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A Via L-arginina óxido nítrico em plaquetas e hemácias de pacientes com anorexia nervosa / L-arginine-nitric oxide pathway in platelets and erythrocytes from patients with anorexia nervosaNatália Rodrigues Pereira 05 March 2009 (has links)
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / A anorexia nervosa (AN) é um transtorno alimentar com alta morbi-mortalidade, que atinge principalmente adolescentes do sexo feminino. A AN é caracterizada por uma distorção na imagem corporal que leva a restrição alimentar, e, consequentemente, perda de peso e diversas complicações clínicas como um estado de hiperagregabilidade plaquetária. O óxido nítrico (NO) é produzido a partir do aminoácido catiônico L-arginina através de uma família de enzimas denominadas NO-sintases (NOS) e funciona como um protetor cardiovascular modulando várias funções como relaxamento endotelial e função plaquetária. O objetivo dessa dissertação é avaliar a via L-arginina-NO na AN, bem como investigar o ciclo da uréia, a função plaquetária, e o estresse oxidativo em pacientes com AN. O transporte de L-arginina, a produção de guanosina monofosfato cíclica (GMPc), a atividade e a expressão das isoformas da NOS, iNOS e eNOS, o estresse oxidativo (formação de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico - TBARS e atividade da superóxido dismutase - SOD), bem como a atividade plaquetária foram avaliados nas plaquetas dos pacientes com AN. Nas hemácias, a atividade e a expressão da NOS, a atividade da arginase e o estresse oxidativo foram investigados. Os níveis plasmáticos de aminoácidos e marcadores de estresse oxidativo no soro foram também analisados. Nossos resultados demonstram que na AN o influxo de L-arginina via sistema y+L, a produção de GMPc e a atividade da NOS estão diminuídos nas plaquetas em relação aos controles. Ainda nas plaquetas dos pacientes com AN, a expressão das isoformas da NOS bem como a atividade plaquetária não se mostrou alterada em relação aos controles. Nas hemácias destes pacientes, observou-se reduzida atividade da NOS e uma elevada função da arginase. A expressão das isoformas da NOS em hemácias não foi afetada pela AN. A concentração plasmática de L-arginina estava reduzida em pacientes com AN. A formação de TBARS nas plaquetas, hemácias e no soro não estava alterada em pacientes com AN enquanto que a atividade da SOD mostrou-se alterada. Assim, apesar da baixa produção de NO, os pacientes anoréticos apresentam um mecanismo cardioprotetor compensatório independente do NO a ser investigado. As descobertas aqui apresentadas contribuem para uma melhor compreensão da fisiopatologia da AN. / The anorexia nervosa (AN) is an eating disorder with high morbi-mortality, that reaches mainly adolescents of the feminine sex. AN is characterized by a distortion of the corporal image that leading to alimentary restriction, and, consequently, loss of weight and diverse clinical complications such as a state of platelet increased aggregation. The nitric oxide (NO) is produced from the cationic amino acid L-arginine through an enzyme family named NO-synthase (NOS) and functions as a cardiovascular protector modulating many functions as endothelial relaxation and platelet activity. The objective of this thesis is to assess the L-arginine-NO pathway in AN, as well as to investigate the cycle of the urea, the platelet function, and the oxidative stress in patients with AN. The L-arginine transport, the production of cyclic guanosine monophosphate (cGMP), the activity and the expression of isoforms of NOS, iNOS and eNOS, the oxidative stress (formation of thiobarbituric acid-reactive substances TBARS and superoxide dismutase activity SOD), as well as the platelet function were assessed in platelets from patients with AN. In erythrocytes, the activity and expression of the NOS, the activity of arginase and the oxidative stress were investigated. Plasma amino acid levels and markers of oxidative stress in serum were also assessed. Our results have demonstrated that in AN the L-arginine influx by y+L system, the production of cGMP and activity of NOS are diminished in platelets in relation to controls. Yet in platelets from patients with AN, the expression of NOS isoforms as well as the platelet activity dont show altered. In erythrocytes from these patients, was seen reduced activity of NOS and raised function of arginase. The expression of NOS isoforms in erythrocytes were not affected by AN. The plasmatic concentration of L-arginine was diminished in AN patients. The TBARS formation in platelets, erythrocytes and serum, were not altered in patients with AN, while that the SOD activity was altered. Therefore, although of the low production of NO, the patients with AN presents an NO-independent compensatory cardioprotector mechanisms to be investigated. The discoveries presented in this study contribute for a better understanding of the physiopathology of AN.
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Associação entre periodontite crônica e marcadores de risco para doença cardiovascular / Association between periodontitis and risk markers for cardiovascular diseaseAndré Luis Velloso Caúla Soares 24 April 2009 (has links)
Pesquisas recentes têm demonstrado que a periodontite pode modificar a concentração sanguínea de uma série de tipos celulares e substâncias bioquímicas, que são considerados fatores de risco para doenças cardiovasculares. Este trabalho tem como objetivo avaliar a associação entre a periodontite crônica e marcadores de risco para doença cardiovascular. No Estudo I foram examinados 100 pacientes aparentemente saudáveis sistemicamente, sendo 66 portadores de periodontite crônica e 34 pacientes controle, sem doença periodontal. Exames periodontais e exames sanguíneos foram realizados, e obtidas as espessuras das camadas íntima-média (IMT) da artéria carótida. No Estudo II, 66 pacientes participantes do Estudo I, diagnosticados com periodontite crônica, foram aleatoriamente submetidos a tratamento periodontal imediato (Grupo Teste, n=33) ou tratamento periodontal retardado (Grupo Controle, n=33). Os dados colhidos no Estudo I foram registrados como pré-tratamento (T0). Novos exames clínicos periodontais e laboratoriais foram realizados no período de 2 meses (T2) e 6 meses (T6) após os exames iniciais (Grupo Controle) ou conclusão do tratamento periodontal (Grupo Teste). Os dados colhidos foram analisados através de testes estatísticos. Os resultados mostraram que pacientes com periodontite crônica quando comparados ao grupo controle, apresentaram valores médios significativamente mais elevados na contagem total de hemácias (p<0,001), hemoglobina (p<0,001), hematócrito (p<0,001), contagem de plaquetas (p=0,019), velocidade de hemossedimentação (p<0,001), proteína C-reativa (p<0,001). Os níveis de HDL-colesterol foram significativamente mais baixos nos pacientes com periodontite crônica quando comparados ao grupo controle (p<0,001). As camadas íntima-média da parede da artéria carótida esquerda foram significativamente mais espessas nos pacientes com periodontite crônica quando comparados ao grupo controle (p=0,049). Os indíviduos com periodontite crônica também apresentaram 3,26 vezes mais chances de possuir Síndrome Metabólica do que aqueles indivíduos que não possuem doença peridontal (IC 95%: 1,8-5,9). No Estudo II, quando comparados os valores médios dos dados hematológicos após tratamento, no grupo teste, foi possível observar melhora estatisticamente significativa, entre T0/T2, dos valores de VHS e triglicerídeos (p=0,002; p=0,004; respectivamente). Redução nos valores médios da contagem total de leucócitos, VHS, CRP, transaminase glutâmico pirúvica, colesterol total e triglicerídeos, entre T0/T6, foi verificada no grupo teste pós-tratamento (p=0,028; p<0,001; p<0,001; p=0,010; p<0,001; p=0,015, respectivamente). Os resultados indicaram que a periodontite crônica severa está associada com níveis elevados de marcadores da inflamação e trombogênese, além de alterações no perfil lipídico em indivíduos sistemicamente saudáveis, podendo atuar como possível fator de risco para as doenças cardiovasculares. O tratamento periodontal não-cirúrgico mostrou-se eficaz na redução dos níveis dos marcadores sistêmicos da inflamação e na melhora do perfil lipídico em indivíduos com doença periodontal severa, consequentemente, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares. / Recent studies have shown that periodontitis seems to modify the blood concentration of a range of cell types and biochemical substances, which are considered risk factors for cardiovascular disease. This study aims to evaluate the association between periodontitis and risk markers for cardiovascular disease. In the Study I, 100 patients apparently healthy were examined, being 66 patients diagnosed with severe chronic periodontitis and 34 control patients without periodontal disease. Periodontal examinations and blood samples were performed. The carotid intima-media thickness (IMT) were obtained. In the Study II, 66 patients participating in the Study I, diagnosed with chronic periodontitis, were randomly submitted to immediate periodontal treatment (test group, n=33) or delayed periodontal treatment (control group, n=33). The data collected in Study I were recorded as pre-treatment (T0). Further periodontal and laboratory examinations were performed in the period of 2 months (T2) and 6 months (T6) after the initial examination (control group) or completion of periodontal treatment (Test Group). The data collected were analyzed using statistical tests. The results demonstrated that patients with chronic periodontitis when compared with the control group showed significantly higher values in the total count of red blood cells (p<0.001), hemoglobin (p<0.001), hematocrit (p<0.001), platelet count (p=0.019), erythrocyte sedimentation rate (ESR, p<0.001), C-reactive protein (CRP, p<0.001). The levels of HDL-cholesterol were significantly lower in patients with chronic periodontitis when compared with the control group (p<0.001). The layers of the intima-media wall of the left carotid artery was significantly thicker in patients with chronic periodontitis when compared with the control group (p=0.049). Individuals with chronic periodontitis also had 3.26 times more likely to have metabolic syndrome than individuals who do not have peridontal disease (CI 95%: 1.8-5.9). In Study II, compared the mean values of hematological data after treatment in the test group, it was possible to observe statistically significant improvement from T0/T2, in the values of ESR and triglycerides (p=0.002, p=0.004, respectively). Reduction in the average values of total leukocyte count, ESR, CRP, glutamic pyruvic transaminase, total cholesterol and triglycerides, between T0/T6 was observed in the test group after treatment (p=0.028, p<0.001 p<0.001, p=0.010 p<0.001, p=0.015, respectively). The results indicated that, in the population studied and with the methodology used, the severe chronic periodontitis is associated with high levels of markers of inflammation and trombogenesis, and changes in lipid profile in systemically healthy individuals, can act as a possible risk factor for cardiovascular diseases. The non-surgical periodontal treatment was effective in reducing the levels of markers of systemic inflammation and improves the lipid profile in subjects with severe periodontal disease, thus reducing the risk of cardiovascular disease.
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Prevalência de sonolência excessiva em idosos / Prevalence of excessive sleepiness in the elderlyLopes, Johnnatas Mikael 21 September 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-09-21 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Objective: To determine the prevalence of Excessive Daytime Sleepiness (EDS) in the
elderly and its relationship with socio-demographic characteristics of sleep, depression,
nutritional status and cardiovascular risk (CR). Materials and Methods: This crosssectional
elderly population study conducted in 2010-2011 in the city of Campina
Grande-PB. It was estimated sample of 205 seniors, selected randomly in the health
districts. The EDS was diagnostic by Epworth Sleepiness Scale. Also investigated were:
anthropometric measurements, depression, nutritional status, quality of sleep, snoring,
insomnia and physical activity. Results: They were 168 elderly participants, age
72.34±7.8 years, 122 (72.6%) of women. The EDS was diagnostic in 53 (31.5%)
participants (95%CI: 27.94%-35.06%). Men (43.5%) were the most affected (p<0.04).
The snoring was associated with SED (x2=8.49, p=0.04). Seniors aged over 80 are three
times more likely to have SED than the elderly aged 60-69 years (95% CI: 1.08 to 9.24,
p=0.03). Elderly obese (42.6%) and high waist circumference (88.5%) had more EDS
(p=0.04). Depression (78.6%, p=0.0005) and high waist circumference is associated
with EDS in men (57.1%, p=0.02). Only in women, obesity was related to the SED
(42.1%, p=0.01). Conclusion: There is high prevalence of SED among the elderly
population studied. The high age, men and snoring predict the SED. Obesity, depression
and RC s factors present association with SED. The male is a key variable in this
relationship. / Objetivo: Determinar a prevalência de Sonolência Excessiva Diurna (SED) em idosos e
sua relação com fatores sócio-demográficos, características do sono, depressão, estado
nutricional e risco cardiovascular (RC). Materiais e Métodos: Pesquisa transversal de
base populacional realizada de 2010-2011 com idosos da cidade de Campina GrandePB.
Foi estimada amostra de 205 idosos, selecionada aleatoriamente nos distritos
sanitários. A SED foi diagnóstica através da Escala de Sonolência de Epworth. Foram
também investigados: medidas antropométricas, depressão, estado nutricional,
qualidade do sono, ronco, insônia e atividade física. Resultados: Participaram da
pesquisa 168 idosos, idade de 72,34 ±7,8 anos, 122 (72,6%) de mulheres. A SED foi
diagnóstica em 53 (31,5%) participantes (IC95%: 27,94%-35,06%). Os homens (43,5%)
foram os mais acometidos (p<0,04). O ronco foi associado à SED (x2=8,49; p=0,04).
Idosos com idade igual ou superior a 80 anos têm três vezes mais probabilidade de
apresentar SED do que os idosos com idade entre 60-69 anos (IC95%: 1,08-9,24;
p=0,03). Idosos obesos (42,6%) e com elevada circunferência abdominal (88,5%)
apresentaram mais SED (p=0,04). Depressão (78,6%; p=0,0005) e circunferência
abdominal elevada está associada à SED nos homens (57,1%; p=0,02). Apenas nas
mulheres a obesidade mostrou-se relacionada com a SED (42,1%; p=0,01). Conclusão:
Existe alta prevalência de SED na população idosa estudada. A idade elevada, homens e
roncar predizem a SED. A obesidade, depressão e fatores que favorecem RC
apresentam associação com a SED. O sexo masculino é uma variável determinante
desta relação.
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Efeito da Síndrome dos Ovários Policísticos em múltiplos marcadores ultrassonográficos e laboratoriais de risco metabólico e doença cardiovascular em mulheres obesas sem outras condições de saúde que interferem com critérios de elegibilidade de contraceptivo oral combinado / Effect of polycystic ovary syndrome on multiple ultrasonographic and laboratorial markers of metabolic and cardiovascular disease risk in obese women without any other health condition that interferes with combined oral contraceptive elegibility criteria: a case-control studyLucimara Facio Nobre Zueff 04 October 2011 (has links)
OBJETIVO: Avaliamos se a presença da síndrome dos ovários policísticos (SOP) altera múltiplos marcadores ultrassonográficos e laboratoriais de risco metabólico e doença cardiovascular em mulheres obesas sem outras condições que interferem com o critério de elegibilidade do contraceptivo oral combinado (COC). MÉTODOS: Estudo caso-controle avaliando 90 mulheres obesas ( 30,0 Kg/m² e < 40 Kg/m²), com idade entre 18 e 40 anos, sem outras condições de saúde que interferem com os critérios de elegibilidade de COC: 45 com SOP e 45 controles, pareadas por idade. Índice de massa corporal; circunferência da cintura e do quadril; pressão arterial sanguínea; insulina e glicemia de jejum; quantitative insulin sensitivity check index (QUICKI); HDL, LDL e colesterol total; triglicérides; testosterona; globulina carreadora de hormônios sexuais (SHBG); índice de androgênio livre (FAI); índice de rigidez da carótida e espessura íntimamédia (EIM); dilatação mediada por fluxo da artéria braquial (DMF) e doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) foram avaliados. RESULTADOS: Em mulheres obesas com SOP, observamos uma maior freqüência de DHGNA quando comparada a obesas sem SOP (73,4% vs. 46,6%, p<0,01). Embora não significativo, observamos uma tendência a aumento da insulina (10,06±6,66 UI/mL vs. 7,45±5,88 UI/mL, p=0,05), diminuição do QUICKI (0,36±0,06 vs. 0,39±0,07, p=0,05) e diminuição da DMF (7,00±3,87% vs. 8,41±3,79%, p=0,08). Nenhuma outra diferença significativa foi observada. CONCLUSÕES: DHGNA é freqüente em mulheres obesas sem outras condições que interferem com o critério de elegibilidade do COC, especialmente naquelas com SOP. Isto deveria ser considerado na escolha da melhor opção contraceptiva. / OBJECTIVE: To evaluate whether the presence of polycystic ovary syndrome (PCOS) alters multiple ultrasonographic and laboratorial markers of metabolic and cardiovascular disease risk in obese women without any other health condition that interferes with combined oral contraceptive (COC) eligibility criteria. METHOD: A case-control study evaluating 90 obese women ( 30.0kg/m² and <40kg/m²) aged between 18 and 40 years without any other health condition that interferes with COC eligibility criteria: 45 with PCOS and 45 age-matched controls. Body mass index; waist and hip circumference; arterial blood pressure; fasting insulin and glucose; quantitative insulin sensitivity check index (QUICKI); HDL, LDL and total cholesterol; triglycerides; testosterone; sex hormone-binding globulin (SHBG), free androgen index (FAI); carotid stiffness index and intima media thickness; flow-mediated dilatation of brachial artery; and nonalcoholic fatty liver disease (NAFLD) were assessed. Results: In PCOS women, we observed a higher frequency of NAFLD (73.4% vs. 46.6%, p<0.01) and higher FAI (10.43% vs. 6.84%, p<0.01). We also observe a trend of increased insulin (10.06±6.66IU/mL vs. 7.45±5.88IU/mL, p=0.05), decreased QUICKI (0.36±0.06 vs. 0.39±0.07, p = 0.05), and decreased FMD (7.00±3.87% vs. 8.41±3.79%, p=0.08). No other significant difference was observed. Conclusions: NAFLD is frequent in obese women without any other health condition that interferes with COC eligibility criteria, especially in those with PCOS. This should be considered when choosing the best contraceptive option.
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O efeito do uso da prótese sobre as variáveis hemodinâmicas e autonômicas cardíacas em amputados traumáticos de membro inferiorBritto, Jussara Regina Pereira 25 August 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-08-25 / Os amputados traumáticos de membros inferiores apresentam maior morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares quando comparados à população geral. Entretanto, os fatores de risco para esse aumento de morbidade, bem como os mecanismos patofisiológicos responsáveis, ainda não estão bem esclarecidos. O objetivo do presente estudo foi testar as hipóteses que o uso da prótese em amputados transtibiais traumáticos aumenta a pressão arterial (PA) e a frequência cardíaca (FC) e diminui a variabilidade da frequência cardíaca (VFC), na postura supina (PS) e postura ortostática (PO). Foram avaliados 20 indivíduos adultos, do sexo masculino, sendo 10 com amputações transtibiais unilaterais traumáticas e 10 indivíduos sem amputações (controles). O registro da FC, para o cálculo das medidas de VFC, foi realizado por meio do monitor de frequência cardíaca Polar® modelo RS300CX e a PA foi aferida pelo método auscultatório e oscilométrico. Os grupos foram avaliados em repouso, na PS e PO, sendo os amputados submetidos ao protocolo com e sem a prótese. Para comparações intragrupo foi realizada a ANOVA 2x2 de medidas repetidas e testes t pareados; e na comparação entre grupos, utilizou-se o teste t de Student para amostras independentes. O grupo amputados, com e sem a prótese, foi observado que a FC é maior na PO comparada a PS, (82,5 ± 11,1 vs. 66,8 ± 6,7 bpm respectivamente) e que ao utilizarem a prótese a FC foi maior comparada à condição sem prótese, (76,8 ± 9,0 vs. 72,5 ± 8,0 bpm respectivamente). Analisando as variáveis autonômicas dos amputados na PO comparada a PS, eles apresentaram menores valores de iRR (763,0 ± 100,3 vs. 911,0 ± 89,9; p < 0,001), rMSSD (23,0 ± 14,0 vs. 37,7 ± 21,5; p = 0,001), pNN50 (5,9 ± 9,4 vs. 16,8 ± 18,6; p = 0,01) e HF (24,5 ± 15,0 vs. 42,8 ± 18,8; p = 0,02) e maiores valores de LF (77,1 ± 12,7 vs. 57,2 ± 18,8; p = 0,04) e LF/HF (5,9 ± 5,7 vs. 2,1 ± 1,7; p = 0,07). Quanto ao uso de prótese, foram observados menores valores de iRR (814,6 ± 92,2 vs. 859,4 ± 92,2; p = 0,001), rMSSD (26,6 ± 14,8 vs. 34,2 ± 20,1; p = 0,002) e pNN50 (8,9 ± 11,9 vs. 13,7 ± 15,4; p = 0,005) em comparação com a condição sem prótese. Comparando ao grupo controle, a FC dos amputados com o uso da prótese foi maior tanto na PS quanto na PO, ao passo que quando a prótese foi retirada, essa diferença desaparecia. Conclui-se que o uso da prótese altera as variáveis hemodinâmicas por meio do aumento da FC e da PA e das variáveis autonômicas por meio da redução da VFC. / The traumatic lower limb amputees have higher morbidity and mortality from cardiovascular disease compared to the general population. However, the risk factors for this increased morbidity, as well as the pathophysiological mechanisms responsible are not well understood. The aim of this study was to test the hypothesis that the use of the prosthesis in transtibial amputees traumatic increases blood pressure (BP) and heart rate (HR) and decreased heart rate variability (HRV) in the supine posture (PS) and standing position (PO). 20 individuals, males, 10 with unilateral transtibial amputations and traumatic amputations 10 individuals without (controls) were evaluated. The registration of the FC, for the calculation of measures of HRV was performed by means of the heart rate Polar ® RS300CX model and BP monitor was checked by auscultation and oscillometry. The groups were evaluated at rest, the PS and PO, being amputees undergoing the protocol with and without the prosthesis. For intragroup comparisons 2x2 ANOVA repeated measures and paired t tests were performed; and comparison groups was used for independent samples Student's t test. The amputee group, with or without the prosthesis, it was found that FC is larger compared to PO the PS (82.5 ± 11.1 vs. 66.8 ± 6.7 beats per minute respectively) and that when using the prosthesis HR was higher compared to unaided, (76.8 ± 9.0 vs. 72.5 ± 8.0 bpm respectively). Analyzing the autonomic variables of amputees in PO compared to PS, they had lower values of RR intervals (763.0 ± 100.3 vs. 911.0 ± 89.9, p <0.001), rMSSD (23.0 ± 14.0 vs. 37.7 ± 21.5, p = 0.001), pNN50 (5.9 ± 9.4 vs. 16.8 ± 18.6, p = 0.01) and HF (24.5 ± 15.0 vs. 42.8 ± 18.8, p = 0.02) and higher values of LF (77.1 ± 12.7 vs. 57.2 ± 18.8, p = 0.04) and LF / HF (5.9 ± 5.7 vs. 2.1 ± 1.7, p = 0.07). Regarding the use of prosthesis, lower values of RR intervals (814.6 ± 92.2 vs. 859.4 ± 92.2, p = 0.001) were observed, rMSSD (26.6 ± 14.8 vs. 34.2 ± 20.1, p = 0.002) and pNN50 (11.9 ± 8.9 vs. 13.7 ± 15.4, p = 0.005) compared to the unaided. Compared to the control group, HR amputees using prostheses was higher both in PS as in PO, whereas when the prosthesis was removed, this difference disappeared. We conclude that the use of the prosthesis alters hemodynamic variables by increasing HR and BP and autonomic variables by reduced HRV.
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Influência do treinamento aeróbico, realizado durante as sessões de hemodiálise, sobre a capacidade funcional e a pressão arterial de portadores de doença renal crônicaHenrique, Diane Michela Nery 13 March 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-03-13 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Na população geral, a prática regular de exercícios físicos se associa à melhora da capacidade funcional e à redução de eventos cardiovasculares. Por outro lado, em portadores de doença renal crônica, uma população que apresenta significativo comprometimento da capacidade funcional, alta prevalência de hipertensão arterial e elevadas taxas de mortalidade cardiovascular, poucos são os estudos que avaliam o efeito da atividade física na capacidade funcional e no controle da hipertensão arterial. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do treinamento aeróbico, realizado durante as sessões de hemodiálise, sobre a capacidade funcional e sobre a pressão arterial de pacientes renais crônicos. Foram avaliados 14 indivíduos portadores de doença renal crônica sob tratamento hemodialítico, antes e depois de 12 semanas de treinamento aeróbico realizado em cicloergômetro de membros inferiores, durante as sessões de hemodiálise. Constatou-se que dentre os pacientes, quatro eram homens e 10 eram mulheres, com média de idade de 47,6 ± 12,79 anos, cinco eram brancos e nove eram negros e que o tempo de hemodiálise variou de 93,7 ± 43,90 meses. Os pacientes foram submetidos à monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas, ao teste de caminhada de 6 minutos e ao teste cardiopulmonar de exercício tanto antes como depois do período de treinamento (p < 0,05). Após o período de treinamento aeróbico, observou-se aumento da distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos de 509 ± 91,9 m para 555 ± 105,8 m (p < 0,001), além de redução da pressão arterial sistólica de 151 ± 18,4 mm Hg para 143 ± 14,7 mm Hg (p = 0,08), pressão arterial diastólica de 94 ± 10,5 mm Hg para 91 ± 9,6 mm Hg (p = 0,05), pressão arterial média de 114 ± 13,0 mm Hg para 109 ± 11,4 mm Hg (p = 0,07), pressão arterial sistólica no sono de 150 ± 23,9 mm Hg para 140 ± 19,3 mm Hg (p = 0,02), pressão arterial diastólica no sono de 93 ± 15,3 mm Hg para 88 ± 14,3 mm Hg (p = 0,01), pressão arterial média no sono de 112 ± 18,0 mm Hg para 106 ± 16,1 mm Hg (p = 0,04). O valor de pico de consumo de oxigênio no primeiro e segundo limiar ventilatório aumentou de 20,6 ± 6,92 mUkg.m-1 para 21,2 ± 10,13 milkg.m-1 (p = 0,45) no pré e pós-treinamento aeróbico. Nas variáveis laboratoriais a hemoglobina aumentou de 10,8 ± 1,20 g/dL para 11,6 ± 11,6 g/dL (p = 0,04), o hematócrito aumentou de 32,8 ± 3,57% para 35,2 ± 2,76 (p = 0,03) e os triglicérides aumentou de 96,6 ± 35,17 mg/dL para 127,0 ± 54,56 (p = 0,04) no pré e pós-treinamento aeróbico. Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que o treinamento aeróbico realizado durante as sessões de hemodiálise contribuiu para a melhora da capacidade funcional e para o melhor controle da hipertensão arterial de pacientes portadores de doença renal crônica. / In general population, physical fitness has been shown to improve functional capacity and to reduce cardiovascular events. On the other hand, in patients with chronic kidney disease, which have significant reduction of functional capacity, high prevalence of hypertension and high rates of cardiovascular mortality, there are only a few studies evaluating the effects of exercise training on functional capacity and on blood pressure control. Therefore, the objective this study was to evaluate the effect of aerobic training performed during hemodialysis sessions on functional capacity and hypertension control of patients with chronic kidney disease. Fourteen patients with chronic kidney disease on hemodialysis treatment were evaluated before and after 12 weeks of aerobic training cycle held in the lower limbs during the hemodialysis sessions. Patients underwent 24 hours ambulatory blood pressure monitoring, six-minute walking test and exercise cardiopulmonary test before and after the period of 12 weeks of training (p < 0,05). It was found that among the patients, four males and 10 females, mean age 47,6 ± 12,79 years, five were white and nine were black and the time of hemodialysis ranged from 93,7 ± 43,90 months. The patients underwent ambulatory blood pressure monitoring, 24 hours, the test for 6 minutes of walking and exercise cardiopulmonary test both before and after the period of training (p < 0.05). After the period of aerobic training, there is increasing distance in the test of the 6 minute walk 509 m to 555 ± 91.9 ± 105.8 m (p < 0, 001), and reduction of systolic blood pressure of 151 ± 18.4 mm Hg to 143 ± 14,7 mm Hg (p = 0,08), diastolic blood pressure of 94 ± 10,5 mm Hg to 91 ± 9,6 mm Hg (p = 0,05), pressure mean blood of 114 ± 13.0 mm Hg to 109 ± 11.4 mm Hg (p = 0,07), systolic blood pressure in the sleep of 150 ± 23,9 mm Hg to 140 ± 19,3 mm Hg (p = 0,02), diastolic blood pressure in the sleep of 93 ± 15,3 mm Ng to 88 ± 14,3 mm Ng (p = 0,01), mean arterial pressure during sleep was 112 ± 18.0 mm Hg to 106 ± 16.1 mm Hg (p = 0,04). The value of peak oxygen consumption in the first and second ventilatory threshold increased from 20,6 ± 6,92 mL/kg.m-1 to 21,2 ± 10,13 mL/kg.m-1 (p = 0,45) in pre-and post-aerobic training. Laboratory variables in the hemoglobin increased from 10,8 ± 1.20 g/dL to 11,6 ± 11,6 g/dL (p = 0,04), the hematocrit increased from 32,8 ± 3,57% to 35,2 ± 2,76 (p = 0,03) and triglycerides increased from 96,6 ± 35,17 mg/dL to 127,0 ± 54,56 (p = 0,04) in pre-and post-aerobic training. Based on the results we can conclude that aerobic training performed during hemodialysis sessions improved functional capacity and contributed to hypertension control of patients with chronic kidney disease.
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Fatores de risco para rigidez aórtica e sua progressão em pessoas vivendo com HIV/AIDS no estado de PernambucoBARROS, Zoraya de Medeiros 27 February 2015 (has links)
Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2016-04-12T15:21:22Z
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Previous issue date: 2015-02-27 / Esta tese teve como objetivo estudar um marcador de aterosclerose subclínica, a rigidez aórtica, medida através da velocidade de onda de pulso aórtica, diante da importância de se identificar os pacientes com risco maior de desenvolver doenças cardiovasculares (DCV), hoje, uma das principais causas de morbidade e mortalidade, não relacionada à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) em pessoas vivendo com o vírus da imunodeficiência humana (PVHIV). Entre setembro de 2011 e janeiro de 2013, a população do estudo composta por homens e mulheres vivendo com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), participantes da coorte HIV/AIDS-PE, no nordeste do Brasil, iniciada em 2007, foi submetida a dois desenhos de estudos visando identificar os fatores de risco cardiovasculares tradicionais e emergentes associados com a rigidez aórtica e sua progressão.Visando identificar fatores de riscos cardiovasculares emergentes, incluindo a perda de massa óssea, realizamos um estudo transversal em mulheres vivendo com HIV que haviam realizado densitometria mineral óssea, no período entre Outubro de 2010 a Novembro de 2011. A densidade mineral óssea (DMO), foi medida pela absorciometria de energia dupla de raio-x de (DXA) nas regiões da coluna lombar, colo de fêmur e fêmur total e a rigidez aórtica, foi medida pela velocidade de onda de pulso aórtica (VOPa). O resultado principal deste estudo foi a correlação negativa significante entre a DMO do colo de fêmur e do fêmur total com a VOPa mesmo ajustada para idade, síndrome metabólica e pressão arterial média. Sugerindo que mulheres vivendo com HIV com perda de massa óssea deverão ser avaliadas para doença cardiovascular aterosclerótica. Para investigar a progressão da rigidez aórtica, foram acompanhados por uma média de 2,9 anos, homens e mulheres vivendo com HIV que haviam realizado a primeira avaliação da rigidez aórtica entre Abril e Novembro de 2009. O achado mais importante deste estudo foi a verificação de uma acelerada progressão da rigidez aórtica associada a fatores de risco tradicionais, idade, sexo masculino e hipertensão arterial e uma correlação negativa com a duração da infecção em uma população sob bom controle virológico. Os dados favorecem intensificar medidas para melhor controle da hipertensão arterial e da imunodeficiência. / This thesis aimed to study a marker of Subclinical Atherosclerosis, aortic stiffness measured by aortic pulse wave velocity, given the importance of identifying the patient with higher risk of developing cardiovascular diseases, today, one of the leading causes of morbidity and mortality, not related to AIDS. Between September 2011 and January 2013, the study population comprised of men and women living with human immunodeficiency virus (HIV), HIV/AIDS cohort participants-PE, in northeastern Brazil, initiated in 2007, have undergone two designs of studies aimed at identifying the factors of traditional and emerging cardiovascular risk associated with aortic stiffness and its progression. Aiming to identify emerging cardiovascular risk factors, including the loss of bone mass, we performed a cross-sectional study in women living with HIV who had performed bone mineral densitometry in the period between October 2010 to November 2011. Bone mineral density was measured by dual-energy x-ray absorptiometry (DXA) in regions of the lumbar spine, neck femur and total femur and aortic stiffness was measured by aortic pulse wave velocity (aPWV). The main result of this study was the significant negative correlation between the BMD of the femoral neck and total femur aPWV even adjusted for age, metabolic syndrome and mean arterial pressure. Suggesting that women living with HIV with low of bone mass should be assessed for atherosclerotic cardiovascular disease. To investigate the progression of aortic stiffness, were accompanied by an average of 2.9 years, men and women living with HIV who had carried out the initial evaluation of aortic stiffness between April and November 2009 .The most important finding of this study was the verification of an accelerated progression of aortic stiffness associated with traditional risk factors, age, male and hypertension and a negative correlation with duration of infection in a population under good viral control. The data favor the aggressive measures of intensify and immunodeficiency hypertension.
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Eficácia da sitagliptina no controle glicêmico e na função cardiovascular de pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2 tratados com metformina e glibenclamida / Efficacy of sitagliptin on glycemic control and cardiovascular function in patients with type 2 diabetes mellitus treated with metformin and glibenclamideNogueira, Kátia Camarano 11 July 2012 (has links)
No tratamento do diabetes mellitus tipo 2, busca-se a otimização do controle glicêmico para evitar as complicações da doença. Quando a combinação mais utilizada (sulfoniluréia e biguanida) falha em manter o controle glicêmico, um terceiro agente é associado, podendo ser a insulina ou outro hipoglicemiante oral. O objetivo deste estudo foi comparar os efeitos da sitagliptina (droga inibidora da enzima dipeptidil-peptidase-4) com os da insulina NPH ao deitar, como terceira droga no tratamento do diabetes mellitus tipo 2, em pacientes inadequadamente controlados com glibenclamida e metformina. Trinta e cinco pacientes, com dados clínicos, demográficos e laboratoriais semelhantes, foram randomizados para receber sitagliptina (grupo Sitagliptina, n= 18) ou insulina NPH ao deitar (grupo Insulina, n= 17) e reavaliados após 24 semanas. Amostras sanguíneas foram coletadas para dosagens de hemoglobina glicada (HbA1c), colesterol total e frações, ácido úrico, transaminases, proteína C reativa (PCR) e grelina em jejum. No teste de tolerância à dieta de 500 calorias, foram determinadas as concentrações de glicose, triglicérides, ácidos graxos livres (AGL), peptídeo glucagon-símile tipo 1 ativo (GLP-1a), glucagon, peptídeo C, pró-insulina e insulina. Monitorização ambulatorial da pressão arterial e ecocardiografia com Doppler tecidual também foram realizados. Decorridas 24 semanas, ambos os tratamentos promoveram reduções semelhantes das concentrações de HbA1c. A insulina NPH ao deitar foi superior à sitagliptina, ao promover redução da glicemia de jejum e das concentrações de triglicérides após a refeição. Diminuição das concentrações de glucagon pós-prandiais e aumento das concentrações de GLP-1 ativo de jejum e após a refeição foram observados somente no grupo Sitagliptina. Concentrações de peptídeo C não se alteraram após o tratamento com sitagliptina, porém diminuíram após a terapia com insulina. Os dois tratamentos reduziram as concentrações de pró-insulina pós-prandiais e de grelina de jejum. Nenhum deles alterou as concentrações de PCR, colesterol, ácido úrico e enzimas hepáticas, exceto a de fosfatase alcalina, que diminuiu em ambos os grupos. Peso, índice de massa corpórea, relação cintura/quadril e pressões arteriais sistólicas e diastólicas permaneceram inalterados. Avaliação cardíaca, realizada em 29 pacientes, mostrou disfunção diastólica do ventrículo esquerdo (DDVE), sinal pré-clínico da cardiomiopatia diabética, em 53 % e 64 % dos pacientes que foram incluídos nos grupos Sitagliptina e Insulina, respectivamente. Melhora da função diastólica de VE foi observada em 40,0% (6/15) dos pacientes do grupo Sitagliptina e em 7,0% (1/14) dos pacientes do grupo Insulina (p=0,049). Esta melhora da função cardíaca pareceu não depender do controle glicêmico, da PA e do status inflamatório. Concluindo, ambos os tratamentos foram efetivos, promovendo redução semelhante da HbA1c. Ambas as drogas parecem melhorar a função das células b, observada pela diminuição das concentrações de pró-insulina. A insulina NPH ao deitar foi mais efetiva na redução da glicemia de jejum e das concentrações de triglicérides após a refeição. Entretanto, melhora na função diastólica de VE foi superior no grupo Sitagliptina. Assim, o inibidor da DPP-4 parece ser uma droga promissora para a prevenção da cardiomiopatia diabética / The main goal of the treatment of type 2 diabetes mellitus is to achieve normal glucose levels in order to prevent diabetic complications. When two oral agents (sulfonylurea plus biguanide) fail to maintain target-level control, a third oral agent must be added or insulin must be started. The aim of this study was to compare sitagliptin, a dipeptidyl-peptidase-4 enzyme inhibitor, with bedtime NPH insulin as a third-line agent in type 2 diabetes mellitus patients inadequately controlled with metformin plus glyburide combined therapy. Thirty-five patients with similar clinical, demographic and basal laboratory characteristics were randomized to receive sitagliptin (Sitagliptin group, n=18) or bedtime NPH insulin (Insulin group, n=17) and reassessed after 24 weeks. Fasting blood samples were collected for determinations of glycated hemoglobin (HbA1c), total- LDL- and HDL-cholesterol, uric acid, liver enzymes, C-reactive protein and ghrelin levels. Determinations of blood glucose, triglycerides, free fatty acids, active glucagon-like peptide 1 (GLP-1), glucagon, C-peptide, pro-insulin and insulin levels was made during the meal tolerance test. Ambulatory blood pressure monitoring and tissue Doppler echocardiography were also performed. After 24 weeks, both treatments resulted in similar HbA1c levels. Bedtime NPH insulin was superior to sitagliptin in reducing fasting plasma glucose and postprandial triglyceride levels. Decreased postprandial glucagon and increased active GLP-1 levels were only observed in the Sitagliptin group. C-peptide levels did not change after treatment with sitagliptin, but decreased following insulin therapy. Both treatments reduced postprandial pro-insulin and fasting ghrelin levels. Neither treatment changed C-reactive protein, cholesterol, uric acid or liver enzymes, except alkaline phosphatase, which decreased in both. Weight, body mass index, waist-hip ratio and systolic and diastolic blood pressures remained unchanged. Cardiac evaluation was performed in 29 patients and showed basal left ventricular diastolic dysfunction, the pre-clinical signal of diabetic cardiomyopathy, in 53% and in 64% of patients in the Sitagliptin and Insulin group, respectively. Left ventricular diastolic function improved in 40% (6/15) of patients receiving sitagliptin and in 7% (1/14) of patients receiving bedtime NPH insulin (p= 0.049). This improvement did not seem to be influenced by glycemic control, blood pressure or inflammatory status. In conclusion, both treatments were effective in reducing HbA1c and seemed to similarly improve b-cell function, as shown by reduced pro-insulin levels. Bedtime NPH insulin was more effective in reducing fasting plasma glucose and postprandial triglyceride levels. However, improvement in left ventricular diastolic function was higher in the Sitagliptin group. Therefore, sitagliptin seems to be a promising drug for the prevention of diabetic cardiomyopathy
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LDL eletronegativa em pacientes renais crônicos sob hemodiálise e diálise peritoneal e sua relação com o estado nutricional / Electronegative LDL in chronic renal patients under hemodialysis and peritoneal dialysis and its relationship with nutritional statusLobo, Julie Calixto 13 November 2007 (has links)
A modificação oxidativa da LDL possui um papel crucial na patogênese da aterosclerose que é uma das principais causas de mortalidade nos pacientes renais crônicos. Uma subfração de LDL modificada in vivo, denominada LDL eletronegativa (LDL-), é formada a partir de modificações da parte protéica (ApoB100) e lipídica (fosfolípides, triglicérides e colesterol) da LDL induzidas por diversos mecanismos. A LDL (-) tem menor afinidade pelos receptores da LDL, é citotóxica para células endoteliais e apresenta atividade pró-inflamatória, quando comparada à LDL nativa. Com o objetivo de investigar as alterações do estado nutricional relacionadas à formação da LDL(-) nos pacientes renais crônicos, analisou-se neste estudo as concentrações plasmáticas de LDL(-), anticorpos IgG anti-LDL(-) e seus imunocomplexos em pacientes sob hemodiálise (HD, n=25) ou sob diálise peritoneal (DP, n=11) e indivíduos saudáveis (grupo controle, n=10), relacionando-as ao perfil lipídico e às concentrações plasmáticas de α-tocoferol e ascorbato. Os resultados mostraram que a concentração de LDL(-) foi maior (p<0.01) nos pacientes hemodialisados (575,6±233,1µg/mL) quando comparados aos pacientes submetidos à diálise peritoneal (223,4±117,5 µg/mL) e aos controles (54,9±33,3µg/mL). Os níveis de anticorpos IgG anti-LDL(-) foram mais elevados (p<0,00001) nos controles (O,36±0,09µg/mL), quando comparados aos pacientes DP (0,28±0,12µg/mL) e HD (0,2±0,1 µg/mL). As concentrações dos imunocomplexos no grupo controle (0,35±0,20µg/mL) foram significativamente maiores comparadas às dos grupos HD (0,15±0,07µg/mL) e DP (0,22±0,07µg/mL). Não houve diferença das concentrações plasmáticas de ascorbato e de alfa-tocoferol (normalizada pela concentração de colesterol) nos grupos estudados. A maioria da população estudada estava eutrófica, segundo o índice de massa corpórea (IMG). Conclui-se que as concentração de LDL(-) nos pacientes HD e DP foram significativamente mais elevadas, enquanto os níveis de anticorpos IgG anti-LDL(-) foram menores, nos pacientes HD e DP comparados ao grupo controle. As análises de correlação demonstraram que os valores de prega cutânea tricipital (PCT) se correlacionaram diretamente com as concentrações plasmáticas dos imunocomlexos (r= 0,37; p= 0,01) e inversamente com as concentrações plasmáticas de LDL(-) (r= - 0.37; p= 0,018). As concentrações plasmáticas dos anticorpos anti-LDL(-) se correlacionaram diretamente com os valores do IMC (r= 0,83 p=0,00001) e da circunferência da cintura (r= 0,75 p= 0,0001). / A minimally modified form of LDL, with structural ApoB100 modification and lower affinity by LDL receptors, has been described in blood plasma. This circulating modified form of LDL, named electronegative LDL, LDL(-), has increased negative charge, higher cytotoxicity and pro-inflammatory activity as compared to the native LDL. This LDL-is poorly described in hemodialysis and there is no study in peritoneal dialysis patients. Thus, the purpose of this study was to evaluate the relation of the nutritional status with the amount of electronegative LDL (LDL-), its autoantibodies and immune complexes (IC) in dialysed patients. LDL(-), its autoantibodies and IC were determined by ELISA in chronic kidney disease (CKD) patients undergoing hemodialysis (HD) or peritoneal dialysis (PD) and compared to subjects without CKD (controls). Nutritional status, lipid profile and plasma concentrations of alpha-tocopherol, ascorbate and immune complexes (IC) were also evaluated. Results are expressed as median of LDL-(µg/mL) and anti-LDL(-) IgG (OD405 nm). The concentrations of LDL(-) were higher in HD patients (575.6±233.1 µg/mL) as compared to PD (223.4±117.5µg/mL) and control groups (54.9±33.3µg/mL) (p<0.01). The anti-LDL(-) IgG auto-antibodies were elevated in controls (0.36±0.09µg/mL) in relation to PD patients (0.28±0.12µg/mL) and HD patients (0.2±0.1 µg/mL) , (p<0.00001). A negative correlation was observed between anti¬-LDL(-)lgG and LDL(-) levels (r = -0.43; P = 0.003) in the studied groups. The concentrations of le in the control group (0.35±0.20µg/mL) were higher compared with HD (0.15±0.07µg/mL) and PD (0.22±0.07µg/mL) groups. No differences were found for the plasma levels of ascorbate and alpha-tocopherol (normalized by cholesterol concentration) among the studied groups The body mass index (BMI) was normal in the majority of the studied subjects. The highest LDL(-) concentrations were found in HD patients, and for the first time, we showed that PD patients also have high levels of LDL(-) when compared with non-CKD subjects. The levels of anti-LDL(-) IgG in CKD patients were lower compared to controls. The correlation analysis showed that the values for triceps skin fold were positively correlated with blood plasma concentrations of IC (r= 0.37; p=0.01) and negatively correlated with LDL(-) concentrations (r= - 0.37; P 0.018). The concentrations of anti-LDL(-) autoantibodies were directly ·correlated with BMI (r= 0.83 p=0.00001) and waist circunference (r= 0.75 p= 0.0001).
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Avaliação do efeito isolado do fósforo e do paratormônio sobre o tecido cardíaco de ratos urêmicos paratireoidectomizados / Evaluation of the isolated effect of phosphorus and parathyroid hormone on the cardiac tissue of parathyroidectomized uremic ratsCustódio, Melani Ribeiro 13 December 2007 (has links)
A doença cardiovascular (DCV) é a principal causa de mortalidade nos pacientes com doença renal crônica (DRC) e a hipertrofia de ventrículo esquerdo (HVE), a alteração mais freqüente. A remodelação cardíaca (RC) patológica ocorre em resposta a agressões como sobrecarga de volume ou de pressão e é influenciada por ativação neurohormonal, fatores locais, inflamação, isquemia, necrose e apoptose celular. Os miócitos são as principais células envolvidas na RC. Avaliamos o papel da hiperfosfatemia e do paratormônio (PTH) em animais urêmicos. Trinta e dois ratos Wistar machos foram submetidos à paratireoidectomia (PTX) e nefrectomia (Nx), com reposição contínua de PTH em concentração fisiológica (PTHf= 0,022 ug/100g/h) ou elevada (PTHe=0,11 ug/100g/h). Os animais sham (N=16) foram operados e recebiam infusão de veículo. Apenas o conteúdo de fósforo nas dietas era diferente, ou seja: pobre=0,2% (pP) ou rica em fósforo=1,2% (rP). Dividimos os animais em 6 grupos: Sham: Sham-pP (G1), Sham-rP (G2); PTX+Nx: PTHf-pP (G3), PTHf-rP (G4), PTHe-pP (G5), PTHe-rP (G6). Semanalmente determinamos o peso e a pressão arterial caudal. Creatinina, fósforo, cálcio PTH e hematócrito foram analisados. Após 8 semanas os animais foram sacrificados. A hipertrofia e fibrose miocárdicas foram analisadas com o sistema digital Leica. O peso do coração corrigido por 100g peso corporal foi maior nos grupos G5 e G6 e apresentou uma correlação positiva com hipertrofia e fibrose miocárdica. A hipertrofia e fibrose foram menores no G3, quando comparado aos grupos Nx. A hipertrofia miocárdica foi maior no G6, evidenciando o papel do P neste processo. A fibrose mocárdica ocorreu principalmente em subendocárdio e foi mais intensa no G6. Analisamos a expressão do fator transformador de crescimento (TGF-beta) e angiotensina II que foram mais intensas nos grupos G5 e G6. As lesões das artérias coronarianas foram avaliadas de forma semi-quantitativa e os animais G5 e G6 mostraram calcificações de camada média. A expressão da alfa-actina se correlacionou negativamente com as lesões coronarianas. Nossos resultados demonstraram a importância do fósforo e PTH na fisiopatologia da DCV, sendo necessário um melhor controle destes elementos para prevenção de mortalidade nos pacientes com DRC. / Cardiovascular disease (CVD) is the leading cause of mortality in patients with chronic kidney disease (CKD), and left ventricular hypertrophy (LVH) is the most common alteration. Pathologic cardiac remodeling (CR) occurs in response to injuries such as volume or pressure overload, and it is influenced by neurohormonal activation, local factors, inflammation, ischemia, necrosis and cellular apoptosis. Myocytes are the principal cells involved in CR. We evaluated the role of hyperphosphatemia and parathyroid hormone (PTH) in uremic animals. Thirty-two male Wistar rats were submitted to parathyroidectomy (PTX) and nephrectomy (Nx), with PTH continuous replacement in physiologic concentration (PTHf=0.022ug/100g/h) or elevated (PTHe=0.11ug/100g/h). The sham animals (N=16) were operated and received vehicle infusion. Only the phosphorus content in diets was different, that is: poor = 0.2% (pP) or rich in phosphorus = 1.2% (rP). We divided the animals into 6 groups: Sham: Sham-pP (G1), Sham-rP (G2); PTX+Nx: PTHf-pP (G3), PTHf-rP (G4), PTHe-pP (G5), PTHe-rP (G6). We determined the weight and caudal blood pressure weekly. Creatinine, phosphorus, PTH calcium and hematocrit were analyzed. After 8 weeks, the animals were sacrificed. Myocardial hypertrophy and fibrosis were analyzed using Leica digital system. The weight of the heart corrected for 100g body weight was greater in groups G5 and G6 and presented a positive correlation with myocardial hypertrophy and fibrosis. Hypertrophy and fibrosis were lower in G3, when compared to Nx groups. Myocardial hypertrophy was higher in G6, determining the role of P in this process. Myocardial fibrosis occurred mainly in subendocardium and was more intense in G6. We analyzed the expression of transforming growth factor (TGF-alfa) and angiotensin II, which were more intense in groups G5 and G6. Coronary artery lesions were evaluated semiquantitatively and G5 and G6 animals showed middle layer calcifications. Expression of alfa-actin correlated negatively with coronary lesions. Our results demonstrated the importance of phosphorus and PTH in the pathophysiology of CVD; therefore, a better control of these elements is required in order to prevent mortality in patients with CKD.
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