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Trabalho digno e direitos humanos no MERCOSUL: vicissitudes da integração latino-americana / Decent work and human rights in MERCOSUR: vicissitudes of latin american integrationJuliane Caravieri Martins Gamba 10 December 2014 (has links)
Nos primórdios da civilização, o trabalho era a atividade ligada à pesca, à caça, à coleta de frutos e à plantação de alimentos destinados ao sustento do homem na vida em comunidade. A partir do desenvolvimento do capitalismo industrial, houve a divisão social e técnica do trabalho que transformou este ato, inicialmente tão natural, numa engrenagem do processo de produção e o ser humano passou a ser um apêndice das máquinas sujeito a precárias condições de trabalho. Tal sociedade de consumo conferiu aos trabalhadores o mesmo valor que se atribui às máquinas e aos instrumentos de produção, esvaziando sua dignidade humana. Nesse contexto, a pesquisa analisou - de modo comparativo e crítico - se os direitos humanos trabalhistas e o trabalho digno estão sendo implementados no Mercado Comum do Sul (MERCOSUL), enquanto processo de integração regional que envolve países possuidores de realidades socioeconômicas diferenciadas, destacando-se, no estudo, o Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai. Como Hannah Arendt apregoou no final de \"A Condição Humana\", na sociedade capitalista houve a vitória do animal laborans sobre o homo faber com o triunfo do consumo sobre o uso e do metabolismo sobre a durabilidade das coisas, havendo a mitigação da dignidade do trabalhador. Porém, o trabalho humano possui características peculiares, devendo ser considerado com critérios que extrapolam os aspectos puramente econômicos. Segundo Felice Battaglia, na \"Filosofia do Trabalho\", o trabalho é uma realidade poliédrica captada parcialmente pelas diferentes Ciências (Física, Biologia, Economia etc.), mas o trabalho do homem deve estar em consonância com os limites impostos pela sua própria dignidade. Então, o trabalho humano não pode ser tratado na condição de mercadoria ou insumo de produção como o capitalismo impõe, pois ele se apresenta como um valor necessário para a existência digna do trabalhador. Não basta a concessão de um trabalho ao ser humano, é imprescindível a garantia e a concretização da concepção de trabalho digno que respeita a pessoa humana em sua integralidade físico-psíquica como ser único e insubstituível. No caso do MERCOSUL, a tutela jurídica do trabalho digno e dos direitos humanos trabalhistas nas ordens jurídicas internas dos países integrantes do bloco, bem como em tratados internacionais por eles ratificados não garantirá, por si só, sua efetivação no mundo do trabalho. É imperiosa a existência de efetivo \"querer político\" dos governantes dos Estados-membros para a concretização do trabalho digno no MERCOSUL rumo a uma integração regional mais solidária para os povos latino-americanos. / In the dawn of civilization, human activity was linked to fishing, hunting, collecting fruits and the planting of food, all that intended for the sustenance in community life. As the industrial capitalism developed, a social and technical division of labor emerged and transformed this act, initially so natural, in a gear of the production process. Therefore, the human being has become an appendage of the machines, subject to substandard working conditions. Such consumer society has given workers the same value attributed to the machines and the instruments of production, emptying them of their human dignity. In this context, this research has analyzed - in a comparative and critical way - if labor human rights and a decent work are being implemented in the Southern Common Market (MERCOSUR) as a process of regional integration that involves differentiated socioeconomic realities of countries, most notably, in this study, Brazil, Argentina, Paraguay and Uruguay. As Hannah Arendt proclaimed at the end of her work \"The Human Condition\", in capitalist society there was the victory of the animal laborans over the homo faber, and the triumph of the consumption over the use as well as the metabolism over the durability of things, leading to the mitigation of the dignity of the workers. However, the human labor has peculiar characteristics, and should be considered with criteria that go beyond the purely economic aspects. According to Felice Battaglia in his \"Philosophy of Work\", the work is a polyhedral reality partially captured by different sciences (Physics, Biology, Economics, etc.), but the human labor must be in line with the limits imposed by his own dignity. So, it cannot be treated as goods or production input as capitalism imposes, because it presents itself as a required value for a worthy existence of the worker. It is not enough to grant labor to human beings; it is indispensable to guarantee the design and implementation of decent work, which respects the human person in its psychic-physical entirety as an unique and irreplaceable being. In the case of MERCOSUR, the legal protection of decent work and labor human rights in internal legal orders of the Member Countries, as well as in international treaties ratified by them, will not, by itself, ensure its effectuation in the world of work. It is vital for the existence of an effective \"political demanding\" of the rulers\' Member States for the implementation of a decent work in the MERCOSUR regional integration towards greater solidarity to the peoples of Latin America.
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Movimento antiglobalização: juventude e utopia / Anti-globalization movement: youth and utopiaSantos, André de Melo 26 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This dissertation contains a sociological approach to the anti-globalization movement. From the analysis of Marx's capitalist society and its contradictions where movements that question the society and seek to reform or transform this. We also discuss the role of youth in modern society and their participation in social movements. The ant globalization movement began in the late 1990s with protests against the World Trade Organization; thereafter several protests that characterized the anti-globalization movement were performed. These different groups with varied trends protests tried to unify the movement with the creation of the World Social Forum. Thus we analyzed the anti-globalization movement as the reemergence of radical trends and a space in which party left the hegemony exercised, resulting in reflux of movement as a whole without something concrete be achieved. / A presente dissertação teve como objetivo realizar uma abordagem sociológica do movimento antiglobalização. Para tanto, partiu-se das análises de Karl Marx sobre a sociedade capitalista, considerando a atuação do movimento antiglobalização dentro dela, no sentido de busca reformas ou transformações sociais. Além disso, também discutimos o papel da juventude na sociedade moderna e sua participação nos movimentos sociais. O movimento antiglobalização iniciou-se no fim dos anos 1990, com protestos contra a Organização Mundial do Comércio. Após essa data, foram realizados vários protestos que caracterizaram o movimento antiglobalização. Nestes protestos, diferentes grupos, com tendências variadas, tentaram unificar o movimento com a criação do Fórum Social Mundial. Desta forma, analisamos o movimento antiglobalização como uma reemergência de tendências mais radicais, mas que teve um refluxo no espaço em que a esquerda partidária exerceu hegemonia, impedindo a conquista de algo mais concreto
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Os direitos humanos e sociais e o capitalismo: elementos para uma crítica / Human and social rights and capitalism: elements for a critiquePablo Biondi 13 August 2012 (has links)
Este estudo propõe uma ligação decisiva entre o capitalismo e os assim chamados direitos humanos e sociais. O objetivo é provar que o desenvolvimento histórico dos direitos humanos, considerando sua primeira dimensão e sua segunda dimensão, não é baseado no desenvolvimento do espírito humano e da consciência universal, mas sim no processo capitalista de produção e reprodução social. Ao se seguir um caminho teórico marxista, é possível perceber que toda a forma jurídica, até mesmo os direitos humanos, está profundamente comprometida com uma estrutura capitalista de sociedade. Em adendo, este fato implica consequências importantes para todos os programas políticos e perspectivas reformistas. Os direitos civis e políticos, tanto quanto os direitos sociais, são parte de um maquinário burguês que faz do direito um instrumento de exploração e preservação do status quo, apesar do progresso relativo que eles podem trazer com eles. O Estado de Direito é apenas uma maneira particular pela qual o Estado burguês, em tempos de normalidade, emprega sua violência. E as políticas de bem-estar social não são nada além de uma intervenção estatal para apoiar o ciclo de acumulação do capital conforme necessidades concretas (e políticas). Não há nenhum tipo de esclarecimento, bondade ou senso de decência humana nos direitos relacionados à democracia liberal e às instituições de bem-estar social, mas sim contingências de determinados momentos da luta de classes e da dinâmica econômica de reprodução sob o sistema capitalista. A verdadeira emancipação só é viável pelo fim das classes sociais, um difícil horizonte que começa com uma estratégia socialista. E quanto mais a revolução socialista modifica as relações de produção para estabelecer o controle social pela classe trabalhadora, tanto menor é a hegemonia da forma jurídica sobre a vida, porque o direito perece junto com o fim da produção e da circulação de mercadorias. A luta pelo socialismo como a luta por um novo e superior tipo de vida civilizada que nenhum dos direitos humanos poderia prover à humanidade. / This study proposes a critical link between capitalism and the so-called human and social rights. The objective is to prove that the historical development of human rights, considering their first dimension and their second dimension, is not based on the development of the human spirit or of a universal consciousness, but on capitalist process of social production and reproduction. By following a marxist theoretical path, it is possible to realize that all juridical form, even human rights, is deeply compromised with a capitalist structure of society. In addition, this fact implicates important consequences for all reformist political programs and perspectives. Civil and political rights, as much as social rights, are part of a bourgeois machinery which turn law into an instrument of exploitation and preservation of status quo, despite the relative progress they may bring with themselves. The rule of Law is only a particular manner by which bourgeois state, in times of normality, employs its violence. And the policies of welfare are nothing but a state intervention to support the cycle of accumulation of capital according concrete (and political) necessities. There is not any sort of enlightenment, kindness or sense of human decency in the rights related to liberal democracy and the institutions of welfare state, but only contingences from a determined moment of struggle of class and economical dynamics of reproduction under capitalist system. A true emancipation is only viable by the end of social classes, a difficult horizon that begins with a socialist strategy. And the more a socialist revolution changes the relations of production in order to establish a social control by working class, the lesser is the hegemony of the juridical form over life, because law perishes tied to the end of production and circulation of commodities. The struggle for socialism reveals itself as a struggle for a new and superior kind of civilized life which none of the human rights could provide to mankind.
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Capitalismo e direitos humanos de solidariedade: elementos para uma crítica / Capitalism and human rights of solidarity: elements for criticismPablo Biondi 17 September 2015 (has links)
Nosso estudo busca identificar a conexão material entre o capitalismo e os direitos humanos de solidariedade. Esses direitos, segundo a teoria jurídica e as declarações internacionais, ao contemplarem toda a humanidade, ao conceberem o gênero humano como sujeito de direito, são a mais elevada expressão do progresso da consciência humana no que concerne a dignidade do homem e as ameaças contra a vida coletiva na Terra. Nós propomos, ao contrário, que os direitos humanos de terceira geração exprimem as formas mais abstratas do capitalismo depois da Segunda Guerra Mundial, especialmente aquelas que correspondem à finança e à mundialização do capital. A sociedade burguesa internacionalizada tornou-se ela mesma, em suas categorias fundamentais, mais abstrata, e as categorias jurídicas seguiram este mesmo movimento. E de modo similar ao que sucede com os direitos humanos de primeira geração e de segunda geração, as palavras charmosas apresentadas pelo humanismo jurídico portam, discretamente, a exploração capitalista. Os direitos ao patrimônio comum da humanidade, ao meio ambiente sadio, ao desenvolvimento e mesmo o direito à paz, cada um deles reproduz os meios de apropriação e organização capitalista do imperialismo os mesmos meios que dão suporte aos lucros privados sobre os bens coletivos, que mantêm a dominação imperialista e que preparam as guerras no interior do sistema de Estados. O idealismo e a visão romântica sobre os direitos humanos escondem esta contradição, e é preciso expô-la, é preciso superar a ideologia jurídica. Nossa crítica marxista, realizada pela crítica do capital e de sua forma jurídica em escala internacional, é um esforço nesta direção. / Our study seeks to identify the material connection between capitalism and human rights of solidarity. These rights, according to legal theory and international declarations, by contemplating the whole mankind, by conceiving human gender as a law subject, are the highest expression of the progress of human conscience concerning human dignity and the threats against collective life on Earth. We propose, on the contrary, that human rights of third generation express the most abstract forms of capitalism after the Second World War, specially those who correspond to finance and to capital globalization. The internationalized bourgeoise society has become itself more abstract in its fundamental categories, and legal categories have followed the same movement. And in a similar way to what happens to human rights of first generation and second generation, the charming words presented by legal humanism discreetly bear capitalist exploitation. The rights to the common heritage of mankind, to a clean environment, to development and even the right to peace, each one of them reproduce the means of capitalist appropriation and organization of imperialism the same means which support private profits and collective goods, which maintain imperialist domination and which prepare wars inside the system of states. The idealism and the romantic view about human rights hide this contradiction, and it is necessary to expose it, it is necessary to overcome legal ideology. Our marxist criticism, performed by the critique of capital and its legal form on international scale, is an effort towards this direction.
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Direito e estética: para uma crítica da alienação social no capitalismo / Law and aesthetics: for a critique of social alienation under capitalismOswaldo Akamine Junior 03 May 2013 (has links)
Direito e estética para uma crítica da alienação social no capitalismo é uma tese que se alinha às obras de Karl Marx e de Evgeny Pachukanis. Partindo do entendimento de que a teoria estética é um locus privilegiado para a crítica social, busca nela elementos para a crítica do direito. Analisa a especificidade histórica do direito, com a aproximação entre a forma mercadoria e a forma jurídica. Aborda o problema da mistificação do direito e da ideologia jurídica. Examina a teoria jurídica tradicional e suas implicações. Discute o fenômeno que o autor denomina regressão do indivíduo, em alusão ao problema da regressão da audição que Adorno, em um famoso ensaio, constatou, no campo da música e da indústria cultural. Na segunda parte, examina, propriamente, a estética como teoria social e, assim, finalmente, promove, de maneira mais aprofundada, a crítica do direito a partir do debate artístico. Aborda a proximidade entre a teoria pachukaniana e a dialética negativa de Adorno e, nesse sentido, também observa alguns aspectos ontológicos que estão presentes na estética marxistalukacsiana. Mostra o vínculo entre a posição essencialista e as teorias jusracionalistas, de modo a esclarecer outros elementos que corroboram a ideologia jurídica e se que se infiltram nas estratégias políticas emancipatórias. Analisa problemas da criação artística e da indústria cultural, sob a perspectiva do direito. / Law and aesthetics - for a critique of social alienation under capitalism is a thesis affiliated to the works of Karl Marx and Evgeny Pachukanis. Based on the understanding that aesthetic theory is a locus for social criticism, the author searches for critical elements towards law. It analyzes the historical specificity of law, with the rapprochement between commodity form and legal form. It addresses the problem of mystification of law and legal ideology. It examines the traditional legal theory and its implications. It discusses the phenomenon that the author calls \"regression of the individual\", in allusion to the problem of \"regression of listening\" that Adorno, in a famous paper, diagnosed in the field of music and cultural industry. The second part examines aesthetics and social theory and thus ultimately promotes a more thoroughly criticism of the law from the artistic debate. It discusses the proximity between Pachukanis theory and Adorno\'s negative dialectics and, also points out some ontological aspects present in the marxist aesthetics of Lukács. It clarifies other elements that support the legal ideology and political strategies in class strugle. It analyzes problems concerning artistic creation and cultural industry from the perspective of law.
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A nebulosa do decrescimento: um estudo sobre as contradições das novas formas de fazer política / The nebula of degrowth: a study on the contradictions of new forms of political actionAna Flavia Pulsini Louzada Bádue 07 December 2012 (has links)
Esta dissertação de mestrado tem como tema central a mobilização políticoecológica de Decrescimento na França. Com o argumento de que o crescimento econômico destrói o meio ambiente, militantes do decrescimento acionam uma diversidade de coletivos, ações e ideias para construir uma mobilização política em forma de nebulosa. Diferente de um movimento social, de um partido político ou de um grupo com contornos bem estabelecidos, uma nebulosa é uma mobilização descentrada e aberta, que coloca em relação iniciativas distribuídas pelo território francês com a preocupação de garantir a autonomia e a particularidade de cada grupo local. A fim de discutir as implicações dessa forma de fazer política que é frequentemente considerada inovadora, esta dissertação toma como ponto de partida a nouvelle gauche, nascida em meados dos anos 1950 na França. Por meio do levantamento de algumas questões que aparecem nessa nova esquerda, discute-se as implicações do aparecimento de novas maneiras de conceber o social e agir politicamente em detrimento do marxismo, da contradição de classes e da noção de exploração por meio do trabalho. Diante da problematização do conjunto de ideias e práticas que tomava corpo naquele período, parte-se para uma discussão das continuidades e descontinuidades instauradas pelo decrescimento com relação aos movimentos precedentes, através da descrição etnográfica das relações estabelecidas pelos militantes franceses. Por fim, as novas formas de fazer política desenvolvidas pelo decrescimento são problematizadas na medida em que são aproximadas das novas formas do capitalismo. Muitas análises sugerem que a crítica tornou-se o motor do capitalismo por meio da incorporação de formas de organização social e ideológica que tem profundas afinidades com o movimento decrescimento. Dessa forma, são discutidas as contradições de um movimento que tenta colocar o crescimento em xeque. / The aim of this thesis is to discuss the degrowth movement in France. Considering that economic growth leads to environmental damages, degrowth activists state that it is necessary to create new forms of political action. Thus, many informal collectives, practices and ideas are mobilized in order to built what is called nebula of degrowth. Different from a social movement, a political party or a well defined group, a nebula is a non-centered and opened mobilization, that establishes many relations between collectives and groups spread all over the French territory. While the connections are created, many efforts are made to guarantee the differences and autonomy of the groups joined together. To discuss the implications of the nebula form of degrowth, this thesis goes back to the emergency of the nouvelle gauche, during the 1950s. Some issues that usually have shown up in this moment allows us to discuss how society and political action was reconceptualized, for example by the expulsion of marxist ideas such as class struggle and labor exploitation. The mapping of the main points of the new left in France leads us to discuss the continuities and discontinuities introduced by degrowth movement in the political scenery. After an ethnographic presentation of degrowth nebula, the conclusion is that there are many contradictions in the form the movement states social criticism. To explain what are the meanings of such contradictions, a final topic is presented: the contradictions of the contemporary capitalism. By bringing capitalism and degrowth movement aside, it is possible to see that both have similar but opposite forms.
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A escola como forma social: um estudo do modo de educar capitalista / The school as a social form: an study of the capitalist mode of educatingCarolina de Roig Catini 23 September 2013 (has links)
A tese aqui apresentada consiste num esforço para apreender os nexos entre escola e relações sociais capitalistas. Partimos da compreensão do capital não apenas como elemento econômico, mas como relação social que tende, contraditoriamente, a subsumir as diversas esferas da vida social, ao mesmo tempo em que permite e exige a autonomização de cada uma dessas esferas. Nesse sentido, debruçamo-nos sobre a relação entre a generalização da forma escola e da forma mercadoria, à luz de uma tendência - característica da formação social capitalista - de subjetivação das formas e de coisificação dos conteúdos, que corresponde ao conceito de fetichismo do capital. Procuramos desnaturalizar a forma escolar por meio do estudo de seu processo histórico de constituição, com ênfase em alguns momentos específicos, como o da reação estatal às lutas anarquistas do início do século XX, e as subsequentes reformas educacionais dos anos 1920. Analisamos a crescente importância da escola na formação da massa de trabalhadores assalariados, reificados pela condição de vendedores de sua força de trabalho, mas também de sujeitos de direito. Assim, fomos levados a tratar da imbricação entre a forma escolar e o Direito, fundamentado nas relações mercantis, na propriedade privada, e nos processos de expropriação dos trabalhadores como produto da acumulação de capital. Internamente à escola, investigamos a incorporação do tempo abstrato, bem como o desenvolvimento da divisão do trabalho, da didática, e das formas disciplinares, tudo isso em articulação com tendências de racionalização, de desenvolvimento das forças produtivas e da consequente simplificação do trabalho. Donde se explicita a prevalência da forma sobre a formação, como tendência inerente ao modo de educar capitalista. Ademais, tratamos brevemente de algumas distinções entre os processos de escolarização das camadas mais abastadas da população e do grosso da população trabalhadora, fruto da clivagem entre escola pública e privada, também fundamentada em relações de propriedade. Por fim, sem negar a relevância das lutas travadas historicamente com vistas à universalização do direito à educação e por melhores condições de escolarização para a população trabalhadora, enfatizamos os riscos de se limitar as lutas aos marcos institucionais, argumentando que, quando desacompanhadas da construção de experiências educativas autônomas, e portanto desprovidas de um caráter tático, tais lutas conduzem a um esvaziamento dos potenciais revolucionários da organização dos trabalhadores. / The present thesis consists in an effort to apprehend the nexuses between school and capitalist social relations. We start from the understanding of capital not only as an economic element but as a social relation that tends, contradictorily, to subsume the various spheres of social life, at the same time that allows and requires the autonomization of each of these spheres. Accordingly, we focused on the relationship between the generalization of the school form and of the commodity form, in the light of a trend - characteristic of the capitalist social formation of subjectivation of the forms and reification of the contents, which corresponds to the concept of capitals fetishism. We seek to denaturalize the school form through the study of its historical process of constitution, with emphasis on some specific moments, as the state\'s reaction to the anarchist struggles in the early twentieth century, and the subsequent educational reforms of the 1920s. We analyze the growing importance of the school in the formation of the mass of salaried workers, reified by the condition of sellers of its workforce, but also as subjects of law. Thus, we were conducted to address the imbrication between the school form and the Law, based on mercantile relations, on private property, and on the process of expropriation of workers as a product of the accumulation of capital. Internally to school, we investigate the incorporation of abstract time, as well as the development of the division of labor, the didactics, and disciplinary forms, all this in conjunction with trends of rationalization, of development of the productive forces and the resulting work simplification. From that becomes explicit the prevalence of the form over the formation, as a tendency inherent to the capitalist mode of educating. Moreover, we treat briefly of some distinctions between the processes of schooling for wealthier strata of the population and the bulk of the working population, the result of the cleavage between public and private schools, also based upon property relations. Finally, without denying the relevance of the historical struggles aiming the universalization of the right to the education and better schooling conditions for the working population, we emphasize the risks of limiting the struggles to the institutional frameworks, arguing that when unaccompanied of the construction of autonomous educational experiences, and therefore deprived of a tactical character, such struggles lead to an undermining of the revolutionaries potentials of the organization of the workers.
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O princÃpio filosÃfico/educativo do sujeito no contexto do capitalismo tardio: abordagem na filosofia de ÅiÅek / Le principe philosophique-Ãducatif du sujet dans le cadre du capitalisme tardif: approche dans la philosophie de ÅiÅekMaria Anita Vieira Lustosa 31 July 2015 (has links)
CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / On prÃsente dans cette recherche la problÃmatique sujet et Ãducation dans le cadre du capitalisme contemporain, du point de vue du philosophe slovÃne Slavoj ÅiÅek, auteur qui va de pair avec la tradition de la Philosophie moderne, particuliÃrement avec Hegel et avec la psychanalyse lacanienne, pour penser à la condition du sujet dans la contemporanÃità au milieu du complexe de complexes de la rÃalità actuelle, avec ses trous, rÃifications et contradictions implicites. Compte tenu de ce qui prÃcÃde, lâanalyse de la problÃmatique du sujet et de lâÃducation sous perspective zizekienne se profile comme lâobjectif gÃnÃral de cette recherche, dans le cadre de fonctionnement du capitalisme global contemporain, en ambitionnant apercevoir les implications des idÃologies dissÃminÃes par des plusieurs instances de captations de la subjectività sous le systÃme actuel dans la constitution de possibles sujets agents de la transformation sociale. MÃthodologiquement, la recherche est conÃue comme une Ãtude du type bibliographique, laquelle a Ãlu la contribution thÃorique principale - les oeuvres ci-dÃcrites: O Ano em que Sonhamos Perigosamente (2012a); Vivre la Fin des Temps (2012b); Mythologie, Folie et Rire: Subjectività dans lâidÃalisme allemand (2012c); AprÃs la TragÃdie, la Farce! (2011b); Arriscar o ImpossÃvel: conversas com ÅiÅek (2006); Comment Lire Lacan (2010) et Le Sujet qui FÃche (2009). On prÃsente encore dâautres sources dâanalyses aussi utilisÃes comme matÃriel de consultation â confÃrences, exposÃs et entretiens oà ÅiÅek travaille cette problÃmatique. Parmi les conclusions de cette enquÃte, il est convenable de souligner le fait que le sujet constitue une expÃrience inachevÃe, non transparente et, encore moins, purement accessible au moindre regard quotidien; couvert dâune sorte de folie Ãnigmatique, fondÃe sur le cogito et sur la subjectivitÃ, ce qui fait le sujet reposer sur le domaine dâune expÃrience dâinterprÃtation assez difficile, en lâintroduisant, donc, dans une dimension parallactique. / Aborda-se nessa pesquisa a problemÃtica sujeito e educaÃÃo no contexto do capitalismo contemporÃneo, sob a Ãptica do filÃsofo esloveno Slavoj ÅiÅek, autor que se ancora na tradiÃÃo da Filosofia moderna, especialmente em Hegel e na psicanÃlise lacaniana, para pensar a condiÃÃo do sujeito na contemporaneidade em meio ao complexo de complexos da realidade atual, com suas lacunas, reificaÃÃes e contradiÃÃes implÃcitas. Ante o exposto, se delineia como objetivo geral desta pesquisa, o exame da problemÃtica do sujeito e da educaÃÃo na perspectiva zizekiana, na lÃgica de funcionamento do capitalismo global contemporÃneo, buscando perceber as implicaÃÃes das ideologias disseminadas pelas mais variadas instÃncias de capturaÃÃo da subjetividade no atual sistema na constituiÃÃo de possÃveis sujeitos agentes da transformaÃÃo social. Metodologicamente, a pesquisa configura-se em um estudo do tipo bibliogrÃfico, no qual elegeu o aporte teÃrico principal - as obras descritas, a saber: O Ano em que Sonhamos Perigosamente (2012a); Vivendo no Fim dos Tempos (2012b); Mitologia, Loucura e Riso: a subjetividade no idealismo alemÃo (2012c); ro como TragÃdia Depois como Farsa (2011b); Arriscar o ImpossÃvel: conversas com ÅiÅek (2006); Como Ler Lacan (2010) e O Sujeito IncÃmodo (2009). Apresentam-se, ainda, outras fontes de anÃlises tambÃm utilizadas como material de consulta - conferÃncias, palestras e entrevistas em que ÅiÅek trabalha a problemÃtica em foco. Dentre as conclusÃes desta investigaÃÃo, destaca-se o fato de que o sujeito constitui experiÃncia inacabada, nÃo transparente e, muito menos, meramente acessÃvel ao simples observar cotidiano; envolto em uma espÃcie de loucura enigmÃtica, alicerÃada no cogito e na subjetividade, o que assenta o sujeito no campo de uma experiÃncia de interpretaÃÃo difÃcil, inserindo-o, portanto, numa dimensÃo paralÃtica.
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Trabalho docente, capital e estado: crítica de interpretações sobre o magistério no Brasil. / Teaching work, capital and state: criticism of interpretations on the mastership in Brazil.Carolina de Roig Catini 18 April 2008 (has links)
O problema que esta pesquisa coloca é se as análises mais correntes acerca do trabalho docente oferecem uma base adequada para a compreensão da realidade de profissionais do ensino. A hipótese central é que aquelas análises, realizadas sobre determinados aspectos da prática educativa e da relação com a sociedade, em geral não encaram de maneira profunda as contradições do Estado e das relações sociais capitalistas e suas implicações para a interpretação do trabalho docente. São análises que se dividem entre as que priorizam os aspectos de proletarização, de gênero e de saberes profissionais. O exame das vicissitudes de tais perspectivas foi feito por meio do estudo dos artigos publicados em dois periódicos educacionais de circulação nacional: a revista Educação & Sociedade e a revista Cadernos de Pesquisa. O estudo mostrou que aquelas análises se moldam em função do contexto político e social e de uma imagem pública do professorado, dependentes de alterações recentes na forma de gestão do Estado. A análise crítica de algumas daquelas abordagens, a partir da teoria marxiana do capital enquanto relação social, permitiu introduzir aspectos da dinâmica de reprodução do capital e, especificamente, da forma-Estado. Mediante a mobilização de conceitos como o de trabalho abstrato e trabalho concreto, de trabalho produtivo e improdutivo, de serviços, de trabalho imaterial, de subsunção formal e real do trabalho ao capital, dentre outros, desenvolveu-se a crítica dos debates travados no campo educacional brasileiro, com a qual se pode compreender o próprio trabalho docente. Com isso, a hipótese levantada se mostrou verdadeira, pois, as análises examinadas se revelaram limitadas a apreensões conjunturais, desconsiderando determinações fundamentais do trabalho docente que resultam de um processo histórico vinculado ao desenvolvimento da forma-escola e à subordinação do trabalho docente ao Estado. / The problem that this research raises is whether the most current analysis on the teaching work offer an adequate basis for the understanding of the reality of the teaching professionals. The central hypothesis is that those analysis, conducted on certain aspects of the educational practice and its relationship with society, in general, do not face in a deep manner the contradictions of the State and the capitalist social relations and their implications for the interpretation of the teaching work. They are analyses that are divided among those that prioritize the aspects of proletarization, gender and professional knowledge. The examination of the vicissitudes of such prospects was done through the study of articles published in two educational cientific magazines of national circulation: the Education & Society and Research\'s Notebooks magazines. This study showed that those analysis are shaped according to the social and political context and to a public image of the teachers, dependents of recent alterations in the way of managing the State. A critical analysis of some of those approaches, based on the Marxian theory of the capital as a social relation, enabled to introduce aspects of the dynamics of capital\'s reproduction and, specifically, of the State-form. Through the mobilization of concepts such as abstract work and concrete work, productive and unproductive work, services, immaterial work, formal and real subsuntion of labour to capital, among others, it has developed a critique of the debates carried on in the Brazilian\'s educational field, with which it is possible to understand the teaching work itself. Thus, the hypothesis raised was revealed to be true, since the examined analysis proved to be limited to conjunctural apprehensions, disregarding essentials determinations of the teaching work that result of a historic process linked to the development of school-form and the subordination of the teaching work to the State.
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A união do ensino com o trabalho produtivo: a educação em Marx e Engels. / The union of teaching with productive work: education in Marx and Engels.Douglas Ferreira de Paula 05 December 2007 (has links)
O trabalho consiste num estudo de caráter teórico que investiga a inter-relação de conceitos fundamentais da teoria marxista a partir da tese político-pedagógica da união do ensino com o trabalho produtivo. Percorrendo o conjunto da obra de Karl Marx (e, por extensão, de Friedrich Engels), pretende-se demonstrar que só é possível compreender o sentido da tese em pauta com base na crítica ao ensino e ao trabalho no capitalismo, assim como na proeminência com que as contradições oriundas do modo de produção capitalista figuram nessa obra. Apoiando-se em estudos já realizados acerca da concepção educacional desses autores, a dissertação reforça o aspecto político da tese, destacando na análise conceitos como os de força produtiva, e dando ênfase às contradições entre trabalho e capital. Argumenta-se inicialmente que a tese da união de ensino e trabalho em Marx e Engels surge em oposição à realidade do ensino e do trabalho, tal qual a observavam autores do século XIX. Estuda-se em seguida o conceito de forças intelectuais da produção, abordando a questão da ciência incorporada nas forças produtivas a partir do capitalismo, e o modo pelo qual tal ciência objetivada mantém-se estranha aos trabalhadores, ainda que estes mantenham com ela estreita conexão. Dessa perspectiva, a tese é vista como apontando para a necessidade de superar a divisão técnica do trabalho colocada pelo modo de produção capitalista, e a própria divisão social do trabalho, resultado da divisão da sociedade em classes. A partir da análise desenvolvida serão evidenciados os obstáculos à transformação da escola colocados pelo capital, demonstrando-se que, no seu desenvolvimento, impossibilitada pelas relações sociais de incorporar, de forma ostensiva, as forças intelectuais da produção, ela revelou-se \"velha\", isto é, não pôde refletir o grau de desenvolvimento das ciências objetivadas e contribuir para a superação da divisão entre as atividades teóricas e práticas. Ao contrário, caracterizou-se fundamentalmente por expressar a necessidade de diversificação da produção capitalista, flexibilizando a mão-deobra para os diferentes ramos dessa produção; assim como tornou-se susceptível de assumir a ideologia da classe dominante, sem refletir os objetivos gerais da classe trabalhadora. A dissertação termina caracterizando o caráter político da tese pedagógica, com destaque para seu papel nos objetivos imediatos e mediatos da luta pela transformação da educação e da sociedade. / The dissertation consists in a theoretical study that investigates the interrelationship between fundamental concepts of Marxist theory connected to the political-educational thesis of the union of teaching with productive work. On the basis of an examination of the writings of Karl Marx (and, by extension, of Friedrich Engels), the study aims to demonstrate meaning of the thesis in question can only be understood by considering the criticism of teaching and work in capitalism, as well as the prominence with which the contradictions of the capitalist mode of production figures in those works. Taking as starting point studies about Marx\'s and Engels\' educational conceptions, the dissertation emphasizes the political aspect of the thesis, by giving especial attention, in the analysis, to concepts like that of productive forces, and to the contradictions between labour and capital. It is argued, initially, that the thesis, as it appears in the work of Marx and Engels, arises in opposition to the reality of education and work as observed by 19th century authors. The concept of intellectual forces of production is then examined by considering the issue of science incorporated in the productive forces in capitalism, and the way in which such objectified science is still alien to the workers, in spite of the close relationship that the workers maintain with it. From that perspective, the thesis is seen as pointing to the need to overcome the technical division of labor imposed by the capitalist mode of production, and the social division of labour itself, as a result of the division of society into classes. The analysis brings to light the obstacles that capital creates for the transformation schooling, thus demonstrating that, in its development, unable for social relations to incorporate effectively the intellectual forces of production, the school becomes \"old\", i.e., unable to reflect the level of development of science, and to overcome the division between the theoretical and practical activities. It is characterized, on the contrary, mainly by expressing the need for diversification of capitalist production through flexible labour for the different branches of production, as well as by becoming prone to incorporate the ideology of the ruling class, instead of the general objectives of the working class. The dissertation ends by pointing to the political nature of that pedagogical thesis, highlighting its role in the short and long term objectives of the struggle for the transformation of education and society.
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