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A financeirização do meio ambiente: o caso do mercado de créditos de carbono / Financialization of the environment: the case of the carbon credit market

Ana Paula Salviatti 02 December 2013 (has links)
A discussão em torno da degradação ambiental tem origem nos debates iniciados na década de 70. A presente dissertação se insere no escopo da crítica ecológica desenvolvida a partir da teoria do capital monopolista e de seus desdobramentos contemporâneos, ao incorporar as contribuições feitas por François Chesnais et all sobre a dominância financeira. O objetivo dessa dissertação é oferecer os paralelos existentes entre as politicas internacionais sobre o meio ambiente e a trajetória percorrida pela economia internacional ao longo dos últimos 30 anos. O contexto histórico no qual o tema se origina é o processo de endividamento dos países do Terceiro Mundo, e a implementação dos Programas de Ajuste Estruturais, a partir da década de 1980. A dissertação busca apresentar as permanências e as rupturas existentes entre os mecanismos de ajuste e as políticas internacionais voltadas ao meio ambiente, incluindo a ratificação do Protocolo de Quioto, processos desenvolvidos sob a mediação neoliberal. / The discussion of environmental degradation originates in debates started in the 70s. This thesis falls within the scope of the ecological critique developed from the theory of monopoly capital and its contemporary developments, to incorporate the contributions made by François Chesnais et all on the financial dominance. The objective of this dissertation is to provide the parallels between the international policies on the environment and the trajectory by the international economy over the last 30 years. The historical context in which the issue arises is the process of indebtedness of Third World countries, and the implementation of the Structural Adjustment Programs from the 1980s. The dissertation aims to show the continuities and ruptures between the adjustment mechanisms and international policies related to the environment , including the ratification of the Kyoto Protocol, developed under the mediation processes neoliberal.
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Espaço, história e cidade: uma abordagem geográfica do processo urbano de Juiz de Fora na última década do século XIX

Barbosa, Yuri Amaral 31 August 2016 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-03-09T14:27:23Z No. of bitstreams: 1 yuriamaralbarbosa.pdf: 9573655 bytes, checksum: 01899f0f41d5b412105ba74503d206f8 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-03-10T13:18:26Z (GMT) No. of bitstreams: 1 yuriamaralbarbosa.pdf: 9573655 bytes, checksum: 01899f0f41d5b412105ba74503d206f8 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-03-10T13:18:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 yuriamaralbarbosa.pdf: 9573655 bytes, checksum: 01899f0f41d5b412105ba74503d206f8 (MD5) Previous issue date: 2016-08-31 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este trabalho situa-se no campo daquilo que chamamos de Geografia Histórica, ou seja, uma análise do espaço descolada do presente, com os olhos voltados para o passado, a fim de compreender as estruturas que geraram certas configurações espaciais e os processos de formação de uma cidade capitalista. Localizando no espaço-tempo, nosso trabalho pretende verificar se a conjuntura econômica dos anos finais do século XIX impactou o processo urbano da cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. Nesse período, a progressiva evolução das técnicas permitiu à economia mundial alcançar, pela primeira vez, um significativo estágio de globalização. Nesse contexto, identificamos uma crescente e controversa interferência dos países centrais na economia dos países periféricos, como o Brasil. Aliado à um conjunto de políticas internas, essas intervenções acabaram por fomentar a Crise do Encilhamento no país, período caracterizado pela abertura de inúmeras sociedades anônimas, pela extrema desregulamentação do mercado de capitais e por uma exorbitante emissão de papel-moeda. Ao mesmo tempo, a Proclamação da República concedia, por meio da Constituição de 1891, uma significativa alteração política, até então, negada pelo Império: a autonomia municipal. Ratificado pela Constituição de Minas Gerais, os municípios tomaram as rédeas da gestão do espaço urbano e passaram a ser uma figura central nesse processo. Juntas, essas transformações políticas e econômicas propiciaram uma intensa aceleração do processo urbano de Juiz de Fora, marcado pela mercantilização do solo urbano, pela consolidação de um mercado mobiliário, e por uma profusão de obras públicas. / This work lies in the field of what we call historical geography, that is, an analysis of the space datached from the present time, with an eye to the past in order to understand the structures that generate certain spatial configurations and formation processes of a capitalist city. Locating in space-time, our work aims to verify whether the economic conditions of the final years of the nineteenth century impacted the urban process in the city of Juiz de Fora, Minas Gerais. During this period, the progressive development of techniques allowed the world economy to achieve, for the first time, a significant globalization stage. In this context, we have identified a growing and controversial interference of the central countries in the economies of peripheral countries such as Brazil. Combined with a set of internal policies, these interventions have fostered the Encilhamento crisis in this country, a period characterized by the opening of numerous corporations, the extreme deregulation of the capital market and for an exorbitant emission of currency. At the same time, the Republic of Proclamation granted through the Constitution of 1891, a significant change in policy until then denied by the Empire: the municipal autonomy. Ratified by the Constitution of Minas Gerais, the municipalities took the reins of management of urban space and became a central figure in this process. Together, these political and economic changes have led to a sharp acceleration of the urban process of Juiz de Fora, marked by the commodification of urban land, the consolidation of a securities market, and a profusion of public works.
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O imperialismo: os teóricos precursores e o debate contemporâneo / Imperialism: the theoretical precusors and the contemporary debate

Ferreira, Paulo Sergio Souza 20 September 2011 (has links)
O objetivo deste trabalho é a discussão sobre a importância da teoria marxista do imperialismo para a compreensão do capitalismo hodierno. Para tanto, faz-se uma breve análise das principais contribuições dos autores marxistas clássicos. Posteriormente, veremos os alcances e limites da teoria clássica do imperialismo nos debates atuais relativos ao neoliberalismo, a financeirização da economia, ao papel do capital financeiro no capitalismo contemporâneo e a hegemonia norte-americana no mundo atual. Parte-se da idéia de que o imperialismo representa o elemento central na explicação do capitalismo, desde a década de 1870. Porém, podemos destacar 3 subfases no desenvolvimento do capital monopolista: primeiro, o período compreendido entre os anos de 1870 a 1913; o segundo período, compreendido entre os anos de 1920 a 1970; o terceiro período, entre o final da década de 1970 e ainda não finalizado. / The objetive of this work is discussing about the importance of the Marxs theory of Imperialism to insight of hodiern capitalism. For this purpose, it makes a brief analysis of main contributions of the classical marxists authors. After that, we see the achievements and limitations of the classical theory of Imperialism in the current discussions about the neoliberalism, financialization, to the role of finance in the contemporary capitalism and to the USAs hegemony. The bottom line is the idea the Imperialism has represented the central element to explain the capitalism since the 1870s. However, we can draft three sub-steps of the monopolist capitalism development: first, the period between 1870 and 1913; second, the period between 1920 and 1970; third, between the end of the 1970s thats not finished yet.
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A metrópole antitética: a relação capital-espaço e a expropriação no pantanal da zona leste / The antithetical metropolis: the capital-space relation and the expropriation in the East Zone Pantanal

Silva, Marco Antonio Teixeira da 01 July 2015 (has links)
Esta pesquisa considera a problemática da área denominada Pantanal da Zona Leste, região situada no leste da cidade de São Paulo que corresponde às várzeas do rio Tietê. A partir da institucionalização dos atributos ambientais na forma do Parque Várzea do Tietê se estabelece o conflito para a remoção dos moradores. Tal conflito permite analisar as condições da reprodução contemporânea baseada na relação capital-espaço. Sob a aparência do ambientalismo e da sociedade do risco, as instituições estatais e privadas operam a produção do espaço de modo que os atributos da sustentabilidade social se sobreponham ao vivido ali constituído. Por décadas, a reprodução de populações empobrecidas refletia o cotidiano espoliado em espaços infraurbanos. As metamorfoses da reprodução contemporânea impõem outra lógica para estas populações, uma vez que o espaço torna-se elemento estrutural da reprodução, esta que se relaciona à financeirização de maneira cada vez mais intensa. Assiste-se então a uma acumulação de espaço como centralidade do processo, pela possibilidade de inversões de capital para remuneração financeira, esta que, para o caso aqui estudado, torna-se dívida pública. Há, portanto, uma nova condição para a reprodução dos pobres na metrópole, que é a sua expropriação como meio para se atingir a acumulação de espaço. Tais processos se concretizam, mas o fazem de maneira velada, por meio das representações do espaço, a forma socialmente aceita que culmina nos espaços de representação como realização de todo um processo que define a reprodução contemporânea de maneira antitética, não há urbano para todos. / This research considers the problem of the area called East Zone Pantanal, a region situated in the eastern city of São Paulo that corresponds to Tietê River floodplains. From the institutionalization of environmental attributes in the form of Tietê Várzea Park establishes the conflict for the removal of the residents. Such conflict allows analyze the conditions of contemporary reproduction based on capital-space relationship. Under the guise of environmentalism and the risk society, the state and private institutions operate the production of space so that the attributes of \"social sustainability\" superimposing to been lived there constituted. For decades, the reproduction of impoverished populations reflected the quotidian despoiled in infraurban spaces. The metamorphosis of contemporary reproduction impose other logic for these populations, as space becomes structural element of reproduction, this one is related to financialization more and more intense. We are witnessing an accumulation of space as the centrality of the process, the possibility of capital investment for financial remuneration, this one, in case studied here, becomes government debt. There is therefore a new condition for the reproduction of the poor in the metropolis, which is them expropriation as a means to attain the space accumulation. Such processes are concretized, but they do so in a veiled way, through the representations of space, the mode socially accepted that culminates in the spaces of representation as the realization of a whole process that defines the contemporary reproduction of antithetical mode, \"there is no city for everyone \".
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Financeirização do território e circuitos da economia urbana: agentes de crédito, técnicas e normas bancárias. Um exemplo em Alagoas / Financialization of the territory and circuits of the urban economy: loan officers, techniques and banking standards. An example in Alagoas

Medeiros, Dhiego Antonio de 11 December 2013 (has links)
O processo de diversificação da topologia bancária brasileira iniciado na década de 1990 com o Plano Real foi ancorado numa política de privatização e desnacionalização dos entes financeiros e chegou ao ápice no ano de 2003, mediante a Resolução n. 3.156, emitida pelo Banco Central do Brasil, propiciando o uso dos serviços de correspondentes no País a qualquer instituição financeira. Se por um lado, tal medida estava estreitamente ligada à política de bancarização levada a efeito pelo Governo Federal (que passaria a fazer uso da rede de correspondentes para distribuição de recursos a segmentos da população que historicamente viviam à margem do sistema bancário tradicional), por outro, serviu de alavanca a diversas instituições financeiras, especialmente os bancos de pequeno e médio portes que, desprovidos de uma rede de agências, encontraram no correspondente uma forma de ampliação de sua capilaridade. Nesse sentido, a prestação do serviço bancário com distintos níveis de capital, tecnologia, organização e trabalho expressa novas relações de complementaridade entre os circuitos (superior, superior marginal e inferior) da economia urbana, ao mesmo tempo em que altera o papel exercido pelo banco, anteriormente único responsável pelas atividades do circuito superior. Nessa perspectiva, buscou-se, no presente trabalho, entender as relações entre o sistema bancário e os circuitos da economia urbana no processo de autonomização da esfera financeira no território brasileiro, tomando como exemplo o estado de Alagoas. Para tanto, fez-se necessário uma avaliação das topologias que expressam a rede bancária no território alagoano, considerando-se a base material, os produtos financeiros e a prestação dos serviços. A partir de pesquisa de campo nos municípios de Girau do Ponciano, Campo Grande e Traipu foi possível identificar que a concessão de crédito consignado se realiza através de novos nexos entre o circuito superior (o banco), o superior marginal (as promotoras de crédito e os correspondentes, que são empresas terceirizadas) e o inferior (o agente de crédito, que representa a garantia dos lucros de uma parte considerável de bancos que vendem seus produtos sem possuir uma única agência no estado). Dessa forma, desvelou-se o acirramento da divisão do trabalho bancário e o processo de espoliação, centrado no aumento vertiginoso do consumo de dinheiro concomitante ao crescente endividamento. Esse processo denota a perpetuação do circuito inferior, tanto no que concerne ao consumo quanto à própria prestação do serviço, ou seja, a realização do trabalho. / The process of diversification of the Brazilian banking topology started in the 1990s with the Real Plan, was anchored in a privatization and denationalization policy of the financial entities which came to a head in 2003, by Resolution no. 3156, issued by the Central Bank of Brazil, allowing the use of corresponding services in the country by any financial institution. On one hand, such a measure was closely linked to the banking policy carried out by the Federal Government (which would make use of the matching network for the distribution of resources to segments of the population that historically lived on the margins of the traditional banking system) in the other, served as a lever to various financial institutions, especially small and medium banks devoid of a network of agencies, met in the corresponding a way to expand its capillarity. In this sense, the provision of banking services with different levels of capital, technology, work and organization express new relations of complementarity between the circuits (upper, upper marginal and lower) of the urban economy, while amending the role played by the bank that was previously solely responsible for the activities of the upper circuit. In this perspective, we sought in the present work, to understand the relationship between the banking system and the circuits of the urban economy in the process of empowerment of the financial sphere in Brazil, taking as an example the state of Alagoas. To do so, it was necessary an evaluation of topologies expressing banking network in Alagoas\' territory, considering the base material, financial products and provision of services. From field research in the counties of Girau Ponciano, Campo Grande and Traipu was possible to identify that the granting of payroll loans is done through new connections between the upper circuit (the bank), the upper marginal (promoters and credit correspondents, who are subcontractors) and the bottom (lower) (the loan officer, who is the guarantee of the profits of a considerable part of banks that sell their products without having a single agency in the state). Thus, was unveiled the intensification of the banking division of labor and dispossession process, centered on the rise of money consumption concomitant with increasing debt. This process denotes the perpetuation of the lower circuit, both as regards consumption as to provide the service itself, in other words, the work realization.
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Intervenções em centros urbanos e conflitos distributivos: modelos regulatórios, circuitos de valorização e estratégias discursivas / Urban redevelopments in central areas and distributive conflicts: regulatory frameworks, circuits of valorization and discursive strategies

Pereira, Alvaro Luís dos Santos 17 February 2016 (has links)
Este trabalho discute as transformações no modo de intervenção do Estado na produção do espaço urbano no capitalismo contemporâneo a partir de uma reflexão sobre as políticas de revitalização de centros urbanos e os conflitos de natureza distributiva relacionados a esses projetos. Situando-se no campo do direito econômico, o trabalho explora as relações entre a acumulação capitalista e os padrões de intervenção do Estado sobre o espaço urbano a partir de diferentes níveis de análise, articulando elementos teóricos, jurídico-institucionais e empíricos. O processo de reestruturação do capitalismo que se iniciou nos anos 1970 teve desdobramentos relevantes no campo da regulação urbanística, desencadeando mudanças que atingiram suas funções e formas, e que perpassam diversas escalas geográficas. A ordem social e econômica que se configurou no capitalismo contemporâneo, marcada pela difusão de uma agenda política neoliberal e pela emergência de um regime de acumulação com dominância financeira, tem seus desdobramentos específicos na escala das cidades. Nesse contexto, as políticas urbanas passaram a ser progressivamente norteadas por uma racionalidade pragmática e empresarial, fechando-se à influência de esferas democráticas e desviando-se da institucionalização de compromissos redistributivos. Essa mudança qualitativa é mediada por formas institucionais e arranjos regulatórios que não se limitam à escala urbana e ao direito urbanístico propriamente dito, perpassando normas que regulam o regime jurídico da propriedade imobiliária e suas conexões com a esfera financeira, os padrões de financiamento das políticas urbanas, entre outras. A partir de um estudo sobre o Projeto Porto Maravilha uma intervenção urbanística de grande porte, e amplamente conectada a fluxos econômicos globais, que está sendo implementada na cidade do Rio de Janeiro desde 2009 , desenvolvemos uma reflexão sobre alguns vetores de mudança no papel exercido pelo Estado nos processos de urbanização. Este trabalho apresenta duas hipóteses articuladas. A primeira é a de que os padrões de regulação urbanística que emergiram no capitalismo contemporâneo não são meros reflexos de transformações mais abrangentes, mas sim fatores constitutivos dessas mudanças. A segunda a é de que as políticas de revitalização de centros urbanos agem como vetores de aprofundamento das conexões entre dinâmicas locais e processos globais, e também como incubadoras de novos padrões de regulação urbanística. / This work discusses transformations in patterns of state intervention in the production of urban space in contemporary capitalism, based on reflection about policies of urban redevelopment in central areas and the redistributive struggles related to them. Departing from an economic law perspective, this work explores relations between capital accumulation and patterns of state intervention in urban space from different analytical levels; addressing theoretical, legal-institutional and empirical issues. The process of capitalist restructuring initiated in the 1970s has impacted upon urban regulation, leading to changes that have affected its form and function, and that permeate different geographical scales. The social and economic order that has emerged in contemporary capitalism, characterized by the spread of a neoliberal political agenda and by the rise of a financial led regime of accumulation, unfolds in specific manners at the urban scale. In this context, urban policies have been increasingly guided by a pragmatic and entrepreneurial rationale, turning away from the influence of democratic spheres and abandoning redistributive commitments. These qualitative changes are mediated by institutional forms and regulatory frameworks that are not confined to the urban scale and to urban regulations, comprising norms that regulate issues like property rights, the connection between real estate and finance, the fiscal basis of urban policies, amongst others. Based on a case study about Porto Maravilha a large scale urban redevelopment project broadly connected to global economic flows that is being implemented in the city of Rio de Janeiro since 2009 this work enquires into changes concerning the role the state within urban development processes. Two hypothesis are articulated . The first is that patterns of urban regulation arising in contemporary capitalism do not merely reflect broader changes, but are an active and constitutive dimension of them. The second is that urban redevelopment policies in central areas act as catalysts of deeper connections between local and global processes, as well as being incubators of new patterns of urban regulation.
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O estado brasileiro: transformações sob a égide da financeirização

Ferreira, Mariana Ribeiro Jansen 16 October 2007 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-26T20:48:49Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Mariana Ribeiro Jansen Ferreira.pdf: 879974 bytes, checksum: 4457704e62d31e82d8ec49c86fc76484 (MD5) Previous issue date: 2007-10-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The aim of this study is to analyze how the financial supremacy modified the way that the State acts in the Brazilian economy. With this purpose, initially is characterize the financial supremacy and understood how this is part of the own logic of the capital, using the Marxist concept, in which the financial capital is the most perfect form of the capital, apparently with the financial capital disengaged in relation with the productivity range. This way, the financial supremacy can be characterize by the own necessity of capital reproduction, that after strong accumulation in the decades of 60´s and 70´s demands new ways to reproduce itself. This stimulated a growing diversification of financial instruments, the emerging of new agents with the ability of concentrate capital, deregulation, liberalisation, and changes in the financial intermediation on the markets, besides the financial and commercial globalization. The Latin- American countries became part of this movement through the reception of capital flows, that were sent toward those countries considering the excess of international liquidity and the own necessity of reproduction of the capital, and form a huge public debt. This phase of capitalism produced deep changes in the National States action and in Latin America that was felt through the adoption of the neo-liberalism. In Brazil, those changes occurred together with the crises of the State that previously had a very strong participation in the economy and that could not deal with the priorities of the elite that were now align with the movements of the national and international financial capital. This way, it is analyze the adoption of the neoliberalism and the measures that came together with it as privatization, financial and commercial opening and the used of liberal economic policies. The financial supremacy of the economy deeply changed the State intervention previously more attached with productive gains and that now stand back from the direct intervention in the economic growth. Those changes can be clearly seen through the evolution of the State budget execution that previously spend a lot in investments and in activities connect with the national development, as in industry, services and commerce, energy, transport and during the 90´s and 00´s reduced the expenses on those and increase the expenses attached with the financial market, as the payment of interest and redemption of the public debt. Analyzing the budget execution through charges group or functions shows this same shift. This way, the financial supremacy guide on the beginning of this XXI century the priorities on expense and all sort of policies made by the Brazilian National State / Esse trabalho tem como objetivo analisar como a financeirização modificou a inserção do Estado brasileiro na economia. Com este intuito, busca-se primeiramente caracterizar a financeirização e compreender como esta faz parte da própria lógica do capital partindo da concepção marxista na qual o capital portador de juros se posta como a forma mais bem acabada do capital, com aparente desprendimento do capital financeiro com relação à esfera produtiva. Assim, a financeirização caracterizar-se-ia pela própria necessidade de reprodução do capital, que após forte acúmulo nas décadas de 1960 e 1970, demanda novas formas de reprodução. Isto impulsiona a crescente diversificação dos instrumentos financeiros, o surgimento de novos agentes capazes de concentrar capital, desregulamentação e desintermediação dos mercados, além da globalização financeira e comercial. Os países latino-americanos foram inseridos nesse movimento por meio do fluxo de capitais fornecidos justamente pela excessiva liquidez internacional à época e pela necessidade de reprodução desse capital e que gerou um forte endividamento público. Esta fase do capitalismo gerou profundas mudanças na forma de atuação dos Estados Nacionais, o que se fez sentir nos países latino-americanos por meio da adoção do neoliberalismo . No Brasil tal movimento ocorreu em meio à crise do Estado desenvolvimentista, que não poderia mais abarcar os interesses da classe dominante. Estes agora estão organizados em torno dos ganhos financeiros nacionais e mundiais. Assim, analisa-se a adoção do neoliberalismo e as medidas adotadas, tais como a abertura financeira e comercial, além da privatização e da adoção de políticas econômicas liberais todas as transformações criavam mecanismos para reprodução do capital financeiro. A financeirização da economia modificou plenamente a atuação do Estado, antes desenvolvimentista e atrelado a ganhos produtivos, que se afastou da intervenção direta no crescimento econômico. Tais mudanças tornam-se claras quando se analisa a evolução da execução orçamentária do Estado, que antes mostrava grandes gastos em investimento e em funções ligadas ao desenvolvimento tais como indústria, comércio e serviços, energia, transportes e ao longo das décadas de 1990 e 2000 vai paulatinamente reduzindo o dispêndio nesses e eleva os gastos atrelados ao setor financeiro, com pagamento de juros e amortização da dívida pública. Tanto a análise por meio dos grupos de despesa quanto por função mostram esse mesmo resultado. Tem-se, então, que a financeirização pauta nesse início de século XXI as prioridades nos gastos e em toda sorte de ações realizadas pelo Estado Nacional brasileiro
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Novos espaços e cotidiano desigual nas periferias da metrópole / New Spaces and Unequal Everyday Life on the Outskirts of the Metropolis.

Volochko, Danilo 27 February 2012 (has links)
A produção do espaço na urbanização contemporânea de São Paulo inclui como uma de suas faces a expansão dos negócios imobiliários em direção às periferias metropolitanas, a partir da produção de um espaço habitacional homogêneo-produtivo que expressa e realiza diversos processos. Entre eles, a atualização das estratégias dos capitais financeiros nacionais e internacionais ligados à sua reprodução no urbano, o que remete às tentativas, por parte do setor imobiliário, de superação de barreiras espaciais como a crescente raridade do espaço edificável nas regiões mais valorizadas, tomadas pela propriedade privada do solo. As contradições vindas do espaço disparam uma série de mecanismos postos a resolver tal situação. Procuro analisar, neste trabalho, o modo como as articulações entre uma financeirização imobiliária representada pela capitalização das maiores incorporadoras do país via aberturas de capital em bolsa de valores (Bovespa) e algumas políticas de governo sobretudo o Programa Minha Casa, Minha Vida buscam ampliar os espaços de reprodução capitalista, demandando a produção de novas espacialidades: os condomínios habitacionais fechados que passam a marcar a paisagem das periferias, onde o tecido urbano é fragmentado por terrenos mais ou menos grandes, até então desvalorizados. O Residencial Valle Verde Cotia empreendimento de grande porte localizado na cidade de Cotia (Região Metropolitana de São Paulo), destinado à moradia de quase 2.500 famílias pode situar estes processos, nos quais frações sociais compostas por famílias de rendas reduzidas que moravam de aluguel ou com parentes, em moradias muitas vezes autoconstruídas passam a ser capitalizadas pelos financiamentos imobiliários e empurradas para estes espaços. Neles, realiza-se uma metamorfose radical da casa, da rua, do bairro, das práticas espaciais e do habitar implicado no acesso a um espaço massificado, simétrico e repetitivo, edificado nos moldes ditos formais/legais, o que coloca estas famílias diante de um possível acesso à propriedade privada do solo. A discussão que se torna pertinente a partir daí se refere ao reconhecimento da reprodução das desigualdades sociais em novos patamares, um aumento da base social de reprodução capitalista, que se resolve na produção de um cotidiano desigual em novos espaços que se revelam, inclusive, em seu conjunto, como novas franjas de valorização/capitalização imobiliária nas periferias. Esse processo, ao mesmo tempo em que inclui alguns, certamente também espolia outros, os mais pobres entre os empobrecidos, que podem ser banidos para espaços cada vez mais distantes. E mesmo aqueles que por ventura efetivem a propriedade não estarão livres de uma possível perda de suas casas, pois seu endividamento futuro pode apontar esta situação. Observa-se, com isso, uma agudização da segregação socioespacial através de novas fragmentações e hierarquizações dos espaços metropolitanos periféricos. / The production of space in Sao Paulos present-day urbanization involves, as one of its aspects, the extension of property development to the metropolitan peripheries as an outcome of the construction of homogeneous and productive housing projects that express and materialize a host of different processes. Among these processes, it is worth mentioning the refinement of (domestic and foreign) finance capitals strategies linked with its reproduction in the city, especially concerning the attempts by the property sector at overcoming spatial barriers such as the lack of developable land in the citys upscale districts due to the existence of private property. The contradictions of space give rise to a range of mechanisms that work to solve this situation. I have attempted to analyze, in this research, the ways in which the intertwining between the financialization of real estate represented here by large developers raising capital by issuing stocks in the stock exchange (Bovespa) and government policies such as Minha Casa, Minha Vida housing program extend the spaces of capitalist reproduction, demanding the production of new spatialities: residential condominiums that have become part of the landscape in peripheral areas, where the urban fabric is fractured by fairly large vacant land plots up until recently largely devalued. Valle Verde Cotia a large development located in Cotia (Sao Paulo metropolitan area) sheltering almost 2500 families epitomizes the process by which social fractions composed primarily of low-income households (people that used to rent or live with relatives often in self-built houses) are integrated into the mortgage market and pushed to such places. In such housing developments, there is a radical metamorphosis of the home, of the street, of the neighborhood, and of spatial and housing practices that stems from the production of massive, symmetric and repetitive spatial forms within the parameters of formal/legal housing markets, thus opening up for these families the perspective of an eventual access to private property. In light of this, the appropriate point to be made here concerns the reproduction of social inequality on a whole new level, as well as the widening of the social foundations of capitalist reproduction. All this produces an unequal everyday life in new spaces that become, in their entirety, new fields for real estate profits on the outskirts of the metropolis. While this process certainly includes some people, it also dispossesses others chiefly the poorest among the poor, who may be displaced to ever more distant areas. And even those who by chance effect the property, will not be free of a possible loss of their homes because their future debt can point this. An intensification of socio-spatial segregation through fragmentations and hierarchizations of metropolitan peripheral spaces is an observable outcome these trends.
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Mercado imobiliário e verticalização de empreendimentos residenciais na produção da segregação socioespacial em Belém

CARDOSO, Welson de Sousa 12 June 2017 (has links)
Submitted by Hellen Luz (hellencrisluz@gmail.com) on 2018-01-16T19:27:58Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) TESE_MercadoImobiliarioVerticalizacao.pdf: 8709483 bytes, checksum: 38384203b8a5b0888db19a2d1b28be6a (MD5) / Approved for entry into archive by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2018-01-17T15:28:51Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) TESE_MercadoImobiliarioVerticalizacao.pdf: 8709483 bytes, checksum: 38384203b8a5b0888db19a2d1b28be6a (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-17T15:28:51Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) TESE_MercadoImobiliarioVerticalizacao.pdf: 8709483 bytes, checksum: 38384203b8a5b0888db19a2d1b28be6a (MD5) Previous issue date: 2017-06-12 / O objetivo geral desta pesquisa foi analisar os processos de expansão do mercado imobiliário com ênfase na verticalização em Belém e seus reflexos na (re)produção da segregação socioespacial, que se desdobrou nos seguintes objetivos específicos: Identificar os níveis de expansão do mercado imobiliário a partir de fatores sociais e econômicos determinantes de diferentes níveis de segregação socioespacial em Belém; Analisar a lógica do mercado imobiliário no município de Belém e a produção de processos segregativos e de desigualdades socioespaciais, com ênfase na (re)configuração da verticalização; Analisar a partir de indicadores socioespaciais, processos condicionantes da relação existente entre as tendências de verticalização imobiliária e o padrão de segregação urbana em Belém, contextualizando as particularidades sócio-históricas e econômicas da Amazônia determinantes desta relação. Para alcançar estes objetivos, optei por uma metodologia que possibilitasse desvendar o objeto com uma abordagem quantitativa, por meio de indicadores socioespaciais construídos a partir da elaboração de 4 (quatro) bases de dados, cujo cruzamento resultou na construção de 34 indicadores socioespaciais urbanos, demonstrativos do processo de verticalização e segregação socioespacial na cidade de Belém. A opção pela abordagem dialética se deu pela possibilidade de análise do objeto de investigação numa perspectiva metodológica de totalidade, fundamentada nas principais obras produzidas por cientistas sociais da Escola Sociológica Francesa, além da Sociologia Americana contemporânea, que desenvolvem estudos sobre a relação entre Estado e a urbanização capitalista, bem como, os autores contemporâneos brasileiros, que tomam como objeto de investigação a cidade e os processos de planejamento do desenvolvimento urbano e regional. A análise dos resultados da pesquisa apontam que a ocupação do espaço urbano em Belém pela verticalização aprofunda a segregação socioespacial, consequentemente, a apropriação desigual da terra urbana pelo capital em detrimento da classe trabalhadora, por fim, insere a habitação na lógica do capital financeiro. A ocorrência da relação entre a reprodução da segregação, a partir da verticalização, não só reforça a segregação, como induz o Estado a contribuir para seu aprofundamento, quando em diferentes espaços da cidade fomenta tendências de verticalização concentradas nos segmentos de alta renda, garantindo a oferta da infraestrutura urbana em áreas cobiçadas pelo mercado imobiliário. / The general objective of this research was to analyze the processes of expansion of the real estate market with an emphasis on verticalization in Belém and its repercussions on the (re) production of social and spatial segregation, which was developed in the following specific objectives: Identify the levels of expansion of the real estate market from Of social and economic factors determining different levels of socio-spatial segregation in Belém; Analyze the logic of the real estate market in the city of Belém and the production of segregative processes and socio-spatial inequalities, with emphasis on the (re) configuration of verticalization; Analyze from socio-spatial indicators, conditioning processes of the relationship between trends in real estate verticalization and the pattern of urban segregation in Belém, contextualizing the socio-historical and economic particularities of the Amazon, which determine this relationship. In order to achieve these objectives, I opted for a methodology that would allow the object to be unraveled with a quantitative approach, through socio-spatial indicators constructed from the elaboration of four (4) databases, whose intersection resulted in the construction of 34 urban socio-spatial indicative indicators of the process of verticalization and socio-spatial segregation in the city of Belém. The option for the dialectic approach was the possibility of analyzing the object of research in a methodological perspective of totality, based on the main works produced by social scientists of the French Sociological School, in addition to American Sociology Contemporary studies that develop studies on the relation between the State and capitalist urbanization, as well as contemporary Brazilian authors, who take as object of investigation the city and the processes of urban and regional development planning. The analysis of the research results point out that the occupation of the urban space in Belém by verticalization deepens the socio-spatial segregation, consequently, the unequal appropriation of the urban land by the capital in detriment of the working class, finally inserts the housing in the logic of the financial capital. The occurrence of the relationship between the reproduction of segregation from verticalization not only reinforces segregation, but also induces the State to contribute to its deepening, when in different spaces of the city it foments verticalization tendencies concentrated in the segments of high income, guaranteeing the Supply of urban infrastructure in areas coveted by the real estate market.
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A hegemonia do capital na rede de governança do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies)

Santos, Aline Veiga dos 14 December 2017 (has links)
Submitted by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2018-06-18T20:02:21Z No. of bitstreams: 1 AlineVeigadosSantosTese2017.pdf: 5589088 bytes, checksum: 4428412ad13146bc8fbc170390e2e0ff (MD5) / Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2018-06-18T20:03:25Z (GMT) No. of bitstreams: 1 AlineVeigadosSantosTese2017.pdf: 5589088 bytes, checksum: 4428412ad13146bc8fbc170390e2e0ff (MD5) / Made available in DSpace on 2018-06-18T20:03:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 AlineVeigadosSantosTese2017.pdf: 5589088 bytes, checksum: 4428412ad13146bc8fbc170390e2e0ff (MD5) Previous issue date: 2017-12-14 / This study has as object of research the Student Financing Fund (Fies), which is an educational policy with broad social dimension that aimed to promote the democratization of access and permanence in higher education by benefiting economically disadvantaged students. However, after its redesign in 2010, has developed as a marketing policy, which promotes the privatization and financialization of higher education, and consolidates the conglomerates. The investigation of the governance network of the Fies is embedded in a complex network of articulation and power between State (political society), and entrepreneurs of education (private hegemony apparatus). Given this scenario, demarcated by several actors that constitute the Expanded State, this study opted to place a magnifying glass over the node of Kroton network. Thus, the general objective was to investigate the contradictions generated by the correlation of forces between the State and private apparatus in the Fies governance network and Kroton articulations within this arena to maintain its hegemony as the largest conglomerate of higher education in the world. This is a critical-descriptive documentary research, based on Theory of Extended State and the Method of Analysis of Social Networks, using the technique of documentary analysis. The approach used was qualitative and quantitative. Regarding the treatment of documentary sources, the qualitative data were analyzed according to Critical Discourse Analysis, and the quantitative and financial data were analyzed in the light of Descriptive Statistics. In view of the extensive collection of information collected, it was used a resource to visualize the Fies governance network and weave the speeches of the Chamber and the Federal Senate. Gephi - free software - was used to graphically signal this network of relationships. Alceste - paid software, version 4.8/2012 - was used to analyze the speeches of the politicians and the networks actors invited to participate in the public hearings that debated the Fies. It was found that Kroton, from its modus operandi and the articulations of its representatives, became the largest beneficiary of Fies, followed by other educational companies. To a large extent, the exorbitant profit margins are closely related to the high number of students beneficiaries of Fies, since a significant portion of revenues derived from the payment of fees is guaranteed. In just three years, 2014, 2015 and 2016, the federal government transferred over R$ 6.8 billion to the institution. Kroton's Board of Directors is composed of former minister, former secretary of education, former federal deputy, former vice governor, and presidents and directors of main representative associations of the educational sector (ABMES, ANUP, CRUB, FERESP, SEMESP). Kroton, through its organic intellectuals, seeks to maintain a close relationship with the politicians that represent education entrepreneurs in the National Congress. The intention is to form networks of cooperation to preserve its hegemony over the whole of society. Therefore, its allies employ strategies to reach consensus, seeking the support of the population and the politicians to their political, economic and ideological project. Fies has been corroborating with the formation of oligopolies by passing on a large amount of resources to the institutions private-market. Fies is an extremely complex policy, which printed contradictory interests to their social character to maintain the hegemony of the private-sector market and give impetus to the financialization of education. / Este estudo tem como objeto de investigação o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), que é uma política educacional com ampla dimensão social, que visa promover a democratização do acesso e a permanência no ensino superior ao beneficiar estudantes desfavorecidos economicamente. No entanto, após seu redesenho em 2010, desenvolveu-se como política mercadológica, indutora da privatização e financeirização do ensino superior e consolidadora dos conglomerados. A investigação da rede de governança do Fies se insere em uma complexa teia de articulação e poder entre Estado (sociedade política) e empresariado (aparelhos privados de hegemonia). Diante desse cenário, demarcado por vários atores que constituem o Estado Ampliado, este estudo optou por colocar uma lupa sobre o nó da rede Kroton. Destarte, o objetivo geral foi investigar as contradições geradas pela correlação de forças entre o Estado e os aparelhos privados na rede de governança do Fies e as articulações da Kroton, dentro desta arena, para consolidar sua hegemonia como o maior conglomerado do ensino superior do mundo. Trata-se de uma pesquisa documental crítico-descritiva, que se fundamentou na Teoria do Estado Ampliado e no Método da Análise de Redes Sociais, com o emprego da técnica de análise documental. A abordagem empregada foi qualitativa e quantitativa. Quanto ao tratamento das fontes documentais, os dados qualitativos foram analisados por meio da Análise Crítica do Discurso e os dados quantitativos e financeiros foram analisados à luz da Estatística Descritiva. Diante do extenso conjunto de informações coletadas, buscou-se um recurso que permitisse visualizar a rede de governança do Fies e tecer os discursos proferidos na Câmara e no Senado Federal. O Gephi – software livre – foi utilizado para sinalizar graficamente essa teia de relações. O Alceste – software pago, versão 4.8/2012 – foi utilizado para analisar os discursos dos políticos e das redes de atores convidadas para participar das audiências públicas que debateram o Fies. Constatou-se que a Kroton, a partir do seu modus operandi e das articulações de seus representantes, tornou-se a maior beneficiária do Fies, seguida das demais companhias educacionais. Em grande medida, as margens de lucro exorbitantes guardam estreita relação com o elevado número de estudantes beneficiários do Fies, posto que parcela expressiva das receitas derivadas do pagamento das mensalidades fica garantida. Em apenas três anos, 2014, 2015 e 2016, o governo federal repassou mais de R$ 6,8 bilhões para a instituição. Na composição do Conselho de Administração da Kroton, encontram-se ex-ministro, ex-secretário de educação, ex-deputado federal, ex-vice-governador, presidentes e diretores das principais associações representativas do setor educacional (ABMES, ANUP, CRUB, FERESP, SEMESP). A Kroton, por intermédio de seus intelectuais orgânicos, busca manter uma relação estreita com a bancada que representa os empresários da educação no Congresso Nacional. O intuito é formar redes de cooperação para conservar sua hegemonia sobre o conjunto da sociedade. Para tanto, seus aliados empregam estratégias para alcançar consensos, buscando o apoio da população e dos governantes para o seu projeto político, econômico e ideológico. Observa-se que o Fies tem corroborado com a formação dos oligopólios ao repassar um elevado aporte de recursos para as instituições privado-mercantis. O Fies é uma política extremamente complexa, que imprimiu interesses contraditórios ao seu caráter social para manter a hegemonia do setor privado-mercantil e dar impulso à financeirização da educação.

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