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De armas e de palavras: um estudo comparado da temática da guerra em Terra Sonâmbula, de Mia Couto, e Ventos do Apocalipse, de Paulina Chiziane / About weapons and words: a comparative study of the theme of war in Terra Sonâmbula, by Mia Couto, e Ventos do Apocalipse, by Paulina ChizianeLisângela Daniele Peruzzo 16 March 2011 (has links)
Esta tese de doutoramento tem por finalidade o estudo comparado das obras de dois escritores do macrossistema de literaturas de língua portuguesa, os moçambicanos, Mia Couto e Paulina Chiziane. Trabalhamos a temática da guerra sob a perspectiva do fantástico clássico (Todorov, 2008) e do fantástico contemporâneo (Sartre, 2006; Bessière, 1974) em dois romances, Terra sonâmbula (Couto,1992) e Ventos do apocalipse (Chiziane, 1999), tomando os mesmos como espaços dialógicos e em transformação, marcados pela História. ( Bakhtin, 1988; Lukács, 2006). O nosso enfoque comparatista buscou atar as questões do alheio ao próprio de forma a propiciar um melhor entendimento da literatura moçambicana e seu contexto, assim como, através dessa possibilidade de maior compreensão, facilitar sua divulgação. / This doctoral thesis aims at the comparative study of the works of two mozambicans writers inserted on the macrosystem of literatures in Portuguese, Mia Couto and Paulina Chiziane. We worked on the theme of war from the perspective of the classic fantastic (Todorov, 2008), and the contemporary fantastic (Sartre, 2006; Bessière, 1974) in two novels, Terra sonâmbula (Couto, 1992) and Ventos do apocalipse (Chiziane, 1999) considering them as spaces for dialogic discussion, in continuous transformation and determined by history. (Bakhtin, 1988; Lukacs, 2006). Our comparative approach sought to tie the issues concerning the theory of alien to own in order to provide a better understanding of the Mozambican literature and its context. In addition, through this possibility of greater understanding, facilitate their dissemination.
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Uma reflexão sobre a relação simbólica entre a água e o tempo na contística de Mia CoutoGarcia, Neiva Kampff January 2011 (has links)
Este trabalho propõe uma análise de oito contos de Mia Couto pertencentes a obras publicadas entre 1994 e 2001. Fazem parte do nosso corpus as seguintes narrativas: “Nas águas do tempo”, “Lenda de Namarói”, “A viagem da cozinheira lagrimosa”, “As lágrimas de Diamantinha”, “Chuva: a abensonhada”, “A última chuva do prisioneiro”, “Rosita” e “A morte, o tempo e o velho”. Nossa proposta consiste em verificar os significados que a água e o tempo adquirem, exemplarmente, em cada uma das estórias selecionadas por percebermos a presença desses elementos como símbolos recorrentes ao longo de sua contística. Observamos ainda a singularidade de seu fazer literário no que concerne ao imbricamento de oralidade e escrita, priorizando a identificação de características de resgate e inovação. Utilizamos como fundamentação teórica sobre símbolos e mitos basicamente os estudos desenvolvidos por Gilbert Durand, Gaston Bachelard e Mircea Eliade. Por acreditarmos ser de suma importância situar o autor e sua obra dentro da literatura a que pertence, no caso, a moçambicana, bem como seu envolvimento na constituição da cultura de seu país, recorremos a críticos literários e estudiosos da literatura africana de língua portuguesa, dentre os quais destacamos: Patrick Chabal, Maria Fernanda Afonso, Maria Nazareth Fonseca, Maria Zilda Cury, Terezinha Taborda Moreira e Ana Mafalda Leite, além do próprio autor. / The present work proposes an analysis of eight short stories of Mia Couto belonging to works published between 1994 and 2001. The following narratives are part of our corpus: “Nas águas do tempo”, “Lenda de Namarói”, “A viagem da cozinheira lagrimosa”, “As lágrimas de Diamantinha”, “Chuva: a abensonhada”, “A última chuva do prisioneiro”, “Rosita” and “A morte, o tempo e o velho”. Our proposal consists of verifying the meanings that water and time acquire, exemplarily, in each of the selected stories because we have noticed the presence of those elements as recurrent symbols along his storytelling. We also observe the singularity of his literary elaboration in what concerns the intertwining of orality and writing, prioritising the identification of characteristics of rescue and innovation. We use as theoretical foundation about symbols and myths basically the studies developed by Gilbert Durand, Gaston Bachelard and Mircea Eliade. Because we believe it is very important to contextualise the author and his work in the literature he belongs to, in the case the Mozambican one, as well as his involvement in the constitution of the culture of his country, we have looked to literary critics and African Literature in Portuguese scholars, among which we highlight: Patrick Chabal, Maria Fernanda Afonso, Maria Nazareth Fonseca, Maria Zilda Cury, Terezinha Taborda Moreira and Ana Mafalda Leite as well as the author himself.
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Africanidade: morte e ancestralidade em Ponciá Vicêncio e Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra / Africanism: dead and ancestry in Ponciá Vicencio and A river called time, a house called earth.Adriana de Cássia Moreira 19 August 2010 (has links)
O presente estudo analisa, numa perspectiva comparativa, as narrativas Ponciá Vicêncio, de Conceição Evaristo e Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra de Mia Couto( António Emílio Leite Couto). A hipótese principal da pesquisa é a de que nos textos, cada qual ao seu modo, e compreendidos na esteira das produções culturais da diáspora negra, a morte e ancestralidade, motivos de nossas análises, figuram como temas emergentes de um contexto de ação transnacional da diáspora negra de tal modo que evidenciam as relações conflituosas e encenam os desejos utópicos dos racialmente sujeitados pela modernidade que voluntariamente adulteram, inclusive, os modos de representação literários. Para que se tornasse possível a realização do estudo contamos com os subsídios dos seguintes autores: Stuart Hall, Paul Gilroy, e Èdouard Glissant. / The present study analyzed, in a comparative perspective, the narratives Ponciá Vicêncio, from Conceição Evaristo and A river called time, a house called earth from Mia Couto (António Emílio Leite Couto). The research main hypothesis is that inside the texts, each one in your own way, and understood in the course of cultural productions from black diaspora, the death and ancestry, the reason of ours analyses, figure as emergent themes from a context of transnational action due black diaspora, in such way of making evident conflicting relationships and showing the utopian desires from modernity racially subjected that spontaneously, falsify, included, the literary representation ways. In order to realize the task the possibility of this study we count on the following authors assistance: Stuart Hall, Paul Gylroy, e Èdourd Glissant.
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A literatura brasileira em nheengatu: uma construção de narrativas no século XIX / The Brazilian literature in Nheengatu: the narrative construction in the 19th century.Juliana Flávia de Assis Lorenção Campoi 03 July 2015 (has links)
Os estudos que registram a Amazônia na passagem dos séculos XIX-XX representam um significativo material documental linguístico-antropológico, por sua motivação de registrar os costumes e os valores dos povos indígenas por meio da construção literária, nesta Língua Geral ou Nheengatu, à época deixando de ser a mais falada na região. Carregados de informações científicas, de espaço e de memória, esses textos influenciaram a partir de uma literatura de informação a construção de uma literatura nacional, que corroborou na constituição de uma intencional identidade brasileira. Literatura esta que amplia o universo dos ideais românticos e contribui para o entendimento de um processo de contato de forças e culturas diversas. Busca-se, assim, tratar esse registro documental a partir de questionamentos e comparações acerca do percurso e presentificação da memória, individual e coletiva, dessas sociedades indígenas, por meio dos mitos e narrativas com os ritos e toda sua simbologia do passado integrada à do presente que remetem tanto a diferentes esferas da verdade quanto a diversas concepções de tempo-espaço, e quanto à própria formação da identidade. As narrativas aqui representam esse ciclo em que rupturas e reconfigurações são interpretadas como a formação de uma nova humanidade, porém sem a descontinuidade da ancestralidade a partir da memória. Buscamos traçar um pouco de uma ruptura, a chegada da civilização e suas consequências, a povos milenares por meio de um arcabouço literário construído por intermediários, ou seja, autores que concretizaram a passagem de uma tradição, baseados quase completamente em fontes anteriores, produzindo pesquisas contemporâneas, manuais, dicionários que apresentavam informações dos saberes e cultura dos povos amazônicos. / The studies that register the Amazon in the transition from the 19th to the 20th century represent an expressive linguistic and anthropological material due to the intention of register the habits and values of the indigenous people by the literary construction in Língua Geral (General Language) or Nheengatu, that no longer was the most spoken language in the period. Loaded of memories, landscapes and scientific information, these texts have influenced the construction of a national literature, though the perspective of the literature of information, that corroborated the construction of Brazilian identity formation. This literature expands the universe of romantic ideals and contributes to the understanding of a contact process of various forces and cultures. Therefore, the intention of this documentary record through questions and comparisons about the course and presentification of memory, individual and collective, of indigenous societies, through the myths and narratives that reveal the rites and all symbolism of the past integrated to the present referring to different perspectives of true as to different conceptions of time and space, and the own identity formation. The narratives here represent this cycle where ruptures and reconfigurations are interpreted as the formation of a new humanity, but without the discontinuity of ancestry from memory. We search to draw a rupture, the arrival of civilization and its consequences, to the ancient people through a literary framework constructed by intermediaries, i.e. authors who realized the passage of a tradition, based almost entirely on ancient sources, producing research contemporary, manuals, dictionaries presenting information of the knowledge and culture from Amazon peoples.
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Análise semiolingüística de O último voo do flamingo: construção paratópica de uma nação em estado de ficçãoSevero, Renata Trindade 16 January 2008 (has links)
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Previous issue date: 16 / Nenhuma / Segundo Maingueneau (2001, 2006), ao escritor nenhum lugar é reservado. Para criar o seu lugar, o escritor, movido por um não pertencimento inerente a sua condição—a sua paratopia—, enuncia sua obra procurando legitimar o local (situação comunicacional) a partir do qual ela é enunciada. Essa paratopia é a fonte criadora que se revela na obra literária—apreendida aqui como uma enunciação no âmbito de um discurso literário. Procuramos, nesse trabalho, mostrar como a paratopia se manifesta por meio dos três níveis do ato de linguagem à luz da teoria Semiolingüística, de Patrick Charaudeau. Especificamente, buscamos revelar como as operações de negação dão forma à construção paratópica no romance O último voo do flamingo, do escritor moçambicano Mia Couto. A manifestação da paratopia se dá de formas diferentes em cada um dos três níveis: ela é parte do projeto de fala, no nível situacional; ela se manifesta nos componentes dos modos de organização do discurso, no nível discursivo e, finalmente, ela se manifesta l
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Pés na tradição e olhos na modernidade: narrativa e caça em A confissão da leoa, de Mia Couto / Feet on the tradition and eyes on the modernity: narrative and hunt in A confissão da leoa, by Mia CoutoPetersen, Paula Karina Verago 24 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The main aim of this dissertation is the analysis of the senses of hunt in the
novel A confissão da leoa, by Mia Couto, through the relation between the narrator,
narrative and the writing act in itself, setting forth from the hypothesis that the hunting
gains multiple meanings in the narrative, from statement to enunciation. At the
statement level, all the characters are or belong to families of hunters and, on the
enunciation plan, two enunciative processes cross in the narrative from the point of
view of the narrator-characters Mariamar and Arcanjo Baleiro, the hunter. The
relation between the senses of hunt and hunter is grounded in the correlations
among four narrative plans: the versions of Mariamar, the hunter’s journal, the
epigraphs and the author’s place, present and absent in the passages between them.
The analysis had as its theoretical bases Bakhtin’s concepts of dialogy (1981; 2010),
the concept of voice and performance of Paul Zumthor (2007; 2010), in addition to
the critical studies of the narrator of Walter Benjamin and of the author, of Foucault.
The theoretical intake on the literature of Mozambique is done mainly by the studies
of Rita Chaves, Tania Macedo, Ana Mafalda Leite and Francisco Noa.
The analysis has brought us to infer that between hunting and being hunted,
the narrative act stablishes itself in the alterity between the voice and the
performance of the griot and the writing, raising the crossing and the contamination
of a mimetic thinking, anchored in the Mozambican tradition of incorporation from the
hunt to the hunter, and of another thinking, of critical and rational basis, that notices
there a metaphor of women's subordination in the Mozambican culture. This way,
Mia Couto reinvents the everyday of the villages, recreating Mozambique through
literary art / O objetivo dessa dissertação é a análise dos sentidos de caça no romance A
confissão da leoa, de Mia Couto, por meio da relação entre narrador, narrativa e o
ato escritural em si, partindo-se da hipótese de que a caça ganha múltiplos
significados na narrativa, do enunciado à enunciação. No nível do enunciado, todas
as personagens são ou pertencem a famílias de caçadores e, no plano da
enunciação, dois processos enunciativos se cruzam na narrativa a partir dos pontos
de vista dos narradores-personagens Mariamar e Arcanjo Baleiro, o caçador. A
relação entre os sentidos de caça e caçador alicerça-se nas correlações entre quatro
planos narrativos: as versões de Mariamar, o diário do caçador, as epígrafes e o
lugar autoral, presente e ausente nas passagens entre eles. A análise teve por
fundamentos teóricos o conceito de dialogia de Bakhtin (1981; 2010), o de voz e
performance de Paul Zumthor (2007; 2010), além dos estudos críticos sobre o
narrador de Walter Benjamin e sobre o autor, de Foucault. O aporte teórico acerca
da literatura de Moçambique se fez principalmente a partir dos estudos de Rita
Chaves, Tania Macedo, Ana Mafalda Leite e Francisco Noa.
A análise nos levou à conclusão de que entre caçar e ser caçado, o ato
narrativo se instaura na alteridade entre a voz e a performance dos griot e a escrita,
trazendo à tona o cruzamento e a contaminação de um pensamento mimético,
ancorado na tradição moçambicana de incorporação da caça ao caçador, e de outro,
de base crítica e racional, que aí percebe uma metáfora de subordinação da mulher
na cultura moçambicana. Mia Couto reinventa o cotidiano das aldeias, recriando
Moçambique por meio da arte literária
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Entre o bronze da letra e o cristal da voz : interditos da voz na ficção de Mia CoutoSantos, Cristina Mielczarski January 2017 (has links)
Este trabalho propõe uma análise de seis livros de contos do autor moçambicano Mia Couto, publicados no período de 1987 a 2004. Fazem parte do corpus as seguintes obras contísticas: Vozes Anoitecidas (1987), Cada Homem é Uma Raça (1990), Estórias Abensonhadas (1994), Contos do Nascer da Terra (1997), Na Berma de Nenhuma Estrada e outros contos (2001) e O Fio das Missangas (2004), ampliando a proposta também para três romances: Vinte e Zinco (1999), A Confissão da Leoa (2012) e Mulheres de Cinzas (2015). A seguinte premissa norteou o trabalho: a escrita como tema na obra do autor pode ser considerada como a porta de entrada para a palavra interdita? Optou-se por ter, como objeto de estudo, a interdição da voz, ou seja, desenvolver um enfoque a partir das personagens que utilizam a escrita para comunicação. O foco foi dado a partir do gênero epistolar (bilhetes, cartas e diários), mas abrindo para outros silenciamentos, como o caso das exiladas da razão. As cartas são objeto de argumentação; exposição da intimidade e documento de foro íntimo. Verificaram-se similitudes e diferenças entre a carta real e a ficcional; elas podem assumir múltiplas características, a saber: conciliadora dos laços familiares; diálogo, monólogo ou solilóquio; preenchimento da solidão; confissão do inconfessável, espaço de contestação, revelação de sentimentos e emoções. Podem ser cartas falsas, de apresentação, de elemento de primeiro contato verbal. Escrevem tanto os alfabetizados como os analfabetos, esses com ajuda de terceiros. As missivas podem ter um destinatário imediato ou direto ou mediato ou indireto; elas conjecturam um diálogo que supõe um remetente, a subjetividade direta (o eu que fala) e um destinatário – a marca de uma alteridade. Nas obras do autor moçambicano, a palavra escrita presentifica-se e é representada por aquele que escreve – o que domina a escrita, a letra. Porém, dominando-a, ela pode também ser questionada, subvertida. Evidenciou-se, neste contexto, por intermédio das obras expostas o silenciamento da voz feminina pela repressão suscitada por meio da instituição patriarcal, social e política. Dialogou-se com críticos literários e estudiosos da literatura africana de língua portuguesa, dentre os quais destacamos: Ana Mafalda Leite, Inocência Mata, Maria Fernanda Afonso, José Pires Laranjeira, Laura Cavalcante Padilha, entre outros. Também houve interlocução com intelectuais africanos como Chinua Achebe, Anthony Kwame Appiah, Nkolo Foé e Achille Mbembe e Franz Fanon, da Martinica. Para dar conta da análise das missivas empregamos Andrée Crabbé Rocha; Michel Foucault; Philippe Lejeune, Phillip Rothwell e Leonor Arfuch. Abordou-se a palavra escrita, porque é por intermédio dela que as personagens subvertem o silenciamento de suas vozes. / This work proposes an analysis of six short story books by the Mozambican author Mia Couto, published between 1987 to 2004. The following works are part of the corpus: Vozes Anoitecidas (1987), Cada Homem é Uma Raça (1990), Estórias Abensonhadas (1994), Contos do Nascer da Terra (1997), Na Berma de Nenhuma Estrada e outros contos (2001) e O Fio das Missangas (2004), extending the proposal also to three novels, namely Vinte e Zinco (1999), A Confissão da Leoa (2012) and Mulheres de Cinzas (2015). The following premise guided the work: can written word as a theme in the author's work be considered as the door to the word interdict? I choose as object of study, the interdiction of the voice, that is, to develop a focus from the characters that use the writing for communication. The focus was given from the epistolary genre (notes, letters and diaries), but increased to other silencers, such as the case of reason exiles. The letters are subject to argument; intimacy exhibition and intimate forum document. There were similarities and differences between real and fictional letters; they can assume multiple characteristics: reconciling family ties; dialogue, monologue or soliloquy; filling the loneliness; confession of the unconfessable, space of contestation, revelation of feelings and emotions. They may be false letters, of presentation, of first element of verbal contact. Both the literate and the illiterate write, this with the help of others. The missives may have an immediate or direct receiver either mediate or indirect receiver, they conjecture a dialogue that supposes a sender, direct subjectivity (the speaking self) and a receivers – the mark of an otherness. In the work of the Mozambican author, the written word presents itself and is represented by the one who writes – which dominates the writing, the letters. But by dominating it, it can also be questioned, subverted. In this context, through the works on display, the silence of the female voice was repressed through the patriarchal, social and political institution. Dialogue with literary critics and Luso-African Literature scholars, among wich we name: Ana Mafalda Leite, Inocência Mata, Maria Fernanda Afonso, José Pires Laranjeira, Laura Cavalcante Padilha, among others. There were also interlocution with African intellectuals such as Chinua Achebe, Anthony Kwame Appiah, Nkolo Foé, Achille Mbembe and Franz Fanon from Martinica. For the analyses of missives, are employed theories by Andrée Crabbé Rocha; Michel Foucault; Philippe Lejeune, Phillip Rothwell and Leonor Arfuch. The written word was approached, because it is through it that the characters subvert the silencing of their voices.
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Águas de travessia : a matriz poética na obra de Mia CoutoGarcia, Neiva Kampff January 2016 (has links)
Com a leitura da obra de Mia Couto – exceção feita à dramaturgia e aos roteiros cinematográficos – estabelecemos múltiplos olhares sobre o seu fazer literário, considerando perspectivas temáticas, intertextualidades, enfrentamentos de problemáticas atuais. Também observamos os recursos vinculados ao imaginário, aos diálogos entre a História e a Ficção, acompanhando a criativa constituição dos seres que povoam seus textos de prosa e poesia. Evidenciamos a presença da água como fio condutor de narrativas, como símbolo e/ou metáfora de múltiplos sentidos e, igualmente, como complemento de outras temáticas. Assim, mostramos como a água constitui uma das matrizes da escrita miacoutiana e o fazemos identificando os elementos que estabelecem uma interconexão dessa matriz na poesia, no conto e no romance do autor. Essa interconexão aproxima-se de dois movimentos reiterados nos textos de Mia Couto: o mosaico e a travessia. Com a água, adentramos aos símbolos, aos mitos e aos questionamentos dos espaços e errâncias, e identificamos as estratégias do autor na representação literária desse universo temático. A fim de executarmos nossa proposta, recorremos ao suporte teórico de autores como Gaston Bachelard, Homi Bhabha, Mikhail Bakhtin, Gilles Deleuze, Mircea Eliade, Félix Guattari, Octavio Paz e outros, além de estudiosos da literatura africana. / With the reading of the work of Mia Couto – except the dramaturgy and the screenplays – we stablished multiple looks on his writings, considering thematic perspectives, intertextualities, confrontation of current problems. We also observed the resources connected to the imaginary, to dialogues between the History and the Fiction, following the creative constitution of the beings that inhabit his poetic and prose texts. We faced the presence of water as a thread of narratives, as a symbol and/or metaphor of multiple meanings, and also, and as the complement of other themes. This way, we show how the water constitutes one of the matrixes of Mia Couto’s writing and we do it identifying the elements that stablish an interconnection of this matrix in the poetry, in the short story and in the novels of the author. This interconnection approaches to two repeated movements in the texts of Mia Couto: the mosaic and the crossing. With the water, we entered in the symbols, in the myths and in the questionings of spaces and wanderings, and we identified the author’s strategies in the literary representation of this thematic universe. In order to implement our proposal, we used the theoretical support from the following authors: Gaston Bachelard, Homi Bhabha, Mikhail Bakhtin, Gilles Deleuze, Mircea Eliade, Félix Guattari, Octavio Paz, and others, besides scholars from the African literature.
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Um toque de voyeurismo: o diário íntimo de Couto de Magalhães (1880-1887)HENRIQUE, Márcio Couto 25 April 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / O trabalho procura analisar o diário íntimo de José Vieira Couto de Magalhães, destacado político e intelectual do Brasil da segunda metade do século XIX, como registro etnográfico que ao mesmo tempo informa sobre questões prementes daquela época e
evidencia o esforço de um indivíduo específico no sentido de conferir a si próprio um
pouco de consistência, muito embora o diário esteja repleto de sinais de incompletude. A
partir da noção do diário íntimo como prática cultural de constituição de si mesmo, faz-se
uma discussão a respeito do efeito de verdade presente nesse tipo de escrita e as
implicações para uso da fonte nas Ciências Sociais. Discute-se os temas mais evidentes ao
longo do registro íntimo do autor: corpo, saúde e doença. Ao escrever sobre si mesmo,
Couto de Magalhães evidencia o processo de educação das necessidades e das atividades
corporais em muitos homens à época e, como ele dialogava com o ideal de família
burguesa e higiênica que marcou o século XIX, registra a leitura de temas como
homossexualismo, sonhos, casamento e medicina. O diário mostra ainda a preocupação do
autor em encontrar equilíbrio entre corpo e mente, que lhe permitisse alcançar seu ideal de
moderação, além do esforço em construir e legar ao futuro uma determinada imagem de si
próprio. / This work intends to analyze the intimate diary of José Vieira Couto de Magalhães, wellknown
Brazilian politician and scholar from the second half of the 19th century, as an
ethnographic registration which informs about top issues of that time and simultaneously
stresses the efforts of an individual in order to build a coherent personality, although the
diary presents itself rather incomplete. By conceiving a private diary as a cultural practice
of shaping oneself’s personality, it is discussed the effect of truth present in this kind of
writing and the implications of its usage in the Social Sciences. The most manifest themes
along the diary are discussed: body, health and disease. As a writer about himself, Couto
de Magalhães, highlights concern about body education and activities practiced by his
contemporary fellow men. Since he was interested on the ideal of hygienic and bourgeois
family, typical in the 19th century, it is evoked themes like homosexuality, dreams,
marriage and medicine. The diary shows the author’s awareness related to the search of
balance between body and mind, in order to allow him reach his ideal of self-control,
besides the attempt to develop and forecast a self-image to the future.
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Um rio entre duas mundividências: leituras do espaço em Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, de Mia CoutoDaverni, Rodrigo Ferreira [UNESP] 15 April 2011 (has links) (PDF)
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Previous issue date: 2011-04-15Bitstream added on 2014-06-13T19:14:18Z : No. of bitstreams: 1
daverni_rf_me_arafcl.pdf: 580462 bytes, checksum: 7546e70f7c197a613c8d8479a6f79f8f (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / O romance Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2002), do autor moçambicano Antonio Emílio Leite Couto, comumente conhecido como Mia Couto, evidencia, por meio de uma ficção, uma proposta de revitalização, pela via do literário, da sociedade moçambicana. Nessa perspectiva, sua poética repousa em uma relação dialética que se funda, sobretudo, entre a permanência (representada ou registrada pela existência do bairro rural denominado Luar-do-Chão) e a ausência (cidade, espaço da narrativa dedicado ao desenvolvimento, progresso e conforto, mas também o da perda da memória tribal, dos sentimentos, etc.), ambas demarcadas pela espacialidade. O presente trabalho tem por finalidade demonstrar como algumas temáticas comuns às literaturas africanas aparecem representadas na espacialidade do universo diegético miacoutiano. Isso acontece sobretudo no que toca ao espaço da convivência das diferenças culturais, colaborando dessa maneira com uma melhor compreensão teórica desse importante aspecto essencial de toda narrativa ficcional. Em Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, o personagem Marianinho, protagonista e narrador da história, após anos estudando na cidade (moderna), retorna à sua ilha de origem, Luar-do-Chão (religiosa e mítica), por ocasião da morte de seu avô Dito Mariano, o patriarca da família. Ao sabor de um romance policial, muitas peripécias serão desveladas na trajetória de todos os personagens, configurando uma narrativa que prende a atenção do leitor de maneira marcante. A viagem empreendida por Mariano, quando deixa a cidade em que fora estudar as Letras para regressar à ilha de Luar-do-Chão, não diz respeito apenas a uma mudança de espaço geográfico, mas implica também numa mudança de sua condição humana e cultural e de sua visão... / The novel Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra (2002), written by the Mozambican author Antonio Emílio Leite Couto, commonly known as Mia Couto, evidences through a fiction a revitalization proposal, through literary way, of Mozambican society. In this perspective its poetic rests in a dialetic relation that founds itself specially between the permanence (represented or registered by the rural neighborhood called Luar-do-Chão existence) and the absence (city, narrative space dedicated to the development, progress and comfort, but also the space of the tribal space loss, of the feelings loss, etc.), both flagged by spatiality. This report aims to show how some themes common to African literatures appear represented in the spatiality of Mia Couto‘s diegetic universe. This happens specially with regard to the cultural differences companionship space, collaborating this way with the better theoretical comprehension of this important essential aspect of all fictional narrative. In Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra, the character Marianinho, the story protagonist and narrator, after years studying at the city (modern), returns to his birthplace island, Luar-do-Chão (religious and mystic), on the occasion of his grandfather‘s death, Dito Mariano, the family‘s patriarch. Tasting like a police novel many incidents will be uncovered on the all character‘s trajectory, configuring a narrative that holds the reader‘s attention in a remarkable way. The trip endeavor by Mariano, when he lefts the city in which he went to study the Arts to regress to the island Luar-do-Chão, does not concern only to a geographic space changing, but also implicates a changing in his human and cultural condition and worldview. It is what the city (capitalist, urban and progressive) had transformed him into. To the voyager hero... (Complete abstract click electronic access below)
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