• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 181
  • 1
  • Tagged with
  • 182
  • 104
  • 75
  • 72
  • 56
  • 47
  • 41
  • 34
  • 29
  • 29
  • 27
  • 27
  • 26
  • 20
  • 18
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
161

Psychanalyse et génétique médicale : une rencontre possible à partir du syndrome du chromosome X fragile / Psychoanalysis and medical genetics : a possible encounter from the fragile X syndrome / Psicanálise e genética médica : um encontro possível a partir da síndrome do cromossomo X frágil

Varela, Andréa Sousa 05 October 2017 (has links)
Cette thèse part de la proposition d’une rencontre possible entre psychanalyse et génétique médicale par le biais des soins offerts aux enfants porteurs de syndromes génétiques, notamment le syndrome de l’X fragile. Nous avons trouvé dans les recherches en épigénétique une voie de rapprochement de ces différents champs du savoir. L’idée selon laquelle l’environnement est capable de modifier l’expression des gènes représente la rupture d’un certain déterminisme génétique autrefois accepté, et ouvre un espace où penser la singularité. Notre travail propose d’élargir le concept d’environnement, en y considérant la relation de l’enfant avec l'Autre, lieu du langage, comme opérateur de marques sur son corps : marques symboliques, constituées dès le tout début de la rencontre de l’infans et de ceux qui s’occupent de lui. C’est justement dans cet espace d’échange avec l'Autre qu’a lieu l’émergence d’un sujet. Nous avons opté pour les concepts de sujet et de transfert pour soutenir l’articulation de la clinique psychanalytique et de la génétique médicale en ce qui concerne le traitement. Nous avons donc exposé trois cas cliniques issus de notre pratique, d’enfants traversés par le diagnostic de l’X fragile afin d’illustrer de quelle manière les conceptions de sujet et de transfert se reflètent dans la clinique. Tenant compte que la psychothérapie est également prise comme objet d’étude de l’épigénétique, et qu’elle est donc considérée comme un environnement capable de provoquer, voire de renverser des marques épigénétiques, l’enjeu de notre travail repose sur la proposition suivante : et pourquoi pas la psychanalyse également ? La psychothérapie psychanalytique, ancrée sur le transfert, ne peut-elle pas, elle aussi, laisser des marques sur le petit patient ? / The current thesis assumes a possible encounter between psychoanalysis and medical genetics based on the treatment applied to children carrying genetic syndromes such as the Fragile X Syndrome. Epigenetic studies are a way to approximate different knowledge fields. The assumption that the environment is able to change gene expression strays from the genetic determinism we once believed and opens the way for us to reason about singularity. The proposition in the present study lies on expanding the concept of environment, by taking into consideration the relation between the child and the Other in the environment in question, as well as the place of language as the operator marking the child’s body. These symbolic marks start emerging in the first encounter between the infans and caregivers. The subject emerges precisely within an environment of exchanges that is set with the Other. The concepts of subject and transference were chosen to support the treatment articulation between psychoanalytic clinic and medical genetics. Thus, the present study reports three clinical cases followed by the authors, which involved children diagnosed with fragile X syndrome. These cases illustrate how the aforementioned concepts affect the clinical practice. Since psychotherapy has also been taken as the object of epigenetic studies, and as it is considered an environment able to cause, and even reverse, epigenetic marks, the current study relies on the following proposition: why not psychoanalysis as well? Can the psychoanalytic psychotherapy, anchored in the concept of transference, leave marks on the little patient too? / Esta tese parte da proposição de um encontro possível entre psicanálise e genética médica através do tratamento oferecido às crianças com síndromes genéticas, notadamente a Síndrome do X Frágil. Encontramos nas pesquisas em epigenética uma via de aproximação entre os distintos campos de saber. A ideia de que o ambiente é capaz de alterar a expressão dos genes quebra com um certo determinismo genético outrora acreditado, abrindo espaço para se pensar a singularidade. Nosso trabalho propõe a ampliação do conceito de ambiente, considerando nele a relação da criança com o Outro, lugar da linguagem, como operadora de marcas no seu corpo: marcas simbólicas, constituídas desde os primórdios do encontro do infans com seus cuidadores. É justamente nesse ambiente de trocas com o Outro que se dá a emergência de um sujeito. Os conceitos de sujeito e transferência foram escolhidos para sustentarmos a articulação da clínica psicanalítica com a genética médica no que concerne o tratamento. Assim, expusemos três casos clínicos oriundos de nossa prática, de crianças atravessadas pelo diagnóstico de X frágil no intuito de ilustrar de que forma as concepções de sujeito e transferência incidem na clínica. Levando-se em conta que a psicoterapia tem sido igualmente tomada como objeto de estudo da epigenética, sendo, desta forma, considerada como ambiente capaz de provocar e até mesmo reverter marcas epigenéticas, a aposta de nosso trabalho repousa na seguinte proposição: e por que não a psicanálise também? Será que a psicoterapia psicanalítica, ancorada na transferência, não pode ela também provocar marcas no pequeno paciente?
162

A ética da psicanálise como ética do desejo de analista

ARAÚJO, Ronald de Paula January 2007 (has links)
ARAÚJO , Ronald de Paula. Interações a ética da psicanálise como ética do desejo de analista. 2007. 144 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Fortaleza-CE, 2007. / Submitted by moises gomes (celtinha_malvado@hotmail.com) on 2012-05-08T18:38:38Z No. of bitstreams: 1 2007_dis_RPAraujo.pdf: 923227 bytes, checksum: 30c55864124522bb811b2ee8ce664919 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Josineide Góis(josineide@ufc.br) on 2012-06-15T16:11:46Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2007_dis_RPAraujo.pdf: 923227 bytes, checksum: 30c55864124522bb811b2ee8ce664919 (MD5) / Made available in DSpace on 2012-06-15T16:11:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2007_dis_RPAraujo.pdf: 923227 bytes, checksum: 30c55864124522bb811b2ee8ce664919 (MD5) Previous issue date: 2007 / O presente trabalho visa elucidar a necessidade de contextualização de uma ética própria à Psicanálise a partir dos seus singulares meios e objetivos, observando a indissociabilidade entre a metapsicologia e a clínica, como forma de dar consistência e fundamentação à teoria e à prática, oferecendo uma releitura crítica dos seus pressupostos, procurando ocupar uma posição e uma delimitação própria da questão, abrindo uma proposta de pesquisa - A Ética da Psicanálise como Ética do Desejo-de-analista. O estudo parte das bases conceituais da construção metapsicológica de Freud através da pesquisa clínica, até sua crítica aos grandes ideais éticos e morais do ser humano, o mal-estar na civilização, ao redor do conceito de supereu e da pulsão de morte. A pesquisa seguiu para os desdobramentos lacanianos, notadamente da década de 60, onde a questão é retomada sobre o prisma de uma argumentação sobre a Ética da Psicanálise, partindo dos pontos de tensão da disciplina com a ética filosófica. As aporias vislumbradas a partir da crítica freudiana e dos desdobramentos de Jacques Lacan impõem uma nova argumentação sobre o juízo das nossas ações, pois o inconsciente revela-se como um paradigma que retira da consciência o monopólio dessas questões, recolocando o desejo no centro da discussão ética, com objetivos diversos ao do campo filosófico. Assim, o próprio problema ético retorna sobre a necessidade de fundamentação da Psicanálise para empreender tal tarefa, no que a pesquisa levou-nos a criticar o jargão da Ética da Psicanálise ser uma “Ética do Desejo”, revelando-se uma impossibilidade de tal ética definir-se e fundamentar-se num conceito que, para a Psicanálise, é o que permanece enquanto não-sabido. A hipótese principal desta dissertação é de que há a necessidade da Psicanálise se estabelecer enquanto uma ética particular, fora dos parâmetros da filosofia, retomando criticamente os modelos apresentados por Lacan para a Ética da Psicanálise, particularmente o mito de Antígona, observando a referência fundamental do desejo à morte, mas delimitando esta referência apenas a uma análise que produza um novo analista, surgindo daí um desejo prevenido, mas não enquanto um desejo puro, como o era o da personagem sofocliana. / Ce travail vise à élucider la nécéssité de contextualisation d’une éthique propre à la Psychanalyse à partir de ses moyens singuliers et objectifs, prenant en compte l’indissociabilité existante entre la métapsychologie et la clinique afin de donner consistance et fondement à la théorie et à la pratique offrant une relecture critique de ses suppositions, cherchant à occuper une position délimitée propre à la question, proposant ainsi un thème de recherche sur - L’Éthique de la Psychanalyse comme Éthique du Désir d’analyste. Cette étude s’élabore sur les bases conceptuelles de la construction métapsychologique de Freud à travers la recherche et l’étude clinique, et s’étend jusqu’á une critique des grands ídéaux éthiques et moraux de l’être humain, le malaise dans la civilisation, autour du concept d’acceptation et de dépassement et de la pulsion de mort. La reflexion continue par des cheminements de pensée lacanienne notamment de la décade des années 60 où la question est reprise sous l’angle d’une argumentation sur l’éthique de la Psychanalyse partant des points de tension de la discipline avec l’Éthique Philosophique. Aux éclaircicements des apories (paradoxes) de la critique freudienne et des dévelloppements de Jacques Lacan la situation nous interpelle et nous impose une nouvelle argumentation sur le jugement de notres actions puisque l’inconscient se révèle comme un paradigme qui affecte dans notre conscience le monopole de ce questionnement replaçant le désir au centre du débat sur une discussion de l’éthique avec divers objectifs y compris du domaine philosophique. C’est ainsi que le propre problème éthique revient sur la nécéssité des fondements de la Psychanalyse pour entreprendre un tel travail et c’est cette étude qui nous a amené à critiquer et remettre en question le jargon de l’éthique de la Psychanalyse comme étant une “Éthique du Désir”, révelant l’impossibilité d’une telle éthique à se définir se baser, et se fonder en un concept pour la Psychanalyse qui continue encore reconnu. L’hypothèse principale de cette dissertation est qu’il existe une réelle nécéssité pour la Psychanalyse d’établir malgré cela une éthique particulière, hors des paramêtres de la philosophie reprenant sous un angle critique les modèles, et les références présentés par Lacan pour une éthique de la Psychanalyse et plus particulièrement le mythe d’Antigone observant la référence fondamentale du désir de mort mais délimitant cette référence à peine à une analyse qui a pour résultante un nouveau analyste, d’où surgit un désir “prévenu” mais non un désir pur comme l’était celui du personnage sophoclien.
163

Perversão e filiação : o desejo do analista em questão / Perversion et filiation : le désir de l'analyste en jeu / Perversion and filiation : the desire of the analyst in question

Rosa Júnior, Norton Cezar Dal Follo da January 2013 (has links)
Cette recherche porte sur le thème de la perversion dans ses relations avec la filiation et le désir de l’analyste. Son importance se justifie du regard de la clinique et de sa pertinence sociale. Mais, il s’agit aussi d’une question d’ordre éthique, une fois que le domaine des perversions, fréquemment, se trouve imprégné de moralisme, des préjugés et d’idéaux de bonne forme. Les positionnements ne sont pas rares dans le milieu psi que les pervers ne cherchent pas l’analyse, étant donné qu’ils ne souffrent pas, qu’ils ne font que jouir par la souffrance de leurs victimes. Celle-ci n’est pas notre position. Au contraire, à partir du désir de l’analyste et de l’éthique qui fonde sa práxis, nous soutiendrons la thèse qu’il est possible qu’une clinique psychanalytique s’opère avec la perversion. Notre investigation est basée dans l’oeuvre de Sigmund Freud et l’enseignement de Jacques Lacan, suivie d’auteurs contemporains. Face à la complexité de cette thématique, nous avons pris la compagnie de cinq ouvrages: La philosophie dans le boudoir, écrite par le Marquis de Sade (1795), À la recherche du temps perdu, de Marcel Proust (1913), Lavoura arcaica, de Raduan Nassar (1979), Finnegans Wake, de James Joyce (1939), et Le balcon, de Jean Genet (1955). Notre proposition dans l’articulation de la psychanalyse et la littérature cherche à accueillir ce que les textes permettent d’accéder aux différents registres de la perversion dans la structure du sujet. A partir de ces références nous allons soutenir que l’impératif de jouissance du pervers impliquera dans le refus à la filiation. Ceci soulèvera des difficultés dans ses conditions d’aimer, de reconnaître la dette envers l’autre et de tolérer la différence. Cependant, Freud et Lacan, en reconnaissant l’aspect constituant de la perversion, ont inauguré les possibilités d’écoute de cette particulière position subjective par rapport à la castration. Donc, si d’une part Freud a montré la logique fétichiste de reconnaître et de refuser, à la fois, le manque du corps maternel; d’autre part, Lacan a observé le refus pervers à la place destinée au père dans le discours du sujet. Celles-ci seront des questions centrales dans le drame pervers, surtout, quand le père n’achemine pas le désir en tant qu’insigne du manque, et la mère prend l’enfant comme objet de jouissance. A partir de cela, à travers des notes cliniques nous fondamentorons la discussion dans trois aspects: les difficultés en établir un diagnostique de perversion; le maniement d’un transfert qui se maintient dans le défis constant à la place du psychanaliste; et les voies de direction du traitement. Ceci nous fait comprendre que pour que cette pratique se fasse, il est essentiel de reconnaître la souffrance, condition nécessaire pour déclencher le désir de l’analyste de réaliser la lecture d’un scénario marqué par un modèle strict et répétitif de récompense sexuelle. Dans ce sens, il sera à partir des effets réunis dans son analyse que le psychanalyste pourra affronter l’angoisse, le mépris, et la fascination implicite dans le transfert pervers. Donc, en “faisant face à la situation”, il ira établir les différences de places, en rendant possible au sujet, le droit à la parole, en viabilisant ainsi, la chute des images et mises en scène qui saisissent ses modalités de jouissance. / Essa pesquisa aborda o tema da perversão em suas relações com a filiação e o desejo do analista. Sua relevância se justifica do ponto de vista da clínica e de sua pertinência social. Mas, além disso, trata-se de uma questão de ordem ética, pois o campo das perversões, frequentemente, se encontra impregnado de moralismos, preconceitos e ideais de boa forma. Não são raros os posicionamentos no meio psi de que perversos não buscam análise, pois não sofrem, apenas gozam em função dos sofrimentos infligidos às suas vítimas. Esta, não é a nossa posição. Pelo contrário, a partir do desejo do analista e da ética que fundamenta sua práxis, sustentaremos a tese de que é possível uma clínica psicanalítica se operar com a perversão. Essa investigação é embasada na obra de Sigmund Freud e no ensino de Jacques Lacan, seguida de autores contemporâneos. Diante da complexidade da temática em questão, tomamos em companhia cinco obras: A filosofia na alcova, escrita pelo Marquês de Sade (1795), Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust (1913), Lavoura arcaica, de autoria de Raduan Nassar (1979), Finnegans Wake, de James Joyce (1939), e O balcão, de Jean Genet (1955). Nossa proposta na articulação entre psicanálise e literatura visa a acolher aquilo que esses textos permitem aceder a diferentes registros da perversão na estrutura do sujeito. A partir dessas referências vamos sustentar que o imperativo de gozo do perverso implicará a recusa à filiação. Isto situará impasses em suas condições de amar, de reconhecer dívida com o outro e de suportar a diferença. Entretanto, Freud e Lacan, ao reconhecerem o aspecto constituinte da perversão, inauguraram as possibilidades de escuta dessa singular posição subjetiva em relação à castração. Então, se de um lado Freud apontou a lógica fetichista de reconhecer e recusar, simultaneamente, a falta no corpo materno; de outro, Lacan observou a recusa perversa ao lugar atribuído ao pai no discurso do sujeito. Estas serão questões centrais no drama perverso, sobretudo, quando o pai não vetoriza o desejo enquanto insígnia da falta, e a mãe toma o filho enquanto objeto de gozo. Diante disso, através de recortes clínicos, fundamentaremos a discussão em três aspectos: as dificuldades de se estabelecer um diagnóstico de perversão, o manejo de uma transferência que se mantém no constante desafio ao lugar do psicanalista e as vias de direção do tratamento. Isto nos fez compreender que para essa prática se dar, faz-se imprescindível reconhecer o sofrimento, condição necessária para acionar o desejo do analista de realizar a leitura de um enredo marcado por um padrão fixo, rígido e repetitivo de gratificação sexual. Nesse sentido, será a partir dos efeitos colhidos em sua análise que o psicanalista poderá lidar com a angústia, o repúdio, e o fascínio implícito na transferência perversa. Portanto, ao “fazer face à situação”, ele irá situar diferenças de lugares, possibilitando ao sujeito, o direito à palavra, viabilizando assim, a queda das imagens e atuações que capturam suas modalidades de gozo. / This research addresses the issue of perversion and its associations with filiation and the desire of the analyst. It is a relevant study from the perspective of clinical practice and also in the realm of society. In addition, such issue is an ethical one, because the field of perversions is often infused with moral judgement, prejudice and ideals of good morals. Not infrequently, an assumption among psychoanalysts is that perverse people do not seek pshycoanalysis because they do not suffer, but rather, only take pleasure in the pain they inflict upon their victims. This is not our point of view. On the contrary, based on the desire of the analyst and the ethical principles underpinning his praxis, we will discuss the premise that psychoanalytic clinical practice can actually be applied to perversion. Our research is grounded in the work of Sigmund Freud and the teachings of Jacques Lacan, followed by contemporary authors. Given the complexity of the subject in question, we draw on five particular works and their respective authors: Philosophy in the Bedroom, written by the Marquis de Sade (1795); In Search of Lost Time, by Marcel Proust (1913); Ancient Tillage, written by Raduan Nassar (1979) Finnegans Wake, by James Joyce (1939); and The Balcony, by Jean Genet (1955). By combining psychoanalysis and literature, we seek to embrace the contributions that such works can give towards clarifying the notion of perversion within the structure of the subject. Based on these references, we argue that denial of filiation is a prerequisite for the enjoyment of perversion. This will hinder the perverse patient’s ability to love, to recognize his debt to others and to tolerate differences. However, when Freud and Lacan recognized the constituent of perversion, they enabled this unique subjective perspective on castration to be attended to. So while Freud pointed out the fetishistic logic of recognizing and denying, at once, the lack of a penis in the mother’s body, Lacan observed the perverse denial of the place given to the father in the discourse of the subject. These are central issues in the perverse drama, especially when the father does not express desire as a sign of such lack, and the mother takes the child as an object of enjoyment. Thus, by means clinical observations, our discussion will focus on three aspects: the difficult task of giving a diagnosis of perversion, coping with transference that remains a constant challenge to the position of the psychoanalyst, and options for the direction of treatment. This enabled our understanding that, for this practice to take place, it is imperative to recognize pain, a necessary condition to trigger the desire of the analyst to interpret a scenario marked by a fixed, rigid and repetitive pattern of sexual gratification. In this sense, the analyst will use the results obtained from that analysis to deal with pain, rejection, and the implicit fascination with perverse transference. Therefore, when "dealing with the situation," the analyst will identify differences in locations, giving the subject the right to speech, thus enabling the eradication of images and acts that illustrate the patient’s modes of enjoyment.
164

Enganando a audiência e a consciência em um jogo de espelhos : a fragmentação da estética contemporaníssima de Santiago Nazarian em Feriado de Mim Mesmo

Cabral, Rayssa Duarte Marques 16 April 2015 (has links)
Submitted by Igor Matos (igoryure.rm@gmail.com) on 2017-02-09T15:08:15Z No. of bitstreams: 1 DISS_2015_Rayssa Duarte Marques Cabral.pdf: 2097959 bytes, checksum: 861794f749d9db4f65edef9bf13f2b8a (MD5) / Approved for entry into archive by Jordan (jordanbiblio@gmail.com) on 2017-02-10T10:36:00Z (GMT) No. of bitstreams: 1 DISS_2015_Rayssa Duarte Marques Cabral.pdf: 2097959 bytes, checksum: 861794f749d9db4f65edef9bf13f2b8a (MD5) / Made available in DSpace on 2017-02-10T10:36:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISS_2015_Rayssa Duarte Marques Cabral.pdf: 2097959 bytes, checksum: 861794f749d9db4f65edef9bf13f2b8a (MD5) Previous issue date: 2015-04-16 / CAPES / Esta dissertação tem como objeto de estudo a obra Feriado de mim mesmo (2005), do escritor brasileiro contemporâneo Santiago Nazarian. Tendo em vista a produção recente, o presente trabalho visa a contribuir para a formação da crítica literária acadêmica do autor, bem como refletir sobre a literatura contemporânea e a contemporaníssima, os escritores recém-chegados das Gerações 90 e Zero Zero e seu processo de canonização; além de tratar do extremo da individualização, ao que chamamos de “umbiguismo solipsista”, fazendo uma reflexão sobre o gênero romance e seus protagonistas cada vez mais introspectivos. A análise crítica da obra contou com certo aparato da Psicanálise, por meio da utilização de conceitos como “estádio do espelho”, “consciente”, “inconsciente” e “pequeno outro” e “grande outro”, para preencher e esclarecer certas lacunas deixadas na narrativa. Para tanto, optou-se pela apresentação da análise por meio da apresentação pormenorizada do enredo que foi linearmente, recontado e, quando cabível, interrompido por esta pesquisadora. / This dissertation has as study object the book Feriado de mim mesmo (2005), by the contemporary Brazilian writer Santiago Nazarian. Considering the recent production, this paper aims to contribute to the formation of the author’s academic literary criticism, and also to reflect on contemporary literature and “the most contemporary” literature, the newcomers writers of 90s and Zero Zero generations and their process of canonization; to treat the extreme individualization, to what we call “umbiguismo solipsista”, making a reflection on the romance genre and its protagonists increasingly introspective. The critical analysis of the work took some apparatus of psychoanalysis, by the use of concepts such as “mirror stage”, “aware”, “unconscious” and “small other” and “big other”, to fill gaps and clarify certain left in the narrative. Therefore, we opted for the presentation of the analysis through detailed presentation of the plot that was linearly recounted and, when appropriate, interrupted by this researcher.
165

Perversão e filiação : o desejo do analista em questão / Perversion et filiation : le désir de l'analyste en jeu / Perversion and filiation : the desire of the analyst in question

Rosa Júnior, Norton Cezar Dal Follo da January 2013 (has links)
Cette recherche porte sur le thème de la perversion dans ses relations avec la filiation et le désir de l’analyste. Son importance se justifie du regard de la clinique et de sa pertinence sociale. Mais, il s’agit aussi d’une question d’ordre éthique, une fois que le domaine des perversions, fréquemment, se trouve imprégné de moralisme, des préjugés et d’idéaux de bonne forme. Les positionnements ne sont pas rares dans le milieu psi que les pervers ne cherchent pas l’analyse, étant donné qu’ils ne souffrent pas, qu’ils ne font que jouir par la souffrance de leurs victimes. Celle-ci n’est pas notre position. Au contraire, à partir du désir de l’analyste et de l’éthique qui fonde sa práxis, nous soutiendrons la thèse qu’il est possible qu’une clinique psychanalytique s’opère avec la perversion. Notre investigation est basée dans l’oeuvre de Sigmund Freud et l’enseignement de Jacques Lacan, suivie d’auteurs contemporains. Face à la complexité de cette thématique, nous avons pris la compagnie de cinq ouvrages: La philosophie dans le boudoir, écrite par le Marquis de Sade (1795), À la recherche du temps perdu, de Marcel Proust (1913), Lavoura arcaica, de Raduan Nassar (1979), Finnegans Wake, de James Joyce (1939), et Le balcon, de Jean Genet (1955). Notre proposition dans l’articulation de la psychanalyse et la littérature cherche à accueillir ce que les textes permettent d’accéder aux différents registres de la perversion dans la structure du sujet. A partir de ces références nous allons soutenir que l’impératif de jouissance du pervers impliquera dans le refus à la filiation. Ceci soulèvera des difficultés dans ses conditions d’aimer, de reconnaître la dette envers l’autre et de tolérer la différence. Cependant, Freud et Lacan, en reconnaissant l’aspect constituant de la perversion, ont inauguré les possibilités d’écoute de cette particulière position subjective par rapport à la castration. Donc, si d’une part Freud a montré la logique fétichiste de reconnaître et de refuser, à la fois, le manque du corps maternel; d’autre part, Lacan a observé le refus pervers à la place destinée au père dans le discours du sujet. Celles-ci seront des questions centrales dans le drame pervers, surtout, quand le père n’achemine pas le désir en tant qu’insigne du manque, et la mère prend l’enfant comme objet de jouissance. A partir de cela, à travers des notes cliniques nous fondamentorons la discussion dans trois aspects: les difficultés en établir un diagnostique de perversion; le maniement d’un transfert qui se maintient dans le défis constant à la place du psychanaliste; et les voies de direction du traitement. Ceci nous fait comprendre que pour que cette pratique se fasse, il est essentiel de reconnaître la souffrance, condition nécessaire pour déclencher le désir de l’analyste de réaliser la lecture d’un scénario marqué par un modèle strict et répétitif de récompense sexuelle. Dans ce sens, il sera à partir des effets réunis dans son analyse que le psychanalyste pourra affronter l’angoisse, le mépris, et la fascination implicite dans le transfert pervers. Donc, en “faisant face à la situation”, il ira établir les différences de places, en rendant possible au sujet, le droit à la parole, en viabilisant ainsi, la chute des images et mises en scène qui saisissent ses modalités de jouissance. / Essa pesquisa aborda o tema da perversão em suas relações com a filiação e o desejo do analista. Sua relevância se justifica do ponto de vista da clínica e de sua pertinência social. Mas, além disso, trata-se de uma questão de ordem ética, pois o campo das perversões, frequentemente, se encontra impregnado de moralismos, preconceitos e ideais de boa forma. Não são raros os posicionamentos no meio psi de que perversos não buscam análise, pois não sofrem, apenas gozam em função dos sofrimentos infligidos às suas vítimas. Esta, não é a nossa posição. Pelo contrário, a partir do desejo do analista e da ética que fundamenta sua práxis, sustentaremos a tese de que é possível uma clínica psicanalítica se operar com a perversão. Essa investigação é embasada na obra de Sigmund Freud e no ensino de Jacques Lacan, seguida de autores contemporâneos. Diante da complexidade da temática em questão, tomamos em companhia cinco obras: A filosofia na alcova, escrita pelo Marquês de Sade (1795), Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust (1913), Lavoura arcaica, de autoria de Raduan Nassar (1979), Finnegans Wake, de James Joyce (1939), e O balcão, de Jean Genet (1955). Nossa proposta na articulação entre psicanálise e literatura visa a acolher aquilo que esses textos permitem aceder a diferentes registros da perversão na estrutura do sujeito. A partir dessas referências vamos sustentar que o imperativo de gozo do perverso implicará a recusa à filiação. Isto situará impasses em suas condições de amar, de reconhecer dívida com o outro e de suportar a diferença. Entretanto, Freud e Lacan, ao reconhecerem o aspecto constituinte da perversão, inauguraram as possibilidades de escuta dessa singular posição subjetiva em relação à castração. Então, se de um lado Freud apontou a lógica fetichista de reconhecer e recusar, simultaneamente, a falta no corpo materno; de outro, Lacan observou a recusa perversa ao lugar atribuído ao pai no discurso do sujeito. Estas serão questões centrais no drama perverso, sobretudo, quando o pai não vetoriza o desejo enquanto insígnia da falta, e a mãe toma o filho enquanto objeto de gozo. Diante disso, através de recortes clínicos, fundamentaremos a discussão em três aspectos: as dificuldades de se estabelecer um diagnóstico de perversão, o manejo de uma transferência que se mantém no constante desafio ao lugar do psicanalista e as vias de direção do tratamento. Isto nos fez compreender que para essa prática se dar, faz-se imprescindível reconhecer o sofrimento, condição necessária para acionar o desejo do analista de realizar a leitura de um enredo marcado por um padrão fixo, rígido e repetitivo de gratificação sexual. Nesse sentido, será a partir dos efeitos colhidos em sua análise que o psicanalista poderá lidar com a angústia, o repúdio, e o fascínio implícito na transferência perversa. Portanto, ao “fazer face à situação”, ele irá situar diferenças de lugares, possibilitando ao sujeito, o direito à palavra, viabilizando assim, a queda das imagens e atuações que capturam suas modalidades de gozo. / This research addresses the issue of perversion and its associations with filiation and the desire of the analyst. It is a relevant study from the perspective of clinical practice and also in the realm of society. In addition, such issue is an ethical one, because the field of perversions is often infused with moral judgement, prejudice and ideals of good morals. Not infrequently, an assumption among psychoanalysts is that perverse people do not seek pshycoanalysis because they do not suffer, but rather, only take pleasure in the pain they inflict upon their victims. This is not our point of view. On the contrary, based on the desire of the analyst and the ethical principles underpinning his praxis, we will discuss the premise that psychoanalytic clinical practice can actually be applied to perversion. Our research is grounded in the work of Sigmund Freud and the teachings of Jacques Lacan, followed by contemporary authors. Given the complexity of the subject in question, we draw on five particular works and their respective authors: Philosophy in the Bedroom, written by the Marquis de Sade (1795); In Search of Lost Time, by Marcel Proust (1913); Ancient Tillage, written by Raduan Nassar (1979) Finnegans Wake, by James Joyce (1939); and The Balcony, by Jean Genet (1955). By combining psychoanalysis and literature, we seek to embrace the contributions that such works can give towards clarifying the notion of perversion within the structure of the subject. Based on these references, we argue that denial of filiation is a prerequisite for the enjoyment of perversion. This will hinder the perverse patient’s ability to love, to recognize his debt to others and to tolerate differences. However, when Freud and Lacan recognized the constituent of perversion, they enabled this unique subjective perspective on castration to be attended to. So while Freud pointed out the fetishistic logic of recognizing and denying, at once, the lack of a penis in the mother’s body, Lacan observed the perverse denial of the place given to the father in the discourse of the subject. These are central issues in the perverse drama, especially when the father does not express desire as a sign of such lack, and the mother takes the child as an object of enjoyment. Thus, by means clinical observations, our discussion will focus on three aspects: the difficult task of giving a diagnosis of perversion, coping with transference that remains a constant challenge to the position of the psychoanalyst, and options for the direction of treatment. This enabled our understanding that, for this practice to take place, it is imperative to recognize pain, a necessary condition to trigger the desire of the analyst to interpret a scenario marked by a fixed, rigid and repetitive pattern of sexual gratification. In this sense, the analyst will use the results obtained from that analysis to deal with pain, rejection, and the implicit fascination with perverse transference. Therefore, when "dealing with the situation," the analyst will identify differences in locations, giving the subject the right to speech, thus enabling the eradication of images and acts that illustrate the patient’s modes of enjoyment.
166

A supervisão psicanalítica de ludoterapia de trauma e abandono: contribuições à luz da transferência e da contratransferência / Psychoanalytical supervision of play therapy in trauma and abandonment: a contribution in view of the transference and the countertransference

Adriana Borges Tannus de Souza 18 June 2008 (has links)
O presente estudo visa investigar a supervisão psicanalítica da ludoterapia de crianças que sofreram trauma e abandono, a partir da contribuição dos processos de transferência e contratransferência. Faz um estudo das relações transferenciais e contratransferenciais percebidas de forma mais destacada nas supervisões, utilizando como principal embasamento teórico, a literatura baseada na psicanálise inglesa, principalmente as concepções Kleinianas e pós-Kleinianas, partindo do pensamento de Freud, cujas formulações originaram e serviram de ponto de partida para os desenvolvimentos da teoria e da técnica psicanalítica. Ao discutir o trauma, o abandono, a ludoterapia e a supervisão psicanalítica, nesses contextos, utiliza-se, também, de elaborações teóricas de autores, como Anne Alvarez e contemporâneos, os quais tiveram grande interlocução com as teorias de Melanie Klein, e também conhecimentos provenientes de estudos e pesquisas de outras áreas que são compatíveis com esta orientação. Como material clínico, faz uso de transcrições de sessões de supervisão nas quais estão incluídas as transcrições de sessões feitas pelos psicoterapeutas para a supervisão. Para a análise do material, adota a postura investigativa própria da situação de supervisão psicanalítica sobre o que acontece nas relações paciente/supervisionando e supervisionando/supervisor. Conclui que o trauma e o abandono provocam perturbações e desorganizações psíquicas nas crianças que os sofrem, que são percebidas e vivenciadas de forma específica na sua relação com seu psicoterapeuta e na situação de supervisão. As dificuldades apresentadas na ludoterapia de crianças traumatizadas e abandonadas na instituição - as angústias mobilizadas pela realidade física e emocional delas, a transmissão dos sentimentos negativos do trauma e do abandono e convites à atuação e ao abandono do lugar de psicólogo e supervisor fazem parte da avalanche de sentimentos perturbadores, transferenciais e contratransferenciais, que envolvem psicólogos e supervisores no trabalho clínico com as crianças traumatizadas. / This study investigates the psychoanalytical supervision of the play therapy with children of have suffered trauma and abandonment, taking into account the transference and the countertransference processes in the supervision of these psychotherapeutic processes, in the view of the English psychoanalysis, in special of Melanie Klein and her followers. The discussion of the concepts of trauma and abandonment, and of the psychoanalytical supervision of play therapy in these contexts, considered also several authors who have great affinity with Kleins ideas, such as Anne Alvarez, as well as researches in other fields that were compatible with the same theoretical approach. The clinical material analysed was based in the transcriptions of the play therapy sessions with the children, brought by their psychotherapists to supervision. For this analysis it was adopted an investigative approach compatible with the psychoanalytical supervision, focussing in the relationship patient/psychotherapist, and in the relationship psychotherapist/supervisor. The investigation concluded that trauma and abandonment can cause psychological disorders in the children that were exposed to them, and these experiences have also specific influences in the child/psychotherapist relationship as well as in the psychotherapists supervision. The difficulties presented in the play therapy of traumatized and abandoned children living in a public institution, as well as the anguishes that their physical and emotional reality mobilized in their environment and in the psychotherapist, the transmission of the negative feelings related to their traumatic experiences and, the constant challenges to have acting-outs and to leave the role of psychotherapist and of supervisor, are all important elements in the transference and countertransference of the emotional disorder, that psychotherapist and supervisor have to face in their clinical work.
167

Perversão e filiação : o desejo do analista em questão / Perversion et filiation : le désir de l'analyste en jeu / Perversion and filiation : the desire of the analyst in question

Rosa Júnior, Norton Cezar Dal Follo da January 2013 (has links)
Cette recherche porte sur le thème de la perversion dans ses relations avec la filiation et le désir de l’analyste. Son importance se justifie du regard de la clinique et de sa pertinence sociale. Mais, il s’agit aussi d’une question d’ordre éthique, une fois que le domaine des perversions, fréquemment, se trouve imprégné de moralisme, des préjugés et d’idéaux de bonne forme. Les positionnements ne sont pas rares dans le milieu psi que les pervers ne cherchent pas l’analyse, étant donné qu’ils ne souffrent pas, qu’ils ne font que jouir par la souffrance de leurs victimes. Celle-ci n’est pas notre position. Au contraire, à partir du désir de l’analyste et de l’éthique qui fonde sa práxis, nous soutiendrons la thèse qu’il est possible qu’une clinique psychanalytique s’opère avec la perversion. Notre investigation est basée dans l’oeuvre de Sigmund Freud et l’enseignement de Jacques Lacan, suivie d’auteurs contemporains. Face à la complexité de cette thématique, nous avons pris la compagnie de cinq ouvrages: La philosophie dans le boudoir, écrite par le Marquis de Sade (1795), À la recherche du temps perdu, de Marcel Proust (1913), Lavoura arcaica, de Raduan Nassar (1979), Finnegans Wake, de James Joyce (1939), et Le balcon, de Jean Genet (1955). Notre proposition dans l’articulation de la psychanalyse et la littérature cherche à accueillir ce que les textes permettent d’accéder aux différents registres de la perversion dans la structure du sujet. A partir de ces références nous allons soutenir que l’impératif de jouissance du pervers impliquera dans le refus à la filiation. Ceci soulèvera des difficultés dans ses conditions d’aimer, de reconnaître la dette envers l’autre et de tolérer la différence. Cependant, Freud et Lacan, en reconnaissant l’aspect constituant de la perversion, ont inauguré les possibilités d’écoute de cette particulière position subjective par rapport à la castration. Donc, si d’une part Freud a montré la logique fétichiste de reconnaître et de refuser, à la fois, le manque du corps maternel; d’autre part, Lacan a observé le refus pervers à la place destinée au père dans le discours du sujet. Celles-ci seront des questions centrales dans le drame pervers, surtout, quand le père n’achemine pas le désir en tant qu’insigne du manque, et la mère prend l’enfant comme objet de jouissance. A partir de cela, à travers des notes cliniques nous fondamentorons la discussion dans trois aspects: les difficultés en établir un diagnostique de perversion; le maniement d’un transfert qui se maintient dans le défis constant à la place du psychanaliste; et les voies de direction du traitement. Ceci nous fait comprendre que pour que cette pratique se fasse, il est essentiel de reconnaître la souffrance, condition nécessaire pour déclencher le désir de l’analyste de réaliser la lecture d’un scénario marqué par un modèle strict et répétitif de récompense sexuelle. Dans ce sens, il sera à partir des effets réunis dans son analyse que le psychanalyste pourra affronter l’angoisse, le mépris, et la fascination implicite dans le transfert pervers. Donc, en “faisant face à la situation”, il ira établir les différences de places, en rendant possible au sujet, le droit à la parole, en viabilisant ainsi, la chute des images et mises en scène qui saisissent ses modalités de jouissance. / Essa pesquisa aborda o tema da perversão em suas relações com a filiação e o desejo do analista. Sua relevância se justifica do ponto de vista da clínica e de sua pertinência social. Mas, além disso, trata-se de uma questão de ordem ética, pois o campo das perversões, frequentemente, se encontra impregnado de moralismos, preconceitos e ideais de boa forma. Não são raros os posicionamentos no meio psi de que perversos não buscam análise, pois não sofrem, apenas gozam em função dos sofrimentos infligidos às suas vítimas. Esta, não é a nossa posição. Pelo contrário, a partir do desejo do analista e da ética que fundamenta sua práxis, sustentaremos a tese de que é possível uma clínica psicanalítica se operar com a perversão. Essa investigação é embasada na obra de Sigmund Freud e no ensino de Jacques Lacan, seguida de autores contemporâneos. Diante da complexidade da temática em questão, tomamos em companhia cinco obras: A filosofia na alcova, escrita pelo Marquês de Sade (1795), Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust (1913), Lavoura arcaica, de autoria de Raduan Nassar (1979), Finnegans Wake, de James Joyce (1939), e O balcão, de Jean Genet (1955). Nossa proposta na articulação entre psicanálise e literatura visa a acolher aquilo que esses textos permitem aceder a diferentes registros da perversão na estrutura do sujeito. A partir dessas referências vamos sustentar que o imperativo de gozo do perverso implicará a recusa à filiação. Isto situará impasses em suas condições de amar, de reconhecer dívida com o outro e de suportar a diferença. Entretanto, Freud e Lacan, ao reconhecerem o aspecto constituinte da perversão, inauguraram as possibilidades de escuta dessa singular posição subjetiva em relação à castração. Então, se de um lado Freud apontou a lógica fetichista de reconhecer e recusar, simultaneamente, a falta no corpo materno; de outro, Lacan observou a recusa perversa ao lugar atribuído ao pai no discurso do sujeito. Estas serão questões centrais no drama perverso, sobretudo, quando o pai não vetoriza o desejo enquanto insígnia da falta, e a mãe toma o filho enquanto objeto de gozo. Diante disso, através de recortes clínicos, fundamentaremos a discussão em três aspectos: as dificuldades de se estabelecer um diagnóstico de perversão, o manejo de uma transferência que se mantém no constante desafio ao lugar do psicanalista e as vias de direção do tratamento. Isto nos fez compreender que para essa prática se dar, faz-se imprescindível reconhecer o sofrimento, condição necessária para acionar o desejo do analista de realizar a leitura de um enredo marcado por um padrão fixo, rígido e repetitivo de gratificação sexual. Nesse sentido, será a partir dos efeitos colhidos em sua análise que o psicanalista poderá lidar com a angústia, o repúdio, e o fascínio implícito na transferência perversa. Portanto, ao “fazer face à situação”, ele irá situar diferenças de lugares, possibilitando ao sujeito, o direito à palavra, viabilizando assim, a queda das imagens e atuações que capturam suas modalidades de gozo. / This research addresses the issue of perversion and its associations with filiation and the desire of the analyst. It is a relevant study from the perspective of clinical practice and also in the realm of society. In addition, such issue is an ethical one, because the field of perversions is often infused with moral judgement, prejudice and ideals of good morals. Not infrequently, an assumption among psychoanalysts is that perverse people do not seek pshycoanalysis because they do not suffer, but rather, only take pleasure in the pain they inflict upon their victims. This is not our point of view. On the contrary, based on the desire of the analyst and the ethical principles underpinning his praxis, we will discuss the premise that psychoanalytic clinical practice can actually be applied to perversion. Our research is grounded in the work of Sigmund Freud and the teachings of Jacques Lacan, followed by contemporary authors. Given the complexity of the subject in question, we draw on five particular works and their respective authors: Philosophy in the Bedroom, written by the Marquis de Sade (1795); In Search of Lost Time, by Marcel Proust (1913); Ancient Tillage, written by Raduan Nassar (1979) Finnegans Wake, by James Joyce (1939); and The Balcony, by Jean Genet (1955). By combining psychoanalysis and literature, we seek to embrace the contributions that such works can give towards clarifying the notion of perversion within the structure of the subject. Based on these references, we argue that denial of filiation is a prerequisite for the enjoyment of perversion. This will hinder the perverse patient’s ability to love, to recognize his debt to others and to tolerate differences. However, when Freud and Lacan recognized the constituent of perversion, they enabled this unique subjective perspective on castration to be attended to. So while Freud pointed out the fetishistic logic of recognizing and denying, at once, the lack of a penis in the mother’s body, Lacan observed the perverse denial of the place given to the father in the discourse of the subject. These are central issues in the perverse drama, especially when the father does not express desire as a sign of such lack, and the mother takes the child as an object of enjoyment. Thus, by means clinical observations, our discussion will focus on three aspects: the difficult task of giving a diagnosis of perversion, coping with transference that remains a constant challenge to the position of the psychoanalyst, and options for the direction of treatment. This enabled our understanding that, for this practice to take place, it is imperative to recognize pain, a necessary condition to trigger the desire of the analyst to interpret a scenario marked by a fixed, rigid and repetitive pattern of sexual gratification. In this sense, the analyst will use the results obtained from that analysis to deal with pain, rejection, and the implicit fascination with perverse transference. Therefore, when "dealing with the situation," the analyst will identify differences in locations, giving the subject the right to speech, thus enabling the eradication of images and acts that illustrate the patient’s modes of enjoyment.
168

A psicose como homo sacer: A vida entre o uso do corpo e a cidadania / The psychosis as homo sacer: the life between the use of body and citizenship

Romulo Marcelo dos Santos Correia 20 April 2018 (has links)
Este trabalho investiga se no Brasil o lugar social destinado pela sociedade às pessoas que possuem diagnósticos relativos à psicose é semelhante àquele que o poder soberano destina ao homo sacer. Para isso, o referencial teórico estudado baseia-se na pesquisa de Agamben sobre o homo sacer e na teoria psicanalítica da psicose, mas não de forma exaustiva, e sim recortando possíveis contribuições. Essas noções subsidiam toda discussão que vai dos primeiros entendimentos sobre loucura, atravessando o ideal de eugenia, até desembocar na reforma psiquiátrica e no Serviço de Residência Terapêutica SRT como contraponto à política manicomial. Já para a pesquisa de campo, a metodologia escolhida baseou-se numa pesquisa qualitativa, com o uso de entrevista semiestruturada e de diários de campo. Os participantes foram divididos em três perfis: moradores do SRT que são egressos de períodos de longa internação em hospitais psiquiátricos, com nosologia relativa à psicose; cuidadores do SRT; e técnicos de nível superior que atuam na área da saúde mental. A análise das entrevistas foi baseada na análise de conteúdo. Os resultados evidenciam que a história da loucura no Brasil foi marcada pela exclusão, mas que os acontecimentos do século XX evidenciaram que o psicótico deixa de estar apenas no lugar do excluído e é jogado no lugar do homo sacer. Simultaneamente ao psicótico como homo sacer está a figura do neurótico como sobrevivente, mas ambos vivem a insegurança de se afogarem no rio da biopolítica. Já as falas dos moradores, cuidadores e técnicos reconheceram o hospital psiquiátrico como um lugar onde as pessoas são abandonadas por todos para morrer: abandonadas pelas famílias, abandonadas pela equipe do hospital, abandonadas pelo poder público, abandonadas pela sociedade como um todo. Mais que um lugar de abandono, o hospital psiquiátrico era um lugar de morte. A este lugar de morte surgiu como contraponto uma saúde mental voltada para a inserção social e territorial das pessoas acometidas de transtornos mentais, e o SRT mostrou-se um importante equipamento para efetivar tais ações. Para os participantes, o SRT é tudo o que o hospital psiquiátrico não é: Enquanto o hospital leva as pessoas para longe da cidade, a residência traz de volta para ela. Enquanto o hospital aprisiona irresponsavelmente, a residência liberta responsavelmente. Enquanto nos hospitais existem pacientes internados, na residência existem moradores que participam da sociedade. Enquanto nos hospitais corpos são usados desrespeitosamente, na residência vidas são vividas dignamente / This work problematizes and investigates if in Brazil the social place destined by the society to the people that have diagnoses related to the psychosis is similar to the one that the sovereign power destines to homo sacer. For this, the theoretical framework studied is based on Agamben\'s research on homo sacer and on the psychoanalytic theory of psychosis, but not in an exhaustive way, but rather by cutting possible contributions. These notions subsidize any discussion that goes from the first understandings about madness, crossing the ideal of eugenics, until it ends in the psychiatric reform and the Service of Therapeutic Residence - STR - as a counterpoint to the asylum policy. For the field research, the chosen methodology was based on a qualitative research, with the use of semi-structured interviews and field diaries. Participants were divided into three profiles: residents of the STR who are graduates of periods of long stay in psychiatric hospitals, with nosology related to psychosis; STR caregivers; and higher education technicians who work in the area of mental health. The analysis of the interviews was based on content analysis. The results show that the history of madness in Brazil was marked by exclusion, but that the events of the twentieth century showed that the psychotic is no longer only in the place of the excluded and is played in the place of homo sacer. Simultaneously with the psychotic as homo sacer is the figure of the neurotic as survivor, but both live the insecurity of drowning in the river of biopolitics. The speeches of the residents, caregivers and technicians have recognized the psychiatric hospital as a place where people are abandoned by all to die: abandoned by the families, abandoned by the hospital staff, abandoned by the public power, abandoned by society as a whole. More than a place of abandonment, the psychiatric hospital was a place of death. To this place of death a mental health aimed at the social and territorial insertion of the people affected by mental disorders appeared as a counterpoint, and the STR proved to be an important equipment to carry out such actions. For participants, the STR is all that the psychiatric hospital is not: While the hospital takes people away from the city, the residence brings it back to it. While the hospital imprisons irresponsibly, the residence frees responsibly. While in hospitals there are hospitalized patients, in the residence there are residents who participate in society. While in hospitals bodies are used disrespectfully, in residence lives are lived worthily
169

Sobre a política na obra e na clínica de Jacques Lacan / On the politics in Jacques Lacans work and clinic

Marcelo Amorim Checchia 19 April 2012 (has links)
Este trabalho parte de um questionamento crítico sobre a finalidade social da clínica psicanalítica. Para tratar dessa questão, optou-se por investigar a dimensão da política na obra e na clínica do psicanalista francês Jacques Lacan. Buscou-se então, inicialmente, o uso do termo política na obra desse autor e constatou-se que não se trata de um conceito analisado de modo direto e bem desenvolvido por Lacan, embora ao mesmo tempo ele se encontre implicitamente presente em toda sua obra. Tendo isso em vista, a tese que se procurou defender é de que a dimensão política em Lacan é mais bem apreendida se considerada em referência a outros conceitos-chave que marcam o percurso de sua teoria da clínica, a saber: técnica, ética, ato e discurso. Para finalizar, analisou-se a asseveração de Lacan de que o inconsciente é a política, que é uma de suas principais referências diretas à política em articulação com um conceito psicanalítico / This paper presents a critical questioning about the social purpose of psychoanalytic clinic. To address this question, we chose to investigate the political dimension in the work and the clinic of the French psychoanalyst Jacques Lacan. Then, we initially investigated the use of the term politics in the work of this author and found that it is a concept which is not directly analyzed neither it is well developed by Lacan, even though it is, at the same time, implicitly present throughout his work. Bearing this in minds, the thesis, which we sought to defend, is that the political dimension in Lacans work is better understood when considered in reference to other key concepts which marked the course of his clinical theory, namely: technique, ethics, act and discourse. Finally, we analyzed Lacans assertion that the unconscious is politics, which is one of his main direct references to politics in conjunction with a psychoanalytic concept
170

Uma contribuição à Questão do Corpo em Psicanálise: Freud, Reich e Lacan\" / A contribution to the issue of the body in Psychoanalysis: Freud, Reich, Lacan

Michele Cukiert Csillag 06 September 2000 (has links)
Este trabalho investiga a questão do corpo em Psicanálise tendo como referência a obra de três dos autores fundamentais para o pensamento psicanalítico, quais sejam: Freud, Reich e Lacan. Estuda o problema do corpo percorrendo inicialmente a obra de Sigmund Freud, tendo em vista a forma como seu pensamento se distancia do campo da Medicina e do corpo biológico, articulando uma noção de corpo específica ao campo psicanalítico a partir de conceitos como inconsciente, sexualidade e pulsão (Trieb). Nesse contexto, focaliza a forma como ele funda uma nova disciplina e uma nova prática, na qual a intervenção se faz por meio da palavra. Aborda a obra de Wilhelm Reich, verificando como seu pensamento surge inicialmente a partir das idéias e conceitos freudianos. Focaliza a especificidade da noção de corpo e a forma como ele funda uma teoria e uma técnica ativa de intervenção na clínica, que se distinguem em vários pontos do método freudiano clássico. Examina as perspectivas teórico-clínicas estabelecidas por Jacques Lacan a partir da sua releitura do texto freudiano e da ênfase sobre a linguagem. Analisa como a nova conceituação do inconsciente freudiano, (estruturado como linguagem) e a introdução do conjunto terminológico e conceitual Real, Simbólico e Imaginário permitem repensar o campo psicanalítico e a problemática do corpo em Psicanálise. Destaca a especificidade da proposta teórico-clínica de cada um dos três autores, verificando como, das diferentes concepções sobre o corpo, decorrem formas distintas de abordá-lo na clínica. / This work examines the issue of the body in Psychoanalysis with refeence to the works of three fundamental authors of psychoanalytical thought: Freud, Reich and Lacan. It studies the problem o f the body, initially based on the works of Sigmund Freud, considering the way his thought distances itself from the medical field and the biological body, articulating a notion of body specific to the field of psychoanalysis, taking into account concepts such as unconsciousness, sexuality and instinct (Trieb). In this context, it focuses on the way he establishes a new discipline and a new practice, in which the intervention is made trough the word. It covers the work of Wilhelm Reich, verifying how his thought initially appears from Freudian ideas and concepts. It focuses specifically on the notion of body and the way he establishes a theory and active technique of intervention in the clinic, that distinguishes itself in many aspects of the classic Freudian method. It examines the perspectives of clinical-theory established by Jacques Lacan, from his rereading of the Freudian text and the emphasis on the language. It analyses how the new conception of Freudian unconsciousness (structured as a language) and the introduction of the terminological and conceptual group, Real, Symbolic and Imaginary allows a rethinking of the psychoanalytical field and of the problem of the body in Psychoanalysis. What stands out is the specific nature of each of the three authors clinical-theory proposal checking how the different body conceptions result in distinct methods of dealing with them at the clinic.

Page generated in 0.4255 seconds