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O uso do escore de cálcio, ultrassom de carótidas e teste ergométrico no rastreamento da doença arterial coronária em portadores de diabetes mellitus tipo 2 / The use of coronary artery calcium score, carotid ultrasound and exercise treadmill test in the screening of coronary artery disease in patients with type 2 diabetes mellitus

Rassi, Carlos Henrique Reis Esselin 18 June 2019 (has links)
Introdução: nos últimos anos, foi observado um aumento significativo da incidência do diabetes e, consequentemente, o aumento de sua prevalência. As doenças cardiovasculares, sobretudo o infarto agudo do miocárdio (IAM) e o acidente vascular cerebral (AVC), são as principais responsáveis pela mortalidade nesses pacientes, sendo, muitas vezes, a primeira manifestação da doença. A ruptura da placa aterosclerótica coronariana é o mecanismo fisiopatológico de dois em cada três casos de IAM, e as características dessas placas já foram objeto de diversos estudos no campo da angiotomografia computadorizada das artérias coronárias (CCTA). Objetivo: avaliar a frequência de doença arterial coronariana e as principais características clínicas, laboratoriais, funcionais e anatômicas dos exames complementares em diabéticos tipo 2 (DM2) sem queixas cardiovasculares. Métodos: foram incluídos 98 pacientes diabéticos do tipo 2, avaliados entre junho de 2011 a janeiro de 2013, com idades entre 40 e 65 anos, cuja duração do diabetes tenha sido inferior a 10 anos, para serem submetidos às avaliações clínica e laboratorial, ao teste ergométrico, à ultrassonografia (USG) com Doppler de carótidas e vertebrais e à CCTA. Resultados: dos 98 pacientes, 44% (n = 43) apresentaram doença arterial coronária (DAC) na CCTA e 38 (39%), escore de cálcio coronário (CAC) maior do que zero. Além disso, 16 indivíduos apresentaram doença arterial coronariana significativa (obstrução luminal maior do que 50%), incluindo três com escore de cálcio coronário igual a zero. Pacientes com placas ateroscleróticas nas artérias coronárias apresentaram uma incidência maior de placas ateroscleróticas nas carótidas (58% x 38%, p = 0,01). Dos 55 pacientes com CCTA normal, 18 tinham placas nas carótidas. Dos 98 pacientes do estudo, oito pacientes tiveram o teste ergométrico positivo para isquemia miocárdica, e desses, cinco tinham estenose maior que 50%, dois tinham estenose menor que 50% e um não tinha aterosclerose coronariana. Conclusão: o paciente diabético sem sintomas cardiovasculares apresenta uma elevada frequência de doença arterial coronariana. O escore de cálcio coronário é, entre os testes estudados e em comparação com a CCTA, aquele que possui a maior sensibilidade e especificidade para predizer a DAC / Introduction: in the last years, there has been a significant increase in the incidence of diabetes and, thus, an increase in its prevalence. Cardiovascular diseases, especially acute myocardial infarction (AMI) and cerebrovascular accident (CVA), are the main causes of death in these patients, often being the first manifestation of the disease. Coronary atherosclerotic plaque rupture is the pathophysiological mechanism of two out of three cases of AMI and the characteristics of these plaques have already been the subject of several studies in the field of coronary computed tomography angiography (CCTA). Objective: to evaluate the frequency of coronary artery disease and the main clinical, laboratory, functional and anatomical characteristics of the complementary exams in type 2 diabetics without cardiovascular symptoms. Methods: we enrolled 98 type 2 diabetic patients, evaluated between June 2011 and January 2013, aged 40-65 years, duration of diabetes less than 10 years, submitted to clinical evaluation, laboratorial test, exercise treadmill test, Doppler ultrasonography of the carotid and vertebral arteries and CCTA. Results: out of the 98 patients, 44% (n = 43) had coronary artery disease (CAD) in CCTA, and 38 (39%) had a coronary artery calcium (CAC) score greater than zero. In addition, 16 subjects had significant coronary artery disease (luminal obstruction greater than 50%), including three with coronary artery calcium scores equal to zero. Patients with atherosclerotic plaques in the coronary arteries had a higher incidence of atherosclerotic plaques in the carotid arteries (58% x 38%, p = 0.01). From the 55 patients with normal CCTA, 18 had plaques in the carotid arteries. Out of the 98 patients, eight had a positive exercise treadmill test for myocardial ischemia, of whom five had stenosis greater than 50%, two had stenosis less than 50% and one had no coronary atherosclerosis. Conclusion: the diabetic patient without cardiovascular symptoms presents a high frequency of coronary artery disease. The coronary artery calcium score is, among the tests studied and in comparison to CCTA, the one that has the highest sensitivity and specificity to predict CAD
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Cirurgia torácica vídeo-assistida para a ablação da fibrilação atrial por radiofreqüência bipolar: exeqüibilidade, segurança e resultados iniciais / Video-assisted thoracic surgery for atrial fibrillation ablation using bipolar radiofrequency: Feasibility, Safety and initial results

Colafranceschi, Alexandre Siciliano 06 October 2008 (has links)
INTRODUÇÃO: A prevalência da fibrilação atrial, os gastos com o sistema de saúde e a elevada morbidade e mortalidade associados a ela, têm justificado a procura por um melhor entendimento de suas bases fisiopatológicas e por novas abordagens terapêuticas. O objetivo deste manuscrito é avaliar a exeqüibilidade, a segurança e os resultados em três meses da cirurgia vídeo-assistida para a ablação da fibrilação atrial com radiofreqüência bipolar. MÉTODOS: Dez pacientes (90% homens) com fibrilação atrial sintomática e refratária à terapia medicamentosa foram submetidos ao procedimento cirúrgico proposto no Instituto Nacional de Cardiologia, Rio de Janeiro, no período de Maio 2007 a Maio de 2008. Foram analisadas variáveis de peri e pós-operatório. Além da avaliação clínica dos sintomas, todos os pacientes foram submetidos a um ecocardiograma e Holter de 24horas antes e três meses após a cirurgia. Realizou-se também uma angiotomografia de veias pulmonares no terceiro mês de seguimento pós-operatório. RESULTADOS: O procedimento foi realizado conforme planejado em todos os pacientes. Cem por cento das veias pulmonares direitas e 90% das esquerdas tiveram o isolamento elétrico confirmado. Não houve lesão iatrogênica de estruturas intra-torácicas ou óbitos. Dois pacientes apresentaram pneumonia pós-operatória e longo tempo de permanência hospitalar no início da experiência clínica. Nove dos dez pacientes saíram do centro cirúrgico em ritmo sinusal. Houve uma recorrência da fibrilação atrial em três meses (11,1%). No total, 80% dos pacientes estão livres de fibrilação atrial em três meses. Houve melhora significativa da função diastólica avaliada ecocardiograficamente pela relação E/E após a cirurgia (9,0 ± 2,23 para 7,7 ± 1,07; p=0,042) que se associa a uma melhora dos sintomas de insuficiência cardíaca classe funcional da New York Heart Association (2,4 ± 0,5 para 1,6 ± 0,7; p=0,011). Não houve evidência de estenose de veias pulmonares à angiotomografia nesta série. CONCLUSÃO: A cirurgia torácica vídeo-assistida para o tratamento da fibrilação atrial é exeqüível e segura mas a incorporação desta nova técnica à prática clínica requer uma curva de aprendizado da equipe envolvida. A melhora dos sintomas de insuficiência cardíaca está relacionada à melhora da função diastólica do ventrículo esquerdo / BACKGROUND: Atrial fibrillation prevalence, its health system cost and the high morbidity and mortality associated with it have justified the search for a better understanding of its pathophysiology and new therapeutic management. The objective of this study was to assess the feasibility, the safety and the three months results of the video-assisted thoracoscopic surgery for the ablation of atrial fibrillation using bipolar radiofrequency. METHODS: Ten patients (90% male) with symptomatic and refractory atrial fibrillation underwent the proposed surgical procedure at the National Institute of Cardiology, Rio de Janeiro, Brazil, from May 2007 to May 2008. Peri and post-operative data were collected for analysis. Besides clinical evaluation, all patients have been submitted to an echocardiogram and a 24h Holter monitoring before and three months after the procedure. A pulmonary veins angiotomography was also performed three months after surgery. RESULTS: The surgical procedure was done as planned in all patients and 100% of the right pulmonary veins were isolated. Ninety per cent of the left pulmonary veins were confirmed to be electrically isolated. There was no surgical injury to any intra thoracic organ or death in this series. Two patients had post-operative pneumonia that required prolonged in hospital stay early in the experience. Nine of ten patients were in sinus rhythm just after surgery. There was one recurrence of atrial fibrillation within the three months follow up (11,1%). In general, eighty per cent (80%) of the patients are free of atrial fibrillation three months after surgery. There was a significant improvement in diastolic function measured by the relation E/E on the echocardiogram before and after the procedure (9,0 ± 2,23 to 7,7 ± 1,07; p=0,042). This was associated to an improvement of heart failure symptoms of New York Heart Association (2,4 ± 0,5 to 1,6 ± 0,7; p=0,011). There was no pulmonary vein stenosis in this cohort. CONCLUSIONS: Video-assisted thoracoscopic surgery for the treatment of atrial fibrillation is feasible and safe although it requires a learning curve to incorporate this new technique to clinical practice. The improvement on heart failure symptoms is associated to an improvement on diastolic left ventricular function
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Cintilografia do miocárdio com tecnécio 99m-MIBI associada à administração de adenosina em portadores de doença arterial coronária: implicações para a tomada de decisão / Adenosine myocardial perfusion SPECT with Tc- 99m - MIBI in patients with obstructive coronary artery disease: implications for making clinical decisions

Mastrocolla, Luiz Eduardo 25 November 2003 (has links)
A cintilografia do miocárdio com radioisótopos e associada à administração de vasodilatadores coronários, é método estabelecido para o diagnóstico e estratificação de risco da coronariopatia aterosclerótica obstrutiva, utilizando a angiografia coronária como padrão. As capacidades diagnóstica e prognóstica ótimas são habitualmente obtidas na presença de lesões graves, sendo que para para graus menores de obstrução, de caracterização mais difícil pela própria angiografia coronária, observa-se menor acurácia da prova cintilográfica. Para testar a hipótese de que a cintilografia com adenosina correlaciona-se com os diâmetros e áreas da luz arterial, estabelecidos pela angiografia coronária quantitativa (ACQ) e o ultra-som intracoronário (UIC), avaliando a repercussão funcional das lesões, optamos por avaliar o método em portadores de doença arterial coronária caracterizada como de difícil manejo dentro do processo de decisão clínica. Desta forma, submetemos 70 pacientes (P) consecutivos à cintilografia do miocárdio com 99mTc-MIBI associada à injeção de adenosina, com média de idades de 60,6 anos, sendo 55,7% do sexo masculino, excluindo-se aqueles com angina instável, infarto do miocárdio de evolução recente, bloqueio do ramo esquerdo e outras condições inerentes à realização da prova farmacológica. Estabelecemos como objetivos: 1) a associação dos resultados da prova com as variáveis obtidas da ACQ e UIC; 2) a determinação da acurácia da prova, definida em relação a valores de estenose porcentual do diâmetro da luz, iguais a 50% e obtidos à análise visual da angiografia (%E) e ACQ (%Est); do diâmetro mínimo da luz (DML) e da área mínima da luz (AML) no local de maior estreitamento, iguais a 1,5 mm e 4 mm2 respectivamente, obtidos à ACQ e ao UIC; e da área porcentual de obstrução (AO%), igual a 70%, ao UIC; 3) avaliar a segurança do método pela análise das respostas clínicas, hemodinâmicas e eletrocardiográficas (ECG) ao estímulo farmacológico. A angiografia de admissão evidenciou 105 lesões obstrutivas nos 70 P, com doença em um, dois e três ou mais vasos em 43 P (61,4%), 20 P (28,6%) e 7 P (10%) respectivamente, e envolvimento predominante da artéria descendente anterior. As médias dos valores de %E foram de 49,94% (DP 12,69) e de %Est de 44,20% (DP 10,37), com boa correlação entre os dois métodos (r=0,79). Os resultados da cintilografia foram expressos como variáveis dicotômicas, definindo provas normais e alteradas ou normais e isquêmicas, sendo então associados às médias das variáveis da angiografia e do UIC. Os achados de qualquer alteração da captação às imagens cintilográficas, de hipocaptação sugestiva de isquemia e de alterações do espessamento correlacionaram-se à maior AO% ao UIC. Adicionalmente, as respostas clínicas, do ECG e o resultado das imagens de perfusão foram considerados em conjunto, criando-se uma variável dicotômica para, da mesma forma, traduzir provas normais e alteradas ou isquêmicas. A presença de isquemia, avaliada pela análise global da prova, associou-se a menores DML e AML à ACQ e ao UIC: DML isquêmico x normal pela ACQ= 1,49 mm (DP 0,34) x 1,71 mm, (DP 0,49), p < 0,05; DML isquêmico x normal pelo UIC= 1,63 mm (DP 0,38) x 1,97 mm (DP 0,50), p < 0,05; AML isquêmica x normal pela ACQ= 3,74 mm2 (DP 1,78) x 5,00 mm2 (DP 2,65), p<0,05; e AML isquêmica x normal pelo UIC= 2,74 mm2 (DP 1,38) x 4,01 mm2 (DP 1,79), p < 0,05). A acurácia da prova, expressa pela sensibilidade (S), especificidade (E), valores preditivos positivo (VPP) e negativo (VPN) foi calculada em relação aos valores de corte estabelecidos das variáveis quantitativas. As respostas do ECG, discriminantes em relação à E%, mostraram S=37% e E=77%. As alterações da captação consideradas isquêmicas e associadas à AO% ao UIC evidenciaram S=75%; E=64%; VPP=43% e VPN=88%. Os resultados globais da prova que se mostraram discriminantes, apresentaram os seguintes índices: Método Variável S (%) E (%) VPP (%) VPN (%) ACQ DML 78 44 51 73 ACQ AML 71 43 65 50 UIC DML 93 39 50 90 UIC AML 83 56 86 50 Conclusões: Para a população estudada, a cintilografia com 99mTc-MIBI e injeção de adenosina correlaciona-se à AO% ao UIC, considerando-se as imagens de perfusão e de espessamento ventricular. Na avaliação dos resultados globais, caracterizados a partir da adição dos dados do ECG e das manifestações clínicas durante a injeção de adenosina às imagens, observa-se associação com os diâmetros e as áreas da luz nos locais de maior obstrução, obtidos à ACQ e ao UIC. Adicionalmente, pela análise das respostas clínicas, ECG e hemodinâmicas, o método mostrou-se seguro e factível / Radionuclide myocardial perfusion imaging (MPI) with 99mTechnetium - MIBI in combination with pharmacological vasodilation is used to detect ischemia and for the risk stratification of obstructive coronary artery disease (CAD), employing coronary angiography as gold standard. The best accuracy is found in presence of high-grade coronary stenosis, limited when less severity is seen. To test the hyphotesis that adenosine SPECT MPI correlates with coronary lesion lumen diameter and area dimensions by quantitative coronary angiography (QCA) and intravascular ultrasound (IVUS), evaluating the functional significance of coronary stenosis, we intent to test the method in patients (P) with known coronary disease. Seventy consecutive P (55,7% male, mean age 60,6) were referred to adenosine SPECT 99mTc-MIBI. Were excluded those one with unstable angina, recent myocardial infarction, left bundle branch block, and any other conditions that makes the pharmacological stress impossible. The objectives were: 1) to establish the association between the clinical, EKG and scintigraphic findings with the QCA and IVUS variables; 2) to determine the accuracy of the test, based upon defined discriminant values of 50% luminal diameter narrowing by visual analysis of coronary angiography and QCA; minimum luminal diameter (MLD) and minimum luminal area (MLA) of 1,5 mm and 4 mm2 respectively, derived from QCA and IVUS and luminal percent area stenosis (AS%) of 70% by IVUS; 3) to determine the safety and feasibility of the method, throughout clinical, hemodinamic and electrocardiographic (EKG) responses to pharmacological vasodilation. The coronary angiography revealed 105 native artery lesions in 70 P, with one, two and multivessel disease in 43 p (61,4%), 20 p (28,6%) and 7 p (10%) respectively. Left anterior descending artery disease was present in 58%, 70% and 86% of the patients, respectively. Mean percent diameter stenosis values were 49,94% (SD 12,69) by visual analysis of angiography and 44,20% (SD 10,37) by QCA. Myocardial scintigraphy findings were defined as dicotomic variables categorized as normal x abnormal uptake or normal x reversible uptake; these findings were associated with visual, QCA and IVUS variables through mean comparison (t test). Chest pain during adenosine infusion was not related with greater stenosis severity, but ischemic EKG abnormalities were associated with different mean values when percent diameter stenosis derived from visual analysis was compared (p < 0,05). Therefore, any myocardial uptake abnormality, reversible uptake or any tickening abnormalities were correlated with AS% by IVUS (p< 0,05). Finally, the clinical, electrocardiographic and scintigraphic findings were considered together and categorized into global abnormal x normal response or global ischemic x normal response. Global ischemic response was associated to smaller mean values of MLD and MLA by QCA and IVUS: ischemic x normal MLD by QCA = 1,49 ± 0,34 mm x 1,71 ± 0,49 mm, p< 0,05; ischemic x normal MLD by IVUS = 1,63 ± 0,38 mm x 1,97 ± 0,50 mm, p<0,05; ischemic x normal MLA by QCA = 3,74 ± 1,78 mm2 x 5,00 ± 2,65 mm2, p<0,05; and ischemic x normal MLA by IVUS = 2,74 ± 1,38 mm2 x 4,01 ± 1,79 mm2, p<0,05). Sensitivity (S), Specificity (Sp), Predictive positive (PPV) and negative values (PNV) were calculated based upon discriminate values from visual, QCA and IVUS. The EKG response, related to percent diameter luminal stenosis by visual analysis of angiography showed S=37% and Sp=77%. Reversible uptake had S=75%; Sp=64%; PPV=43% and PNV=88%. The global ischemic findings that were discriminant are described bellow: Method Variable S (%) Sp (%) PPV (%) PNV (%) QCA DML 78 44 51 73 QCA AML 71 43 65 50 IVUS DML 93 39 50 90 IVUS AML 83 56 86 50 Considering the studied population with known coronary artery disease, perfusion and thickening adenosine SPECT results are associated with AS% by IVUS. When Clinical, EKG and scintigraphic findings are considered together as a dicotomic variable (ischemia x normal), correlation is observed between MLD and MLA by QCA and IVUS. Also, the method is considered feasible and safe, when clinical, hemodinamic and EKG abnormalities are evaluated
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Análise morfológica e funcional ocular de pacientes com doença de Vogt-Koyanagi-Harada no estágio tardio / Structural and functional ocular analysis of patients with late-stage Vogt-Koyanagi-Harada disease

Silva, Felipe Theodoro Bezerra Gaspar Carvalho da 22 August 2011 (has links)
OBJETIVO: Caracterizar morfologicamente e funcionalmente as alterações observadas no fundo de olho de pacientes com a doença de Vogt-Koyanagi- Harada (VKH) no estágio tardio. MÉTODOS: Estudo prospectivo, transversal, com inclusão de 36 pacientes com diagnóstico de doença de VKH no estágio tardio (definido como 6 meses ou mais após o início da doença) após obtenção do termo de consentimento livre e esclarecido. Fundo de olho (retinografia, RG) foi estratificado baseado em alterações difusas e focais assim como a função global da retina (eletroretinograma campo total, ERGct) segundo o método matemático de aglomeração (cluster). A concordância entre os dois métodos de estratificação foi estimada pelo teste kappa. Atividade clínica foi correlacionada com alterações indicativas de atividade de coróide pela angiografia com indocianina verde (AICV) (teste exato de Fisher). Alterações na integridade dos segmentos interno e externo de fotorreceptores (IS/OS) avaliada pela tomografia de coerência óptica espectral (OCT espectral) foram correlacionadas com a função macular (eletroretinograma multifocal, ERGmf) e acuidade visual (AV) (teste de Mann-Whitney). RESULTADOS: Houve concordância substancial entre os observadores em relação ao sistema analítico para estratificação fundoscópica proposto (kappa=0,78; intervalo de confiança 95%(IC95%)=0,63-0,93). Este sistema analítico também se correlacionou de maneira substancial com os achados do ERGct (kappa=0,68; IC 95% 0,52-1,07). Na avaliação com AICV, a proporção dos olhos com resultados compatíveis com atividade subclínica de coróide foi maior em pacientes com doença fundoscópica leve (12/13 olhos) se comparados exclusivamente com aqueles portadores de doença fundoscópica grave (11/19 olhos) (p=0,049). Os pacientes estratificados de acordo com as características fundoscópicas não diferiram de maneira substancial quanto aos aspectos clínicos. Atividade subclínica de coróide detectada pela AICV foi observada em 36 dos 51 olhos (72%). Atividade clínica (células na câmara anterior) foi observada em 21 dos 51 olhos (41%). Destes 76% (16/21) demonstravam sinais de atividade de coróide, ao passo que 5 de 21 olhos (24%) não os apresentavam. Dos pacientes com atividade clínica de doença e com AICV negativa, a maioria tinha doença grave (4/5 olhos) e nenhum tinha doença leve pela classificação fundoscópica. Quanto à função macular, as amplitudes e latências das ondas N1 e P1 diferiram dos controles (p<0,01). A junção IS/OS macular estava alterada em 17 de 42 olhos (40%) dos olhos. A AV foi diferente entre grupos estratificados de acordo com os resultados do ERGmf ( leve= 0,0 [20/20] e grave = 0,2 [20/32]; p<0,05) assim como entre os grupos estratificados pelo OCT espectral (IS/OS+ = 0,0 [20/20] e IS/OS-= 0,7 [20/100]; p<0,05). O grau de concordância entre estas estratégias foi baixo (K=0,17). CONCLUSÕES: O sistema analítico para achados fundoscópicos proposto teve alta reprodutibilidade e correlacionou-se com medidas objetivas de função retiniana (ERGct). A gravidade de doença estimada segundo a estratégia fundoscópica influencia a interpretação da AICV, sendo que pacientes com achados leves tendem a ter maior prevalência de atividade subclínica detectada pela AICV assim como pacientes graves apresentaram exame angiográfico negativo mesmo na vigência de atividade de segmento anterior. Os grupos estabelecidos com as estratégias funcional (ERGmf) e morfológica (OCT espectral) de análise macular diferiram significativamente em termos de acuidade visual, sendo que o ERGmf discerniu grupos com acuidades semelhantes. A concordância entre as duas técnicas de análise macular foi baixa devido à maior sensibilidade do ERGmf em detectar alterações. Estes dados sugerem que o dano funcional pode preceder e/ou ocorrer na ausência de alterações maculares detectáveis com o OCT espectral em pacientes no estágio tardio da doença de VKH / OBJECTIVES: To characterize the structural and functional derangements observed in eyes of patients with late-stage Vogt-Koyanagi-Harada (VKH) disease. METHODS: Cross sectional, prospective study including 36 patients diagnosed with late-stage VKH disease (defined as more than 6 months from disease`s onset) after obtainment of informed consent. Fundoscopy (retinography, RG) was stratified based on diffuse and focal findings as well as according to global retinal function (full-field electroretinogram, ffERG) applying cluster method of aggregation. The concordance between the two methods of stratification was estimated with the kappa test. Clinical disease activity was correlated with findings suggestive of subclinical choroidal activity on indocyanine green angiography (ICGA) (Fisher`s exact test). Disruption of photoreceptors inner and outer segments\' junction (IS/OS) evaluated using spectral optical coherence tomography (spectral OCT) was correlated with macular function (multifocal electroretinogram, mfERG) and best corrected visual acuity (BCVA)(Mann- Whitney test). RESULTS: Substantial interobserver concordance was detected with regard to the analytic system for fundus findings proposed (kappa=0.78; confidence interval 95%(CI95%); 0.63-0.93). This system also showed substantial correlation with ffERG findings (kappa=0.68; CI 95%; 0.52-1.07). Upon ICGA investigation, the proportion of eyes presenting signs of disease activity on ICGA was significantly greater among mild fundus cases (12/13) when compared exclusively with those presenting severe fundus disease (11/19) (p=0.049). The different severity categories based on fundoscopic evaluation did not differ in terms of clinical characteristics. Subclinical choroidal activity was observed in 36 of 51 eyes analyzed (72%). Clinical disease activity (cells in the anterior chamber) was observed in 21 of 51 eyes (41%). Most patients with clinical activity and negative ICGA examination (4/5) had severe disease and none had mild disease according to fundoscopic stratification. On macular evaluation, patients\' amplitudes and latencies of N1 and P1 waves differed from controls (p<0.01). Macular IS/OS junction was altered in 17 out of 42 eyes (40%). BCVA differed significantly between groups stratified according to both, mfERG (mild = 0.0 [20/20] and severe = 0.2 [20/32]; p<0.05) as well as spectral OCT (IS/OS+ = 0.0 [20/20] and IS/OS-= 0.7 [20/100]; p<0.05) assessment techniques. Concordance between these strategies of macular assessment was weak (K=0.17). CONCLUSIONS: The analytic system for fundus findings proposed herein demonstrated high reproducibility and substantial interobserver concordance with objective measures of retinal compromise (ffERG). The severity grading proposed influenced the interpretation of ICGA, as patients with mild disease had a greater proportion of positive findings while patients with severe disease presented negative ICGA in spite of anterior segment activity. Groups established according to both functional (mfERG) and morphological (spectral OCT) macular analysis strategies differed in terms of BCVA, although the mfERG distinguished groups with similar BCVA. The low concordance between the two strategies detected is attributable to the greater sensibility of the mfERG to detect alterations. These findings suggest that functional derangements may precede and/or occur in absence of alterations detectable with the spectral OCT in patients with late-stage VKH disease.
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Efeito dos novos antiagregantes plaquetários prasugrel e ticagrelor administrados upstream sobre os achados angiográficos da angioplastia primária / Effect of new antiplatelet prasugrel and ticagrelor upstream therapy, on angiographic results of primary percutaneous coronary intervention

Mont\'Alverne Filho, José Ronaldo 03 August 2015 (has links)
Introdução. A dupla antiagregação plaquetária traz benefícios no tratamento do infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMSST). Há variabilidade intra e interindividual no uso do clopidogrel e isso influencia no benefício do seu uso nesse grupo de pacientes. O objetivo desta pesquisa foi avaliar os efeitos de novo antiagregantes plaquetários (prasugrel e ticagrelor) administrados na sala de emergência (\"upstream\") sobre o resultado angiográfico da angioplastia primária, levando em conta o fluxo coronariano TIMI, o blush miocárdico e a carga de trombo. Métodos. Foi realizado um ensaio clínico, randomizado, cego, com 131 pacientes admitidos com IAMSST. Todos os pacientes receberam ácido acetilsalicílico (AAS). Os pacientes foram randomizados para receber clopidogrel (n=44), prasugrel (n=41) ou ticagrelor (n=46) como dose de ataque ainda na emergência. Todos os pacientes foram submetidos a aspiração manual de trombos. Ao término do procedimento, o resultado angiográfico foi avaliado quanto ao fluxo TIMI, o blush miocárdico e a carga de trombo. Resultados. O fluxo coronariano TIMI >= 1 antes do procedimento foi observado mais frequentemente com o uso de ticagrelor (n = 10, 21,7%) do que com o clopidogrel (n = 1, 2,3%) e prasugrel (n = 5, 12,2%; p = 0,019). O fluxo TIMI coronária no fim do procedimento não diferiu significativamente entre os grupos (p = 0,101). Melhor resultado no que diz respeito ao blush miocárdico foi observada com prasugrel, que produziu um grau de blush III em 85,4% (n = 35) dos pacientes, em comparação com o clopidogrel (54,5%; n = 24) e ticagrelor (67,4%; n = 31; p = 0,025). A carga de trombo pré-procedimento foi maior no grupo de clopidogrel, em que 97,7% (n = 43) dos casos denotaram carga de trombo grau 4/5, enquanto 87,8% (n = 36) do grupo prasugrel tiveram respostas semelhantes, e 80,4% (n = 37) foram observadas no grupo ticagrelor (p = 0,03). Conclusão. Os novos antiagregantes plaquetários ticagrelor e prasugrel parecem exercer efeito sobre o resultado angiográfico dos pacientes submetidos a angioplastia primária. O uso do ticagrelor propiciou menor carga de trombo e um fluxo TIMI melhor no pré-procedimento e o uso do prasugrel ensejou melhor perfusão miocárdica analisada pelo blush miocárdico. Não houve diferença no fluxo angiográfico TIMI pós procedimento / Introduction. Dual antiplatelet therapy has benefits in the treatment of acute myocardial infarction with ST-segment elevation (STEMI). There is variability intra and inter individual in the use of clopidogrel and this influences the benefit of its use in this group of patients. The objective of this research was to evaluate the angiographic results of Upstream Clopidogrel, Prasugrel, or Ticagrelor For Patients Treated With Primary Angioplasty. Methods. A clinical trial was conducted, randomized, double blind, with 131 patients admitted with STEMI. All patients received acetylsalicylic acid (ASA). Patients were randomized to receive clopidogrel (n = 44), prasugrel (n = 41) or ticagrelor (n = 46) as loading dose even in emergency. All patients were submitted to manual thrombus aspiration. At the end of the procedure, the angiographic result was evaluated for TIMI flow, myocardial blush and thrombus burden. Results. A coronary TIMI flow >= 1 before the percutaneous procedure was observed more frequently with the use of ticagrelor (n=10, 21.7%) than with clopidogrel (n=1, 2.3%) and prasugrel (n=5, 12.2%; p=0.019). The coronary TIMI flow at the end of the procedure did not significantly differ between the groups (p=0.101). A better result with respect to myocardial blush was observed with prasugrel, which yielded a blush grade of III in 85.4% (n=35) of patients, compared with clopidogrel (54.5%; n=24) and ticagrelor (67.4%; n=31; p=0.025). The pre-procedural thrombus burden was found to be of a higher grade in the clopidogrel group, in which 97.7% (n=43) of the cases exhibited thrombus burdens grade 4/5, whereas 87.8% (n=36) of the prasugrel group had similar responses, and 80.4% (n=37) were observed in the ticagrelor group (p=0.03). Conclusions. The novel antiplatelet agents represented by ticagrelor and prasugrel appear to have effect on the angiographic outcome of patients undergoing primary angioplasty. The use of ticagrelor led to a smaller thrombus burden and better TIMI flow at the beginning of the procedure and the use of prasugrel produced a better myocardial perfusion analyzed by myocardial blush. There was no difference in post angioplasty TIMI flow
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Segmentos coronarianos sem obstrução angiográfica em indivíduos com doença aterosclerótica coronária: caracterização através do ultrassom intravascular com histologia virtual / Coronary segments without luminal stenosis by angiography in patients with atherosclerotic coronary disease: a comprehensive evaluation with intravascular ultrasound and virtual histology

Morais, Gustavo Rique 25 September 2015 (has links)
Introdução: Segmentos coronários com doença aterosclerótica manifesta podem coexistir no mesmo paciente com artérias normais à angiografia. Porém as características desses vasos angiograficamente normais permanecem pouco estudadas. O presente estudo visa a descrição in vivo, através do ultrassom intravascular com histologia virtual, da presença, grau de acometimento e composição da doença coronária aterosclerótica em artérias normais ou quase normais (irregularidades parietais) do ponto de vista angiográfico, em pacientes com doença coronária obstrutiva em outros territórios. Métodos: Pacientes com doença coronária obstrutiva foram selecionados de forma prospectiva e foram submetidos a estudo ultrassonográfico com histologia virtual de múltiplos vasos. Artérias epicárdicas principais foram classificadas em quatro grupos baseado na sua aparência angiográfica: 1) vasos completamente normais, 2) vasos com irregularidades parietais, 3) vasos com pelo menos uma estenose discreta, 4) vasos com pelo menos uma estenose moderada ou importante. Para os vasos com estenoses luminais (grupos 3 e 4 acima), apenas segmentos que não possuíam lesão maior ou igual a 30% (não obstrutivos) foram incluídos na análise. Resultados: Um total de 60 pacientes (154 vasos) foram incluídos no estudo. Vasos angiograficamente normais apresentaram menor carga de placa, menos componente necrótico, menor densidade de lesões e quase nenhuma placa com características de alto risco. Entretanto, em vasos com irregularidades parietais encontramos uma maior carga de placa com elevada densidade de lesões pelo ultrassom intravascular similar a segmentos \"não obstrutivos\" de vasos com estenoses luminais evidentes pela angiografia em outro ponto. Conclusão: Artérias coronárias completamente normais pela angiografia parecem apresentar pouca doença aterosclerótica. Entretanto, vasos com irregularidades parietais estão associados com um maior acometimento aterosclerótico e elevada densidade placas de alto risco, achado este que não pode ser rapidamente obtido com o uso apenas da angiografia coronária / Background: Extensively diseased arteries may co-exist, in the same patient, with coronary vessels with a normal appearance by angiography. Thus far, however, the characteristics of the latter remain poorly described. The present study aims to evaluate in vivo, using intravascular ultrasound (IVUS) with radiofrequency backscatter analysis (RF), the presence, degree, and composition of atherosclerosis in arteries with angiographically normal or near-normal appearance, in patients with diagnosed coronary disease in other territories. Methods: Patients with diagnosed obstructive coronary disease were prospectively selected and underwent protocol-mandated multi-vessel IVUS-RF. Major epicardial branches were classified into four groups based on their angiographic appearance: 1) completely normal-looking; 2) near-normal; 3) at least one mild stenosis; 4) at least one severe or moderate stenosis. For vessels with lumen stenosis (groups 3 and 4 above), only \"non-stenotic\" portions were included in the IVUS analysis. Results: A total of 60 patients (154 vessels) comprised the study population. Completely normal-looking vessels had lower plaque burden, lower necrotic component, lower density of lesions, and almost null high-risk plaques. Conversely, a nearnormal aspect, with only subtle lumen irregularities by angiography, was associated with increased disease burden, with an elevated density of plaques with high-risk features, similar to \"non-stenotic\" portions of vessels with obvious atherosclerosis elsewhere. Conclusions: Coronary vessels with a completely normal-looking appearance by angiography appear to have little atherosclerosis. Conversely, yet mild luminal irregularities by angiography are associated with increased disease burden and elevated density of high-risk plaques by IVUS, which cannot be readily assessable by angiography alone. Descriptors: angiography; atherosclerosis; coronary artery disease; plaque, atherosclerotic; ultrasonography, interventional; coronary vessels.Background: Extensively diseased arteries may co-exist, in the same patient, with coronary vessels with a normal appearance by angiography. Thus far, however, the characteristics of the latter remain poorly described. The present study aims to evaluate in vivo, using intravascular ultrasound (IVUS) with radiofrequency backscatter analysis (RF), the presence, degree, and composition of atherosclerosis in arteries with angiographically normal or near-normal appearance, in patients with diagnosed coronary disease in other territories. Methods: Patients with diagnosed obstructive coronary disease were prospectively selected and underwent protocol-mandated multi-vessel IVUS-RF. Major epicardial branches were classified into four groups based on their angiographic appearance: 1) completely normal-looking; 2) near-normal; 3) at least one mild stenosis; 4) at least one severe or moderate stenosis. For vessels with lumen stenosis (groups 3 and 4 above), only \"non-stenotic\" portions were included in the IVUS analysis. Results: A total of 60 patients (154 vessels) comprised the study population. Completely normal-looking vessels had lower plaque burden, lower necrotic component, lower density of lesions, and almost null high-risk plaques. Conversely, a nearnormal aspect, with only subtle lumen irregularities by angiography, was associated with increased disease burden, with an elevated density of plaques with high-risk features, similar to \"non-stenotic\" portions of vessels with obvious atherosclerosis elsewhere. Conclusions: Coronary vessels with a completely normal-looking appearance by angiography appear to have little atherosclerosis. Conversely, yet mild luminal irregularities by angiography are associated with increased disease burden and elevated density of high-risk plaques by IVUS, which cannot be readily assessable by angiography alone
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Análise integrada de parâmetros clínicos, estruturais e funcionais nas fases aguda e não aguda da doença de Vogt-Koyanagi-Harada: estudo longitudinal / Integrated analysis of clinical, structural and functional parameters in the acute and non-acute phases of Vogt-Koyanagi-Harada disease: a prospective study

Sakata, Viviane Mayumi 06 July 2015 (has links)
OBJETIVO: Descrever prospectivamente o curso da doença de Vogt-Koyanagi-Harada (DVKH) com integração de parâmetros de atividades clínicos, estruturais e funcionais. MÉTODOS: Foram incluídos pacientes com diagnóstico da DVKH na fase aguda (parte I) e não aguda (tempo de doença maior que 12 meses; parte II). Os pacientes na fase aguda receberam tratamento inicial padronizado com pulsoterapia de metilprednisolona seguido de corticoterapia oral em doses lentamente regressivas, pelo período de 15 meses. As avaliações consistiram em exame clínico, retinografia, angiografias com fluoresceína (AGF) e indocianina verde (AIV) e tomografia de coerência óptica (TCO). Foram realizadas nos seguintes momentos: parte I, no diagnóstico e meses 1, 2, 4, 6, 9 e 12; parte II, na inclusão e a cada três meses. Eletrorretinograma campo total (ERGct) e eletrorretinograma multifocal (ERGmf) foram realizados na parte I, no 1.o mês e a cada seis meses e, na parte II, na inclusão e com 12 meses. A leitura dos exames, na parte I, foi efetuada por duas leitoras, não mascaradas; na parte II, foi realizada por três leitores mascarados e treinados, sendo considerada a leitura concordante entre, pelo menos, dois examinadores. As angiografias e TCO foram realizadas no aparelho Spectralis® (HRA+OCT, Heidelberg Engineering). Tratamento adicional com corticoterapia em doses imunossupressoras ou intensificação da imunossupressão sistêmica foi indicado nos casos com recidivas clínicas, na presença de sinais de atividade à AGF ou duas pioras consecutivas >= 30% no ERGct. Os sinais de atividade detectados na AGF, AIV e TCO foram denominados sinais subclínicos. RESULTADOS: Na parte I, foram incluídos nove pacientes (7F/2M) com idade mediana de 33 anos e intervalo mediano entre início dos sintomas e tratamento de 13 dias. Na apresentação inicial, sinais clínicos característicos da doença (coroidite difusa com hiperemia do disco óptico, descolamento seroso de retina e uveíte anterior acompanhados de sinais extraoculares) melhoraram dentro dos primeiros 30 dias em todos os casos. Os principais sinais subclínicos variaram no tempo de melhora ou desaparecimento: espessura de coroide (EC) subfoveal diminuiu para o valor mediano de 347u m aos 30 dias; dark dots diminuíram ao longo do seguimento, porém ainda estavam presentes aos 12 meses. Piora da inflamação foi observada em 17 de 18 olhos no tempo mediano de sete meses quando a redução do corticoide oral atingiu a dose média de 0,3mg/kg/d. Os sinais subclínicos mais frequentemente observados foram dark dots, fuzzy vessels e aumento da EC. Em 10 destes 17 olhos a piora foi acompanhada de queda da função pelo ERG. Três padrões de evolução puderam ser caracterizados: sem recidivas clínicas ou subclínicas (padrão A, 1 olho), com recidivas subclínicas somente (padrão B, 11 olhos) e com recidivas clínicas (padrão C, 6 olhos). Identificou-se que a EC aos 30 dias após início do tratamento >= 506u m teve sensibilidade e especificidade > 80% na detecção dos casos com recidivas clínicas (padrão C). A função pelo ERGct e ERGmf permaneceu alterada em relação ao grupo controle com 24 meses, apesar da melhora progressiva observada desde o início do tratamento. Na análise longitudinal dos pacientes, a função entre 12 e 24 meses permaneceu estável no grupo de doentes que recebeu tratamento adicional (8 olhos), enquanto no grupo que não o recebeu (4 olhos) houve deterioração da função ( < 0,001). Na análise dos grupos segundo padrão de recidiva, observou-se que os olhos com padrão B sem tratamento adicional tinham piora funcional maior em relação àqueles com padrão C ou B tratados (p < 0,001). Na parte II, foram incluídos 20 pacientes (17F/3M), com idade mediana ao diagnóstico de 31 anos, intervalo mediano entre início de sintomas e tratamento de 19 dias e tempo mediano de doença à inclusão de 55 meses. Na avaliação da concordância interobservador na leitura dos sinais subclínicos, EC teve concordância substancial (kappa=0,8), enquanto sinais angiográficos tiveram concordância sutil (kappa < 0,2). O curso da doença em 85% dos pacientes foi com recidiva clínica (padrão C, 11 casos) ou recidiva subclínica (padrão B, 6 casos). Nas 11 avaliações com detecção de células na câmara anterior (CA), sinais subclínicos de inflamação de segmento posterior foram concomitantemente observados em 64% dos olhos. Esta mesma concomitância de sinais subclínicos de inflamação de segmento posterior na presença de células na CA foi observada na parte I do estudo. Nos pacientes com padrão B, a variação da EC foi o principal sinal subclínico observado. A função pelo ERG foi realizada sequencialmente em 13 casos. Olhos com padrão C (7 pacientes), com grande comprometimento funcional desde a inclusão, evoluíram com piora mais acentuada do que aqueles com padrão B (5 pacientes). Ao se individualizar os olhos com padrão B, observou-se que esse diferencial (padrão B melhor que C) devia-se ao grupo padrão B com tratamento (p < 0,001). CONCLUSÕES: Neste estudo prospectivo de pacientes com DVKH em seguimento mínimo de 12 meses, desde as fases aguda e não aguda, três padrões de evolução foram observados, sendo que 94% (parte I) e 85% (parte II) dos pacientes apresentaram recidiva/piora clínica (padrão C) e/ou subclínica (padrão B). Na parte I do estudo, a piora da inflamação foi detectada aos sete meses de evolução durante dose regressiva do corticoide equivalente a 0,3mg/kg/d, apesar do tratamento inicial com corticoides em altas doses lentamente regressivo. A EC aferida 30 dias após o início do tratamento acima de 506 ?m mostrou-se um fator com sensibilidade e especificidade acima de 80% na identificação dos casos que evoluíram com recidivas clínicas. Dentre os sinais para detecção de inflamação subclínica, as alterações na EC são confiáveis, enquanto que sinais angiográficos devem ser interpretados com cautela. Exames sequenciais tornam a leitura mais confiável. A presença de células na CA comportou-se como a \"ponta do iceberg\" de uma inflamação mais difusa. O estudo eletrorretinográfico demonstrou resultado subnormal mesmo após 24 meses de seguimento na parte I; tratamento adicional pode evitar piora funcional nos pacientes com sinais subclínicos de inflamação. A pior função da retina em pacientes com inflamação clínica (padrão C) da parte II e dos pacientes com inflamação subclínica (padrão B) de ambas as partes do estudo sugerem que o tratamento ideal das recidivas inflamatórias ainda deve ser alvo de futuros estudos / OBJECTIVES: To describe the course of Vogt-Koyanagi-Harada disease (VKHD) prospectively, integrating clinical, structural and functional parameters. METHODS: Patients with VKHD in the acute (part I) and non-acute (more than 12 months from diagnosis) phases (part II) were included. Patients in the acute phase received a standard treatment with methylprednisolone pulsetherapy followed by high-dose oral corticosteroids with slow tapering during 15 months. Evaluations included clinical exams, fluorescein (FA) and indocyanine green (ICGA) angiographies and optical coherence tomography (OCT). In part I, they were performed at inclusion, then after 1,2,4,6,9,and 12 months; in part II, they were performed at inclusion then every 3 months for up to 12 months. Functional evaluation using electroretinography (ERG) was performed at inclusion and every 6 months in part I and at inclusion and at 12 months in part II. Two non-blinded readers analyzed the imaging exams in part I. In part II, three trained and blinded-readers performed the imaging exams analysis. For study`s purpose, at least two concordant readings were considered. Imaging exams utilized the Spectralis® (HRA+OCT, Heidelberg engineering). Inflammatory signs detected on FA, ICGA and OCT were denominated as subclinical signs. Additional treatment with high doses of corticosteroids or more intensive systemic immunosuppression was indicated in cases with clinical signs of inflammation, with subclinical signs on FA or with two consecutive worsening > 30% on ERG. RESULTS: Nine patients (7F/2M) were included in part I; median age was 33 years old and median time elapsed from onset of symptoms to treatment was 13 days. At disease presentation, classic signs (choroiditis, anterior uveitis, serous retinal detachment, optic disc hyperemia and extraocular manifestations) were observed; they improved in 30 days after treatment. Subclinical signs improved in variable periods of time: subfoveal choroidal thickness (CT) decreased to a median value of 347 ?m, 30 days after the beginning of treatment, dark dots diminished during the follow-up but they were still observed at 12 months. Relapse (worsening of inflammation) was noticed in 17 of 18 eyes at a median follow up time of seven months, when tapering schedule corticosteroid dosage reached the mean dose of 0.3mg/kg/d of prednisone. Dark dots, fuzzy vessels and choroid thickening were the most frequent subclinical signs. Relapses in 10 of 17 eyes were concomitant with worsening on ERG. Three patterns of evolution could be delineated: no signs of inflammation (pattern A, 1 eye), only subclinical signs of inflammation (pattern B, 11 eyes) and clinical signs of inflammation (pattern C, 6 eyes). CT>=506 ?m 30 days after the beginning of treatment was more than 80% sensitive and specific to detect more severe cases (pattern C). ERG parameters at 24 months were subnormal as compared to the control group, despite improvement during follow-up. Further long-term results after 24 month demonstrated stabilization of ERG parameters in patients that had received additional treatment, whereas there was worsening in those patients who had not received additional treatment (p<0.001). Moreover, pattern B patients without additional treatment had a further decrease on ERG values compared to results observed in pattern C or B patients with additional treatment (p<0.001). In Part II, 20 patients (17F/3M) were included; median age at diagnosis was 31 years old, median lag time from onset of symptoms and treatment was 19 days and median time after diagnosis was 55 months. The interobserver agreement for CT reading was substantial (kappa 0.8), whereas for angiographic signs was slight (kappa < 0.2). Recurrences, clinically (pattern C, 11 cases) or subclinically (pattern B, 6 cases) detected, were observed in 85% of cases. Concomitant inflammation of posterior segment detected by subclinical signs was present in 64% of cases with cells in anterior chamber. Simultaneous signs of subclinical inflammation of posterior segment and anterior uveitis were also observed in part I. CT change was the main subclinical sign observed in pattern B patients. ERG evaluation was performed in 13 cases. Pattern C cases (7 patients) presented worse results than pattern B cases (5 patients). Further analysis depicted that pattern B patients who had an additional treatment had better results than pattern B non-treated and pattern C (p<0.001). CONCLUSION: Three patterns of evolution were observed in VKHD patients during this prospective study, 94% (part I) and 85% (part II) presented recurrence/worsening with clinical (pattern C) or subclinical (Pattern B) signs of inflammation. In part I, worsening was observed at seven months after treatment start when reaching mean dose of 0.3mg/Kg/d of prednisone even after initial high-dose of corticosteroids followed by slow tapering. At day 30 after treatment, CT >= 506 ?m had a greater than 80% sensitivity and specificity to detect cases with pattern C evolution. Considering subclinical signs, CT increase reliably detected recurrence, whereas angiographic signs required cautious interpretation. Sequential analysis was more conclusive than an isolated exam. Anterior chamber cells seemed to be the \"tip of the iceberg\" of a more diffuse inflammation. ERG analysis was subnormal even after 24 months of follow up since disease onset; additional treatment could prevent functional worsening in patients with subclinical signs of inflammation. Worse retinal function in patients with clinical recurrences (pattern C) in part II and subclinical recurrences (pattern B) in parts I and II suggest that ideal treatment of recurrences should be further pursued
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Avaliação tardia dos stents liberadores de Biolimus A9® pela tomografia de coerência óptica: análise da cobertura tecidual e da aposição das hastes / Long-term follow-up Biolimus A9TM stents with optical coherence tomography: strut apposition and tissue coverage analysis

Staico, Rodolfo 04 July 2011 (has links)
Introdução: Os stents farmacológicos (SF) de primeira geração surgiram com o intuito de reduzir as taxas de reestenose intra-stent e de revascularização da lesão-alvo, sendo mais eficazes quando comparados aos stents não-farmacológicos (SNF), porém com aumento de risco de trombose do stent (TS) muito tardia. A cobertura tecidual incompleta e a má aposição tardia das hastes dos stents podem estar vinculadas à TS. O SF de segunda geração BioMatrix®, que utiliza um polímero bioabsorvível, surgiu na expectativa de redução da TS. Devido à alta acurácia e reprodutibilidade e à análise precisa da cobertura tecidual e da aposição das hastes dos stents, a tomografia de coerência óptica (TCO) vem se tornando um método útil na análise desses aspectos. O objetivo desse estudo foi avaliar a cobertura tecidual e a aposição das hastes do SF BioMatrix® após longo período do implante. Métodos: Vinte pacientes submetidos ao implante do SF BioMatrix® (n = 15) ou do SNF S-Stent® (n = 5) foram acompanhados por um período mínimo de cinco anos e avaliados por meio da angiografia coronária quantitativa (ACQ), da ultrassonografia intracoronária (USIC) e da TCO. Para a análise estatística, foram utilizados os programas SPSS® versão 16.0 e SAS versão 9.2. O valor de p < 0,05 era considerado estatisticamente significante. As variáveis categóricas foram expressas em números absolutos e porcentuais e comparadas pelo teste exato de Fisher. As variáveis contínuas foram expressas em média e desvio padrão e/ou mediana e intervalo interquartílico e foram comparadas pelo teste não paramétrico de Mann-Whitney. Resultados: A ACQ demonstrou diferença, porém não significativa na perda tardia da luz entre o SF BioMatrix® e o S-Stent® [0,40 (0,21; 0,77) mm vs 0,68 (0,66; 0,82) mm, p = 0,205]. Os pacientes tratados com o SF BioMatrix® apresentaram porcentual de obstrução do stent significativamente menor quando comparados àqueles que receberam o S-Stent® [5,6 (4,4; 9,7)% vs 28,6 (24,7; 29,0)%, p =0,001]. A análise da TCO demonstrou 126 (8,7%) hastes não cobertas nos stents BioMatrix® e 23 (4,0%) nos S-Stents® (p = 0,297), estando a maioria delas bem apostas (117/126 e 21/23, respectivamente, p = 0,292). Apenas nove (0,6%) hastes nos SF e duas (0,4%) hastes nos SNF estavam simultaneamente sem cobertura tecidual e mal apostas (p = 0,924). No grupo BioMatrix®, apenas 1 (11,1%) paciente teve todas as hastes cobertas. Já no grupo S-Stent, 66,7% dos pacientes (2/3) apresentaram cobertura completa das hastes (p = 0,127). Conclusões: A avaliação tardia do SF BioMatrix® pela TCO mostrou cobertura tecidual e aposição em quase a totalidade de suas hastes, de maneira similar àquela encontrada nos SNF S-Stents®. / Introduction: First generation drug-eluting stents (DES) have emerged as a strategy to prevent in-stent restenosis and the need of target-vessel revascularization when compared to bare metal stents (BMS); but at the expense of a higher risk of very late stent thrombosis (ST). Uncovered and malapposed struts may be associated with both late and very late ST. It has been postulated that the second generation DES, the biolimus-eluting stent BioMatrixTM with biodegradable polymer, may reduce the incidence of ST. Given its high accuracy and reproducibility with precise analysis of the complete strut apposition and strut coverage, the optic coherence tomography (OCT) has been extensively used for stent analysis. The aim of this study was to assess the struts coverage and apposition of DES BioMatrixTM in a long-term follow up. Methods: Twenty patients undergoing a BioMatrixTM (n = 15) or BMS S-StentTM (n = 5) implantation were followed up for a period of at least five years and evaluated by means of OCT, quantitative coronary angiography (QCA) and intravascular ultrasound (IVUS). All statistical analyses were performed using SPSSTM (v.16.0) and SAS (v.9.2) software. Statistical significance was considered at p values < 0.05. Categorical variables were expressed as counts and percentages, and continuous variables as mean SD and/or median and interquartile range. For per-patient level comparison, the difference between two stent types was evaluated by nonparametric Mann-Whitney U test while categorical variables were evaluated by the Fisher exact test. Results: QCA analysis showed no differences in the occurrence of intrastent late loss between the groups [0.40 (0.21; 0.77) mm vs 0.68 (0.66; 0.82) mm, p = 0.205 for BioMatrixTM and S-StentsTM, respectively]. The vessel, stent and lumen volumes assessed by IVUS after the procedure and 5 years later were similar between the two groups. Patients treated with BioMatrixTM had significantly less stent obstruction percentage when compared to those treated with S-StentTM [5.6 (4.4; 9.7)% vs 28.6 (24.7; 29.0)%, p = 0.001]. OCT analysis demonstrated 126 (8.7%) uncovered struts in the BioMatrixTM group compared to 23 (4.0%) in the S-StentsTM group (p = 0.297), being the majority of them well apposed (117/126 and 21/23, respectively, p = 0.292). Only 9 (0.6%) struts in the DES and 2 (0.4%) struts in the BMS groups were imultaneously uncovered and malapposed (p = 0.924). Among the BioMatrixTM patients, 55.6% (5/9) had more than 95% of covered struts and in only 1 (11.1%) patient all struts were covered. On the other hand, among the S-StentTM patients, 66.7% (2/3) had complete covered struts (p = 0.127). Conclusion: Long term assessment of DES BioMatrixTM by OCT showed tissue coverage and apposition in almost all struts, similary to those found in the BMS S-StentsTM.
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Tratamento endovascular das fístulas carotidocavenosas indiretas / Endovascular treatment of indirect carotid-cavernous fistulas

Silva, André Goyanna Pinheiro 27 November 2006 (has links)
As fístulas arteriovenosas da região do seio cavernoso constituem as fístulas carotidocavernosas que podem ser diretas ou indiretas. As indiretas são raras, a sua sintomatologia é variada e o tratamento é controverso. Este estudo compreendeu a análise prospectiva de 44 pacientes portadores de fístulas carotidocavernosas indiretas (FCCI) no período de 01 de janeiro de 1994 e 31 de janeiro de 2004, 42 com etiologia espontânea e dois pacientes com etiologia traumática, sendo estes analisados separadamente. Doze (12) pacientes foram submetidos à conduta expectante e orientados a realizar manobras de compressão carótido-jugular. O tratamento endovascular foi realizado por via arterial, venosa ou combinação dos dois, num total de 30 pacientes. Considerando o grupo inteiro, ocorreu trombose espontânea em aproximadamente 24% dos pacientes. Os sintomas e o aspecto angiográfico após o tratamento evoluíram com melhora ou cura em 100% dos casos, com oclusão completa das FCCI em 63,3%, a grande maioria destes submetidos a apenas um procedimento. Além dos acessos venosos tradicionais aos seios cavernosos, vias de acesso alternativas através da veia oftálmica superior foram realizadas por punção percutânea de veia facial, veia supratroclear ou veia frontal. O material embolizante mais utilizado foi o adesivo tissular líquido, \"cola\", isoladamente ou em conjunto com outros materiais. Houve complicações transitórias em 13,3% dos pacientes tratados e nenhuma complicação permanente foi observada, o que demonstrou a baixa morbidade deste procedimento / The arteriovenous fistulas of the cavernous sinus (CS) region constitute the carotid-cavernous fistula, which can be direct or indirect. The indirect type is quite rare, its clinical features is very inespecific and its treatment modalities controversial. Forty-four patients with indirect carotid-cavernous fistulas (ICCF) were studied in a prospective manner between January 1994 to January 2004, 42 with spontaneous etiology and 2 with traumatic etiology, being these analyzed separately. Twelve (12) patients were submitted to a expectant management and instructed to perform carotid-jugular compression. Endovascular treatment was accomplished by arterial approach, vein approach or combination of both, in a total of 30 patients. Considering the entire group, spontaneous thrombosis was observed in approximately 24%. Symptoms and the angiographic features after endovascular treatment improved or disappeared in 100% of the cases, with total obliteration in 63.3%, most of them submitted to just one procedure. Despite the traditional venous routes to the CS, alternative accesses through the superior ophthalmic vein (SOV) were accomplished by percutaneous puncture of the facial, supratrochlear or frontal vein. Liquid adhesive (glue) was the most often embolic material used isolated or with other materials. No permanent complication was observed and only 13,3% of the patients treated cursed with transitory complications, what demonstrated the low morbidity of this procedure
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Doença oclusiva da artéria basilar: aspectos clínicos e radiológicos / Basilar artery occlusive disease: clinical and radiological aspects

Ciríaco, Jovana Gobbi Marchesi 21 October 2008 (has links)
O objetivo deste estudo foi descrever as características demográficas, clínicas, radiológicas e o prognóstico da doença oclusiva da artéria basilar (DOAB), em uma população multiétnica. Foram estudados 40 indivíduos com infartos no território da artéria basilar (AB) confirmados por ressonância magnética, que sobreviveram após 30 dias à fase aguda do acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI). Todos os doentes apresentavam estenose ³ 50% ou oclusão da AB, documentada por angiografia por ressonância ou angiografia digital. Foram registrados: idade, sexo, grupo étnico, fatores de risco para doença vascular, quadro clínico na instalação do AVCI, local do infarto, segmento arterial acometido, grau de estenose e presença de circulação colateral. A escala modificada de Rankin (EMR) em 30 dias e após seis meses do evento isquêmico foi avaliada, assim como a taxa de recorrência de eventos vasculares isquêmicos. Associações entre dados demográficos, aspectos clínicos, radiológicos e prognóstico foram analisadas pelo teste da razão de verossimilhança ou pelo teste exato de Fisher. A comparação entre a pontuação na EMR em 30 dias e seis meses foi realizada pelo teste de Wilcoxon. Sessenta por cento dos pacientes eram homens e 33%, afro-brasileiros. A média (± desvio-padrão) de idade foi 55,8 ± 12,9 anos. A maioria (90%) dos pacientes apresentou múltiplos fatores de risco para doença vascular. Ataques isquêmicos transitórios (AIT) precederam os AVCIs em 48% dos casos. Antecedente de hipertensão arterial sistêmica (HAS) esteve presente em 80% dos doentes. O sintoma mais comum foi vertigem/desequilíbrio. A maioria dos infartos localizou-se na ponte (85%) e o terço médio da AB foi o mais freqüentemente afetado (33%). Oclusão arterial esteve presente em 58% dos casos. Lesões mais graves foram observadas em caso de acometimento do terço médio da AB (p=0,001). Aterosclerose de grandes artérias foi a etiologia mais comum do AVCI (88%), sendo mais freqüente nos pacientes acima de 45 anos (p<0,001). Somente um paciente foi tratado com trombólise intra-arterial e a maioria foi tratada com anticoagulação na fase aguda. A pontuação na EMR melhorou significativamente após seis meses (p<0,001). Podemos concluir que obtivemos alguns resultados diferentes de outras séries de países desenvolvidos, como maior proporção de afrodescendentes e oclusão da AB em pouco mais da metade dos casos. Taxas de AIT precedendo o AVCI, freqüência alta de aterosclerose como etiologia e bom prognóstico funcional foram semelhantes a descrições da literatura. Estes resultados representam um avanço no conhecimento da DOAB em nosso meio / The aim of this study was to describe demographical, clinical, radiological findings and outcome in stroke survivors with basilar artery occlusive disease (BAOC). We studied 40 patients with infarcts in the basilar artery (BA) territory confirmed by magnetic resonance imaging (MRI), who survived for at least 30 days after acute stroke. All patients had ³ 50% BA stenosis or occlusion, documented by magnetic resonance or digital subtraction angiography. The following characteristics were registered: age, sex, ethnical group, vascular risk factors, symptoms and signs, infarct location, site and degree of BA stenosis, and presence of collateral circulation. Modified Rankin Scale (MRS) scores at 30 days and six months after the ischemic event were evaluated, as well as transient ischemic attack (TIA) and stroke recurrence rates. Associations between demographical, clinical, radiological features and outcome were analyzed with Likelihoodratio and Fisher´s exact tests. The comparison between MRS scores at 30 days and six months was made with the Wilcoxon test. Sixty percent of the patients were male and 33% were Afro-Brazilian. Mean age was 55.8 ± 12.9 years. Most of the subjects (90%) had multiple vascular risk factors. TIAs preceded strokes in 48% of the patients. Eighty per cent had history of arterial hypertension. The most common neurological symptom was vertigo/dizziness. Most of the infarcts were located in the pons (85%) and the BA middle third was the most frequently affected segment (33%). BA occlusion occurred in 58% of the patients. More severe lesions were present in patients with occlusive disease in the middle third of the BA (p=0.001). Large-artery atherosclerosis was the most common stroke etiology (88%) and was more frequent in patients older than 45 years (p<0.001). Only one patient was treated with intra-arterial thrombolysis and most of the others received anticoagulation. MRS scores improved significantly at six months (p<0.001). In conclusion, we observed different results compared with other series, such as: greater proportion of afrodescendents, higher frequency of atherosclerosis and BA occlusion. Rates of preceding TIAs and good outcome at six months were similar to previously published data. These results represent a step forward towards understanding BAOC in a large Brazilian urban center

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