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Estudo descritivo das alterações ecocardiográficas em portadores da síndrome da imunodeficiência adquirida / Descriptive study of echocardiographic alterations in acquired immunodeficiency syndrome carriersMaria Gorett Washington Matioli 09 October 2008 (has links)
Introdução: A morbi-mortalidade pelo vírus da imunodeficiência humana adquirida (HIV) tem diminuído desde que foi adotada a terapia com antiretroviral de alta potência (HAART). No entanto, esta terapia contribuiu para o aumento de doenças cardiovasculares. O risco cardiovascular pode aumentar tanto em conseqüência das alterações do metabolismo lipídico, pela ação direta de alguns antiretrovirais, como pelo aumento da expectativa de vida, submetendo os portadores de aids ao risco de adquirir doenças cardiovasculares próprias do envelhecimento. Objetivos: Estimar a prevalência das alterações ecocardiográficas em pacientes com aids e descrever essa ocorrência segundo características demográficas e relacionadas à doença. Métodos: Estudo transversal com uma amostra de pacientes internados e dois outros grupos provenientes de ambulatórios de dois serviços de referência para aids da cidade de São Paulo. Pacientes internados e ambulatoriais encaminhados a exame constituem o grupo com indicação clinica de realizar o ecocardiograma sendo o outro formado por pacientes em tratamento ambulatorial, encaminhado a exame como parte do grupo controle. A participação foi voluntária. O estudo consta de pesquisa de dados secundários, por meio de consulta aos prontuários e de exame ecocardiográfico. Informações referentes à doença como tempo de HIV e aids, carga viral e dosagem de CD4, uso de drogas ilícitas, tempo de tratamento e tipo de antiretroviral, foram coletadas diretamente do prontuário dos participantes. As alterações cardiovasculares foram pesquisadas pelo ecocardiograma, exame não invasivo e que permite identificar alterações morfológicas e funcionais do coração. Resultados: Foram estudados 54 pacientes dos quais 75,9% do sexo masculino. A idade média dos participantes foi de 40 anos. Foram formados 3 grupos sendo 20,4% originados do ambulatório e sem indicação para o ecocardiograma, 40,7% de indivíduos hospitalizados e 38,9% oriundos do ambulatório, ambos com indicação de realizar o ecocardiograma. O tempo médio de infecção pelo HIV foi de 8,4 anos enquanto que de aids foi de 5,3 anos. Noventa por cento dos participantes usavam HAART e a média de tempo de uso desses medicamentos foi de 6,7 anos. A prevalência de pelo menos uma das alterações ecocardiográficas foi de 88,9% sendo que 75,9% dos participantes apresentaram dislipidemia. As alterações ecocardiográficas estiveram associadas ao tipo de encaminhamento do paciente, sendo mais freqüentes no grupo hospitalizado. Outras associações foram identificadas, como dislipidemia e o uso atual ou prévio de inibidor de protease, independentemente da idade ou sexo. Conclusões: A elevada prevalência das alterações ecocardiográficas encontradas neste estudo indica a necessidade da inclusão desse exame no seguimento médico dos portadores de HIV. O ideal seria um exame antes do início da terapia antiretroviral e outros com periodicidade de 6 meses visando à detecção e tratamento das cardiopatias. / Introduction: The morbid-mortality due to the acquired human immunodeficiency virus (HIV) has decreased since the highly active antiretroviral therapy (HAART) was adopted. However, this therapy has contributed to the increase of cardiovascular diseases. The cardiovascular risk can increase both in consequence of the lipidic metabolism alterations, by the direct action of some antiretrovirals, and by the increase in life expectation, which subjects AIDS carriers to the risk of acquiring cardiovascular diseases proper from advanced age. Objectives: To estimate the prevalence of echocardiographic alterations in patients with AIDS and describe this occurrence according to demographic characteristics related to the disease. Method: Transversal study with a sample of hospitalized patients and two other groups from outpatient departments of two reference AIDS services in the city of São Paulo. Hospitalized and outpatient individuals who were set out for exams constitute the group with clinical indication to carry out the echocardiogram, being the other group formed by patients in outpatient departments treatment, who were set out for exams as part of the control group. The participation was voluntary. The study is a secondary data research, carried out through hospital medical records consultation and realization of echocardiogram. Information related to the illness like time with HIV and AIDS, viral load and CD4 counts, use of illicit drugs, time of treatment and antiretroviral type, were collected directly from the patients medical records. The cardiovascular alterations were searched by the echocardiogram, which is a non-invasive exam that permits to identify morphological and functional heart alterations. Results: Fifty-four patients were studied, from which 75.9% were men. The mean age of patients was 40 years old. Three groups were formed, being 20.4% from outpatient departments and without indication for the echocardiogram, 40.7% hospitalized individuals and 38.9% from outpatient departments, both with indication to carry out the echocardiogram. The mean time of HIV infection was 8.4 years, while the mean time with AIDS was 5.3 years. 90% of the participants used HAART and the mean time using these medicines was 6.7 years. The prevalence of at least one of the echocardiographic alterations was 88.9%, and 75.9% of participants presented dyslipidemia. The echocardiographic alterations were associated to the kind of patient treatment, and they were more frequent in the hospitalized group. Other associations were identified, like dyslipidemia and current or previous use of protease inhibitor, independently of age or sex. Conclusions: The high prevalence of echocardiographic alterations found in this study indicates the need to include this exam in the medical follow-up of HIV carriers. It would be ideal if an exam was carried out before the beginning of antiretroviral therapy and other ones were made within a 6-month periodicity, aiming to detect and treat the cardiopathies.
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Protocolo de pesquisa: implante de células-tronco em pacientes com cardiopatia isquêmica graveMaldonado, Jaime Giovany Arnez 30 March 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-03-30 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Heart failure (HF) affects approximately 2% of the world population. Ischemic cardiomyopathy accounts for two-thirds of cases of HF, which, when established, leads to physical limitations, multiple hospital admissions, declining quality of life, and increasing morbidity and mortality. Therapeutic alternatives range from pharmacological treatment to heart transplantation. Modern reperfusion strategies and advanced pharmacotherapeutic management have contributed to increase the survival of patients with ischemic cardiomyopathy, but none of these treatment strategies can reverse damage to cardiomyocytes or recover lost vasculature. Within this context, the concept of regenerative medicine, using stem cells (SC) for tissue repair, may become a reality. Mobilization and implantation of autologous, CD34+ hematopoietic SCs may improve myocardial function and perfusion. A total of 15 patients with severe ischemic cardiomyopathy, not eligible for other therapeutic alternatives, received autologous CD34+ cells collected from peripheral blood (PB) after G-CSF mobilization. SCs collected from PB were implanted in the myocardium using two routes (intracoronary and via the coronary sinus). All patients underwent clinical, laboratory, and imaging-based assessment to evaluate left ventricular function, perfusion and voltage. All patients were reevaluated after 4 months of post-implantation follow-up. Of the 15 initial patients, two died during follow-up (late post-implantation mortality). The different variables analyzed at 4-month follow-up showed improvement in functional classification (p=0.014), angina score (CCS) (p=0.006), the six-minute walk test (p=0.005), and quality of life (p=0.003). There was minor improvement in ejection fraction, as analyzed by echocardiography and magnetic resonance imaging, without reaching statistical significance (p=0.062 and p=0.0397 respectively); myocardial perfusion scintigraphy showed a non-significant improvement in viability (20.79% to 27.14%, p=0.390). Electroanatomic mapping of the left ventricle did not show any significant changes in electrical activity (p=0.767). CD34+ SC implantation into the myocardium using two routes simultaneously is a safe procedure. At 4-month follow-up, patients experienced improvement in symptoms and quality of life, but without significant improvement in left ventricular function, perfusion and voltage.
Key words: Cell therapy, G-CSF, CD34+, ischemic cardiomyopathy / A insuficiência cardíaca (IC) acomete aproximadamente 2% da população mundial. A cardiopatia isquêmica é responsável por 2/3 da IC, a qual, quando estabelecida, implica limitações físicas, repetidas internações hospitalares, piora da qualidade de vida e aumento da morbimortalidade. As alternativas terapêuticas variam desde o tratamento farmacológico até o transplante cardíaco. Modernas estratégias de reperfusão e avançadas condutas farmacológicas têm propiciado um aumento na sobrevida dos pacientes com cardiopatia isquêmica, porém nenhuma estratégia de tratamento recupera o dano aos cardiomiócitos e à vasculatura perdida; é nesse sentido que o conceito de medicina regenerativa utilizando células-tronco (CT) para o reparo de tecidos pode tornar-se realidade. A mobilização e implante autólogo de CT hematopoéticas CD34+ podem melhorar a função e perfusão. Um total de 15 pacientes com cardiopatia isquêmica grave, inelegíveis para outra alternativa terapêutica, receberam células autólogas CD34+ coletadas de sangue periférico (SP), previamente mobilizadas com fator de estimulação de colônias de granulócitos (G-CSF). As CT coletadas de SP foram implantadas no miocárdio utilizando duas vias (intracoronariana e seio coronariano). Realizou-se em todos os pacientes uma avaliação clínica, laboratorial e exames complementares de imagem para avaliar função, perfusão e voltagem do ventrículo esquerdo. Após 4 meses de seguimento pós-implante, todos os pacientes foram reavaliados. Dos 15 pacientes incluídos, dois foram a óbito durante o seguimento (pós-implante tardio). As diferentes variáveis analisadas no seguimento de 4 meses mostraram uma melhora na classe funcional (p = 0,014), escore de angina (Canadian Cardiovascular Society) (p = 0,006), teste da caminhada de 6 minutos (p = 0,005) e qualidade de vida (p = 0,003). A fração de ejeção analisada por ecocardiograma e ressonância magnética mostrou uma discreta melhora, porém sem significância estatística (p = 0,062 e p = 0,0397); a cintilografia do miocárdio mostrou uma melhora da viabilidade, porém sem significância (20,79 para 27,14%; p = 0,390); a atividade elétrica do ventrículo esquerdo realizada através do mapeamento eletroanatômico não mostrou alterações significativas (p = 0,767). O implante de CT CD34+ no miocárdio utilizando duas vias simultâneas é seguro. No seguimento de 4 meses os pacientes apresentaram uma melhora em relação à sintomatologia e qualidade de vida, porém sem melhora significativa na função, perfusão e voltagem do ventrículo esquerdo
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Características maternas e neonatais relacionadas ao óbito em recém-nascidos com cardiopatia congênita / Maternal and newborn characteristics related to newborn children’s deaths with congenital cardiopathySousa, Marilia Cordeiro de 06 April 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-04-06 / All over the world, in several regions, the congenital anomalies have stood out as one of the main causes of death in their first year of life, specially in the newborn period. Among these anomalies, congenital cadiopathies, with a prevalence of 8:1000 live births. This study aimed to analyse newborn and maternal characteristics related to newborn deaths with congenital cardiopathy. It is a transversal, retrospective study with a quantitative approach. For that purpuse, it was used secondary collected data from puerperal and their live newborn children patient records diagnosed with congenital cardiopathies in a Public Hospital in Goiania, Goias State, Brazil, from 2005 to 2015. It was included 43 newborn children diagnosed with congenital cardiopathies which fit the criteria adopted, including diagnosis by post-natal echocardiogram. Considering the sociodemographic maternal variables, 63% were from 15 to 35 years old, 63% were from Goias State countryside, 35% had 8 years or less of formal education, 40% were in a relationship and 37% were unnemployed. Among the obstetric variables, the mothers who had more than one child were 60%, 44% had live births, 79% had cesarean sections, 91% were single pregnancy and 46% had less than 6 pre-natal consults. The average number of pre-natal consults was 2/2,5. Considering the neonatal variables of the newborn children who had congenital cardiopathies, most of them were female (54%), 51% had Apgar & or below in the first minute and 51% had Apgar 7 or above in the fifth minute; 93% had complications in birth and 56% had related congenital anomalies (specially Down Syndrome). The gestational age for the 43 pregnancies varied between 34,3 to 38,1 weeks. The newborns weight varied from 700g to 5.410g, average 2.598g ± 134,5g. 81% of the newborns had acyanotic congenital cardiopathies while only 19% of them had the cianotic type (8 cases). The general mortality rate was 39,5%, i.e., 17 deaths. Acyanotic congenital cardiopathies were responsible for 11 deaths (65%), while the cyanotic ones were responsible for 6 deaths (35%). The avegare of living days before death was 8,5 ± 1 days during the early neonatal period. It was observed that the death by congenital cardiopathy showed significant difference in relation to the maternal variables: parity (0,014) and type of pregnancy (0,025), multiple pregnancies and single gestation, respectively. And there was also an association estatistically significant between neonatal death and cyanotic congenital cardiopathy (0,045). It is concluded that congenital cardiopathies are more prevalent in young women, from the countryside, who had more than one child, with single gestation, being the death more common in newborn children with cyanotic congenital cardiopathies. Therefore, the reduction of death by congenital cardiopathy depends on high quality pré-natal care, early diagnosis and post-natal timely intervention. / No mundo, em diversas regiões, as anomalias congênitas têm se destacado como uma das principais causas de óbito no primeiro ano de vida, principalmente no período neonatal. Entre elas, destacam-se as cardiopatias congênitas, com prevalência de 8:1000 nascidos vivos. O objetivo deste estudo foi analisar as características neonatais e maternas relacionadas ao óbito em recém-nascidos com cardiopatia congênita. Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e com abordagem quantitativa. Utilizou-se dados secundários coletados dos prontuários das puérperas e de seus RN vivos diagnosticados com anomalias congênitas em um Hospital Público em Goiânia-GO, no período de 2005 a 2015. Foram incluídos 43 recém-nascidos diagnosticados com cardiopatias congênitas, os quais preencheram os critérios adotados, incluindo o diagnóstico através de ecocardiograma pós-natal. Em relação às variáveis sociodemográficas maternas, 63% apresentaram idade entre 15 e 35 anos, 63% eram procedentes do interior do Estado de Goiás, 35% com nível de escolaridade maior ou igual a 8 anos, 40% com companheiro e 37% sem ocupação. Dentre as variáveis obstétricas, as multíparas representaram 60%, gestação a termo em 44%, cesárea em 79%, gestação única em 91% e 46% realizaram menos de 6 consultas de pré-natal. A média do número de consultas de pré-natal foi de 2,0 ± 2,5 consultas. Em relação às variáveis neonatais dos RN acometidos por cardiopatias congênitas, a prevalência foi do sexo feminino com 54%, com Apgar menor ou igual 7 no 1º minuto em 51% e maior ou igual a 7 no 5º minuto em 51%, 93% apresentaram intercorrências no nascimento e 56% possuíam anomalias congênitas associadas (prevalecendo a Síndrome de Down). A idade gestacional ao nascimento das 43 gestações variou de 34,3 a 38,1 semanas. O peso do RN variou de 700g a 5.410g, sendo a média de 2.598g ±134,5g. As cardiopatias congênitas acianóticas acometeram 81% (35) dos RN, enquanto as cianóticas representaram 19% (8) casos. A taxa geral de mortalidade foi de 39,5%, ou seja, 17 óbitos. As cardiopatias congênitas acianóticas foram responsáveis por 11 (65%) óbitos, enquanto as cianóticas por 6 (35%) óbitos. A média de dias de vida antes do óbito foi 8,5 ± 1dia, no período neonatal precoce. Observou-se que o óbito por cardiopatia congênita se apresentou significativo em relação às variáveis maternas: paridade (0,014) e tipo de gravidez (0,025), multíparas e gestação única, respectivamente. Houve uma associação estatisticamente significante entre o óbito neonatal e cardiopatia congênita cianótica (0,045). Conclui-se que as cardiopatias congênitas são mais prevalentes em mulheres jovens, procedentes do interior, multíparas, com gestação única, sendo o óbito mais comum em RN com cardiopatias congênitas cianóticas. Assim sendo, a redução do óbito por cardiopatia congênita parece depender de um acompanhamento pré-natal de qualidade, com diagnóstico precoce e intervenções oportunas no período pós-natal.
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Crenças e significados atribuídos pelos cuidadores ao tratamento de crianças com cardiopatias congênitas / Beliefs and meanings assigned to treatment for caregivers of children with congenital heartBueno, Giselli Cristina Villela, 1979- 18 August 2018 (has links)
Orientador: Claudinei José Gomes Campos / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-18T19:37:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2011 / Resumo: Com o aumento da longevidade das crianças com cardiopatias congênitas, esta patologia torna-se crônica, e como tal, necessita de um cuidador, que na grande maioria das vezes, é a própria mãe para garantir cuidados específicos em relação à alimentação, atividade física e administração de medicamentos em domicílio. As crenças relacionadas à causa da doença e à manutenção do tratamento constituem parte da herança cultural da família; elas influenciam o modo pelo qual os cuidadores lidam com o problema de saúde e a maneira pela qual respondem aos profissionais de saúde. Alguns modelos teóricos apresentados na literatura dos últimos anos tentam explicar a adoção de determinados comportamentos, dentre eles, destaca-se o Modelo de Crenças em Saúde (MCS). Este trabalho estudou os significados e as crenças atribuídas pelos cuidadores ao tratamento de crianças com cardiopatias congênitas, utilizando o referencial teórico do MCS, desenvolvido por Rosenstock em 1966. Trata-se de um estudo de caso, realizado na unidade de internação de um Hospital Universitário do interior de São Paulo. Participou do estudo oito cuidadoras que acompanhavam crianças portadoras de qualquer tipo de cardiopatia congênita, com até 12 anos de idade incompletos. Foram realizadas entrevistas semidirigidas, gravadas e transcritas para análise dos dados. A escolha das cuidadoras seguiu a técnica de amostragem proposital e a delimitação da amostra se deu através da técnica de saturação teórica. A partir do estudo de cada categoria criada, utilizando a técnica de análise de conteúdo, surgiram outros temas pertinentes que foram divididos em subcategorias não apriorísticas. Os resultados mostraram que os cuidadores só conseguem perceber a doença quando ela se manifesta de alguma maneira; crianças que não apresentam sintomas e que conseguem realizar as atividades do cotidiano pertinentes a sua idade não são consideradas doentes. Os sentimentos de medo, desamparo e impotência emergiram nas falas, porém o medo da morte esteve mais presente nas entrevistas. O facilitador que se destacou durante o tratamento foi a importância que os cuidadores dão ao entendimento e cumprimento das orientações médicas e ao comparecimento às consultas. A fé permeou todas as entrevistas, ela dá força e sustentação para o cuidador acompanhar a criança, superando todas as barreiras para cumprir o tratamento adequadamente. Dentre as barreiras citadas, mas que não influenciaram no seguimento do tratamento destaca-se a ausência da participação do pai no tratamento do filho e as dificuldades de entendimento dos cuidados necessários à criança em domicílio. A falta de citação do enfermeiro nas falas das cuidadoras é um resultado preocupante e emerge discussões necessárias sobre o papel que o enfermeiro está exercendo nas instituições de saúde / Abstract: With increased longevity of children with congenital heart disease, this disease becomes chronic, and as such requires a caregiver, which in most cases, it is the mother to ensure special care in relation to food, activity physical and drug administration at home.The beliefs related to the cause of illness and maintenance treatment are part of the cultural heritage of the family, they influence the way caregivers deal with the health problem and the way they respond to health professionals. Some theoretical models presented in the literature of recent years have tried to explain the adoption of certain behaviors, among which stands out the Health Belief Model (HBM). This study examined the meanings and beliefs attributed by caregivers to treat children with congenital heart disease, using the theoretical framework of the HBM, developed by Rosenstock in 1966. This is a case study, conducted at the inpatient unit of a university hospital in Sao Paulo State. Participated in the study eight caregivers who accompanied children with any type of congenital heart disease, with up to 12 years old incomplete. Semi structured interviews were conducted, recorded and transcribed for data analysis. The choice of caregivers followed the purposive sampling technique and the delimitation of the sample was made through the technique of theoretical saturation. From the study of each category were using the technique of content analysis, there were other relevant issues that were not a priori divided into subcategories. Results showed that caregivers can only perceive the disease as it manifests itself in some way, children who have no symptoms and are able to perform everyday activities relevant to their age are not considered diseased. The feelings of fear, helplessness and powerlessness emerged in the interviews, but the fear of death was present in the interviews. The facilitator pointed out that during treatment was the importance that carers make to the understanding and compliance with medical advice and attend to queries. The faith permeated all the interviews, it gives strength and support for the caregiver accompany the child, overcoming all barriers to follow the treatment properly. Among the barriers identified, but no effect following the treatment there is the lack of father participation in child treatment and difficulties in understanding the necessary care to children in the household. The lack of citation in the speech of the nurse caring is a worrying outcome emerges and necessary discussions on the role that nurses are exercising at health institutions / Mestrado / Enfermagem e Trabalho / Mestre em Enfermagem
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TESTE ERGOMÉTRICO EM HIPOXIA: ALTERNATIVA PARA AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR DE ADULTOS E IDOSOS / STRESS TEST IN HYPOXIA: ALTERNATIVE FOR CARDIOVASCULAR AVALIATION OF ADULTS AND ELDERLYFreire, Jorge Luiz Palma 28 October 2016 (has links)
This investigation evaluated the electrocardiographic responses at rest and in the stress test of
adults and elderly of both genres in normoxia and hypoxia situations. For this, were tested. 67
voluntaries from the ages of 50 to 79, divided in 45 sedentary persons, men and women
(Group 1); 15 soccer players that play the city championship at the senior category (55 or
plus) (Group 2) and seven high performance canoeists (Group 3). The participants were
submitted, following the order, to rest and stress test EKG, in both normoxia and hypoxia
situations. The EKG tracing results were compared qualitatively, between the described
situations, and the clinical observations revealed in the tests analyzed. Results: 52 subjects
presented EKG results of normal effort and without difference between the two test situations
(normoxia and hypoxia). In 12 subjects were found tracing alterations that occur in hypoxia
that didn t appeared in normoxia. Referring specifically to the hypoxia alteration, were
shown, at total, a five-case occurrence of extrasystoles, eleven ST segment depression and 1 T
wave flatness. The number of cases of apparently healthy persons, that didn t showed
alteration of TEN and TEH, which allows to claim that the hypoxia exam is safe to these
people. The cases of TEH alteration, without TEN correspondence, suggest that TEH can be
more sensible to detect alterations with a possible pathological indicative; mainly referring to
myocardial ischemia signals and rhythm disturbs. / Esta investigação avalia as respostas eletrocardiográficas em repouso e no teste ergométrico
de adultos e idosos de ambos os sexos nas situações de normoxia e em hipoxia. Para isso,
foram testadas 67 pessoas voluntárias na faixa etária entre 50 a 79 anos, divididos em 45
pessoas sedentárias, homens e mulheres (Grupo 1); 15 jogadores de futebol que disputam o
campeonato da cidade na categoria sênior (igual ou maior que 55 anos) (Grupo 2) e sete
canoístas de alto rendimento (Grupo 3). Os participantes foram submetidos, seguindo a
ordem, a ECG de repouso e teste ergométrico, ambos nas situações de normoxia e hipoxia. Os
resultados de traçado eletrocardiográfico foram comparados qualitativamente entre as
situações descritas, e as observações clínicas manifestas nos testes analisados. Resultados: 52
sujeitos apresentaram resultados de ECG de esforço normais e sem diferenciação entre as
duas situações de testes (normoxia e hipoxia). Já em 12 sujeitos constatou-se que as alterações
de traçado que ocorreram em hipóxia não tinham aparecido em normoxia. Referindo-se
especificamente às alterações em hipoxia, foram evidenciadas, no total, a ocorrência de cinco
casos de extrassístoles, onze de infradesnivelamento do segmento ST e 1 de achatamento da
onda T. O número de casos de pessoas aparentemente sadias, que não apresentaram alterações
do TEN e TEH, permite afirmar que o exame em hipoxia é seguro para essas pessoas. Os
casos de alteração no TEH, sem correspondência em TEN, sugerem que o TEH pode ser mais
sensível para detectar alterações com possível indicativo patológico, principalmente no que se
refere a sinais de isquemia miocárdica e distúrbio de ritmo.
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Estudo longitudinal de pacientes portadores de cardiopatia reumática no Rio de JaneiroMüller, Regina Elizabeth January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / Objetivo: avaliar a evolução clínica, morbidade e mortalidade de crianças e
adolescentes portadores de cardiopatia reumática em acompanhamento
ambulatorial num centro terciário.
Material e Métodos: estudo descritivo observacional longitudinal de base
hospitalar. Foi realizada análise de prontuários de pacientes com 3-18 anos,
acompanhados por no mínimo 2 anos no ambulatório do Instituto Nacional de
Cardiologia no Rio de Janeiro. O diagnóstico foi confirmado pelos critérios de
Jones e/ou exame ecocardiográfico com lesão reumática típica mitral e/ou
aórtica. Banco de dados foi elaborado com o programa ACCESS 2000, e a
análise estatística realizada com o programa EPI-INFO 2000. Foi considerado
significativo o valor de α- 0,05.
Resultados:139 prontuários foram incluídos no estudo. A mediana da idade
no início do seguimento foi de 11 anos, 52,6% eram do sexo feminino. Quanto
à forma de apresentação clínica 45,3% estavam no primeiro surto, 14,4% em
recidiva e 40,3% na fase crônica. A mediana de idade dos pacientes crônicos e
em recidiva era superior aos pacientes do primeiro surto de febre reumática
(p-0,0001). O tempo médio de seguimento foi de 9,9 anos (2-21 anos). A lesão
valvar predominante foi a insuficiência mitral (82,7%), seguida da insuficiência
aórtica (55,9%) e da insuficiência mitro-aórtica em 45,3% dos casos. Houve
redução importante dos percentuais de lesões valvares graves - tanto mitrais
como aórticas - ao final do seguimento.Recidivas foram evidenciadas em
32,3%. Pacientes com profilaxia irregular ou sem profilaxia apresentaram a
média do número total de surtos (2,4 surtos por paciente) superior a do grupo
em profilaxia regular (1,4 surtos por paciente), com diferença entre os grupos
estatisticamente significante (p-0,0009).A mortalidade foi de 4,3% (n=6) Todos os pacientes que evoluíram para óbito
eram portadores de próteses valvares. O abandono de tratamento foi de
10,8%, sendo que 1,4% desses pacienteseram portadores de próteses
mecânicas (n-=2). Procedimentos intervencionistas foram realizados em 45,3%
dos pacientes - valvuloplastia por cateter balão em 2,9% e cirurgia cardíaca
valvar em 42,4%. Reoperação foi necessária em 8,6% (2ª cirurgia) e 2,8% (3ª
cirurgia). O procedimento mais realizado foi o implante de prótese mecânica
mitral (31,3%), seguido por prótese mecânica aórtica (20,9%) e plastia mitral
(18,6%). A endocardite infecciosa foi evidenciada em 8,6%, sendo a
endocardite de prótese em 3,6%, responsável por 50% da mortalidade desta
amostra, com letalidade de 25%. Outrascausas de mortalidade incluíram
estenose grave de prótese biológica (n=1), estenose grave de prótese
mecânica (n=1) e trombose de prótese biológica (n=1). / Objective: to investigate the outcome, mortality and morbidity of children and
adolescents with rheumatic heart disease followed up in an outpatient care unit
of a terciarie center.
Methods– descriptive longitudinal observational study of an hospitalar based
population. Medical file of patients – 3 to18 years old - with rheumatic heart
disease, followed-up for at least 2 years from in the outpatient care unit of the
National Cardiology Institute (InstitutoNacional de Cardiologia) in Rio de
Janeiro were reviewed. Diagnosis were confirmed through medical file register
of the revised Jones criteria for rheumatic fever and/or Doppler
echocardiographic report of typical chronic mitral or aortic lesions. Database
program ACCESS 2000, statistical analysis was performed using EPI-INFO
2000 software, with significant αvalue 0,05.
Results–139 medical files were reviewed. Median age at the first visit to the
service was 11 years, 52,5% were female. At the first exam, 45,3% presented
with acute rheumatic fever- first attack, 14,4% recurrence; while 40,3% had
chronic valvular lesions. Median age of the chronic and recurrent group was
greater than median age of the first attack group (p-0,0001). Mean follow-up
time was 9,9 years (2 to 21 years). Mitral regurgitation was the most common
valvular lesion (82,7%), followed by aortic regurgitation (55,9%) and combined
mitral and aortic regurgitation (45,3%). There was a significant percent
decrease in severe valvular lesions - both mitral and aortic – at the end of
follow-up period. Recurrences were present in 32,3% of cases. There was a
significant difference (p-0,0009) between the mean rate of the total number of
attacks of patients under irregular or no prophylaxis (2,4 attacks / patient)
compared with patients under regular prophylaxis (1,4 attacks / patient).
Mortality rate were 4,3% (n=6). All these patients that died had prosthesis.
10,8% were lost of follow-up - 1,4% of these patients had mechanical
prostheses (n=2). 45,4% underwent valve procedures: 2,9% balloon dilatation and 42,4% valve
surgery. Reoperation wererequired by 8,6% (2
nd
surgery) and rereoperation by
2,8% (3
rd
surgery). The most common surgical procedure was mitral valve
replacement with mechanical prosthesesimplantation (31,3%), followed by
aortic valve replacement with mechanical prostheses implantation (20,9%) and
mitral valve repair (18,6%). A total of 8,6% presented with endocarditis - 3,6%
had prosthetic valve endocarditis, that accounted for 50% mortality of this
group, and for a letality rate of 25%.Another causes of death included severe
bioprosthesis stenosis (n=1), severe mechanical prosthesis stenosis (n=1) and
bioprosthesis valve trombosis (n=1).
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O polimorfismo do antagonista do receptor da interleucina-1 (IL1RN) como fator contribuinte para gravidade da cardite reumática em brasileiros / Interleukin-1 receptor antagonist gene (IL1RN) polymorphism as a contributing factor for the severity of rheumatic carditis in a brazilian cohortAzevedo, Pedro Ming 18 September 2009 (has links)
A febre reumática (FR) é uma doença imuno-mediada, na qual citoquinas pró-inflamatórias têm um importante papel. Uma produção exacerbada de interleucina-1 (IL-1) parece ser um evento precoce entre as anormalidades imunológicas observadas na FR. O antagonista do receptor de IL-1 (IL1-RA) é um inibidor competitivo endógeno do receptor da IL-1. A razão IL-1RA/IL-1 é importante na determinação da intensidade e duração da resposta inflamatória. O alelo 2 (A2) do gene codificador do IL1-RA (IL1RN) tem sido relacionado a um número de doenças inflamatórias e autoimunes, bem como a uma maior resistência a infecções. Considerando que a FR é uma doença inflamatória autoimune desencadeada por uma infecção bacteriana, nós avaliamos o polimorfismo do IL1RN com o intuito de determinar possível relevância na susceptibilidade à FR e suas manifestações clínicas. O genótipo de 84 pacientes com FR e 84 controles pareados por raça foram determinados através da análise do número de repetições em tandem de 86pb no segundo íntron do IL1RN. O DNA foi extraído de leucócitos de sangue periférico e amplificado com sondas específicas. Dados sobre as manifestações clínicas da FR foram obtidos através de questionários padronizados e extensa revisão de prontuários. Cardite foi definida como sopro cardíaco novo auscultado por médico treinado com a correspondente regurgitação ou estenose valvar ao ecocardiograma. Cardite foi definida como grave na presença de insuficiência cardíaca congestiva ou da indicação de cirurgia cardíaca. A associação estatística entre genótipos, FR e suas variações clínicas foram determinadas. A presença do alelo 1 (A1) e do genótipo A1/A1 foram menos freqüentemente encontradas entre pacientes com cardite severa quando comparado a pacientes sem esta manifestação (OR= 0.11, p=0.031; OR= 0.092, p=0.017). Nenhum dos dois alelos, A1 e A2, foram associados à presença de FR (p=0.188; p=0.106), cardite sensu latu, (p=0.578 e p=0.767), poliartrite (p=0.343 e p=0.313) ou coréia (p=0.654 e p=0.633). Em conclusão, na população brasileira estudada o polimorfismo do IL1RN parece ser um fator relevante para a gravidade da cardite reumática. / Rheumatic fever (RF) is an immune-mediated disease in which proinflammatory cytokines play an important role. Exacerbated Interleukin-1 (IL- 1) production seems to be an early event in the immunological abnormalities that are observed in RF. The Interleukin-1 receptor antagonist (IL-1ra) is an endogenous competitive inhibitor of IL-1. The IL-1ra/IL-1 ratio is important in evaluating the intensity and duration of the inflammatory response. The second allele (A2) for the IL-1ra gene (IL1RN) has been related to a number of inflammatory and autoimmune diseases as well as to a greater resistance to infections. Considering that RF is an inflammatory autoimmune disease that is triggered by a bacterial infection, we have evaluated the IL1RN polymorphism and its possible relevance to the susceptibility to RF and its clinical manifestations. The genotypes of 84 RF patients (Jones criteria) and 84 normal race-matched controls were determined through the analysis of the number of 86-bp tandem repeats in the second intron of IL1RN. The DNA was extracted from peripheral-blood leukocytes and amplified with specific primers. Clinical manifestations of RF were obtained through a standardized questionnaire and an extensive chart review. Carditis was defined as new onset cardiac murmur that was perceived by a trained physician with corresponding valvae regurgitation or stenosis on echocardiogram. Carditis was classified as severe in the presence of congestive heart failure or upon the indication for cardiac surgery. The statistical association among the genotypes, RF and its clinical variations was determined. The presence of allele 1 and the genotype A1/A1 were found less frequently among patients with severe carditis when compared to patients without this manifestation (OR= 0.11, p=0.031; OR= 0.092, p=0.017). Neither allele 1 nor allele 2 were associated with the presence of RF (p=0.188; p=0.106), overall carditis (p=0.578 and p=0.767), polyarthritis (p=0.343 and p=0.313) and chorea (p=0.654 and p=0.633). In conclusion, for this Brazilian cohort, the polymorphism of the IL-1ra gene is a relevant factor for rheumatic heart disease severity.
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O polimorfismo do antagonista do receptor da interleucina-1 (IL1RN) como fator contribuinte para gravidade da cardite reumática em brasileiros / Interleukin-1 receptor antagonist gene (IL1RN) polymorphism as a contributing factor for the severity of rheumatic carditis in a brazilian cohortPedro Ming Azevedo 18 September 2009 (has links)
A febre reumática (FR) é uma doença imuno-mediada, na qual citoquinas pró-inflamatórias têm um importante papel. Uma produção exacerbada de interleucina-1 (IL-1) parece ser um evento precoce entre as anormalidades imunológicas observadas na FR. O antagonista do receptor de IL-1 (IL1-RA) é um inibidor competitivo endógeno do receptor da IL-1. A razão IL-1RA/IL-1 é importante na determinação da intensidade e duração da resposta inflamatória. O alelo 2 (A2) do gene codificador do IL1-RA (IL1RN) tem sido relacionado a um número de doenças inflamatórias e autoimunes, bem como a uma maior resistência a infecções. Considerando que a FR é uma doença inflamatória autoimune desencadeada por uma infecção bacteriana, nós avaliamos o polimorfismo do IL1RN com o intuito de determinar possível relevância na susceptibilidade à FR e suas manifestações clínicas. O genótipo de 84 pacientes com FR e 84 controles pareados por raça foram determinados através da análise do número de repetições em tandem de 86pb no segundo íntron do IL1RN. O DNA foi extraído de leucócitos de sangue periférico e amplificado com sondas específicas. Dados sobre as manifestações clínicas da FR foram obtidos através de questionários padronizados e extensa revisão de prontuários. Cardite foi definida como sopro cardíaco novo auscultado por médico treinado com a correspondente regurgitação ou estenose valvar ao ecocardiograma. Cardite foi definida como grave na presença de insuficiência cardíaca congestiva ou da indicação de cirurgia cardíaca. A associação estatística entre genótipos, FR e suas variações clínicas foram determinadas. A presença do alelo 1 (A1) e do genótipo A1/A1 foram menos freqüentemente encontradas entre pacientes com cardite severa quando comparado a pacientes sem esta manifestação (OR= 0.11, p=0.031; OR= 0.092, p=0.017). Nenhum dos dois alelos, A1 e A2, foram associados à presença de FR (p=0.188; p=0.106), cardite sensu latu, (p=0.578 e p=0.767), poliartrite (p=0.343 e p=0.313) ou coréia (p=0.654 e p=0.633). Em conclusão, na população brasileira estudada o polimorfismo do IL1RN parece ser um fator relevante para a gravidade da cardite reumática. / Rheumatic fever (RF) is an immune-mediated disease in which proinflammatory cytokines play an important role. Exacerbated Interleukin-1 (IL- 1) production seems to be an early event in the immunological abnormalities that are observed in RF. The Interleukin-1 receptor antagonist (IL-1ra) is an endogenous competitive inhibitor of IL-1. The IL-1ra/IL-1 ratio is important in evaluating the intensity and duration of the inflammatory response. The second allele (A2) for the IL-1ra gene (IL1RN) has been related to a number of inflammatory and autoimmune diseases as well as to a greater resistance to infections. Considering that RF is an inflammatory autoimmune disease that is triggered by a bacterial infection, we have evaluated the IL1RN polymorphism and its possible relevance to the susceptibility to RF and its clinical manifestations. The genotypes of 84 RF patients (Jones criteria) and 84 normal race-matched controls were determined through the analysis of the number of 86-bp tandem repeats in the second intron of IL1RN. The DNA was extracted from peripheral-blood leukocytes and amplified with specific primers. Clinical manifestations of RF were obtained through a standardized questionnaire and an extensive chart review. Carditis was defined as new onset cardiac murmur that was perceived by a trained physician with corresponding valvae regurgitation or stenosis on echocardiogram. Carditis was classified as severe in the presence of congestive heart failure or upon the indication for cardiac surgery. The statistical association among the genotypes, RF and its clinical variations was determined. The presence of allele 1 and the genotype A1/A1 were found less frequently among patients with severe carditis when compared to patients without this manifestation (OR= 0.11, p=0.031; OR= 0.092, p=0.017). Neither allele 1 nor allele 2 were associated with the presence of RF (p=0.188; p=0.106), overall carditis (p=0.578 and p=0.767), polyarthritis (p=0.343 and p=0.313) and chorea (p=0.654 and p=0.633). In conclusion, for this Brazilian cohort, the polymorphism of the IL-1ra gene is a relevant factor for rheumatic heart disease severity.
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EVOLUÇÃO PÓS-OPERATÓRIA IMEDIATA DE PORTADORES DE CARDIOPATIAS CONGÊNITAS SUBMETIDOS À CIRURGIA CARDÍACA NO HU-UFMA / IMMEDIATE EVOLUTION POSTOPERATIVE OF SUBMITTED CARRIERS OF CONGENITAL CARDIOPATHIES TO THE CARDIAC SURGERY IN THE HU-UFMANina, Rachel Vilela de Abreu Haickel 01 February 2007 (has links)
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Rachel Vilela de Abreu Heckel.pdf: 289635 bytes, checksum: 3a1271ac479a4c44330fb0b300d6c9ac (MD5)
Previous issue date: 2007-02-01 / Congenital heart disease are a group of rare defects highly associated with mortality in infancy. In the past 25 years great improvements on the care of this patients had lead us to an augmentation in the number of surgeries but still persists differences among all centers that perform surgery for congenital heart defects. The aim of this study was identify risk factors associated with poor outcomes after cardiac surgery in a population under 18 year old at the Cardiac Surgery Unit of The University Hospital of The Federal University of Maranhao. The period of the study was from June 2001 through June 2004. There were 145 patients,of which 62% were female, with median age of 5,1 years old, 56% came from the capital of the state and 11% had another associated congenital abnormality. The RACHS-1 classification(Risk adjustment for Congenital Heart Surgery) was applied to classify the adjusted risk for each surgical procedures. The risk factors identified were age, type of cardiopathy, pulmonary blood flow, cardiopulmonary bypass-time and aortic clamp time. The RACHS-1 score was applied to all 145 patients, and demonstrated increased risk of mortality for those patients in the higher score groups, although the rate found in this study was higher than that estimated by the RACHS-1 . / As cardiopatias congênitas são defeitos raros, cuja combinação é uma causa importante de óbito na infância. Os avanços ocorridos nos últimos 25 anos permitiram a ampliação do atendimento à população pediátrica portadora destes defeitos, no entanto ainda persistem diferenças entre os mais variados serviços. Com o objetivo de conhecer, descrever e avaliar a evolução pós-operatória dos pacientes pediátricos submetidos a tratamento cirúrgico realizou-se analítico, transversal, retrospectivo, no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), no período 18 de junho de 2001 a 30 de junho de 2004. Cento e quarenta e cinco pacientes foram identificados, 62% eram do sexo feminino, 45,5% tinham entre um e cinco anos de idade à época da cirurgia (média de 5,1 anos) e 56,5% eram procedentes da capital do Estado, outras malformações associadas estiveram associadas em 11% dos pacientes, sendo a Síndrome de Down a anormalidade cromossômica mais comum. Utilizou-se o escore de risco de ajustado para cirurgia cardíaca de cardiopatias congênitas(RACHS:-1), o qual classifica os procedimentos cirúrgicos em categorias de risco de 1 a 6, e estima a mortalidade por categorias. Os fatores de risco inicialmente identificados foram a idade, o tipo de cardiopatia, o fluxo pulmonar, o tipo de cirurgia, o tempo de CEC e o tempo de anóxia. Concluiu-se que a idade entre cinco e dez anos, o hipofluxo pulmonar, o tempo de CEC acima de 65 minutos e o tempo de anóxia maior que 35,5 minutos foram fatores de risco significantes para mortalidade nesta população;a cardiopatia acianogênica mostrou significância apenas no tratamento estatístico inicial (teste do qui-quadrado), não se confirmando na análise de regressão logística; e a compatibilização as categorias de risco mais elevado e o progressivo aumento de taxa de mortalidade, porém em percentuais mais elevados para o grupo em estudo.
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Terapia celular em camundongos com cardiopatia chagásica crônica: mecanismos envolvidos na miocardite chagásica Crônica experimentalLima, Ricardo Santana de January 2010 (has links)
Submitted by Ana Maria Fiscina Sampaio (fiscina@bahia.fiocruz.br) on 2013-10-15T18:36:01Z
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Previous issue date: 2010 / Universidade Federal da Bahia. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil / A cardiomiopatia chagásica crõnica é uma das principais causas de insuficiência cardiaca nos palses latino-americanos. Cerca de 30% dos indivlduos intectados pelo Trypanosoma cruzi desenvolvem essa forma grave e sintomática da doença, caracterizada pela presença de uma resposta inflamatória intensa seguida de fibrose no coração. Foi demonstrado previamente que o transplante de céluias da medula óssea (BMC) melhora a inflamação e a fibrose em corações de camundongos chagásicos crônicos. Neste trabalho nós investigamos alteraçôes da expressão gênica no coração de camundongos chagásicos crônicos submetidos ou não à terapia BMC. Camundongos C57Bl/6 cronicamente infectados com T. cruzi (6 meses) foram transplantados com céluias mononucleares da medula Óssea (BMC) ou solução salina intravenosamente (I.v.) e sacrificados após 2 meses. RNA foi extraido de coraçôes de animais controles normais e chagásicos. Análise de microarranjos de DNA foi realizada utilizando uma matriz de 27.400 cDNAs. imunofluorescéncia e análises morfométricas foram realizadas em secções dos corações. Foram encontradas aiterações significativas na expressão de -12% dos genes amostrados. Genes com expressão aumentada nos corações chagásicos foram associados com as respostas imune-inflamatória (quimiocinas, moléculas de adesão, catepsinas e molécuias de MHC) e fibrose (componentes da matriz extracelular, lisli oxidase e Timp1). Quando corações chagásicos de animais tratados com BMC foram comparados Com o de animais normais, cerca de 90% das alterações gênicas não foram encontradas. Muitos dos genes Com expressão moduiada pelo tratamento Com BMC foram relacionados à infiamação e fibrose. Imunofluorescência e análise morfométrica confirmaram os efeilos moduiadores da terapia com BMC no padrão de resposta inflamatória e na expressão de moléculas de adesão. Nossos resultados demonstram um importante efeito imunomodulador do BMC e indicam fatores potencialmente relevantes envolvidos na patogénese da doença, que pOdem constituir novos alvos terapéuticos para esta doença. Para investigar a contribuição natural das células da medula óssea nas lesões no coração e músculo esquelético durante a infecção aguda pelo T. cruzi, camundongos qUiméricos foram gerados através do transplante de céiulas da medula óssea GFp. em camundongos receptores do tipo selvagem letaimente irradiados que foram infectados com T. cruzi um més após o transplante. A migração de céluias derivadas da medula óssea para o coração e músculo esquelético foi vista durante e após a fase aguda da infecção, uma vez que o infiltrado inflamatório era composto por células GFp.. Cardiomiócitos e células endoteliais GFp. Foram encontrados nas secções de coração de camundongos qUiméricos infectados. Além disso, um grande número de fibras GFp. foi observado no músculo esquelético de camundongos qUiméricos em diferentes momentos após a infecção por T. cruzi. Nossos resuitados reforçam o papel das células derivadas da medula óssea na regeneração tecidual em lesões provocadas pela infecção por T. cruzi. / Chronic chagasic cardiomyopathy is a leading cause of heart failure in Latin American countries. About 30% of Trypanosoma cmz/-lnfected individuals develop this severe symptomatic form of the disease, characterized by intense inflammatory response followed by fibrosis in the heart. We have previously shown that bone marrow cell (BMC) transplantation improves inflammation and fibrosis in hearts of mice with chronic Chagas’ disease. Here we investigated alterations of gene expression in the hearts of chronic chagasic mice submitted or not to BMC therapy. [METHODS] C57BI/6 mice chronically infected with T. cruzi (6 months) were transplanted with bone marrow mononuclear cells (BMC) or saline solution intravenously (i.v.) and sacrificed 2 months later. RNA was extracted from the hearts of normal controls and chagasic mice. DNA microarray analysis was performed using an array of 27,400 mouse cDNAs. Immunofluorescence and morphometric analyses were performed in heart sections. [RESULTS] We found significant alterations in expression of -12% of the sampled genes. Extensive upregulations in chagasic hearts were associated with immune-inflammatory responses (chemokines, adhesion molecules, cathepsins and MHC molecules) and fibrosis (extracellular matrix components, lysyl oxidase and Timp1). When BMC-treated chagasic hearts were compared to normal mice, about 90% of the alterations were not found. Many of the genes with expression modulated by BMC were related to inflammation and fibrosis. Immunofluorescence and morphometric analyses confirmed the modulatory effects of BMC therapy in the pattern of inflammatory response and expression of adhesion molecules. Our results demonstrate an important immunomodulatory effect of BMC and indicate potentially relevant factors involved in the pathogenesis of the disease which may provide new therapeutic targets. To investigate the natural contribution of bone marrow cells on lesions in the heart and striated muscle during acute T. cruzi infection, chimeric mice were generated by transplanting GFP"" bone marrow cells into lethally irradiated wild-type recipient mice and infected with T. cruzi one month after transplantation. Migration of bone marrow-derived cells to the heart and striated muscle was seen during and after the acute phase of infection, since the inflammatory infiltrate was composed by GPP"" cells. GFP"" cardiomyocytes and endothelial cells were found in the heart sections of chimeric chagasic mice. In addition, a large number of GFP^ myofibers were seen in the striated muscle of chimeric mice at difl'erent time points after infection. [CONCLUSION] Our results reinforce the role of bone marrow-derived cells in tissue regeneration in lesions caused by T. cruzi infection.
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