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Avaliação da qualidade de serviços de saúde mental um estudo de caso do CAPS Profeta Gentileza / Assessing the quality of mental health services - a case study of CAPS Profeta Gentileza

Moema Belloni Schmidt 16 May 2007 (has links)
Este estudo visa potencializar a discussão sobre metodologias avaliativas delineadas para os serviços de saúde mental. A questão que orienta a pesquisa é como avaliar um serviço de saúde do tipo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Realizamos pesquisa avaliativa, em formato de estudo de caso, de um CAPS localizado na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro. Apresentamos dados quantitativos e qualitativos sobre a assistência prestada no serviço, referentes a pacientes matriculados e encaminhados em um período de seis meses. O estudo contou com a observação participante do pesquisador, coleta de dados em prontuários e registros oficiais da unidade e discussão de casos clínicos em reunião com a equipe multiprofissional. Procedemos a considerações avaliativas sobre o serviço estudado, privilegiando os eixos de análise: acesso, acolhimento e acompanhamento. / This study aims to contribute to the construction of evaluating methodologies designed for mental health services. The main issue that guides the research is how to evaluate a health service such as a Psychosocial Attention Center (CAPS). Besides a wide revision of the specialized literature, the study develops an evaluation research focused on a case study of a Psychosocial Attention Center, located in the west area of the city of Rio de Janeiro. It was used both quantitative and qualitative data about the assistance offered in the center concerning either to registered patients and to patients referred to other health services, during the period of six months. The methodology used was based both on participative observation and on data collected from the service files and from clinical case studies in the form of multiprofessional team meetings. The collected materials were examined according to defined evaluating procedures, emphasizing the three axes of analysis: access, attendance and accompaniment.
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O processo de construção de campo psicossocial na política pública de saúde mental: uma análise micropolítica da produção do cuidado / The process of building the psychosocial field in mental health policy. An analysis of micropolitics care production.

Marco José de Oliveira Duarte 31 October 2012 (has links)
Analisa-se o processo de produção do cuidado em serviços de saúde mental na cidade do Rio de Janeiro, tomando como lócus de investigação duas instituições psiquiátricas universitárias, que mantém sua estrutura asilar, com aparente modernização e a rede pública municipal dos dispositivos da atenção psicossocial, os Centros de Atenção Psicossocial, que operam na construção de um novo tipo de referência terapêutica cujo foco de suas práticas coloca o usuário-centrado na cena do cuidado e privilegia as questões de existência dos mesmos quando reconhece esse sujeito em sua singularidade, subjetividade e na diferença de andar a vida. Para tanto, a investigação teve por objetivo a produção de conhecimento atualizado sobre os discursos e práticas que os agentes institucionais veiculam e representam sobre a produção do cuidado nas instituições em questão. No sentido metodológico exploramos os dados do discurso e da prática do cuidar, entendendo que o processo de trabalho em saúde é um conjunto de práticas institucionais articuladas às demais práticas. Desta forma, a pesquisa procurou caracterizar o processo de produção do trabalho do cuidado em saúde mental, no contexto dos serviços. Pretendeu-se compreender os elementos constitutivos que operam esse trabalho, identificando e estabelecendo suas tendências no cenário socioinstitucional. Assim, não se trata de uma avaliação da qualidade dos serviços de saúde mental, mas sim, de uma análise qualitativa das práticas no cotidiano da produção deste cuidado. Observou-se que são múltiplos os sentidos e significados presentes na gestão do cuidado desenvolvida no campo da saúde mental, particularmente, no campo da atenção psicossocial. São ainda vários os desafios no cotidiano dos serviços públicos de saúde mental na construção dos novos modelos técnico-assistenciais. Isso se observa quando se toma o coletivo que o faz, técnicos, usuários e familiares, que tem como referência esse ethos da produção do cuidado, principalmente, na direção ético-estética e política por parte de todos esses na concretização de um equipamento aberto e de base territorial-comunitário. / This thesis analyzes the production process of care in mental health services in the city of Rio de Janeiro, taking as a locus of two psychiatric institutions research university that maintains its structure asylum, with apparent modernization and municipal public of the provisions of psychosocial care Psychosocial Care Centers, which operate in the construction of a new reference type whose therapeutic focus of their practice puts the "user-centered" care at the scene and privileges "questions of existence" that recognizes when the same subject in its uniqueness , subjectivity and difference in "living life." Therefore, research aimed at the production of updated knowledge about the discourses and practices that convey and represent institutional agents on the production of care in the institutions in question. In order methodological explore the data of speech and practice of caring, understanding that the process of health work is a set of institutional practices articulated with other practices. Thus, the study sought to characterize the production process of the work of mental health care in the context of services. The aim is to understand the components that operate this work by identifying and establishing trends in socio-institutional setting. Thus, it is not an assessment of the quality of mental health services, but rather, a qualitative analysis of practices in the production of this everyday watch. The institutional actors speak the perspective of a particular place in relations socio-institutional study. It was observed that there are multiple meanings present in care management developed in the field of mental health post-reform, particularly in the field of psychosocial care when taking both university spaces as the municipal network CAPS. Are still many challenges in everyday public mental health services in the construction of the new models and technical assistance. This can be seen when taking the collective that does, technicians, patients and families, which has reference to that ethos of care production, is subjective, is aimed primarily toward aesthetic and ethical-political by all those in implementation of an open equipment and territorial-based community. Hence the need for constant evaluations, careful monitoring so that these practices do not reproduce in the new model, the old order asylum, fragmented care by the technical and scientific knowledge, the disciplining of bodies, censorship of words.
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Entoações de subjetivação : relação entre escolas e centros de atenção psicossocial infantojuvenil

Machado, Magale de Camargo January 2013 (has links)
La recherche a son origine dans le développement du PIEP (Projet interdisciplinaire de psychologie, informatique dans l'enseignement et la pédagogie), qui se produit dans les écoles primaires et dans leur relation avec l'atelier d'écriture créative, qui est un projet développé en CATTP (Centre d’accueil thérpeutique à temps partiel pour enfants et adolescents). Les deux projets soulignent la coordination intersectorielle, au milieu de la politique publique d’intégration de l'enseignement dans l’éducation et la santé mentale de la ville de Novo Hamburgo. La question qui a guidé la recherche est la suivante: Quelles sont les possibilités de la subjectivité que le espace public peut offrir, à travers des écoles et des CATTP avec ses projets intersectoriels et interdisciplinaires pour les adolescents en situation d'exclusion de l'école, de la societé , du marché de la famille? Le principal cadre théorique est la philosophie du langage de Mikhaïl Bakhtine, la philosophie de Dany-Robert Dufour, ainsi que la méthodologie du Laboratoire de recherche sur l'interaction de langage et de la cognition, LELIC - UFRGS, coordonné par Margarete Axt. A côté de ce cadre de référence, nous utilisons également le travail de Bernard Stiegler sur la philosophie contemporaine, Winnicott sur l'objet transitionnel et Amorim Marilia sur la méthodologie pour les chercheurs. La méthodologie de la recherche est construite avec l’intention de maintenir une position éthique d’ acceptation et d’ altérité par rapport à l'Autre. Il y avait une immersion dans le domaine de l’éducation et de la santé mentale en particulier avec la participation dans la formation continuée des coordonnateurs du PIEP et des réunions hebdomadaires de l'atelier d'écriture créative. Nous composons un matériau à analyser avec les énoncés des coordonnateurs du PIEP et productions écrites des adolescents des ces deux projets. Le concept de l'intonation de l'oeuvre de Bakhtine (DVDA) a aidé à la traduction sur la façon dont nous sélectionnons et nous analysont les voix des sujets de recherche, qui imprègne les autres instances de l'analyse. Ce sont des voix qui portent d'autres voix que produizent ce que Bakhtine (DVDA) a appelé «l'effet de choeur". C'est pour marquer le statut social d'un processus collectif par lequel ils ont donné les intonations analysés dans cette recherche. Nous concluons que l’intonation en même temps, montrant les nuances qui font les évaluations d'un groupe particulier, ils créent aussi des possibilités de la subjectivité, et l'effet du singulier au collectif. Construire des espaces favorables pour les intonation, comme dans PIEP et Atelier d'Écriture Créative, ouvre des possibilités de subjectivation qui sont pour aider les adolescents dans les processus d'insertion dans la cité e dans la culture. / A pesquisa tem a sua origem no desenvolvimento do PIEP (Projeto Interdisciplinar entre Psicologia, Informática Educativa e Pedagogia), que ocorre em escolas municipais de ensino fundamental, e na sua articulação com a Oficina de Escrita Criativa, que é um projeto desenvolvido no CAPSi (Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil). Ambos os projetos colocam em evidência a articulação intersetorial, em meio às políticas públicas de inclusão da rede municipal de ensino e de saúde mental da cidade de Novo Hamburgo. A interrogação que orientou a investigação se coloca nos seguintes termos: Quais são as possibilidades de subjetivação que a rede pública pode disponibilizar, através das escolas e dos CAPSis, com seus projetos intersetoriais e interdisciplinares, para adolescentes em situações de exclusão na/da escola, do social, da família, do mercado? O quadro teórico principal é a filosofia da linguagem de Mikhail Bakhtin, filosofia de Dany-Robert Dufour, juntamente com a metodologia de pesquisa do Laboratório de Estudos em Linguagem Interação e cognição, LELIC – UFRGS, coordenado por Margarete Axt. Ao lado deste marco referencial, recorremos também aos trabalhos de Bernardo Stiegler sobre filosofia contemporânea, Winnicott sobre o objeto transicional e Marília Amorim sobre metodologia de pesquisa. A metodologia construída é de implicação primando por uma posição ética de acolhimento e de alteridade na relação com o Outro. Houve a imersão no campo, principalmente com a participação no espaço de formação dos coordenadores dos grupos do PIEP e nos encontros semanais da Oficina de Escrita Criativa. Compomos um material para ser analisados com os enunciados dos coordenadores do PIEP e produções escritas de adolescentes dos dois projetos. O conceito de entoação da obra de Bakhtin (DVDA) auxiliou na tradução sobre a maneira pela qual selecionamos e analisamos as vozes dos sujeitos da pesquisa, permeando as demais instâncias de análises. São vozes que portam outras vozes e produzem o que Bakhtin (DVDA) chamou de “efeito coral”. Isso vem a marcar a condição social de um processo coletivo pelo que se deram as entoações analisadas na pesquisa. Concluímos que as entoações, ao mesmo tempo em que mostram as tonalidades e marcam a valorações de um determinado grupo, também criam possibilidades de subjetivação, sendo o efeito da relação do singular com o coletivo. Construir espaços propícios para possibilidades de entoação, como ocorre no PIEP e na Oficina de Escrita Criativa, abrem possibilidades de subjetivação que vêm a auxiliar os adolescentes nos processos de inserção no grupo, na cidade, na cultura.
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Da tecitura do texto à construção do leitor : reflexões sobre o trabalho com as letras

Serafini, Giovana de Castro Cavalcante January 2006 (has links)
O presente estudo desdobrou-se em duas direções: primeiramente, no desenrolar das funções de escritor e leitor ocupadas por sujeitos adultos ao longo de uma oficina de escrita; em segundo lugar, nos contornos de que se reveste o lugar do oficineiro enquanto leitor do que se produz nesse espaço. Desenvolvida a partir da experiência de Coordenação de uma oficina de escrita no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Município de Esteio, no Rio Grande do Sul, essa atividade aconteceu no período de março de 2003 a junho de 2006. A proposta era que os participantes fossem convidados a escrever e a ler seus escritos, na aposta de que esse convite pudesse abrir um espaço de produção de si e que o estímulo ao compartilhamento do escrito incrementasse as possibilidades de subjetivação no laço com o Outro. A psicanálise, principalmente a partir das obras de Freud e Lacan, foi utilizada enquanto lente que ajudou a ler e a produzir a experiência, ou seja, serviu de fonte teórica e metodológica para desenvolver a pesquisa. O trabalho de oficina terapêutica situa-se num espaço de fronteira entre o clínico e o educacional, em que o objetivo é o de constituir um lugar onde o escrever e o ler possam produzir efeitos subjetivos. Há a produção de um objeto, o texto, envolvendo o trabalho sobre a linguagem a partir de seu compartilhamento com terceiros. Além disso, existe uma indissociabilidade da escrita e da leitura, especialmente do olhar sobre o escrito e da voz na leitura, que se apresentam como marca de singularidade. A folha de papel, em algumas circunstâncias, pode oferecer-se como superfície de expressão e de construção de si. Participaram da pesquisa dois sujeitos que emprestaram seus textos para serem investigados e (re)lidos. Os escritos em oficina foram apresentados junto com as leituras realizadas. O interesse recaiu sobre o modo como os textos, postos em seqüência, produziam um tecido cujos pontos de continuidade, corte, coerência, inovação e estilo se faziam ver em movimentos que se relançavam a cada produção. Em momento algum se almejou fazer uma psicologia do autor ou tomar os textos como ilustração dos casos clínicos. A partir das análises desenvolvidas, foram tecidas reflexões acerca das posições de escritor e leitor de um texto e das possibilidades de utilizá-las enquanto dispositivos de trabalho no atendimento a sujeitos com grave sofrimento psíquico. Da mesma forma, foram traçadas considerações acerca do fazer em oficina e do papel do oficineiro enquanto aposta na criação de um sujeito escritor. Ampliou-se a discussão da posição de leitura como um lugar que necessita ser construído pelo oficineiro, ancorado no desejo de que o que está sendo lido possa se configurar como uma escrita. / El presente estudio se desdobló en dos direcciones: primeramente en el desarrollo de las funciones de escritor y lector, ocupadas por sujetos adultos a lo largo de un taller de escritura; en segundo lugar, en las especificidades del lugar del coordinador del taller en cuanto lector de lo que se produce en ese espacio. Desarrollada a partir de la experiencia de coordinación de un taller de escritura en el Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de la municipalidad de Esteio, en Rio Grande do Sul (Brasil), esa actividad ocurrió en el período de marzo de 2003 a junio de 2006. La propuesta era que los participantes fuesen invitados a escribir y a leer sus textos, en la apuesta de que esa invitación pudiese abrir un espacio de producción de si y que el estímulo a la compartición de lo escrito ampliase las posibilidades de subjetivación en el vínculo con el otro. El psicoanálisis, principalmente a partir de las obras de Freud y Lacan, fue utilizado como lente que ayudó a leer y a producir tal experiencia, o sea, sirvió de base teórica y metodológica para el desarrollo de la investigación. El trabajo del taller terapéutico se ubica en un espacio de frontera entre lo clínico y lo educacional. Su objetivo es construir un lugar donde el escribir y el leer puedan producir efectos subjetivos. Hay la producción de un objeto — el texto — que envuelve el trabajo sobre el lenguaje a partir de su compartición con terceros. Además, hay una indisociabilidad entre la escritura y la lectura, especialmente de la mirada sobre lo escrito y de la voz en la lectura, que se presentan como marca de singularidad. La hoja de papel, en algunas circunstancias, puede ofrecerse como superficie de expresión y de construcción de si. Participaron de la investigación dos sujetos que permitieron que sus textos fuesen investigados y (re)leídos. Los textos escritos en el taller fueron presentados juntamente a las lecturas realizadas. El interés recayó sobre el modo cómo esos textos, puestos en secuencia, producían un tejido cuyos puntos de continuidad, corte, coherencia, innovación y estilo se hacían ver en movimientos que se relanzaban a cada producción. En ningún momento se pretendió hacer una psicología del autor o tomar los textos como ilustración de los casos clínicos. A partir de los análisis desarrollados se tejieron reflexiones acerca de las posiciones de escritor y lector de un texto y de las posibilidades de utilizarlas como dispositivos de trabajo en la atención a sujetos con grave sufrimiento psíquico. De la misma forma, fueron trazadas consideraciones sobre el hacer en taller y el papel del coordinador del taller como alguien que apuesta en la creación de un sujeto escritor. Se amplió la discusión de la posición de la lectura como un lugar que necesita ser construido por el coordinador, anclado en el deseo de que lo que se leye pueda configurarse como una escrita.
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Reforma psiquiátrica brasileira / Brazilian psychiatric reform

Nascimento, Lorrany Rodrigues do 17 April 2018 (has links)
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A qualitative methodology was adopted, employing semi-structured individual interviews as a research technique. Ten agents involved in the Deinstitutionalization process in the city (militants, managers, academicians and professionals of the network) were interviewed, in addition to two agents connected to the Sanitary Reform. The interviews, after being transcribed, went through a content analysis process, wherein the approached speech themes were used as classification criteria. In the idea of the respondents, the psychosocial care model is seen as the most adequate for the care of the psychic individual in pain because it is lined on the horizontal, on the respect of the human rights and territorialization. Despite this, it would face difficulties to become legitimized due to the interests that are behind the maintenance of the asylum model. In this regard, the necessity of a bigger articulation of the social movements is pointed out, with the construction of new leaderships. The conclusion was that the Deinstitutionalization process in Goiânia is still underdeveloped, presenting, beyond the difficulties associated to a national anti-democratic and neoliberal context, obstacles related to decision making techniques based on political criteria (as the managers selection), the operation of sectors which are contrary to the reform and because the sociocultural dimension of the reform in the city is still not yet well developed. / Tendo em vista um contexto em que o processo de Desinstitucionalização mostra-se ameaçado pela adoção de medidas privatizantes no âmbito do SUS, foi desenvolvida uma dissertação de mestrado sobre a Reforma Psiquiátrica no município de Goiânia, onde a expansão e legitimação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) enfrenta desafios relacionados à persistência de dispositivos de caráter manicomial. O objetivo central foi o entendimento da fundamentação teórica e política sobre a qual se baseia a defesa do modelo de atenção psicossocial a partir das representações de agentes com um papel relevante nas políticas de saúde mental do município. Foi adotada a metodologia qualitativa, com o emprego da entrevista individual semi-estruturada como técnica de pesquisa. Foram entrevistados 10 agentes envolvidos no processo de Desinstitucionalização no município (militantes, gestores, acadêmicos e profissionais da rede), além de 2 agentes ligados à Reforma Sanitária. As entrevistas, depois de transcritas, passaram por um processo de análise de conteúdo, em que se adotou como critério de classificação os temas abordados nas falas. Na concepção dos entrevistados, o modelo de atenção psicossocial é visto como mais adequado ao cuidado do indivíduo em sofrimento psíquico por estar pautado na horizontalidade, no respeito aos direitos humanos e na territorialização. Apesar disso, enfrentaria dificuldades para se legitimar devido aos interesses que subjazem a manutenção do modelo manicomial. Nesse sentido, é apontada a necessidade de uma maior articulação dos movimentos sociais, com a construção de novas lideranças. Conclui-se que o processo de Desinstitucionalização em Goiânia ainda é pouco desenvolvido, apresentando, além das dificuldades associadas a um contexto nacional anti-democrático e neoliberal, obstáculos relacionados a tomada de decisões técnicas com base em critérios políticos (como a escolha dos gestores), a atuação de setores contrários à reforma e ao fato da dimensão sociocultural da reforma no município ainda não ter sido bem desenvolvida.
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O livro das receitas d\'O Bar Bibitantã: conquistas e desafios na construção de um empreendimento econômico solidário na rede pública de atenção à saúde mental no município de São Paulo / The receipt book: the challenge of the construction of a solidarity economy enterprise in the public mental health care system in São Paulo municipality

Caroline Ballan 08 July 2010 (has links)
Trata-se de uma Pesquisa Participante, perspectiva metodológica que se compromete com o exercício reflexivo coletivo (de todos os atores) e implicado (dos pesquisadores) com a leitura da realidade real, aquela que se constrói no cotidiano da vida das pessoas, e se dá por meio da análise das transformações da realidade pelos que a vivem. O objeto de estudo é a forma de organização do trabalho num empreendimento econômico solidário, EES, incubado no serviço de saúde mental 24 horas, o Centro de Atenção Psicossocial III do Itaim Bibi, da Secretaria de Saúde do Município de São Paulo. Os objetivos do estudo são: documentar o processo de concepção, construção e consolidação do EES O Bar Bibitantã; compreender a forma de organização do trabalho; identificar as transformações que esse trabalho produz na vida das pessoas. São sujeitos do estudo seis mulheres e cinco homens, trabalhadores e trabalhadoras dO Bar Bibitantã, um coletivo complexo, formado por pessoas com experiência de sofrimento psíquico que vivem em desvantagem na relação com o corpo social, trabalhadores, estudantes e pesquisadores do campo da saúde mental. A pesquisa respeitou todos os procedimentos éticos. Optou-se pela Oficina de Trabalho como instrumento para construção, coletivização, produção e apropriação dos saberes produzidos e consumidos nO Bar Bibitantã. Os resultados demonstram o processo de superação do projeto de geração de trabalho e renda para a organização do trabalho como um EES, orientado pelas diretrizes da Reforma Psiquiátrica e da Economia Solidária: aqui não tem patrão, é economia solidária, é trabalho, mas todos ajudam com cooperação; não tem salário fixo foi um acordo no começo; que há ganhos materiais, com retiradas que garantem renda média mensal em dinheiro usada para consumo (alimentação, eletrodomésticos, cosméticos, vestuário, lazer) e reprodução social (aluguel, luz, telefone, educação, saúde); os ganhos imateriais referem-se a: ganhar conhecimento, perder a timidez, ignorar certas coisas, falar melhor com as pessoas, pensar mais em si, aprendizagem, cuidado, trabalhar em equipe, socializar com as pessoas, pensar no coletivo, não só no individual, conviver com pessoas, aprender como funciona, aprender com os erros, tentar consertá-los, tentar ser um ser humano melhor, tentar melhorar e evoluir. A pesquisa demonstra que a experiência de trabalho no EES possibilita o acesso a novos itinerários, ao direito ao trabalho e a construção de um novo olhar para experiência da loucura no imaginário coletivo. / This is a Participant Research which methodological perspective engages with the collective reflexive exercise (involving all individuals engaged in the process) and demanding (from the researchers) the ability of copying the reality, the one built in everyday life, and this copying is reached through the analysis of the changes happened in reality made by those who live it. The object of study is the way the work is organized in a Solidarity Economy Enterprise (SEE), matured in a 24 hours mental health service, the Psychosocial Care Center (CAPS III Itaim Bibi), connected to the Health Secretary in São Paulo Municipality. The objectives of the study are: documenting the process of conception, construction and consolidation of the SEE O Bar Bibitantã; understanding the way the work is organized; identifying the transformations this work makes in peoples lives. The subjects of the study were six women and five men, workers of the O Bar Bibitantã, a complex collective, composed by people with psychic suffering experience who live in disadvantage concerned to the relation with the social corps, and also workers, researchers and students related to the mental health area. The research respected all the ethical procedures. The Workshop was elected as the instrument to do the construction, sharing, producing and appropriation of the knowledge produced and consumed in the O Bar Bibitantã. The results show the process of overcoming the conception from a project to generate work and revenue to the organization of the work as a SEE, guided by the directives of the Psychiatric Reform and the Solidarity Economy: here there is no boss, it is solidarity economy, it is work, but everybody helps with cooperation; there is no pre-established salary, it was a deal made in the beginning; there are material profits, with withdraws that guarantee an average monthly wage in cash used for consuming (food, clothing, appliance, cosmetics, leisure) and social reproduction (rent, electricity bills, phone bills, education, health); the immaterial gains concern to: being acknowledged, diminishing shyness, ignoring certain things, communicating better with people, thinking more about oneself, learning, caring, working as a group, socializing with people, thinking in the collective, not only in oneself, learning how to work, learning from the mistakes, trying to fix them, trying to be a better human being, trying to improve and grow. The research shows that the experience of working in the SEE allows the access to new paths, to the right of working and the construction of a new vision concerned to the experience of madness in the collective imaginary.
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O tipo vivido de familiares de usuários de um centro de atenção psicossocial infantil

Machineski, Gicelle Galvan January 2011 (has links)
O modelo de atenção psicossocial em saúde mental considera que a família é sujeito de cuidado. Apesar disso, são escassos os estudos que enfocam os familiares de usuários de Centros de Atenção Psicossocial infantil. Nesse sentido, o presente estudo justifica-se pela necessidade de aprofundar a compreensão das perspectivas de familiares em relação ao atendimento que crianças e adolescentes recebem naqueles serviços substitutivos em saúde mental. O objetivo dessa pesquisa consiste em compreender o tipo vivido de familiares de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial Infantil. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de abordagem fenomenológica, na qual se utilizou o referencial da fenomenologia social de Alfred Schütz. A coleta das informações foi realizada no período de outubro a novembro de 2010, em local e horário convenientes aos sujeitos da pesquisa, no município de Cascavel, Paraná, Brasil. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 11 familiares que mais se ocupam dos cuidados de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial Infantil. A análise compreensiva das informações permitiu descrever o tipo vivido dos familiares de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial Infantil, a partir de suas motivações e expectativas, como sendo: aquele que vivencia o comportamento do usuário; refere o encaminhamento de outros serviços; espera por tratamento; deseja a melhora do quadro clínico e vivencia o apoio do serviço aos familiares. Nesse sentido, espera-se que o presente estudo possa contribuir para que as equipes de saúde mental, especificamente os enfermeiros, passem a refletir sobre o modo como vêm trabalhando e as possíveis reestruturações que se façam necessárias para a assistência, podendo contribuir no atendimento aos familiares e usuários dos Centros de Atenção Psicossocial Infantil. / The psychosocial model in mental health regards that the family is subject of care. However, there are still few studies focusing on familiars of Infant Psychosocial Attention Centers‟ users. In that sense, the present study is justified by the necessity of broadening the comprehension of family members‟ perspectives in relation to the support children and teenagers receive in those mental health substitutive services. The aim of this research consists in understanding the experienced kind of relatives of Infant Psychosocial Attention Centers‟ users. It is a qualitative research with a phenomenological approach, in which the social phenomenology reference of Alfred Schutz was used. Information gathering was performed within the period from October to November, 2010, in appropriate site and time to the study subjects, in the municipality of Cascavel, Paraná, Brazil. Semi-structured interviews were performed with 11 familiars who provide most care for users of an Infant Psychosocial Attention Center. Comprehensive data analysis allowed one to describe the experienced kind of relatives of users of an Infant Psychosocial Attention Center, based on their motivations and expectations, as the ones who deal with the user behavior; refer the routing of other services; wait for treatment; wish for improvement in the clinical profile of the patient; and experience the service support to family members. Thus, it is expected that the present study may contribute to Mental Health teams, specifically nurses, in order to allow them to reflect on how they have been working, and on the possible restructurings that may be necessary for the assistance, being able to contribute in the support of relatives of Infant Psychosocial Attention Centers‟ users. / El modelo de atención psicosocial en salud mental considera que la familia es sujeto de cuidado. A pesar de esto, son raros los estudios que enfocan los familiares de usuarios de Centros de Atención Psicosocial Infantil. En este sentido, el presente estudio se justifica por la necesidad de profundizar la comprensión de las perspectivas de familiares en relación al atendimiento que niños y adolescentes reciben en aquellos servicios substitutivos en salud mental. El objetivo de esa investigación consiste en comprender el tipo vivido de familiares de usuarios de un Centro de Atención psicosocial Infantil. Se trata de una investigación cualitativa, de abordaje fenomenológica, en la cual se utilizó el referencial de la fenomenología social de Alfred Schütz. La coleta de las informaciones fue realizada en el periodo de octubre a noviembre de 2010, en local y horario convenientes a los sujetos de la investigación, en el municipio de Cascavel, Paraná, Brasil. Fueron realizadas entrevistas semiestruturadas con 11 familiares que más se ocupan de los cuidados de usuarios de un Centro de Atención Psicosocial Infantil. El análisis comprensivo de las informaciones permitió describir el tipo vivido de los familiares de usuarios de un Centro de Atención Psicosocial Infantil, a partir de sus motivaciones y expectativas, como: aquel que convive con el comportamiento del usuario; refiere el encaminamiento de otros servicios; espera por tratamiento; desea la mejora del cuadro clínico y convive con el apoyo del servicio a los familiares. En este sentido, se espera que el presente estudio pueda contribuir para que los equipos de salud mental, específicamente los enfermeros, pasen a reflexionar sobre el modo como vienen trabajando y las posibles reestructuraciones que se hagan necesarias para la asistencia, pudiendo contribuir en el atendimiento a los familiares y usuarios de los Centros de Atención Psicosocial Infantil.
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"Entre se quiser, saia se puder" : os percursos dos jovens pelas redes sociais e a internação psiquiátrica

Scisleski, Andrea Cristina Coelho January 2006 (has links)
Esta dissertação problematiza a internação psiquiátrica de jovens, tomando-a não a partir de uma perspectiva psicopatológica individual, mas de uma dimensão subjetivo-social contemporânea, representada pelos percursos desses jovens pelas chamadas redes sociais. A presente pesquisa tem como campo empírico o Centro Integrado de Atenção Psicossocial para crianças e adolescentes (CIAPS) do Hospital Psiquiátrico São Pedro (HPSP), na cidade de Porto Alegre/Brasil. Também fazem parte do campo investigativo o Fórum Técnico Macrometropolitano de Saúde Mental (FTMSM), o Serviço de Admissão e Triagem (SAT) do HPSP e o II Seminário Internacional de Justiça Terapêutica. O objetivo do estudo é investigar como se produz a internação psiquiátrica, tendo como foco de visibilidade desta produção o percurso dos jovens pelas chamadas redes sociais. Para tanto, como metodologia, foram realizadas oficinas com os jovens que estavam em atendimento sob regime de internação no CIAPS/HPSP. Contudo, para que a discussão não se restringisse à perspectiva dos jovens, ampliou-se o campo empírico para as instituições referidas com o intuito de problematizar-se as acepções de rede para os serviços em saúde mental envolvidos nos percursos juvenis. Percebeu-se uma recorrência no modo de funcionamento da “rede”, acarretando na produção de um certo perfil dos jovens que internam, como pobreza sócio-econômica e uso de drogas. Outro aspecto importante diz respeito ao papel da ordem judicial nos encaminhamentos à internação, que por vezes obedece tanto a uma lógica de punição aos jovens e dos serviços, como também de estratégia de acesso aos serviços de saúde.
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Da tecitura do texto à construção do leitor : reflexões sobre o trabalho com as letras

Serafini, Giovana de Castro Cavalcante January 2006 (has links)
O presente estudo desdobrou-se em duas direções: primeiramente, no desenrolar das funções de escritor e leitor ocupadas por sujeitos adultos ao longo de uma oficina de escrita; em segundo lugar, nos contornos de que se reveste o lugar do oficineiro enquanto leitor do que se produz nesse espaço. Desenvolvida a partir da experiência de Coordenação de uma oficina de escrita no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do Município de Esteio, no Rio Grande do Sul, essa atividade aconteceu no período de março de 2003 a junho de 2006. A proposta era que os participantes fossem convidados a escrever e a ler seus escritos, na aposta de que esse convite pudesse abrir um espaço de produção de si e que o estímulo ao compartilhamento do escrito incrementasse as possibilidades de subjetivação no laço com o Outro. A psicanálise, principalmente a partir das obras de Freud e Lacan, foi utilizada enquanto lente que ajudou a ler e a produzir a experiência, ou seja, serviu de fonte teórica e metodológica para desenvolver a pesquisa. O trabalho de oficina terapêutica situa-se num espaço de fronteira entre o clínico e o educacional, em que o objetivo é o de constituir um lugar onde o escrever e o ler possam produzir efeitos subjetivos. Há a produção de um objeto, o texto, envolvendo o trabalho sobre a linguagem a partir de seu compartilhamento com terceiros. Além disso, existe uma indissociabilidade da escrita e da leitura, especialmente do olhar sobre o escrito e da voz na leitura, que se apresentam como marca de singularidade. A folha de papel, em algumas circunstâncias, pode oferecer-se como superfície de expressão e de construção de si. Participaram da pesquisa dois sujeitos que emprestaram seus textos para serem investigados e (re)lidos. Os escritos em oficina foram apresentados junto com as leituras realizadas. O interesse recaiu sobre o modo como os textos, postos em seqüência, produziam um tecido cujos pontos de continuidade, corte, coerência, inovação e estilo se faziam ver em movimentos que se relançavam a cada produção. Em momento algum se almejou fazer uma psicologia do autor ou tomar os textos como ilustração dos casos clínicos. A partir das análises desenvolvidas, foram tecidas reflexões acerca das posições de escritor e leitor de um texto e das possibilidades de utilizá-las enquanto dispositivos de trabalho no atendimento a sujeitos com grave sofrimento psíquico. Da mesma forma, foram traçadas considerações acerca do fazer em oficina e do papel do oficineiro enquanto aposta na criação de um sujeito escritor. Ampliou-se a discussão da posição de leitura como um lugar que necessita ser construído pelo oficineiro, ancorado no desejo de que o que está sendo lido possa se configurar como uma escrita. / El presente estudio se desdobló en dos direcciones: primeramente en el desarrollo de las funciones de escritor y lector, ocupadas por sujetos adultos a lo largo de un taller de escritura; en segundo lugar, en las especificidades del lugar del coordinador del taller en cuanto lector de lo que se produce en ese espacio. Desarrollada a partir de la experiencia de coordinación de un taller de escritura en el Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de la municipalidad de Esteio, en Rio Grande do Sul (Brasil), esa actividad ocurrió en el período de marzo de 2003 a junio de 2006. La propuesta era que los participantes fuesen invitados a escribir y a leer sus textos, en la apuesta de que esa invitación pudiese abrir un espacio de producción de si y que el estímulo a la compartición de lo escrito ampliase las posibilidades de subjetivación en el vínculo con el otro. El psicoanálisis, principalmente a partir de las obras de Freud y Lacan, fue utilizado como lente que ayudó a leer y a producir tal experiencia, o sea, sirvió de base teórica y metodológica para el desarrollo de la investigación. El trabajo del taller terapéutico se ubica en un espacio de frontera entre lo clínico y lo educacional. Su objetivo es construir un lugar donde el escribir y el leer puedan producir efectos subjetivos. Hay la producción de un objeto — el texto — que envuelve el trabajo sobre el lenguaje a partir de su compartición con terceros. Además, hay una indisociabilidad entre la escritura y la lectura, especialmente de la mirada sobre lo escrito y de la voz en la lectura, que se presentan como marca de singularidad. La hoja de papel, en algunas circunstancias, puede ofrecerse como superficie de expresión y de construcción de si. Participaron de la investigación dos sujetos que permitieron que sus textos fuesen investigados y (re)leídos. Los textos escritos en el taller fueron presentados juntamente a las lecturas realizadas. El interés recayó sobre el modo cómo esos textos, puestos en secuencia, producían un tejido cuyos puntos de continuidad, corte, coherencia, innovación y estilo se hacían ver en movimientos que se relanzaban a cada producción. En ningún momento se pretendió hacer una psicología del autor o tomar los textos como ilustración de los casos clínicos. A partir de los análisis desarrollados se tejieron reflexiones acerca de las posiciones de escritor y lector de un texto y de las posibilidades de utilizarlas como dispositivos de trabajo en la atención a sujetos con grave sufrimiento psíquico. De la misma forma, fueron trazadas consideraciones sobre el hacer en taller y el papel del coordinador del taller como alguien que apuesta en la creación de un sujeto escritor. Se amplió la discusión de la posición de la lectura como un lugar que necesita ser construido por el coordinador, anclado en el deseo de que lo que se leye pueda configurarse como una escrita.
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Entoações de subjetivação : relação entre escolas e centros de atenção psicossocial infantojuvenil

Machado, Magale de Camargo January 2013 (has links)
La recherche a son origine dans le développement du PIEP (Projet interdisciplinaire de psychologie, informatique dans l'enseignement et la pédagogie), qui se produit dans les écoles primaires et dans leur relation avec l'atelier d'écriture créative, qui est un projet développé en CATTP (Centre d’accueil thérpeutique à temps partiel pour enfants et adolescents). Les deux projets soulignent la coordination intersectorielle, au milieu de la politique publique d’intégration de l'enseignement dans l’éducation et la santé mentale de la ville de Novo Hamburgo. La question qui a guidé la recherche est la suivante: Quelles sont les possibilités de la subjectivité que le espace public peut offrir, à travers des écoles et des CATTP avec ses projets intersectoriels et interdisciplinaires pour les adolescents en situation d'exclusion de l'école, de la societé , du marché de la famille? Le principal cadre théorique est la philosophie du langage de Mikhaïl Bakhtine, la philosophie de Dany-Robert Dufour, ainsi que la méthodologie du Laboratoire de recherche sur l'interaction de langage et de la cognition, LELIC - UFRGS, coordonné par Margarete Axt. A côté de ce cadre de référence, nous utilisons également le travail de Bernard Stiegler sur la philosophie contemporaine, Winnicott sur l'objet transitionnel et Amorim Marilia sur la méthodologie pour les chercheurs. La méthodologie de la recherche est construite avec l’intention de maintenir une position éthique d’ acceptation et d’ altérité par rapport à l'Autre. Il y avait une immersion dans le domaine de l’éducation et de la santé mentale en particulier avec la participation dans la formation continuée des coordonnateurs du PIEP et des réunions hebdomadaires de l'atelier d'écriture créative. Nous composons un matériau à analyser avec les énoncés des coordonnateurs du PIEP et productions écrites des adolescents des ces deux projets. Le concept de l'intonation de l'oeuvre de Bakhtine (DVDA) a aidé à la traduction sur la façon dont nous sélectionnons et nous analysont les voix des sujets de recherche, qui imprègne les autres instances de l'analyse. Ce sont des voix qui portent d'autres voix que produizent ce que Bakhtine (DVDA) a appelé «l'effet de choeur". C'est pour marquer le statut social d'un processus collectif par lequel ils ont donné les intonations analysés dans cette recherche. Nous concluons que l’intonation en même temps, montrant les nuances qui font les évaluations d'un groupe particulier, ils créent aussi des possibilités de la subjectivité, et l'effet du singulier au collectif. Construire des espaces favorables pour les intonation, comme dans PIEP et Atelier d'Écriture Créative, ouvre des possibilités de subjectivation qui sont pour aider les adolescents dans les processus d'insertion dans la cité e dans la culture. / A pesquisa tem a sua origem no desenvolvimento do PIEP (Projeto Interdisciplinar entre Psicologia, Informática Educativa e Pedagogia), que ocorre em escolas municipais de ensino fundamental, e na sua articulação com a Oficina de Escrita Criativa, que é um projeto desenvolvido no CAPSi (Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil). Ambos os projetos colocam em evidência a articulação intersetorial, em meio às políticas públicas de inclusão da rede municipal de ensino e de saúde mental da cidade de Novo Hamburgo. A interrogação que orientou a investigação se coloca nos seguintes termos: Quais são as possibilidades de subjetivação que a rede pública pode disponibilizar, através das escolas e dos CAPSis, com seus projetos intersetoriais e interdisciplinares, para adolescentes em situações de exclusão na/da escola, do social, da família, do mercado? O quadro teórico principal é a filosofia da linguagem de Mikhail Bakhtin, filosofia de Dany-Robert Dufour, juntamente com a metodologia de pesquisa do Laboratório de Estudos em Linguagem Interação e cognição, LELIC – UFRGS, coordenado por Margarete Axt. Ao lado deste marco referencial, recorremos também aos trabalhos de Bernardo Stiegler sobre filosofia contemporânea, Winnicott sobre o objeto transicional e Marília Amorim sobre metodologia de pesquisa. A metodologia construída é de implicação primando por uma posição ética de acolhimento e de alteridade na relação com o Outro. Houve a imersão no campo, principalmente com a participação no espaço de formação dos coordenadores dos grupos do PIEP e nos encontros semanais da Oficina de Escrita Criativa. Compomos um material para ser analisados com os enunciados dos coordenadores do PIEP e produções escritas de adolescentes dos dois projetos. O conceito de entoação da obra de Bakhtin (DVDA) auxiliou na tradução sobre a maneira pela qual selecionamos e analisamos as vozes dos sujeitos da pesquisa, permeando as demais instâncias de análises. São vozes que portam outras vozes e produzem o que Bakhtin (DVDA) chamou de “efeito coral”. Isso vem a marcar a condição social de um processo coletivo pelo que se deram as entoações analisadas na pesquisa. Concluímos que as entoações, ao mesmo tempo em que mostram as tonalidades e marcam a valorações de um determinado grupo, também criam possibilidades de subjetivação, sendo o efeito da relação do singular com o coletivo. Construir espaços propícios para possibilidades de entoação, como ocorre no PIEP e na Oficina de Escrita Criativa, abrem possibilidades de subjetivação que vêm a auxiliar os adolescentes nos processos de inserção no grupo, na cidade, na cultura.

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