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Avaliação prognóstica no seguimento de longo prazo dos pacientes submetidos a angiotomografia de coronárias: sub análise dos estudos CORE64 e CORE320 / Long-term prognostic value of coronary computed tomography angiography: subanalysis of the CORE64 and CORE320 studiesLima, Thais Pinheiro 11 September 2018 (has links)
Introdução: os determinantes prognósticos da doença arterial coronária (DAC) incluem tanto a anatomia como a morfologia da placa, havendo uma forte correlação entre essas duas características. Pouco se sabe sobre os desfechos cardiovasculares nos pacientes com sintomas estáveis, assim como sobre o papel dos escores realizados através da angiotomografia das artérias coronárias (TCCor) no prognóstico de longo prazo. Objetivos: avaliar o prognóstico de longo prazo para eventos cardiovasculares nos pacientes sintomáticos com suspeita de DAC que realizaram TCCor em dois estudos prospectivos - CORE 64 e CORE 320. Métodos: foram incluídos 222 pacientes, com idades entre 45 e 85 anos, com indicação clínica de cateterismo por suspeita de doença arterial coronária, submetidos a TCCor no Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e participantes dos estudos multicêntricos CORE64 e CORE 320. 23 (9,5%) pacientes foram excluídos por perda de seguimento. Foram avaliadas a presença e a extensão da DAC através dos escores tomográficos (SIS, SSS, Gensini e Leaman). Os pacientes foram classificados quanto à presença de DAC não obstrutiva (estenose < 50%) e DAC obstrutiva (estenose > 50%); presença ou ausência de eventos cardiovasculares maiores (MACE). MACE foi definido como evento composto por: IAM não fatal; revascularização miocárdica (realizada acima de 30 dias da inclusão do paciente); óbito cardiovascular; hospitalizações por insuficiência cardíaca (IC) e morte súbita revertida ou arritmias não fatais. Resultados: MACE ocorreu em 73 dos 199 pacientes. 9 (4,5%) apresentaram óbito cardiovascular, 14 (7,0%) IAM não fatal, 31 (15,5%) submeteram a revascularização miocárdica tardia, 11 (5,5%) hospitalizações por IC e 8 (4,0%) morte súbita revertida ou arritmias não fatais. Na análise multivariada, quando adicionados ao modelo clínico isolado, todos os escores tomográficos, com exceção de SIScalc, SISmista e Gensini, correlacionaram-se com a presença de MACE. O modelo que adicionou DAC obstrutiva foi o que apresentou a melhor performance diagnóstica, quando comparado ao modelo clínico isolado (?2 35,6 vs 21,2, p < 0,001). Após ajuste para a presença de DAC obstrutiva, o SISnãocalc permaneceu de forma independente associado a MACE, apresentando benefício incremental sobre o modelo clínico e a severidade da DAC (?2 39,5 vs 21,2, p < 0,001 comparado ao modelo clínico; e ?2 39,5 vs 35,6, p=0,04 comparado ao modelo clínico + severidade DAC). Pacientes com DAC não obstrutiva e SISnãocalc > 3 tiveram altas taxas de eventos (HR 4,27, 95% CI 2,17-4,40, p < 0,001). Conclusões: escores tomográficos predizem eventos cardiovasculares no seguimento de longo prazo nos pacientes sintomáticos com suspeita de DAC. Nossos achados sugerem que, entre os pacientes com DAC obstrutiva, a presença de mais de 3 segmentos com placas não calcificadas está associada ao aumento do risco cardiovascular no longo prazo / Background: The prognostic determinants of coronary artery disease (CAD) include luminal obstruction severity, plaque burden and components, which can be assessed by coronary artery computed tomography angiography (CTA) scores. The role of CTA scores in the long-term prognosis of patients with stable symptoms is unknown. Aim: To evaluate the long-term prognosis value of CTA scores for cardiovascular events in symptomatic patients with suspected CAD referred for coronary CTA in two multicenter prospective studies - CORE 64 and CORE 320. Methods: Two hundred and twenty-two participants from Heart Institute (InCor) University of Sao Paulo Medical School of CORE64 and CORE320 studies, referred for clinically indicated invasive coronary angiography (ICA) for suspected or known CAD were enrolled. Coronary CTA were categorized as non-obstructive or obstructive CAD (greater than 50% stenosis), presence and extent of calcified, noncalcified and partially calcified plaques, using coronary CTA modified scores including all plaques or specific plaque types scores (Segmental Involvement Score - SIS, Segmental Stenosis Score - SSS, Gensini and CTA modified Leaman). The primary endpoint was major adverse cardiac events (MACE), defined as a composite of cardiovascular death, non-fatal acute coronary syndrome, hospitalization for heart failure, late revascularization (beyond 30 days of index conventional coronary angiography), non-fatal significant ventricular arrhythmia or cardiac arrest. Results: During a median follow-up of 6.8 (6.3-9.1) years, 73 patients met the composite end points of MACE. Cardiovascular death occurred in 9 (4.5%), non-fatal ACS in 14 (7.0%), revascularization in 31 (15.5%), hospitalization for heart failure in 11 (5.5%) and non-fatal significant VA or cardiac arrest in 8 (4.0%) patients. When individually added to clinical model on multivariate analysis, all CTA features remained significant, with the exception of SIS of calcified and mixed plaque (SISCalc, SICMixed) and Gensini score. Compared to the clinical model, the highest model improvement was observed when added obstructive CAD (?2 35.6 vs 21.2, p < 0.001). Moreover, CTA multivariate models demonstrated comparable incremental values for the prediction of MACE (X2 > 30), including the extent of non-calcified plaques (SISNoncalc). After further adjustment for the presence of obstructive CAD, SISNoncalc remained independently associated with MACE, presenting incremental prognostic value over clinical data and CAD severity (?2 39.5 vs 21.2, p < 0.001 for comparison with clinical model; and X2 39.5 vs 35.6, p=0.04 for comparison with clinical + CAD severity). Patients with obstructive CAD and SISNoncalc > 3 were likely to experience events (HR 4.27, 95% CI 2.17-4.40, p < 0.001). Conclusions: Coronary CTA scores predict cardiovascular events in long-term follow-up in symptomatic patients with suspected or known CAD. Among patients with obstructive CAD, the presence of more than 3 non-calcified plaques segments is associated with increased cardiovascular risk in the long term
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Atividade anti-angiogênica e modulação das proteínas envolvidas na neoformação vascular por compostos bioativos da própolis / Anti-angiogenic activity and modulation of protein-involved in new vases formation by propolis bioactive compoundsDaleprane, Julio Beltrame 22 July 2011 (has links)
Rica em compostos bioativos, a própolis é amplamente utilizada na medicina alternativa como agente preventivo e/ou terapêutico. Neste trabalho, avaliamos o impacto de frações ricas em polifenóis de diferentes própolis no processo de angiogênese na aterosclerose. Foram utilizadas as seguintes amostras de própolis: Red (vermelho, Alagoas-Brasil), Green (verde, Minas Gerais-Brasil) e Brown (marrom, Temuco-Chile), com concentrações semelhantes de polifenóis totais (~32%), porém com diferentes perfis de compostos fenólicos. A suplementação (250 mg/Kg/dia) de camundongos knockout para o receptor de LDL (LDLr-/-) com os polifenóis demonstrou que no protocolo de lesão inicial (LI) os grupos suplementados apresentaram menor (p<0,05) área de lesão (Green, 726µm2; Red, 519µm2; Brown, 698µm2) em relação ao controle (GC, 1184µm2). Em contraste, no protocolo de lesão avançada (LA) apenas o grupo Red (1082µm2) apresentou menor (p<0,05) área de lesão em relação ao GC (1598µm2). Em ambos os protocolos (LI e LA) observou-se redução (p<0,05) na expressão de importantes genes envolvidos no processo de angiogênese (VEGF, MMP9, PDGF e PECAM). No entanto, apenas o grupo tratado com a própolis Red foi capaz de aumentar (p<0,05) a expressão de TIMP-1 no protocolo de LI. Todos os tratamentos inibiram (p<0,05), em cerca de 45%, a migração de células endoteliais (CE), bem como cerca de 55% do brotamento de tubos de anéis de aorta, em relação ao controle e ao redor de 50% da formação de novos vasos na membrana corioalantóica de embrião de galinha (CAM). Ao investigar o mecanismo de ação dos polifenóis, observamos que os polifenóis da própolis Red (PRP) mostraram-se mais eficazes em modular a expressão do Fator induzido por Hipóxia-1 alfa (HIF-1α), de modo dose/tempo dependente em células endoteliais. Adicionalmente, os polifenóis da própolis Red (PRP) reduziram a expressão de genes alvos regulados por HIF-1α como GLUT-1 e ADM, além de inibir a expressão gênica e a secreção de VEGF em meio de cultura. Em presença dos PRP, a degradação de HIF-1α foi exarcebada e, utilizando-se células RCC4/pVHL (células de carcinoma renal com VHL reintroduzido), observou-se que PRP induzem a desestabilização de HIF-1α acelerando sua degradação dependente de pVHL. Em células endoteliais, pVHL foi superexpresso devido à inibição de Cdc42, um repressor de pVHL. Conclui-se que os polifenóis oriundos das própolis Green, Red e Brown possuem potencial anti-aterogênico através da inibição da expressão de moléculas inflamatórias e angiogênicas, principalmente quando suplementados ao início do desenvolvimento da lesão aterosclerótica. Além disso, os polifenóis da própolis Red inibem o processo de angiogênese, aumentando a desestabilização de HIF-1α pelo aumento da degradação via pVHL e induzindo sua expressão em função da repressão de Cdc42. / Propolis is rich in bioactive compounds and widely used in alternative medicine as a preventive agent and/or in therapy. We evaluate the impact of polyphenol-rich fractions of propolis from different origins and types in the angiogenesis process in atherosclerotic lesions. The following samples of propolis were used: Red (red, Alagoas, Brazil), Green (green, Minas Gerais, Brazil) and Brown (brown, Temuco, Chile), with similar concentrations of total polyphenols (~ 32%) but with different profiles of phenolic compounds. Supplementation (250 mg / kg / day) of knockout mice for the LDL receptor (LDLr-/ -) with polyphenols showed that in the initial lesion (LI) protocol supplemented groups had lower (p<0.05) lesion area (Green, 726µm2; Red, 519µm2; Brown 698µm2) compared to control (GC, 1184µm2). In contrast, in the advanced lesions (LA) protocol only the Red group (1082µm2) had smaller lesion area (p<0.05) compared to GC (1598µm2). In both protocols (LI and LA) a reduction (p<0.05 of important genes expression involved in angiogenesis (VEGF, MMP9, PDGF and PECAM) was observed. However, only the group treated with Red propolis was able to increase (p <0.05) the expression of TIMP-1 in the LI protocol. The treatments with all types of propolis inhibited (p<0.05), about 45% the migration of endothelial cells (EC), approximately 55% of tubes formation in aortic rings and almost 50% of formation of new vessels in the chorioallantoic membrane of chick embryo (CAM) compared to the control. While investigating the mechanism of polyphenols action, it was found that polyphenols from Red propolis (PRP) were more effective in modulating the expression of hypoxia-induced factor-1 alpha (HIF-1α) in a dose/time dependent way in EC. Additionally, the polyphenols from red propolis (PRP) reduced the expression of target genes regulated by HIF-11α as GLUT-1, ADM, VEGF besides the VEGF protein secretion in the EC culture medium. In the presence of PRP, the degradation of HIF-11α was exacerbated in RCC4/pVHL cells (renal cell carcinoma with VHL reintroduced); moreover, PRP induced destabilization of HIF-11α accelerating the degradation of this transcription factor by a pVHL-dependent patway. In EC, pVHL was over expressed by inhibition of Cdc42, a repressor of pVHL. We conclude that the polyphenols from Green, Red and Brown propolis have anti-atherogenic potential by inhibiting the expression of angiogenic and inflammatory genes, especially when supplemented at an early stage of the atherosclerotic lesion development. In addition, the polyphenols from Red propolis inhibit the angiogenesis process by increasing the destabilization of HIF-11α via over expression of pVHL-degradation induced by repressed Cdc42 function.
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Treinamento físico aeróbio altera seletivamente a concentração e o metabolismo arterial de óxidos de colesterol e reduz colesterol na aorta de camundongos dislipidêmicos / Aerobic exercise training selectively changes oxysterol levels and metabolism reducing cholesterol accumulation in the aorta of dyslipidemic miceGuilherme da Silva Ferreira 04 October 2017 (has links)
Os óxidos de colesterol modulam o desenvolvimento da aterosclerose por mediarem a síntese, captação e exportação de colesterol, além de inflamação e citotoxicidade na parede arterial. O exercício físico regular previne e regride a lesão aterosclerótica, por melhorar o perfil lipídico, transporte reverso de colesterol e defesas antioxidantes. A proteína cinase ativada por AMP (AMPK) é um importante mediador dos efeitos metabólicos do exercício físico. Em macrófagos, sua ativação vincula-se ao aumento no efluxo de colesterol e diminuição na captação de LDL. Entretanto, não está claro se o treinamento físico modula as concentrações de óxidos de colesterol, refletindo seu benefício sobre a prevenção da aterosclerose, e se esses efeitos podem ser mediados pela AMPK. O objetivo do presente estudo foi avaliar, em camundongos dislipidêmicos, o papel de 6 semanas de treinamento físico aeróbio sobre: o infiltrado de colesterol arterial e a distribuição de óxidos de colesterol no arco aórtico e no plasma; a expressão gênica de proteínas envolvidas na metabolização de óxidos de colesterol na parede arterial; e o efeito da ativação da AMPK em macrófagos, in vitro, sobre a concentração dos óxidos de colesterol e expressão de genes envolvidos na metabolização de óxidos de colesterol. Para tanto, camundongos machos knockout para apolipoproteína E, com 16 semanas de idade, alimentados com dieta padrão, foram incluídos no estudo. O treinamento físico foi realizado em esteira, 15 m/min, por 60 min, 5 dias/semana, durante 6 semanas. Lípides plasmáticos e glicose foram determinados por ensaio enzimático e glicosímetro, respectivamente, antes e após o treinamento físico. Colesterol arterial e óxidos de colesterol foram avaliados por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa. A expressão de genes envolvidos no metabolismo de lípides foi avaliada RT-qPCR. Os resultados foram comparados por ANOVA de um fator com pós-teste de Newman-Keuls ou teste t de Student. Peso corporal, colesterol total, TG, HDL-c, glicose e óxidos de colesterol no plasma foram semelhantes entre os grupos. O treinamento físico aumentou a concentração de 7alfa-OH C (70%) e reduziu a de colesterol (32%) na aorta. Além disso, o exercício físico aumentou a expressão gênica da Cyp27a1 (54%), Cd36 (75%), Cat (70%), Prkaa1 (AMPKalfa1) (40%) e Prkaa2 (AMPKalfa2) (51%) e reduziu Abcg1 (31%), Olr1 (LOX-1) (65%), Cyp7b1 (35%) e Ch25h (48%). Nenhuma alteração foi observada na expressão de Abca1, Nr1h3 (LXRalfa) e Nr1h2 (LXRbeta). Nos macrófagos, a ativação da AMPK por AICAR, reduziu o conteúdo de 7alfa-OH C após estimulo com HDL2. O tratamento com AICAR aumentou a expressão gênica de Abca1 (52%) e Cd36 (220%) e diminuiu Prkaa1 (19%) e Cyp27a1 (47%), e não alterou Abcg1, Nr1h3 e Nr1h2. Em conclusão, em camundongos dislipidêmicos, o treinamento físico aeróbio, por 6 semanas, aumentou a concentração de 7 beta -OH C, o que se vincula à maior expressão de Cd36 no arco aórtico. A rápida difusão de óxidos de colesterol, como via complementar ao transporte reverso de colesterol, pode também ser favorecida pelo aumento e redução, respectivamente, na expressão de Cyp27a1 e Cyp7b1, favorecendo maior liberação de 27-OH C das células. Juntamente com suas ações diretas que beneficiam o transporte reverso de colesterol, previamente descritas o treinamento físico diminui a concentração de colesterol na parede arterial, prevenindo a aterosclerose. Baseado nos ensaios in vitro a ativação da AMPK não parece contribuir para o aumento das concentrações de óxidos de colesterol após treinamento físico / Oxysterols modulate the development of atherosclerosis by mediating cholesterol synthesis, uptake and exportation as well as inflammation and cytotoxicity in the arterial wall. Regular physical exercise prevents and regresses atherosclerosis by improving lipid metabolism, reverse cholesterol transport and antioxidant defenses. AMP-activated protein kinase (AMPK) plays an important role in the beneficial metabolic adaptations of physical exercise. In macrophages, its activation is related to the enhancement in cholesterol efflux and reduction in LDL uptake. However, it is not clear whether exercise training benefits in atherosclerosis is mediated by its action in oxysterols concentrations, and whether this can be modulated by AMPK. The aim of this study was to evaluate the role of a 6-week aerobic exercise training program in dyslipidemic mice in the arterial and plasma accumulation of cholesterol and oxysterols subspecies; expression of genes related to oxysterols metabolisms in the aortic arch, and the effect of AMPK activation in macrophage on the concentration of oxysterols and expression of genes linked to oxysterols metabolism. Sixteen-week-old male apoE knockout mice fed a chow diet were included in the protocol. Animals were trained in a treadmill running, 15 m/min, 60 min, 5 days/week, during 6 weeks. Plasma lipids and glucose were determined by enzymatic techniques and glycosometer, respectively. Cholesterol in aortic arch and oxysterols were measured by gas chromatography/mass spectrometer. The expression of genes involved in lipid metabolism was determined by RT-qPCR. Results (mean ± SD) were compared by one-way ANOVA with Newman-Keuls posttest or Student\'s t-test. Body weight and plasma total cholesterol, TG, HDL-c, glucose, and oxysterols were similar among groups. The exercise training enhanced 7beta-hydroxycholesterol (70%) and reduced cholesterol (32%) in the aortic arch. In addition, exercise increased Cyp27a1 (54%), Cd36 (75%), cat (70%), Prkaa1 (AMPKalpha1) (40%) and Prkaa2 (AMPKalpha2) (51%) mRNA. No changes were observed in the expression of Abca1, Nr1h3 (LXRalpha) and Nr1h2 (LXRbeta). In macrophages, the activation of AMPK by AICAR, reduced 7beta-hydroxycholesterol level after stimulation by HDL2. Treatment with AICAR increased Abca1 (52%) and Cd36 (220%), decreased Prkaa1 (19%) e Cyp27a1 (47%), and did not change Abcg1, Nr1h3 e Nr1h2. In conclusion, in dyslipidemic mice aerobic exercise training increases the nonenzymatic-driven oxysterol, 7beta-hydroxycholesterol, which is related to the enhanced expression of Cd36. The rapid diffusion of oxysterols, as a complementary pathway for the reverse cholesterol transport, may also be favored by the increase and reduction of Cyp27a1 and Cyp7b1 expressions, respectively, which in turns favors 27-OH C desorption from cells. Together with its direct role in improving reverse cholesterol transport as previously reported, aerobic exercise training diminishes cholesterol accumulation in the arterial wall preventing atherosclerosis. Based on in vitro assays, the AMPK activation does not seem to contribute to the effect of exercise in increasing oxysterols
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Associação entre adiposidade e aterosclerose sistêmica / Association between adiposity and systemic atherosclerosisAline Nishizawa 22 June 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A adiposidade tem sido associada à aterosclerose em vários estudos clínicos. No entanto, poucos estudos de autópsia tem investigado a relação entre adiposidade e aterosclerose sistêmica e os estudos existentes compararam medidas antropométricas e/ou gordura visceral com aterosclerose, porém não avaliaram a aterosclerose em vários sítios em um mesmo indivíduo, avaliando frequentemente apenas a aterosclerose nas artérias coronárias, utilizaram medidas aproximadas de estenose das artérias coronárias, os tamanhos das amostras foram pequenos e os indivíduos eram mais jovens ou de meia-idade. OBJETIVO: Investigar a associação entre adiposidade, mensurada através de medidas antropométricas e a massa de gordura visceral abdominal e torácica com a aterosclerose nas artérias aorta, coronárias, carótidas e cerebrais. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal em que foram avaliados 240 sujeitos com 30 anos ou mais. Foram coletados dados sociodemográficos, fatores de risco cardiovasculares, medidas antropométricas e massas de gorduras pericárdica e visceral abdominal. O grau de aterosclerose nas artérias aorta, carótidas, coronárias e cerebrais foi avaliado através de medidas morfométricas e o coração foi avaliado quanto à presença de infarto do miocárdio. Foi realizada avaliação da associação entre medidas antropométricas e massa de gordura visceral com a aterosclerose. RESULTADOS: A gordura pericárdica foi associada ao grau de aterosclerose da aorta (p = 0,03). As gorduras viscerais abdominal (p = 0,006) e total (p = 0,006) apresentaram associação com o número de placas nas artérias coronárias. A relação cintura-quadril (RCQ) foi associada ao grau de aterosclerose da artéria aorta (p = 0,005), índice de estenose das artérias coronárias (p = 0,03) e ao número de placas nas artérias coronárias (p = 0,04). CONCLUSÕES: Dentre as medidas antropométricas, a RCQ e as gorduras pericárdica, viscerais abdominal e total foram as mais correlacionadas com o grau de aterosclerose nas diferentes artérias / INTRODUCTION: Adiposity has been associated with atherosclerosis in several clinical studies. However, few autopsy studies have investigated the relationship between adiposity and systemic atherosclerosis and the previous studies compared anthropometric measurements and/or visceral fat with atherosclerosis, but they did not evaluate the atherosclerosis in several sites in the same individual, evaluating only atherosclerosis in coronary arteries, they used approximate stenosis measurements of the coronary arteries, the sample sizes were small and the individuals were younger and middle-aged. AIM: To investigate the association between adiposity, measured by anthropometric measurements and the weight of abdominal visceral and pericardial fat with atherosclerosis in the aorta, coronary, carotid and cerebral arteries. METHODS: This is a cross-sectional study which evaluated 240 subjects aged 30 or more. We collected demographic data, cardiovascular risk factors, anthropometric measurements and weight of pericardial and abdominal visceral fat. The degree of atherosclerosis in the aorta, carotid, coronary and cerebral arteries was evaluated by morphometric measurements and the heart was evaluated for the presence of myocardial infarction. The association between anthropometric measurements and weight of visceral fat with atherosclerosis was evaluated. RESULTS: Pericardial fat was associated with the degree of atherosclerosis of the aorta (p = 0.03). The abdominal (p=0.006) and overall (p=0.006) visceral fat were associated with the number of plaques in the coronary arteries. The waist-to-hip ratio (WHR) was associated with the degree of atherosclerosis of the aorta (p=0.005), stenosis index of the coronary arteries (p=0.03) and the number of plaques in the coronary arteries (p=0.04). CONCLUSIONS: WHR, pericardial, abdominal and total visceral fat were the measurement most correlated with the degree of atherosclerosis in different arteries
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Estiramento ou fluxo turbilhonar e baixa tensão de cisalhamento influem diferentemente no remodelamento aórtico em ratos / Stretch or turbulent flow and low wall shear stress differentially affect aorta remodeling in rats.Cibele Maria Prado 29 September 2006 (has links)
O presente estudo foi realizado para investigar a relação entre forças hemodinâmicas locais e remodelamento intimal e medial nos segmentos pré-estenose e pós-estenose da parede da aorta abdominal de ratos submetidos à estenose acentuada. Foram utilizados ratos Wistar machos divididos em dois grupos: sham-operado, grupo controle em que a aorta foi apenas manipulada, e grupo estenosado, animais submetidos à cirurgia de estenose da aorta abdominal. As aortas demonstraram duas respostas remodeladoras distintas e diferentes ao estímulo hemodinâmico induzido pela coarctação infra-diafragmática. A primeira é o remodelamento no segmento pré-estenótico hipertensivo com tensão circunferencial da parede aumentada associada com estresse tensional normal, fluxo laminar e tensão de cisalhamento normal. As células endoteliais eram heterogêneas, aumentadas em tamanho e alongadas em direção ao fluxo. Além disso, observou-se conspícuas placas neointimais difusamente distribuídas e espessamento medial. Nossos achados sugerem que a tensão circunferencial da parede aumentada devido a hipertensão tem papel fundamental no remodelamento desse segmento através de efeitos biomecânicos sobre o estresse oxidativo e expressão aumentada de TGF-?. A segunda é o remodelamento no segmento pós-estenótico normotenso com fluxo turbilhonar e baixa tensão de cisalhamento na parede associados a tensão circunferencial da parede e estresse tensional normais. As células endoteliais apresentavam-se semelhantes aos controles, exceto por alterações fenotípicas focais associadas à presença de conspícuas placas neointimais focalmente distribuídas, similares mas muito maiores que as encontradas no segmento pré-estenose. Mais estudos são necessários para se determinar como as forças mecânicas do fluxo turbilhonar e da baixa tensão de cisalhamento na parede são detectadas e traduzidas em sinais bioquímicos para as células e convertidas em alterações fenotípicas patofisiologicamente relevantes. / The present investigation was carried out to evaluate the relationship between local hemodynamic forces and intimal and medial remodeling in the proximal and distal segments of the arterial walls of rats in relation to severe stenosis of the aorta. Male Wistar young rats were divided randomly into: operated group, animals submitted to surgical abdominal aorta stenosis, and sham-operated group, a control group of animals submitted to sham operation to simulate abdominal aorta stenosis. Constricted aortas showed two distinct adaptive remodeling responses to hemodynamic stimuli induced by coarctation. The first is remodeling in the hypertensive prestenotic segment with increased circumferential wall tension associated with normal tensile stress, laminar flow/normal wall shear stress. The remodeling in this segment is characterized by enlarged heterogeneous endothelial cells, elongated in the direction of the blood flow, diffusely distributed neointimal plaques, appearing as discrete bulging toward the vascular lumen, and medial thickening. Our findings suggest that increased circumferential wall tension due to hypertension play a pivotal role in the remodeling of the prestenotic segment through biomechanical effects on oxidative stress and increased TGF-? expression. The second is remodeling in the normotensive poststenotic segment with turbulent flow/low wall shear stress and normal circumferential wall tension and tensile stress. The remodeling in this segment is characterized by groups of endothelial cells with phenotypic alterations and focally distributed neointimal plaques, similar but many of them larger than those found in the prestenotic segments. Further studies are needed to determine how the mechanical forces of turbulent flow/low shear stress are detected and transduced into biochemical signaling by the cells of the artery walls and then converted into pathophysiologic relevant phenotypic changes.
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Uso de nanopartícula lipídica como veículo do quimioterápico docetaxel no tratamento da aterosclerose induzida em coelhos / Use of lipid core nanoparticle as a vehicle of the chemotherapeutic docetaxel in the treatment of atherosclerosis induced in rabbitsBianca Meneghini Gomes 26 July 2018 (has links)
Considerada como uma nova estratégia no direcionamento de fármacos para tecidos lesionados, a LDE é uma nanopartícula lipídica que se concentra em locais inflamatórios com altas taxas de proliferação celular, como lesões ateroscleróticas, e é usada em modelos experimentais e no homem. Docetaxel (DTX), agente quimioterápico antiproliferativo, ainda não foi explorado no tratamento da aterosclerose. Coelhos New Zealand brancos machos foram alimentados com ração enriquecida com 1% de colesterol para induzir aterosclerose ao longo do período experimental de 8 semanas. Após 4 semanas, os animais foram tratados semanalmente com LDE-DTX (n =9) com dose de 1 mg/kg e.v. ou apenas com LDE (grupo Controle, n =9). O consumo de ração e os perfis lipídico, hematológico e ponderal foram avaliados durante o protocolo nos tempos basal, 4 semanas e final. Após a eutanásia, foram realizadas análises morfológicas e Western blot das aortas. Como esperado, o colesterol total aumentou aproximadamente 42 vezes em ambos os grupos quando comparados os períodos basal e final. Houve diminuição no número de hemácias entre os períodos basal e final em ambos os grupos, aparentemente não relacionada ao tratamento. Os animais não apresentaram toxicidade renal e hepática. A área de lesão macroscópica nas aortas do grupo LDE-DTX foi aproximadamente 80% menor em relação ao Controle e a área de placa na região do arco aórtico foi 86% menor no grupo tratado com LDE-DTX quando comparado ao Controle. Em relação aos fatores inflamatórios, a expressão proteica de CD68 foi 64% menor no grupo tratado com LDE-DTX quando comparado ao grupo Controle. MCP-1 foi 84% menor no grupo tratado com LDEDTX e o TNF-alfa foi 44% menor no grupo tratado, quando comparados ao grupo Controle. A expressão proteica de interleucina IL-1beta e do NFkB foram cerca de 60% menores no grupo tratado assim como a IL-6, que foi 79% menor, ambos comparados ao grupo Controle. O fator de von Willebrand foi cerca de 30% menor no grupo tratado com LDE-DTX comparado ao Controle. Os fatores próapoptóticos apresentaram menor expressão no grupo LDE-DTX: a caspase 3 foi 82% menor em comparação ao Controle, caspase 9 e Bax, cerca de 50% menor que o controle bem como o fator anti-apoptótico Bcl-2. A expressão proteica dos colágeno I e III também foi menor no grupo LDE-DTX. Comparados ao controle, a expressão proteica de MMP-2 e MMP-9 foram cerca de 70% menores no grupo LDE-DTX. O marcador de proliferação celular PCNA foi 41% menor no grupo LDE-DTX em comparação com o grupo Controle. O tratamento com a associação LDE-DTX mostrou-se eficaz, uma vez que os coelhos tratados apresentaram uma área menor da lesão aterosclerótica, menor inflamação, morte celular e proliferação na aorta quando comparado ao grupo Controle / Considered as a new strategy of targeting drugs to injured tissues, LDE, a lipid core nanoparticle concentrates on inflammatory sites with high cell proliferation rates, as atherosclerotic lesions, and it is used as a vehicle for drugs in experimental models and in humans. Docetaxel (DTX), an antiproliferative chemotherapeutic agent has not been explored yet in the treatment of atherosclerosis. New Zealand white male rabbits were fed with 1% cholesterol diet throughout the 8-week experimental period to induce atherosclerosis. After 4 weeks, the animals were treated weekly with LDE-DTX (n=9) at a dose of 1mg/kg i.p. or only with LDE (Control group, n=9). We evaluated feed intake, lipid, hematological, and weight profiles during the protocol at baseline, 4 weeks and post-treatment. After euthanasia was performed morphological analysis and Western blot of the aorta. As expected, total cholesterol increased 42-fold in both groups comparing baseline to post-treatment. There was a decrease in red blood cells number in both groups but it is probably not treatment-related. There was no hepatic and renal treatment-related toxicity. The macroscopic lesion area in the aortas of LDE-DTX was approximately 80% smaller compared to Control and the morphometry of the aortic arch was 86% smaller in LDE-DTX group compared to Control group. Regarding inflammatory factors, CD68 was 64% lower in LDEDTX group comparing to Control group. MCP-1 was 84% in LDE-DTX group and TNF-alpha was 44% lower in the treated group comparing to Control group. The protein expression of IL-1beta and NFkB were about 60% lower in the LDE-DTX group as well as IL-6 that was 79% lower, both compared to Control group. The von Willebrand factor was about 30% lower in LDE-DTX group compared to Control group. The pro-apoptotic factors showed lower expression in LDE-DTX group: caspases 3 was 82% lower compared to control and caspases 9 and Bax were about 50% than Control group as well as the anti-apoptotic factor Bcl-2. The protein expression of collagen I and III were lower in LDE-DTX group. Compared to control, the protein expression of MMP-2 and MMP-9 were about 70% lower in the LDE-DTX group compared to Control group. The cell proliferation marker PCNA was 41% lower in LDE-DTX group compared to Control group. Treatment with LDE-DTX association proved to be effective since the treated rabbits had a smaller area of the atherosclerotic lesion, lower inflammation, cell death and proliferation in the aorta when compared to Control group
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Papel de CD100 na patogênese da aterosclerose / Role of CD100 in the pathogenesis of atherosclerosisMaria Carolina Aquino Luque 25 February 2011 (has links)
A aterosclerose é uma doença degenerativa crônica dos vasos, com conseqüências clínicas agudas que incluem o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral, resultantes geralmente da ruptura da placa e trombose. É atualmente reconhecida como de característica inflamatória, iniciada e propagada no contexto da hipercolesterolemia. Um trabalho de nosso grupo utilizou técnicas de phage display para comparar placas ateroscleróticas e carótidas normais objetivando a busca de proteínas alteradas potencialmente envolvidas na patogênese da doença. Diversas semaforinas e plexinas (receptores de semaforinas) foram identificadas dentre elas a plexina B1, que possui alta afinidade por CD100, sugerindo assim uma concentração aumentada de CD100 na placa aterosclerótica. CD100 foi a primeira semaforina descrita no sistema imune e a única até hoje descrita como possuidora de duas formas de funcionalidades distintas, sendo uma de membrana (mCD100) e outra solúvel (sCD100). Neste trabalho demonstramos a expressão da semaforina CD100 em macrófagos e células espumosas em placas ateroscleróticas humanas, assim como seu padrão de expressão ao longo da diferenciação monócito-macrófago-célula espumosa, e sob estímulos distintos. Além disso, identificamos pela primeira vez o receptor que medeia suas atividades nessas células, a plexina B2. Adicionalmente, detectamos também pela primeira vez detectamos a expressão de CD100 em células endoteliais teciduais e cultivadas in vitro, o que sugere um papel significativo da semaforina em fenômenos vasculares. Com base nessas observações e nos resultados de experimentos de bloqueio de adesão constatamos que CD100 pode atuar na fase mais precoce da aterosclerose, como uma molécula de adesão envolvida na ligação entre monócitos e células endoteliais. Verificamos ainda que CD100 diminui a captação de LDLox em macrófagos e células espumosas. Poucos estudos relatam a presença ou possível atividade biológica de CD100 tanto na aterosclerose quanto em macrófagos. Devido às já estabelecidas ações no sistema imune, acreditamos que a expressão diferencial dessa semaforina desempenha um papel amplificador na patogênese da aterosclerose. Posteriormente, essa proteína poderá servir como alvo de inibição da progressão da doença e de suas complicações / Atherosclerosis is a chronic degenerative disease affecting vessels, with acute clinical consequences that include myocardium infarction or stroke, generally resulting from plaque rupture and thrombosis. It is now recognized as an inflammatory disease, initiated and developed in a hipercholesterolemic context. A work in our lab has used phage display techniques to compare atherosclerotic plaques and normal carotids, searching for altered proteins potentially involved in the pathogenesis of the disease. Many semaphorins and plexins (semaphorin receptors) have been identified, among which plexin B1, a high affinity receptor for CD100, suggesting an augmented level of CD100 in the atherosclerotic plaques. CD100 is the first semaphorin described in the immune system, and the only to possess two forms with distinct functionalities, being one associated to the membrane, mCD100, and another soluble form, sCD100. In the present work we have demonstrated CD100 expression in macrophages and foam cells of human atherosclerotic plaques, as well as its pattern of expression along monocyte-macrophage-foam cell differentiation and under distinct stimuli. Furthermore, we have identified for the first time the receptor involved in CD100 activities in these cells, namely plexin B2. Aditionally, we have detected CD100 expression in tissue as well as in in vitro cultured endothelial cells, also for the first time. According to these informations and adhesion blockage experiments we have shown that CD100 may act in the earliest phase of the establishment of atherosclerosis, as an adhesion molecule involved in monocyte-endothelial cell association. We have also verified that CD100 diminishes the intake of oxLDL in macrophages and foam cells. Only a few studies describe the presence or possible biological activity of CD100 in atherosclerosis or macrophages. Since the molecule has been shown to participate in the immune system, we believe that the differential expression of this semaphorin plays an amplifying role in the pathogenesis of atherosclerosis. In the future, this protein could act as an inhibition target of the disease progression as well as its complications
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Periodontite e aterosclerose: a busca de evidências / Periodontitis and atherosclerosis: the search for evidenceSaraiva, Adriana Paiva Camargo 07 April 2010 (has links)
As doenças cardiovasculares (DCV) de origem aterosclerótica estão entre as principais causas de morbimortalidade cardiovascular. A periodontite, por meio de bacteremia e endotoxemia, tem sido apontada como possível fator de risco para início e progressão da aterosclerose. A proposta desta revisão foi buscar, reunir e analisar evidências científicas atuais de nível I e II sobre a associação entre periodontite e aterosclerose em seres humanos. As bases de dados consultadas foram: Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System), registro Cochrane de ensaios controlados (Cochrane Central Register of Controlled Trials - Central) e registro Cochrane de revisões sistemáticas (Cochrane Databasis of Systematic Reviews - CDSR). Foram identificados 532 estudos, sendo 22 elegíveis, dos quais nove atenderam aos critérios de inclusão. A amostra foi composta por 100% de ensaios clínicos randomizados controlados (ECRC). Oito estudos (89%) avaliaram o efeito do tratamento periodontal quanto aos parâmetros clínicos periodontais e marcadores relacionados à fisiopatologia da aterosclerose, em três destes (37,5%) o efeito do tratamento periodontal foi testado com antibioticoterapia e um (11%) avaliou o efeito somente da antibioticoterapia. Sete (78%) avaliaram níveis séricos de proteína C-reativa (PCR) antes e após o tratamento periodontal, em quatro (57%) houve redução deste marcador nas avaliações posteriores a seis semanas. Cinco (55,5%) avaliaram níveis séricos de interleucina-6 (IL-6), dos quais três (60%) relataram redução após mais de um mês do tratamento periodontal. Fatores lipídicos foram avaliados em três estudos (33%) e todos relataram melhoria significativa após tratamento periodontal. Evidências científicas de nível II apontam que a periodontite parece provocar alterações nos marcadores sistêmicos relacionados à fisiopatologia da aterosclerose podendo o tratamento periodontal ser benéfico para controlar marcadores séricos de risco para aterosclerose, com resultados significativos em casos mais severos de periodontite e para os marcadores lipídicos. / Cardiovascular diseases (CVD) caused by atherosclerosis are among the leading causes of cardiovascular morbity and mortality. Periodontitis through bacteremia and endotoxemia has been identified as a possible risk factor for initiation and progression of atherosclerosis. The purpose of this review was to seek, gather and analyze evidence of level I and II available in the literature on the association between periodontitis and atherosclerosis in the last ten years. The databases were consulted: Medline (Medical Literature Analysis and Retrieval System), Cochrane register of controlled trials (Cochrane Central Register of Controlled Trials - Central) and record Cochrane systematic reviews (Cochrane Database of Systematic Reviews - CDSR). We identified 532 studies, of which 22 eligible, of which 9 met the inclusion criteria. The sample consisted of 100% of randomized controlled trials (ECRC). Eight studies (89%) evaluated the effect of periodontal treatment on the clinical periodontal parameters and markers related to the pathophysiology of atherosclerosis in these three (37.5%) the effect of periodontal treatment has been tested with antibiotics and one (11%) evaluated only the effect of antibiotic therapy. Seven (78%) evaluated serum levels of C-reactive protein (CRP) before and after periodontal treatment in four (57%) decreased this marker in subsequent evaluations to six weeks. Five (55.5%) evaluated serum levels of interleukin-6 (IL-6), of which three (60%) reported a decrease after more than a month of periodontal treatment. Lipid factors were evaluated in three studies (33%) and all reported significant improvement after periodontal treatment. Strong scientific evidence (Level II) indicate that periodontitis seems to cause changes in systemic markers related to the pathophysiology of atherosclerosis, periodontal treatment may be beneficial to control serum markers for atherosclerosis, with significant results in more severe cases of periodontitis and the lipid markers.
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Albumina modificada por glicação avançada no diabete melito tipo 1 e 2 prejudica o transporte reverso de colesterol e favorece o acúmulo de lípides em macrófagos / Impairment in reverse cholesterol transport and macrophage lipid accumulation induced by advanced glycated albumin drawn from uncontrolled type 1 and type 2 diabetes mellitus patientsLima, Adriana Machado Saldiba de 24 February 2011 (has links)
Produtos de glicação avançada (AGE) são prevalentes no diabete melito e alteram o metabolismo de lípides e lipoproteínas. Neste estudo, avaliou-se a influência da albumina, isolada do soro de indivíduos controles (C, n =12) e de portadores de diabete melito tipo 1 (DM 1, n=13) e tipo 2 (DM 2, n=11), com controle glicêmico inadequado, sobre a remoção de colesterol de macrófagos, o acúmulo intracelular de lípides, o conteúdo do receptor de HDL, ABCA-1 e a captação seletiva de colesterol esterificado de HDL. Além disso, foi determinada a expressão diferencial de genes em macrófagos tratados com albumina C, DM 1 ou DM 2. A concentração plasmática de albumina glicada foi superior no grupo DM 1 e DM 2 em relação ao C e correlacionou-se positivamente com glicemia, hemoglobina glicada e frutosamina. Albumina sérica foi isolada por cromatografia para separação rápida de proteínas e purificada por extração alcoólica. Albumina DM 1 e DM 2 apresentaram maior conteúdo de carboximetil-lisina e apo A-I quando comparada à albumina C. Macrófagos enriquecidos com LDL acetilada e 14C-colesterol foram tratados com albumina C, DM 1 ou DM 2 e, a seguir, incubados na presença ou ausência de apo A-I, HDL3 ou HDL2 para determinação do efluxo de colesterol. Apesar de removerem maior quantidade de colesterol celular, as albumina DM 1 e DM 2 reduziram o efluxo de colesterol mediado por apo A-I (70% e 45%, respectivamente) e HDL2 (55% e 54%, respectivamente) em comparação à albumina C. Com HDL3, a queda no efluxo de colesterol só foi observada em macrófagos expostos à albumina DM 2 (55%). Macrófagos incubados apenas com albumina C, DM 1 ou DM 2 apresentaram conteúdo lipídico semelhante, evidenciado por coloração com Oil Red O. A adição de apo A-I, HDL3 ou HDL2 reduziu o conteúdo lipídico apenas nas células tratadas com albumina C, mas não com albumina DM 1 ou DM 2. A expressão de ABCA-1 foi diminuída 82% e 25% em macrófagos expostos, respectivamente, à albumina DM 1 e DM 2, em comparação às células tratadas com albumina C. As albuminas DM 1 e DM 2 reduziram a captação de 3H colesteril oleoil éter de HDL por células que superexpressam o receptor SR-BI. Estes resultados também foram obtidos com albumina humana modificada in vitro por glicação avançada. As albuminas isoladas dos pacientes diabéticos aumentaram a expressão de receptores envolvidos na captação de LDL modificadas e de proteínas que modulam vias da homeostase do colesterol. Os resultados deste estudo evidenciaram que a modificação in vivo da albumina por glicação avançada prejudica o transporte reverso de colesterol no diabete melito, por reduzir a expressão de ABCA-1 e a remoção de colesterol de macrófagos, bem como a captação seletiva de colesterol esterificado de HDL pelo SR-BI. Independentemente de variação na concentração e composição de HDL, a glicação da albumina pode contribuir para o acúmulo de lípides em macrófagos e gênese da aterosclerose no diabete melito / Advanced glycation end products are prevalent in diabetes mellitus and alter lipids and lipoprotein metabolism. In this study we analyzed the role of albumin, isolated from control individuals (C, n = 12) and uncontrolled type 1 (DM 1, n = 13) and type 2 (DM 2, n = 11) diabetes mellitus patients on macrophage cholesterol removal, intracellular lipid accumulation, expression of the HDL receptor protein level, ABCA-1and the uptake of esterified cholesterol from HDL. It was also investigated the differential gene expression in macrophages treated with C, DM 1 or DM 2 albumin. Glycated albumin was higher in DM 1 and DM 2 groups as compared to C and was positivetly correlated with glycemia, glycated hemoglobin and fructosamine. Serum albumin was isolated by fast protein liquid chromatography and alchoolic extraction. DM 1 and DM 2 albumin presented a higher amount of carboxymethyllysine and apo A-I as compared to C albumin. In order to determine cholesterol efflux acetylated LDL and 14C-cholesterol enriched J- 774 macrophages were treated with C, DM 1 or DM 2 albumin and then incubated in the absence or presence of apo A-I, HDL3 or HDL2. Although presenting a higher ability to remove cell cholesterol by itself, DM 1 and DM 2 albumin reduced cholesterol efflux mediated by apo A-I (70% e 45%, respectively) and by HDL2 (55% e 54%, respectively) as compared to C albumin. With HDL3 the reduction of the cholesterol efflux was only observed in macrophages treated with DM 2 albumin (55%) in comparison to C albumin. Macrophages incubated with C, DM 1 or DM 2 albumin alone presented similar amount of intracellular lipids as assessed by Oil Red O staining. The addition of apo A-I, HDL3 or HDL2 reduced the lipid content in cells treated with C albumin, but not in those exposed to DM 1 or DM 2 albumin. The expression of ABCA-1 was reduced 82% and 25% in macrophages treated, respectively, with DM 1 or DM 2 albumin, in comparison to C albumin. DM 1 and DM 2 albumin reduced the uptake of 3H colesteril oleoyl ether from HDL by SR-BI overexpressing cells. These findings also were obtained when cells were treated in vitro with human serum albumin submitted to advanced glycation. DM 1 and DM 2 albumin enhanced the expression of receptors involved in the uptake of modified LDL and cholesterol homeostasis. Our findings showed that the advanced glycation of albumin that takes place in diabetes mellitus impairs the reverse cholesterol transport efficiency by reducing the ABCA-1 expression and cholesterol exportation to HDL and also by diminishing the uptake of esterified cholesterol from HDL. Independently of changes in HDL composition and concentration, advanced glycated albumin contributes to cholesterol accumulation in macrophages and atherogenesis in diabetes mellitus
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Estudos de aterosclerose experimental utilizando tomografia por emissão de pósitrons (PET-Scan) / Studies of experimental atherosclerosis using pósitron emission tomography (PET-Scan).Kazuma, Soraya Megumi 24 May 2017 (has links)
A aterosclerose é caracterizada como uma doença imune-inflamatória crônica das artérias devido ao grande acúmulo de lipídios na íntima. Um dos fatores envolvidos na progressão da aterosclerose é a presença de uma subfração de partículas de lipoproteína de baixa densidade (LDL) com um grau mínimo de modificação, denominada LDL eletronegativa [LDL(-)], que possui propriedades pró-inflamatórias, apresenta maior retenção na íntima das artérias e maior tempo de permanência na circulação sanguínea, gerando respostas imuno-inflamatórias. Epítopos de anticorpos monoclonais importantes no reconhecimento das partículas de LDL(-) foram mapeados por phage display, gerando peptídeos mimotopos (P1A3 e P2C7) com potencial para acompanhamento da progressão da aterosclerose, sendo excelentes candidatos como radiotraçadores marcados com emissores de pósitrons para obtenção de imagens moleculares por tomografia por emissão de pósitrons (PET) associada à tomografia computadorizada (PET/CT). O peptídeo P1A3 foi radiomarcado com 64Cu através da complexação com o quelante DOTA, obtendo-se imagens por PET/CT da captação do peptídeo na região do arco aórtico de camundongos knockout para a apolipoproteína E (Apoe-/-) comparados com animais controle sem lesões ateroscleróticas. Antes da obtenção das imagens PET/CT, os peptídeos radiomarcados foram validados através de estudos de estabilidade e biodistribuição, acumulando-se rapidamente nos rins. Também foi sintetizado um nanocluster de ouro, marcado com 64Cu e funcionalizado com P1A3 em sua superfície, observando-se o maior direcionamento dos nanoclusters de ouro ligados ao P1A3 para a região das lesões ateroscleróticas do arco aórtico de camundongos Apoe-/-, comparado ao nanocluster controle. Os peptídeos P1A3 e P2C7 radiomarcados com 68Ga, foram também avaliados por imagens PET/CT em camundongos knockout para o gene do receptor da LDL (LDLr-/-) tratados ou não com dieta hipercolesterolêmica. As imagens PET/CT mostraram que os peptídeos marcados com 68Ga tiveram um aumento de captação na região do arco aórtico de camundongos LDLr-/- hipercolesterolêmicos em relação ao controle. Além disso, P2C7 foi radiomarcado com 99mTc e sua biodistribuição demonstrou uma relação maior de % atividade injetada (AI)/órgão da aorta/coração nos camundongos hipercolesterolêmicos, em concordância com a imagem obtida por SPECT (tomografia computadorizada por emissão de fóton único) que revelou maior captação no arco aórtico. / Atherosclerosis is characterized as a chronic immune-inflammatory disease of the large arteries due to the accumulation of lipids in the intima. One of the factors involved in the progression of atherosclerosis is the presence of a subfraction of low-density lipoprotein (LDL) particles with a minimum degree of modification, called electronegative LDL [LDL (-)], which has proinflammatory properties, retention in the intima of the arteries and longer residence time in the blood circulation, generating immune-inflammatory responses. Epitopes of monoclonal antibodies important for the recognition of LDL(-) particles were mapped by phage display, generating mimotope peptides (P1A3 and P2C7) with potential to monitor the progression of atherosclerosis. These peptides are excellent candidates as radiotracers labeled with positron emitters to obtain molecular images by positron emission tomography (PET) associated with computed tomography (PET/CT). The P1A3 peptide was radiolabeled with 64Cu by complexation with the DOTA chelator to obtain PET/CT images of the peptide uptake in the aortic arch of apoliprotein E knockout mice (Apoe-/-) compared to control animals without atherosclerotic lesions. Prior to PET/CT imaging, radiolabeled peptides were validated by stability and biodistribution studies that indicated rapid accumulation in the kidneys. It was also synthesized a gold nanocluster, labeled with 64Cu and functionalized with P1A3 on its surface, observing the greater targeting of gold nanoclusters bound to P1A3 in the region of the atherosclerotic lesions of the aortic arch of Apoe-/- mice, compared to control nanocluster. The P1A3 and P2C7 peptides radiolabeled with 68Ga were also evaluated by PET imaging in LDL receptor gene knockout mice (LDLr-/-) treated or not with a hypercholesterolemic diet. PET/CT images showed that the 68Ga-labeled peptides had increased uptake in aortic arch of LDLr-/- hypercholesterolemic mice in relation to the control. Furthermore, the biodistribution of 99mTc-radiolabeled P2C7 showed a higher %ID (injected dose)/organ ratio of aorta/heart in hypercholesterolemic mice that was in accordance to SPECT (single photon emission computed tomography) imaging showing its higher uptake in the aortic arch.
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