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Análise do gene AIP  na acromegalia familial isolada / Analysis of the AIP gene in familial isolated acromegaly

Toledo, Rodrigo de Almeida 14 April 2010 (has links)
A acromegalia é doença insidiosa e desfigurante caracterizada por um crescimento desproporcional dos ossos das mãos, pés e do crânio devido à exposição crônica a altos níveis de hormônio de crescimento (GH) e de seu efetor insuline growth factor 1 (IGF-1). Trata-se de uma doença rara, com incidência estimada de 3-4 casos por milhão, com prevalência de aproximadamente 50 casos por milhão de pessoas. A principal causa da acromegalia é a presença de um tumor hipofisário secretor de GH (somatotropinoma). Caso o somatotropinoma ocorra durante a infância ou adolescência, antes do fechamento das epífises dos ossos longos, a criança crescerá longitudinalmente de forma descontrolada, caracterizando a forma clínica gigantismo. Na grande maioria dos casos a acromegalia se apresenta na forma esporádica, entretanto casos familiais da doença podem ocorrer associados à Neoplasia Endócrina Múltipla tipo 1 (NEM-1), ao complexo de Carney (CNC) e à acromegalia familial isolada (IFS). Os genes responsáveis pela NEM-1 (MEN1) e CNC (PRKAR1A) foram clonados há mais 10 anos, entretanto etiologia molecular da IFS permaneceu desconhecida até recentemente. Vierimaa et al. (2006) combinaram estudos de ligação por análise de polimorfismos e estudos de expressão gênica e identificaram mutações no gene AIP em famílias com acromegalia não-NEM-1 e não-CNC; além de perda de heterozigose (LOH) nos somatotropinomas dos pacientes com mutação AIP. No presente estudo, investigamos o gene AIP em três famílias brasileiras com IFS e em seus tumores (hipofisários e não-hipofisários). Descrevemos uma nova mutação AIP (Y268X) em uma família brasileira com IFS, confirmando o papel desse novo gene na predisposição a tumores hipofisários. A partir de dados gerados em uma extensa revisão da literatura, sugerimos que os tumores hipofisários familiais isolados são doenças multigênicas que possuiriam um gene principal, mas que sofreriam influência de outros genes/loci ainda pouco caracterizados. Assim, investigamos também o envolvimento de diversos genes/loci candidatos (SSTR2, SSTR5, CDKN1B, AHR, PRKAR1A, PTTG, PROP1, MEG3, RB1 e 2p16) como possíveis moduladores do fenótipo na IFS. Nossos dados sugerem que além da mutação AIP, há necessidade da co-segregação de marcadores localizados em regiões com potencial oncogênico para o desenvolvimento da doença hipofisária. Também apresentamos nesta Tese as primeiras análises de tumores nãohipofisários em pacientes com mutação AIP e encontramos evidências do possível envolvimento de AIP na tumorigênese de um carcinoma funcionante do córtex adrenal de paciente com IFS. / Acromegaly is a rare disfigurating and insidious disease characterized by enlargement of hands, feet and skull bones due to excess of growth hormone (GH) secreted by a pituitary tumor (somatotropinoma). The majority of the cases with acromegaly is sporadic, however it may occur in association with inherited disorders as Multiple Endocrine Neoplasia type 1 (MEN1), Carney complex (CNC) and Isolated Familial Somatotropinoma (IFS). The genes associated with MEN1 syndrome (MEN1) and CNC (PRKAR1A) have been described more than a decade ago, however until very recently the molecular etiology of IFS remained unknown. Using a combined strategy of single nucleotide polymorphism (SNP) analysis and gene expression analysis, Vierimaa et al. (2006) described mutations in the AIP gene occurring in families with acromegaly not associated with MEN1 and CNC. In the current study, we investigated three Brazilian families with IFS and were able to describe two germline mutations in the AIP gene, confirming the role of this new gene in the predisposition to familial somatotropinoma. We revised the literature of genetic studies of isolated pituitary adenoma syndromes, which indicated a genetic heterogeneity as well as possible multigenic inheritance for these diseases. Thus, we investigated the role of several genes/loci (SSTR2, SSTR5, CDKN1B, AHR, PRKAR1A, PTTG, PROP1, MEG3, RB1 and 2p16) selected as potentially acting as phenotypic modulators in IFS. Our data indicate that AIP-mutated patients are prone to pituitary disease, however it is necessary the co-segregation of markers located at oncogenic regions to the development of the pituitary tumors and manifestation of the disease. Herein, we also present the first somatic analysis of non-pituitary tumors of AIP-mutated patients. A potential role of AIP, which is implicated in the cAMP pathway, could not be excluded in the development of an adrenocortical carcinoma.
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Estudo molecular dos genes GNAS, PTTG, AIP, CDKN1B e MEG3 em adenomas hipofisários esporádicos / Molecular study of GNAS, PTTG, AIP, CDKN1B and MEG3 genes in sporadic pituitary adenomas

Renata Kikuchi Foltran 26 February 2016 (has links)
INTRODUÇÃO: Os adenomas hipofisários são neoplasias benignas que representam cerca de 15% das neoplasias intracranianas. Em sua maioria ocorre de forma esporádica. Estudos moleculares desses adenomas identificaram anormalidades genéticas que podem ter um papel na sua tumorigênese. Dentre alguns desses genes foram descritos os oncogenes GNAS e PTTG e os genes supressores tumorais AIP, CDKN1B e MEG3. OBJETIVO: realizar estudo molecular dos genes associados a tumorigênese através da pesquisa de mutações nos genes GNAS, AIP e CDKN1B e o estudo de expressão gênica de CDKN1B, PTTG e MEG3 em adenomas aparentemente esporádicos, correlacionando com os dados clínicos e laboratoriais, em pacientes acompanhados no serviço de Endocrinologia do HCFMUSP. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Compreendeu 96 adenomas hipofisários aparentemente esporádicos: 41 somatotropinomas, 27 corticotropinomas, 21 adenomas clinicamente não funcionantes (ACNF) e 7 prolactinomas. Foi realizada avaliação restrospectiva dos dados clínicos e laboratoriais ao diagnóstico. Após a análise histológica por hematoxilinaeosina, foi realizada análise imunohistoquímica das proteínas Ki-67 e p53 e molecular do DNA genômico e RNA, extraídos do tecido tumoral. Análise mutacional das regiões codificantes de AIP e CDKN1B e dos hotspots de GNAS nos éxons 8 e 9 foi realizada através de amplificação por PCR e sequenciamento automático. A quantificação relativa do RNAm de CDKN1B, MEG3 e PTTG foi avaliada pelo método de 2-??Ct por PCR em tempo real. RESULTADOS: Presença de mutações somáticas no gene GNAS (gsp+) em 14,5% dos adenomas. Não houve diferenças significativas clínicas e laboratoriais entre os adenomas gsp+ e gsp-. Variantes com potencial patogênico não foram identificadas nos genes AIP e CDKN1B. A análise imunohistoquímica do Ki-67 apresentou média de 1,32% (0,9-4,5) e do p53 média de 1,04 (1,0-1,8). O gene CDKN1B apresentou expressão média de ,12 ± 0,74 (0,1-3,1), com expressão mais baixa nos corticotropinomas. O gene PTTG apresentou expressão média de 2,49 ± 3,10 (0,2-19,0), com maior expressão nos corticotropinomas. O gene MEG3 apresentou expressão média de 0,95 ± 1,38 (0,0-8,8), com valores mais baixos nos ACNF. Três padrões de cluster nos níveis de expressão de RNAm dos genes CDKN1B, PTTG e MEG3 foram identificados: cluster A = CDKN1B >= 1,85/ PTTG >= 1,25/ MEG3 >= 0,65 foi observado em 100% dos corticotropinomas; cluster B= CDKN1B >= 0,95/ PTTG >= 2,25/ MEG3 >= 0,65 observado apenas nos somatotropinomas (32%) e o cluster C= CDKN1B >= 0,95/ PTTG >= 1,25/ MEG3 >= 0,05 observado na maioria dos ACNF (73%). CONCLUSÕES: A maioria dos adenomas apresentaram índices de Ki-67 menor do que 3%. Em conformidade com este achado, a imunohistoquímica para p53 não se mostrou estatisticamente significativa. A mutação ativadora na proteína Gs? (gsp+) foi a mutação mais frequente em adenomas hipofisários esporádicos, principalmente em somatotropinomas. Não foram identificadas variantes com potencial patogênico nos genes AIP e CDKN1B, portanto, parece ser um evento raro em adenomas esporádicos. A expressão gênica aumentada do gene PTTG foi identificada principalmente nos corticotropinomas. No entanto, ela não foi preditiva de subtipo de adenoma. A expressão gênica do CDKN1B estava diminuída na maioria dos corticotropinomas e normal na maioria dos somatotropinomas e ACNF. A expressão gênica do MEG3 estava diminuída na maioria dos adenomas ACNF e corticotropinomas e normal na maioria dos somatotropinomas. Na análise de cluster hierárquico, foram identificados três padrões de expressão gênica que se correlacionaram com subtipo de adenoma hipofisário / BACKGROUND: Pituitary adenomas are benign tumors that account for about 15% of intracranial tumors. Mostly occurs sporadically. Molecular studies of these adenomas identified genetic abnormalities that may have a role in tumorigenesis. Some of these genes have been described as the oncogenes GNAS and PTTG and tumor suppressor genes AIP, CDKN1B and MEG3. OBJECTIVE: perform a molecular study of genes related in tumorigenesis to evaluate presence of mutations in GNAS, AIP and CDKN1B genes and gene expression analysis of CDKN1B, PTTG and MEG3 genes in apparently sporadic adenomas, correlating with the clinical and laboratory data from patients treated at the Endocrinology service of HCFMUSP.SUBJECTS AND METHODS: 96 apparently sporadic adenomas was included: 41 somatotropinomas, 27 corticotropinomas, 21 clinically nonfunctioning pituitary adenomas (NFPA) and seven prolactinomas. Retrospective evaluation of clinical and laboratory data from diagnosis. After histological analysis by hematoxylin-eosin staining, it was performed immunohistochemical analysis of Ki -67 and p53 proteins and molecular analysis of genomic DNA and RNA extracted from tumor tissue. Mutational analysis of coding regions of AIP and CDKN1B and hotspots exons 8 and 9 of GNAS was performed by PCR and automatic sequencing. Relative quantification of mRNA CDKN1B, MEG3 and PTTG was evaluated by 2-??Ct method using Real Time PCR. RESULTS: Presence of somatic mutations on GNAS gene (gsp+) in 14,5% of pituitary adenomas. There were no clinical and laboratorial differences between gsp+ and gsp- somatotropinomas. Variants with pathogenic potencial were not identified in AIP and CDKN1B genes. Imunohistochemical analysis showed mean of 1,32% (0,9-4,5) for Ki-67 and mean of 1,04% (1,0-1,8) for p53. Gene expression of CDKN1B presented a mean of 1,12 ± 0,74 (0,1-3,1) with lower expression in corticotropinomas. Gene expression of PTTG presented a mean of 2,49 ± 3,10 (0,2-19,0) with higher expression in corticotropinomas. Gene expression of MEG3 presented a mean of 0,95 ± 1,38 (0,0-8,8) with lower expression in NFPA. Three cluster patterns in the levels of mRNA expression of genes CDKN1B, PTTG and MEG3 were identified: cluster A = CDKN1B >= 1,85/ PTTG >= 1,25/ MEG3 >= 0,65 observed in 100% of corticotropinomas; cluster B= CDKN1B >= 0,95/ PTTG >= 2,25/ MEG3 >= 0,65 observed only in somatotropinomas (32%) and cluster C= CDKN1B >= 0,95/ PTTG >= 1,25/ MEG3 >= 0,05 observed in most of NFPA (73%). CONCLUSIONS: Most of the adenomas showed Ki -67 index lower than 3%. In accordance with this finding, immunohistochemistry for p53 was not statistically significant. The activating mutation in the Gs? protein (gsp+) was the most common mutation in sporadic pituitary adenomas, particularly in somatotropinomas. Variants with pathogenic potential have not been identified in the AIP and CDKN1B gene therefore seems to be a rare event in sporadic adenomas. Increased gene expression of PTTG was primarily identified in corticotropinomas. However, it was not predictive of adenoma subtype. The gene expression of CDKN1B was decreased in most corticotropinomas and normal in most somatotropinomas and NFPA. The gene expression of MEG3 was decreased in most of NFPA and corticotropinomas, and normal in most somatotropinomas. In hierarchical cluster analysis was identified three patterns of gene expression that correlated with pituitary adenoma subtype
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Análise do gene AIP  na acromegalia familial isolada / Analysis of the AIP gene in familial isolated acromegaly

Rodrigo de Almeida Toledo 14 April 2010 (has links)
A acromegalia é doença insidiosa e desfigurante caracterizada por um crescimento desproporcional dos ossos das mãos, pés e do crânio devido à exposição crônica a altos níveis de hormônio de crescimento (GH) e de seu efetor insuline growth factor 1 (IGF-1). Trata-se de uma doença rara, com incidência estimada de 3-4 casos por milhão, com prevalência de aproximadamente 50 casos por milhão de pessoas. A principal causa da acromegalia é a presença de um tumor hipofisário secretor de GH (somatotropinoma). Caso o somatotropinoma ocorra durante a infância ou adolescência, antes do fechamento das epífises dos ossos longos, a criança crescerá longitudinalmente de forma descontrolada, caracterizando a forma clínica gigantismo. Na grande maioria dos casos a acromegalia se apresenta na forma esporádica, entretanto casos familiais da doença podem ocorrer associados à Neoplasia Endócrina Múltipla tipo 1 (NEM-1), ao complexo de Carney (CNC) e à acromegalia familial isolada (IFS). Os genes responsáveis pela NEM-1 (MEN1) e CNC (PRKAR1A) foram clonados há mais 10 anos, entretanto etiologia molecular da IFS permaneceu desconhecida até recentemente. Vierimaa et al. (2006) combinaram estudos de ligação por análise de polimorfismos e estudos de expressão gênica e identificaram mutações no gene AIP em famílias com acromegalia não-NEM-1 e não-CNC; além de perda de heterozigose (LOH) nos somatotropinomas dos pacientes com mutação AIP. No presente estudo, investigamos o gene AIP em três famílias brasileiras com IFS e em seus tumores (hipofisários e não-hipofisários). Descrevemos uma nova mutação AIP (Y268X) em uma família brasileira com IFS, confirmando o papel desse novo gene na predisposição a tumores hipofisários. A partir de dados gerados em uma extensa revisão da literatura, sugerimos que os tumores hipofisários familiais isolados são doenças multigênicas que possuiriam um gene principal, mas que sofreriam influência de outros genes/loci ainda pouco caracterizados. Assim, investigamos também o envolvimento de diversos genes/loci candidatos (SSTR2, SSTR5, CDKN1B, AHR, PRKAR1A, PTTG, PROP1, MEG3, RB1 e 2p16) como possíveis moduladores do fenótipo na IFS. Nossos dados sugerem que além da mutação AIP, há necessidade da co-segregação de marcadores localizados em regiões com potencial oncogênico para o desenvolvimento da doença hipofisária. Também apresentamos nesta Tese as primeiras análises de tumores nãohipofisários em pacientes com mutação AIP e encontramos evidências do possível envolvimento de AIP na tumorigênese de um carcinoma funcionante do córtex adrenal de paciente com IFS. / Acromegaly is a rare disfigurating and insidious disease characterized by enlargement of hands, feet and skull bones due to excess of growth hormone (GH) secreted by a pituitary tumor (somatotropinoma). The majority of the cases with acromegaly is sporadic, however it may occur in association with inherited disorders as Multiple Endocrine Neoplasia type 1 (MEN1), Carney complex (CNC) and Isolated Familial Somatotropinoma (IFS). The genes associated with MEN1 syndrome (MEN1) and CNC (PRKAR1A) have been described more than a decade ago, however until very recently the molecular etiology of IFS remained unknown. Using a combined strategy of single nucleotide polymorphism (SNP) analysis and gene expression analysis, Vierimaa et al. (2006) described mutations in the AIP gene occurring in families with acromegaly not associated with MEN1 and CNC. In the current study, we investigated three Brazilian families with IFS and were able to describe two germline mutations in the AIP gene, confirming the role of this new gene in the predisposition to familial somatotropinoma. We revised the literature of genetic studies of isolated pituitary adenoma syndromes, which indicated a genetic heterogeneity as well as possible multigenic inheritance for these diseases. Thus, we investigated the role of several genes/loci (SSTR2, SSTR5, CDKN1B, AHR, PRKAR1A, PTTG, PROP1, MEG3, RB1 and 2p16) selected as potentially acting as phenotypic modulators in IFS. Our data indicate that AIP-mutated patients are prone to pituitary disease, however it is necessary the co-segregation of markers located at oncogenic regions to the development of the pituitary tumors and manifestation of the disease. Herein, we also present the first somatic analysis of non-pituitary tumors of AIP-mutated patients. A potential role of AIP, which is implicated in the cAMP pathway, could not be excluded in the development of an adrenocortical carcinoma.
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Expressão dos genes relacionados à apoptose, Bcl-2, bax, e caspase-3 nos adenomas hipofisários clinicamente não funcionantes e seu potencial como marcador do comportamento tumoral / Bcl-2, bax and caspase-3 apoptosis related genes expression in nonfunctioning pituitary adenoma and their role as potential markers of tumor behavior

Valter Angelo Sperling Cescato 26 March 2010 (has links)
Adenomas hipofisários são tumores benignos, de crescimento lento, originados no interior da sela túrcica e constituem de 10% a 15% dos tumores intracranianos, Os adenomas clinicamente não funcionantes (ACNF), correspondem aproximadamente um terço dos adenomas em geral. Por não apresentarem síndrome clínica hormonal são geralmente diagnosticados devido a sintomas neurológicos ou oftalmológicos, como macroadenomas, com grandes dimensões, invasão de estruturas circunvizinhas e hipopituitarismo. A cirurgia é o tratamento de escolha para estes tumores e apesar de ser eficaz na resolução do quadro compressivo, a possibilidade de cura cirúrgica é reduzida principalmente em tumores invasivos. Seu acompanhamento pós-operatório é efetuado por exame de imagem, preferencialmente ressonância magnética, devido à indisponibilidade de marcadores séricos. Nesta pesquisa avaliou-se a relação da expressão dos genes relacionados à apoptose, Bcl-2, Bax e Caspase-3 e sua relação com o comportamento dos ACNF. Na Divisão de Neurocirurgia Funcional do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo foram operados 119 doentes com tumores hipofisários, de 28/05/08 à 07/04/09, 50 deles com ACNF, 30 deles foram estudados. A ressonância magnética da região selar pré-operatória possibilitou a medida dos três maiores diâmetros do tumor, ou seja, antero-posterior (AP), crânio-caudal (CC), látero-lateral (LL) e avaliar a invasão do seios cavernoso e esfenoidal. O tamanho dos tumores foi avaliado pela soma dos três diâmetros, pelo maior diâmetro e pelo cálculo do volume, efetuado pela fórmula AP x CC x LL x 0,5. No intraoperatório foram avaliados, a consistência e invasão tumoral. A análise histológica por hematoxilina-eosina, foi efetuada em todos os tumores, assim como a análise imuno-histoquímica (IHQ) dos hormônios hipofisários, Ki-67, p53 e Bcl-2. Foi realizada a análise molecular dos genes Bcl-2, Bax e Caspase-3 por RT-PCR. Dados demográficos: 17 do sexo masculino, 13 do sexo feminino, mediana da idade foi de 54,5 anos e mediana da duração dos sintomas de 31 meses. Todos apresentavam macroadenoma, 87% deles com perda visual, 53% com cefaléia, 17% com outras alterações neurológicas e um assintomático diagnosticado incidentalmente. Avaliação hormonal, disponível em 26 doentes, confirmou deficiência em 92% deles, com mais de dois eixos acometidos em 50% dos casos. A mediana do volume dos tumores foi de 11,6 cm3, do maior diâmetro de 3,8cm e da soma dos três diâmetros de 8,6cm, observou estreita correlação significativa estatisticamente entre as três medidas. Quarenta porcento dos tumores eram gigantes (diâmetro maior ou igual a 4 cm). Consistência amolecida e invasão tumoral foram observadas em 87% e 67% dos tumores, respectivamente. Todos doentes foram operados pela via transesfenoidal, exceto um operado por craniotomia pterional. Complicações cirúrgicas ocorreram em cinco pacientes, três com fistula liquórica, dois com meningite e dois óbitos. A análise histológica confirmou o diagnóstico de adenoma hipofisário em todos os casos. A IHQ foi negativa para todos hormônios em 18 e positiva em 12 tumores (TSH, FSH, LH, GH ou ACTH). A IHQ para proteína P-53 foi negativa em todos os casos. A IHQ para KI-67 revelou ausência da proteína em 11, positividade em menos de 3% das células em 15 e em mais de 3% em 4 tumores. A IHQ para Bcl-2 foi positiva em apenas três pacientes. A análise molecular dos genes Bcl-2, Bax e Caspase-3 revelou expressão muito inferior nos tumores em relação à observada para um pool de hipófise normal. Observou-se correlação positiva estatisticamente significante entre os três genes porém não foi observada correlação entre os níveis destes três genes e nenhum fator de prognóstico tumoral estudado, quais sejam, idade, positividade para hormônios na IHQ, tamanho ou invasão tumoral / Pituitary adenomas are benign, slow-growing tumors that arise in the sella turcica and account for 10% to 15% of all intracranial tumors. Non-functioning pituitary adenomas (NFPA) account for around one third of all pituitary adenomas. NFPA do not clinically present as hormonal syndromes and are generally diagnosed as macroadenomas due to marked neurological and ophthalmologic symptoms and invasion of surrounding structures, beside hypopituitarism. Surgery is the gold standard to treat these tumors. It effectively relieves compressive symptoms but cure is uncommon. Despite benign in nature, NFPA usually show aggressive behavior. There are no hormonal markers and the follow-up usually is made only by magnetic resonance imaging. Apoptosis-related genes, Bcl-2, Bax, and caspase-3, were here studied in NFPA to assess their role as potential markers of tumor behavior. Out of 119 patients with pituitary adenomas treated by surgery, 30 patients (17 men, 13 women, median age 54.5 years old) harboring NFPA who underwent surgery in the Department of Functional Neurosurgery at Hospital das Clínicas Psychiatric Institute, University of S. Paulo Medical School, from August 2008 to July 2009, were studied. Information on gender, age, pituitary function, symptoms and their length was collected. Tumor dimensions were measured using magnetic resonance imaging of the sella turcica. The tumor volume was calculated by the following equation: anterior-posterior diameter x cranial-caudal diameter x lateral-lateral diameter x 0.5. Intra-operative information such as tumor invasion and consistence was recorded. Histological examination by hematoxylin-eosin staining and immunohistochemistry analysis of pituitary hormones, Ki-67, p53, and Bcl-2 were performed. The molecular analysis of Bcl-2, Bax, and caspase-3 genes was performed by real-time polymerase chain reaction (RT-PCR) in all tumor specimens collected during surgery and compared to a poll of normal pituitary gland. All patients had macroadenomas diagnosed due to visual loss (87%), headache (53%) and other neurological symptoms (17%) and one case was incidentally found. Hormonal deficits were seen in 92% of 26 cases; more than two axes were involved in half of these patients. There was found good correlation between tumor volume, largest diameter and the sum of the 3 diameters, and tumor volume was used to assess the correlations with other parameters. The median volume was 11.6 cm3. Giant tumors (4 cm) were diagnosed in 40% of the patients. Soft tumors and tumor invasion were observed in 87% and 67% of cases, respectively. A transsphenoidal approach was used in all patients, except one who had pterional craniotomy. Five patients presented post-operative complications: three had CSF leakage, two meningitis and two died. The histological examination confirmed pituitary adenoma in all cases, 18 of them were null cell and 12 showed a positive immunohistochemistry analysis for one or more hormones, mainly TSH. Immunohistochemistry analysis results for p-53 was negative in all cases; for Ki-67 was negative in 11, positive in less than 3% of the cells in 15 and positive in more than 3% of the cells in 4 cases; and for Bcl-2 was positive only in three patients. Bcl-2, Bax and caspase-3 molecular analysis revealed very low expression compared to normal pituitary values. There was found a positive correlation between these three genes but no correlation between them and age, tumor volume or invasion. The Bcl-2, Bax, and caspase-3 gene analysis by RT-PCR in NFPA did not evidence their potential as markers of tumor behavior
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Proteína C reativa na deficiência isolada monogênica do hormônio de crescimento

Marques-santos, Celi 12 September 2006 (has links)
The present research has the objective to determinate the seric PCR concentrations in the monogenic isolated deficiency of the growth hormone (DIGH), test the hypothesis that DIGH is associated to the exacerbation of the inflammatory profile, identify the PCR elevation predictors, and evaluate the existence of an association between PCR and premature atherosclerosis. The growth hormone (GH) has as its main function the post-natal longitudinal growth; it interferes in the bone apposition, muscle mass growth, opposes to the action of insulin in the carbohydrates and lipids metabolism, and, in the cardiovascular system, helps the vascular and myocardial remodeling. IGF-I, GH primary mediator, plays a fundamental role in the growth regulation, cellular apoptosis and differentiation. The GH/IGF-I axis acts in the resistance to insulin and phenotypical expression of cardiovascular risk factors, associated to metabolic syndrome. IGF-I avoids the endothelial dysfunction, causes the increase of sensitivity to insulin, and avoids post-prandial dyslipidemia, besides presenting anti-inflammatory and anti-apoptotic activities. The decrease of IGF-I is associated to premature atherosclerosis and high cardiovascular risk. IGF-I role is controversial and its increase is related to the premature atherosclerosis in carotids. The deficiency of GH is associated to the increase of cardiovascular and brain vascular mortality. The inflammation plays an essential role in the atherosclerosis physiopathology from its initial phase up to atherotrombotic events in acute coronary syndromes. C - reactive protein, acute phase reagent of the inflammation, is produced by the liver, due mainly to the interleukin-6 stimulus. As a predictor and a mediator of atherosclerosis, among all circulating inflammatory markers, it is the most stable, the most studied and the one which presented the most constant relationship to future cardiovascular risk in various clinical situations, including asymptomatic individuals. In Itabaininha, Sergipe state we described a population with DIGH, with extremely low levels of IGF-I, high LDL-c and systolic arterial pressure and central obesity, a cluster of risk factors, highly susceptible to atherosclerosis ideal to this research. From this population, eighteen individuals were studied, eight male and ten female, with an average age of 45, compared to a control group composed of twenty individuals of the same region. After the clinical and metabolic characteristics were analyzed, the most relevant results were: PCR showed a meaningful difference between the groups (4,9 mg/l (4,7) vs 1,4 mg/l (2,2)); and IGF-I extremely low (1,0 ng/ml (1,0) vs 164,0 ng/ml (135,0)). The group predicts that PCR is independent from the other metabolic variables (R² = 0, 42), and that IGF-I is the main responsible for the increase of PCR in the DIGH. No association between PCR and the intimatemedia thickness of the carotids could be observed. Conclusion: it was demonstrated that the DIGH present high levels of PCR when compared to the control group; the variable group predicts this variation and IGF-I is the main responsible for the PCR variability. High PCR is not associated to premature atherosclerosis in this high risk differentiated group. / Esta pesquisa demonstra de forma original o grau de inflamação relacionado à deficiência isolada monogênica do hormônio de crescimento (DIGH) através da determinação das concentrações plasmáticas da proteína C reativa (PCR), testa a hipótese de a DIGH estar associada à exacerbação do perfil inflamatório, identifica os preditores da elevação da PCR e avalia a associação de inflamação com aterosclerose precoce. O hormônio de crescimento (GH) tem como função principal, o crescimento longitudinal pós-natal; interfere na aposição óssea, crescimento da massa muscular, opõe-se à ação da insulina no metabolismo dos carboidratos e lipídios e, no aparelho cardiovascular, atua no remodelamento miocárdico e vascular. A sua deficiência está associada ao aumento de mortalidade por doenças cardio e cérebro vasculares. O IGF-I, mediador primário do GH, desempenha papel fundamental na regulação do crescimento, diferenciação e apoptose celular. O eixo GH/IGF-I interfere quanto à resistência à insulina e na expressão fenotípica dos fatores de risco cardiovasculares, associados à síndrome metabólica. O IGF-I evita a disfunção endotelial, promove o aumento da sensibilidade à insulina previne a dislipidemia pós-prandial, além de possuir atividade anti-inflamatória e antiapoptótica. A diminuição do IGF-I está associada à aterosclerose prematura e elevado risco cardiovascular. O papel do IGF-I é controverso e o seu aumento está associado ao aparecimento precoce de aterosclerose em carótidas. A inflamação exerce papel fundamental na fisiopatologia da aterosclerose. A PCR, reagente de fase aguda da inflamação é produzida pelo fígado, em decorrência principalmente do estímulo da interleucina-6. Entre os marcadores inflamatórios circulantes, é a mais estável, a mais estudada e a que apresentou relação mais constante com o risco cardiovascular futuro em diversas situações clínicas, incluindo indivíduos assintomáticos; A PCR é considerada preditora e mediadora da aterosclerose. Em Itabaianinha, Sergipe, foi descrita uma população com DIGH, níveis extremamente baixos de IGF-I, LDL e pressão arterial sistólica elevados, obesidade central, portanto, uma população com múltiplos fatores de risco, altamente susceptível à aterosclerose. Este estudo inseriu 18 indivíduos DIGH, oito do sexo masculino e dez do feminino, idade média de 45 anos, e 20 controles (CO) da mesma região. Analisadas as características clínicas e metabólicas, o grupo DIGH apresentou PCR de (4,9 mg/l (4,7) vs controles (CO) 1,4 mg/l (2,2) com importante diferença significativa (p<0,0001); o IGF-I dos DIGH foi extremamente baixo, 1,0 ng/ml (1,0) vs 164,0 ng/ml (135,0) dos CO, p< 0,0001. O grupo é que prediz ser a PCR independente das outras variáveis metabólicas (R2 = 0,42) e o IGF- I é o principal responsável pelo aumento da PCR nos DIGH. Não houve nenhuma relação de associação entre a PCR e a espessura média-íntima das carótidas do DIGH. Conclusão: ficou demonstrado que os DIGH apresentam níveis muito elevados de PCR que denota um perfil inflamatório exacerbado; o grupo é que prediz esta variação e, o IGF-I é o principal responsável pelo variabilidade da PCR. A PCR elevada na DIGH não está associada à aterosclerose precoce.
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Análise molecular do gene HES1 em pacientes portadores de hipopituitarismo congênito / Molecular analysis of the HES1 gene in patients with congenital hypopituitarism

Otto, Aline Pedrosa 29 July 2014 (has links)
Estudos em modelos animais transgênicos possibilitaram o conhecimento de parte dos genes envolvidos na embriogênese hipofisária e da etiologia genética do hipopituitarismo em humanos. Entretanto, a etiologia da maior parte dos casos de hipopituitarismo congênito, principalmente os associados à neuro-hipófise ectópica (NE), ainda é pouco definida. Mutações no gene PROP1 são a causa genética mais comum de hipopituitarismo descritas até o momento, mas estão sempre associadas à neuro-hipófise tópica. Estudos destinados a esclarecer o mecanismo molecular da mutação do gene Prop1 em camundongos demonstraram a participação da via de sinalização Notch e de seus componentes, dentre eles, o gene Hes1. O HES1 é um gene que codifica um fator de transcrição que participa de estágios precoces do desenvolvimento hipofisário e está envolvido com a morfogênese da neuro-hipófise. A avaliação do camundongo com nocaute em homozigose deste gene acarreta uma hipoplasia da adeno-hipófise e ausência da neuro-hipófise; e sua expressão constitutiva está associada ao hipopituitarismo. Como a NE é um achado comum no hipopituitarismo congênito e o gene HES1 pode estar relacionado a sua fisiopatologia, a região codificadora do gene HES1 foi avaliada em 192 pacientes com hipopituitarismo congênito. A variante alélica c.578G > A (p.G193D) em heterozigose foi encontrada em um paciente com hipopituitarismo congênito associado à NE. A avaliação da predição in silico do efeito funcional da variante pela ferramenta MutationTaster sugere que a troca do aminoácido glicina, altamente conservado entre os mamíferos, por ácido aspártico, seja deletéria. No estudo da segregação familiar, quatro irmãos aparentemente normais apresentam a mesma variante, sendo que dois deles possuem alterações discretas na imagem da hipófise. Em conclusão, esta é uma nova variante alélica descrita no gene HES1, ausente em grandes bancos de dados e controles saudáveis da população brasileira, mas presente em irmãos não afetados. Estudos funcionais in vitro são necessários para esclarecer o efeito biológico desta variante. Um padrão de herança complexo com penetrância incompleta é possível e já descrito em outros genes associados ao hipopituitarismo. Na tentativa de elucidar a causa genética do hipopituitarismo neste caso, o material genético deste paciente e de seus familiares foram submetidos ao sequenciamento do exoma, mas os resultados estão inconclusivos até o momento / Studies of transgenic animal models have allowed for the discovery of genes involved in human pituitary embryogenesis and the genetic etiology of hypopituitarism. However, the genetic causes of most cases of congenital hypopituitarism, especially those associated with an ectopic posterior pituitary, remain poorly defined. Mutations in the gene PROP1 are the most common genetic causes of hypopituitarism described to date, and are always associated with an ectopic posterior pituitary. Studies to elucidate the molecular mechanisms of Prop1 mutations in mice have demonstrated the involvement of the Notch signaling pathway, including its downstream target Hes1. The HES1 gene encodes a transcription factor that participates in early stages of pituitary development and is involved in posterior pituitary morphogenesis. Hes1 knockout mice exhibit a hypoplastic anterior pituitary and absence of a posterior pituitary. Conversely, constitutive expression of Hes1 is associated with hypopituitarism. Since an ectopic posterior pituitary is commonly found in congenital hypopituitarism and the HES1 gene may be related to its pathophysiology, the coding region of gene HES1 was screened in 192 patients with congenital hypopituitarism. A heterozygous allelic variant c.578G >A (p.G193D) was identified in a patient with congenital hypopituitarism associated with an ectopic posterior pituitary. Assessment by MutationTaster, a bioinformatic tool for in silico prediction of functional effect of missense variants, suggests that substitution of glycine (a highly conserved amino acid in this position among mammals) for aspartic acid is deleterious. In the genetic study of family members, we identified four apparently normal siblings with the same variant, two of which have discrete changes in their pituitary MRI. In conclusion, we described a new allelic variant in the gene HES1, absent in large databases and healthy Brazilian controls, but present in the unaffected siblings. In vitro functional studies are needed to clarify the biological effect of this variant. A complex pattern of inheritance with incomplete penetrance is possible in this case, as it has already been described in other genes associated with hypopituitarism. In an attempt to elucidate the genetic cause of hypopituitarism in the family described, DNA samples of this patient and his family were submitted to exome sequencing, but results are inconclusive at this time
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Reavaliação do papel da determinação das concentrações séricas do IGF-1 e IGFBP-3 na investigação de crianças com baixa estatura / Re-evaluation of the role of IGF-1 and IGFBP-3 serum concentrations in the assessment of children with short stature

Lima, Thaís Hissami Inoue 18 April 2019 (has links)
IGF-1 e IGFBP-3 são medidas indiretas da secreção de GH e ferramentas úteis na avaliação do eixo GH/IGF-1. No diagnóstico de deficiência de GH (DGH) estes peptídeos são avaliados pela idade cronológica. Nosso estudo avaliou a capacidade discriminativa desses peptídeos na identificação de pacientes com DGH e comparou a performance dos escores de desvio padrão do IGF-1 e do IGFBP-3 avaliados para idade cronológica (escore-ZIC), idade óssea (escore-ZIO) e estadio puberal (escore-ZIP) no diagnóstico de DGH. Trata-se de um estudo retrospectivo, transversal, com levantamento de dados de prontuário de pacientes pediátricos com distúrbios de crescimento acompanhados em nosso serviço. Os pacientes foram classificados como DGH ou suficientes de GH (não-DGH). O IGF-1 e o IGFBP-3 foram dosados pelo ensaio quimioluminescência - IMMULITE® e foram calculados o escore-ZIC, escore-ZIO e escore-ZIP. Foram avaliados 50 pacientes classificados como DGH e 187 como não-DGH. Os escores-ZIC, escores-ZIO e escores-ZIP do IGF-1 e do IGFBP-3 foram significativamente menores no grupo DGH em comparação com o grupo não-DGH (p < 0,001). O escore-ZIC do IGF-1 apresentou desempenho discriminativo superior ao escore-ZIC do IGFBP-3 na identificação de pacientes com DGH [área sob a curva ROC (AUC) 0,877 e 0,766, respectivamente, p = 0,001], em que o IGF-1 apresentou melhor sensibilidade (92% vs 45,2%) e o IGFBP-3 melhor especificidade (93,8% vs 69%). Entretanto, o valor preditivo positivo, considerando uma prevalência estimada de DGH de 2% entre crianças com baixa estatura, foi de 5,7% para o escore-ZIC do IGF-1 e de 13,1% para o do IGFBP-3, com valores preditivos negativos semelhantes. O escore-ZIO do IGF-1 demonstrou melhor desempenho discriminativo que o escore-ZIC sem atingir significância estatística (AUCs de 0,902 e 0,877, respectivamente, p=0,29). Mas essa superioridade não foi observada com o escore-ZIO do IGFBP-3. Nos pacientes em idade pré-púbere, não houve diferença estatisticamente significante entre o desempenho do escore-ZIC e escore-ZIO das concentrações séricas do IGF-1 e do IGFBP-3. Já nos pacientes em idade puberal houve uma melhora significativa da especificidade dos escore-ZIO e escore-ZIP do IGF-1 em relação ao escore-ZIC (de 65,6% para 92,7% e 98,4%), apesar da redução da sensibilidade (de 91,3% para 72,2% e 63,6%, respectivamente). Além disso, os valores preditivos positivos (VPP) do escore-ZIO e do escore-ZIP apresentaram uma melhora significativa em relação ao escore-ZIC do IGF-1 (16,8%, 44,8% e 5,1%, respectivamente), sem prejuízo nos valores preditivos negativos. A avaliação combinada de IGF-1 e IGFBP-3 em comparação com o escore-Z do IGF-1 isolado apresentou melhor sensibilidade (de 92% para 94,4%) quando somente um escore-Z desses peptídeos está baixo e melhor especificidade (de 69% para 95,7%) quando os escores-Z de ambos os peptídeos estão baixos / IGF-1 and IGFBP-3 are an indirect measure of the GH secretion and are a useful tool in the evaluation of the GH/IGF-1 axis. These peptides are usually evaluated according to the chronological age in the diagnosis of GH deficiency (GHD). Our study evaluated the diagnostic value of IGF-1 and IGFBP-3 in the diagnosis of GHD and compared their performance assessed by chronological age, bone age and pubertal status. This is a retrospective, cross-sectional study; data of pediatric patients with growth disorders evaluated in our tertiary outpatient clinic were retrieved from medical records. The patients were classified as GHD or GH sufficient (non-GHD). The IGF-1 and IGFBP-3 were measured by a chemiluminescent immunometric assay (IMMULITE®) and these values were transformed into standard deviation scores according to chronological age (SDSCA), bone age (SDS-BA) and pubertal status (SDS-PS). 50 patients were classified as GHD and 187 patients as non-GHD. The IGF-1 and IGFBP-3 SDSCA, SDS-BA and SDS-PS were significantly lower in the GHD group in comparison to the non-GHD group (p < 0.001). The IGF-1 SDS-CA had a superior discriminatory performance than the IGFBP-3 SDS-CA in the diagnosis of GHD [area under the ROC curve (AUC) 0.877 and 0.766, respectively, p = 0.001]. The IGF-1 SDS-CA had a higher sensitivity (92% vs 45.2%) and the IGFBP-3 SDSCA had a higher specificity (93.8% vs 69%). However, the predictive value of a positive result, considering an estimated GHD prevalence of 2% among children with short stature was 5.7% for the IGF-1 SDS-CA and 13.1% for the IGFBP-3 SDS-CA, with similar predictive values of a negative result. The IGF-1 SDS-BA had a better discriminatory performance than the IGF-1 SDS-CA, though not statistically significant (AUCs 0.902 and 0.877, respectively, p=0.29). There was no difference in the performance of the IGFBP-3 SDS-CA and SDS-BA. The diagnostic value of the IGF-1 and IGFBP-3 SDS-CA and SDS-BA of patients of pre-pubertal age was similar. On the other hand, in patients of pubertal age, there was a significant improvement of the specificity of the IGF-1 SDS-BA and SDSPS in comparison to the IGF-1 SDS-CA (from 65.5% to 92.7% and 98,4%), albeit the decay on the sensitivity (from 91.3% to 72.2% and 63.6%, respectively). Furthermore, the positive predictive values of the IGF-1 SDS-BA and SDS-PS were higher than the IGF-1 SDS-CA (16.8%, 44.8% and 5.1%, respectively), with similar negative predictive values. The evaluation of IGF-1 and IGFBP-3 assessed simultaneously in comparison to IGF-1 had a better sensitivity (from 92% to 94.4%) when either one of these peptides is low, and a better specificity (from 69 to 95.7%) when both the peptides are low
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Papel da via lkaros-FGFR4 na evolução pós-cirúrgica dos pacientes com doença de Cushing / Ikaros-FGFR4 pathway: role in the postoperative outcome of Cushing\'s disease

Brito, Luciana Pinto 12 April 2010 (has links)
Introdução: Os mecanismos envolvidos na patogênese molecular dos tumores hipofisários corticotróficos são complexos, heterogêneos e permanecem na maioria dos casos desconhecidos. Alterações da expressão de componentes da via Ikaros (Ik), tais como do receptor 4 dos fatores de crescimento de fibroblastos (FGFR4) têm sido detectadas em tumores hipofisários, inclusive nos corticotropinomas. O desbalanço entre as isoformas longas e curtas do Ikaros resulta em um início de transcrição alternativa do FGFR4, codificando uma isoforma truncada do gene (pdt- FGFR4) que foi associada a tumores hipofisários maiores e mais invasivos. A isoforma curta Ik6 promove a expressão do fator anti-apoptótico Bcl-XL in vitro, um efeito independente da interação com as isoformas longas. Além disso, um polimorfismo do FGFR4, com substituição da glicina por arginina no códon 388 (G388R), tem sido associado à evolução desfavorável em vários tipos tumorais humanos. Objetivos: Analisar a expressão do Bcl-XL, das isoformas do Ikaros (Ik1+Ik2/Ik total) e do FGFR4 em corticotropinomas humanos. Avaliar a freqüência dos genótipos do códon 388 do FGFR4 nos pacientes com doença de Cushing e sua associação com a evolução pósoperatória após a primeira cirurgia transesfenoidal. Métodos: Noventa e sete pacientes com diagnóstico de doença de Cushing foram estudados. Os dados clínicos, hormonais e histopatológicos foram avaliados retrospectivamente. O estudo da expressão do Bcl-XL, do Ikaros, e do FGFR4 foi realizado por PCR em tempo real em 20 amostras de corticotropinomas, sendo dois tumores correspondentes à síndrome de Nelson. A determinação dos genótipos no códon 388 do FGFR4 foi realizada nos 97 pacientes e em 103 indivíduos controles, por PCR de fragmento do exon 9 do gene FGFR4 seguida de digestão com a enzima de restrição BstNI. A evolução pós-operatória (remissão/recidiva) da doença de Cushing foi avaliada em 76 pacientes. Foram considerados em remissão aqueles pacientes com níveis normais de cortisol urinário durante todo o primeiro ano após a cirurgia, na ausência de reposição hormonal, bem como os que necessitaram de reposição com glicocorticóide no mesmo período. Resultados: Dos 76 pacientes submetidos à primeira cirurgia transesfenoidal, a remissão pós-operatória ocorreu em 68,4% dos pacientes. Treze pacientes (25%) evoluíram com recidiva da doença de Cushing após remissão inicial. A expressão do Bcl-XL foi semelhante à hipófise normal na maioria das amostras tumorais [mediana (mín-máx): 1,36 (0,6 - 2,70)]. Aumento da expressão das isoformas longas do Ikaros foi detectado em 40% dos tumores, enquanto as isoformas curtas corresponderam a mais de 50% da expressão do Ikaros em apenas 3 casos, não havendo associação da expressão do Ikaros com qualquer das variáveis analisadas. O aumento da expressão do FGFR4 foi detectado em 8/18 (44,4%) dos corticotropinomas com doença de Cushing, havendo associação entre a hiperexpressão do FGFR4 e a menor freqüência de remissão pós-operatória da doença de Cushing (p = 0,009). A distribuição genotípica do polimorfismo G388R foi semelhante entre pacientes e controles. O genótipo glicina em homozigose (Gly/Gly) não foi associado à menor frequência de remissão pós-operatória da doença, no entanto, uma freqüência maior de recidiva pós-operatória foi encontrada no grupo de pacientes Gly/Gly (p = 0,019). O genótipo Gly/Gly foi ainda associado à redução da sobrevida livre de doença (hazard ratio [HR], 6,91; Intervalo de Confiança (IC) de 95%, 1,14 a 11,26; p = 0,028). Outras variáveis que se associaram significativamente com maior freqüência de recidiva foram: tamanho e grau de invasão tumoral de acordo com a classificação de Hardy modificada (p = 0,017), o sexo masculino (p = 0,033), a não confirmação Imuno-histológica do tumor produtor de ACTH (p = 0,026) e os valores de cortisol > 2 ?g/dL no pós-operatório precoce (p = 0,01). Conclusões: A expressão normal detectada do Bcl-XL e das isoformas curtas do Ikaros, na maioria das amostras tumorais, sugere a não participação destes fatores na patogênese dos tumores corticotróficos. O aumento da expressão do FGFR4 e o genótipo glicina em homozigose foram associados, respectivamente, à menor freqüência de remissão e maior recidiva pós-operatória da doença de Cushing. Estes resultados sugerem que o FGFR4 pode ter um papel na progressão dos tumores corticotróficos favorecendo a persistência e/ou recidiva da doença de Cushing. / Introduction: The mechanisms involved in the molecular pathogenesis of corticotroph pituitary tumors are complex, heterogeneous and in most cases remain unknown. Changes in the expression of components of Ikaros (Ik) pathway, such as receptor 4 of fibroblast growth factor (FGFR4), have been detected in pituitary tumors including corticotropinomas. Imbalance between long and short Ik isoforms results in alternative transcription initiation of FGFR4 and encodes a truncated isoform of the gene (pdt-FGFR4) which was associated with larger and more invasive pituitary tumors. The Ik6 short isoform promotes Bcl-XL expression in vitro, an effect independent of the interaction with the long isoforms. In addition, a polymorphism of FGFR4 gene, the substitution of glycine by arginine at codon 388 (G388R), has been associated with adverse outcome in several human tumor types. Objectives: To analyze the expression of Bcl-XL, Ikaros isoforms (Ik1 + Ik2/Ikaros total), and FGFR4 in human corticotropinomas. To determine the frequency of each genotype at codon 388 of FGFR4 in patients with Cushing\'s disease and its association with the postoperative outcome after the first transsphenoidal surgery. Methods: Ninety-seven patients with Cushing\'s disease were evaluated. Clinical, hormonal and histopathological findings were assessed retrospectively. The expression of Bcl-XL, Ikaros and FGFR4 were evaluated by real-time PCR in 20 samples of corticotropinomas, including two samples of Nelson\'s syndrome. The FGFR4 genotype was determined in the 97 patients and 103 control subjects by PCR fragment of exon 9 of the FGFR4 gene, followed by digestion with the BstNI restriction enzyme. The postoperative outcome (remission/relapse) of Cushing\'s disease was assessed in 76 patients. The patients with normal urinary cortisol levels during the first year after surgery, in the absence of hormone replacement therapy, and those who required glucocorticoid replacement within the same period were considered in remission. Results: Of the 76 patients who underwent the first transsphenoidal surgery, remission was achieved in 68.4% of patients. Thirteen patients (25%) developed recurrence of Cushing\'s disease after initial remission. The expression of Bcl-XL in the majority of tumor samples was similar to normal pituitary [median (min-max): 1.36 (0.6 - 2.70)]. Overexpression of long isoforms of Ik was detected in 40% of tumors, while the short isoforms represented more than 50% of the expression in only 3 samples. Ik expression was not associated with any of the variables analysed. FGFR4 transcripts were overexpressed in 8/18 (44.4%) of corticotropinomas with Cushing\'s disease. There was an association between the overexpression of FGFR4 and lower postoperative remission rate (p = 0.009). The FGFR4 genotype distribution at codon 388 was similar between control individuals and patients. The glycine homozygous genotype (Gly/Gly) was not associated with lower remission rate. However, a higher frequency of postoperative recurrence was found in the Gly/Gly group (p = 0.019). The Gly/Gly genotype was also associated with reduced disease-free survival (hazard ratio [HR] 6.91, confidence interval (CI) 95%, 1.14 to 11.26; p = 0.028). Other variables that were significantly associated with higher frequency of recurrence were: size and tumor invasion according to modified Hardy classification (p = 0.017), male gender (p = 0.033), non-immuno-histological confirmation of ACTH secreting tumor (p = 0.026) and cortisol levels > 2 ?g/dL in the early postoperative period (p = 0.01). Conclusions: The normal expression of Bcl-XL and short isoforms of Ik in most samples suggest that these factors are not involved in the pathogenesis of corticotroph tumors. Overexpression of FGFR4 and the glycine homozygous genotype were associated with lower frequency of remission and higher postoperative recurrence of Cushing\'s disease, respectively. These results suggest that FGFR4 may play a role in progression of corticotroph tumors favoring the persistence and/or recurrence of Cushing\'s disease.
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Análise molecular do gene HES1 em pacientes portadores de hipopituitarismo congênito / Molecular analysis of the HES1 gene in patients with congenital hypopituitarism

Aline Pedrosa Otto 29 July 2014 (has links)
Estudos em modelos animais transgênicos possibilitaram o conhecimento de parte dos genes envolvidos na embriogênese hipofisária e da etiologia genética do hipopituitarismo em humanos. Entretanto, a etiologia da maior parte dos casos de hipopituitarismo congênito, principalmente os associados à neuro-hipófise ectópica (NE), ainda é pouco definida. Mutações no gene PROP1 são a causa genética mais comum de hipopituitarismo descritas até o momento, mas estão sempre associadas à neuro-hipófise tópica. Estudos destinados a esclarecer o mecanismo molecular da mutação do gene Prop1 em camundongos demonstraram a participação da via de sinalização Notch e de seus componentes, dentre eles, o gene Hes1. O HES1 é um gene que codifica um fator de transcrição que participa de estágios precoces do desenvolvimento hipofisário e está envolvido com a morfogênese da neuro-hipófise. A avaliação do camundongo com nocaute em homozigose deste gene acarreta uma hipoplasia da adeno-hipófise e ausência da neuro-hipófise; e sua expressão constitutiva está associada ao hipopituitarismo. Como a NE é um achado comum no hipopituitarismo congênito e o gene HES1 pode estar relacionado a sua fisiopatologia, a região codificadora do gene HES1 foi avaliada em 192 pacientes com hipopituitarismo congênito. A variante alélica c.578G > A (p.G193D) em heterozigose foi encontrada em um paciente com hipopituitarismo congênito associado à NE. A avaliação da predição in silico do efeito funcional da variante pela ferramenta MutationTaster sugere que a troca do aminoácido glicina, altamente conservado entre os mamíferos, por ácido aspártico, seja deletéria. No estudo da segregação familiar, quatro irmãos aparentemente normais apresentam a mesma variante, sendo que dois deles possuem alterações discretas na imagem da hipófise. Em conclusão, esta é uma nova variante alélica descrita no gene HES1, ausente em grandes bancos de dados e controles saudáveis da população brasileira, mas presente em irmãos não afetados. Estudos funcionais in vitro são necessários para esclarecer o efeito biológico desta variante. Um padrão de herança complexo com penetrância incompleta é possível e já descrito em outros genes associados ao hipopituitarismo. Na tentativa de elucidar a causa genética do hipopituitarismo neste caso, o material genético deste paciente e de seus familiares foram submetidos ao sequenciamento do exoma, mas os resultados estão inconclusivos até o momento / Studies of transgenic animal models have allowed for the discovery of genes involved in human pituitary embryogenesis and the genetic etiology of hypopituitarism. However, the genetic causes of most cases of congenital hypopituitarism, especially those associated with an ectopic posterior pituitary, remain poorly defined. Mutations in the gene PROP1 are the most common genetic causes of hypopituitarism described to date, and are always associated with an ectopic posterior pituitary. Studies to elucidate the molecular mechanisms of Prop1 mutations in mice have demonstrated the involvement of the Notch signaling pathway, including its downstream target Hes1. The HES1 gene encodes a transcription factor that participates in early stages of pituitary development and is involved in posterior pituitary morphogenesis. Hes1 knockout mice exhibit a hypoplastic anterior pituitary and absence of a posterior pituitary. Conversely, constitutive expression of Hes1 is associated with hypopituitarism. Since an ectopic posterior pituitary is commonly found in congenital hypopituitarism and the HES1 gene may be related to its pathophysiology, the coding region of gene HES1 was screened in 192 patients with congenital hypopituitarism. A heterozygous allelic variant c.578G >A (p.G193D) was identified in a patient with congenital hypopituitarism associated with an ectopic posterior pituitary. Assessment by MutationTaster, a bioinformatic tool for in silico prediction of functional effect of missense variants, suggests that substitution of glycine (a highly conserved amino acid in this position among mammals) for aspartic acid is deleterious. In the genetic study of family members, we identified four apparently normal siblings with the same variant, two of which have discrete changes in their pituitary MRI. In conclusion, we described a new allelic variant in the gene HES1, absent in large databases and healthy Brazilian controls, but present in the unaffected siblings. In vitro functional studies are needed to clarify the biological effect of this variant. A complex pattern of inheritance with incomplete penetrance is possible in this case, as it has already been described in other genes associated with hypopituitarism. In an attempt to elucidate the genetic cause of hypopituitarism in the family described, DNA samples of this patient and his family were submitted to exome sequencing, but results are inconclusive at this time
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Papel da via lkaros-FGFR4 na evolução pós-cirúrgica dos pacientes com doença de Cushing / Ikaros-FGFR4 pathway: role in the postoperative outcome of Cushing\'s disease

Luciana Pinto Brito 12 April 2010 (has links)
Introdução: Os mecanismos envolvidos na patogênese molecular dos tumores hipofisários corticotróficos são complexos, heterogêneos e permanecem na maioria dos casos desconhecidos. Alterações da expressão de componentes da via Ikaros (Ik), tais como do receptor 4 dos fatores de crescimento de fibroblastos (FGFR4) têm sido detectadas em tumores hipofisários, inclusive nos corticotropinomas. O desbalanço entre as isoformas longas e curtas do Ikaros resulta em um início de transcrição alternativa do FGFR4, codificando uma isoforma truncada do gene (pdt- FGFR4) que foi associada a tumores hipofisários maiores e mais invasivos. A isoforma curta Ik6 promove a expressão do fator anti-apoptótico Bcl-XL in vitro, um efeito independente da interação com as isoformas longas. Além disso, um polimorfismo do FGFR4, com substituição da glicina por arginina no códon 388 (G388R), tem sido associado à evolução desfavorável em vários tipos tumorais humanos. Objetivos: Analisar a expressão do Bcl-XL, das isoformas do Ikaros (Ik1+Ik2/Ik total) e do FGFR4 em corticotropinomas humanos. Avaliar a freqüência dos genótipos do códon 388 do FGFR4 nos pacientes com doença de Cushing e sua associação com a evolução pósoperatória após a primeira cirurgia transesfenoidal. Métodos: Noventa e sete pacientes com diagnóstico de doença de Cushing foram estudados. Os dados clínicos, hormonais e histopatológicos foram avaliados retrospectivamente. O estudo da expressão do Bcl-XL, do Ikaros, e do FGFR4 foi realizado por PCR em tempo real em 20 amostras de corticotropinomas, sendo dois tumores correspondentes à síndrome de Nelson. A determinação dos genótipos no códon 388 do FGFR4 foi realizada nos 97 pacientes e em 103 indivíduos controles, por PCR de fragmento do exon 9 do gene FGFR4 seguida de digestão com a enzima de restrição BstNI. A evolução pós-operatória (remissão/recidiva) da doença de Cushing foi avaliada em 76 pacientes. Foram considerados em remissão aqueles pacientes com níveis normais de cortisol urinário durante todo o primeiro ano após a cirurgia, na ausência de reposição hormonal, bem como os que necessitaram de reposição com glicocorticóide no mesmo período. Resultados: Dos 76 pacientes submetidos à primeira cirurgia transesfenoidal, a remissão pós-operatória ocorreu em 68,4% dos pacientes. Treze pacientes (25%) evoluíram com recidiva da doença de Cushing após remissão inicial. A expressão do Bcl-XL foi semelhante à hipófise normal na maioria das amostras tumorais [mediana (mín-máx): 1,36 (0,6 - 2,70)]. Aumento da expressão das isoformas longas do Ikaros foi detectado em 40% dos tumores, enquanto as isoformas curtas corresponderam a mais de 50% da expressão do Ikaros em apenas 3 casos, não havendo associação da expressão do Ikaros com qualquer das variáveis analisadas. O aumento da expressão do FGFR4 foi detectado em 8/18 (44,4%) dos corticotropinomas com doença de Cushing, havendo associação entre a hiperexpressão do FGFR4 e a menor freqüência de remissão pós-operatória da doença de Cushing (p = 0,009). A distribuição genotípica do polimorfismo G388R foi semelhante entre pacientes e controles. O genótipo glicina em homozigose (Gly/Gly) não foi associado à menor frequência de remissão pós-operatória da doença, no entanto, uma freqüência maior de recidiva pós-operatória foi encontrada no grupo de pacientes Gly/Gly (p = 0,019). O genótipo Gly/Gly foi ainda associado à redução da sobrevida livre de doença (hazard ratio [HR], 6,91; Intervalo de Confiança (IC) de 95%, 1,14 a 11,26; p = 0,028). Outras variáveis que se associaram significativamente com maior freqüência de recidiva foram: tamanho e grau de invasão tumoral de acordo com a classificação de Hardy modificada (p = 0,017), o sexo masculino (p = 0,033), a não confirmação Imuno-histológica do tumor produtor de ACTH (p = 0,026) e os valores de cortisol > 2 ?g/dL no pós-operatório precoce (p = 0,01). Conclusões: A expressão normal detectada do Bcl-XL e das isoformas curtas do Ikaros, na maioria das amostras tumorais, sugere a não participação destes fatores na patogênese dos tumores corticotróficos. O aumento da expressão do FGFR4 e o genótipo glicina em homozigose foram associados, respectivamente, à menor freqüência de remissão e maior recidiva pós-operatória da doença de Cushing. Estes resultados sugerem que o FGFR4 pode ter um papel na progressão dos tumores corticotróficos favorecendo a persistência e/ou recidiva da doença de Cushing. / Introduction: The mechanisms involved in the molecular pathogenesis of corticotroph pituitary tumors are complex, heterogeneous and in most cases remain unknown. Changes in the expression of components of Ikaros (Ik) pathway, such as receptor 4 of fibroblast growth factor (FGFR4), have been detected in pituitary tumors including corticotropinomas. Imbalance between long and short Ik isoforms results in alternative transcription initiation of FGFR4 and encodes a truncated isoform of the gene (pdt-FGFR4) which was associated with larger and more invasive pituitary tumors. The Ik6 short isoform promotes Bcl-XL expression in vitro, an effect independent of the interaction with the long isoforms. In addition, a polymorphism of FGFR4 gene, the substitution of glycine by arginine at codon 388 (G388R), has been associated with adverse outcome in several human tumor types. Objectives: To analyze the expression of Bcl-XL, Ikaros isoforms (Ik1 + Ik2/Ikaros total), and FGFR4 in human corticotropinomas. To determine the frequency of each genotype at codon 388 of FGFR4 in patients with Cushing\'s disease and its association with the postoperative outcome after the first transsphenoidal surgery. Methods: Ninety-seven patients with Cushing\'s disease were evaluated. Clinical, hormonal and histopathological findings were assessed retrospectively. The expression of Bcl-XL, Ikaros and FGFR4 were evaluated by real-time PCR in 20 samples of corticotropinomas, including two samples of Nelson\'s syndrome. The FGFR4 genotype was determined in the 97 patients and 103 control subjects by PCR fragment of exon 9 of the FGFR4 gene, followed by digestion with the BstNI restriction enzyme. The postoperative outcome (remission/relapse) of Cushing\'s disease was assessed in 76 patients. The patients with normal urinary cortisol levels during the first year after surgery, in the absence of hormone replacement therapy, and those who required glucocorticoid replacement within the same period were considered in remission. Results: Of the 76 patients who underwent the first transsphenoidal surgery, remission was achieved in 68.4% of patients. Thirteen patients (25%) developed recurrence of Cushing\'s disease after initial remission. The expression of Bcl-XL in the majority of tumor samples was similar to normal pituitary [median (min-max): 1.36 (0.6 - 2.70)]. Overexpression of long isoforms of Ik was detected in 40% of tumors, while the short isoforms represented more than 50% of the expression in only 3 samples. Ik expression was not associated with any of the variables analysed. FGFR4 transcripts were overexpressed in 8/18 (44.4%) of corticotropinomas with Cushing\'s disease. There was an association between the overexpression of FGFR4 and lower postoperative remission rate (p = 0.009). The FGFR4 genotype distribution at codon 388 was similar between control individuals and patients. The glycine homozygous genotype (Gly/Gly) was not associated with lower remission rate. However, a higher frequency of postoperative recurrence was found in the Gly/Gly group (p = 0.019). The Gly/Gly genotype was also associated with reduced disease-free survival (hazard ratio [HR] 6.91, confidence interval (CI) 95%, 1.14 to 11.26; p = 0.028). Other variables that were significantly associated with higher frequency of recurrence were: size and tumor invasion according to modified Hardy classification (p = 0.017), male gender (p = 0.033), non-immuno-histological confirmation of ACTH secreting tumor (p = 0.026) and cortisol levels > 2 ?g/dL in the early postoperative period (p = 0.01). Conclusions: The normal expression of Bcl-XL and short isoforms of Ik in most samples suggest that these factors are not involved in the pathogenesis of corticotroph tumors. Overexpression of FGFR4 and the glycine homozygous genotype were associated with lower frequency of remission and higher postoperative recurrence of Cushing\'s disease, respectively. These results suggest that FGFR4 may play a role in progression of corticotroph tumors favoring the persistence and/or recurrence of Cushing\'s disease.

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