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5-aminolevulinato e 4,5-dioxovalerato: metabólitos envolvidos nas manifestações neurológicas dos distúrbios porfirínicos / 5-Aminolevulinate and 4,5-dioxovalerate metabolites involved in the neurological manifestations of porphyrin disorders

Carlos Alberto Avellaneda Penatti 28 February 2003 (has links)
As porfirias, síndromes associadas a deficiências de atividade enzimática da biossíntese do grupo heme, presente em quase todas células do organismo, com maior atividade no fígado e medula óssea, agrupam-se em formas hereditárias ou primárias e secundárias ou químicas. No caso das primárias ocorre déficit da expressão de enzimas ou inibição da atividade de outras. A variação dos metabólitos acumulados é o que tange o polimorfismo clínico. Dentre as secundárias, destacam-se o saturnismo (intoxicação por chumbo) e a tirosinemia subaguda ou crônica (onde o acúmulo de succinilacetona, intermediário da degradação de tirosina, inibe a ALA desidratase, enzima biossintética do grupo heme). Nestas últimas e na porfiria aguda intermitente (PAI), de herança autossômica dominante do cromossomo 11q, além de outros intermediários menores, ocorre o acúmulo do ácido 5-aminolevulínico (ALA) no sangue e outros tecidos. O ALA é uma α-aminocetona passível de rápida enolização em pH fisiológico. Foi demonstrado que o enol formado sofre oxidação subsequente catalisada por complexos de ferro em pH fisiológico com formação de espécies reativas de oxigênio e ALA enoil radical. Este comportamento causa dano oxidativo em mitocôndria, lipossomos, DNA e proteínas. A formação do ânion superóxido (O2•-) no meio promove liberação de ferro do retículo endoplasmático e de ferritina e in vivo aumenta significantemente a concentração de ferro não-hemínico em fígado de rato. Vários estudos se seguiram para demonstrar que ALA acumulado nos distúrbios porfirínicos sofreria oxidação a partir do enol, tendo como produto final o ácido 4,5-dioxovalérico (DOVA), e este comportamento seria o responsável pelas alterações neurobioquímicas encontradas: aumento da captação de cálcio em sinaptosomas, elevação de ferro total cortical e estriatal seguido por elevação secundária de ferritina, aumento da atividade CuZnSOD (cobre-zinco superóxido dismutase), bem como proteínas oxidadas e produtos de lipoperóxidos nos homogenatos totais de córtex de rato. In vitro, estes efeitos foram todos inibidos por agentes antioxidantes, químicos ou enzimáticos. As evidências neuroquímicas clássicas para as manifestações neuropsiquiátricas supostamente promovidas pelo ALA apoiavam-se na similaridade estrutural ALA/GABA, proposta por Brennan e Cantrill em 1979. Nosso estudo modelo, utilizando membranas sinápticas, evidenciou através de ensaios de radioligação com 3H-muscimol na presença de 10 mM de ALA ou após tratamento crônico com 40 mg/kg em ratos, alteração do Kd (constante de dissociação do complexo receptor-ligante), mas sem mudança no \"pool\" total de receptores. Outro aspecto não esclarecido era se o DOVA afetaria o sistema GABAérgico, não pelo mecanismo oxidativo, mas através de um antagonismo farmacológico (similaridade estrutural com o GABA) ou através de sua reatividade ao formar adutos cíclicos com proteínas similar ao que acontece nos AGEs (\"Advanced Glication End Products\"). Nesta dissertação estudamos o mecanismo de captação de cálcio por sinaptosomas influenciada por ALA e DOVA. São discutidos os resultados dos ensaios de radioligação com 3H-muscimol na verificação do efeito de DOVA nos sítios GABAérgicos também em sinaptosomas corticais de ratos. Os estudos usando cultura de células transformadas de linhagem neuronal WERI (derivadas de retinoblastoma humano com mutação no gene rb) foram conduzidos para avaliar a citotoxicidade ao ALA e DOVA, bem como extender a análise da via GABAérgica, envolvida na fisiopatologia dos efeitos citados. Nossos resultados demonstram o efeito de ALA, metabolito intermediário acumulado nas porfirias, em particular na PAI e saturnismo, como espécie pro-oxidante nociva ao sistema sinaptosomal. Seu efeito é mediado pela quebra na homeostade do cálcio desencadeando colapso energético mitocondrial, cujo efeito tem reversão parcial com o uso de antioxidantes e bloqueadores de canal de cálcio. Já o DOVA tem demonstrado seu efeito principalmente comprometendo a vitalidade celular não relacionada à homeostase do cálcio, mas com envolvimento do sistema GABAérgico de receptores ligados ao canal de cloreto. Tal efeito parece estar relacionado com a alteração do \"pool\" total de receptores celulares e sua citolocalização. / Abstract not available.
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Baixa produtividade em fêmeas suínas relacionada a perdas corporais na lactação / Low productivity of sows related to body weight loss during lactation

Mellagi, Ana Paula Gonçalves January 2011 (has links)
O objetivo do trabalho foi relacionar a baixa produtividade com perdas corporais lactacionais, caracterizando o perfil das fêmeas propensas ao risco, estudar detalhadamente este grupo de fêmeas e avaliar possíveis alternativas para minimizar os efeitos do catabolismo. O primeiro experimento analisou fêmeas de diferentes ordens de parto (OP) e perda de peso na lactação. Houve efeito da interação entre ordem de parto e perda de peso na taxa de parto das fêmeas (P<0,05) em fêmeas OP1 e OP2. Não houve interação da classe de OP com classe de perda de peso (P>0,05) para IDE e total de leitões nascidos. Fêmeas OP1 apresentaram IDE mais longo e menor tamanho da leitegada no parto subsequente (P<0,05) em comparação às fêmeas OP2 e OP3-5. As perdas corporais na lactação não afetaram o IDE (P>0,05), mas reduziram o tamanho da leitegada do parto seguinte (P<0,05). Os resultados sugerem que as fêmeas mais jovens são mais sensíveis ao catabolismo, afetando o desempenho reprodutivo após o desmame. Além disso, perdas corporais lactacionais reduzem o tamanho da leitegada subsequente. O segundo experimento estudou o efeito do peso ao parto (PP) e consumo energético em relação à mantença (CEM) na lactação de fêmeas OP1 e OP2 no desempenho reprodutivo. O baixo CEM afetou as perdas corporais em ambas as OP (P<0,05). O peso ao parto não afetou o consumo alimentar em fêmeas OP1, mas influenciou a ingestão de OP2. A concentração sérica de NEFA foi influenciada pelo CEM em OP1 e OP2. Alto CEM de OP1 implicou em aumento de ureia. Em OP1, o tamanho da leitegada não foi afetado pelo PP ou CEM, mas foi reduzida em OP2 com baixo PP ou CEM. O terceiro trabalho investigou o efeito de atrasar o primeiro serviço de OP1 após o desmame com tratamento com altrenogest (ALT) ou cobertura do segundo estro após o desmame (SKIP), comparado à inseminação no primeiro estro (CON). A restrição alimentar de 60% na última semana de lactação induziu uma perda média de peso corporal de 17kg. Quanto maior foi o intervalo desmame-serviço, maior foi a recuperação do peso à inseminação. O grupo ALT foi mais síncrono na entrada ao estro após a retirada do produto. A taxa de prenhez foi maior no SKIP e CON. ALT teve maior peso de corpora lutea e níveis de progesterona até 120h pós-ovulação. Não foi observada diferenças na taxa de ovulação, embriões viáveis, sobrevivência embrionária, tamanho dos embriões ou volume de fluido placentário. Dependendo do sistema de produção, estas estratégias podem trazer benefícios econômicos, quando aplicadas com critério em fêmeas com maior risco à baixa produtividade, uma vez que custo deve ser considerado. / The aim of this work was to relate low productivity to lactational weight loss, identifying the profile of females with more risk, study in details this cohort of sows and evaluate possible alternatives to minimize the effects of catabolism. The first trial evaluated females of different parity order (PO) and weight loss during lactation. There was interaction effect between parity order and weight loss on farrow rate (P<0.05) in PO1 and PO2 females. There was no interaction between PO and weight loss class (P>0.05) on WEI and subsequent total born. PO1 females presented longer WEI and lower litter size on subsequent farrowing compared to PO2 and PO3-5 females. Weight loss did not affect WEI (P>0.05), but it was related to a decrease of litter size in the subsequent farrowing (P<0.05). Results suggest young females are more sensitive to catabolism, affecting reproductive performance post weaning. The second experiment studied the effect of body weight at farrowing (BWF) and energy intake related to maintenance (MEIM) during lactation on subsequent reproductive performance of PO1 and PO2 sows. Low MEIM affected body weight loss in both PO (P<0.05). BWF did not affect energy intake in PO1 sows but influenced the consumption in PO2 sows. Serum NEFA concentration was influenced by MEIM in PO1 and PO2 sows. High MEIM PO1 sows showed higher urea concentration. In PO1, litter size was not affected by BWF or MEIM but was reduced in PO2 with Low BWF or MEIM. Third trial investigated the effect of delayed breeding in weaned PO1 sows with altrenogest treatment (ALT) or breeding at second estrus after weaning (SKIP), compared to breeding at first estrus after weaning (CON). Feed restriction at 60% during last week of lactation induced 17kg of body weight loss. The longer weaning to service interval resulted in greater recover of body weight at breeding. ALT group was more synchronized in estrus after altrenogest withdrawal. Pregnancy rate was greater in SKIP and CON. ALT had higher corpora lutea weight and progesterone levels at 120h post-ovulation. No differences in ovulation rate, live embryos, embryo survival, embryo size, or placental fluid volume were detected. Depending on the production system, these strategies may offer economic benefits, when carefully applied in a cohort of females with more risk to low productivity, since costs must be considered.
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Avaliação da neuropatia autonômica urêmica em pacientes em hemodiálise e em tratamento conservador através da análise da variabilidade da frequência cardíaca

Pribbernow, Suzane Cristina Milech January 2001 (has links)
Introdução: A variabilidade da freqüência cardíaca (VFC) é um marcador da modulação autonômica cardíaca e tem sido empregada para avaliação da neuropatia autonômica urêmica. A redução da VFC em pacientes com insuficiência renal crônica foi descrita em alguns estudos. Existem, entretanto, poucos relatos sobre a utilização da VFC para avaliação comparativa da neuropatia autonômica urêmica entre pacientes em hemodiálise (HD) e em tratamento conservador (TC). Também não está definida qual a influência da anemia sobre a VFC nesses pacientes. Objetivos: Avaliar as diferenças na análise da VFC no domínio do tempo entre pacientes em HD e em TC e avaliar a influência da anemia sobre a VFC. Métodos. Quinze pacientes em HD há mais de três meses e quinze pacientes com DCE abaixo de 30 ml/min foram submetidos ao registro eletrocardiográfico (ECG) de 24 horas, mantendo suas atividades habituais. Foram excluídos pacientes com diabete melito, cardiopatia ou outras patologias que afetam o sistema nervoso autônomo. HAS não foi critério de exclusão. As medicações usadas pelos pacientes foram mantidas. A partir do ECG de 24 horas foram calculados os seguintes índices: média dos intervalos RR normais (RRmed), desvio padrão de todos os intervalos RR normais (SDNN), raiz quadrada da média das diferenças sucessivas entre intervalos RR normais adjacentes (RMSSD) e percentagem das diferenças sucessivas entre os intervalos RR adjacentes normais que excedam 50ms (PNN50). Os testes Q2 e exato de Fisher foram usados para análise das variáveis categóricas e o teste t de Student para as variáveis quantitativas. O teste de correlação de Pearson e a análise de covariância foram utilizados para verificar a relação entre as variáveis. Resultados. Os grupos não diferiram quanto à distribuição de sexo e idade entre os pacientes. Os valores de hematócrito (respectivamente HD e TC: 26,33 ± 4,20 x 32,27 ± 4,39) e hemoglobina (8,41 ± 1,36 x 10,39 ± 1,69) foram significativamente diferentes entre os grupos (p = 0,001 e p = 0,002). O uso de betabloqueador foi mais freqüente no grupo TC (p = 0,02). Não havia diferença significativa entre os grupos quanto aos demais anti-hipertensivos. O índice PNN50 não tinha distribuição normal e foi analisado após transformação logarítmica. Os valores de RRmed (706,36 ± 91,43 ms x 822,67 ± 108,80 ms; p = 0,004), SDNN (93,12 ± 26,54 ms x 118,38 ± 32,97 ms; p = 0,028), RMSSD (13,79 ± 4,17 ms x 20,38 ± 7,82 ms; p = 0,008) e lnPNN50 (0,40 ± 1,38 x 1,60 ± 1,08; p = 0,013) foram significativamente menores nos pacientes em HD. A análise de covariância demonstrou que os valores de hematócrito e hemoglobina influenciaram significativamente os índices RRmed e SDNN, mas não os índices RMSSD e lnPNN50, os quais são índices vagais puros. O uso de betabloqueador teve influência significativa apenas sobre o índice RRmed. Conclusão. Os pacientes em hemodiálise apresentam redução da variabilidade da freqüência cardíaca quando comparados aos pacientes em tratamento conservador. A anemia determina redução da variabilidade da freqüência cardíaca medida pelos índices no domínio do tempo RRmed e SDNN, mas não tem influência significativa sobre os índices RMSSD e PNN50.
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Efeitos da dieta à base de proteína isolada de soja na doença coronariana isquêmica

Hagen, Martine Elisabeth Kienzle January 2006 (has links)
Recentes estudos têm vinculado a ingestão de dietas à base de proteína de soja com a redução de fatores de risco para doenças cardiovasculares. Esse efeito vem sendo diretamente relacionado às isoflavonas da soja, encontradas principalmente sob as formas genisteína, daidzeína e gliciteína. Um dos objetivos deste estudo foi analisar o conteúdo de isoflavonas em dois produtos derivados da soja e sua ef icácia como antioxidantes in vitro e investigamos, também, o efeito in vivo do tratamento com dieta à base de proteína de soja, durante 9 semanas, em ratos submetidos ao modelo animal de infarto do miocárdio. O conteúdo de isoflavonas foi analisado no gérmen de soja (GS) e na proteína isolada de soja (PIS) através de HPLC. A qualidade e a quantidade de antioxidantes presentes nas amostras foram quantif icadas pelos métodos de reatividade antioxidante total (TAR) e de capacidade antioxidante total (TRAP). Foi analisado o poder antioxidante do GS e da PIS medindo-se o percentual de inibição da lipoperoxidação (LPO) pelo método de TBA-RS em homogeneizado de fígado de ratos submetidos a um sistema gerador de radicais livres in vitro. Identif icamos que o GS apresentou 9 vezes mais quantidade de daidzina do que a PIS que, por sua vez, apresentou 4,5 vezes mais quantidade de genisteína do que o GS. O GS mostrou reatividade antioxidante total três vezes maior do que a PIS, mas ambos os produtos apresentaram os mesmos níveis de antioxidantes. Os dois produtos inibiram a LPO na mesma proporção (81% e 79%, para GS e PIS, respectivamente). Na investigação in vivo, foram utilizados ratos Wistar machos que receberam água e dieta contendo PIS ou caseína (17% de proteína) ad libitum , a partir da 3ª semana até a 12ª semana de vida, subdivididos em 6 grupos: Caseína Controle: submetidos à cirurgia f ictícia de infarto do miocárdio, alimentados com dieta à base de caseína. Caseína Infarto<25%: submetidos ao modelo animal de infarto do miocárdio, com área de infarto inferior a 25%, alimentados com dieta à base de caseína. Caseína Infarto>25%: submetidos ao modelo animal de infarto do miocárdio, com área de infarto superior a 25%, alimentados com dieta à base de caseína. Soja Controle: submetidos à cirurgia f ictícia de infarto do miocárdio, alimentados com dieta à base de PIS. Soja Infarto<25%: submetidos ao modelo animal de infarto do miocárdio, com área de infarto inferior a 25%, alimentados com dieta à base de PIS. Soja Infarto>25%: submetidos ao modelo animal de infarto do miocárdio, com área de infarto superior a 25%, alimentados com dieta à base de PIS. A cirurgia de infarto foi realizada na quinta semana de tratamento e, quatro semanas após a cirurgia, os animais foram submetidos ao cateterismo cardíaco para avaliação hemodinâmica da pressão sistólica do ventrículo esquerdo (PSVE), pressão diastólica f inal do ventrículo esquerdo (PDFVE), índices de contratilidade e relaxamento (+dP/dt) e a pressão aórtica média (PAM). Imediatamente após a avaliação hemodinâmica, os animais foram sacrif icados por decapitação, o coração foi extraído e determinada a área de infarto. O fígado, os pulmões e o tecido adiposo abdominal (gordura perirrenal, epididimal e mesentérica) e tecido adiposo marrom (da região interescapular) foram dissecados e pesados e o nível de congestão hepática e pulmonar determinado. Foram coletadas amostras de sangue para a realização das medidas de concentração plasmática de nitritos e nitratos, e em eritrócitos foram feitas medidas de lipoperoxidação (LPO) e de enzimas antioxidantes: catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPx). Em homogeneizado de músculo cardíaco, foram realizadas as técnicas de determinação da quimiluminescência (QL), da concentração de carbonilas e da atividade das enzimas: CAT, SOD e GPx. Os animais infartados alimentados com caseína apresentaram hipertrof ia cardíaca, congestão hepática e pulmonar, aumento da PDFVE e da –dP/dt, diminuição da PSVE, +dP/dt e da PAM, sinais típicos de Insuf iciência Cardíaca (IC). A dieta à base de PIS foi capaz de prevenir a congestão pulmonar nos dois grupos infartados e prevenir a congestão hepática no grupo SI<25%, melhorar a função ventricular sistólica e diastólica e diminuir o estresse oxidativo cardíaco e sistêmico dos ratos infartados. A disfunção ventricular foi correlacionada com o aumento do dano oxidativo no miocárdio como mostram os resultados de QL e de concentração de carbonilas (aumento de 3 e 10 vezes, respectivamente) nos grupos infartados. Verif icamos que os ratos alimentados com PIS apresentaram maior atividade das enzimas antioxidantes no miocárdio do que os animais alimentados com caseína, a SOD aumentou 72% e a CAT e a GPx em 24% e a QL diminuiu. No plasma, a alimentação à base de PIS aumentou os níveis de nitritos e nitratos e, em eritrócitos, aumentou a atividade das enzimas antioxidantes quando comparada à alimentação à base de caseína. Este trabalho demonstra, pela primeira vez, uma melhora da função ventricular pós-infarto do miocárdio, evitando a progressão ao estágio de IC severa, pela administração dietética de PIS de forma preventiva.
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Investigação da hiperinsuflação pulmonar dinâmica durante o exercício e sua relação com a força dos músculos inspiratórios em pacientes com hipertensão arterial pulmonar

Gazzana, Marcelo Basso January 2015 (has links)
Introdução: A redução da capacidade inspiratória (CI) induzida pelo exercício observada em alguns pacientes com hipertensão arterial pulmonar (HAP) poderia potencialmente ser influenciada por disfunção muscular respiratória. Objetivos: Investigar se há alguma relação entre CI e força muscular respiratória antes e após o exercício máximo e estudar o papel da pressão muscular respiratória e da CI na dispneia e na capacidade de exercício em pacientes com HAP. Métodos: 27 pacientes com HAP e 12 controles saudáveis pareados foram comparados. Todos os participantes foram submetidos a teste de exercício cardiopulmonar (TECP) com determinação seriada da CI. As pressões inspiratória e expiratória máximas (PImáx e PEmáx, respectivamente) foram medidas antes, no pico e após o exercício. Resultados: Os pacientes tiveram menor volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), capacidade vital forçada (CVF) (com relação VEF1/CVF semelhante) e capacidade aeróbia máxima e maior dispneia no exercício. A PImáx e a PEmáx foram significativamente menores nos pacientes com HAP que nos controles. Entretanto, a variação pós exercício em relação ao repouso não foi significativamente diferente nos dois grupos. Os pacientes apresentaram redução significativa da CI do repouso ao pico do exercício em comparação aos controles. 17/27 pacientes (63%) apresentaram redução da CI durante o exercício. Considerando-se apenas os pacientes, não houve associação entre CI e PImáx ou PEmáx (pré, pós exercício ou mudança do repouso). Comparando-se os pacientes com e sem redução da CI, não houve diferença na proporção de pacientes que apresentaram redução da PImáx (41 vs 44%) ou da PEmáx (76 vs 89%) após o exercício. Da mesma forma, nenhuma diferença na PImáx ou PEmáx foi observada no exercício comparando estes subgrupos. Conclusões: Em resumo, a força muscular respiratória foi significativamente menor em pacientes com HAP em comparação com controles e uma proporção significativa de pacientes com HAP apresentaram redução da CI durante o exercício. No entanto, não foram observadas associações entre CI e alterações de força muscular respiratória com o exercício, sugerindo que ocorra verdadeira hiperinsuflação dinâmica. Além disso, o único parâmetro relacionado com a dispneia induzida pelo exercício foi a CI no repouso e com capacidade aeróbia no pico foi a magnitude da redução da PEmáx após o exercício. / Rationale: The exercise induced inspiratory capacity (IC) reduction observed in some patients with pulmonary arterial hypertension (PAH) could potentially be influenced by respiratory muscle dysfunction. Aims: To investigate if there is any relationship between IC and respiratory muscle strength before and after maximal exercise and to study the contribution of respiratory muscle pressure and IC in exercise dyspnea and capacity in PAH patients. Methods: 27 patients with PAH and 12 healthy matched controls were compared. All participants underwent cardiopulmonary exercise test (CPET) with serial IC measurements. Inspiratory and expiratory maximal mouth pressure (PImax and PEmax, respectively) were measured before and at peak/post exercise. Results: Patients had lower forced expiratory volume in 1 s (FEV1), forced vital capacity (FVC) (with similar FEV1/FVC ratio) and peak aerobic capacity and higher exercise dyspnea. PImax and PEmax were significantly lower in PAH patients compared to controls. However, post exercise variations from rest were not significant different in either group. Patients presented significant rest-to-peak reduction in IC compared to controls. 17/27 patients (63%) exhibited IC reduction during exercise. Considering only patients, there was no association between IC and PImax or PEmax (pre, post exercise or change from rest). Comparing patients with and without IC reduction, there was no difference in the proportion of patients presenting inspiratory (41 vs 44%) or expiratory (76 vs 89%) pressure reduction after exercise, respectively. In the same way, no difference in both inspiratory and expiratory respiratory pressure change with exercise was observed comparing these subgroups. Conclusions: In summary, respiratory muscle strength was significantly lower in PAH patients compared to controls and a significant proportion of PAH presented IC reduction during exercise. Nonetheless, no associations between IC and respiratory muscle strength changes with exercise were observed, suggesting a true dynamic lung hyperinflation. Additionally, the only parameter associated with exercise induced dyspnea was resting IC and with peak aerobic capacity was the magnitude of PEmax reduction after exercise.
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Modulação da hipertensão pulmonar induzida por monocrotalina através da administraçao de suco de uva e vinho tinto

Lopes, Gilberti Helena Hübscher January 2005 (has links)
Foram realizados estudos in vitro para verificar a presença de componentes fenólicos, capacidade antioxidante total (TRAP) e a reatividade antioxidante total do suco de uva e vinho tinto. Também foi verificada a propriedade destas bebidas de inibir a produção de ânion superóxido (O2 •-) pela xantina oxidase in vitro. Estes estudos comprovaram que o vinho tinto apresenta maior quantidade (TRAP) e qualidade (TAR) de antioxidantes em relação ao suco, assim como maior porcentagem de inibição de produção de O2 •-. Em conseqüência, foi realizado um estudo in vivo, utilizando um modelo de insuficiência cardíaca direita (ICD) através da administração de monocrotalina (MCT) na dose de 60mg/kg. Foram utilizados ratos machos Wistar, onde foram investigados os efeitos da administração do suco de uva preta e vinho tinto Cabernet Franc durante 45 dias. Foram avaliados parâmetros morfométricos através da hipertrofia cardíaca direita, esquerda e nível de congestão hepática e pulmonar, parâmetros hemodinâmicos do VD medindo a pressão intraventricular sistólica direita (PSVD), diastólica final ventricular direita (PDFVD) e as respectivas derivadas (+dP/dt e –dP/dt). Seis grupos experimentais foram estabelecidos: Controle (GC), Insuficiente (GI), Vinho (GV), Vinho insuficiente (GVI), Suco (GS) e Suco insuficiente (GSI). As bebidas foram administradas por sonda intragástrica, na quantidade de 20 mL.kg–1.dia–1 de suco e água, e o vinho na concentração de 15 mL.kg–1 .dia–1. Os animais aos quais foi administrado vinho, iniciaram o tratamento com suco desde o desmame até 49 dias de idade, devido à bebida ser isenta de álcool, e somente em idade mais avançada (aos 50 dias de vida) se introduziu o vinho. Os grupos GC e GI receberam água nas mesmas condições durante o protocolo experimental.
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Desempenho reprodutivo de fêmeas suínas após a inseminação artificial intra-uterina ou tradicional

Dallanora, Djane January 2004 (has links)
O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho reprodutivo de fêmeas suínas inseminadas com a técnica intra-uterina (IAU) ou tradicional (IAT), considerando o refluxo de sêmen após a IA, as taxas de retorno ao estro e de parto, além do número de leitões nascidos. As fêmeas do grupo IAU foram inseminadas com doses de 1,5 bilhão de espermatozóides em 60 ml de volume e as do grupo IAT com 3 bilhões em 90 ml. A passagem do cateter de IAU através da cérvix foi possível em 97,4% das fêmeas. Houve presença de sangue no cateter, após a realização da IAU, em 9,5% das fêmeas em pelo menos uma das inseminações, e estas apresentaram retorno ao estro superior ao das fêmeas sem sangramento (P<0,05). Foi coletado o refluxo no momento e até duas horas após a inseminação. Apesar do percentual de volume refluído ter sido maior (P<0,05) na IAU (75,4%) do que na IAT (62,7%), o percentual de espermatozóides presentes no refluxo foi semelhante (22,7 e 23,0%, respectivamente). Foi realizado diagnóstico de retorno ao estro a partir do 18º dia e diagnóstico de gestação por ultra-sonografia transcutânea entre o 21º e 23º dias após a inseminação. Não houve diferença (P>0,05) nas taxas de retorno ao estro (3,6% e 4,3%), de prenhez aos 21-23 dias (99,5% e 97,2%), de parto ajustada (94,9% e 94,4%) e no tamanho da leitegada (11,6 e 11,8 leitões) entre IAU e IAT, respectivamente. Independentemente do número de espermatozóides da dose inseminante, a perda por refluxo, superior ou inferior a 20% do total infundido, não influenciou a taxa de parto e o número de leitões nascidos. O desempenho reprodutivo de fêmeas suínas de ordem de parto dois a quatro, inseminadas pela técnica intra-uterina, com doses de 1,5 bilhão de espermatozóides, foi semelhante àquele observado com a inseminação tradicional cervical com doses de 3 bilhões de espermatozóides.
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Alterações dermatológicas em pacientes transplantados pediátricos

Manzoni, Ana Paula Dornelles da Silva January 2005 (has links)
Com o advento dos transplantes surgiu um novo grupo de doenças. Em especial na Dermatologia, além do comportamento atípico de dermatoses já conhecidas, doenças próprias dos transplantes estão sendo estudadas. A população pediátrica vem sendo tratada como uma extensão da população adulta, mas é necessário esclarecer as peculiaridades desta faixa etária. Foi realizado um estudo de coorte prospectivo incluindo pacientes de ambos os sexos com idade até 17 anos que realizaram transplante renal, hepático, ou de medula óssea durante o ano de 2003 em Porto Alegre/Brasil. Foram realizados exames dermatológicos periódicos até o 6º mês após o procedimento e a sua análise foi descrita através da Densidade de Incidência (DI = nº de alterações dermatológicas / nº pacientes-mês X 100). Foram examinados 39 pacientes: 20 transplantes renais, 11 de medula óssea (10 autólogos e 1 alogênico) e 8 hepáticos. As principais alterações dermatológicas foram decorrentes do uso de fármacos (DI=87,18). Individualmente, o transplante renal também apresentou maior densidade de incidência nas alterações por fármacos (DI=104,06); já o transplante de medula óssea nas alterações dos anexos cutâneos (DI=85,37) e o transplante hepático nas alterações vasculares (DI=94,93). Concluiu-se que as alterações dermatológicas em pacientes transplantados pediátricos são freqüentes e com características próprias, tanto quanto ao aspecto clínico como em relação à época de surgimento. Estratégias próprias para esta faixa etária são necessárias para diminuir as co-morbidades e garantir a qualidade de vida das crianças transplantadas, principalmente considerando seu maior tempo de sobrevida.
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Striae distensae : estudo clinico e da expressão de receptores de estrogeno, androgeno e glicocorticoide por Western blot / Striae distensae : clinical study and estrogen, androgen and glicocorticoid expression by Western blot

Cordeiro, Raquel Cristina Tancsik 13 August 2018 (has links)
Orientador: Aparecida Machado de Moraes / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-13T11:25:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Cordeiro_RaquelCristinaTancsik_D.pdf: 1883576 bytes, checksum: c00bc86b625d6d904784f53f3f6041e6 (MD5) Previous issue date: 2009 / Resumo: A estria atrófica cutânea ou striae distensae (SD) é uma afecção muito comum, sendo causa freqüente de procura por consultas dermatológicas. Ainda que não representem qualquer risco à saúde física, produzem impacto emocional e induzem busca por tratamentos trabalhosos, caros e dolorosos e, com freqüência, inadequados. Além disso, o surgimento de striae distensae pode refletir alteração do tecido conjuntivo e indicar condições patológicas locais e sistêmicas. Alguns autores descrevem as estrias cutâneas como uma condição de estiramento ou distensão da pele, com perda ou ruptura das fibras elásticas na região acometida. Entretanto, vários autores observam que as estrias não surgem com frequência sobre a pele acima de tumores abdominais, ascites, hemorragias extensas ou grandes hérnias. Atualmente admite-se que sua etiopatogenia é multifatorial, englobando aspectos mecânicos, bioquímicos e genéticos. No entanto, considerando-se a multiplicidade de fatores envolvidos, a literatura é divergente e inconclusiva. Portanto, através do estudo de fatores clínicos associados às SD e dos receptores hormonais (estrógeno, andrógeno e glicocorticóide), pretendeu-se entender melhor a participação dos hormônios na fisiopatogênese das estrias. Para o estudo clínico foram selecionados pacientes com queixa de estrias cutâneas e a comparação foi feita com grupo controle de número semelhante, atendido aleatoriamente por outras queixas no Ambulatório Geral de Dermatologia do HC, FCM/UNICAMP. O estudo da expressão dos receptores hormonais foi realizado por Western blot em oito amostras de pele de estrias recentes, com menos de um ano de evolução, comparando com a avaliação de pele sem lesão de região palpebral de oito pacientes que se submenteram a blefaroplastia. Observou-se que fatores como adolescência, gestação e obesidade estão significativamente relacionados ao surgimento das SD. Constatou-se ainda que a idade materna jovem e o ganho ponderal durante a gestação são importantes fatores associados ao desenvolvimento das lesões. Além disso, a localização das lesões correlaciona-se ao fator causador das estrias. Em relação ao estudo dos receptores hormonais, observou-se que na SD recentes há duas vezes mais expressão de receptores de estrógeno e 1,7 vezes mais expressão receptores de andrógeno e glicocorticóide. Alguns autores interpretam SD como cicatrizes. Após influência hormonal, haveria uma reação inflamatória inicial que determinaria a destruição de fibras elásticas e colágenas. O processo seria seguido de regeneração das fibras, um fenômeno de remodelação dinâmica,ou seja, um balanço entre síntese de colágeno e sua quebra, o qual reestrutura o tecido para acomodar as forças que agem sobre ele, resultando na formação das SD. O balanço entre a expressão de receptores de estrógeno, andrógeno e glicocorticóide poderia induzir as modificações específicas da matriz extracelular, o que levaria a esse fenômeno de remodelação. Em concordância com outros estudos, observamos que as estrias surgem em situação de grande modificação sistêmica, como adolescência e gestação. Através das observações morfológicas e moleculares, nota-se que as SD estão correlacionadas com intensas alterações do tecido conectivo. Os resultados mostram-se relevantes e representam mais um passo na compreensão do mecanismo fisiopatológico da estrias cutâneas e abrem espaço para novas linhas de pesquisa, relacionadas às SD e a outras alterações do tecido conectivo. / Abstract: Stretch marks or striae distensae (SD) are a very common condition which often results in persons searching dermatological treatment. While not presenting any risk to one's physical health, the emotional impact often induces those so affected to demand medical treatments, which are often laborious, expensive and painful, and frequently ineffective. Beyond this, the appearance of SD may indicate other alterations in conjunctive tissues, including both local and systemic pathologies. Some authors described cutaneous strias as a condition of stretching or distension of the skin which results in the loss or rupture of elastic fibers in the affected areas. However, many authors have also observed that SD do not occur frequently associated with abdominal tumors, ascites, extensive hemorrhages or large hernias. Current medical opinion is that its etiopathogenesis is multifactored, englobing mechanical, biochemical and genetic aspects. Nevertheless, in view of the multiplicity of the factors involved, the literature is divergent and inconclusive. This study was proposed to look for better understanding of the role played by hormones in the physiopathology of SD studying clinical factors associated with SD and hormone receptors (estrogen, androgen and glycocorticoid). Patients complaining of SD were selected for inclusion in this clinical study, and comparisons were made with a control group of a similar number of persons who had been treated for other medical conditions at the General Ambulatory Dermatology Care Facility at HC, FCM/UNICAMP. The expression of hormone receptors was undertaken of the Western Blot testing of recent skin striations, in comparison with lesion-free skin taken from the eyelids of patients who had undergone blepharoplasty. The study revealed that factors such as adolescence, pregnancy and obesity are significantly related to the appearance of SD. It was further established that age (the younger the gravid, the greater the possibility of SD) and significant weight gain during pregnancy are important factors associated with the development of SD lesions. In addition, there was a positive correlation with the location of the lesions. In relation to the study of hormone receptors, it was observed that recently-formed SD have two times more expression of estrogen receptors, and 1,7 times more expression of androgen and glycocorticoid receptors. Some authors classify SD as scars. Under hormonal influence, there is an initial inflammatory reaction which results in the destruction of elastic fibers and collagens. This is followed by the regeneration of the destroyed fibers, a phenomenon of dynamic remodeling, a balance between the synthesis and destruction of collagens, which restructures the tissue in order to accommodate the forces acting upon it, resulting in the formation of SD. The balance between the expression of estrogen, androgen and glycocorticoid may elicit the specific modifications of the extracellular matrix which leads to the phenomenon of remodalation. In agreement with other studies, we observed that the strias arise under conditions of significant system modification, such as adolescence and pregnancy. The observation of morphological and molecular changes showed that there is a correlation between SD and with intense alterations in connective tissue. The results of this study are relevant and represent an important step in the understanding of physiopathological mechanisms in stretch marks, opening new horizons for new directions in research of SD and other alterations in connective tissues as well. / Doutorado / Clinica Medica / Doutor em Clínica Médica
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Transtorno bipolar associado à demência: tipologia, correlações clínicas e fisiopatologia / Bipolar disorder associated with dementia: typology, clinical correlations and pathophysiology

Silva Júnior, George Martins Ney da 04 August 2015 (has links)
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Results: in the sample, the predominant dementia age range was senile dementia (senile: 85.71%; presenile: 14.29%) and the most common dementia subtypes were Corticobasal degeneration (CBD: 24.62%) and the Fronto-Temporal Lobar Degeneration (FTLD: 19.23%). The age of initiation of BD starting 35 years old or over amounted to 74.78% (between 10 and 34 years: 25.22%; between 35 and 59 years: 36.52%; and ≥ 60 years: 38.26%), with the following clinical forms of BD present in the sample: BD1: 71.54%, BD2: 20.77%; and Cyclothymia: 7.69%. The psychopathologic clinical presentation of BD prevalent in the sample was Mixed Episodes (38.46%), followed by Mania (33.07%), Hypomania with major depression (20.77%) and Hypomania without major depression (7.7%). When applied diagnostic criteria of Akiskal, the clinical form of BD prevalent in the sample remained the BD1 (46.92%), followed by the BD6 (34.62%) and the BD2 (18.46%). Conclusions: the results showed that the CBD and FTLD were the most common dementia in comorbidity with BD. And that the BD, in such cases, was predominantly late (≥ 35 years) or very late (≥ 60 years) and in its most severe form (BD1), with the most common psychopathologic syndrome of Mixed State or Mania, suggesting that the CBD and FTLD should be actively searched in the follow-up of these cases. DCB and DLFT in comorbidity to BD offer a privileged field of research for the pathophysiology of dementia and TB itself. / Introdução: O presente estudo teve como objetivo contribuir para o conhecimento da inter-relação de duas condições mórbidas que afetam a autonomia e a independência dos idosos: o Transtorno Bipolar (TB) e as demências. Métodos: Foram revistos os prontuários que preenchiam critérios concomitantemente para TB e demência, resultando num banco de dados de 130 casos. Foram descritas as suas caraterísticas sociodemográficas, as frequências dos diagnósticos dos subtipos de demência e suas correlações com: a faixa etária da demência; a faixa etária de início do TB, suas formas clínicas e apresentação psicopatológica. Foi também estudado se a mudança de critérios diagnósticos do DSM4-TR para os de Akiskal impactaria nos resultados. Resultados: Na amostra (n=130), a faixa etária predominante da demência foi a senil (senil: 85,71%; pré-senil:14,29%) e os tipos de demência mais frequentes foram a Degeneração Corticobasal (DCB: 24,62%) e a Degeneração Lobar Fronto-Temporal (DLFT: 19,23%). A faixa etária de início do TB acima dos 35 anos ocorreu em 74,78% (entre 10 e 34 anos: 25,22%; entre 35 e 59 anos: 36,52%; e≥60 anos: 38,26%), com as seguintes formas clínicas de TB presentes na amostra: TB1: 71,54%, TB2: 20,77% e Ciclotimia: 7,69%. A configuração psicopatológica de apresentação clínica do TB predominante na amostra foi a de Episódios Mistos (38,46%), seguida por Mania (33,07%), Hipomania com Depressão Maior (20,77%) e Hipomania sem Depressão Maior (7,7%). Quando aplicados os critérios diagnósticos de Akiskal, a forma clínica de TB predominante na amostra permaneceu o TB1 (46,92%), seguido pelo TB6 (34,62%) e o TB2 (18,46%). Conclusões: Os resultados mostraram que a DCB e a DLFT foram as demências mais frequentes em comorbidade com o TB. E que o TB, nesses casos, foi predominantemente de início tardio (≥35 anos) ou muito tardio (≥60 anos) e em sua forma mais grave (TB1), tendo como síndrome psicopatológica mais frequente o Episódio Misto ou a Mania, sugerindo que a DCB e a DLFT sejam pesquisadas ativamente ao longo de seu seguimento. DCB e DLFT comórbidas ao TB oferecem um campo privilegiado de pesquisas para a fisiopatologia das demências e do próprio TB.

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