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A utopia maquinista no urbanismo e no cinema : a construção de um discursoRibeiro, Luciano de Topin January 2013 (has links)
Aprofundar-se no estudo das propostas urbanas elaboradas pelas vanguardas do movimento moderno é, também, desenvolver um raciocínio sobre a relevância da arquitetura enquanto parâmetro de reflexão acerca da sociedade. O período de estudo deste trabalho — os vinte e cinco anos que separam as duas grandes guerras do século XX — representaram para a disciplina da arquitetura — e para os arquitetos — assumir um papel protagonista na forma de pensar (e propor) as cidades. Se o urbanismo, conforme definido por Françoise Choay, é uma matéria elaborada como tal para solucionar o problema específico da cidade maquinista, o urbanismo moderno agrega a este objetivo responsabilidades para com a transformação da sociedade como um todo. As vanguardas intelectuais do início do século XX, entusiasmadas com as possibilidades abertas pela nova realidade de um mundo em rápida transformação, enxergaram na mecanização o catalisador das mudanças sociais que trariam um novo equilíbrio nas relações entre o homem e seu meio. A possibilidade de interpretar todos os aspectos da vida a partir de um processo abstrato e racional parecia apontar o caminho seguro a ser seguido na busca de soluções às condições de vida degradantes nas metrópoles emergentes na nova ordem do capitalismo industrial. Seria através das leis da razão, aplicadas a todas as instâncias da vida, que seria reestabelecida a harmonia abalada pela incompatibilidade entre o novo mundo industrial mecanizado e as estruturas — físicas, culturais e sociais — das cidades existentes. A própria utopia maquinista é, portanto, metropolitana; é na metrópole que as mudanças devem ocorrer e é sobre seus porvires que serão elaborados os argumentos do discurso moderno. O objetivo deste estudo é refletir sobre a estrutura do discurso retórico da Utopia Maquinista no urbanismo e fazê-lo através de um paralelo com o cinema. Em ambos os casos, identifica-se um caráter de urgência e de catástrofe iminente que irá se impor, tanto como consequência dos avanços de um mundo mecanizado, quanto como resultado da incapacidade de se adaptar a ele. O medo — uma falácia retórica — é o argumento no sentido do qual são aplicadas as ferramentas de retórica — pathos, ethos e logos —, que estruturam este trabalho. O capítulo “Pathos — a manipulação das partes” trata da forma como o cinema e urbanismo manipulam os fragmentos no ímpeto de representar, de forma dramática, o todo. Foi através de associações patéticas à imagem da máquina que as vanguardas atribuíram valores e significados que deixassem bem claro a sua posição ideológica. Em “Ethos — tábula rasa e ressurreição” são identificadas as condições para que a utopia maquinista fosse posta em marcha. Se, por um lado, a realidade das metrópoles tornava a vida insuportável, fazendo com que a ideia de transformação radical fosse algo plausível e até desejável, por outro lado, vivia-se, desde meados do século XIX, um ambiente de ruptura da ordem socioeconômica vigente com desdobramentos, em muitos casos, traumáticos. “Logos — racionalismo e a metrópole do futuro” tenta dar conta dos planos de intervenção urbana que forjaram a ideia de cidade eficiente, nos termos de Taylor e Ford. É nos Estados Unidos que as vanguardas europeias vão buscar a terra prometida da era da máquina, com seus centros urbanos verticalizados e seus processos de produção em série. A metrópole maquinista propunha-se como cura definitiva para uma sociedade enferma. Um remédio que combinava doses de higiene e integridade estética no combate aos males da insalubridade e do subterfúgio academicista e que contaminava, de forma letal, a cidade-paciente. “Pathos, Ethos e Logos: por uma nova metrópole” apresenta uma nova cidade para um novo homem na forma de uma síntese infalível entre racionalismo e o “espírito da época”, causa e consequência da elevação do espírito humano e a única alternativa possível ao extermínio. O último capítulo do trabalho trata do herói — a figura-síntese que personifica todos os valores morais e éticos tidos como desejáveis — a serviço de quem a retórica que defende o argumento proposto pela trama é posta em marcha. O “Epílogo” busca identificar traços da personalidade do arquiteto-herói — o autor por trás do discurso — sem, no entanto, pretender uma análise psicológica completa nem tampouco mergulhar na psique de nenhum dos grandes nomes do Movimento Moderno. As características aqui descritas procuram, sim, aproximar autor e discurso, compreendê-lo como agente de transformação social que tinha como principal ferramenta de ação a disciplina da arquitetura. / To develop a study into the urban proposals developed by the modern movement avant-garde is, at the same time, also to develop the thought about the relevance of architecture as a means of reflection about society. This work´s timeframe — the twenty-five years between the two great wars of the twentieth-century – meant to architecture — and for the architects — to take a lead role in thinking and proposing the cities. If urbanism, as stated by Françoise Choay, is a discipline assembled as such with the goal of dealing with the specific problem of the machinist city, the urbanism of the modern movement attaches to this goal the responsibility of changing society as a whole. The intelectual avant-garde of the beginning of the twentieth-century, thrilled by the possibilities opened by the new reality in a fast-changing world, saw the mechanization as the catalyzer of the social changes that would bring a new balance to the relation between man and environment. The possibility of understanding each and every aspect of life as a rational and abstract process seemed to point the safe way towards solving the degenerating conditions of the newly-arising industrial metropolis. Through the laws of reason, applied to all instances of life, the harmony — disturbed by the incompatibility between the new mechanic world and the existing structures of the cities — would be restored. The Machinist Utopia itself is, therefore, metropolitan; it is within the metropolis that the changes should take place and it is about this metropolis’ future that the modern movement will propose the arguments of its speech. The goal of this study is to reflect upon the structure of the Machinist Utopia rhetoric speech in urbanism and perform it through a parallel with cinema. In both cases converge when structuring their speeches based on urgency and an imminent catastrophe that would take place, depending on which side of the debate one is, either as a consequence of technological advances in a mechanized world, or as a result of one’s inability to adapt to it. Fear – as a rhetoric fallacy — seems to be the argument towards which the rhetoric tools that structure this study — pathos, ethos and logos — are applied. The first chapter: “Pathos — the manipulation of parts” deals with the way urbanism and cinema manipulate fragments in order to represent, with dramatic gain, the whole. It was through pathetic associations that the avant-garde attached values and meanings to the image of “machine” in order to state its ideological standing-point. “Ethos — tabula rasa and resurrection” tries to identify the conditions for the Machinist Utopia to be put into practice. If, on the one side life in the metropolis was made unbearable, turning the idea of radical transformation into something reasonable and even desirable, on the other side society had gone since mid-nineteen-century through, sometimes traumatic, changes in its social and economic order. “Logos — rationalism and the metropolis of the future” tries to cover the urban plans that forged the “efficient city” in the terms of Taylor and Ford. It is the United States, with its vertical urban centers and production systems, that the avant-garde would take as the machine-age promised-land. The machinist metropolis proposed itself as the ultimate cure for an ill society. A remedy that combined doses of hygiene and aesthetic integrity to fight the maladies of academicist subterfuge and insalubrity. “Pathos, Ethos and Logos: towards a new metropolis” presented a new city for a new man as an infallible synthesis between rationalism and “spirit of the time”, the cause and the consequence of the uplifting of human spirit and the only possible alternative to extermination. The last chapter of this study deals with the hero, the synthesis of all desirable ethic and moral values, at service of whom the rhetoric that defends the proposed argument is put to work. The “Epilogue” tries to identify the personality traces of the architect-hero — the author behind the speech — with no intention, however, to perform a comprehensive psychological analysis nor to penetrate into any of the masters’ psyché. The characteristics described here try to bring together the author and the speech and understand this author as an agent of social transformation who had, as his or hers main tool, the discipline of architecture.
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Tous contraints ? : les modes de vie et leur territorialisation en grande couronne francilienne / Ways of life and life spaces in Paris region outer suburbs, the Centre Essonne-Seine-Orge exampleSilvestre, Pauline 09 January 2017 (has links)
Dans une région francilienne en mutation (nouveau schéma de planification, construction du Grand Paris, recomposition intercommunale), la grande couronne et ses habitants ne semblent toujours pas faire l’objet d’une attention particulière. Cette thèse propose d’aller au-delà des discours convenus sur les modes de vie ayant cours sur ces territoires qui, derrière la généralisation du terme de grande couronne, révèlent une complexité invitant à dépasser les clichés auxquels ils sont souvent réduits (le pavillon, la voiture, le jardin).Plutôt que de s’appuyer sur des périmètres déjà établis pour considérer les pratiques et représentations des habitants, il s’agit de réfléchir, à l’inverse, aux modalités de territorialisation de leurs modes de vie, c'est-à-dire de comprendre quels ressorts spécifiques mobilisent ceux-ci pour élaborer un mode de vie le plus conforme possible à leurs besoins et aspirations face à des ressources et caractéristiques territoriales données et quels territoires de vie se donnent alors à voir. Les habitants dont il est ici question sont ceux du Centre Essonne-Seine-Orge, le territoire d’études de l’Agence d’urbanisme et de développement Essonne-Seine-Orge, au sein de laquelle a été réalisée cette thèse en CIFRE. En nous intéressant de plus près à leur consommation, prise comme partie offrant une compréhension de tout le mode de vie, nous mettrons à l’épreuve un filtre de lecture bien souvent employé à propos des habitants de grande couronne, celui de la contrainte. Au contraire, loin d'être des individus passifs, condamnés à subir les défauts d'un territoire démuni ou mal muni, les habitants du CESO s'affirment au contraire comme des individus agiles face à leurs environs. Mieux encore, ils ne sont pas seulement des habitants qui parviendraient à échapper aux contraintes liées à leurs caractéristiques propres ou celles de leur territoire. L’enquête du terrain permet de proposer une figure hypothétique : celle d'habitants, peut-être plus malins qu'ailleurs parce qu'encouragés, par ces contraintes imaginées ou réelles, à mettre en place d'autres solutions, à recourir à d'autres compétences, à développer d'autres connaissances pour construire des modes de vie se déployant dans des lieux spécifiques davantage conformes à leurs besoins et envies propres / Despite the major changes occurring in the Île-de-France region (a renewed planning scheme, Grand Paris project, new territorial division), the outer suburbs and their inhabitants still do not raise a particular interest from the public authorities. Their lifestyle would confirm upheld stereotypes about this part of the region, as characterized by residents occupying a detached house, a closed garden and owning a personal car. This thesis aims at exploring the complexity hidden beyond the all-embracing designation of “outer suburbs”. Many research studies focus on this kind of territory but examine pre-defined perimeters as a starting-point to understand social practices. On the contrary, this thesis considers observing the way of life is fertile, even more from the point of view of those who directly experience it, meaning the inhabitants. In contrast, this thesis considers observing the inhabitants’ way of life, therefore considering the point of view of those who directly experience the territory, offers a much richer material. Instead of starting from institutional or statistical perimeters to analyze practices and representations, we will try to understand how inhabitants build the spatial translations of their needs and wishes, considering the specific available resources around them, and then analyze these newly-defined areas. We will explore the specific process they undertake and the spatial results of these process. The inhabitants we investigated live in a specific area called Centre Essonne-Seine-Orge, where this thesis was carried out with the Agence d’urbanisme et de développement Essonne-Seine-Orge. This thesis more particularly deals with consumer practices, images that are associated to them and the specific areas people reach to shop. This outlook is metonymical: we investigate one part of their ways of life to understand it as a whole. Limitation and constraint are frequently used as an interpretative framework to analyze the ways of life of inhabitants of outer suburbs. They are thought to live “sub”-ways of life, to deal with territorial flaws. During our inquiry, we did not encounter any of the submissive and frustrated characters we had anticipated. The inhabitants are, on the contrary, able to find their own ways of escaping from the clichés, twisting the expected uses of their territory and developing the new skills and knowledge needed to build a way of life that allows them to reach a satisfying existential balance
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Metropolis : o uso do jazz no cinema de animação japones / Metropolis : the use of jazz music in the animated cinemaChritaro, Gustavo Rocha, 1978- 07 January 2009 (has links)
Orientador: Claudiney Rodrigues Carrasco / Acompanha 1 DVD-R DL Recordable / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes / Made available in DSpace on 2018-08-14T02:58:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: Este trabalho tem como proposta analisar o uso do jazz no cinema de animação japonês, através de um estudo de caso que tem como objetivo o longa-metragem de animação "Metrópolis" (2001), dirigido por Rintaro, com roteiro de Katsuhiro Otomo, e música de Toshiyuki Honda. A metodologia que escolhemos foi a de estabelecer conexões com a literatura específica da área de trilhas sonoras, e dialogar com o pensamneto de outras áreas, como a filosofia e a crítica literária Além disso, foram feitas exposições formais sobre a parte técnica da trilha musical e a partir de então, foram realizadas uma síntese entre a literatura e o procedimento de análise / Abstract: This work intents to analyse the use of jazz music in the Japanese animated cinema , trough a case study that has as object the feature-film "Metropolis" (2001),direct by Rintaro, screen-played by Katsuhiro Otomo , and underscored by Toshiyuki Honda. The methodology we have chosen was that of establishing connections with the film music specific writings, and dialoging with the thinking of other areas, such as philosophy and literary criticism. Formal exposition about the form music technical characteristics was also made, and then a synthesis was made between the literature and the analyses procedure / Mestrado / Mestre em Música
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A metropolização e o mercado imobiliário: análise da produção do espaço a partir dos condomínios de chácaras da RMG / The metropolization and the real estate market: analysis of production of space out of condominiums farms in the RMGLima, Leandro Oliveira de 03 October 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-10-03 / The metropolis has been a special area of research in the media or even
in Geography. The reasons themselves have been various and countless since the
industrial revolution. In Brazil, a metropolis is a territory of dispute. Therefore, its
natual way of concentrating goods, servicesand capital, along with the government
funding programs in metropolitan areas such as PAC and My House My Life, cause
many problems, among the ones most discussed by the press, such as health and
education, besides spatial order as urban mobility, housing and sanitation. In these
terms, the objective of this research is analyzing the production of the metropolitan
area by the real estate market bias and the impacts of real estate brokers in
converting rural land into condo farms. We believe that the real state actors from
RMG, their acting and strategies are currently inducing the metropolitan sprawling.
The pattern of fragmentation of urban land (whether for construction of apartment
buildings for second homes, farms , exclusive condominiums or housing ) conducted
by RMG follows the strategy of real estate developers with significant impact on
reproduction and daily life of the metropoliscausing the pressure and appreciation of
soil, causing even the gentrification of some areas of the metropolis goiana. In these
terms, our thesis was that the local stock actors in association with the concentration
of surplus income from Goiania altered the metropolis to trigger rural stocks from
RMG as a condition for the reversal of capital. Even if not fully dense, the condos
farms operate as "store of value" and serve the interests of a small portion of
goianienses. This fact, expressed as spatial response of the real estate actors
encouraged us to observe the character of concentrating income from space. The
existence of a market for integrated land and the accumulation of economic power in
the RMG made the metropolitan spatial production an important issue for Geography
in Goiânia. From a methodological standpoint, our data collecting involved gathering
primary and secondary information, document analysis and mapping. These steps
enabled the correlation processes sociogeographic about RMG. The metropolis is /
was the scale of investigation and intervention, both for research and for the actors of
the metropolitan space. The contribution of this research lies in the discussion of
vertical condominiums farms as a new pattern of use, ownership and housing in
metropolitan environments, as well as intervention strategies of the actors of the real
estate market in the process of making space. / A metrópole tem sido um espaço privilegiado de investigação, seja na
imprensa em geral, ou mesmo na geografia em particular. Os motivos que a colocam
em cena são os mais variados e se avolumam desde a revolução industrial. No
Brasil a metrópole é uma arena de disputa,pois, a natureza de sua concentração de
bens, serviços e capitais, além dos programas governamentais de financiamento das
regiões metropolitanas como PAC e Minha Casa Minha Vida, ocasionam diversos
problemas, desde os mais debatidos na imprensa, como a saúde e educação até os
de ordem espacial como mobilidade urbana, moradia e saneamento básico. Nesses
termos, o objetivo dessa pesquisa é analisar a produção do espaço metropolitano
pelo viés do mercado imobiliário e verificar os impactos dos atores imobiliários na
conversão de terras rurais em condomínios de chácaras. Consideramos que os
atores do mercado imobiliário da RMG, sua forma de ação e suas estratégias são,
atualmente, os indutores do espraiamento metropolitano. O padrão da fragmentação
do solo urbano (seja para construção de imóveis de segunda residência, chácaras,
condomínios exclusivos ou conjuntos habitacionais) verificado na RMG decorre da
estratégia das incorporadoras com impacto significativo na reprodução e no
cotidiano da metrópole que altera a pressão e a valorização do solo, causando até
mesmo o enobrecimento de algumas áreas da metrópole goiana. Nesses termos, a
tese explorada foi a de que os atores imobiliários goianienses, associados aos
excedentes de renda provenientes de Goiânia, alteraram a forma da metrópole ao
acionar os estoques rurais da RMG comocondição para a inversão de capitais.
Mesmo não estando plenamente adensados, os condomínios de chácaras
funcionam como “reserva de valor” e atendem aos interesses de uma pequena
parcela de goianienses. Esse fato, expresso como resposta espacial dos atores
imobiliários, incentivou-nos a observar o caráter concentrador da renda a partir do
espaço. A existência de um mercado de terras integrado e o acumulo de poder
econômico na RMG tornaram a produção espacial metropolitana, um tema
importante para a Geografia goiana. Do ponto de vista metodológico, a pesquisa
reuniu procedimentos como coleta de informações primárias e secundárias, análise
documental e mapeamento. Estes passos permitiram as correlações acerca dos
processos socioespaciais da RMG. A metrópole é/foi a escala de investigação e
intervenção, seja para a pesquisa, como também para os atores do espaço
metropolitano. A contribuição da pesquisareside na verticalização da discussão
sobre os condomínios de chácaras como um novo padrão de organização espacial,
uso, apropriação e moradia em ambientes metropolitanos, bem como as estratégias
de intervenção dos atores do mercado imobiliário no processo de produção do
espaço.
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MARCA D ÁGUA O Ser e o Existir do Rural no Espaço Metropolitano de Goiânia / WATERMARK Being and Existing Rural in the Metropolitan Area of GoiâniaOLIVEIRA, Ubiratan Francisco de 31 May 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-05-31 / This research work focuses on the process of Goiânia metropolization having as object
of analysis the rural in the city. The way that Goiânia was projected in the design of
"City-Garden" brought from Europe in the early 20th century, by Architect Planner
Atilius Corrêa Lima, expresses well the city's relationship with the countryside.
Goiânia, a planned city under the aegis of modernity, occupied originally by the
territory's agrarian society, the rural tradition of Goias his subjects, culture, way of
being and acting of country man from Brazilian Cerrado (?). The design of City-Garden
sought rapprochement of the field with city, rural livelihoods and urban to justify the
creation of a city full of signs of modernity, advancement and progress that would
provide the order of "isolation" of Goiás in relation to urban industrial society of
Southeast Brazil. Thus, Goiânia should, at the same time, expressing his strong
relationship with the field, but also, paradoxically, denying the rural way of life which is
subjecting the inhabitants of Goiás. Rural and urban shall be more than spatial
dichotomies to become socioeconomic dichotomies, the place of the "backwardness and
stagnation" should be replaced by the place of the "advancement" and of the economic
and social progress. This conflict materializes the hegemony of industrial capitalism on
the territory of Goias and Goiânia is the hallmark of this hegemony. The symbol of
modernity which arrives at the Center-Western Brazil to open the doors to progress.
However, the process of metropolization took place quickly and provided a
"disconnect" between time, space and subject. With significant structural changes in the
rural space that they entered subject to urban life time slow quick time, had as a
consequence the emergence of a metropolis with its urban fabric of loaded free that
express the existence of rural in the city. This Rural, manifested in the form, the
structure and function of these spaces in the city having as an agent of incorporation the
rural subject with his technique and strength that characterize as workers and rural
workers in the social division of labour. The relationship of rural with Goiânia and
Goiânia with the peculiar form of rural and that needs a watchful as a look needed to see
a stamp watermark that sometimes needs of body contact and tact to be unveiled. We
thus contribute to the debate over relations city-countryside, urban-rural and city-rural
and urban-field seeking to understand the social phenomena of "new rural" and new
"ruralidades" in contemporary society. / Este trabalho de pesquisa enfoca o processo de metropolização de Goiânia tendo como
objeto de análise o rural na cidade. A forma como Goiânia foi concebida na concepção
de Cidade-Jardim trazida da Europa do início do Século XX, pelo Arquiteto Urbanista
Atílio Corrêa Lima, expressa bem a relação da cidade com o rural. Goiânia, uma cidade
planejada sob a égide da modernidade, ocupada inicialmente pela sociedade agrária do
território goiano, da tradição rural de seus sujeitos, da cultura, do jeito de ser e agir do
sertanejo do Cerrado Brasileiro. A concepção de Cidade-Jardim buscou a aproximação
do campo com a cidade, dos modos de vida rural e urbano para justificar a criação de
uma cidade carregada de signos da modernidade, do avanço e do progresso que iria
proporcionar o fim do isolamento de Goiás em relação à sociedade urbana industrial
do Sudeste Brasileiro. Assim, Goiânia deveria, ao mesmo tempo, expressar sua forte
relação com campo, mas também, paradoxalmente, negar o modo de vida rural ao qual
se sujeitavam os habitantes de Goiás. Rural e urbano passam a ser mais que dicotomias
espaciais para se tornarem dicotomias socioeconômicas, o lugar do atraso e da
estagnação deveria ser substituído pelo lugar do avanço e do progresso econômico e
social. Esse conflito materializa a hegemonia do capitalismo industrial sobre o território
goiano e Goiânia é a marca dessa hegemonia. O símbolo da modernidade que chega no
Centro-Oeste brasileiro para abrir as portas da região para o progresso. Porém, o
processo de metropolização se deu de forma rápida e proporcionou um descompasso
entre tempo, espaço e sujeito. Com significativas mudanças estruturais no espaço que
inseriram os sujeitos rurais do tempo lento à vida urbana do tempo rápido, teve como
conseqüência o surgimento de uma metrópole com sua malha urbana carregada de
rugosidades que expressam a existência do rural na cidade. Rural, este, que se manifesta
na forma, na estrutura e na função desses espaços na cidade tendo como agente
constitutivo o sujeito rural com sua técnica e força que os caracterizam como
trabalhadores e trabalhadoras rurais na divisão social do trabalho. A relação do rural
com Goiânia e de Goiânia com o rural se expressa de forma peculiar e que necessita de
um olhar atento como um olhar necessário para se enxergar um carimbo marca d água
que, às vezes, necessita do contato corporal e do tato para ser desvendado. Buscamos,
dessa forma, contribuir no debate sobre as relações cidade-campo, urbano-rural e
cidade-rural, bem como campo-urbano que buscam compreender os fenômenos sociais
do novo rural e das novas ruralidades na sociedade contemporânea.
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Habitação e metrópole: transformações recentes da dinâmica urbana de Goiânia / Housing and metropolis: recent transformations in the urban dynamics of GoiâniaBorges, Elcileni de Melo 26 June 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-06-26 / In the context of contemporary financial globalization, changes in the real estate circuit and the end of the restructuring of the PNH (from 2004), promoting the expansion of credit, subsidies and large sum of funds from state resources contributed to the private sector (pre-crisis period), which led to the adoption of new business strategies, typically neoliberal urban development products and territorial expansion towards the peripheries (especially from the public programs Crédito Solidário, PAC and MCMV), the present research aims to understand and unveil the set of transformations recent developments in the production and consumption of urban space in the RM of Goiânia, in the midst of the local metropolitan process and the growing demographic/housing demand. In the case of Goiás, the dynamization of the housing service also adds to the actions of the state public housing policy, through Housing Check/Agehab (granting of tax credits) and partnerships through "Check Complement" (whether in the construction of new units or in the improvement/expansion of units produced by the Federal Government). To do so, i analyze the distribution of housing in the territory, filtering information by social segmentation, location and market trends tendencies; based on a methodology that combines several techniques and approaches, including: graphic design, photographic survey, satellite image, mapping with of geotechnologies and case study (20 HIS projects in 07 municipalities of RMG). The verified results showed displacement of the "social market housing" to perimetropolitan areas, advancing on the bordering municipalities; intensification of the production of the economic segment, on the edges of the city (especially since the MCMV/PNHU), consolidates the peripheralization of verticalization (with strong performance of the MRV, Tenda, PDG, Rossi, Living, Viver); which added to the fashions of the planned neighborhoods launches in the vicinity of urban parks (a specificity of Goiânia), the high standard verticalization, both residential and business (life style, mixed use and corporate slabs) and the imposing CHFs ("rich suburbs"), consolidate new ways of living, a new pattern of urbanization (expanded morphology) and residential segregation - a "new urban geography", bringing profound changes in the "physical and social landscape" of the young metropolis of the Cerrado. / No contexto da globalização financeirizada contemporânea, das alterações no circuito imobiliário e a cabo da reestruturação da PNH (a partir de 2004), promovendo a expansão do crédito, dos subsídios e grande soma de recursos de fundos estatais aportados ao setor privado (período pré-crise), o que impulsionou a adoção de novas estratégias empresariais, produtos urbanísticos tipicamente neoliberais e expansão territorial em direção às periferias (especialmente a partir dos programas públicos Crédito Solidário, PAC e MCMV), a presente pesquisa objetiva compreender e descortinar o conjunto de transformações recentes na produção e consumo do espaço urbano da RM de Goiânia, no bojo do processo de metropolização local e a crescente demanda demográfica/habitacional. No caso de Goiás, a dinamização do atendimento de moradia soma, ainda, as ações da política pública estadual de habitação, através do Cheque Moradia/Agehab (outorga de crédito tributário) e das parcerias via ”Cheque Complemento” (seja na construção de novas unidades, seja na melhoria/ampliação das unidades produzidas pelo Governo Federal). Para tanto, analiso a distribuição da habitação no território da RMG, filtrando os dados por segmentação social, localização e principais tendências mercadológicas. A metodologia empregada combina diversas técnicas e abordagens, incluindo: graficação, levantamento fotográfico, imagem de satélite, mapeamento com apoio do uso de geotecnologias e estudo de caso (20 empreendimentos de HIS, em 07 municípios metropolitanos). Os resultados apurados evidenciam deslocamento da “habitação social de mercado” para áreas perimetropolitanas, avançando sobre os municípios limítrofes; intensificação da produção do segmento econômico nas bordas da cidade (a partir do MCMV/PNHU), promovendo a periferização da verticalização (com forte atuação das Incorporadoras MRV, Tenda, PDG, Rossi, Living, Viver); que somadas ao modismo de lançamentos de bairros planejados nas imediações de parques urbanos (uma especificidade de Goiânia), à verticalização alto padrão, tanto residencial quanto business (life style, mixed use e lajes corporativas) e aos imponentes CHFs (“periferia rica”), consolidam novos modos de morar, um novo padrão de urbanização (morfológico expandido) e de segregação residencial – uma “nova geografia urbana” – acarretando profundas alterações na “paisagem física e social” da jovem metrópole do Cerrado.
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Fraturas da metrópole. Objetividade e crise do romance em Berlin Alexanderplatz / Fractures of the metropolis: Objectivity and the crisis of the novel Berlin AlexanderplatzGabriela Siqueira Bitencourt 21 June 2010 (has links)
Publicado em 1929, o romance Berlin Alexanderplatz de Alfred Döblin foi considerado, desde as primeiras resenhas, um marco na literatura alemã. Sua novidade residia, sobretudo, na utilização das técnicas da colagem e da montagem, por meio das quais os fragmentos recolhidos da metrópole foram inseridos no romance como sua própria matéria formal. Döblin tentou, com isso, deslocar o espaço concedido à metrópole, de objeto de representação a sujeito da enunciação. Essa dissertação analisa a composição formal de sua narrativa para compreender o que o novo espaço angariado pela metrópole, em Berlin Alexanderplatz, implica para o gênero. Esse problema dialoga diretamente com a importante discussão da \"crise do romance\", que animava os debates de então sobre literatura e encontrava franca ressonância também na produção teórica de Döblin, desenvolvida entre 1910 e 1930. Contrapor Berlin Alexanderplatz às questões levantadas nesses textos teóricos torna ainda mais explícita a relação da obra com seu próprio tempo. Ademais, há uma estrita coincidência entre a importância da objetividade em boa parte da teoria de Döblin e os pressupostos do movimento artístico mais característico dos anos da República de Weimar, a Neue Sachlichkeit. Examinar essa convergência ajuda a iluminar os problemas de uma narrativa que oscila, dialeticamente, entre a representação do destino individual e busca uma montagem realista da metrópole. Todos esses diálogos, além do confronto com a tradição do gênero, ajudam a entrever alguns dos elementos que levaram à configuração, nas palavras de Döblin, dessa \"épica da modernidade\". / Published in 1929, Berlin Alexanderplatz, a novel by Alfred Döblin, was considered - since its first reviews - a landmark in German literature. Its novelty resided above all in the use of the techniques of collage and montage, the use of which made possible that fragments collected in the metropolis could be inserted in the novel as its own formal matter. What Döblin has tried to do with that was to displace the position usually afforded to the metropolis, from object of representation to subject of enunciation. This dissertation engages in an analysis of the narrative formal composition in order to understand what this new position - conquered by the metropolis in Berlin Alexanderplatz - implies to the genre. This problem is in constant dialogue with the very important \"crises of the novel\" issue, which supported much of the literary debate of the time and has a corresponding development in Döblin\'s own theoretical production from 1910 to 1930. Contrasting Berlin Alexanderplatz to the questions posed in these theoretical texts makes the relationship of the novel with its own time even more explicit. Moreover there is a strict coincidence between the importance of objectivity in a good deal of Döblin\'s theory and the presuppositions of the most characteristic artistic movement of the Weimer Republic, the Neue Sachlichkeit. To examine this convergence helps us cast some light on the problems of a narrative that dialectically oscillates between the representation of an individual destiny and the search for a realist montage/image of the metropolis. All this dialogues, besides the confrontation with the novel tradition, help us glimpse some of the elements that headed towards the configuration of this, in Döblin\'s own words, \"epic of modernity\".
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Reprodução da metrópole e a luta pelo uso do espaço: o movimento pela preservação do quarteirão do Itaim Bibi / Metropoliss reproduction and the struggle for the use of space: the movement for preservation of Itaim Bibi blockPatricia Barbosa Fernandes 23 November 2015 (has links)
A presente pesquisa busca examinar o movimento pela preservação do quarteirão do Itaim Bibi, o qual, no contexto atual da reprodução da metrópole, configura-se como uma luta pelo uso do espaço. Partimos, primeiramente, dos pressupostos mais gerais sobre a produção do espaço, que, sob a influência da mundialização, momento específico do capitalismo, determina-o como condição da reprodução do capital. Também considerando que a metrópole se torna um dos momentos necessários da acumulação, buscamos compreender os processos contraditórios que emergem da reprodução do urbano, tomando como referência a Operação Urbana Faria Lima e o bairro do Itaim Bibi. Assim, nosso trabalho é desenvolvido no sentido de compreender tanto o significado do quarteirão do Itaim no contexto da metrópole e do próprio bairro quanto da luta que se formou em defesa de sua preservação. Nesse percurso, nossa análise procurou desvendar de que maneira o quarteirão do Itaim nos revela em sua própria produção a contradição entre o valor de uso (apropriação) e o valor de troca (dominação) do espaço, mais precisamente a contradição, materializada inclusive na paisagem urbana atual do bairro, entre o uso público do espaço e a reprodução da cidade como negócio. Procuramos analisar o papel do Movimento SOS Quarteirão do Itaim como expressão das mobilizações sociais em defesa do patrimônio cultural, inclusive apontando seus aspectos ambivalentes, isto é, ora com potencial político de questionar os processos hegemônicos em curso, ora reafirmando seus discursos conservadores. Nesse sentido, levando em consideração o ponto de vista social e não somente do poder da classe capitalista que domina o processo urbano, discutimos ainda o significado das lutas pelo espaço, que evidenciam as contradições do processo da reprodução da metrópole e podem ter o potencial de produzir uma sociedade mais democrática e espaços socialmente mais justos. / The present research seeks to examine the movement for the preservation of the Itaim Bibi block, which, in the current context of reproduction of the metropolis, appears as a struggle for space. We start, first, from the most general assumptions on the production of space, which, under the influence of globalization, a specific moment of capitalism, determine it as the condition to the reproduction of capital. Also considering that the metropolis becomes one of the necessary stages of accumulation, we try to understand the contradictory processes that emerge from the reproduction of the city, with reference to the Urban Operation Faria Lima and the Itaim Bibi neighborhood. Our work is developed in order to understand both the meaning of the Itaim block in the context of the metropolis and the neighborhood itself, and the struggle that was formed in defense of their preservation. Along this route, our analysis sought to unveil how the Itaim block reveals in its own production the contradiction between use value (appropriation) and exchange value (domination) of space, more precisely the contradiction, embodied even in the current urban landscape of the district, between the public use of space and the reproduction of the city as a business. We seek to analyze the role of SOS Itaim Movement as an expression of social mobilizations in defense of cultural heritage, pointing also their ambivalent aspects, that is, sometimes with political potential to challenge hegemonic processes, sometimes reaffirming their conservative discourses. In that sense, taking into account the social point of view, and not only the power of the capitalist class that dominates the urban process, we also discussed the significance of the struggles for space, which show that the contradictions of the metropolis reproduction process and could have the potential to produce a more democratic society and spaces that are more socially just.
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O ambiente fluvial das várzeas no espaço da metrópole: a bacia do Pirajuçara na metropolização de São Paulo / Environment of Inland Wetlands in the Metropolitan Area: Basin Pirajuçara in Metropolization of Sao PauloMarco Antonio Teixeira da Silva 18 September 2009 (has links)
A Metrópole é um fenômeno em movimento. Seu processo, a metropolização, se constitui a partir de várias relações que envolvem a Natureza e a História. Esta pesquisa investiga a particularidade da apropriação do ambiente fluvial das várzeas da Bacia do Pirajuçara no processo de formação da metrópole de São Paulo. Historicamente, continuidades e descontinuidades se sucederam neste processo sob uma contradição fundamental: a afirmação da várzea como ambiente fluvial e a produção do espaço como sua negação. As intervenções nos rios e nas várzeas objetivam a metrópole sob as determinações formais do capital em geral. Tal condição cristaliza um papel muito particular deste ambiente na divisão do trabalho, fundamentalmente como espaços de circulação. Neste contexto, a relação entre a apropriação do ambiente fluvial das várzeas e a produção do espaço na metrópole se constitui numa problemática em que a catástrofe das inundações se põe como limite ao processo. A nova prática de retenção do escoamento nos reservatórios de contenção de cheias (piscinões) se objetiva nas ideologias do ambientalismo e da sustentabilidade. O que aparece como ruptura se apresenta como continuidade da apropriação das várzeas para a realização da metrópole como espaço de reprodução do valor. / The Metropolis is a phenomenon in movement. Its process, the metropolization consists of many relations involving nature and history. This research investigates the peculiar fluvial environment appropriation of the floodplains of the Pirajuçara River Basin during the formation of the metropolis of São Paulo. Historically, continuities and discontinuities have been succeeding each other in this process in a fundamental contradiction: the assertion of the floodplain as a river environment and the production of space as its negation. Interventions in rivers and wetlands in the city aim the metropolis under the formal determinations of capital in general. Such condition crystallizes a very particular role of this environment in labor division mainly as passage space. In this context, the relationship between the appropriation of the environment of river floodplains and the production of space in the metropolis composes a set of problems in which the disaster of flooding arises as the limit process. The new practice of restraining the flow with flood control reservoirs (piscinões) has its objectives in environmentalism and sustainability ideologies. What appears as disruption shows up as continuity of floodplains appropriation in order to carry out the metropolis as an area for value reproduction.
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Navegar na contracorrente: uma leitura da metrópole fluvial. / Cross-current navigation: a reading of the Fluvial Metropolis.Martin Benavidez 28 April 2017 (has links)
\"Navegar na contracorrente: uma leitura da Metrópole Fluvial\" aborda o imaginário de São Paulo como Metrópole Fluvial, objetivado no trabalho de Alexandre Delijaicov, entendido como um discurso singular no horizonte da urbanística contemporânea.A questão que motiva esta pesquisa é o descompasso existente entre a escala e a complexidade dos problemas inerentes às aglomerações urbanas contemporâneas, e a dimensão epistemológica da urbanística como disciplina que procura enfrentá-los. Um olhar da história recente da urbanística sugere que quanto mais eficientes se tornaram as nossas condições técnicas de atuar no território, mais dificilmente temos nos aproximado da possibilidade de fazer uso delas como ferramenta para fundar ou refundar as nossas cidades com o vigor que a escala dos seus problemas demanda. A difícil arte de construir coletivamente o lugar para a vida neste planeta parece hoje infinitamente menos desenvolvida do que os meios técnicos com que poderíamos encarar essa tarefa. Nesse contexto, a urbanística contemporânea parece ter assumido uma posição de retaguarda no campo do discurso social, pois, preocupada em responder à lógica do presente, ela parece incapaz de questionar a sua natureza.Assumindo que esta problemática se vincula tanto a uma dimensão objetiva do modo de produção do espaço contemporâneo, quanto aos desdobramentos ideológicos no campo das urbanísticas que acompanharam as viragens do capitalismo do último meio século, o trabalho procura problematizar esse ponto de encontro a partir da leitura do imaginário da Metrópole Fluvial entendida não como um receituário de soluções, senão como modo de problematizar a urbanística contemporânea. / \"Cross-current navigation: a reading of the Fluvial Metropolis\" approaches São Paulo as a Fluvial Metropolis, following Alexandre Delijaicov\'s paper and understanding it as a singular discourse within the horizon of contemporary urbanism. The subject matter of this research arises from the lack of parallelism between the scale and complexity of problems inherent to contemporary urban agglomerations and the epistemological dimension of urban planning as a discipline that seeks to address them. A look back at the recent history of urbanism suggests that the more efficient the technical conditions to operate in the territory became, the harder we came to the possibility of using them as tools to found or re-found our cities with the vigor the scale of their problems demands. The difficult art of collectively building a place to house life on this planet seems today much less developed than the technical means we could face said task with. In this context, contemporary urban planning seems to have taken a rear position within the field of social discourse since, concerned with responding to the logic of the present, it seems incapable of questioning the nature of its implications. Assuming that this issue is connected both to an objective dimension linked to the way of production of contemporary space, and to its ideological dimension within the field of the urban planning trends that followed the turn to capitalism of the last half century, this paper tries to question that meeting point, from the reading of the imaginary of the Fluvial Metropolis, understood not as a prescription with solutions, but as a unique way of challenging contemporary urbanism.
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