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O luto materno em narrativas de vida e de morte: uma abordagem sociológico-discursiva da perda / The maternal fight in narratives of life and death: a sociological-discursive approach to lossSilva, Gezenira Rodrigues da January 2015 (has links)
SILVA, Gezenira Rodrigues da. O luto materno em narrativas de vida e de morte: uma abordagem sociológico-discursiva da perda. 2015. 192f. - Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Fortaleza (CE), 2015. / Submitted by Gustavo Daher (gdaherufc@hotmail.com) on 2017-01-20T16:54:10Z
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Previous issue date: 2015 / A presente tese é fruto do trabalho de pesquisas com narrativas de vida de mães que passaram pela experiência do luto, provocado pela morte violenta do filho. Este estudo, de natureza pluridisciplinar, busca estabelecer um diálogo entre diferentes áreas das ciências humanas, tais como: a linguística, a sociologia e a psicologia, em torno da análise do objeto: discurso do luto. De um lado, são convocadas bases linguísticas e discursivas, através das quais são postas à luz a capacidade dos enunciados em expressarem de forma linguisticamente particular o discurso da dor e do luto. Do outro, sublinham-se as ancoragens sociológicas e psicológicas, que põem em evidência o contexto e as relações sociais mediante a morte. Nosso objetivo geral foi caracterizar o discurso do luto materno, a partir de narrativas de mães que relatam a perda inesperada e violenta de um filho e suas consequências. Nosso questionamento central foi o de como o discurso do luto materno particulariza-se em relação aos demais textos narrativos autobiográficos, ao levarmos em contas os aspectos afetivo-sociais e narrativo-discursivos. Servimo-nos de diferentes concepções teórico-metodológicas como ferramentas de análise. Adotamos uma pesquisa de caráter explicativo, interpretativo, qualitativo, etnossociológico, guiada pelo método autobiográfico, com dados coletados através da técnica da entrevista narrativa. Utilizamos em nossas análises dois blocos de categorias: caracterização sócio-afetiva, com categorias criadas a partir da interpretação do corpus e dos estudos de Bowlby (1997); e caracterização narrativo-discursiva, com categorias baseadas principalmente nos estudos de Maia-Vasconcelos (2003; 2005) e de Labov (1972; 1997). Nosso estudo mostrou que narrativas de vida de mães, cujos filhos foram vítimas de homicídio, apresentam especificações no que diz respeito à sequencialidade, à temporalidade, ao uso de princípios de estruturação e à elaboração semântico-discursiva. Percebemos que estes fatores são resultantes do teor emocional e afetivo, que compõem o tema deste tipo de discurso. Discursos narrativos autobiográficos com a temática voltada para o luto, provocado pela morte violenta de um filho, apresentam características que o diferenciam dos demais gêneros narrativos autobiográficos, principalmente, no que diz respeito ao posicionamento do sujeito e à estruturação do discurso em si. Além disso, concluímos que as narrativas estudadas refletem um discurso coletivo de mães que expressam a dor pela perda de um filho. Há uma interligação da narrativa do luto individual com as demais narrativas advindas de contextos e vivências semelhantes.
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A vida como produto de invenção: o caráter autobiográfico da escrita de Fernando Sabino / Life as an invention product: autobiographical character of Fernando Sabinos writingVivian Bezerra da Silva 31 March 2015 (has links)
Com base na relevância que se dá hoje aos estudos das escritas de si, foi investigado o teor autobiográfico que permeia a obra do escritor Fernando Sabino em três dos seus livros: O encontro marcado (1956), O menino no espelho (1982) e O tabuleiro de damas (1988). Cada uma dessas obras foi analisada a partir de perspectivas distintas do gênero autobiográfico: romance autobiográfico, autoficção e autobiografia, respectivamente. O trabalho também aborda a construção da imagem do escritor Fernando Sabino na cena literária, analisando o modo como o escritor se apresenta em seus textos e investigando se essa representação está atrelada à imagem de pessoa pública da qual tomamos conhecimento por meio de palestras, depoimentos e entrevistas do autor. Nas declarações de Fernando Sabino, podemos observar, pela frequente reiteração de ideias, que o autor elabora a si mesmo como um personagem. Além da representação que fez de si próprio, Sabino transformou, inclusive, outros escritores em personagens. É o que podemos notar no livro Gente (1975), no qual o autor apresenta personalidades do seu universo artístico de acordo com uma visão pessoal. O mesmo ocorre nos minidocumentários produzidos pelo escritor, na década de 70, nos quais transporta grandes nomes da literatura brasileira para o vídeo. Em um período em que há diferentes trabalhos e publicações referentes ao retorno do sujeito, à problematização da primeira pessoa e aos estudos autobiográficos, buscou-se, nesta dissertação, estudar a produção de um escritor que possui expressivo material pertinente à escrita de si e à representação do sujeito, mas com escassos trabalhos acadêmicos sobre sua obra / Based on the relevance given to the self-writing today, the autobiographical tenor pervading the work of the writer Fernando Sabino has been explored in three of his books: O encontro marcado (1956), O menino no espelho (1982) e O tabuleiro de damas (1988). Each of these works was analyzed from distinct perspectives of the autobiographical genre: autobiographical novel, autofiction and autobiography, respectively. This study also addresses the image construction of the writer Fernando Sabino in the literary scenario, by analyzing the way the author presents himself in his texts and investigating whether such characterization is attached to his public person image about which we learn through lectures, declarations and interviews. From Fernando Sabino's statements, it is noticeable that the author by the frequent reiteration of ideas features himself as a personage. In addition to characterizing himself, Sabino also turned other writers into characters. Such representation is seen in the book Gente (1975), in which the author presents personalities of his own artistic environment from a personal viewpoint. And this is also true of the minidocumentaries produced by the writer, in the 1970s, which convey great names in Brazilian literature to video. In a period when there are varied works and publications concerning the return of the subject, the first person questioning and the autobiographical studies, this dissertation aims to study the production of a writer who owns expressive material relevant to the self-writing and to the representation of the subject, even though few academic papers on his work are available
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A (her)story of ones own: fiction and autobiography in Julia Alvarezs novels / A (her)story of ones own: fiction and autobiography in Julia Alvarezs novelsAlice de Araujo Nascimento Pereira 15 December 2011 (has links)
Escritoras migrantes frequentemente publicam romances autobiográficos que mesclam ficção com suas histórias pessoais. Essas escritoras usam suas experiências pessoais para discutir questões coletivas relacionadas aos diversos tipos de deslocamento associados ao processo diaspórico. As migrações em massa das ex-colônias para as metrópoles dos países desenvolvidos cresceram significantemente após a Segunda Guerra Mundial, gerando ao mesmo tempo contato mais próximos e conflitos entre culturas. Essa dissertação pretende analisar os romances autobiográficos How the García Girls Lost their Accents (1991) e Yo! (1997) da escritora dominicana-americana Julia Alvarez, A família Alvarez migrou para os Estados Unidos em 1960 devido a perseguição política. Em seus romances, a escritora lida com os traumas do deslocamento e com o processo de crescimento de meninas divididas entre valores culturais diferentes. Pretendo discutir como Alvarez, em sua prática autobiográfica, problematiza questões relacionadas à migração, como gênero, hibridismo cultural, memória lacunar e identidades fragmentadas. Também analiso como essas narrativas contestam as convenções formais tanto do gênero autobiográfico como da ficção, frisando o quanto o limite entre o real e o fictício, entre o privado e o político, é tênue / Migrant women writers often write autobiographical novels intertwining their personal histories with fiction. These writers use their personal experiences to discuss collective matters related to different types of displacement associated with the diasporic process. Mass migration has significantly grown after the World War II, especially from former colonized countries to developed centers, increasing both contact and conflict between cultures. This dissertation intends to analyze the autobiographical novels How the García Girls Lost their Accents (1991) and Yo! (1997) by Dominican-American author Julia Alvarez. The Alvarez family migrated to the U.S.A. in 1960 because of political persecution. In her novels, the writer deals with the traumas of dislocation and with the growing up process of girls caught between different cultural values. I intend to discuss how Alvarez problematizes through her autobiographical practice issues related to migration, such as gender roles, cultural hybridity, discrimination, shattered memories and fragmented identities. I also examine how these narratives contest conventions of both autobiographical and fictional genres, blurring the boundaries between the private and the political, between facts and fiction
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A vida como produto de invenção: o caráter autobiográfico da escrita de Fernando Sabino / Life as an invention product: autobiographical character of Fernando Sabinos writingVivian Bezerra da Silva 31 March 2015 (has links)
Com base na relevância que se dá hoje aos estudos das escritas de si, foi investigado o teor autobiográfico que permeia a obra do escritor Fernando Sabino em três dos seus livros: O encontro marcado (1956), O menino no espelho (1982) e O tabuleiro de damas (1988). Cada uma dessas obras foi analisada a partir de perspectivas distintas do gênero autobiográfico: romance autobiográfico, autoficção e autobiografia, respectivamente. O trabalho também aborda a construção da imagem do escritor Fernando Sabino na cena literária, analisando o modo como o escritor se apresenta em seus textos e investigando se essa representação está atrelada à imagem de pessoa pública da qual tomamos conhecimento por meio de palestras, depoimentos e entrevistas do autor. Nas declarações de Fernando Sabino, podemos observar, pela frequente reiteração de ideias, que o autor elabora a si mesmo como um personagem. Além da representação que fez de si próprio, Sabino transformou, inclusive, outros escritores em personagens. É o que podemos notar no livro Gente (1975), no qual o autor apresenta personalidades do seu universo artístico de acordo com uma visão pessoal. O mesmo ocorre nos minidocumentários produzidos pelo escritor, na década de 70, nos quais transporta grandes nomes da literatura brasileira para o vídeo. Em um período em que há diferentes trabalhos e publicações referentes ao retorno do sujeito, à problematização da primeira pessoa e aos estudos autobiográficos, buscou-se, nesta dissertação, estudar a produção de um escritor que possui expressivo material pertinente à escrita de si e à representação do sujeito, mas com escassos trabalhos acadêmicos sobre sua obra / Based on the relevance given to the self-writing today, the autobiographical tenor pervading the work of the writer Fernando Sabino has been explored in three of his books: O encontro marcado (1956), O menino no espelho (1982) e O tabuleiro de damas (1988). Each of these works was analyzed from distinct perspectives of the autobiographical genre: autobiographical novel, autofiction and autobiography, respectively. This study also addresses the image construction of the writer Fernando Sabino in the literary scenario, by analyzing the way the author presents himself in his texts and investigating whether such characterization is attached to his public person image about which we learn through lectures, declarations and interviews. From Fernando Sabino's statements, it is noticeable that the author by the frequent reiteration of ideas features himself as a personage. In addition to characterizing himself, Sabino also turned other writers into characters. Such representation is seen in the book Gente (1975), in which the author presents personalities of his own artistic environment from a personal viewpoint. And this is also true of the minidocumentaries produced by the writer, in the 1970s, which convey great names in Brazilian literature to video. In a period when there are varied works and publications concerning the return of the subject, the first person questioning and the autobiographical studies, this dissertation aims to study the production of a writer who owns expressive material relevant to the self-writing and to the representation of the subject, even though few academic papers on his work are available
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A (her)story of ones own: fiction and autobiography in Julia Alvarezs novels / A (her)story of ones own: fiction and autobiography in Julia Alvarezs novelsAlice de Araujo Nascimento Pereira 15 December 2011 (has links)
Escritoras migrantes frequentemente publicam romances autobiográficos que mesclam ficção com suas histórias pessoais. Essas escritoras usam suas experiências pessoais para discutir questões coletivas relacionadas aos diversos tipos de deslocamento associados ao processo diaspórico. As migrações em massa das ex-colônias para as metrópoles dos países desenvolvidos cresceram significantemente após a Segunda Guerra Mundial, gerando ao mesmo tempo contato mais próximos e conflitos entre culturas. Essa dissertação pretende analisar os romances autobiográficos How the García Girls Lost their Accents (1991) e Yo! (1997) da escritora dominicana-americana Julia Alvarez, A família Alvarez migrou para os Estados Unidos em 1960 devido a perseguição política. Em seus romances, a escritora lida com os traumas do deslocamento e com o processo de crescimento de meninas divididas entre valores culturais diferentes. Pretendo discutir como Alvarez, em sua prática autobiográfica, problematiza questões relacionadas à migração, como gênero, hibridismo cultural, memória lacunar e identidades fragmentadas. Também analiso como essas narrativas contestam as convenções formais tanto do gênero autobiográfico como da ficção, frisando o quanto o limite entre o real e o fictício, entre o privado e o político, é tênue / Migrant women writers often write autobiographical novels intertwining their personal histories with fiction. These writers use their personal experiences to discuss collective matters related to different types of displacement associated with the diasporic process. Mass migration has significantly grown after the World War II, especially from former colonized countries to developed centers, increasing both contact and conflict between cultures. This dissertation intends to analyze the autobiographical novels How the García Girls Lost their Accents (1991) and Yo! (1997) by Dominican-American author Julia Alvarez. The Alvarez family migrated to the U.S.A. in 1960 because of political persecution. In her novels, the writer deals with the traumas of dislocation and with the growing up process of girls caught between different cultural values. I intend to discuss how Alvarez problematizes through her autobiographical practice issues related to migration, such as gender roles, cultural hybridity, discrimination, shattered memories and fragmented identities. I also examine how these narratives contest conventions of both autobiographical and fictional genres, blurring the boundaries between the private and the political, between facts and fiction
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Pornografia e criticidade: as faces de Henry Miller em Tropic of Cancer e Tropic of Capricorn sob o viés autobiográfico / Pornography and criticism: Henry Miller\'s facets in Tropic of Cancer and Tropic of Capricorn under the autobiographical perspectiveFlávia Andréa Rodrigues Benfatti 09 August 2013 (has links)
Esta pesquisa analisa as obras Tropic of Cancer (1961) e Tropic of Capricorn (1961) do escritor norte-americano Henry Miller sob o viés autobiográfico com o intuito de averiguar, nas narrativas, como o autor constrói a masculinidade de seu narrador por meio de suas experiências sexuais. Percebe-se que o autor, por meio de seu personagem protagonista autobiográfico se comporta, às vezes, dentro dos parâmetros de uma masculinidade hegemônica diante do ato sexual ou nas conversas sobre mulheres com seus interlocutores masculinos, já que é fruto de uma sociedade patriarcal. Por outro lado, o autor-narrador também se mostra a favor de atitudes liberais femininas com relação à sexualidade, pois sua identidade e seus valores são revistos e reavaliados ao longo do processo narrativo. Além disso, há outros aspectos observados nas narrativas de Miller que respaldam a identidade em construção de seu narrador e as transformações de sua escrita cuja estética rompe com as regras do academicismo norte-americano do período entre-guerras. O narrador, por meio de um espírito livre, tece críticas de forma audaciosa e nada sutil diante dos fatos da vida, envolvendo as sociedades descritas nas obras - a norte-americana e a francesa -, comparando-as a ponto de denegrir a primeira e exaltar a segunda. São analisadas também as longas reflexões sobre sexo, amor, liberdade, casamento, raça, etnia, vida e morte por meio de comentários, descrições e devaneios com um estilo próprio que transita entre o irônico, o humorístico, o surreal e o metafórico. / This research analyzes the works Tropic of Cancer (1961) amd Tropic of Capricorn (1961) by the American author Henry Miller under the autobiographical perspective. The aim is to investigate in both narratives how the author constructs his narrator\'s masculine identity through his sexual experiences. What we can realize is that the author, as an autobiographical protagonist, sometimes behaves himself within the hegemonic masculinity parameters in relation to the sexual intercourse or in conversations about women with his male partners since he comes from a patriarchal background. On the other hand, the author-narrator is also in favor of liberal attitudes concerning sexuality since his identity and his values are revised and reorganized all through the narrative process. Besides, we also look at other aspects in the narratives which support the narrator\'s identity construction and the author\'s way of writing whose aesthetics breaks the rules of the North-American academicism of the interwar period. The narrator, through his free soul, audaciously criticizes the facts of life involving the two societies described in the book - the American and the French comparing them by denigrating the first and praising the second. In the narratives we also analyse the long reflexcions about sex, love, freedom, marriage, race, ethnics, life, death through commentaries, descriptions and daydreams alternating them by using irony, humor and a lot of metaphors.
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O espaço autobiográfico e a condução de leitura na literatura marginalValle, Ligia Gomes do 03 April 2014 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-01-27T13:54:42Z
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Previous issue date: 2014-04-03 / Desde os primeiros anos deste século podemos observar a tentativa de se criar um movimento literário a partir da ação editorial do escritor Ferréz com a organização da Revista Caros Amigos em três volumes da edição especial intitulada Literatura Marginal (2001, 2002, 2004) que envolvia os autores oriundos das periferias urbanas. A partir daí, a unificação e a fortificação destes escritores aumentaram e inúmeros trabalhos acadêmicos foram realizados até então, associando a movimentação destes escritores à identidade de moradores de periferias, à militância, à proposta de literatura que apresentavam, e à recepção destas obras. A marca de legitimação dos escritores é o fato de serem moradores de periferia e de terem uma postura militante, essa marca é associada aos elementos de condução de leitura presente em seus escritos e em meios extraliterários em geral. Essa legitimação do narrar a periferia a partir de uma premissa que parte das experiências como moradores, trouxe para as narrativas o aspecto do vivido, a relação com a vida, de forma que se pode construir com mais intensidade a atmosfera de leitura que tende a buscar semelhanças entre a história narrada na obra e a vida do autor, principalmente nas obras que retratam o cotidiano das periferias. Este fenômeno de leitura, que tende a buscar semelhanças, pode ocorrer em qualquer processo de leitura e é destacado por Lejeune (2008) como espaço autobiográfico. Porém, esse fenômeno é intensificado também pela literatura como resposta ao mito da marginalidade e pela presença do ressentimento como um aspecto que perpassa a vida e a escrita. As obras mais utilizadas para a análise do espaço autobiográfico foram o livro de crônicas Oh Margem reinventa os rios!?, de Cidinha da Silva e as obras de Sacolinha: Como água do rio e Peripécias de minha infância. As obras Guerreira, de Alessandro Buzo; Graduado em Marginalidade, de Sacolinha e Capão Pecado, de Ferréz foram analisadas levando em consideração a condução do narrador ao tecer a trama criando um certo tipo de leitura, que estaria condizente com as teorias e propostas de análise presentes neste trabalho referentes à Literatura Marginal. / Desde los primeros años de este siglo, se puede observar el intento de crear un movimiento literario a partir de la acción editorialista de Ferréz con la organización de la revista Caros Amigos en tres volúmenes cuya edición especial fue intitulada Literatura Marginal (2001, 2002, 2004) que advén de los autores de las periferias urbanas . A partir de ahí , la unificación y el fortalecimiento de estos escritores ha aumentado y se han realizado numerosos estudios académicos hasta entonces asociar el movimiento de estos escritores a la identidad de los residentes de los barrios, los activistas, la bibliografía propuesta presentada , y la recepción de estas obras. La marca de la legitimidad de los escritores era ser residentes de la periferia a través de una postura militante, la marca está ligada a elementos de conducción de lectura en sus escritos y extraliterários en los medios de comunicación en general. Esta legitimación de narrar la periferia a partir de la premisa de que las experiencias de los residentes trae un aspecto narrativo de la experiencia vivida, la relación con la vida , por lo que se puede construir con más intensidad la atmósfera de lectura que tiende a buscar similitudes entre la historia narrada en el libro y la vida del autor, sobre todo en las obras que retratan la vida cotidiana de las periferias. Este fenómeno de lectura , lo que tiende a buscar similitudes, puede ocurrir en cualquier proceso de lectura y es subrayado por Lejeune ( 2008 ) como el espacio autobiográfico, pero el fenómeno también se intensifica por la literatura como una respuesta al mito de la marginalidad y la presencia de resentimiento como aspecto que impregna la vida y la escritura. Las obras de uso más frecuente para el análisis del espacio autobiográfico fueron: el libro de crónica Oh Margen, reinventa los ríos!?, de Cidinha da Silva y las obras de Sacolinha: Cómo el agua del río y Peripecias de mi infancia. Las obras: Guerrera, de Alessandro Buzo ; Graduado en la Marginalidade, de Sacolinha y Capão Pecado, de Ferréz fueron analizadas teniendo en cuenta la conducta del narrador para tejer la trama a un cierto tipo de lectura , lo que sería consistente con las teorías y análisis de propuestas que se presentan en este trabajo en relación con la Literatura Marginal.
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LA CREACIÓN PLÁSTICA AUTOBIOGRÁFICA CONTRA LOS MODELOS IDEALIZADOS DEL INDIVIDUOVelasco Sebastián, Raquel 07 March 2016 (has links)
[EN] The main goal of this investigation has been to highlight the transcendence and social struggle which we believe as inherent to the genre of autobiographical plastic creation, contextualizing and relating it to the evolution of the occidental philosophical thinking and culture, as well as to the theoretical investigations on essential contemporary questions in our society.
This investigation places the autobiographical plastic creation carried out by artists such as Louise Bourgeois, Tracy Emin, Wolfgang Tillmans, Josef Beuys or Sophie Calle, among others, on the opposite side to the widespread idealized models of the human being. We explain that the origin of those idealized models, of and for the human being, lies in the platonic idealism belonging to the classical culture, which has lived on vigorously to our days as a structural thinking of our occidental culture.
Its legacy has turned out to be the imposition of an ideal model of the human beings, whom it considers hardly interesting, but for their use as projects of moral, physical or intellectual perfection, which can be seen in the influence, sometimes devastating, of advertising and media models over sexuality, ethnic identity and interpersonal relationships.
Autobiographical creation cannot be fully comprehended as it is nowadays without understanding that it has been necessary to accomplish a progressive historical change of the conception of the individual, who has been moving away, step by step, from the achievement of the ideals in order to start giving more relevance both to the personality and to the development of the potentialities and particularities of human beings.
We have presented three fundamental theorists in the history of occidental thinking: Friedrich Nietzsche, Sigmund Freud and the philosophical theories of Karl Marx, in order to search for the philosophical origin of the rupture with idealism and the beginning of a global and real conformation of the individual, including their most unconscious and animal aspects, such as their urges. Their theses reply to the platonic and former religious idea of the ideal model existing just by itself, as a materialization of an intangible divinity, denouncing that it is the human being who creates it, with a clear intention and belonging to a certain group of power.
The rupture of these theorists with the longing for an idealized model of individuals offers an alternative way, reflected on an essential change in the autobiographical creation, from its confirmation as just a reflection of an illustrious and exemplary life to a place marked by the individual itself, far away from homogenizing and stigmatizing visions on individuals and collectives. The key question risen from the study of the opposition of these philosophical theses against idealism, Who runs the public domain and with which intention?, will be related to the conclusive idea of this thesis: What matters in this kind of creation is not so much who is creating or whether the autobiographical data are really true, but from where and with which intention, inasmuch as all the autobiographical artists studied and presented have contributed with their works to the deconstruction of prejudices that were affecting negatively the peripheral groups they belong to, due to their genre, ethnicity or sexuality. / [ES] El objetivo principal de esta investigación ha sido dotar al género de la creación plástica autobiográfica de la trascendencia y combatividad que nos parecía portar, contextualizándola y vinculándola tanto a la evolución de la cultura y del pensamiento filosófico occidental, como a las investigaciones teóricas sobre cuestiones fundamentales y contemporáneas de nuestra sociedad.
Esta investigación sitúa a la creación plástica autobiográfica de artistas como Louise Bourgeois, Tracy Emin, Wolfgang Tillmans, Josef Beuys o Sophie Calle entre otros, en el extremo opuesto de la difusión de modelos idealizados del ser humano. Para ello explicamos cómo las raíces de la creación de modelos ideales del y para el ser humano se ubica en el idealismo platónico de la cultura clásica que ha pervivido con fuerza hasta nuestros días, como pensamiento estructural de nuestra cultura occidental.
Su legado es la imposición de un modelo ideal al ser humano, dado que se considera a éste imperfecto y poco o nada interesante si no es por su proyecto de perfeccionamiento moral, físico o intelectual, reflejándose en la influencia en ocasiones devastadora de los modelos publicitarios y mediáticos sobre la sexualidad, la identidad étnica y las relaciones interpersonales.
No podemos entender la creación autobiográfica como se entiende en la actualidad sin comprender que ha sido esencial un cambio histórico progresivo en la concepción del individuo, que se ha ido separando poco a poco de la consecución de ideales, para ir concediendo más importancia a la personalidad y al desarrollo de las potencialidades y particularidades del ser humano.
Hemos presentado tres teóricos fundamentales de la historia del pensamiento occidental, para plantear el origen filosófico de la ruptura con el idealismo y el inicio de una conformación global y real del individuo, con su parte más inconsciente y animal reflejada en sus pulsiones. Sus tesis contestan la idea platónica y religiosa de que el modelo ideal existe por sí, como una materialización de lo intangible divino, denunciando que es el ser humano quien lo crea con una intención y desde un grupo de poder.
La ruptura de estos teóricos con el idealismo platónico abre una vía alternativa que se refleja en un cambio esencial en la creación autobiográfica, de su validación únicamente como reflejo de una vida ilustre y ejemplarizante hacia un lugar marcado por el propio individuo, alejándose de las visiones homogeneizantes y estigmatizantes tanto individuales como colectivas.
La pregunta clave que desde estas tesis filosóficas que planteamos se ha hecho contra el idealismo ha sido "¿quién maneja lo público y con qué interés?", lo que conecta con el planteamiento conclusivo de la tesis: lo importante en este tipo de creación no es tanto quién crea o si sus datos son veraces, sino desde dónde y con qué intención, dado que todos los artistas autobiográficos que hemos expuesto han contribuido mediante sus obras a deconstruir los prejucios que recaen sobre los colectivos periféricos a los que pertenecen, ya sea por su género, su etnicidad o su sexualidad. / [CA] L'objectiu principal d'aquesta recerca ha estat dotar al gènere de la creació plàstica autobiogràfica de la transcendència i combativitat que ens semblava portar, contextualitzant-la i vinculant-la a l'evolució de la cultura i el pensament filosòfic occidental i a les recerques teòriques sobre qüestions fonamentals i contemporànies de la nostra societat.
Aquesta recerca situa a la creació plàstica autobiogràfica d'artistes com LouiseBourgeois, TracyEmin, Wolfgang Tillmans, Josef Beuys o SophieCalle entre uns altres, en l'extrem oposat de la difusió de models idealitzats de l'ésser humà. Per a això expliquem com les arrels de la creació de models ideals del i per a l'ésser humà, se situa en l'idealisme platònic de la cultura clàssica que ha perviscut amb força fins als nostres dies com un pensament estructural de la nostra cultura occidental.
El seu llegat és la imposició d'un model ideal a l'ésser humà, atès que es considera a aquest imperfecte i poc o gens interessant si no és pel seu projecte de perfeccionament moral, físic o intel·lectual, reflectint-se en la influència en ocasions devastadora dels models publicitaris i mediàtics sobre la sexualitat, la identitat ètnica i les relacions interpersonals.
No podem entendre la creació autobiogràfica com s'entén en l'actualitat sense comprendre que ha estat essencial un canvi històric progressiu en la concepció de l'individu, que s'ha anat separant a poc a poc de la consecució d'ideals, per anar concedint més importància a la personalitat i al desenvolupament de les potencialitats i particularitats de l'ésser humà.
Hem presentat tres teòrics fonamentals de la història del pensament occidental, per plantejar l'origen filosòfic de la ruptura amb l'idealisme i l'inici d'una conformació global i real de l'individu, amb la seva part més inconscient i animal reflectida en les seves pulsions. Les seves tesis contesten la idea platònica i religiosa que el model ideal existeix per si, com una materialització de l'intangible diví, denunciant que és l'ésser humà qui ho crea amb una intenció i des d'un grup de poder.
La ruptura d'aquests teòrics amb l'idealisme platònic obre una via alternativa que es reflecteix en un canvi essencial en la creació autobiogràfica, de la seva validació únicament com a reflex d'una vida il·lustre i exemplar, cap a un lloc marcat pel propi individu, allunyant-se de les visions homogeneïzants i estigmatitzants tant individuals com a col·lectives.
La pregunta clau que des d'aquestes tesis filosòfiques que plantegem s'ha fet contra l'idealisme, ha estat "qui maneja el públic i amb quin interès?", la qual cosa connecta amb el plantejament conclusiu de la tesi: l'important en aquest tipus de creació no és tant qui crea o si les seves dades són veraces, sinó des d'on i amb quina intenció, atès que tots els artistes autobiogràfics que hem plantejat han contribuït mitjançant les seves obres a deconstruir els prejudicis que requeien sobre els col·lectius perifèrics als quals pertanyen, ja sigui pel seu gènere, la seva etnicitat o la seva sexualitat. / Velasco Sebastián, R. (2016). LA CREACIÓN PLÁSTICA AUTOBIOGRÁFICA CONTRA LOS MODELOS IDEALIZADOS DEL INDIVIDUO [Tesis doctoral]. Universitat Politècnica de València. https://doi.org/10.4995/Thesis/10251/61491
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Os caminhos literários de Carolina Maria de Jesus: experiência marginal e construção estética / Literary paths of Carolina Maria de Jesus: marginal experience and aesthetic constructionMiranda, Fernanda Rodrigues de 20 September 2013 (has links)
Análise da obra da escritora Carolina Maria de Jesus (1914-1977), em particular dos livros Quarto de despejo diário de uma favelada (1960); Casa de Alvenaria diário de uma exfavelada (1961); Pedaços da fome (1963) e Diário de Bitita (1986). Investigamos aspectos da edição do primeiro livro publicado, analisando a intervenção do editor na construção do estereótipo da escritora favelada e o impacto que isso representou na trajetória discursiva da autora. Nosso objetivo foi analisar a internalização da experiência histórica da margem ao campo da dicção da obra literária, superando a introdução da temática, quase inédita na produção literária brasileira, da favela e da sobrevivência urbana marginal. A obra caroliniana, muitas vezes reduzida a mero documento de interesse sociológico, se realiza com contornos estéticos próprios a escrita é parte fundante de sua constituição subjetiva, pois a autora estetiza a si, cria para si identidade e alteridade, constrói sua subjetividade através da palavra escrita, tornando-se autora, narradora e personagem de si mesma. / Analysis of the work of writer Carolina Maria de Jesus (1914-1977), in particular the books Quarto de despejo diário de uma favelada (1960); Casa de Alvenaria diário de uma exfavelada (1961); Pedaços da fome (1963) e Diário de Bitita (1986). We investigate aspects of the edition of the first book published, analyzing editor intervention in the construction of the stereotype of \"writer slum\" and the impact this discourse represented in the trajectory of the author. Our aim was to analyze the internalization of the historical experience of the margin to the field of the literary diction, surpassing the introduction of the theme, almost unprecedented in Brazilian literary production, the slum and marginal urban survival. The work of Carolina Maria de Jesus often reduced to mere document of sociological interest, is done with own aesthetic contours - writing is a fundamental part of its subjective constitution, aestheticized as the author himself, creates for itself identity and otherness, constructs his subjectivity through written word, becoming author, narrator and character herself.
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O divórcio e a reconciliação da mesquita com estado: a constituição discursiva do sujeito mulher iraniana na escrita autobiográficaFerreira, Quézia Fideles 12 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-12 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The constitution of the subject in all societies is closely linked to power relations
established in a given historical moment. These relationships pervade the social
practices and grounded in a set of knowledge, develop real desires that are
incorporated by the subjects as "truths" absolute, unique and unquestionable.
With regard specifically to the constitution of the subject Iranian woman, the
development of their identity is tied to a particularized power system by a strong
association between State and Religion, which has, over time, inferiorized the
identity of the individual woman , seen as the other child before marriage to the
father and then the celebration of the marriage agreement, the husband. Having
as theoretical support the contributions from the Discourse Analysis, Foucault's
research and cultural studies, this research we aim to analyze the constitution
of the subject Iranian woman immersed in power relations in circulation in the
course of the twentieth century, marked by profound changes political, social
and historical. From this goal, we adopted as of this research investigation
object the autobiographical novel What I did not tell, the Iranian author Azar
Nafisi, whose first edition was translated into Portuguese in 2009, a year after
its publication in the original Things I’ve been silent about. After our reflections,
we found that the novel, narrated in first person, can be understood as an
intimate writing, since the author, in addition to the first-person narrative from
the title makes it clear that it is a vision particular about their country, attempting
to resist the "male tyranny," breaking the silence for a long time the subject
woman. / A constituição do sujeito em todas as sociedades está intimamente atrelada às
relações de poder instituídas em determinado momento histórico. Essas
relações perpassam as práticas sociais e, alicerçadas em um conjunto de
saberes, elaboram vontades de verdade que são incorporadas pelos sujeitos
como “verdades” absolutas, únicas e inquestionáveis. No que diz respeito,
especificamente, à constituição do sujeito mulher iraniana, a elaboração de sua
identidade está atrelada a um sistema de poder particularizado por uma intensa
associação entre Estado e Religião, que tem, ao longo do tempo, inferiorizado
a identidade do sujeito mulher, visto como o outro subordinado, antes do
casamento ao pai e depois, da celebração do acordo matrimonial, ao esposo.
Tendo como suporte teórico as contribuições advindas da Análise do Discurso,
das pesquisas foucaultianas e dos Estudos culturais, nesta pesquisa temos
como objetivo analisar a constituição do sujeito mulher iraniana imersa nas
relações de poder em circulação, no transcorrer do século XX, marcado por
profundas mudanças políticas, sociais e históricas. A partir desse objetivo,
adotamos como objeto de investigação dessa pesquisa o romance
autobiográfico O que eu não contei, da autora iraniana Azar Nafisi, cuja
primeira edição foi traduzida para o português no ano de 2009, um ano após a
sua publicação no original Things I’ve been silent about.Após as nossas
reflexões, constatamos que o romance, narrado em primeira pessoa, pode ser
entendido como uma escrita íntima, uma vez que a autora, além de fazer a
narrativa em primeira pessoa, desde o título, deixa claro que se trata de uma
visão particular sobre o seu país, intentando resistir à “tirania masculina”,
quebrando o silêncio imposto por um longo período ao sujeito mulher.
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