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Negocio publico e interesse privado : analise dos processos de interdiçãoZarias, Alexandre 05 December 2003 (has links)
Orientador : Heloisa Andre Pontes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-03T13:25:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2003 / Resumo: Esta dissertação investiga a maneira pela qual um caso particular, de interesse privado, é tornado negócio público através da aplicação dos dispositivos legais referentes à interdição (Direito Civil), mecanismo legal que pertence à área do direito de família e através do qual, por meio de um processo jurídico, procura-se nomear alguém para que possa administrar os bens e a pessoa, ou somente os bens, de quem não mais possa fazê-lo por si só. A partir de dados derivados de uma pesquisa etnográfica e histórica desenvolvida nos cartórios e arquivos judiciários da cidade de Campinas, estado de São Paulo, compreendendo documentos da segunda metade do século vinte, a interdição é analisada como um espaço de negociação de significados entre as instituições familiar, jurídica e médica, no sentido de adequarem certas características pessoais atribuídas ao sujeito contra quem o processo é movido à lei, tendo como parâmetros termos relativos às concepções de "doença" e ao que legalmente é entendido como "capacidade civil" / Abstract: This thesis investigates how a private case is changed into a public affair by a petition requiring a commission in lunacy that should sit on someone who is civilly incompetent to manage himself/herself or his/her affairs. This study discusses the institutional process of c1assification, identification and nomination associated with a person who is sued for a commission in lunacy. It implies to exam the way justice and medicine work in relation to a family request. This analysis comprises the second half of the 20th century, and inc1udes data obtained by ethnographical and historical research carried through in courts and judicial archives of Campinas City, São Paulo State, Brazil / Mestrado / Mestre em Antropologia
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O silenciamento na imprensa: aspectos relevantes dos fatos que não se tornaram notícia / -Somenzari, Luciano 05 December 2018 (has links)
Existem alguns assuntos que mesmo tendo relevância do ponto de vista jornalístico muitas vezes não fazem parte dos noticiários. Por interesses ideológicos, econômicos ou políticos ocorre um processo de silenciamento sobre temas que passam a não figurar em reportagens ou mesmo em pequenos textos noticiosos nas páginas dos jornais. Por meio desta pesquisa de dissertação, procurou-se investigar especificamente os conteúdos relacionados ao sistema prisional brasileiro publicados nas primeiras páginas dos jornais Folha de S. Paulo e O Globo. Durante um período de três anos consecutivos, todas as capas foram analisadas, bem como suas respectivas matérias jornalísticas das páginas internas que faziam referência ao esse sistema. A partir daí foi possível identificar ausências, lacunas ou omissões de tópicos importantes para a compreensão e contextualização da complexidade do universo que compõe os procedimentos legais de investigação, julgamento e execução penal, tanto quanto as condições em que isso é realizado. Tal identificação se deu através do cruzamento das informações contidas nas matérias analisadas com as informações, na íntegra, das fontes de domínio público que eventualmente fizeram parte desses textos. / There are some issues that even having a journalistic relevance are often not part of the news. By ideological, economic or political interests, a process of silencing takes place on subjects that do not appear in reports or even in small news texts on the pages of newspapers. Through this dissertation research, we sought to investigate specifically the contents related to the Brazilian prison system published in the first pages of the newspapers Folha de S. Paulo and O Globo. During a period of three consecutive years, all the covers were analyzed, as well as their respective journalistic articles of the internal pages that made reference to this system. From that point on, it was possible to identify absences, or omissions of important topics for understanding and contextualizing the complexity of the universe that makes up the legal procedures for investigation, prosecution and criminal execution, as well as the conditions in which this is done. Such identification took place through the crossing of the information contained in the analyzed material with the information of the sources of public domain that occasionally became part of these journalistic texts.
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Por que não aprendi a falar alemão? identidade, silêncio e memóriaPolicarpo, Vanilda Meister Arnold Policarpo, Policarpo, Vanilda Meister Arnold Policarpo January 2017 (has links)
This research approach the interdiction of the German language, that occurred in the period of the Estado Novo governed by Getúlio Vargas, between 1938 and 1945. For understand this historical period, we introduce the way as Vargas governed and the means used to create the image of the President friend, defender of the humble. Among many of the laws sanctioned in his government, we have the Law of Nationalization of Education, with prohibits classes in foreign language and, consequently, interdicts the language of the immigrant. We seek to investigate the consequences of this process in the learning of the German language for later generations as well as the effects produced in / by the memory of the subjects who lived the interdiction. For to get the objective, we realized fifteen interviews with German descendants from Santa Catarina and Rio Grande do Sul for analyze the results of the interdiction. The analyzes of the interviews suggest that there was a falt of German language learning for the younger descendants and also left traces in the memories of the descendants who lived this process. / Submitted by Vanilda Meister Arnold Policarpo (vanilda.policarpo@unisul.br) on 2017-09-12T21:10:51Z
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Previous issue date: 2017-07-20 / Esta pesquisa aborda a interdição da língua alemã, que ocorreu no período do Estado Novo, governado por Getúlio Vargas, entre os anos 1938 e 1945. Para compreender esse período histórico, apresentamos a forma como Vargas governou e os meios utilizados para criar a imagem do presidente amigo, defensor dos humildes. Entre muitas das leis sancionadas em seu governo, temos a Lei da Nacionalização do Ensino, que proíbe as aulas em língua estrangeira e, consequentemente, interdita a língua do imigrante. Buscamos investigar as consequências desse processo na aprendizagem da língua alemã para as gerações posteriores bem como os efeitos produzidos na/pela memória dos sujeitos que viveram a interdição. Para poder alcançar o objetivo, fizemos quinze entrevistas com descendentes alemães de Santa Catarina e Rio Grande do Sul a fim de analisar quais foram os resultados da interdição. As análises das entrevistas demarcam que houve a falta do aprendizado da língua alemã para os descendentes mais novos e também deixou marcas nas memórias dos descendentes que viveram esse processo.
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Pedagogia da cidade : experiência, estética e subjetivação /Luz, Leonel de Arruda Machado. January 2017 (has links)
Orientador: Romualdo Dias / Resumo: Este trabalho discute a formação de jovens e as suas relações com a cidade, a partir de encontros promovidos pela juventude em espaços públicos, em especial na cidade de Rio Claro/SP. Também promoveremos o diálogo destas experiências com outras semelhantes em diversas cidades do Estado de São Paulo que ficaram conhecidas como ‘rolezinhos’. A análise elaborada vêm do confronto dos dados recolhidos durante a presença do pesquisador com jovens em alguns territórios e acontecimentos e os discursos construídos sobre eles por outros atores sociais como a mídia, governos, instituições e autoridades, registrados em fontes documentais. A pesquisa busca traçar uma cartografia das forças que operaram na tentativa de controle do uso do espaço público e dos fluxos na cidade e a relação disso com os processos de subjetivação que, nesse caso, passam a ser marcados pela interdição do movimento do encontro com o outro, algo que chamamos de colonização do espaço do ‘entre’. / Abstract: This text discusses a youth formation and its relations with the city, from meetings promoted by youth in public spaces, especially in the city of Rio Claro/SP. We will also promote the dialogue of these experiences with other similar ones in several cities of the State of São Paulo that became known as 'rolezinhos'. The elaborated analysis comes from the comparison of the data collected during the researcher's presence with the youth in some territories and events and the speeches built on them by other social actors such as the media, governments, institutions and authorities, recorded in documentary sources. The research seeks to draw a map of the forces that operated in the attempt to control the use of public space and flows in the city and the relation of this to the processes of subjectivation that, in this case, are marked by the interdiction of the movement of the encounter with the Another, something we call the colonization of the space between. / Mestre
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Mobilizações discursivas da categoria 'politicamente correto': um mapa dos sentidos que emergem no jornalismo / -Cabral, Nara Lya Simões Caetano 26 June 2015 (has links)
Esta pesquisa investiga os sentidos, valores e discursos circulantes que emergem nas páginas da imprensa em torno da categoria \"politicamente correto\", observando suas relações com a liberdade de expressão e formas de controle da produção discursiva. A partir de matérias da Folha de S. Paulo, no período de 1991 a 2014, pesquisamos as transformações do politicamente correto no Brasil e as regulações por ele estabelecidas. Embasamo-nos, nesse percurso, nas proposições de Michel Foucault sobre a arqueologia dos discursos, de modo que as matérias jornalísticas devem ser tomadas como acontecimentos discursivos, isto é, como vestígios materiais que servem de base à \"escavação\" de plataformas culturais, saberes e regras sócio-históricas que condicionam a emergência de enunciados e discursos. Nossos resultados apontam para a emergência do politicamente correto como categoria em disputa no debate público, inserida em um contexto de reposicionamentos dos saberes sobre liberdade de expressão, e para o papel decisivo do jornalismo na introdução dessa expressão nas discussões que se travam na esfera pública brasileira. O posicionamento assumido pelo jornalismo remete a um imaginário discursivo sobre a democracia, o que também tem seu papel na consolidação da legitimidade e do lugar de fala da imprensa. De modo correlato, a discussão pública sobre o politicamente correto no Brasil mostra-se profundamente polarizada. Por fim, a emergência da categoria \"politicamente correto\" como forma de denominar processos de regulação sobre a linguagem reflete - e também determina - a centralidade e a visibilidade adquiridas por esse fenômeno em nossa cultura: centralidade da linguagem, de modo amplo, como mediadora das relações sociais; centralidade do individual na condução de ações políticas; centralidade do paradigma de circulação de ideias - e, por conseguinte, visibilidade das formas de controle da expressão, entendidas cada vez mais como intoleráveis. / This research investigates the senses, values and circulating discourses that emerge in the pages of the press around the category \"political correctness\". Our goal is to understand the relationship between such category, freedom of expression and forms of control of discursive production. From journalistic texts published by Folha de S. Paulo, in the period from 1991 to 2014, we researched the transformation of political correctness in Brazil and the regulations laid down by it. In this journey, we base ourselves on Michel Foucault\'s propositions on the archeology of speeches; so that the newspaper articles should be taken as discursive events, as material evidence underpinning the excavation of cultural platforms, knowledge and socio-historical rules that constrain the emergence of statements and speeches. Our results show the emergence of political correctness as a category in dispute in the public debate, set on a repositioning context of knowledge on freedom of expression, as well as the decisive role of journalism in the introduction of the expression \"political correctness\" in the discussions which take place in Brazilian public sphere. The position assumed by journalism refers to an imaginary discourse on democracy, which also plays a role in the consolidation of legitimacy and place of speech of the press. At the same time, the public discussion of political correctness in Brazil shows up deeply polarized. Finally, the emergence of the category \"political correctness \" as a way of giving a name to processes of language regulation reflects - and also determines - the centrality and visibility acquired by this phenomenon in our culture: the centrality of language, broadly, mediating social relationships; centrality of the individual in the conduct of policy actions; centrality of the circulation of ideas - and therefore visibility of control strategies of expression, increasingly understood as intolerable.
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O jornal \'O Estado de S. Paulo\' e a revista \'Veja\' após o Ato Institucional nº 5: análise semiótica do discurso jornalístico de resistência / The Brazilian journal \"O Estado de S. Paulo\" and Veja (a Brazilian Magazine) after the AI-5: : analysis of the corresponding texts from the printed media of this time with theoretical and methodological support of the French line semioticMigliaccio, Luciana Adayr Arruda 22 March 2007 (has links)
Quando o AI- 5 foi decretado, em dezembro de 1968, o regime militar buscou, por meio da interdição à liberdade de imprensa, homogeneizar os discursos, impedir que os indivíduos demonstrassem insatisfação com o governo. A expectativa em relação aos discursos responsivos ao Regime é de um modo de presença submisso e que envolva textos com efeito de monofonia, ou seja, com acento único no tom da voz do enunciador. Observaremos como e por que a mídia jornalística impressa dessas décadas responde ao autoritarismo da ditadura militar. Para isso, analisaremos textos midiáticos correspondentes a essa época da História do Brasil, com apoio teórico e metodológico da semiótica de linha francesa. Alguns veículos de mídia submeteram-se à interdição, evitando o confronto com o Regime; outros, porém, como O Estado de S. Paulo e Veja, mesmo estando interditos, marcaram seu protesto, utilizando um efeito de descontinuidade semântica nas páginas dos periódicos, que supunha efeito de estranhamento ao leitor fiel do jornal e da revista. Rompiase a isotopia discursiva, que é a homogeneidade de leitura oferecida pelos periódicos dia após dia, ao se colocar, por exemplo, na revista Veja, desenhos de demônios, após uma reportagem que tratava da reforma da estrada Belém-Brasília; ou, na primeira página do jornal OESP, fotos de rosas e cartas de leitores. Os enunciadores dos textos midiáticos se apoiaram então no efeito de ironia, que é uma forma de heterogeneidade mostrada e não marcada para protestar contra a interdição. Desestabilizou-se, dessa maneira, o efeito de monofonia por meio de inserções pontuais de discursos representativos de formações discursivas contraditórias. Delineia-se, assim, o corpo flexível do ator da enunciação: depreende-se do próprio discurso um sujeito que, ainda que em segredo, opõe-se ao veto à liberdade de expressão da imprensa. Comprova-se a possibilidade de verificação de um éthos e seu anti-éthos no diálogo discursivo polêmico entre textos que defendiam a submissão como modelo de presença (ditadura) e textos que, responsivos àqueles (mídia), configuravam-se pelas dimensões da descontinuidade, da heterogeneidade mostrada, da polifonia e da polêmica veladas. / When the AI-5 was decreed, in December of 1968, the military regime suppressed the press freedom, to homogenize the discourses to avoid any demonstration of people\'s discontent towards the government. The expectation in relation to the responsive discourses to the regime is in a submissive mode of presence and involves texts with monotonic voice effect, which in other words is a single tone in the voice of the enunciator. It fulfills to observe how and why the printed media from these decades replies to the authoritarianism of the military dictatorship. Therefore, we will analyze the corresponding texts from the printed media of this time in the History of Brazil, with theoretical and methodological support of the French line semiotic. Some channels of media had submitted to the interdiction to prevent the confrontation with the regime; others, however, as the O Estado de S. Paulo and Veja, even with the interdiction, revealed their protest, using discontinuity semantics that effected the pages of the publication, assuming that it would cause an odd effect to the faithful reader of the newspapers and the magazine. The isotropic discourse was broken, which is the homogeneity of reading offered by the periodical day after day, when for example, the news magazine Veja placed drawings of demons following a news article dealing with the reconstruction of the Belém-Brasília road or, in the first page of the newspaper OESP placed roses pictures and reader\'s letters. The ironic effects supported the enunciators of the media articles, which is a way of heterogeneities shown but not declared to protest against the interdiction. The inserting points of representative discourses from contradictive discursive formations became the monotonic voice unstable. It is delineated, thus, the flexible body of the actor of enunciation: it is inferred from the own discourse a person that even in secret, is against the veto to the press liberty of speech. It proves the possibility of verification of an éthos and its anti-éthos in the controversial discursive dialogue between texts that defended the submission as presence model (dictatorship) and texts that, responsive to those (media) was configured for the dimensions of the discontinuity, of the shown heterogeneities, the guarded polyphonic and the controversy.
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Interdição e silenciamento: o resgate da história da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo a partir dos processos administrativos de desligamento de docentes no período ditatorial (1969-1979) / Interdiction and silencing: the rescue of the history of the School of Communications and Arts of the University of São Paulo from the administrative processes of dismissal of teachers in the dictatorial period (1969-1979).Coutinho, Lis de Freitas 18 May 2018 (has links)
Esta tese apresenta o estudo dos casos de desligamentos de cinco professores da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) durante o regime militar (1969-1979): Jean Claude Bernardet, Thomaz Farkas, José Freitas Nobre, Jair Borin e José Marques de Melo. O objetivo desta pesquisa foi entender, por meio de documentos, depoimentos e pesquisa bibliográfica, a perseguição a intelectuais e cientistas na ditadura militar. O propósito foi realizar um estudo de caso para compreender como funcionava a lógica de investigações e controles dos expurgos nas universidades nesse contexto histórico brasileiro. Além disso, esta investigação tratou das diferentes estratégias de expurgos realizadas na USP, dentre elas as chamadas \"cassações brancas\", nas quais docentes não eram cassados formalmente, mas eram desligados dos quadros universitários sumariamente, sem justificativas. Para entender esses fenômenos, tratamos das trajetórias dos docentes desde o ingresso na ECA/USP, passando pelo desligamento, até o retorno na década de 1980 após a Lei da Anistia. Para tanto, utilizamos como base metodológica o método historiográfico, o paradigma indiciário e qualitativo de análise. Assim, dentro das discussões de que temos participado do Observatório de Comunicação, Censura e Liberdade de Expressão da ECA/USP, pudemos concluir que a intimidação e a autocensura foram preponderantes nas práticas de interdição dos dispositivos de vigilância nas universidades, gerando grandes consequências para a produção de conhecimento, principalmente no que se referiu à área de comunicação. / This thesis presents the study of the cases of dismissals of five professors of the School of Communications and Arts of the University of São Paulo (ECA/USP) during the military regime (1969-1979): Jean Claude Bernardet, Thomaz Farkas, José Freitas Nobre, Jair Borin and José Marques de Melo. The objective of this research was to understand, through documents, testimonies and bibliographic research, the persecution of intellectuals and scientists in the military dictatorship. The purpose was to carry out a case study to understand how the logic of investigations and controls of purges in universities in this Brazilian historical context worked. In addition, this investigation dealt with the different strategies of purges carried out at USP, among them the so-called \"white cassation\", in which teachers were not formally revoked, but were summarily dismissed from university staff without justification. In order to understand these phenomena, we have examined the trajectories of teachers since joining the ECA/USP, passing through the dismissal, until the return in the 1980s, after the Amnesty Law. For that, we use as methodological basis the historiographic method, the indiciary paradigm and qualitative analysis. Thus, within the discussions that we have participated in the Observatory of Communication, Censorship and Freedom of Expression of ECA/USP, we could conclude that intimidation and self-censorship were preponderant in the practices of interdiction of surveillance devices in universities, generating great consequences for the knowledge production, especially in the area of communications.
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JOVENS ESTUDANTES: INTERDIÇÃO E INSERÇÃO NO CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVASMartins, Maria do Carmo Canto 29 September 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003-09-29 / This paper deals with research about the use of psycho-active substances among young
students. The phenomenon of drug addiction shows that the fundamental factors are: the
socializing agents, above all the family and the school. Therefore I investigated the role of
these agencies in the formation of the young person, what significance they have in the make
up of the young person as a subject. In this sense, the young person was taken as a social
subject, carrier of a history, a family origin, having a determined place in society. He is a
unique being, who acts upon the world and within this action he produces himself and is
produced within the whole of the social relationships to which he belongs. When defining the
young person as a social subject one adopts methodological posture in which the young
person is perceived as capable of reflecting upon his actions, taking positions in the face of
life, which requires that the researcher distance himself and reflect. The best method that was
adequate for this research was the phenomenal, because it permitted entering into the
conceptual universe of the subjects and asking who these young people are, checking their
everyday reality, the significance given to it, their anxieties and their dilemmas. The
technique of testimonies was taken as the instrument of research. Six young people divided
into two groups were interviewed: The first was made up of young people because they don t
use drugs except alcohol and tobacco, the second group was made up of drug users in the
process of recuperation. Criteria followed in the two groups: belong to the age group from 15
to 24 years; school attendance; belong to the same social stratum. The interviews followed a
script in which they were asked fundamental aspects of a young person s life: leisure
activities, political participation, paid activity, school life, use of drugs, and prevention. The
main intention of this research was to organize knowledge that could aid in the formation of
projects of prevention of drug abuse in the schools. / Trata-se de uma pesquisa abordando o consumo de substância psicoativas entre jovens
estudantes. O fenômeno da drogadição imbrica-se a fatores fundamentais, que são as agências
socializadoras, sobretudo a família e a escola. Portanto, investiga-se o papel dessas agências
na formação do jovem e seus significados na constituição do jovem como sujeito. Neste
sentido, o jovem foi tomado como sujeito social, portador de uma historicidade, uma origem
familiar, ocupando um lugar determinado na sociedade. É um ser singular, que age sobre o
mundo, e nesta ação, se produz e é produzido no conjunto das relações sociais a que pertence.
Ao definir o jovem como um sujeito social, adota-se uma postura metodológica em que o
jovem é percebido como capaz de refletir sobre suas ações, ter posicionamentos diante da
vida, o que requer do pesquisador distanciamento e auto-reflexão. O método que melhor se
adequou às especificidades da pesquisa foi o fenomenológico, por possibilitar adentrar no
universo conceitual dos sujeitos e perguntar quem são estes jovens, verificar sua realidade
cotidiana, o significado que atribuem a ela, seus anseios e seus dilemas. Utilizou-se como
instrumento de pesquisa a técnica de depoimentos. Foram entrevistados seis jovens, divididos
em dois grupos: o primeiro, composto por jovens escolhidos em virtude do não-uso de drogas,
exceto álcool e tabaco, o segundo, por usuários de drogas em processo de recuperação. Os
critérios seguidos nos dois grupos foram: estarem na faixa etária de 15 a 24 anos; terem
freqüência escolar e pertencerem ao mesmo estrato sócio-econômico. As entrevistas seguiram
um roteiro em que foram inquiridos aspectos fundamentais da vida do jovem: lazer,
participação política, atividade remunerada, vida escolar, consumo de drogas, e prevenção. A
intenção principal desta pesquisa foi a de organizar um conhecimento que possa subsidiar a
formulação de projetos de prevenção ao uso de drogas nas escolas.
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O jornal \'O Estado de S. Paulo\' e a revista \'Veja\' após o Ato Institucional nº 5: análise semiótica do discurso jornalístico de resistência / The Brazilian journal \"O Estado de S. Paulo\" and Veja (a Brazilian Magazine) after the AI-5: : analysis of the corresponding texts from the printed media of this time with theoretical and methodological support of the French line semioticLuciana Adayr Arruda Migliaccio 22 March 2007 (has links)
Quando o AI- 5 foi decretado, em dezembro de 1968, o regime militar buscou, por meio da interdição à liberdade de imprensa, homogeneizar os discursos, impedir que os indivíduos demonstrassem insatisfação com o governo. A expectativa em relação aos discursos responsivos ao Regime é de um modo de presença submisso e que envolva textos com efeito de monofonia, ou seja, com acento único no tom da voz do enunciador. Observaremos como e por que a mídia jornalística impressa dessas décadas responde ao autoritarismo da ditadura militar. Para isso, analisaremos textos midiáticos correspondentes a essa época da História do Brasil, com apoio teórico e metodológico da semiótica de linha francesa. Alguns veículos de mídia submeteram-se à interdição, evitando o confronto com o Regime; outros, porém, como O Estado de S. Paulo e Veja, mesmo estando interditos, marcaram seu protesto, utilizando um efeito de descontinuidade semântica nas páginas dos periódicos, que supunha efeito de estranhamento ao leitor fiel do jornal e da revista. Rompiase a isotopia discursiva, que é a homogeneidade de leitura oferecida pelos periódicos dia após dia, ao se colocar, por exemplo, na revista Veja, desenhos de demônios, após uma reportagem que tratava da reforma da estrada Belém-Brasília; ou, na primeira página do jornal OESP, fotos de rosas e cartas de leitores. Os enunciadores dos textos midiáticos se apoiaram então no efeito de ironia, que é uma forma de heterogeneidade mostrada e não marcada para protestar contra a interdição. Desestabilizou-se, dessa maneira, o efeito de monofonia por meio de inserções pontuais de discursos representativos de formações discursivas contraditórias. Delineia-se, assim, o corpo flexível do ator da enunciação: depreende-se do próprio discurso um sujeito que, ainda que em segredo, opõe-se ao veto à liberdade de expressão da imprensa. Comprova-se a possibilidade de verificação de um éthos e seu anti-éthos no diálogo discursivo polêmico entre textos que defendiam a submissão como modelo de presença (ditadura) e textos que, responsivos àqueles (mídia), configuravam-se pelas dimensões da descontinuidade, da heterogeneidade mostrada, da polifonia e da polêmica veladas. / When the AI-5 was decreed, in December of 1968, the military regime suppressed the press freedom, to homogenize the discourses to avoid any demonstration of people\'s discontent towards the government. The expectation in relation to the responsive discourses to the regime is in a submissive mode of presence and involves texts with monotonic voice effect, which in other words is a single tone in the voice of the enunciator. It fulfills to observe how and why the printed media from these decades replies to the authoritarianism of the military dictatorship. Therefore, we will analyze the corresponding texts from the printed media of this time in the History of Brazil, with theoretical and methodological support of the French line semiotic. Some channels of media had submitted to the interdiction to prevent the confrontation with the regime; others, however, as the O Estado de S. Paulo and Veja, even with the interdiction, revealed their protest, using discontinuity semantics that effected the pages of the publication, assuming that it would cause an odd effect to the faithful reader of the newspapers and the magazine. The isotropic discourse was broken, which is the homogeneity of reading offered by the periodical day after day, when for example, the news magazine Veja placed drawings of demons following a news article dealing with the reconstruction of the Belém-Brasília road or, in the first page of the newspaper OESP placed roses pictures and reader\'s letters. The ironic effects supported the enunciators of the media articles, which is a way of heterogeneities shown but not declared to protest against the interdiction. The inserting points of representative discourses from contradictive discursive formations became the monotonic voice unstable. It is delineated, thus, the flexible body of the actor of enunciation: it is inferred from the own discourse a person that even in secret, is against the veto to the press liberty of speech. It proves the possibility of verification of an éthos and its anti-éthos in the controversial discursive dialogue between texts that defended the submission as presence model (dictatorship) and texts that, responsive to those (media) was configured for the dimensions of the discontinuity, of the shown heterogeneities, the guarded polyphonic and the controversy.
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Hospital Universitário: Espaço de interdição à expressividade da dor (Um estudo sobre as relações sociais no Serviço de Cirurgia Geral do Hospital das Clínicas)MARINHO, Patrícia Érika de Melo January 1996 (has links)
Submitted by Caroline Falcao (caroline.rfalcao@ufpe.br) on 2016-05-25T17:25:34Z
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Previous issue date: 1996 / O presente trabalho investiga o apagamento da expressividade à dor dos pacientes do Serviço de Cirurgia Geral do Hospital das Clínicas, como reflexo de um estar institucional resultante de relações de poder instituídas e uma prática assistencial eminentemente autoritária. Observou-se que essas práticas são direcionadas no sentido de proporcionarem intervenção e controle sobre o corpo, as sensações e o comportamento dos pacientes, através da instituição da disciplina, da obediência e do cumprimento às normas institucionais. Para averiguação dessas, foi realizado pesquisa de campo e entrevistas semi-estruturadas dirigidas a professores, preceptores, residentes e pacientes. Apartir dos relatos foi possível constatar a reafirmação de papéis, a determinação de lugares e de distâncias sociais entre os atores sociais, como condição anterior e implícita à relação terapêutica e às práticas de atenção à saúde. Constatou-se que o Serviço de Cirurgia Geral do hospital-uníversitário não oferece condições ao estabelecimento de uma relação terapêutica eficaz, proporcionando o silenciamento do corpo e o apagamento da expressividade á dor, uma vez basearem suas relações em relações de poder, garantidas pela hierarquia e ordem estabelecida. As práticas de atenção e as relações entre médicos e pacientes, desenvolvidas no hospital-uníversitário, requerem reflexão e mudanças no sentido de proporcionarem condições efetivas à consecução da relação terapêutica e a adequação da formação de seus profissionais à realidade da clientela-alvo a que se destina.
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