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Caracterização e evolução clínica dos pacientes portadores de oclusão da artéria carótida interna: estudo comparativo / Characterization and natural history of patients presenting internal carotid occlusion: omparative study

Mulatti, Grace Carvajal 21 November 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: A estenose carotídea de origem aterosclerótica é um importante marcador de aterosclerose sistêmica avançada. A oclusão (obstrução completa da artéria) é rara e corresponde ao evento morfológico final da progressão da placa de ateroma na bifurcação carotídea. Muitos pacientes são sintomáticos no momento do diagnóstico e apresentam novos sintomas neurológicos na evolução apesar de tratamento clínico adequado. A literatura médica é escassa em determinar os principais fatores que podem levar a oclusão carotídea. A participação e intensidade das comorbidades e/ou fatores de risco, associados a dados demográficos peculiares foram pouco explorados. OBJETIVOS: Caracterizar o paciente com oclusão carotídea (OC) quanto a aspectos demográficos, doenças associadas e fatores de risco; detectar novos eventos neurológicos, cardiovasculares e óbitos no seguimento clínico destes pacientes. MÉTODO: Informações demográficas, clinicas e evolutivas de pacientes com oclusão carotídea e estenose carotídea não significativa foram recuperadas de um banco de dados compÍetado prospectivamente e complementadas com prontuário hospitalar e novos dados obtidos via convocação e/ou entrevista telefônica. RESULTADOS: No período de janeiro de 2005 a janeiro de 2013 foram analisados 213 pacientes portadores de OC e 172 portadores de estenose hemodinamicamente não significativa (ENS), ou abaixo de 50%. Foram analisados 4 dados demográficos e 9 fatores de risco, bem como sintomas neurológicos na apresentação e na evolução. No grupo OC predominaram indivíduos do sexo masculino, hipertensos, tabagistas, portadores de doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), insuficiência renal crônica (IRC) com significância estatística em relação ao grupo ENS (p < 0,05).\\.Entre os pacientes com OC, 76,1% apresentaram sintomas neurológicos inicialmente contra 35,5% do grupo ENS (p = 0,000001). Quanto à evolução, os pacientes com OC apresentaram progressão significativa da estenose carotídea contralateral, quando comparada com a progressão da estenose nas carótidas do grupo ENS. (15,0% e 2,3%, p = 0,00011). O aparecimento de novos sintomas foi determinado pelo estado clínico de apresentação dos pacientes: 10,8% de novos sintomas nos inicialmente sintomáticos e 4,3% nos assintomáticos (p = 0,0218). Constatou-se maior número de óbitos na amostra OC (14,1%) do que na ENS (6,4%) com diferença significativa (p = 0,0150). CONCLUSÕES: OS pacientes portadores de OC apresentam maior prevalência de fatores de risco e comorbidades e maior mortalidade que o grupo ENS. No seguimento, os pacientes que se apresentavam sintomas neurológicos no momento do diagnóstico foram aqueles que mais desenvolveram novos eventos neurológicos. Este estudo representa um esforço em identificar uma amostra da população com estenose carotídea que pode necessitar de diagnóstico precoce e intervenção clínica vigorosa na prevenção de novos eventos e/ou óbitos / INTRODUCTION: Carotid stenosis is an important marker of severe systemic atherosclerosis. Internal Carotid occlusion (ICO) is rare and represents the final event when it comes to atherosclerotic plaque progression at the carotid bifurcation. Many patients are symptomatic when diagnosed with this condition and some of them will present more neurologic symptoms despite proper clinical management. So far only few studies have investigated if more comorbidities andjor risk factors, associated to demographic characteristics can lead to ICO. OBJETIVES: To identify the patient with ICO as regard to his demographic data, associated diseases and risk factors. Primary end-points were new neurologic events, cardiovascular symptoms and deaths during follow-up. METHOD: A prospective database was completed with demographic data and clinical information from patients with ICO and from a control group of patients with a non-significant stenosis (NSS), ar below 50%. Information was collected retrospectively from clínical records and missing data were completed with a medical appointment or teJephone interview. RESULTS: From [anuary 2005 to [anuary 2013, 213 patients with ICO and 172 patients with NSS were studied. Demographic data, risk factors for atherosclerosis and neurological symptoms at diagnosis and during follow-up were verified. Among patients with [CO there were more men and those with history of smoking, and more patients presenting with peripheral arterial disease (PAD) and chronic renal failure (CRF) than those in the NSS group (p < 0,05). At the time of diagnosis 76.1% of patients with ICO were symptomatic, while 35.5% in the NSS group (p=0.000001). Patients in the ICO group presented significant progression of the contralateral stenosis when compared to progression on any side in the control grouP\'\"(15.0% versus 2.3%, p = 0.00011). New symptoms were determined by the patient\'s clinical status. As regard to new neurological symptoms during follow-up, 10.8% of those initially symptomatic (both groups combined), presented new symptoms, opposed to 4.3% of those initially asymptomatic (p=0.0218). Number of deaths was significantly higher among patients in the ICO group (14.1% versus 6.4%, p=0.0150). CONCLUSIONS: Patients presenting with ICO have more risk factors and higher mortality by any cause. Those initially symptomatic will likely present more neurological symptoms during follow up. This study aims to identify those who are more at risk before the occlusion and could benefit of earJy diagnosis and vigorous c1inical intervention before new neurological events andjor death
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Papel da ouabaína endógena sobre o sistema cardiovascular do modelo de hipertensão arterial DOCA-SAL. / Role of endogenous ouabain on the cardiovascular system of DOCA-salt hypertensive rats.

Wenceslau, Camilla Ferreira 15 June 2012 (has links)
Tem sido demonstrado que na hipertensão arterial ocorre aumento de ouabaína plasmática, um inibidor da Na+K+-ATPase. Em 1998, Ferrari et al. desenvolveram uma molécula denominada de rostafuroxina, a qual é capaz de antagonizar os efeitos da ouabaína por deslocar a ligação desse glicosídeo com a Na+K+-ATPase. Dentro desse contexto, parece razoável sugerir que um anti-hipertensivo capaz de antagonizar os efeitos da ouabaína possa representar uma nova ferramenta farmacológica para o tratamento da hipertensão arterial. Baseado em tais premissas, o presente estudo avaliou o papel da ouabaína por meio do tratamento com rostafuroxina sobre: a pressão arterial, a reatividade vascular em artérias de resistência e a atividade simpática de ratos DOCA-sal. Os resultados demonstraram que os animais DOCA-sal tratados com rostafuroxina apresentaram redução da pressão arterial sistólica e da hiperatividade simpática e melhora na função vascular. Assim, sugere-se que a ouabaína seja um possível alvo para o tratamento da hipertensão arterial dependente de volume. / It has been shown that some types of hypertension have increased plasma levels of ouabain, a factor inhibitor of Na+K+-ATPase. In 1998, Ferrari et al. developed a molecule called rostafuroxin that antagonizes the effects of ouabain. In this context, it seems reasonable to suggest that an antihypertensive capable of antagonizing the effects of ouabain might be a new and specific pharmacological tool for the treatment of hypertension. In so doing, the present study aimed to evaluate the role of endogenous ouabain by treatment with rostafuroxin on blood pressure, vascular reactivity in resistance arteries and sympathetic activity of DOCA-salt rats. Our data have shown that the treatment with rostafuroxin decreased the systolic blood pressure and sympathetic activity and improve the vascular function of the DOCA-salt rats. Thus, it is suggested that ouabain is a putative target for the treatment of volume-dependent hypertension.
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Efeitos da corticoterapia sobre a hemodinâmica fetoplacentária e fetal em casos de diástole zero nas artérias umbilicais / Effects of corticosteroid therapy on fetal-placental and fetal hemodynamics in cases of absent end-diastolic flow in the umbilical arteries

Nozaki, Alexandre Massao 29 August 2007 (has links)
Objetivo: Avaliar o comportamento da dopplervelocimetria de artérias umbilicais, artéria cerebral média e ducto venoso após utilização de corticoterapia antenatal para maturação pulmonar fetal em casos de diástole zero à dopplervelocimetria das artérias umbilicais. Métodos: Analisaram-se de forma prospectiva 22 gestações com diagnóstico de diástole zero à dopplervelocimetria das artérias umbilicais, no período de maio de 2004 a fevereiro de 2006. Foram incluídas gestações únicas com fetos sem malformações, idade gestacional de 26 a 34 semanas e com indicação para utilização de corticóide antenatal para maturação pulmonar fetal (betametasona - 12mg/dia por dois dias) e posterior resolução da gestação. Para uso do referido medicamento foi necessária a presença de ao menos uma das seguintes condições: valores do ducto venoso (índice de pulsatilidade para veias - IPV) de 1 a 1,5 ou oligoâmnio (índice de líquido amniótico inferior a 5,0 cm). Foram analisados os índices de pulsatilidade das artérias umbilicais, artéria cerebral média e ducto venoso antes da primeira dose do corticóide (D0), 24 horas (D1) e 48 horas (D2) após a primeira dose de betametasona. Para análise estatística foi utilizado o teste de análise de variância com medidas repetidas e adotado nível de significância de 5%. Resultados: Em todos os casos realizaram-se cesarianas em intervalo de 24 a 36 horas após a segunda dose de corticóide. A média de idade gestacional no parto foi de 29,09 (±1,94) semanas e de peso no nascimento de 800,90 (±246,49) gramas. Em 19 (86,3%) casos verificou-se diminuição dos valores do índice de pulsatilidade no sonograma das artérias umbilicais, sendo que em 15 (68,1%) houve retorno do fluxo diastólico final. A média dos índices de pulsatilidade das artérias umbilicais no D0 foi 2,91 (±0,59); no D1: 2,16 (±0,63) e no D2: 2,54 (±0,74), com diferença significativa do D0 para D1 (p<0,001). Não houve modificações significativas na dopplervelocimetria da artéria cerebral média nas 48 horas subseqüentes ao uso de corticóide (p=0,686). Na dopplervelocimetria do ducto venoso notou-se diminuição dos valores do índice de pulsatilidade para veias, com as seguintes médias: D0: 1,02 (±0,26), D1: 0,71 (±0,16), D2: 0,69 (±0,13). Nota-se diminuição significativa dos valores de IPV do ducto venoso à comparação do D0 com D1 (p<0,001) e do D0 com D2 (p<0,001). Conclusão: Houve diminuição significativa dos índices de pulsatilidade da artéria umbilical e de pulsatilidade para veias do ducto venoso nas primeiras 24 horas após o uso de betametasona. Os índices de pulsatilidade da artéria cerebral média não apresentaram modificações significativas nas 48 horas subseqüentes ao uso de corticóide Verificou-se, também, ausência de modificações significativas no índice de pulsatilidade para veias do ducto venoso quando comparados os valores referentes ao D1 com aqueles encontrados no D2. / Objective: To evaluate the Doppler velocimetry findings in the umbilical arteries, middle cerebral artery and ductus venosus after prenatal corticosteroid therapy for fetal lung maturation in cases of absent end-diastolic umbilical artery Doppler flow. Methods: Twenty-two pregnancies with a diagnosis of absent end-diastolic umbilical artery Doppler flow were analyzed prospectively between May 2004 and February 2006. Included were single pregnancies with a gestational age of 26 to 34 weeks, whose fetuses showed no malformations and which had an indication for prenatal corticosteroid therapy for fetal lung maturation (12 mg/day betamethasone for 2 days) and subsequent pregnancy resolution. The use of the drug was necessary when at least one of the following conditions was present: ductus venosus flow velocity (pulsatility index for veins) of 1 to 1.5 or oligohydramnios (amniotic fluid index less than 5.0 cm). The pulsatility index of the umbilical arteries, middle cerebral artery and ductus venosus was determined before (D0) and 24 h (D1) and 48 h (D2) after the first betamethasone dose. The results were analyzed statistically by repeated measures analysis of variance, with the level of significance set at 5%. Results: A cesarian section was performed at an interval of 24 to 36 h after the second corticosteroid dose in all cases. The mean gestational age at delivery was 29.09 weeks (±1.94) and the mean birthweight was 800.90 g (±246.49). A decrease in the umbilical artery pulsatility index was observed in 19 (86.3%) cases, with a return of end-diastolic flow in 15 (68.1%). The mean umbilical artery pulsatility index was 2.91 (±0.59) at D0, 2.16 (±0.63) at D1, and 2.54 (±0.74) at D2, with a significant difference between D0 and D1 (p<0.001). No significant changes in the Doppler velocimetry findings of the middle cerebral artery was observed over the 48 h after corticosteroid administration (p=0.686). Ductus venosus Doppler velocimetry showed a decrease in the vein pulsatility index (D0: 1.02 (±0.26), D1: 0.71 (±0.16), D2: 0.69 (±0.13)) (p<0.001). There was a significant decrease in the vein pulsatility index of the ductus venosus between D0 and D1 (p<0.001) and between D0 and D2 (p<0.001). Conclusion: A significant decrease in the umbilical artery pulsatility index and in the vein pulsatility index of the ductus venosus was observed within the first 24 h after betamethasone administration. No significant changes in the Doppler velocimetry findings of the middle cerebral artery was observed over the 48 h after corticosteroid administration In addition, the ductus venosus pulsatility index values remained unchanged when comparing D1 and D2.
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Remodelamento tardio da artéria torácica interna bilateral na revascularização do miocárdio: Influência do leito coronariano esquerdo / Late remodeling of bilateral internal thoracic artery in coronary artery bypass graft surgery: influence of left coronary bed

Rocha, Bruno da Costa 20 February 2006 (has links)
O enxerto de artéria torácica interna tem demonstrado capacidade de remodelamento devido a interação com o leito arterial coronariano. O objetivo deste estudo foi analisar a influência dos fatores clínicos e angiográficos no remodelamento dos enxertos, definido como variação no calibre vascular. Casuística e métodos: No período entre 1983 e 1999, 356 pacientes realizaram cirurgia de revascularização do miocárdio utilizando a artéria torácica interna esquerda para o ramo interventricular anterior e a artéria torácica interna direita para um ramo da circunflexa. Trinta e dois pacientes foram submetidos a cineangiocoronariografia pós-operatória, a qual foi posteriormente analisada com o aplicativo CASS II®. Este estudo observacional apresentou acompanhamento médio de 42 meses(6-204 meses). As variáveis angiográficas analisadas foram os diâmetros proximal e distal dos enxertos arteriais (variável dependente), área coronariana, pontuação de fluxo TIMI, diâmetro de estenose proximal, fluxo dominante distal e ramos patentes. Fatores de risco cardiovascular também foram incluídos. Resultados: O modelo de regressão linear múltiplo demonstrou um R2ajustado=0,69 (p=0,0001) para o modelo a direita e R2ajustado=0,46 (p=0,002) para a esquerda. Os enxertos apresentaram diâmetros proximal e distal de 2,67mm ±0,085 e 2,232mm ±0,085 à esquerda; 2,458mm ±0,088 e 2,010mm ± 0,091 (média±EP) à direita, respectivamente (p>0,05). Nenhuma variável clínica obteve correlação significante estatisticamente. A área coronariana apresentou coeficiente de beta=0,42 (0,14-0,6/IC-95%) e diâmetro de estenose proximal de 0,55 (0,40-0,65/IC-95%) para o remodelamento do lado direito. A área coronariana demonstrou coeficiente de beta=0,54 (0,3- 0,68/IC-95%) para o remodelamento do lado esquerdo. Conclusões: A artéria torácica interna não demonstrou diferença de calibre em relação a lateralidade (esquerda vs direita). O diâmetro de estenose proximal da artéria coronária revascularizada demonstrou correlação positiva com o remodelamento dos enxertos do lado direito. A área da artéria coronária revascularizada foi a única variável de influência para o remodelamento bilateral dos enxertos / Internal thoracic artery grafts has demonstrated capacity for remodeling due to interaction with the coronary artery bed. The goal was to analysis the influence of clinical and angiographic factors in this remodeling as defined as grafts caliber variation. Methods: In a period from 1983 to 1999, 356 patients underwent to coronary artery bypass surgery using the left internal thoracic artery anastomosed to interventricular anterior branch and the right internal thoracic artery to circumflex branches. Thirty two patients were submitted to postoperative coronary angiography which was further analysed by CASS II® software. The mean follow-up of this observational study was 42 months(6- 204 months). Angiographic variables analyzed was proximal and distal diameters of arterial grafts(dependent variable), coronary area, TIMI flow grade, proximal stenosis diameter, dominant distal flow and patent branches. Cardiovascular risk factors were included indeed. Results: The multiple regression model demonstrated R2adjusted=0.69 (p=0.0001) for right side and R2adjusted=0.46 (p=0.002) for left side. The grafts presented proximal and distal diameters of 2.67mm ±0.085 and 2.232mm ±0.085 from left side; 2.458mm ±0.088 and 2.010mm ±0.091 (mean±SE) from right side respectively (p > 0,05). None of the clinical variables had statistical significant correlation. The coronary area presented as a beta coefficient=0.42 (0.14-0.6/CI-95%) and proximal stenosis diameter of 0.55 (0.40-0.65/CI-95%) for right side remodeling. The coronary area shown a beta coefficient=0.54 (0.3- 0.68/CI-95%) for left side remodeling. Conclusions: The internal thoracic artery did not demonstrate difference in caliber about its laterality (left vs right). The proximal stenosis degree of the bypassed coronary artery demonstrated positive correlation with remodeling for the right side grafts. Bilateral grafts remodeling was only explained by positive correlation with the bypassed coronary area
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Tratamento das pacientes sintomáticas portadoras de miomas uterinos através da associação das técnicas de embolização dos miomas e ligadura endovascular das artérias uterinas / Uterine artery embolization with polyvinyl-alcohol particles and metallic coils for the treatment of symptomatic patients with fibroids

Ricardo Augusto de Paula Pinto 27 March 2007 (has links)
Os miomas uterinos são os tumores benignos mais comuns do trato genital feminino, sendo que nas mulheres portadoras, 30% são sintomáticos e exigem alguma forma de tratamento. No presente estudo, foram tratadas 35 pacientes sintomáticas com diagnóstico clínico e ultra-sonográfico de mioma uterino, por meio da embolização dos miomas com partículas de polivinil-álcool associadas à obstrução das artérias uterinas com micromolas fibradas. A avaliação clínica e ecográfica foram inicialmente feitas e o acompanhamento realizado após um, três, seis e doze meses do procedimento. O sucesso técnico foi de 94,3%. O volume uterino médio era de 404,53 cm3 antes do tratamento endovascular percutâneo e o sintoma mais freqüente, em 82,9%, a menorragia. A redução média dos volumes uterinos foi de 21,4%, 39,7%, 53,8% e 59,8% respectivamente em um, três, seis e 12 meses (p < 0,01). Houve, também, a redução do volume do nódulo miomatoso dominante em 5%, 18,5%, 26,8% e 32,9% em um, três, seis e 12 meses, respectivamente (p < 0,01). A melhora e o controle da menorragia foram obtidos em 100% das pacientes tratadas. Houve necessidade de histerectomia em uma paciente por insucesso no controle da dor após seis meses do procedimento. A embolização dos miomas uterinos com partículas de polivinil-álcool associada à oclusão endovascular das artérias uterinas com micromolas fibradas é uma alternativa de tratamento minimamente invasivo para as pacientes sintomáticas portadoras de miomas uterinos que proporciona controle e melhora dos sintomas e redução do tamanho dos miomas e do volume uterino. / Uterine fibroids are the most frequent benign tumors of the female genital tract. The tumors are symptomatic in about 30% of the cases, requiring medical treatment. In the present study, a total of 35 clinically symptomatic patients with ultrasonographic diagnosis of fibroids underwent endovascular treatment, which consisted of embolization of the uterine arteries with 355-500 micras PVA particles associated to metallic coils. Clinical and ultrasonographic evaluations were performed at baseline, 1, 3, 6 and 12 months post-intervention. Technical success was obtained in 94.3% of the cases. Mean uterine volume before the procedure was 404.53 cm³ and menorrhagia was the most frequent symptom (82.9%). Mean reduction of the uterine volumes was 21.4%, 39.7%, 53.8% and 59.8% respectively at 1, 3, 6 and 12 months post-intervention. Dominant fibroid size was also significantly reduced after the procedure (5%, 18.5%, 26.8% and 32.9% reductions at 1, 3, 6 and 12 months, respectively; p < 0.01). Vaginal bleeding was abolished in all cases after the 12-month follow up. One patient needed to undergo hysterectomy 6 months after the procedure due to uncontrolled pain. Our results demonstrate uterine arteries embolization is minimally invasive and provides clinical control of the fibroids associated to significant reduction of the uterine volume. Moreover, the technique preserves the uterus and should be considered a therapeutic alternative to standard surgical treatment.
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DESEMPENHO COGNITIVO DE PESSOAS COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO.

Leão, Karina Ferreira 26 February 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-07-27T14:20:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 KARINA FERREIRA LEAO.pdf: 931734 bytes, checksum: d9ac2b2c89cc1041418e8622e328e625 (MD5) Previous issue date: 2015-02-26 / Recent studies reveal the high frequency of individuals who are affected by stroke and the cognitive dysfunctions they feature consequently. This paper seeks to assess the cognitive impairments of experiencing a stroke and, more specifically, to evaluate the cognitive performance of people affected by stroke according to hemisphere and artery affected. The paper is divided into two main parts. At first, a theoretical review about the neuropsychological impairments in individuals with stroke was made with the goal of understanding the relationship between brain areas and the cognitive performance of these individuals. For this, a bibliographical survey was conducted in major databases on this subject, describing the theoretical aspects related to Neuroscience, stroke and resulting cognitive dysfunctions assessed by neuropsychological avaliation. It has been found that, as for the etiological description, identification of the types and anatomical structures altered, there is a wide literature, but in relation to cognitive impairment and specific brain areas of research conducted in the field of neurophysiology there is a paucity of publications. Research indicates that it is of fundamental importance more studies intending to show, more and more, the cognitive difficulties in people afflicted with a disease so common in society. Then, in Part 2, an empirical study was conducted with the objective of evaluating the cognitive performance according to hemisphere and artery affected in different neuropsychological tests. Participated in the study 30 patients with a diagnosis of stroke, with the age group between 24-60 years. According to the data, we observe a significant difference according to the lesioned hemisphere only in alternation skills, auditory span, visual-construction, lexical and semantic verbal fluency and verbal comprehension. Regarding to the affected arteries, significant differences were found in selective attention, abstraction, naming, phonetic verbal fluency, verbal comprehension, visual-constructional praxis and recognition of the mnemonic process. The present study as well as providing an understanding of neuropsychological and cognitive impairments of patients injured by stroke, can assist in the development of neuropsychological assessment batteries for people affected by stroke and rehabilitation strategies from possibilities of cognitive dysfunctions according to compromised region after stroke. In general, the two parts of the dissertation contribute to the theoretical extension about cognitive dysfunctions of patients suffering from stroke and consequently the identification of these dysfunctions may thus help to improve care for patients with this disease. / Estudos recentes revelam a alta frequência de indivíduos acometidos por acidente vascular encefálico (AVE) e as disfunções cognitivas que se apresentam em consequência. Esta dissertação buscou avaliar as disfunções cognitivas derivadas da vivência de um AVE e, de forma mais específica, avaliar o desempenho cognitivo de pessoas acometidas por AVE em virtude do hemisfério lesionado e da artéria afetada. A dissertação está dividida em duas partes. Em um primeiro momento, foi realizada uma revisão teórica sobre as alterações neuropsicológicas em indivíduos com AVE, com o objetivo de compreender as relações entre áreas cerebrais e desempenho cognitivo desses indivíduos. Para tanto, foi realizado um levantamento bibliográfico nas principais bases de dados sobre esse tema, com o objetivo de descrever os aspectos teóricos relacionados à Neurociência, o AVE e as decorrentes disfunções cognitivas mediante avaliação neuropsicológica. Verificou-se que, em referência à descrição etiológica, identificação dos tipos e a estruturas anatômicas alteradas, existe uma ampla literatura, porém, em relação a disfunções cognitivas e áreas cerebrais específicas há uma escassez de publicação na área da neuropsicologia. As pesquisas apontam que é de mais fundamental relevância estudos que se proponham a evidenciar cada vez mais as dificuldades cognitivas em pessoas acometidas com uma doença tão frequente na sociedade. Na parte 2, foi realizado um estudo empírico, com o objetivo de avaliar o desempenho cognitivo segundo hemisfério e artéria afetada em diferentes testes neuropsicológicos. Participaram da pesquisa 30 pacientes com diagnóstico médico de AVE, na faixa etária entre 24 e 60 anos. De acordo com os dados, observouse diferença significativa quanto ao hemisfério lesionado nas habilidades de alternância, span auditivo, visuoconstrução, fluência verbal léxica e semântica e compreensão verbal. No que se refere às artérias afetadas, foram encontradas diferenças significativas nas atividades de atenção seletiva, abstração, nomeação, fluência verbal fonética, compreensão verbal, praxia visuoconstrutiva e reconhecimento do processo mnemônico. O presente estudo, além de proporcionar a compreensão de alterações neuropsicológicas e cognitivas dos pacientes lesionados pelo AVE, pode auxiliar o desenvolvimento de baterias de avaliação neuropsicológica para pessoas acometidas por essa doença, bem como estratégias de reabilitação, conforme possibilidades de disfunções cognitivas na região comprometida após a ocorrência do AVE. De maneira geral, as duas partes da dissertação contribuem para a ampliação teórica sobre as disfunções cognitivas de pacientes acometidos por AVE e, consequentemente, para identificação desses comprometimentos, podendo assim auxiliar o atendimento a pacientes com essa enfermidade.
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Análise histomorfométrica de cinco opções de autoenxerto arterial de interposição para transplante de fígado intervivos em adultos / Comparative morphometric analysis of five interpositional arterial autografts options for adult living donor liver transplantation

Imakuma, Ernesto Sasaki 31 October 2016 (has links)
Nos transplantes intervivos de fígado em adultos, o enxerto possui apenas uma artéria segmentar, cujo calibre e extensão são geralmente pequenos. Assim, a distância entre essa artéria do enxerto e a artéria hepática do receptor geralmente é grande e os calibres desproporcionais, tornando tecnicamente difícil a reconstrução arterial hepática. Nestes casos, pode-se utilizar um autoenxerto vascular de interposição para facilitar o procedimento, evitando-se assim complicações cirúrgicas. Objetivo: O presente trabalho se propôs a comparar a artéria mesentérica inferior (AMI), artéria esplênica (AE), artéria epigástrica inferior (AEI), ramo descendente da artéria circunflexa femoral lateral (ACFL) e artéria hepática própria (AHP) como opções de autoenxerto de interposição em transplantes de fígado intervivos em adultos. Método: Foram dissecados 16 cadáveres frescos e coletados as referidas artérias de cada um deles. As variáveis estudadas foram diâmetro do orifício proximal, do distal e comprimento. O diâmetro proximal da AHP e os diâmetros distais AE, AMI, AEI e ramo descendente da ACFL foram comparados ao diâmetro distal da AHD. Os diâmetros proximais e distais da AE, AEI e ramo descendente da ACFL foram comparados entre si para avaliar ganho de calibre. Resultados: Todas as artérias, exceto a AMI, apresentaram diferença estatisticamente significante em relação à AHD quanto à diâmetro. Em termos de ganho de calibre, as artérias apresentaram diferença estatisticamente significante. Todas as artérias, exceto a AHP, apresentaram comprimento de 3 cm. Conclusão: A AMI apresentou a melhor compatibilidade de diâmetro com a AHD e comprimento suficiente para uso como autoenxerto. A AHP, AE, AEI e o ramo descendente da ACFL apresentam calibre estatisticamente diferente da AHD. Destas, somente a AHP não apresentou média de comprimento suficiente para uso em transplante de fígado intervivos / In living donor liver transplantation, the graft presents only a segmental artery, which usually has small diameter and short extension. In these cases, an interpositional arterial autograft can be used in order to obtain vascular extension and better diameter compatibility, making the procedure easier and avoiding surgical complications. Aim: We compared the inferior mesenteric artery (IMA), the splenic artery (SA), the inferior epigastric artery (IEA), the descending branch of the lateral circumflex femoral artery (LCFA) and the proper hepatic artery (PHA) as options of interpositional autograft in living donor liver transplantation. Method: Segments of at least 3 cm of all five arteries were harvested from 16 fresh adult cadavers from both genders through standardized dissection. The analyzed measures were proximal and distal diameter and length. The proximal diameter of RHA and the distal diameter of SA, IMA, IEA and the LCFA were compared to the distal diameter of the RHA. The proximal and distal diameters of the SA, IEA and the LCFA were compared to study caliber gain of each artery. Results: All arteries, except the IMA, showed statistical significant difference in relation to the RHA in terms of diameter. Regarding caliber gain, the arteries demonstrated statistical significant difference. All arteries, except PHA, presented length equal to 3 cm. Conclusion: The IMA demonstrated the best compatibility with the RHA in terms of diameter and has shown sufficient length to be employed as interpositional graft. The PHA, the SA, the IEA and the LCFA presented statistically significant different diameters when compared to the RHA. Among these vessels, only the PHA did not show sufficient mean length
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Ativação do inflamassoma NLRP3 contribui para a disfunção vascular induzida pela aldosterona no diabetes mellitus tipo 2 / NLRP3 inflammasome activation contributes to aldosterone-induced vascular dysfunction in type 2 diabetes mellitus

Ferreira, Nathanne dos Santos 12 July 2018 (has links)
O diabetes mellitus tipo 2 (DM2), uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, é marcado pela presença de complicações micro e macrovasculares, as quais estão associadas à disfunção endotelial, inflamação e fibrose. A aldosterona, cujos níveis plasmáticos estão elevados em pacientes e modelos experimentais de DM2, aumenta a geração de espécies reativas de oxigênio (ERO) e a expressão de marcadores inflamatórios. As citocinas IL-1? e IL-18 são liberadas principalmente após ativação de plataformas moleculares denominadas inflamassomas, as quais incluem os receptores NLRP3. Recentemente, demonstramos que o receptor NLRP3 contribui para a disfunção vascular induzida pela aldosterona. Considerando a existência de evidências que a aldosterona, via receptor mineralocorticoide (MR) e NLRP3, induz a produção de mediadores inflamatórios e, consequentemente, ativação do inflamassoma, podendo assim contribuir para o processo inflamatório no diabetes, nós hipotetizamos que o bloqueio de receptores MR e NLRP3 previne a ativação do inflamassoma e reduz o desenvolvimento das alterações vasculares funcionais associadas ao DM2. Observamos que artérias mesentéricas de animais diabéticos apresentam aumento da expressão/ativação de caspase-1 e IL-11?, aumento dos níveis plasmáticos de IL-1?, aumento da atividade da caspase- 1 em macrófagos do lavado peritoneal e prejuízo no relaxamento dependente de endotélio, comparativamente a artérias do grupo controle. Os tratamentos com espironolactona (antagonista MR) e MCC950 (inibidor de receptor NLRP3) atenuam a disfunção vascular, reduzem a expressão e a atividade da caspase-1 e diminuem os níveis plasmáticos de IL-1?. Células de músculo liso vascular e macrófagos derivados da medula estimulados com aldosterona também apresentam aumento da expressão dos componentes do inflamassoma, o que poderia contribuir para as alterações observadas em animais diabéticos. Pacientes com DM2 apresentam correlação positiva entre os níveis de aldosterona e de IL-1? e/ou glicemia. Em conclusão, nosso estudo demonstra que a aldosterona induz disfunção vascular e processo inflamatório no diabetes tipo 2 através da ativação de MR e do inflamassoma NLRP3. / Type 2 diabetes mellitus (T2DM), a disease that affects millions of people around the world, is marked by the presence of micro and macrovascular complications, which are associated with endothelial dysfunction, inflammation and fibrosis. Aldosterone excess aggravates endothelial dysfunction in diabetes by promoting insulin resistance, fibrosis, oxidative stress and inflammation. Aldosterone activates the molecular platform inflammasome in cells of the immune system, an event that contributes to vascular dysfunction induced by the mineralocorticoid hormone. However, it is unclear whether activation of the inflammasome contributes to the effects of aldosterone in diabetes-associated vascular abnormalities. In the present study we tested the hypothesis that aldosterone induces vascular dysfunction in T2DM via activation of mineralocorticoid receptors (MR) and assembly of the NLRP3 inflammasome. To determine whether aldosterone activates the NLRP3 inflammasome and NLRP3 activation contributes to diabetes-associated vascular dysfunction, mesenteric arteries from control mice (db/m) and mice with type 2 diabetes (db/db), treated with vehicle, spironolactone (MR antagonist) or the NLRP3 antagonist MCC950, were used. Db/db mice exhibited increased vascular expression/activation of caspase-1 and IL-1?, increased plasma IL-1? levels, increased number of caspase-1-positive macrophages in the peritoneal lavage as well as reduced acetylcholine (ACh) vasodilation, compared to control db/m mice. Treatment of db/db mice with spironolactone and MCC950 reduced vascular caspase-1, decreased plasma IL-1? levels and partly restored ACh responses. Spironolactone treatment also reduced the number of caspase-1-positive-macrophages in db/db mice. Vascular smooth muscle cells and bone marrow-derived macrophages stimulated with aldosterone also exhibited increased expression of inflammatory components, which may contribute to diabetes-associated vascular changes. Patients with T2DM exhibited a correlation between aldosterone and IL-1? levels and/or glycemia. In conclusion, our study demonstrates that aldosterone induces vascular dysfunction and inflammatory process in type 2 diabetes through MR receptor activation and NLRP3 inflammation.
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Efeito da administração crônica a longo prazo de ouabaína sobre a pressão arterial e a reatividade vascular de artérias mesentéricas de resistência de rato: possíveis mecanismos envolvidos. / Time-dependent effect of chronic ouabain administration in rats on blood pressure and vascular reactivity in mesenteric resistance arteries: the possible mechanisms involved.

Wenceslau, Camilla Ferreira 17 December 2007 (has links)
A ouabaína (OUA) promoveu hipertensão arterial (HA) após 5, 10 e 20 semanas de tratamento e modificou a função vascular de artérias mesentéricas de resistência (AMR). O tratamento por 5 semanas com OUA aumentou o óxido nítrico (NO) e a expressão protéica da isoforma neuronal de óxido nítrico (nNOS), ao passo que diminuiu os prostanóides vasoconstritores. Além disso, reduziu a expressão protéica da Cu-Zn superóxido dismutase (SOD) e aumentou a atividade funcional da Na+K+-ATPase. Já o tratamento por 10 semanas com OUA aumentou NO e prostanóides vasodilatadores, enquanto diminuiu a expressão protéica da nNOS e da COX-2. O tratamento por 20 semanas reduziu o NO e a expressão protéica da nNOS. Porém, aumentou o ânion superóxido, o tromboxano A2 e a expressão protéica de ambas: a SOD e a COX-2. Em conclusão, o tratamento com OUA promoveu HA e alterações funcionais em AMR, sendo estas dependentes do tempo analisado, pois no tratamento durante 5 e 10 semanas estas alterações não contribuem para a manutenção da HA, enquanto que o tratamento durante 20 semanas contribui. / Ouabain treatment (OUA) developed hypertension after 5, 10 and 20 weeks and modified the vascular function in mesenteric resistance arteries (MRA). 5-weeks treatment with OUA increased nitric oxide (NO) and neuronal isoform of nitric oxide (nNOS) protein expression. On the other side, this treatment reduced vasoconstrictors prostanoids. Besides decreased Cu-Zn superoxide dismutase (SOD) protein expression and increased functional activity of Na+K+-ATPase. 10-weeks treatment enhance NO and vasodilators prostanoids but reduced both nNOS and COX-2 protein expression. 20-weeks treatment reduced NO and nNOS protein expression. Nevertheless increased anion superoxide, tromboxan A2 and both SOD and COX-2 protein expression. In conclusion, OUA treatment induced HA and functional alterations in MRA that are time-dependents, because in 5 and 10 weeks of treatment these alterations are not likely to maintenance of HA, but the changes observed in the treatment during 20 weeks contributes.
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Tratamento das pacientes sintomáticas portadoras de miomas uterinos através da associação das técnicas de embolização dos miomas e ligadura endovascular das artérias uterinas / Uterine artery embolization with polyvinyl-alcohol particles and metallic coils for the treatment of symptomatic patients with fibroids

Pinto, Ricardo Augusto de Paula 27 March 2007 (has links)
Os miomas uterinos são os tumores benignos mais comuns do trato genital feminino, sendo que nas mulheres portadoras, 30% são sintomáticos e exigem alguma forma de tratamento. No presente estudo, foram tratadas 35 pacientes sintomáticas com diagnóstico clínico e ultra-sonográfico de mioma uterino, por meio da embolização dos miomas com partículas de polivinil-álcool associadas à obstrução das artérias uterinas com micromolas fibradas. A avaliação clínica e ecográfica foram inicialmente feitas e o acompanhamento realizado após um, três, seis e doze meses do procedimento. O sucesso técnico foi de 94,3%. O volume uterino médio era de 404,53 cm3 antes do tratamento endovascular percutâneo e o sintoma mais freqüente, em 82,9%, a menorragia. A redução média dos volumes uterinos foi de 21,4%, 39,7%, 53,8% e 59,8% respectivamente em um, três, seis e 12 meses (p < 0,01). Houve, também, a redução do volume do nódulo miomatoso dominante em 5%, 18,5%, 26,8% e 32,9% em um, três, seis e 12 meses, respectivamente (p < 0,01). A melhora e o controle da menorragia foram obtidos em 100% das pacientes tratadas. Houve necessidade de histerectomia em uma paciente por insucesso no controle da dor após seis meses do procedimento. A embolização dos miomas uterinos com partículas de polivinil-álcool associada à oclusão endovascular das artérias uterinas com micromolas fibradas é uma alternativa de tratamento minimamente invasivo para as pacientes sintomáticas portadoras de miomas uterinos que proporciona controle e melhora dos sintomas e redução do tamanho dos miomas e do volume uterino. / Uterine fibroids are the most frequent benign tumors of the female genital tract. The tumors are symptomatic in about 30% of the cases, requiring medical treatment. In the present study, a total of 35 clinically symptomatic patients with ultrasonographic diagnosis of fibroids underwent endovascular treatment, which consisted of embolization of the uterine arteries with 355-500 micras PVA particles associated to metallic coils. Clinical and ultrasonographic evaluations were performed at baseline, 1, 3, 6 and 12 months post-intervention. Technical success was obtained in 94.3% of the cases. Mean uterine volume before the procedure was 404.53 cm³ and menorrhagia was the most frequent symptom (82.9%). Mean reduction of the uterine volumes was 21.4%, 39.7%, 53.8% and 59.8% respectively at 1, 3, 6 and 12 months post-intervention. Dominant fibroid size was also significantly reduced after the procedure (5%, 18.5%, 26.8% and 32.9% reductions at 1, 3, 6 and 12 months, respectively; p < 0.01). Vaginal bleeding was abolished in all cases after the 12-month follow up. One patient needed to undergo hysterectomy 6 months after the procedure due to uncontrolled pain. Our results demonstrate uterine arteries embolization is minimally invasive and provides clinical control of the fibroids associated to significant reduction of the uterine volume. Moreover, the technique preserves the uterus and should be considered a therapeutic alternative to standard surgical treatment.

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