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Expressão e regulação do gene VEGFA por microRNAs em cirrose hepática e carcinoma hepatocelular.

Oliveira, André Rodrigueiro Clavisio Pereira 27 November 2015 (has links)
Submitted by Fabíola Silva (fabiola.silva@famerp.br) on 2017-08-03T12:25:59Z No. of bitstreams: 1 andrerodrigueirocpdeoliveira_tese.pdf: 1590220 bytes, checksum: c85526dbe8e00ebf97a87b9215d49485 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-08-03T12:25:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 andrerodrigueirocpdeoliveira_tese.pdf: 1590220 bytes, checksum: c85526dbe8e00ebf97a87b9215d49485 (MD5) Previous issue date: 2015-11-27 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP / Introduction: Hepatocellular carcinoma (HCC) is a primary liver tumor and the sixth most common type of cancer. Liver cirrhosis (LC) and viral hepatitis are their main risk factors. Injured tissues and development process tissues need new blood vessels, i. e., angiogenic process, that initiates by means of vascular endothelial growth factors secretion, that is translated by VEGFA gene and regulated by non-coding RNA, miRNA, that consists of a single strand of approximately 22 nucleotides and has the function of binding to mRNA strand, to inhibit protein translation. Objectives: To quantify VEGFA gene expression and 17 miRNAs predicted as its regulator in HCC and liver cirrhosis; to assess VEGFA gene expression in relation to miRNAs expression and quantify VEGFA protein expression in HCC and liver cirrhosis tissues. Patients and methods: Sixteen samples of HCC tissue, 23 samples of liver cirrhosis tissue and 12 samples of normal liver tissue were collected. Total RNA and proteins were isolated by mirVana PARIS kit. VEGFA gene mRNA quantification and 17 miRNAs predicted as regulators expression was performed by real time quantitative PCR. Customized plates, TaqMan miRNA custom plate, were used for miRNAs. Statistical analysis was performed by one sample t test, Wilcoxon tests and Mann-Whitney test. Results: VEGFA gene expression was found downregulated in HCC and there is negative correlation between gene expression and tumor extension. MicroRNA hsa-miR-637 has showed significance and was down-regulated on samples (mean 0.2003, p=0.0004) in LC, whereas miRNAs hsa-miR-15b (median 0.04015; p=0.0005), hsa-miR-125b (median 0.01876; p=0.0005), hsa-miR-423 (median 0.02650; p=0.0005), hsa-miR-424 (median 0.00462; p=0.0156), hsa-miR-494 (median 0.00877; p=0.0010), hsa-miR-497 (median 0.04487; p=0.0005), hsa-miR-612 (median 0.00679; p=0.0039) and hsamiR-637 (median 0.00166; p=0.0039) are down-regulated in HCC. Conclusions: VEGFA gene expression is down-regulated in HCC. MicroRNA hsa-miR-637 is down-regulated in LC. MicroRNAs hsa-miR-15b, hsa-miR-125b, hsa-miR-423, hsa-miR-424, hsa-miR-494, hsa-miR-497, hsa-miR-612 e hsa-miR-637 are down-regulated in HCC. VEGFA protein expression is low in HCC, corroborating to gene expression found in HCC. / Introdução: O Carcinoma hepatocelular (CHC) é o tipo de tumor primário do fígado e o quinto tipo de câncer mais comum. A cirrose hepática (CH) e as hepatites virais são seus principais fatores de risco. Tecidos lesionados e em processo de crescimento necessitam de novos vasos sanguíneos, ou seja, processo angiogênico, que é iniciado por meio da secreção de fatores de crescimento endoteliais vasculares. Este é produzido a partir do gene VEGFA e regulado por RNA não codificante, o microRNA, que é constituído por uma fita simples de aproximadamente 22 nucleotídeos e tem a função de ligação ao mRNA, para inibição da tradução de proteínas. Objetivos: Quantificar a expressão do gene VEGFA e 17 miRNAs preditos como seus reguladores em CHC e cirrose hepática; avaliar a expressão do gene VEGFA em relação à expressão dos miRNAs e quantificar a expressão das proteínas VEGFA em CHC e cirrose hepática. Casuística e métodos: Foram coletadas 16 amostras de tecido de CHC, 23 amostras de tecido cirrose hepática e 12 amostras de tecido hepático normal para controle. A extração de RNA e proteínas totais foi realizada por meio do kit mirVana PARIS. A quantificação do mRNA do gene VEGFA e dos 17 miRNAs selecionados preditos como reguladores do gene foi realizada por meio da técnica de PCR quantitativa em tempo real. Para os miRNAs foram utilizadas placas customizadas TaqMan miRNA custom plates. A análise estatística foi realizada por teste t de uma amostra, teste de Wilcoxon e teste de Mann-Whitney. Resultados: O gene VEGFA foi encontrado em expressão diminuída em CHC e há correlação negativa entre a expressão e a extensão do tumor. O miRNA hsa-miR-637 mostrou significância e sua expressão foi encontrada diminuída nas amostras (média=0,2003, p=0,0004) em CH, enquanto que os miRNAs hsa-miR-15b (mediana 0,04015; p=0,0005), hsa-miR- 125b (mediana 0,01876; p=0,0005), hsa-miR-423 (mediana 0,02650; p=0,0005), hsa-miR-424 (mediana 0,00462; p=0,0156), hsa-miR-494 (mediana 0,00877; p=0,0010), hsa-miR-497 (mediana 0,04487; p=0,0005), hsa-miR-612 (mediana 0,00679; p=0,0039) e hsa-miR-637 (mediana 0,00166; p=0,0039) estão em expressão diminuída em CHC. Conclusão: A expressão do gene VEGFA encontra-se diminuída em CHC. O microRNA hsa-miR-637 encontra-se em expressão diminuída em CH. Os miRNAs hsa-miR-15b, hsa-miR-125b, hsa-miR- 423, hsa-miR-424, hsa-miR-494, hsa-miR-497, hsa-miR-612 e hsa-miR-637 encontram-se em expressão diminuída em CHC. A expressão das proteínas VEGFA está diminuída em carcinoma hepatocelular, corroborando com o encontrado para a expressão gênica em CHC.
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Hepatopatias fulminantes/febres hemorrágicas na Amazônia: revisão histórica, padrões de lesão hepática e diagnóstico etiológico / Fulminant hepatic failure/hemorrhagic fever in Amazon Basin: historical review, hepatic damage patterns and etiological diagnosis.

Leonidas Braga Dias Junior 30 January 2006 (has links)
A presente análise das três séries históricas, compondo um total de 42 casos de hepatopatias fulminantes da região Amazônica, teve por objetivos o estudo de aspectos morfológicos e imuno-histoquímicos no diagnóstico diferencial entre febre amarela (FA), hepatite de Lábrea (HL) e de outras entidades. Visou, ainda, aprimorar o conhecimento de aspectos da morfogênese da morte hepatocelular, de eventual fibrose, relacionando-as aos padrões de regeneração e de lesões vasculares, conforme recentemente descrito na gênese de hepatopatias crônicas. Dentre o extenso painel de critérios histológicos aqui estudados, os padrões de morte hepatocelular e sua distribuição, incluindo corpos apoptóticos medio-zonais, assim como a balonização foram os achados mais característicos da FA, enquanto as células em mórula foram o principal achado na HL. Dezenove casos bem caracterizados (10 FA e 9 HL) foram então submetidos a estudos imuno-histoquímicos para a detecção dos antígenos da FA, AgHBs e antígeno do vírus da hepatite D (VHD), sendo então demonstrado que, em ambas as doenças, mas principalmente na HL, flebite, principalmente de ramos da veia porta, foi evidente e deve ter tido participação na patogênese do dano hepático, com extensa extinção parenquimatosa hepática e aproximação de espaços porta. O padrão de regeneração também foi marcante: nos casos de FA, um elevado índice de proliferação celular foi observado enquanto que, na HL, multinucleações e transformação pseudoacinar, associadas a depósitos portais de colágeno do tipo I e de fibras elásticas, foram encontrados. Concluindo, a pesquisa imuno-histoquímica de antígenos virais permitiu a caracterização etiológica dos casos destas importantes séries históricas de hepatopatias fulminantes da Amazônia, mesmo em amostras arquivadas em parafina por até sete décadas. Permitiu, ainda, o relato original de cinco casos de possível superposição de infecção pelos vírus da FA, VHB e/ou VHD. Dentre os aspectos histopatológicos, o quadro dominante na FA fulminante incluiu apoptose medio-zonal associada com flebite portal e um alto índice de proliferação celular, em pacientes sem evidência de dano hepático prévio. Por outro lado, a HL fulminante mostrou extensa necrose lítica de hepatócitos, associada à flebite portal e de veia hepática e à presença de células em mórula, em pacientes com evidências morfológicas de doença hepática crônica. / This study aimed at assessing morphological and immunohistochemical aspects useful for the differential diagnosis of yellow fever (YF), Labrea hepatitis (LH) and other entities by revisiting 42 fulminant hepatic failure cases, from three historical series from Amazon Basin. Additional studies were performed aiming at further understanding the morphogenesis of hepatocelular death, in relation to regeneration and fibrosis patterns and to vascular lesions, as recently described in chronic hepatic diseases. Among the extensive panel of histological criteria studied, liver cell death pattern and distribution, including midzonal apoptotic bodies, as well as hepatocelular ballooning degeneration were YF most characteristic findings, while morula cells were the major hint for LH. Five cases were herein suggested as coinfected with YF, HBV and/or HDV, a finding not previously reported. Nineteen well characterized cases (10 YF and 9 LH) were further submitted to immunohistochemical studies for YF antigen, HBsAg and Delta virus Ag. In both diseases, but mainly in LH, phlebitis, mainly of portal vein branches, was evident and closely related to the degree of hepatocellular damage, with severe hepatic parenchymal extinction and portal tract approximation. Regeneration pattern was also remarkable: in YF cases, a high hepatocellular proliferative index was detected whereas in LH, multinucleation and pseudo-acinar transformation, associated with portal type I collagen and elastic fiber deposition were found. In conclusion, immunohistochemical viral antigen detection yielded further etiological characterization of these important historical cases of fulminant hepatic failure from Amazon Basin, even in paraffin samples stored for up to seven decades. YF morphology depicted midzonal apoptosis, portal phlebitis and a high hepatocellular proliferative index, in patients without evidence of previous hepatic injury. On the other hand, fulminant LH showed extensive lytic hepatocellular necrosis, portal and hepatic vein phlebitis and the presence morula cells, in patients with morphological evidences of chronic liver disease.
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Eletromiografia de superfície de músculos respiratórios : avaliação de hepatopatas em lista de espera de transplante de fígado e de não hepatopatas / Surface elestromyography of respiratory musclesassessment : assessment liver disease waiting list for liver transplantation and non liver disease subjects

Silva, Aurea Maria Oliveira da 24 August 2018 (has links)
Orientadores: Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin, Alberto Cliquet Junior / Texto em português e inglês / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-24T19:22:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Silva_AureaMariaOliveirada_D.pdf: 3321051 bytes, checksum: f6610f15d11aceeb44323830d9953cd0 (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: A eletromiografia de superfície (EMGs) é uma técnica não-invasiva para a detecção da atividade da musculatura esquelética, podendo ser utilizada para verificação da atividade dos músculos da respiração, como o diafragma e reto abdominal, escassamente estudados na literatura. Objetivo - Este estudo comparou a eletromiografia de superfície (músculos diafragma e reto abdominal) de indivíduos não hepatopatas e pacientes hepatopatas em lista de espera de transplante de fígado. Método ¿ Estudo prospectivo transversal analítico com indivíduos do sexo masculino acima de 18 anos distribuídos em dois grupos: Grupo hepatopata (GH) e não hepatopata (GNH). Através da EMGs, avaliou-se a média da raiz quadratica ¿ RMS dos músculos diafragma e reto abdominal direitos. Verificou-se a força muscular através da manovacuometria (pressão inspiratória máxima - PIM e pressão expiratória máxima- PEM) e os volumes e fluxos pulmonares, usando se a espirometria (CVF ¿ capacidade vital, VEF1 ¿ volume expiratório forçado no primeiro segundo, FEM25-75% - fluxo expiratório máximo em 25-75% da CVF); e através do oximetro verificou-se frequência cardíaca (FC) e saturacão de oxigênio (satO2). Os outros dados analisados foram idade, índice de massa corpórea (IMC), antecedentes respiratórios, presença ou não de tabagismo, atividade física e ascite; escore MELD (model for end-stage liver disease), sendo considerado seis pontos para o grupo não hepatopata. Na análise estatística foi utilizado o teste Levene, de Mann-Whitney, qui-quadrado com teste de Fisher para análise das variáveis categóricas e a curva ROC (receiver operating curve), com nível de significância de 5%. Resultados ¿ Foram estudados 236 indivíduos, sendo: GNH (65) e GH (171). Foi observado no GH um IMC maior, possivelmente pela presença de ascite (p = 0,001 ); um RMS maior do reto abdominal (p = 0,0001) e da RMS do diafragma (p = 0,030); frequência cardíaca mais alta (p=0,0001); uma diminuição nos índices de PIM e PEM (p = 0,0001) e diminuição do VEF1 e FEM 25-75% (p=0,0001). Entre os pacientes em lista de transplante, 56 (32,7%) dos pacientes foram submetidos o transplante no período do estudo sendo a mortalidade em lista de 12,9% (22 pacientes). A ascite foi encontrada somente no grupo GH e tanto o tabagismo, quanto a atividade física e antecedentes pulmonares não foi diferente nos grupos estudados. A curva ROC mostrou que a RMS do reto abdominal foi capaz de discriminar os pacientes com doença hepática dos indivíduos não hepatopatas (área = 0,63 ; IC95 % :0.549 - 0,725 ). Conclusão - A EMGs, juntamente com dados do perfil respiratório, mostrou que os pacientes hepatopatas em lista de espera possuem um déficit muscular respiratório, que pode levar a complicações pulmonares no pós-operatório / Abstract: Surface electromyography (sEMG) is a non-invasive method to detect skeletal muscle activity used for respiratory muscle verification. There is little in the literature about the diaphragm and rectus abdominal using sEMG. Aim - This study compared sEMG for diaphragm and rectus abdominis muscles of a group of individuals with liver disease on the waiting list for liver transplantation to a group without. Method ¿ An analytical cross-sectional prospective study was carried out with 236 men, all over 18 years old, which were distributed into two groups: group hepatopathy (HG) and no hepatic disease group (NHG). sEMG, applying the root mean square (RMS) for the diaphragm and rectus abdominis right muscle, was used. The muscle strength was measured using a manometer (maximal inspiratory pressure - MIP and expiratory pressure - MEP), and for lung volumes and flows, (FVC: forced vital capacity, FEV1: forced expiratory volume in one second, MEF25-75%: maximum expiratory flow 25-75% of FVC) spirometry was used. By using a oximeter heart rate (HR) and oxygen saturation (SpO2) were calculated. Other demographic and clinical data were: age, body mass index (BMI), respiratory antecedent disease, smoker or non-smoker, physical activity (yes/no) and ascites (yes/no), and MELD score (model for end-stage liver disease). In the non-hepatic group six points for MELD were considered. For statistical analysis Levene test, Mann- Whitney test, chi-square with Fisher test for the categorical variables and ROC (receiver operating curve), with a significance level of 5 %, was used in a SPSS 21.0. Results - NHG (65) and HG (171) were studied. HG showed a higher BMI, possibly due to the presence of ascites (P = 0.001); an increase in the RMS of the rectus abdominis (P = 0.0001) and the RMS of the diaphragm (P = 0.030), and heart rate (P = 0.0001); while there was a decrease in levels of MEP, MIP (P = 0.0001), FEV1 and MEF 25-75% (P = 0.0001). Between patients on the transplant waiting list, 56 (32.7%) were submitted to liver transplantation during the study, and mortality in list was 12.9% (22 patients). Ascites were found only in the HG. Smoking habits, physical activity and pulmonary disease antecedents were not different in either group. The ROC curve showed that the RMS rectus abdominis was able to discriminate subjects with liver disease (area = 0.63, 95%CI: 0549 -0.725). Conclusion -sEMG, along with respiratory profile data, showed that the liver disease waiting list patients had a respiratory muscle impairment, which may lead to pulmonary complications in the postoperative transplant period / Doutorado / Fisiopatologia Cirúrgica / Doutora em Ciências
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Frequência de esteatose e esteato-hepatite em necropsias por morte violenta em população adulta / Steatosis and steatohepatitis frequency in necropsies by violent death in the adult population

Paulo Martins Reis Júnior 07 October 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A Doença Hepática Gordurosa (DHG) é considerada um dos grandes problemas de saúde pública do novo milênio, impulsionada sobretudo pela epidemia de obesidade. Está relacionada com alta morbidade, piora da qualidade de vida e custos econômicos para a sociedade. Existem duas formas histopatológicas iniciais inseridas dentro da DHG: a esteatose e a esteato-hepatite que podem evoluir para cirrose e hepatocarcinoma. A maior parte da literatura sobre epidemiologia da doença hepática gordurosa utiliza desenhos retrospectivos e meios diagnósticos não invasivos, embora o padrão ouro seja a biópsia hepática. Medidas preventivas e de controle adequados deverão ser tomadas baseadas em informações epidemiológicas envolvendo população \"sadia\". A excelente correspondência das alterações histopatológicas encontradas no cadáver em relação ao vivo permite extrapolar dados da frequência de esteatose e esteato-hepatite encontradas em uma população jovem vítima de morte violenta para uma população \"normal\". Contudo, não há estudo prévio que avalie frequência e fatores preditivos de esteatose e esteatohepatite em fígados de cadáver. O objetivo deste estudo foi avaliar a esteatose e a esteato-hepatite em fígados de adultos vítimas de morte violenta. MÉTODOS: As amostras foram coletadas de 224 adultos submetidos a autópsia forense a partir de setembro de 2011 a abril de 2013. Dados antropométricos e do fígado foram registrados. O exame histopatológico foi realizado em seis amostras obtidas com base em diferentes lóbulos de cada fígado. Cada amostra foi tratada com quatro corantes: hematoxilina-eosina, Perls, pricosirius e tricrômio de Masson. Desfechos de interesse foram a presença de esteatose, esteato-hepatite, fibrose e siderose. RESULTADOS: A amostra apresentou uma média de idade de 40 anos. A esteatose foi diagnosticada em 48,2% dos casos e esteato-hepatite em 2,7%. Uma alta prevalência de fígado gorduroso foi verificada entre homens e indivíduos mais velhos, sendo a faixa etária mais atingida entre 41-60 anos. Os fatores significativamente associados com o aumento do risco de esteatose foram circunferência abdominal (p < 0,001), IMC(p < 0,001), peso do fígado (p=0,002), assim como a presença de siderose (p=0.018). CONCLUSÃO: A alta prevalência de esteatose hepática foi detectada em biópsias pós-morte de uma população jovem. Uma vez que esta doença pode ter consequências clínicas severas, esse dado é importante para avaliar medidas preventivas para a doença hepática gordurosa e suas graves consequências / BACKGROUND: Fatty liver disease (FLD) is considered one of the major public health problems of the new millennium, driven mainly by the obesity epidemic. It is related to high morbidity, worsening of quality of life and economic costs to society. There are two initial histopathological forms inserted into the FLD: steatosis and steatohepatitis which can progress to cirrhosis and hepatocellular carcinoma. Most of the literature on epidemiology of FLD using retrospective drawings and non invasive means, but the gold standard is a liver biopsy. Preventive measures and adequate control should be taken based on epidemiological information involving population \"healthy\". The excellent correlation of histopathologic changes found in the body in live relationship allows extrapolating data from steatosis to steatohepatitis and often found in a population young victim of violent death to a \"normal\" population. However, no previous study to assess the frequency and predictors of steatosis and steatohepatitis in cadaver livers. The aim of this study is to evaluate steatosis and steatohepatitis in livers of adult victims of violent death. METHODS: Specimens were collected from 224 adults undergoing forensic autopsy from September 2011 to April 2013. Anthropometric and liver data were recorded. Histopathological examination was performed on six biopsies obtained from different lobes of each liver. Each sample was treated with 4 stains: hematoxylin-eosin, Perls, pricosirius and trichrome Masson. Outcomes of interest were the presence of steatosis, steatohepatitis, fibrosis and siderosis. RESULTS: The sample had an average age of 40 years. The steatosis was detected in 48.2% of cases and 2.7% steatohepatitis. A high prevalence of fatty liver was observed among men and older individuals, the age group most affected between 41-60 years. The factors significantly associated with increased risk of steatosis were waist circumference (p < 0.001), BMI (p < 0.001), liver weight (p = 0.002) as well as the presence of siderosis ( p = 0.018). CONCLUSION: The high prevalence of hepatic steatosis was detected in postmortem biopsy of a young population. Since this disease can have severe clinical consequences, this data is important to evaluate preventive measures for fatty liver disease and its serious consequences
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Avaliação da frequência de nódulos hepáticos em pacientes submetidos ao procedimento de Fontan: o papel da ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética / Evaluation of frequency of hepatic nodules in patients after Fontan procedure: role of ultrasound, computed tomography and magnetic resonance imaging

Horvat, Natally de Souza Maciel Rocha 29 March 2019 (has links)
Introdução: Pacientes com cardiopatia congênita submetidos ao procedimento de Fontan (PF) vêm atingindo a idade adulta com significativas consequências sistêmicas, particularmente hepáticas. Tais injúrias hepáticas podem resultar em fibrose, cirrose e nódulos hepáticos (NH), que podem ser benignos ou malignos. Porém, não há, até o momento, consenso na literatura quanto ao rastreamento desses nódulos, sobretudo acerca do início e da melhor modalidade para tal fim. Objetivo: Esse estudo objetivou (a) avaliar a frequência de NH em pacientes submetidos ao PF na ultrassonografia (USG), tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM), assim como a concordância entre tais métodos; (b) investigar se há correlação entre a presença de NH e algumas variáveis clínicas e laboratoriais; (c) analisar se há diferença nos valores de rigidez hepática utilizando a elastografia por USG por meio da técnica acoustic radiation force impulse (ARFI) entre os pacientes com e sem NH. Métodos: Foram recrutados, prospectivamente, 49 pacientes submetidos ao PF entre agosto de 2014 e junho de 2016. Esses pacientes foram submetidos a rastreamento clínico e laboratorial de hepatopatia, e elastografia hepática por USG com ARFI, TC e RM. A concordância entre os testes foi acessada utilizando o kappa de Cohen. A correlação entre NH com as outras variáveis foi realizada com teste t de Student ou teste de Mann-Whitney para variáveis contínuas sem distribuição normal e teste qui-quadrado ou teste de Fisher para variáveis categóricas. Resultados: NH foram detectados em 3/49 (6%), 14/44 (31,8%) e 19/48 (39,6%) pacientes na USG, TC e RM, respectivamente. Houve uma concordância quase perfeita entre TC e RM na detecção de NH (kappa: 0,849, p < 0,001), porém a USG não demonstrou concordância com TC e RM (kappa: 0,006, p=0,095 e kappa: 0,083, p = 0,032, respectivamente). Nenhuma variável clínica ou laboratorial apresentou correlação significativa com a presença de NH, inclusive o tempo após o PF. Os valores de rigidez hepática no ARFI foram significativamente mais elevados nos pacientes com NH (2,64 ± 0,81 m/s vs. 1,94 ± 0,49 m/s; p=0,002) e foram um preditor significativo para NH (AUC: 0,767, p=0,002). Conclusão: Na nossa população, mais de um terço dos pacientes após o PF apresentou NH na TC ou RM, mas a USG não detectou a grande maioria dos nódulos. Nenhum dado clínico ou laboratorial apresentou correlação significativa com a presença de NH. A rigidez hepática no ARFI foi significativamente mais elevada nos pacientes com NH. Tais achados sugerem que a USG não é um método diagnóstico efetivo no rastreamento de NH, porém a elastografia por ARFI pode ser útil, orientando quais pacientes devem submetidos à TC ou RM / Background: Patients with congenital heart disease after Fontan procedure (FP) are reaching the adulthood with significant systemic consequences, particularly to the liver. Those hepatic injuries can cause liver fibrosis, cirrhosis and hepatic nodules (HN), which can be benign or malignant. Currently, there is no consensus in the literature regarding screening of HN in patients after FP concerning when to start and which is the best imaging modality indicated for it. Purpose: This study aimed (a) to evaluate the frequency of HN in patients after FP on ultrasound (US), computed tomography (CT) and magnetic resonance imaging (MRI), as well as their inter-test agreement; (b) to investigate if there is any correlation between presence of HN and clinical or laboratorial variables; (c) to analyze if liver stiffness (LS) values using acoustic radiation force impulse (ARFI) on US elastography differ between patients with and without HN. Methods: We prospectively recruited 49 patients after FP from August 2014 to June 2016. These patients underwent clinical and laboratorial screening of hepatic disorders, ARFI elastography of the liver, abdominal US, CT and MRI. Intertest agreement was assessed by using weighted Cohen\'s kappa as statistics. The dependence of HN with the variables was performed using Student\'s t test or ANOVA for independent continuous variables without normal distribution; and chi-square test or Fisher\'s test for categorical variables. Results: HN were detected in 3/49 (6%), 14/44 (31.8%), and 19/48 (39.6%) patients on US, CT and MRI, respectively. There was an almost perfect agreement between CT and MRI in detecting HN (kappa: 0.849, p < 0.001); however, US had a non-significant correlation with CT and MRI (kappa: 0.006, p=0.095 and kappa: 0.083, p = 0.032, respectively). No clinical or laboratorial data had any significant correlation with the presence of HN, including time since FP. LS on ARFI was significantly higher in patients with HN (2.64 ± 0.81 m/s vs. 1.94 ± 0.49 m/s; p=0.002) and was a significant predictor of HN (AUC 0.767, p=0.002). Conclusion: In our study, more than one-third of patients after FP had HN on CT or MRI, but US did not detect the vast majority of them. No clinical or laboratorial data had any significant correlation with the presence of HN. LS on ARFI was significantly higher in patients with HN. These findings may suggest that US is not an effective imaging modality for screening of HN; however, ARFI elastography may help guiding which patients should be further imaged with CT or MRI
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Potencial de geração de trombina e sua relação com o tempo de protrombina em pacientes com cirrose / Thrombin generation potential and its relation to prothrombin time in patients with cirrhosis

Ferreira, Caroline Marcondes 07 December 2018 (has links)
Introdução: Pacientes com cirrose possuem altos níveis de fator VIII e preservação da trombomodulina (TM) (ativador da proteína C) apesar da redução global nas concentrações dos procoagulantes e anticoagulantes naturais. Isto não é levado em conta no teste de TP/INR, o qual não requer a adição de trombomodulina. Deste modo, o TP/INR não é capaz de demonstrar a magnitude da geração de trombina, em condições similares à que ocorre in vivo. De fato, o teste de TP/INR mede o lado procoagulante e se correlaciona com somente 5% do total de trombina gerada. Nossa hipótese é que a geração de trombina está bem preservada na cirrose, ainda que avançada, apesar dos resultados anormais do TP/INR, os quais indicariam coagulopatia. Objetivo: correlacionar os resultados do teste TP/INR com a geração de trombina nos pacientes com cirrose após procedimento invasivo (ligadura elástica de varizes esofagianas - LEVE). Pacientes e métodos: 97 pacientes foram consecutivamente incluídos no estudo (58 homens; 54±10 anos) e divididos em dois grupos INR < 1,5 e INR >= 1,5. Todos os pacientes passaram por uma criteriosa análise clínica e laboratorial, que incluiu revisão dos prontuários, determinação do TP/INR e da geração de trombina (ETP) com e sem adição de trombomodulina e cálculo do rETP (razão dos resultados com e sem adição de trombomodulina). Resultados: Não houve diferença significante na média dos valores de ETP sem trombomodulina no grupo INR < 1,5 (n=72), que foi 1.250±315,7 nmol/min quando comparada ao grupo INR >= 1,5 (n=25), cujos valores foram 1.186±238 nmol/min, p=0,3572. Após adição de trombomodulina, os valores mudaram para 893,0±368,6 e 965,9±232,3 nmol/min, respectivamente (p=0,6265). Ambos os grupos apresentaram preservação da geração de trombina, com valores mais elevados no grupo INR >= 1,5 do que no grupo de pacientes com INR < 1,5 (rETP 0,81±0,1 versus 0,69±0,2; p=0,0042). Evidência de hipercoagulabilidade (valores altos de rETP) foi demonstrada em 80% dos pacientes. Mesmo pacientes com INR >= 1,5 apresentam geração de trombina preservada, o que justificaria a baixa prevalência de sangramento após ligadura elástica de varizes esofagianas (5,2%; 3 pacientes no grupo INR < 1,5 e 2 pacientes no grupo INR >= 1,5). Conclusões: a geração de trombina se encontrou preservada nos pacientes com cirrose e os valores anormais de INR não refletiram a ocorrência de sangramento. A maioria dos pacientes mostrou evidência de hipercoagulabilidade, apesar do INR alargado. Sangramento após LEVE ocorreu em pequena parcela dos pacientes e não foi relacionado ao status da coagulação / Introduction: Patients with cirrhosis have higher levels of factor VIII and preservation of endothelial thrombomodulin (protein C activator) in spite of the global reduction in procoagulant and natural anticoagulant concentrations. This is not taken into account in the laboratory test of INR/PT, which does not require the addition of thrombomodulin and, thus, is not able to emulate the generation of thrombin that happens in vivo. In fact, INR/PT is a measure of procoagulant status and correlates with only 5% of the total amount of generate thrombin. We hypothesized that thrombin generation is well preserved in cirrhosis, even in advanced stages, despite the abnormal result of INR/PT, which would indicate coagulopathy. Aims: to correlated INR/PT with thrombin generation in patients with cirrhosis in the elective setting of an invasive procedure (endoscopic variceal ligation- EVL). Patients and Methods: 97 consecutive patients were prospectively included in this study (58 men; 54±10 years old) and divided into two groups INR < 1.5 and INR >= 1.5. All patients underwent a stringent clinical and laboratory assessment which included review of the clinical chart, INR/PT determinations and assessment of endogenous thrombin potencial (ETP) without and with the addition of thrombomodulin and calculation of the ETP ratio (rETP= without/with thrombomodulin). Results: There was no significant difference in the mean value of ETP without thrombomodulin that was 1,250±315.7nmol/min for patients with INR < 1.5 (n=72) and 1,186±238 in those with INR >= 1.5 (n=25); p= 0.3572. After the addition of thrombomodulin, values changed to 893.0±368.6 and 965.9±232.3, respectively (p= 0.6265). Both groups had preserved thrombin generation, which was higher in patients with INR >=1.5 than in patients with INR < 1.5 (rETP 0.81±0.1 versus 0.69±0.2; p=0.0042). Evidence of hypercoagulability (high rETP) was demonstrated in 80% of patients. Even patients with INR >= 1.5 had preserved thrombin generation, which is likely to account for the low prevalence of post-EVL bleeding (5.2%; n=3 with INR < 1.5 and n=2 with INR >= 1.5). Conclusions: thrombin generation was well preserved in patients with cirrhosis and was not reflected by abnormal results of INR. Most of the patients had evidence of hypercoagulability, despite enlarged INR. Post-procedure bleeding occurred in a small subset of the patients and was not related to the coagulation status
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Esteato-hepatite não alcoólica e esteatose em hepatite crônica pelo vírus C: prevalência e relações entre dados demográficos e clínico-laboratoriais com parâmetros histopatológicos / Nonalcoholic steatohepatitis and steatosis in chronic hepatitis C: prevalence and the relationship between demographic, clinical and laboratory data with histopathological parameters

Costa, Marcia Ferreira da 02 March 2010 (has links)
A hepatite crônica pelo vírus C é a principal causa de doença hepática crônica progressiva e complicações relacionadas, como a cirrose hepática e o carcinoma hepatocelular. O estadiamento de fibrose e a graduação da atividade necroinflamatória são excelentes preditores de progressão da doença na hepatite crônica pelo vírus C (HCVC). A epidemia global de obesidade e diabetes mellitus é responsável pela crescente incidência da doença hepática gordurosa não alcoólica, caracterizada por achados histológicos que variam da esteatose pura até a esteato-hepatite não alcoólica (EHNA), com potencial risco de evolução para a cirrose hepática e suas complicações. Na HCVC, fatores virais e do hospedeiro podem contribuir para a associação com a doença hepática gordurosa não alcoólica. Não há consenso sobre a prevalência de esteatose e esteato-hepatite não alcoólica em pacientes com HCVC, com ampla variabilidade na dependência do genótipo viral, fatores metabólicos da população em estudo e variáveis histológicas utilizadas para a definição. Objetivos: a) Definir a prevalência de esteatose hepática e da esteato-hepatite não alcoólica em pacientes com hepatite crônica pelo vírus C; b) Avaliar a relação entre variáveis clínico-laboratoriais e diferentes graduações de parâmetros histopatológicos; c) Avaliar a influência da EHNA na progressão da fibrose; d) Determinar os fatores virais e do hospedeiro associados a diferentes grupos histológicos, assim definidos: hepatite crônica pelo vírus C (HCVC), hepatite crônica com esteatose (>5%), hepatite crônica associada à esteato-hepatite não alcoólica (esteatose + fibrose perissinusoidal); e) Determinar fatores virais e do hospedeiro associados aos grupos HCVC, HCVC com esteatose e HCVC com EHNA, considerando estadiamento maior de fibrose à biópsia inicial. Métodos: Em 81 pacientes com HCVC seguidos no ambulatório de hepatites crônicas, parâmetros clínico-laboratoriais foram relacionados ao estadiamento da fibrose em biópsias pareadas. Dentre os dados clínicos, a síndrome metabólica foi definida pelo critério do ATP III. À biópsia inicial, achados histopatológicos de HCVC e doença hepática gordurosa não alcoólica foram graduados como ausente/leve ou moderado/intenso. Posteriormente, excluindo os pacientes com o genótipo do VHC tipo 2, dados clínicos e laboratoriais e estágios de fibrose 0-1 ou 2-4 foram analisados em pacientes com hepatite crônica pelo vírus C divididos em três grupos: HCVC sem esteatose, HCVC com esteatose e HCVC com esteato-hepatite não alcoólica (EHNA), definida pela associação com balonização e fibrose perissinusoidal. Resultados: A idade avançada esteve associada a estágio maior de fibrose e atividade inflamatória portal e periportal; o escore de APRI AST / Platelets Relation Índex foi associado a estágios maiores de fibrose e maior atividade necroinflamatória. Na análise multivariada, o perfil lipídico da síndrome metabólica foi associado à fibrose perivenular enquanto a glicemia elevada esteve associada ao hialino de Mallory-Denk. Esteatose isolada esteve presente em 35 (43.2%) e associada a EHNA em 21 (25.9%) dos pacientes. O genótipo 3 do vírus da hepatite C foi mais prevalente nos pacientes com HCVC com esteatose ou EHNA, porém evolução para estágios maiores de fibrose associou-se ao genótipo viral 1 (p= 0.000). A presença de HCVC + EHNA esteve associada com fibrose 2 em pacientes com menos de 45 anos, independentemente do sexo. Sobrepeso ou obesidade também estiveram associados à fibrose intensa (p< 0.05). Em biópsias pareadas, o perfil lipídico de síndrome metabólica foi o único parâmetro associado com progressão da fibrose (p= 0.012). Conclusão: a) A associação de esteatose e esteato-hepatite não alcoólica é elevada em pacientes com HCVC, sendo mais frequente no genótipo viral 3; b) Fatores metabólicos, como o sobrepeso ou obesidade e a presença do perfil lipídico da síndrome metabólica, estiveram associados à esteatose e EHNA em pacientes com HCVC; c) A associação de NASH com hepatite crônica pelo vírus C pode modificar a evolução da doença e demandar atenção cuidadosa desses pacientes. / Chronic hepatitis C is the leading cause of progressive liver damage and related complications, such as cirrhosis and primary hepatocellular carcinoma. Fibrosis stage and necro-inflammatory activity grade are good predictors of disease progression in chronic hepatitis C (CHC).The global epidemic of obesity and diabetes are associated with the increasing incidence of nonalcoholic fatty liver disease (NAFLD), ranging from the pure steatosis to nonalcoholic steatohepatitis (NASH), the latter with the potential to progress to cirrhosis and its complications. In CHC patients, viral and host factors may contribute to the association with NAFLD. There is no consensus about the prevalence of steatosis and NASH in CHC patients, with variability depending on the genotype, host metabolic conditions and histological variables. Objectives: a) To define the prevalence of steatosis and nonalcoholic steatohepatitis in CHC patients; b) To assess the relationship between various clinical and laboratory data and the grading of histological parameters; c) To evaluate the influence of NASH in the progression of fibrosis; d) To determine viral and host factors associated with different histopathological groups classified as: CHC alone, CHC with steatosis ( > 5%) and CHC with NASH (steatosis + perisinusoidal fibrosis); e) To determine viral and host factors associated with higher stages of fibrosis in the three groups. Methods: We investigated clinical and laboratory data in 81 CHC patients under scrutiny in a public tertiary hospital and related them to fibrosis stage at paired biopsies. Among clinical data, metabolic syndrome was defined according to ATPIII. At initial biopsy, histopathological features of chronic hepatitis C and nonalcoholic steatohepatitis were graded as absent/light or moderate/severe. Later on, except for genotype 2 patients, we analysed clinical, biochemical data and stage of fibrosis 0-1 vs. 2-4 among CHC patients divided into three groups: without steatosis, with steatosis and with nonalcoholic steatohepatitis (NASH). Results: In multivariate analysis, lipid profile of metabolic syndrome was associated with perivenular fibrosis whereas elevated glycemia levels were associated with Mallorys hyaline. Steatosis was present in 35 (43.2%) and NASH in 21 (25.9%) patients. HCV genotype 3 was more prevalent among CHC patients associated with steatosis or NASH but higher fibrosis stages were associated with HCV genotype 1 (p= 0.000). The presence of CHC + NASH was associated with fibrosis 2 in patients under 45 years, irrespective of sex (p < 0.05). Overweight and obesity (p < 0.05) were also related to severe fibrosis (p < 0.05). In paired biopsies, lipid profile of metabolic syndrome was the only parameter associated with progression of fibrosis (p= 0.012). Conclusion: a) Steatosis and nonalcoholic steatohepatitis are frequent histopathological features in our CHC patients, especially in HCV genotype 3; b) Metabolic factors, like overweight, obesity and lipid profile of metabolic syndrome were associated with steatosis and NASH in CHC patients; c) The association of NASH in chronic hepatitis C may modify the outcome of CHC and demand close examination.
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Estudo epidemiológico coorte-transversal de portadores de infecção pelo vírus da hepatite C: análise de 700 casos / -

Notaroberto, Suzete 14 October 2004 (has links)
Introdução e objetivos: A infecção crônica pelo VHC é considerada um grave problema de saúde pública mundial. O perfil epidemiológico vem mudando desde 1992 com a obrigatoriedade da pesquisa sorológica em doadores de sangue. Atualmente o uso de drogas ilícitas injetáveis é o fator de risco mais importante. Em muitos casos o mecanismo de contaminação não é identificado sendo definido como forma esporádica. O presente trabalho avaliou aspectos demográficos e epidemiológicos de pacientes com infecção crônica pelo VHC, em acompanhamento no ambulatório de Hepatologia do Serviço de Gastroenterologia da Divisão de Clínica Médica II do Hospital das Clínicas da FMUSP. Pacientes e métodos: Foram entrevistados 700 de um total de 1.112 pacientes adultos, no período de outubro de 2001 a novembro de 2003 (49% homens, 51% mulheres). Após a assinatura do termo de consentimento esclarecido, todos os pacientes foram submetidos à entrevista com questionário elaborado para este estudo, abrangendo aspectos demográficos, fatores de risco e uso de bebida alcoólica. O diagnóstico da infecção pelo VHC foi realizado através de teste sorológico Elisa de terceira geração e pesquisa do RNA viral através da reação em cadeia da polimerase. A determinação do genótipo do VHC foi realizada em 540 amostras de soro através do sequenciamento da região 5\' UTR. A biópsia hepática foi analisada em 470 pacientes e estadiada segundo critérios das Sociedades Brasileiras de Patologia e Hepatologia. Resultados: Não houve diferença significante entre a média de idade de homens e mulheres (49 ± 12,2 anos e 51 ± 12,5, respectivamente). 60% cursaram até o ensino fundamental, 19,7% o ensino médio e 12,4% o superior. 1% dos pacientes tem ocupações ligadas ao setor primário da economia, 8% ao setor secundário e 52% ao setor terciário. 62% foram classificados como brancos e 67% como católicos. 60% referiram relacionamento estável monogâmico. Em 68,5% dos casos o diagnóstico foi estabelecido através de exames de rotina e em 19,4% durante doação de sangue. O principal fator de risco para infecção foi a realização de hemotransfusão antes de 1993 (46,4%). 10% dos pacientes referiram uso de drogas injetáveis e 3%, apresentavam ambos os fatores. Em 42% dos casos o mecanismo de infecção foi considerado como forma esporádica. O genótipo 1 foi responsável por 70% das infecções seguidas pelo genótipo 3 (25%). Grau leve de fibrose classificado como 0 ou 1 foi encontrado em 48,7% dos pacientes, estádio 2 em 18,5%, estádio 3 em 12,3% e estádio 4 (cirrose) em 20,4% dos casos. A análise multivariada mostrou que os fatores de risco para desenvolvimento de cirrose foram: uso de álcool(> 60g/dia, odds ratio 2.01), raça branca (odds ratio 2,2) e idade acima de 55,8 anos (odds ratio 2,2). Conclusões: A infecção crônica pelo VHC foi caracterizada por alta freqüência de formas esporádicas e predominância dos genótipos 1 e 3. Na maioria dos casos o diagnóstico da infecção foi realizado através de exames de rotina. Consumo de álcool acima de 60 g/dia, raça branca e idade acima de 55,8 anos foram fatores de risco para a progressão para a cirrose / Background and aims: Hepatitis C virus infection is considered a world-wide serious public health problem. Since 1992, the epidemiological profile of the infection has changed with the systematic serological testing in blood donors. Nowadays the use of illicit intravenous drugs remains one of the most important risk factor. Nevertheless, in a variable percentage of cases, the mechanisms of contamination can not be identified and those cases are referred as sporadic forms. The current work was aimed at evaluating the demographic and epidemiological profile of HCV infection in outpatients attending the Hepatology branch of the Division of Gastroenterology of University of São Paulo School of Medicine teaching hospital. Patients and methods: From October 2001 and November 2003, 700 out of 1.112 adult patients were enrolled in this study (49% men, 51% women). After the written informed consent was obtained, all patients were interviewed, using standardized questionnaire for collecting data about demographic data, risk factors and alcohol use. Routine serological testing for HCV was performed using third-generation ELISA assays and circulating HCV-RNA was detected by polymerase chain reaction. HCV genotyping was performed in 540 subjects by sequencing of the 5\' UTR region. Liver biopsy slides from 470 patients were available for the assessment of the degree of fibrosis, which was performed according to the criteria of the Brazilian Societies of Pathology and Hepatology Results: There was no significant difference between the mean age of men and women (49 ± 12.2 years and 51 ± 12.5, respectively). 60% had completed no more than basic education, 19.7% had finished high school and 12.4% had graduated from university. 1% worked in activities of the primary sector of economy, 8% in the secondary and 52% in the tertiary one. 62% were caucasian descendants. 67% were catholic. 70% were born in the Southeastern region of Brazil and 97% lived in the State of São Paulo. 60% declared to have a monogamic relationship in the last 6 months. In 68.5% the diagnosis of HCV infection was established by routine check-up tests and in 19.4% during blood donation. The major risk factor for HCV infection was blood transfusion before 1993 (46.4%). 10% of the patients were intravenous drug users, and 3% had both risk factors. In 42% of the cases, the mechanism of infection was considered sporadic. Genotype 1 was found in 70% of the cases, followed by genotype 3 (25%) and genotype 2 (2.7%). Liver fibrosis stage 0 or 1 was found in 48.7%, stage 2 in 18.5%, stage 3 in 12.3% and stage 4 (liver cirrhosis) in 20.4% of cases. Linear regression multivariate analysis showed that risk factors for developing liver cirrhosis were: alcohol abuse (> 60g/day, odds ratio 2.01), caucasian origin (OR 2.2) and age > 55.8 year old (OR 2.2). Conclusions: HCV infection profile in this cohort was characterized by a high frequency of sporadic forms and predominance of genotypes 1 and 3. The infection was diagnosed in most of the cases by routine check-up tests. Heavy alcohol use, caucasian origin and older age were risk factors for progression to cirrhosis
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Transfusão de plasma fresco congelado em pacientes com cirrose e coagulopatia: efeito nos testes convencionais de coagulação e na geração de trombina corrigida por trombomodulina / Fresh frozen plasma transfusion in patients with cirrhosis and coagulopathy: effect on conventional coagulation tests and thrombomodulin-corrected thrombin generation

Rassi, Amanda Bruder 16 April 2019 (has links)
Introdução: O efeito da transfusão de plasma fresco congelado (PFC) para corrigir coagulopatia na cirrose ainda não foi devidamente esclarecido. As diretrizes internacionais permanecem sem uma indicação clara neste cenário e pacientes com cirrose chegam a consumir 30% do estoque de plasma dos bancos de sangue. Nosso objetivo foi avaliar o efeito do PFC na geração de trombina (GT) corrigida por trombomodulina (TM) em pacientes com cirrose e testes convencionais de coagulação alterados. Métodos: neste estudo observacional foram incluídos pacientes adultos, o i o om i g ó i o i o , RNI/TP >= 1,5 i i ç o PFC o médico assistente com intuitos profiláticos e/ou terapêuticos. Amostras de sangue foram coletadas antes e em até 6 horas após transfusão. O desfecho principal foi a melhora do parâmetro de GT, ETP adicionado de TM (ETP TM). Todas as amostras foram testadas para RNI/TP, TTPa e todos parâmetros de GT com e sem TM. Resultados: 53 pacientes receberam dose média de plasma de 11,26 ± 1,3 mL/kg. Após transfusão RNI, TP e TTPa diminuíram significantemente (p < 0,00001), correspondendo a melhora de 33,7%, 23, 5% e 16,6% respectivamente. Entretanto, foram atingidos valores <1,5 para RNI e TP em apenas 8 (15%) e 21 (40%) dos pacientes. O PFC aumentou a ETP TM em apenas 8% (1008 ± 345 a 1090 ± 341 nMol / L*min; p = 0,019). Antes da transfusão, evidência de GT normal ou alta foi encontrada em 96% por ETP TM e em 98% dos pacientes pelo parâmetro ETPr. Apenas 2 (3,8%) pacientes apresentaram valores de ETP TM abaixo da faixa normal e a transfusão de PFC corrigiu a geração de trombina em um deles. Nenhum destes sangrou. O ETP TM diminuiu em uma média de 12,8% em 18 (34%) pacientes após a transfusão (1270 ± 256 a 1107 ± 278 nMol / L* min ; p = <0,0001). O ETPrazão (com/sem TM) permaneceu praticamente inalterado (de 0,81 ± 0,13 para 0,80 ± 0,12, p = 0,75). Conclusão: Pacientes com cirrose e testes convencionais da coagulação alterados parecem ter GT preservada em seus estados basais. A transfusão de PFC aumenta a GT e melhora os testes convencionais de coagulação em um número limitado destes pacientes, e piorou a ETP TM em um terço dos casos / Background and aims: the efficacy of fresh frozen plasma (FFP) transfusion in correcting coagulopathy in cirrhosis has not been fully clarified. International manuals remain without a clear indication in this scenario and patients with cirrhosis consume up to 30% of the blood bank stock of plasma. Our aim was to assess the effect of FFP transfusion on thrombomodulin(TM)-corrected thrombin generation (TG) in patients with cirrhosis and impaired conventional coagulation tests. Methods: consecutive adult patients with INR/PT ratio >= 1.5 and receiving standard FFP dose for bleeding treatment and/or before invasive procedures were enrolled in this observational study. Primary endpoint was the amelioration of the GT parameter ETP with TM (ETPTM) after FFP transfusion (TM was added to mimic in vivo conditions). PT/INR, aPTT and all TG parameters (with and without TM) were examined in patients with cirrhosis before and after FFP transfusion. Results: 53 patients received FFP at a mean dose of 11,26 ± 1,3 mL/kg. FFP enhanced ETP TM by only 8% (1008±345 to 1090±341 nMol/L*min; p= 0.019). Before transfusion, evidence of normal or high TG was found in 96% by ETP TM and 98% of patients by the ETP ratio parameter. Only 2 (3.8%) had ETP TM values below normal range and FFP transfusion corrected thrombin generation in one of them. None of them bled. ETP TM had a 12.8% mean decrease in 18 (34%) after FFP transfusion (1270±256 to 1107±278 nMol/L*min; p= <0.0001). ETP ratio (with/without TM) remained practically unchanged (from 0.81 ± 0.13 to 0.80 ± 0.12, p = 0.75). FFP significantly ameliorated INR/PT values (p < 0.0001), but correction of INR and PT ratio for values <1.5 was observed in only 8 (15%) and 21 (40%) of the patients. Conclusions: Patients with cirrhosis and coagulopathy seem to have normal results of GT at baseline. FFP transfusion enhances TG and ameliorates conventional coagulations tests in a limited number of those patients, and might worsen ETP TM in in a third of cases
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Fatores preditivos ecoendoscópicos da recidiva de varizes esofágicas após erradicação com ligadura elástica em pacientes com doença hepática crônica avançada / Echoendoscopic predictive factors for esophageal varices recurrence after eradication with band ligation in advanced chronic hepatic disease

Carneiro, Fred Olavo Aragão Andrade 21 December 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: A recidiva de varizes é frequente após tratamento endoscópico com ligadura elástica para a profilaxia secundária de hemorragia por rotura de varizes esofágicas em pacientes com doença hepática crônica avançada. Alguns estudos relacionaram tanto recidiva quanto ressangramento de varizes com características ecoendoscópicas de vasos paraesofágicos. OBJETIVO: Relacionar avaliações ecoendoscópicas de varizes paraesofágicas, veia ázigos e ducto torácico com recidiva de varizes após erradicação com ligadura elástica em pacientes com doença hepática crônica avançada através de estudo prospectivo e observacional. MÉTODOS: A análise ecoendoscópica foi realizada antes da terapia com ligadura elástica e 1 mês após a erradicação endoscópica das varizes. Os diâmetros máximos das varizes paraesofágicas, da veia ázigos e do ducto torácico foram avaliados em localizações ecoendoscópicas prédeterminadas. Após a erradicação das varizes, os pacientes foram submetidos a endoscopias a cada 3 meses durante o período de 1 ano. Foi verificado se alguma das características ecoendoscópicas analisadas poderia predizer a recidiva das varizes. RESULTADOS: Um total de 30 pacientes completou o protocolo de seguimento por 1 ano. Dezessete (57%) pacientes apresentaram recidiva de varizes. Não houve relação entre os diâmetros máximos da veia ázigos e do ducto torácico com a recidiva de varizes. O diâmetro máximo de varizes paraesofágicas foi fator preditivo para recidiva de varizes em ambos os períodos avaliados. Os diâmetros das varizes paraesofágicas que melhor se relacionaram com recidiva de varizes foram 6,3 mm antes da ligadura elástica (sensibilidade de 52,9%, especificidade de 92,3% e área sob a curva ROC de 0,749) e 4 mm após a ligadura elástica (70,6% de sensibilidade, 84,6% de especificidade e área sob a curva ROC de 0,801). CONCLUSÃO: A medida ecoendoscópica do diâmetro das varizes paraesofágicas pode predizer a recidiva das varizes esofágicas no primeiro ano após a erradicação com ligadura elástica. O diâmetro de varizes paraesofágicas após a ligadura elástica é o melhor fator preditivo, pois apresenta menor valor de corte, maior sensibilidade e maior área sob a curva ROC / INTRODUCTION: Variceal recurrence after endoscopic band ligation for secondary prophylaxis is a frequent event. Some studies have reported a correlation between variceal recurrence and variceal re-bleeding with the endoscopic ultrasound (EUS) features of para-esophageal vessels. OBJECTIVE: A prospective observational study was conducted to correlate EUS evaluation of para-esophageal varices, azygos vein and thoracic duct with variceal recurrence after endoscopic band ligation variceal eradication in patients with in advanced chronic hepatic disease. METHODS: EUS was performed before and 1 month after endoscopic band ligation variceal eradication. Para-esophageal varices, azygos vein and thoracic duct maximum diameters were evaluated in pre-determined anatomic stations. After endoscopic band ligation variceal eradication, patients were submitted to endoscopic examinations every 3 months for 1 year. We looked for EUS features that could predict variceal recurrence. RESULTS: A total of 30 patients completed 1-year endoscopic follow-up. Seventeen (57%) patients presented variceal recurrence. There was no correlation between azygos vein and thoracic duct diameters with variceal recurrence. The maximum diameter of para-esophageal varices predicted variceal recurrence in both evaluation periods. Para-esophageal varices diameters that best correlated with variceal recurrence were 6.3 mm before endoscopic band ligation (52.9% sensitivity, 92.3% specificity, and 0.749 area under ROC curve); and 4 mm after endoscopic band ligation (70.6% sensitivity, 84.6% specificity, and 0.801 area under ROC curve). CONCLUSION: We conclude that paraesophageal varices diameter measured by EUS predicts variceal recurrence within one year after endoscopic band ligation variceal eradication. Paraesophageal diameter after variceal eradication is a better recurrence predictor, because it has lower cut-off parameter, higher sensitivity and higher area under the ROC curve

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