que actúan en la AP junto a usuarios que no adhieren al tratamiento, con el objetivo de que lo hagan. También se han recolectado informaciones con profesionales que actúan en servicios de referencia municipal en TB, con gestores de servicios de salud y con análisis documental. Los datos se analizaron basándose en el cuadro conceptual de la vulnerabilidad propuesto por Ayres y sus colaboradores. La reanudación de las historias singulares de los usuarios desarrollada por los equipos durante la instrumentalización de los PTS ha mostrado el contexto de vulnerabilidad vivido por cada uno de ellos, indicando un repaso necesario de las acciones tradicionalmente realizadas, de manera a dar cuenta de los determinantes sociales de esa vulnerabilidad. El análisis ha revelado que el modo como los profesionales comprenden la problemática de la TB, en especial las situaciones de no adhesión al tratamiento, tiene repercusión directa en la forma como acciones programáticas son planificadas y ejecutadas y en como la red de servicios está organizada en los municipios estudiados. Esa organización resulta de la producción de nuevas y significativas situaciones de vulnerabilidad, especialmente la vulnerabilidad programática, la cuales se suman a las ya existentes. El modus operandi de la AP, aún fuertemente marcado por el modelo biomédico, aliado a las deficiencias en la infraestructura de los servicios, a la falta de interlocución entre ellos y a la precariedad de acciones de referencia y contra referencia han sido trabas importantes al pleno desarrollo de los PTS. Se concluye que, ante la actual coyuntura de atención y gestión de los servicios de salud de los municipios estudiados, resulta difícil dar cuenta de las singularidades de los usuarios con TB que no adhieren al tratamiento. Eso ha implicado la continuidad de no adhesión al tratamiento de la TB por parte de los usuarios acompañados por los PTS. El abordaje participativo de la investigación ha posibilitado a los profesionales que acompañaron los PTS un análisis crítico sobre su actuación en el contexto estudiado, lo que, se espera, pueda repercutir positivamente en la proposición de nuevos modos de atender a las necesidades singulares de los usuarios con TB no adherentes al tratamiento.
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Compreensões de jovens universitários sobre a violência : sob o olhar da corporeidade, da vulnerabilidade e do cuidado / Comprehensions of young university people about violence : under the gaze of corporeity, vulnerability and care / Comprensiones de jóvenes universitários sobre la violencia : mediante el mirar de La Corporeidad, de la Vulnerabilidad y del cuidado

Zanatta, Elisangela Argenta January 2013 (has links)
Neste estudo, de vertente qualitativa,a pesquisa vincula-se à Linha de pesquisa Cuidado de enfermagem na saúde da mulher, criança, adolescente e família e ao Grupo de Estudos do Cuidado à Saúde nas Etapas da Vida (CEVIDA) do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O objetivo foi entender de que modo a violência é compreendida pelos jovens em seu vivido e as repercussões desse fenômeno em sua corporeidade, na perspectiva da vulnerabilidade; conhecer as vivências que os jovens universitários do Curso de Graduação em Enfermagem possuem e quais suas expectativas enquanto futuros cuidadores frente à violência. Os participantes foram 21 jovens, com idade entre 17 e 23 anos, acadêmicos de enfermagem de uma Universidade localizada em um município do Oeste Catarinense. Para a produção das informações foram utilizadas duas estratégias: construção do Genograma e Ecomapa, componentes do Modelo Calgary de Avaliação da Família de cada jovem e realização de Dinâmicas de Criatividade e Sensibilidade (DCS), preconizadas pelo Método Criativo e Sensível. A Pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul CAAE: 02870012.8.0000.5347. As informações foram interpretadas à luz da hermenêutica proposta por Paul Ricoeur, tendo como suporte os referenciais da vulnerabilidade e da corporeidade e delas emergiram cinco temas: desvelando as compreensões dos jovens sobre a violência a partir do discurso falado e escrito; repercussões da violência na corporeidade do jovem; formação profissional: percepções da violência; processo de cuidado em saúde – situações de violência percebida; expectativas e propostas dos jovens para a construção de uma cultura de paz. Os jovens compreendem que a violência faz parte do seu existir, está presente na família, na escola, nas ruas, nos espaços de lazer, no descaso do poder público, na corrupção. Definem a violência como um obstáculo em seus projetos de felicidade, um fenômeno que abala a sua corporeidade, provocando um vazio e deixando a vida sem cor, modificando seu modo de ser no mundo e na relação com o outro, condição agravada pela naturalização da violência no cenário atual.Na formação profissional reconhecem a violência simbólica, presente nas relações de autoridade entre docentes e discentes, e nas relações conflituosas entre profissionais dos serviços de saúde e acadêmicos. No processo de cuidado identificam, às vezes, a violência nas ações, de alguns profissionais de saúde, manifestada na falta de paciência, na negligencia em cumprir com algumas obrigações e na pouca atenção dispensada ao outro. Entendem que podem ser perpetradores da violência ao negligenciar o cuidado pela falta de habilidade técnica e dificuldade em visualizar o ser humano na sua integralidade. As expectativas dos jovens frente à violência estão relacionadas à possibilidade de realizarem mudanças em suas atitudes, controlando seus sentimentos de raiva, e na ação dos profissionais de saúde, especialmente do enfermeiro, no sentido de ajudar os jovens a serem construtores de uma cultura de paz na relação com o outro e no processo de cuidar em saúde. Acredita-se que a pesquisa revelou elementos importantes aos profissionais de saúde, em especial ao enfermeiro, para pensar a violência que co-habita o existir dos jovens; revelou informações essenciais para entender o jovem como corporeidade, como um ser que pode vivenciar situações de vulnerabilidade à violência nas dimensões individual, social e programática, que precisa ser e sentir-se cuidado pela família, pela sociedade, pelos profissionais de saúde, pelos professores, pois está se construindo enquanto um ser de cuidado; e ofereceu subsídios para repensar a prática do cuidado ao jovem nos diferentes cenário de saúde e educação. / In this study, with qualitative nature, the investigation is linked to the research line ―Nursing care in women‘s, children‘s, adolescent‘s and family‘s health" and to the Study Group of Health Care in the Life Stages (CEVIDA) from the Post-Graduate Program at the Federal University of Rio Grande do Sul. The aim was to understand the way in which the violence is comprehended by young people in their daily lives and the consequences of this phenomenon in their physicality, under the perspective of vulnerability; to know the experiences that the young college students of the Graduate Nursing Course have and what their expectations as future caregivers before the violence. The participants were 21 young people, aged between 17 and 23 years, nursing students from a university located in a municipality of the Western Region of the Santa Catarina State. For the production of information, we have used two strategies: building of the Genogram and of the Ecomap, components of the Calgary Model for Family Assessment of every young subject and conduction of Creativity and Sensibility Dynamics (CSD), recommended by Creative and Sensitive Method. The research was approved by the Research Ethics Committee from the Federal University of Rio Grande do Sul, under CAAE 02870012.8.0000.5347.The data were interpreted in the light of the hermeneutics proposed by Paul Ricoeur, having as support the benchmarks of vulnerability and of physicality. They gave rise to five themes emerged: unveiling the comprehensions of young people about violence from spoken and written speech; consequences of violence in the physicality of young people; professional training: perceptions of violence; health care process – situations of perceived violence; expectations and proposals of young people to build a culture of peace. Young people understand that violence is part of their existence, is present in the family, at school, on the streets, in leisure areas, in the indifference of the public power, in corruption. They define violence as an obstacle to their projects of happiness, i.e., a phenomenon that undermines their physicality, by provoking vacuum and letting life without color, thus modifying their way of being in the world and in their relationships to others, which consists in a condition exacerbated by the naturalization of violence in the current scenario. Regarding professional training, they recognize the symbolic violence present in authority relationships between teachers and students, and in conflicting relationships between health professionals and academic students. As for the care process, they occasionally identify violence in actions of some health professionals, which is manifested in the lack of patience, in the neglect to comply with certain obligations and in the little attention given to other being. They understand that they can be perpetrators of violence by neglecting the care due to the lack of technical skill and difficulty in visualizing the human being in its entirety. The expectations of young people before the violence are related to the possibility of performing changes in their attitudes, by controlling their feelings of angry, and in actions of health professionals, especially from the nursing professional, in order to help young people to become builders of a culture of peace in their relationships to others and in the health care process. It is believed that the investigation has revealed relevant elements to health professionals, especially to the nursing professional, with a view to thinking on the violence that coexists with the existence of young people; it has revealed essential information to understand youth as physicality, as a being that can experience situations of vulnerability to the violence in the individual, social and programmatic dimensions, who needs to be and feel cared by family, society, health professionals and teachers, since it is being built as a being of care; and it has offered subsidies to rethink the practice of care shares towards the young people in the different scenarios of health and education. / En este estudio, de vertiente cualitativa, la investigación se vincula a la línea de investigación ―Atención de enfermería en la salud de la mujer, niño, adolescente y familia‖ y al Grupo de Estudios de Atención a la Salud en las Etapas de la Vida (CEVIDA) del Programa de Postgrado de la Universidad Federal del Rio Grande del Sur. El objetivo fue entender cómo la violencia es entendida por los jóvenes en su vida y las repercusiones de este fenómeno en su corporeidad, en la perspectiva de la vulnerabilidad; conocer las experiencias que los jóvenes universitarios del Curso de Graduación en Enfermería tienen y cuáles son sus expectativas cuanto futuros cuidadores frente a la violencia. Los participantes fueron 21 jóvenes, con edad entre 17 y 23 años, estudiantes de enfermería en una Universidad ubicada en una ciudad del oeste del departamento de Santa Catarina. Para la producción de las informaciones se utilizaron dos estrategias: la construcción del Genograma y Ecomapa, componentes del Modelo Calgary de Evaluación de la Familia de cada joven y la realización de Dinámicas de Creatividad y Sensibilidad (DCS), indicada por el Método Creativo y Sensible. La investigación fue aprobada por el Comité de Ética en Pesquisa de la Universidad Federal del Rio Grande del Sur, CAAE 02870012.8.0000.5347. Las informaciones fueron interpretados a la luz de la hermenéutica propuestas por Paul Ricoeur, teniendo como suporte las referencias de la vulnerabilidad y de la corporeidad y de ellas emergieron cinco temas: develando los entendimientos de los jóvenes sobre la violencia a partir del discurso hablado y escrito; repercusiones de la violencia en la corporalidad del joven; formación profesional: la percepción de la violencia, el proceso de atención en salud – las situaciones de violencia percibidas; expectativas y propuestas de los jóvenes para construir una cultura de paz. Los jóvenes entienden que la violencia hace parte de su existencia, está presente en la familia, en la escuela, en las calles, los espacios de ocio, en el descaso del poder público, en la corrupción. Definen la violencia como un obstáculo en sus proyectos de felicidad, es decir, un fenómeno que sacude a su corporeidad, provocando un vacío y dejando que la vida sin color, modificando su manera de ser en el mundo y en la relación con el otro, condición agravada por la naturalización de la violencia en el escenario actual. En la formación profesional reconocen la violencia simbólica, presente en las relaciones de autoridad entre profesores y alumnos, y en las relaciones conflictivas entre los profesionales de los servicios de salud y académicos. En el proceso de atención identifican, a veces, la violencia en las acciones de algunos profesionales de la salud, que se manifiesta en la falta de paciencia, en la negligencia en cumplir con algunas obligaciones y la poca atención con el otro. Entienden que pueden ser los autores de la violencia al descuidar la atención por la falta de habilidad técnica y la dificultad en la visualización del ser humano en su totalidad. Las expectativas de los jóvenes hacia la violencia están relacionadas con la posibilidad de hacer cambios en sus actitudes, controlando sus sentimientos de ira, y en las acciones de los profesionales de la salud, especialmente los enfermeros, en el sentido de ayudar los jóvenes a ser constructores de una cultura de paz en relación con el otro y en el proceso de cuidar en la salud. Se cree que la investigación reveló elementos importantes de los profesionales de la salud, en especial al enfermero, para pensar la violencia que co-habita la existencia de los jóvenes, reveló informaciones esenciales para entender el joven como corporalidad, como un ser que puede experimentar situaciones vulnerabilidad de violencia en las dimensiones individual, social y programática, que necesita ser y sentirse atendido por la familia, por la sociedad, por los profesionales de la salud, los maestros, pues está construyéndose como un ser de atención; y ofreció subsidios para repensar la práctica de atención al joven en los diferentes escenarios de la salud y educación.
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O uso de métodos de contracepção/proteção entre jovens de 18 a 24 anos de três capitais brasileiras

Teixeira, Ana Maria Ferreira Borges January 2006 (has links)
Resumo não disponível.
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Vivência da gestação e maternidade por adolescentes/jovens que nasceram infectadas pelo HIV : trajetórias de vida e de cuidado / Experience of pregnancy and maternity by adolescents/young adults who were born infected with HIV : life trajectory and care / Vivencia de la gestación y maternidad por adolescentes/jóvenes que nacieron infectadas por el VIH : trayectorias de vida y de cuidado

Silva, Clarissa Bohrer da January 2018 (has links)
A gestação no contexto do HIV é, geralmente, abordada com a finalidade do controle da transmissão vertical, sendo emergente o conhecimento acerca da vivência dos direitos reprodutivos pelas adolescentes/jovens que nasceram infectadas. Objetivou-se: compreender a vivência da gestação e maternidade por adolescentes/jovens que nasceram infectadas pelo HIV na relação com a trajetória de vida e de cuidado. Trata-se de um estudo qualitativo, realizado em serviço especializado em HIV de Porto Alegre. Participaram 10 adolescentes/jovens, contemplando todas aquelas que respeitavam os critérios de inclusão/exclusão do estudo, por meio de entrevista semiestruturada individual, no período de junho de 2017 a março de 2018. Foi utilizada a análise temática, sendo tais trajetórias analisadas à luz do Quadro da Vulnerabilidade e dos Direitos Humanos. Estudo aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa da UFRGS (Parecer Nº 1.844.848) e do cenário de pesquisa (Parecer Nº 1.912.645). Os resultados apontam que, longitudinalmente, a vivência da gestação e maternidade pode ser elucidada a partir da articulação de processos de construção tanto da exposição como da proteção à gestação não planejada, nas três dimensões de vulnerabilidade, que mutuamente referidos auxiliam na compreensão das trajetórias pessoais em que acontecem os desfechos de saúde, como é o caso das gestações entre o grupo estudado. Evidencia-se que a ocorrência da gestação é, no geral, fortuita, no sentido de não pensada antecipadamente, e não planejada, em sua maioria No plano individual predomina uma trajetória marcada por uma história de transmissão vertical pouco compreendida e aceita, decorrente da postergação de informações no âmbito familiar, social e de saúde que favoreceriam o conhecimento acerca da doença e do acesso aos meios oportunos para o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos. No plano social, constitui-se a violação sistemática de direitos, como: relações de gênero e normas de condutas sociais sexistas que expõe a adolescente às infecções sexualmente transmissíveis, à gravidez indesejada e ao constrangimento de sua autonomia para tomar decisões; processo de estigmatização e discriminação que repercutem nos seus contextos sociais; abordagem superficial acerca da sexualidade no ambiente escolar, familiar e de saúde, focalizado apenas na necessidade de utilização do preservativo. Uso irregular e inconsistente do preservativo, denotando não-consideração de exposição efetiva. No plano programático, tem-se uma atenção frágil na perspectiva da integralidade de modo a promover a saúde sexual e reprodutiva, pela carência e qualidade na provisão de orientações sobre o planejamento reprodutivo, o que é aconselhável no contexto do HIV, devido ao risco materno, do parceiro e infantil. Conclui-se que ainda há muito o que avançar no processo de estruturação de um cuidado integral e humanizado, que abarque a dimensão psicossocial da produção de saúde, com relação ao acolhimento do desejo reprodutivo e suporte efetivo para sua concretização no contexto de cuidado das adolescentes/jovens que nasceram com HIV. As contribuições à enfermagem referem-se no sentido de subsidiar práticas inovadoras por meio de intervenções em saúde que se configurem de fato como cuidado, sendo mais adequadas e eficientes às demandas sexuais e reprodutivas dessas adolescentes/jovens. / Pregnancy in the context of HIV is generally approached to control vertical transmission. There is also the emerging acknowledgment of the experience of reproductive rights by the adolescents/young adults who were born infected. In this sense, the objective was to understand the experience of pregnancy and maternity by adolescents/young adults who were born infected with HIV regarding life trajectory and Care. This is a qualitative study carried out in a specialized HIV service in Porto Alegre. Ten adolescents/young adults participated, considering all those that met the inclusion/exclusion criteria of the study, through an individual semi-structured interview, from June 2017 to March 2018. It was used the thematic analysis, and these trajectories were analyzed considering the Vulnerability and Human Rights Framework. Study approved by the Research Ethics Committees of UFRGS (Report No.1.844. 848) and the research scenario (Report No.1.912.645). The results show that, longitudinally, the pregnancy experience can be elucidated from the articulation of construction processes, both on the exposure and the protection of unplanned pregnancy in the three dimensions of vulnerability, that, when mutually referenced, assist the understanding of the personal trajectories in which the health outcomes occur. It is an evidence that the occurrence of pregnancy is, in general, accidental, in the sense of not been thought in advance, and not planned, in most cases. At the individual level, predominates a trajectory characterized by a history of little understanding and acceptance of vertical transmission, due to failing in orientation in the family, social and health context, which would favor the knowledge about the disease and the access to the appropriate means for sexual and reproductive rights At the social level, there is a systematic violation of rights, such as gender relations and norms of sexist social conduct which expose the adolescent to sexually transmitted infections, unwanted pregnancy and the constraint of their autonomy to make decisions; stigmatization and discrimination that have repercussions in her social contexts; a superficial approach to sexuality in the school, family and health setting, focusing only on the necessity to use condoms. Irregular and inconsistent condom use, denoting no consideration of effective exposure. At the programmatic level, there is a fragile focus in the perspective of integrality in order to promote sexual and reproductive health, due to the lack of orientation and lack of quality in the provision of guidelines on reproductive planning which is advisable in the context of HIV, due to maternal, partner and child risk. It is concluded that there is still a large amount of improvement to be made in the process of structuring a comprehensive and humanized Care, encompassing the psychosocial dimension of health production, regarding the reception of the reproductive desire and effective support for its implementation in the context of adolescent/young adults Care who were born with HIV. The contributions to nursing refer to the idea of supporting innovative practices through health interventions that are actually defined as Care, being more appropriate and efficient to the sexual and reproductive demands of these adolescent/young adults. / La gestación en el contexto del VIH es generalmente abordada con la finalidad del control de la transmisión vertical, siendo emergente el conocimiento acerca de la vivencia de los derechos reproductivos por las adolescentes/jóvenes. Se objetivó: comprender la vivencia de la gestación y maternidad por adolescentes/jóvenes que nacieron infectadas por el VIH en la relación con la trayectoria de vida y de cuidado. Se trata de un estudio cualitativo, realizado en servicio especializado en VIH de Porto Alegre. Participaron 10 adolescentes/jóvenes, contemplando todas aquellas que respeta los criterios de inclusión/exclusión del estudio, por medio de entrevista semiestructurada individual, en el período de junio de 2017 a marzo de 2018. Se utilizó el análisis temático, siendo estas trayectorias analizadas a la luz del Marco de la Vulnerabilidad y de los Derechos Humanos. Estudio aprobado por los Comités de Ética en Investigación de la UFRGS (Nº1.844.848) y del escenario de investigación (Nº1.912.645). Los resultados apuntan que la vivencia de la gestación puede ser elucidada a partir de la articulación de procesos de construcción tanto de la exposición como de la protección a la gestación no planificada, en las tres dimensiones de vulnerabilidad, en que se producen los resultados de salud. Se evidencia que la ocurrencia de la gestación es, en general, fortuita, en el sentido de no pensada por adelantado, y no planificada, en su mayoría. En el plano individual predomina una trayectoria marcada por una historia de transmisión vertical poco comprendida y aceptada, resultante de la postergación de informaciones en el ámbito familiar, social y de salud que favorecer el conocimiento acerca de la enfermedad y el acceso a los medios oportunos para el ejercicio de los derechos sexuales y reproductivos En el plano social, se constituye la violación sistemática de derechos, como: relaciones de género y normas de conductas sociales sexistas que expone a la adolescente a las infecciones sexualmente transmisibles, al embarazo no deseado y al constreñimiento de su autonomía para tomar decisiones; proceso de estigmatización y discriminación que repercuten en sus contextos sociales; el enfoque superficial sobre la sexualidad en el ambiente escolar, familiar y de salud, enfocado sólo en la necesidad de utilización del preservativo. Uso irregular e inconsistente del preservativo, denotando no consideración de exposición efectiva. En el plano programático, se tiene una atención frágil en la perspectiva de la integralidad para promover la salud sexual y reproductiva, por la carencia y calidad en la provisión de planificación reproductiva. Se concluye que todavía hay mucho que avanzar en el proceso de estructuración de un cuidado integral y humanizado que abarque la dimensión psicosocial de la producción de salud con relación a la acogida del deseo reproductivo y soporte efectivo para su concreción en el contexto de cuidado de las adolescentes/jóvenes que nacieron con VIH. Las contribuciones a la enfermería se refieren en el sentido de subsidiar prácticas innovadoras por medio de intervenciones en salud que se configuren de hecho como cuidado, siendo más adecuadas y eficientes a las demandas sexuales y reproductivas de esas adolescentes/jóvenes.
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O uso de métodos de contracepção/proteção entre jovens de 18 a 24 anos de três capitais brasileiras

Teixeira, Ana Maria Ferreira Borges January 2006 (has links)
Resumo não disponível.
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Vivência da gestação e maternidade por adolescentes/jovens que nasceram infectadas pelo HIV : trajetórias de vida e de cuidado / Experience of pregnancy and maternity by adolescents/young adults who were born infected with HIV : life trajectory and care / Vivencia de la gestación y maternidad por adolescentes/jóvenes que nacieron infectadas por el VIH : trayectorias de vida y de cuidado

Silva, Clarissa Bohrer da January 2018 (has links)
A gestação no contexto do HIV é, geralmente, abordada com a finalidade do controle da transmissão vertical, sendo emergente o conhecimento acerca da vivência dos direitos reprodutivos pelas adolescentes/jovens que nasceram infectadas. Objetivou-se: compreender a vivência da gestação e maternidade por adolescentes/jovens que nasceram infectadas pelo HIV na relação com a trajetória de vida e de cuidado. Trata-se de um estudo qualitativo, realizado em serviço especializado em HIV de Porto Alegre. Participaram 10 adolescentes/jovens, contemplando todas aquelas que respeitavam os critérios de inclusão/exclusão do estudo, por meio de entrevista semiestruturada individual, no período de junho de 2017 a março de 2018. Foi utilizada a análise temática, sendo tais trajetórias analisadas à luz do Quadro da Vulnerabilidade e dos Direitos Humanos. Estudo aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa da UFRGS (Parecer Nº 1.844.848) e do cenário de pesquisa (Parecer Nº 1.912.645). Os resultados apontam que, longitudinalmente, a vivência da gestação e maternidade pode ser elucidada a partir da articulação de processos de construção tanto da exposição como da proteção à gestação não planejada, nas três dimensões de vulnerabilidade, que mutuamente referidos auxiliam na compreensão das trajetórias pessoais em que acontecem os desfechos de saúde, como é o caso das gestações entre o grupo estudado. Evidencia-se que a ocorrência da gestação é, no geral, fortuita, no sentido de não pensada antecipadamente, e não planejada, em sua maioria No plano individual predomina uma trajetória marcada por uma história de transmissão vertical pouco compreendida e aceita, decorrente da postergação de informações no âmbito familiar, social e de saúde que favoreceriam o conhecimento acerca da doença e do acesso aos meios oportunos para o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos. No plano social, constitui-se a violação sistemática de direitos, como: relações de gênero e normas de condutas sociais sexistas que expõe a adolescente às infecções sexualmente transmissíveis, à gravidez indesejada e ao constrangimento de sua autonomia para tomar decisões; processo de estigmatização e discriminação que repercutem nos seus contextos sociais; abordagem superficial acerca da sexualidade no ambiente escolar, familiar e de saúde, focalizado apenas na necessidade de utilização do preservativo. Uso irregular e inconsistente do preservativo, denotando não-consideração de exposição efetiva. No plano programático, tem-se uma atenção frágil na perspectiva da integralidade de modo a promover a saúde sexual e reprodutiva, pela carência e qualidade na provisão de orientações sobre o planejamento reprodutivo, o que é aconselhável no contexto do HIV, devido ao risco materno, do parceiro e infantil. Conclui-se que ainda há muito o que avançar no processo de estruturação de um cuidado integral e humanizado, que abarque a dimensão psicossocial da produção de saúde, com relação ao acolhimento do desejo reprodutivo e suporte efetivo para sua concretização no contexto de cuidado das adolescentes/jovens que nasceram com HIV. As contribuições à enfermagem referem-se no sentido de subsidiar práticas inovadoras por meio de intervenções em saúde que se configurem de fato como cuidado, sendo mais adequadas e eficientes às demandas sexuais e reprodutivas dessas adolescentes/jovens. / Pregnancy in the context of HIV is generally approached to control vertical transmission. There is also the emerging acknowledgment of the experience of reproductive rights by the adolescents/young adults who were born infected. In this sense, the objective was to understand the experience of pregnancy and maternity by adolescents/young adults who were born infected with HIV regarding life trajectory and Care. This is a qualitative study carried out in a specialized HIV service in Porto Alegre. Ten adolescents/young adults participated, considering all those that met the inclusion/exclusion criteria of the study, through an individual semi-structured interview, from June 2017 to March 2018. It was used the thematic analysis, and these trajectories were analyzed considering the Vulnerability and Human Rights Framework. Study approved by the Research Ethics Committees of UFRGS (Report No.1.844. 848) and the research scenario (Report No.1.912.645). The results show that, longitudinally, the pregnancy experience can be elucidated from the articulation of construction processes, both on the exposure and the protection of unplanned pregnancy in the three dimensions of vulnerability, that, when mutually referenced, assist the understanding of the personal trajectories in which the health outcomes occur. It is an evidence that the occurrence of pregnancy is, in general, accidental, in the sense of not been thought in advance, and not planned, in most cases. At the individual level, predominates a trajectory characterized by a history of little understanding and acceptance of vertical transmission, due to failing in orientation in the family, social and health context, which would favor the knowledge about the disease and the access to the appropriate means for sexual and reproductive rights At the social level, there is a systematic violation of rights, such as gender relations and norms of sexist social conduct which expose the adolescent to sexually transmitted infections, unwanted pregnancy and the constraint of their autonomy to make decisions; stigmatization and discrimination that have repercussions in her social contexts; a superficial approach to sexuality in the school, family and health setting, focusing only on the necessity to use condoms. Irregular and inconsistent condom use, denoting no consideration of effective exposure. At the programmatic level, there is a fragile focus in the perspective of integrality in order to promote sexual and reproductive health, due to the lack of orientation and lack of quality in the provision of guidelines on reproductive planning which is advisable in the context of HIV, due to maternal, partner and child risk. It is concluded that there is still a large amount of improvement to be made in the process of structuring a comprehensive and humanized Care, encompassing the psychosocial dimension of health production, regarding the reception of the reproductive desire and effective support for its implementation in the context of adolescent/young adults Care who were born with HIV. The contributions to nursing refer to the idea of supporting innovative practices through health interventions that are actually defined as Care, being more appropriate and efficient to the sexual and reproductive demands of these adolescent/young adults. / La gestación en el contexto del VIH es generalmente abordada con la finalidad del control de la transmisión vertical, siendo emergente el conocimiento acerca de la vivencia de los derechos reproductivos por las adolescentes/jóvenes. Se objetivó: comprender la vivencia de la gestación y maternidad por adolescentes/jóvenes que nacieron infectadas por el VIH en la relación con la trayectoria de vida y de cuidado. Se trata de un estudio cualitativo, realizado en servicio especializado en VIH de Porto Alegre. Participaron 10 adolescentes/jóvenes, contemplando todas aquellas que respeta los criterios de inclusión/exclusión del estudio, por medio de entrevista semiestructurada individual, en el período de junio de 2017 a marzo de 2018. Se utilizó el análisis temático, siendo estas trayectorias analizadas a la luz del Marco de la Vulnerabilidad y de los Derechos Humanos. Estudio aprobado por los Comités de Ética en Investigación de la UFRGS (Nº1.844.848) y del escenario de investigación (Nº1.912.645). Los resultados apuntan que la vivencia de la gestación puede ser elucidada a partir de la articulación de procesos de construcción tanto de la exposición como de la protección a la gestación no planificada, en las tres dimensiones de vulnerabilidad, en que se producen los resultados de salud. Se evidencia que la ocurrencia de la gestación es, en general, fortuita, en el sentido de no pensada por adelantado, y no planificada, en su mayoría. En el plano individual predomina una trayectoria marcada por una historia de transmisión vertical poco comprendida y aceptada, resultante de la postergación de informaciones en el ámbito familiar, social y de salud que favorecer el conocimiento acerca de la enfermedad y el acceso a los medios oportunos para el ejercicio de los derechos sexuales y reproductivos En el plano social, se constituye la violación sistemática de derechos, como: relaciones de género y normas de conductas sociales sexistas que expone a la adolescente a las infecciones sexualmente transmisibles, al embarazo no deseado y al constreñimiento de su autonomía para tomar decisiones; proceso de estigmatización y discriminación que repercuten en sus contextos sociales; el enfoque superficial sobre la sexualidad en el ambiente escolar, familiar y de salud, enfocado sólo en la necesidad de utilización del preservativo. Uso irregular e inconsistente del preservativo, denotando no consideración de exposición efectiva. En el plano programático, se tiene una atención frágil en la perspectiva de la integralidad para promover la salud sexual y reproductiva, por la carencia y calidad en la provisión de planificación reproductiva. Se concluye que todavía hay mucho que avanzar en el proceso de estructuración de un cuidado integral y humanizado que abarque la dimensión psicosocial de la producción de salud con relación a la acogida del deseo reproductivo y soporte efectivo para su concreción en el contexto de cuidado de las adolescentes/jóvenes que nacieron con VIH. Las contribuciones a la enfermería se refieren en el sentido de subsidiar prácticas innovadoras por medio de intervenciones en salud que se configuren de hecho como cuidado, siendo más adecuadas y eficientes a las demandas sexuales y reproductivas de esas adolescentes/jóvenes.
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Compreensões de jovens universitários sobre a violência : sob o olhar da corporeidade, da vulnerabilidade e do cuidado / Comprehensions of young university people about violence : under the gaze of corporeity, vulnerability and care / Comprensiones de jóvenes universitários sobre la violencia : mediante el mirar de La Corporeidad, de la Vulnerabilidad y del cuidado

Zanatta, Elisangela Argenta January 2013 (has links)
Neste estudo, de vertente qualitativa,a pesquisa vincula-se à Linha de pesquisa Cuidado de enfermagem na saúde da mulher, criança, adolescente e família e ao Grupo de Estudos do Cuidado à Saúde nas Etapas da Vida (CEVIDA) do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O objetivo foi entender de que modo a violência é compreendida pelos jovens em seu vivido e as repercussões desse fenômeno em sua corporeidade, na perspectiva da vulnerabilidade; conhecer as vivências que os jovens universitários do Curso de Graduação em Enfermagem possuem e quais suas expectativas enquanto futuros cuidadores frente à violência. Os participantes foram 21 jovens, com idade entre 17 e 23 anos, acadêmicos de enfermagem de uma Universidade localizada em um município do Oeste Catarinense. Para a produção das informações foram utilizadas duas estratégias: construção do Genograma e Ecomapa, componentes do Modelo Calgary de Avaliação da Família de cada jovem e realização de Dinâmicas de Criatividade e Sensibilidade (DCS), preconizadas pelo Método Criativo e Sensível. A Pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul CAAE: 02870012.8.0000.5347. As informações foram interpretadas à luz da hermenêutica proposta por Paul Ricoeur, tendo como suporte os referenciais da vulnerabilidade e da corporeidade e delas emergiram cinco temas: desvelando as compreensões dos jovens sobre a violência a partir do discurso falado e escrito; repercussões da violência na corporeidade do jovem; formação profissional: percepções da violência; processo de cuidado em saúde – situações de violência percebida; expectativas e propostas dos jovens para a construção de uma cultura de paz. Os jovens compreendem que a violência faz parte do seu existir, está presente na família, na escola, nas ruas, nos espaços de lazer, no descaso do poder público, na corrupção. Definem a violência como um obstáculo em seus projetos de felicidade, um fenômeno que abala a sua corporeidade, provocando um vazio e deixando a vida sem cor, modificando seu modo de ser no mundo e na relação com o outro, condição agravada pela naturalização da violência no cenário atual.Na formação profissional reconhecem a violência simbólica, presente nas relações de autoridade entre docentes e discentes, e nas relações conflituosas entre profissionais dos serviços de saúde e acadêmicos. No processo de cuidado identificam, às vezes, a violência nas ações, de alguns profissionais de saúde, manifestada na falta de paciência, na negligencia em cumprir com algumas obrigações e na pouca atenção dispensada ao outro. Entendem que podem ser perpetradores da violência ao negligenciar o cuidado pela falta de habilidade técnica e dificuldade em visualizar o ser humano na sua integralidade. As expectativas dos jovens frente à violência estão relacionadas à possibilidade de realizarem mudanças em suas atitudes, controlando seus sentimentos de raiva, e na ação dos profissionais de saúde, especialmente do enfermeiro, no sentido de ajudar os jovens a serem construtores de uma cultura de paz na relação com o outro e no processo de cuidar em saúde. Acredita-se que a pesquisa revelou elementos importantes aos profissionais de saúde, em especial ao enfermeiro, para pensar a violência que co-habita o existir dos jovens; revelou informações essenciais para entender o jovem como corporeidade, como um ser que pode vivenciar situações de vulnerabilidade à violência nas dimensões individual, social e programática, que precisa ser e sentir-se cuidado pela família, pela sociedade, pelos profissionais de saúde, pelos professores, pois está se construindo enquanto um ser de cuidado; e ofereceu subsídios para repensar a prática do cuidado ao jovem nos diferentes cenário de saúde e educação. / In this study, with qualitative nature, the investigation is linked to the research line ―Nursing care in women‘s, children‘s, adolescent‘s and family‘s health" and to the Study Group of Health Care in the Life Stages (CEVIDA) from the Post-Graduate Program at the Federal University of Rio Grande do Sul. The aim was to understand the way in which the violence is comprehended by young people in their daily lives and the consequences of this phenomenon in their physicality, under the perspective of vulnerability; to know the experiences that the young college students of the Graduate Nursing Course have and what their expectations as future caregivers before the violence. The participants were 21 young people, aged between 17 and 23 years, nursing students from a university located in a municipality of the Western Region of the Santa Catarina State. For the production of information, we have used two strategies: building of the Genogram and of the Ecomap, components of the Calgary Model for Family Assessment of every young subject and conduction of Creativity and Sensibility Dynamics (CSD), recommended by Creative and Sensitive Method. The research was approved by the Research Ethics Committee from the Federal University of Rio Grande do Sul, under CAAE 02870012.8.0000.5347.The data were interpreted in the light of the hermeneutics proposed by Paul Ricoeur, having as support the benchmarks of vulnerability and of physicality. They gave rise to five themes emerged: unveiling the comprehensions of young people about violence from spoken and written speech; consequences of violence in the physicality of young people; professional training: perceptions of violence; health care process – situations of perceived violence; expectations and proposals of young people to build a culture of peace. Young people understand that violence is part of their existence, is present in the family, at school, on the streets, in leisure areas, in the indifference of the public power, in corruption. They define violence as an obstacle to their projects of happiness, i.e., a phenomenon that undermines their physicality, by provoking vacuum and letting life without color, thus modifying their way of being in the world and in their relationships to others, which consists in a condition exacerbated by the naturalization of violence in the current scenario. Regarding professional training, they recognize the symbolic violence present in authority relationships between teachers and students, and in conflicting relationships between health professionals and academic students. As for the care process, they occasionally identify violence in actions of some health professionals, which is manifested in the lack of patience, in the neglect to comply with certain obligations and in the little attention given to other being. They understand that they can be perpetrators of violence by neglecting the care due to the lack of technical skill and difficulty in visualizing the human being in its entirety. The expectations of young people before the violence are related to the possibility of performing changes in their attitudes, by controlling their feelings of angry, and in actions of health professionals, especially from the nursing professional, in order to help young people to become builders of a culture of peace in their relationships to others and in the health care process. It is believed that the investigation has revealed relevant elements to health professionals, especially to the nursing professional, with a view to thinking on the violence that coexists with the existence of young people; it has revealed essential information to understand youth as physicality, as a being that can experience situations of vulnerability to the violence in the individual, social and programmatic dimensions, who needs to be and feel cared by family, society, health professionals and teachers, since it is being built as a being of care; and it has offered subsidies to rethink the practice of care shares towards the young people in the different scenarios of health and education. / En este estudio, de vertiente cualitativa, la investigación se vincula a la línea de investigación ―Atención de enfermería en la salud de la mujer, niño, adolescente y familia‖ y al Grupo de Estudios de Atención a la Salud en las Etapas de la Vida (CEVIDA) del Programa de Postgrado de la Universidad Federal del Rio Grande del Sur. El objetivo fue entender cómo la violencia es entendida por los jóvenes en su vida y las repercusiones de este fenómeno en su corporeidad, en la perspectiva de la vulnerabilidad; conocer las experiencias que los jóvenes universitarios del Curso de Graduación en Enfermería tienen y cuáles son sus expectativas cuanto futuros cuidadores frente a la violencia. Los participantes fueron 21 jóvenes, con edad entre 17 y 23 años, estudiantes de enfermería en una Universidad ubicada en una ciudad del oeste del departamento de Santa Catarina. Para la producción de las informaciones se utilizaron dos estrategias: la construcción del Genograma y Ecomapa, componentes del Modelo Calgary de Evaluación de la Familia de cada joven y la realización de Dinámicas de Creatividad y Sensibilidad (DCS), indicada por el Método Creativo y Sensible. La investigación fue aprobada por el Comité de Ética en Pesquisa de la Universidad Federal del Rio Grande del Sur, CAAE 02870012.8.0000.5347. Las informaciones fueron interpretados a la luz de la hermenéutica propuestas por Paul Ricoeur, teniendo como suporte las referencias de la vulnerabilidad y de la corporeidad y de ellas emergieron cinco temas: develando los entendimientos de los jóvenes sobre la violencia a partir del discurso hablado y escrito; repercusiones de la violencia en la corporalidad del joven; formación profesional: la percepción de la violencia, el proceso de atención en salud – las situaciones de violencia percibidas; expectativas y propuestas de los jóvenes para construir una cultura de paz. Los jóvenes entienden que la violencia hace parte de su existencia, está presente en la familia, en la escuela, en las calles, los espacios de ocio, en el descaso del poder público, en la corrupción. Definen la violencia como un obstáculo en sus proyectos de felicidad, es decir, un fenómeno que sacude a su corporeidad, provocando un vacío y dejando que la vida sin color, modificando su manera de ser en el mundo y en la relación con el otro, condición agravada por la naturalización de la violencia en el escenario actual. En la formación profesional reconocen la violencia simbólica, presente en las relaciones de autoridad entre profesores y alumnos, y en las relaciones conflictivas entre los profesionales de los servicios de salud y académicos. En el proceso de atención identifican, a veces, la violencia en las acciones de algunos profesionales de la salud, que se manifiesta en la falta de paciencia, en la negligencia en cumplir con algunas obligaciones y la poca atención con el otro. Entienden que pueden ser los autores de la violencia al descuidar la atención por la falta de habilidad técnica y la dificultad en la visualización del ser humano en su totalidad. Las expectativas de los jóvenes hacia la violencia están relacionadas con la posibilidad de hacer cambios en sus actitudes, controlando sus sentimientos de ira, y en las acciones de los profesionales de la salud, especialmente los enfermeros, en el sentido de ayudar los jóvenes a ser constructores de una cultura de paz en relación con el otro y en el proceso de cuidar en la salud. Se cree que la investigación reveló elementos importantes de los profesionales de la salud, en especial al enfermero, para pensar la violencia que co-habita la existencia de los jóvenes, reveló informaciones esenciales para entender el joven como corporalidad, como un ser que puede experimentar situaciones vulnerabilidad de violencia en las dimensiones individual, social y programática, que necesita ser y sentirse atendido por la familia, por la sociedad, por los profesionales de la salud, los maestros, pues está construyéndose como un ser de atención; y ofreció subsidios para repensar la práctica de atención al joven en los diferentes escenarios de la salud y educación.
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Incluindo o projeto terapêutico singular na agenda da atenção básica em contexto de vulnerabilidade e não adesão ao tratamento da tuberculose / Including the comprehensive therapeutic projects in the agenda for basic care in a context of vulnerability and nonadherence to treatment for tuberculosis / Inclusión del proyecto terapéutico singular en el rol de la atención básica en contexto de vulnerabilidad y no adhesión al tratamiento de la tuberculosis

Hahn, Giselda Veronice January 2015 (has links)
O estudo teve por objetivo analisar os limites e possibilidades de inclusão do Projeto Terapêutico Singular (PTS) na agenda da Atenção Básica (AB) em contexto de vulnerabilidade e não adesão ao tratamento da tuberculose (TB). Foi realizado estudo de intervenção, com abordagem qualitativa. A investigação ocorreu em dois municípios do interior do Estado do Rio Grande do Sul que possuem doentes cadastrados nos serviços de saúde com histórico de abandono do tratamento da TB. Foram desenvolvidos três PTS por equipes que atuam na AB junto à usuários não aderentes ao tratamento, com vistas a promover a adesão. Também foram coletadas informações com profissionais que atuam em serviços de referência municipal em TB, gestores de serviço de saúde e com análise documental. Os dados foram analisados com base no quadro conceitual da vulnerabilidade proposto por Ayres e colaboradores. A retomada das histórias singulares dos usuários desenvolvida pelas equipes durante a operacionalização dos PTS trouxe à tona o contexto de vulnerabilidade vivido por cada um deles, indicando uma necessária revisão das ações tradicionalmente realizadas, de modo a dar conta dos determinantes sociais dessa vulnerabilidade. A análise revelou que o modo como os profissionais compreendem a problemática da TB, em especial nas situações de não adesão ao tratamento, tem repercussão direta na forma como as ações programáticas são planejadas e executadas e em como a rede de serviços está organizada nos municípios estudados. Essa organização resulta na produção de novas situações de vulnerabilidade, especialmente de vulnerabilidade programática, que se somam às já existentes. O modus operandi da AB, ainda fortemente marcado pelo modelo biomédico, aliado às deficiências na infraestrutura dos serviços, à falta de interlocução entre eles e à precariedade das ações de referência e contra referência foram entraves importantes ao pleno desenvolvimento dos PTS. Conclui-se que, em função da atual conjuntura de atenção e gestão dos serviços de saúde dos municípios estudados, fica difícil dar conta das singularidades dos usuários com TB não aderentes ao tratamento. Isto implicou na continuidade da não adesão ao tratamento da TB dos usuários acompanhados pelos PTS. A abordagem participativa da pesquisa possibilitou aos profissionais que acompanharam os PTS a análise crítica sobre sua atuação no contexto estudado, o que, espera-se, pode repercutir positivamente na proposição de novos modos de atender as necessidades singulares dos usuários com TB não aderentes ao tratamento. / The study aimed to analyse the limits and possibilities of including the Comprehensive Therapeutic Project (CTP) in the agenda of Primary Care (PC) in the context of vulnerability and non-adherence to the treatment of tuberculosis (TB). An intervention study was carried out, with a qualitative approach. The investigation was conducted in two cities hinterland of the state of Rio Grande do Sul, which have users registered in health services with a record of quitting the TB treatment. Three CTPs were developed by teams that work with non-adherent treatment patients in PC, regarding the promotion of adherence. Information was also provided by professionals from municipal reference services in TB, by health service managers and from document review. Data was analysed on the basis of the conceptual framework of vulnerability proposed by Ayres et al.. The resumption of patients´ singular records as conducted by the teams throughout the development of CTPs highlighted the context of vulnerability experienced by each patient, indicating the need to review actions that are traditionally carried out, in order to deal with the social determinants of this vulnerability. The analysis revealed that the way by which professionals understand the problem of TB, especially in those non-adherent treatment situations, has a direct impact on how programmatic actions are planned and executed, and on how the network of services is structured in the studied cities. The way such services are organized results in the production of new situations of vulnerability, especially those of a programmatic kind, which add on to already existing ones. The modus operandi of PC, still strongly marked by the biomedical model, associated with deficiencies in services´ infrastructure, lack of dialogue between them, and the precariousness of reference and counter reference actions were significant obstacles to the CTPs´ development. One concludes that the current situation of the services in the studied cities regarding management and health care practices makes it difficult to meet non-adherent TB patients´ singularities. This resulted in the continuation of CTP patients’ non-adherence to the TB treatment. The participatory research approach allowed CTP professionals to develop a critical analysis of their role in the studied context, which may, hopefully, impact positively in the proposal of new ways to meet the unique needs of patients non-adherent to TB treatment. / El estudio ha tenido como objetivo analizar los límites y posibilidades de inclusión del Proyecto Terapéutico Singular (PTS) en la agenda de Atención Primaria (AP) en contexto de vulnerabilidad y no adhesión al tratamiento de tuberculosis (TB). Se ha realizado estudio de intervención, con abordaje cualitativo. La investigación ha ocurrido en dos municipios del interior del Rio Grande do Sul que poseen enfermos en la lista de los servicios de salud con historia de abandono del tratamiento de la TB. Se han desarrollado tres PTS por equipos que actúan en la AP junto a usuarios que no adhieren al tratamiento, con el objetivo de que lo hagan. También se han recolectado informaciones con profesionales que actúan en servicios de referencia municipal en TB, con gestores de servicios de salud y con análisis documental. Los datos se analizaron basándose en el cuadro conceptual de la vulnerabilidad propuesto por Ayres y sus colaboradores. La reanudación de las historias singulares de los usuarios desarrollada por los equipos durante la instrumentalización de los PTS ha mostrado el contexto de vulnerabilidad vivido por cada uno de ellos, indicando un repaso necesario de las acciones tradicionalmente realizadas, de manera a dar cuenta de los determinantes sociales de esa vulnerabilidad. El análisis ha revelado que el modo como los profesionales comprenden la problemática de la TB, en especial las situaciones de no adhesión al tratamiento, tiene repercusión directa en la forma como acciones programáticas son planificadas y ejecutadas y en como la red de servicios está organizada en los municipios estudiados. Esa organización resulta de la producción de nuevas y significativas situaciones de vulnerabilidad, especialmente la vulnerabilidad programática, la cuales se suman a las ya existentes. El modus operandi de la AP, aún fuertemente marcado por el modelo biomédico, aliado a las deficiencias en la infraestructura de los servicios, a la falta de interlocución entre ellos y a la precariedad de acciones de referencia y contra referencia han sido trabas importantes al pleno desarrollo de los PTS. Se concluye que, ante la actual coyuntura de atención y gestión de los servicios de salud de los municipios estudiados, resulta difícil dar cuenta de las singularidades de los usuarios con TB que no adhieren al tratamiento. Eso ha implicado la continuidad de no adhesión al tratamiento de la TB por parte de los usuarios acompañados por los PTS. El abordaje participativo de la investigación ha posibilitado a los profesionales que acompañaron los PTS un análisis crítico sobre su actuación en el contexto estudiado, lo que, se espera, pueda repercutir positivamente en la proposición de nuevos modos de atender a las necesidades singulares de los usuarios con TB no adherentes al tratamiento.
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Vulnerabilidade dos participantes de pesquisa: significados das relações entre participantes e pesquisadores / Vulnerability of research participants: the meanings between participants and researchers

Oliveira, Luciana Alves de 06 July 2018 (has links)
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This was a qualitative approach of an ethnomethodology research based on Foucault's theoretical framework. Semi-structured interviews were conducted with 15 patients and 15 health professionals at a public hospital in Goiânia-GO. Three categories emerged from the interviews: "Changed lives", "Professional training" and "The ideal place". The results evidenced the tendency of the participants to understand the research as something positive that will bring important contributions for treatment, allowing the hope of the cure. The participants recognized the hospital as the ideal place to seek healing. However there were situations of weaknesses, such as the health care system itself and the communication between health professionals and patients. This suggests that the power existing in these relations still reiterates the maintenance of hierarchy and fragilities, affecting the exercise of autonomy by the patient. Thus, the speeches expressed and showed how power is established in that place, as well as the communication itself. Even not all participants perceived the weaknesses present in the research field, which amplifies the dimensions of the vulnerabilities. It is possible to conclude that the senses of vulnerability in this context cover the changes in the lives of those patients-participants, the process of training of the professionals and, also, the experience of the routines in that hospital considered reference for the treatment. / A vulnerabilidade em pesquisas envolvendo humanos compreende a redução ou impedimento da capacidade de autodeterminação do indivíduo. Vários fatores podem influenciar o estado e/ou a condição de vulnerabilidade. Regulamentações e consensosinternacionais sobre ética em pesquisa vigentes não são suficientes para garantir o respeito aos participantes de pesquisa e nem impedir malefícios decorrentes de pesquisas. Pesquisas em hospitais apresentam peculiaridades inerentes ao processo saúde-doença. Objetivos: identificar as situações de vulnerabilidade do paciente/participante de pesquisa presentes na realização de pesquisas concomitantemente ao tratamento em um hospital de Goiânia-GO; e analisar os sentidos de vulnerabilidade atribuídos pelos atores envolvidos no contexto do desenvolvimento de pesquisas em um hospital de Goiânia-GO. Estudo de abordagem qualitativa do tipo etnometodologia adotando o significado como conceito central da investigação. Algumas análises foram fundamentadas no pensamento de Foucault. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 15 pacientes e 15 profissionais de saúde de um hospital da rede pública de saúde de Goiânia-GO. Três categorias emergiram das entrevistas realizadas: “Vidas alteradas”, “Formação profissional” e “O local ideal”. Os resultados evidenciaram a tendência dos participantes em vislumbrar a pesquisa como algo positivo que trará importantes contribuições no tratamento, permitindo esperança da cura. Os participantes reconheceram o hospital como o local ideal para buscar a cura. Todavia, nele estavam presentes situações de fragilidades, como o próprio sistema de atendimento à saúde e a comunicação entre profissionais de saúde e pacientes. Isto sugere que o poder existente nessas relações ainda reitera a manutenção da hierarquia e fragilidades, afetando o exercício da autonomia pelo paciente. Assim, os discursos expressaram e evidenciaram como o poder se estabelece naquele local, bem como a própria comunicação. Nem todos os participantes percebem as fragilidades que entrelaçam o cenário da pesquisa, o que amplia as dimensões das vulnerabilidades presentes. Concluímos que os sentidos de vulnerabilidade nesse contexto abrangem as modificações nas vidas daqueles pacientes, o processo de formação dos profissionais e, ainda, a vivência das rotinas naquele hospital considerado referência para o tratamento.

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