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A resistência e a constituição psíquica : implicações para a clínica psicanalíticaPaniago, Isa Maria Lopes January 2008 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Departamento de Psicologia Clínica, 2008. / Submitted by Jaqueline Oliveira (jaqueoliveiram@gmail.com) on 2008-12-04T16:22:50Z
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TESE_2008_IsaMariaLPaniago.pdf: 1215819 bytes, checksum: dc89c58ff5596ac2d00d3bbbc15655c2 (MD5) / Made available in DSpace on 2009-02-16T14:12:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
TESE_2008_IsaMariaLPaniago.pdf: 1215819 bytes, checksum: dc89c58ff5596ac2d00d3bbbc15655c2 (MD5) / A resistência é um conceito fundamental para a psicanálise. Encontra-se presente em
quase todos os textos freudianos, e atravessa todo o processo de análise. Está implicada numa série de fenômenos relacionados aos conflitos intrapsíquicos, mas também aos que dizem respeito à relação intersubjetiva. Nossa investigação teve origem na experiência clínica com
um tipo de paciente muito resistente, que se mantém em análise, mas recusa passivamente a intervenção analítica, dando um caráter de estagnação ao processo. Revisitamos alguns textos técnicos e da metapsicologia freudiana, além de trabalhos contemporâneos. O conceito de resistência é extensamente examinado, no sentido de estabelecermos seu estatuto de conceito
próprio. Alguns autores, além de Freud, formam a base de compreensão desse processo: Ferenczi, Winnicott e Green. A articulação entre a experiência clínica e a investigação na teoria psicanalítica sugere três questões básicas referentes à resistência: ela é fundante do psiquismo, sofre a influência do outro em sua constituição e transforma-se num elemento
importante de delimitação entre o mundo interno e externo, que forma a realidade psíquica, caracterizando sua dupla função na proteção e organização do psiquismo contra fontes de desprazer. A resistência é uma força que se contrapõe à força das pulsões, e protege o eu do conflito pulsional recalcado, dando-lhe oportunidade de responder à realidade, transformando
o desamparo diante do desprazer em um estado tolerável. Essas e outras questões são tratadas ao longo deste trabalho, que considera a resistência um conceito fundamental na compreensão das formas de sofrimento psíquico contemporâneo. Este estudo pretende avançar no conhecimento do psiquismo, buscando as implicações para a prática analítica.
_______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Resistance is a fundamental concept of psychoanalysis. It is present in almost all
Freudian texts, and permeates throughout the analytic process. It is implicated in intrapsychic conflicts as well as in intersubjective relations. Our research arises from clinical experience with a kind of very resistant patient, that continues analysis, but passively refuses intervention on the analyst’s part, so that the analytical process become inert. We revisit some Freudian technical and metapsychological texts, besides several contemporary works. The
concept of resistance is extensively examined, in such way as to establish its status as an independent concept. Besides Freud, the work of three main authors became the foundation upon which rests our study: Ferenczi, Winnicott and Green. A combination of clinical experience and investigations into psychoanalytical theory suggests three basic questions
about resistance: it is one of the foundations of the psychism, it suffers influence of the other in its constitution and it becomes an important element in the delimitation between the inner and external world, characterizing its double function in the protection and organization of the psychism against sources of displeasure. Resistance is a force that refutes the drive forces, and protects the I from the repressed conflictual drives, giving the I an opportunity to reality, transforming the sensation of helplessness before displeasure into a bearable state. These and
other issues are covered throughout this work, which considers the resistance as a concept that is fundamental towards understanding the various forms of contemporary psychic suffering. The goal of our research is to increase our knowledge of the psychism, while searching for its implications in analytical practices.
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A violência virtuosa em Dostoiévski e nos nossos diasPaiva, Carla Jesuina Bento de 28 May 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-05-28 / The present research has as objective to raise questions concerning the violence concept. The concept it is worked in the intersection of sociology, the psychoanalysis and literature. It is not any kind of violence, but that we call virtuous violence , that in the name of a greater good happens and is justified when violence is disguised as a virtue. For this, the conducting line of the research will be the psychic and social representations of the violence, supported in one of the basic concepts of the psychoanalysis, the impulse and the social justification that each season builds to justify their violence. For and, the violence virtue concept will find a frame, the book of Dostoiévski, Crime and Punishment, with the conflict of the main character Raskólnikov and his theory about the crime allowed / A presente pesquisa tem como objetivo levantar questões acerca do conceito de violência, esse trabalhado na intersecção da sociologia, da psicanálise e da literatura. Não se trata de qualquer espécie de violência, mas aquela que chamamos de violência virtuosa‟, aquela que em nome de um bem maior acontece e é justificada quando a violência se disfarça de virtude. Para tanto, como fio condutor da pesquisa procuraremos trabalhar as representações psíquicas e sociais da violência, apoiados em um dos conceitos fundamentais da psicanálise, a pulsão e as justificativas sociais que cada época constrói para a sua violência. Por fim, tal conceito de violência virtuosa‟ encontrará uma moldura, a obra de Dostoiévski, Crime e castigo, com o conflito do personagem central Raskólnikov e a sua teoria quanto ao crime permitido‟. Possibilita assim, levantar questões a respeito de como essa violência virtuosa aparece nos dias atuais
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A violência virtuosa em Dostoiévski e nos nossos diasPaiva, Carla Jesuina Bento de 28 May 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-05-28 / The present research has as objective to raise questions concerning the violence concept. The concept it is worked in the intersection of sociology, the psychoanalysis and literature. It is not any kind of violence, but that we call virtuous violence , that in the name of a greater good happens and is justified when violence is disguised as a virtue. For this, the conducting line of the research will be the psychic and social representations of the violence, supported in one of the basic concepts of the psychoanalysis, the impulse and the social justification that each season builds to justify their violence. For and, the violence virtue concept will find a frame, the book of Dostoiévski, Crime and Punishment, with the conflict of the main character Raskólnikov and his theory about the crime allowed / A presente pesquisa tem como objetivo levantar questões acerca do conceito de violência, esse trabalhado na intersecção da sociologia, da psicanálise e da literatura. Não se trata de qualquer espécie de violência, mas aquela que chamamos de violência virtuosa‟, aquela que em nome de um bem maior acontece e é justificada quando a violência se disfarça de virtude. Para tanto, como fio condutor da pesquisa procuraremos trabalhar as representações psíquicas e sociais da violência, apoiados em um dos conceitos fundamentais da psicanálise, a pulsão e as justificativas sociais que cada época constrói para a sua violência. Por fim, tal conceito de violência virtuosa‟ encontrará uma moldura, a obra de Dostoiévski, Crime e castigo, com o conflito do personagem central Raskólnikov e a sua teoria quanto ao crime permitido‟. Possibilita assim, levantar questões a respeito de como essa violência virtuosa aparece nos dias atuais
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Pagmatismo pulsional: clínica psicanalíticaSchiavon, João Perci 16 February 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-02-16 / The main thesis can be formulated, briefly, as follows: the drive is a practice, an exercise, which may or may not happen it does not occur naturally. This is the origin of its pragmatic value and its ethical consistency. It is a strange formulation considering the idea that the drives are already there, so to speak, as a nature, and that the psyche must be constituted and organized as it controls, dominates, aligns, domesticates, subjugates them and, especially, invests, always through available cultural and symbolic resources. Now, a splitting of the thesis refers to saying that there is a profound difference between the images of the drive, built by not driving bodies, and the driving vision itself. When is it up to the drive and its knowledge? How does it exercise the drive vision? Under what conditions is the drive practiced? And what is the proper time of this practice? These issues are still inside the thesis in question, as still belong to the thesis what we call features of the drive, namely, the features by which the drive or the drives become audible, visible, understandable. The intelligible character of the drive suggests, finally, some logic, the drive logic. Thus we have a drive ethic and a drive logic, a practice and an understanding, with the necessary consequence of conceiving the sublimation as an originating destination from the drive. If this is supported, the split between psyche and the drive should be reviewed, and even what is thought about psychic, when it is seen from a drive perspective. The real, far from being impossible, is not only a matter of experience, as it is a matter of practice. Similarly, the conceptions of order and disorder (or chaos), from the point of view of a psyche, must be rethought. It is not necessary to say that, based on these questions, the concepts of life drive and death drive, including their most critical issues, should also be reviewed. The major interest of this research lies in its practical, clinical - and therefore political, aesthetic... implications. And in what does it invest all the time? In the active character of the analysis. / A tese principal pode ser formulada, de maneira breve, nos seguintes termos: a pulsão é uma prática, um exercício, que pode ou não se dar não se dá naturalmente. Disso decorre seu valor pragmático e sua consistência ética. É uma formulação estranha em face da idéia de que as pulsões já estão aí, por assim dizer, como uma natureza, e que o psiquismo deverá se constituir e se organizar à medida que as controla, domina, alinha, domestica, submete e, sobretudo, investe, sempre por intermédio de recursos simbólicos e culturais disponíveis. Ora, um desdobramento da tese consiste em dizer que há uma diferença profunda entre as imagens da pulsão, construídas por instâncias não pulsionais, e a própria visão pulsional. Quando se está à altura da pulsão e do seu saber? Como se exerce a visão pulsional? Em que condições a pulsão é praticada? E qual o tempo dessa prática? Estas questões são ainda interiores à tese em pauta, como ainda lhe pertencem o que chamamos de traços da pulsão, a saber, os traços pelos quais a pulsão ou as pulsões se tornam audíveis, visíveis, inteligíveis. O caráter inteligível da pulsão sugere, finalmente, uma lógica, uma lógica da pulsão. Temos assim uma ética e uma lógica da pulsão, uma prática e um entendimento, com a conseqüência necessária de concebermos a sublimação como um destino originário da pulsão. Se isto se sustenta, a clivagem entre psiquismo e pulsão deve ser revista, e mesmo o que se pensa sobre o psíquico, quando considerado de um prisma pulsional. O real, longe de ser impossível, não só é uma questão de experiência, como é uma questão de prática. Do mesmo modo, as noções de ordem e desordem (ou caos), do ponto de vista de um psiquismo, precisam ser repensadas. Não é preciso dizer que a partir desses questionamentos, os conceitos de pulsão de vida e pulsão de morte, inclusive em seus reviramentos mais críticos, devem ser igualmente revistos. O interesse maior dessa pesquisa reside em suas implicações práticas, clínicas e logo políticas, estéticas... E em que ela investe todo tempo? No caráter ativo da análise
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Corpo vivido e corpo pulsional: uma leitura de Merleau-Ponty e Freud.Lucena, Francisco Almeida de 18 May 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-05-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Empiricism and intellectualism are distinct perspectives which, taking as a starting point the modernity with the thought of Rene Descartes and the English empiricists, guide the epistemological statute of various areas of scientific knowledge. In the contemporaneity, such perspectives are observed in areas such as anatomy, physiology, medicine, biology, psychology, among others. The comprehension of the body, which is influenced by the cited perspectives, often suffers from a reductionism which one moment tends to the psychologism, and one another to physicism. An approach which proposes an integral understanding of the body needs to take into account the various and complex aspects which compose it. The thought of Maurice Merleau-Ponty and of Sigmund Freud allows a reading of the body as a live and pulsatory instance which resists to the pretension of an objective definition of the body. The subjectivity which permeates all the corporal parts and mechanisms, as well as the pulsional forces which act on them, subvert all and any pretension of a reductionist framework, and impose on the corporeity a living and amazing character. / Empirismo e intelectualismo são perspectivas distintas que, sobretudo a partir da modernidade com o pensamento de Rene Descartes e dos empiristas ingleses, norteiam o estatuto epistemológico de diversas áreas do conhecimento científico. Na contemporaneidade, tais perspectivas se fazem perceber em áreas como a anatomia, fisiologia, medicina, biologia, psicologia, dentre outras. Não raro a compreensão do ser humano que advém dessas perspectivas padece de um reducionismo que hora tende ao psicologismo, hora ao fisicismo. A compreensão e a abordagem do corpo, por exemplo, padecem desse reducionismo. Uma abordagem que pretenda uma compreensão integral do corpo carece levar em conta os diversos e complexos aspectos que o compõem. O pensamento de Maurice Merleau-Ponty e de Sigmund Freud possibilita uma leitura do corpo como uma instância viva e pulsional que resiste a pretensão de uma definição objetiva do corpo. A subjetividade que permeia todas as partes e mecanismos corporais, bem como as forças pulsionais que agem sobre os mesmos, subvertem toda e qualquer pretensão de enquadramento reducionista, e impõem à corporeidade um caráter vivido e surpreendente.
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Momentos críticos no corpoRamírez, Xochiquetzaly Yeruti de Avila 01 August 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-08-01 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This work derives from the clinical observation of patients under treatment in a hospital institution, going through a critical moment. Bringing together clinical report and metapsychology-making of the case, a panel is presented following the postulates of the Clincal Method and Fundamental Psychopathology. It delves into the psychic dimensions implied in cases of: acute appendicitis, multiple sclerosis, ghost limb syndrome, and amnesia and blindness due to cranioencephalic post-multitraumatism. We speculate that critical moments are enigmatic forms of reorganization of the body seeking a harmonic. Organic disorders due to illness or accident are possible conditions to reach new balances. We conjecture that reordering in the body is an answer to the paradigm of creative philo-ontogenetic solutions. Introducing into the transference the experience of feeling alive constitutes the element of therapeia, aiming the reestablishment of the vital rhythm of the body, its pulsional harmonics / O presente trabalho deriva da observação clínica com pacientes passando por um momento crítico sob tratamento em instituição hospitalar. Constelando relato clínico e metapsicologização do caso, apresenta-se um painel configurado, seguindo os postulados do Método Clínico e da Psicopatologia Fundamental. Aprofunda-se nas dimensões psíquicas implicadas em casos de: apendicite aguda, esclerose múltipla, dor do membro fantasma, e amnésia e cegueira pós-multitraumatismo cranioencefálico. Especula-se que momentos críticos são formas enigmáticas de reorganização do corpo visando uma harmônica. Distúrbios orgânicos produzidos por doença ou acidente são possíveis condições para atingir novos equilíbrios. Conjetura-se que reordenamentos no corpo respondem ao paradigma de soluções criativas filo-ontogenéticas. Introduzir na transferência a experiência de sentir-se vivo constitui o elemento da terapéia, almejando restabelecer o ritmo vital do corpo, sua harmônica pulsional
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Crianças surdocegas, corpo & linguagemBezerra, Luiz Carlos Souza 29 April 2016 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2016-08-18T11:53:32Z
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Previous issue date: 2016-04-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This research looks at the effects of sense privation in the relationship between
mothers and deaf-blind children. In order to achieve such a goal, the discussion was
carried out having as basis the psychoanalytical conception of body. Considering the
status of the body in Freudian Psychoanalysis made it possible to reflect on a motherchild
relationship that influences directly the constitution of the erogenous body. The
fundamental research matters are first laid out and after that the implications of deafblindness
as a unique condition that results in a double sense privation are discussed.
The discussion is brought to the field of Psychoanalysis as the outcome of the adoption
of the hypothesis that looking at deaf-blind children from the viewpoint of sensorial
imperfection and of the marks of the real in the body is the same as not taking into
consideration essential aspects for the discussion on the uniqueness of the subject.
The concept of “child as a pulsional body” was thus drawn on from the work of Cláudia
de Lemos on “child phrases”. It was by the contact with those “phrases” that the
subject-matter “child” emerged. Phrases in which, at first glance, traces of alienation
regarding what other people say seem to be predominant, and which are, at second
glance, characterized by mistakes and unusual constructions. In order to respond to
the questions on the psychological and epistemic subject and, above all, to find
answers to the questions about the child, De Lemos finds in Psychoanalysis the
conception of pulsional body, which is consistent with the data she obtained by means
of empirical research. This conception will be discussed with the aid of the works by
Freud, mainly those that deal with the sex theories of children, because children, as
Freud and De Lemos (1992; 2003) see them, are subjects constituted in the
relationship with their mothers’ otherness; a child that is interrogated by their questions
on child sexuality. In a second moment of the research, the status of the body in the
theoretical elaborations of Freud was questioned. The questioning is based on the child
sexuality and supports, like Freud and Lecraire, a conception of erogenous body.
Freud, by proposing the theory of sexuality, identifies a discontinuity regarding biology
that is brought to the relation unconscious-pulsion and to the relation with sexual
pleasure, which is not restricted to genitals but connected to unconscious desire. The
mother-baby relation is thus permeated by the motherly want for sexual pleasure, as
the mother “looks at the child with feelings derived from her own sex life” and treats
them as the “substitute of an entirely legitimate sex object” (FREUD, [1905] 1996, p.
211). According to Freud, the relation between the child and the other is that of
survival, dependence, and constitution, the libidinal investment on the child body made
by the Other-mother being noteworthy. There is, according to Psychoanalysis, an
erogenous body which is constituted in the Other/other relation and has no unity, no
hierarchy, and no organization. It is a body that designates a dispersion, not a unity
(LECLAIRE, 1992, 2007). This theoretical discussion draws on a reading by De Lemos
(1992, 2003) of the relation holding between body, language, and capture, with the
objective of providing understanding on the implications of the Other-mother in the
constitution of the body and of the language. At a third moment, some segments of
interviews with four mother of deaf-blind children are discussed. The research suggests
that deaf-blindness has multiple effects in the imaginary representation of mothers of
deaf-blind children and that in some cases these effects may influence the libidinal
investment in the body / Esta pesquisa aborda os efeitos da privação sensorial na relação mãe-filho surdocego.
Para tanto, essa discussão é encaminhada a partir de uma concepção psicanalítica de
corpo. Assim, abordar o estatuto do corpo na Psicanálise freudiana possibilitou pensar
em uma relação mãe-bebê que incide diretamente na constituição do corpo erógeno.
Após centrar as questões fundamentais da pesquisa, discutem-se as implicações da
surdocegueira como condição única que resulta da dupla privação sensorial. Partindo
da hipótese de que olhar a criança surdocega pela via da imperfeição sensorial e das
marcas do real do corpo não leva em consideração aspectos essenciais para refletir
sobre a singularidade do sujeito, desloca-se a discussão para o campo da Psicanálise.
Assim, foi recolhida uma afirmação de “criança como corpo pulsional”, que aparece no
trabalho de Cláudia de Lemos sobre “falas de criança”. Dessa forma, foi a partir da
escuta para essas “falas”, que a questão sobre a “criança” emergiu. Falas em que, em
um primeiro tempo, predominam indícios de sua alienação à fala do outro e, em um
segundo, são perpassadas por erros e construções insólitas. Para responder a essas
ocorrências que interrogam a ideia de sujeito psicológico, epistêmico, e que, mais que
tudo, levantam uma interrogação sobre a própria criança, De Lemos encontra na
Psicanálise a concepção de corpo, que convém aos achados empíricos que recolheu:
a de criança como corpo pulsional. A afirmação da autora será discutida a partir da
leitura do texto freudiano, mais especialmente, das teorias sexuais das crianças, pois a
criança, para Freud e De Lemos (1992; 2003), é concebida enquanto sujeito que se
constitui na relação com o outro materno; uma criança interrogada por suas questões
que estão assentadas na sexualidade infantil. Em um segundo momento da pesquisa,
interrogou-se o estatuto do corpo nas elaborações teóricas de Freud. Essa
interrogação parte da sexualidade infantil para sustentar, com Freud e Leclaire, uma
concepção de corpo erógeno. Freud, ao propor a teoria da sexualidade, marca uma
descontinuidade com o biológico e a insere na relação inconsciente-pulsão assim
como na relação com o prazer sexual, que não está sob a rubrica do genital, mas sob
a ordem do desejo inconsciente. Assim, a relação mãe-bebê é permeada pelo desejo
materno, pelo prazer sexual, uma vez que “a mãe contempla a criança com
sentimentos derivados de sua própria vida sexual” e a trata como o “substituto de
objeto sexual plenamente legítimo” (FREUD, [1905] 1996, p. 211). Com Freud,
observa-se que a relação da criança com o outro é de sobrevivência, de dependência
e de constituição, destacando-se, portanto, o investimento libidinal que o Outromaterno
faz no corpo da criança. Há, em Psicanálise, um corpo erógeno constituído na
relação com o Outro/outro, um corpo que não tem uma unidade, nem hierarquia, nem
uma organização. Trata-se de um corpo que não designa uma unidade e sim, uma
dispersão (LECLAIRE, 1992, 2007). Nesse itinerário teórico, retoma uma leitura acerca
da relação corpo, linguagem e captura, do trabalho de De Lemos (1992; 2003). A
discussão visa a compreender a implicação do Outro-materno na constituição do corpo
e da linguagem. Em um terceiro momento, discutem-se alguns segmentos de
entrevistas com quatro mães de crianças surdocegas. A pesquisa sinaliza que a
surdocegueira produz múltiplos efeitos nas representações imaginárias de mães de
crianças surdocegas e, que, em alguns casos, podem incidir no investimento libidinal
no corpo
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O BRINCAR, A INTERAÇÃO DIALÓGICA E O CIRCUITO PULSIONAL DA VOZ NA TERAPIA FONOAUDIOLÓGICA DE CRIANÇAS NO ESPECTRO AUTÍSTICOMoro, Michele Paula 05 March 2010 (has links)
This research analysis the interaccionist and psychoanaliysis speech therapy effects in linguistic e subjective evolution of three subjects, between two and four years old, during ten months, twice in a week sessions. The intervention based on Jerusalinsky e Coriat (s.d.) early intervention, on autism therapy of Laznik
(2004), and in Winnicott s (1975) ideas about play as a terapeutic resource. Also were used speech therapy principles based on interactionist theory of language
acquisition (De Lemos, 1992) e other principles organized by Ramos (2008). The qualitative analysis bases on these researchers and on voice pulsional circuit concept of Catão (2009). The results demonstrated that the therapy principles were effectives to help the subjects to improve theier play and language symbolism. The subjects L. and C. had grate language evolution. They occuped new discoursive positions like language pole and speaker/hearer pole. The
subject A. had improved his sensório-motor exploration in play and occuped, some times, the other discursive pole. This grow was conquisted by the play and sintonized talk, some times by baby talk, projected on this play. The parents participated of this evolution in the conjunt sessions with his son and by the continued interviews with the therapist. The voice pulsional circuit concept
sistematized theorically the therapeutic intervention on hear, hear himself and ask to be heard, as an important theoretical aspect for speech therapy in psychic
constitution times. / Esta pesquisa analisa os efeitos da terapia fonoaudiológica de concepção interacionista, atravessada pela psicanálise, na evolução linguística e subjetiva de três sujeitos na faixa etária de 2 e 5 anos, realizada durante 10 meses, com freqüência de duas vezes por semana. A proposta baseou-se na visão de
intervenção precoce de Jerusalinsky e Coriat (s.d.), na abordagem do autismo relatada por Laznik (2004), e nas idéias de atividade lúdica livre e do brincar como terapêutico em si de Winnicott (1975). Também foram utilizados princípios
fonoaudiológicos produzidos a partir do deslocamento da teoria interacionista de aquisição da linguagem (De Lemos, 1992) e outros princípios sistematizados por Ramos (2008). A análise qualitativa realizada baseou-se nos autores
mencionados e também no conceito de circuito pulsional da voz proposto por Catão (2009). Os resultados demonstraram que a proposta foi efetiva e eficaz para auxiliar os sujeitos a avançarem em seu simbolismo, tanto no brincar quanto
na linguagem. Os sujeitos L. e C. evoluíram na linguagem de modo a ocupar as posições discursivas de pólo da língua e pólo falante/ouvinte. O sujeito A., ampliou sua exploração sensório-motora rumo ao simbolismo e passou a ocupar,
por vezes, a posição discursiva de pólo do outro. Os progressos foram obtidos tanto em função da evolução do brincar, quanto da fala sintonizada, em alguns momentos em manhês, projetada sobre esse brincar. Os familiares participaram dessa evolução tanto nas sessões conjuntas com o filho quanto pelo trabalho de entrevista continuada. O conceito de circuito pulsional da voz sistematiza os
investimentos terapêuticos no ouvir, se ouvir e se fazer ouvir, apresentando-se como aspecto teórico importante para o trabalho do Fonoaudiólogo em tempos de constituição psíquica.
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Do mal-estar na cultura ao mal-estar estrutural: considerações sobre o advento da modernidade e o sujeito analítico / Du malaise dans la culture au malaise structural: Considérations sur l'avènement de la modernité et le sujet analytiqueOliveira, Juliana Sobral de 03 1900 (has links)
Submitted by Alberto Vieira (martins_vieira@ibest.com.br) on 2018-06-14T17:47:13Z
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Previous issue date: 2006-03 / CAPES / Ce mémoire a pour but d'analyser les rapports entre l'avènement de la modemité et le surgissement du discours psychanalytique. En considérant que la construction de ce discours s'inscrit historiquement à l'horizon de la modemité, nous signalons le surgissement de la science classique comme l'événement qui aurait marqué cette époque. Fondés sur l'affirmation de Lacan selon laquelle c'est sur le sujet de la science que la psychanalyse opère, nous essayons de distinguer les points de conjonction et de disjonction entre le discours analytique et le discours scientifique. Ensuite, sous la perspective du statut du sujet dans le monde moderne, nous partons des articulations de Freud sur 1' antagonisme entre le sujet et la culture, dû au renoncement pulsionnel, pour analyser sa conception de "malaise". C'est à la suite de la formulation de cette notion de "malaise" que la psychanalyse théorise sur les fondements régissant l'économie psychique et indique le lieu du conflit qui s'y présente comme limite à une satisfaction pulsionnelle pleine. Freud postule l'existence d'un moment mythique de passage de la nature à la culture et d'instauration de la loi dans l'organisation des liens sociaux. L' enseignement de Lacan jette une lumiere nouvelle sur cette problématique en travaillant sur le rapport entre les notions de loi et de jouissance, dans le sens d'élargir la portée de la these freudienne sur l 'origine de l 'ordre culturel. Finalement, à partir des considérations de Lacan sur la primauté du langage, nous avançons vers l' idée de la castration en tant qu' opérateur structural de la constitution du sujet. / Analisa a relação entre o advento da modernidade e o surgimento do discurso psicanalítico. Ao considerarmos que a construção deste discurso inscreve-se historicamente no horizonte da modernidade, destacamos o surgimento da ciência clássica como o evento que marcaria esta época. Tomamos por base a afirmativa feita por Lacan de que o sujeito sobre o qual a psicanálise opera é o sujeito da ciência, de modo a distinguirmos os pontos de conjunção e disjunção entre o discurso analítico e o discurso científico. Sob a perspectiva do estatuto do sujeito no mundo moderno, partimos das articulações realizadas por Freud sobre o antagonismo entre o sujeito e a cultura, em consequência da renúncia pulsional, a fim de analisarmos a concepção de "mal-estar". Com a formulação da noção de "mal-estar", a psicanálise estabelece uma teorização a respeito dos fundamentos que regem a economia psíquica, indicando o lugar do conflito que apresenta-se como limite à uma satisfação pulsional plena. Freud postula a existência de um momento mítico de passagem da natureza à cultura e de instauração da lei na organização dos laços sociais. O ensino de Lacan lança luz sobre essa problemática ao trabalhar a relação entre as noções de lei e de gozo, no sentido de ampliar o alcance da tese freudiana sobre a origem da ordem cultural. Tendo em vista as considerações de Lacan sobre o primado da linguagem, avançamos em direção à ideia da castração como operador estrutural da constituição do sujeito.
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[en] SUBLIMATION AND IDEALIZATION: INSTINCTUAL VICISSITUDES IN THE CONSTITUTION OF CULTURE / [pt] SUBLIMAÇÃO E IDEALIZAÇÃO: DESTINOS DA PULSÃO NA CONSTRUÇÃO DA CULTURACECILIA FREIRE MARTINS 15 September 2016 (has links)
[pt] Esta tese consiste na realização de uma investigação acerca dos
conceitos de sublimação e idealização em psicanálise, com o intuito de verificar a
hipótese de que ambas participam do processo de constituição da cultura. Para
tanto, sugerimos que, no texto freudiano, a cultura é concebida como uma
resposta à condição inexorável de desamparo e que sua constituição depende da
renúncia à satisfação pulsional. Embora a sublimação seja o destino pulsional que
tradicionalmente é associado à construção da cultura, propomos que também a
idealização participa deste processo. Tanto a sublimação quanto a idealização
atenderiam à renúncia pulsional exigida pela cultura, mas enquanto a sublimação
renunciaria aos objetivos iniciais da pulsão a partir da dessexualização, a
idealização apenas inibiria meta original da pulsão. A partir disso, sugerimos que
na atualidade observa-se, por um lado, um declínio da atividade sublimatória e,
por outro, um aumento da idealização. / [en] This thesis proposes an investigation about the concepts of sublimation and
idealization in psychoanalysis, in order to verify the hypothesis that both
participate in the constitution of culture. Thus we suggest that, in the Freud s text,
culture is conceived as a response to the inexorable condition of helplessness and
that its constitution depends upon the renunciation of instinctual satisfaction.
Although sublimation is the instinctual vicissitude that is traditionally associated
with the construction of culture, we propose that idealization also participates in
this process. Both sublimation and idealization comply with the instinctual
renunciation required by culture, but while sublimation renounces to the initial
aims of the drive through desexualization, idealization only inhibits the original
aim of the instinct. Finally, we suggest that the dynamics of contemporary society
allow for the hipotesis of, on one hand, a decrease in sublimatory activity and, in
the other hand, an increase of idealization.
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