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Perversão e filiação : o desejo do analista em questão / Perversion et filiation : le désir de l'analyste en jeu / Perversion and filiation : the desire of the analyst in questionRosa Júnior, Norton Cezar Dal Follo da January 2013 (has links)
Cette recherche porte sur le thème de la perversion dans ses relations avec la filiation et le désir de l’analyste. Son importance se justifie du regard de la clinique et de sa pertinence sociale. Mais, il s’agit aussi d’une question d’ordre éthique, une fois que le domaine des perversions, fréquemment, se trouve imprégné de moralisme, des préjugés et d’idéaux de bonne forme. Les positionnements ne sont pas rares dans le milieu psi que les pervers ne cherchent pas l’analyse, étant donné qu’ils ne souffrent pas, qu’ils ne font que jouir par la souffrance de leurs victimes. Celle-ci n’est pas notre position. Au contraire, à partir du désir de l’analyste et de l’éthique qui fonde sa práxis, nous soutiendrons la thèse qu’il est possible qu’une clinique psychanalytique s’opère avec la perversion. Notre investigation est basée dans l’oeuvre de Sigmund Freud et l’enseignement de Jacques Lacan, suivie d’auteurs contemporains. Face à la complexité de cette thématique, nous avons pris la compagnie de cinq ouvrages: La philosophie dans le boudoir, écrite par le Marquis de Sade (1795), À la recherche du temps perdu, de Marcel Proust (1913), Lavoura arcaica, de Raduan Nassar (1979), Finnegans Wake, de James Joyce (1939), et Le balcon, de Jean Genet (1955). Notre proposition dans l’articulation de la psychanalyse et la littérature cherche à accueillir ce que les textes permettent d’accéder aux différents registres de la perversion dans la structure du sujet. A partir de ces références nous allons soutenir que l’impératif de jouissance du pervers impliquera dans le refus à la filiation. Ceci soulèvera des difficultés dans ses conditions d’aimer, de reconnaître la dette envers l’autre et de tolérer la différence. Cependant, Freud et Lacan, en reconnaissant l’aspect constituant de la perversion, ont inauguré les possibilités d’écoute de cette particulière position subjective par rapport à la castration. Donc, si d’une part Freud a montré la logique fétichiste de reconnaître et de refuser, à la fois, le manque du corps maternel; d’autre part, Lacan a observé le refus pervers à la place destinée au père dans le discours du sujet. Celles-ci seront des questions centrales dans le drame pervers, surtout, quand le père n’achemine pas le désir en tant qu’insigne du manque, et la mère prend l’enfant comme objet de jouissance. A partir de cela, à travers des notes cliniques nous fondamentorons la discussion dans trois aspects: les difficultés en établir un diagnostique de perversion; le maniement d’un transfert qui se maintient dans le défis constant à la place du psychanaliste; et les voies de direction du traitement. Ceci nous fait comprendre que pour que cette pratique se fasse, il est essentiel de reconnaître la souffrance, condition nécessaire pour déclencher le désir de l’analyste de réaliser la lecture d’un scénario marqué par un modèle strict et répétitif de récompense sexuelle. Dans ce sens, il sera à partir des effets réunis dans son analyse que le psychanalyste pourra affronter l’angoisse, le mépris, et la fascination implicite dans le transfert pervers. Donc, en “faisant face à la situation”, il ira établir les différences de places, en rendant possible au sujet, le droit à la parole, en viabilisant ainsi, la chute des images et mises en scène qui saisissent ses modalités de jouissance. / Essa pesquisa aborda o tema da perversão em suas relações com a filiação e o desejo do analista. Sua relevância se justifica do ponto de vista da clínica e de sua pertinência social. Mas, além disso, trata-se de uma questão de ordem ética, pois o campo das perversões, frequentemente, se encontra impregnado de moralismos, preconceitos e ideais de boa forma. Não são raros os posicionamentos no meio psi de que perversos não buscam análise, pois não sofrem, apenas gozam em função dos sofrimentos infligidos às suas vítimas. Esta, não é a nossa posição. Pelo contrário, a partir do desejo do analista e da ética que fundamenta sua práxis, sustentaremos a tese de que é possível uma clínica psicanalítica se operar com a perversão. Essa investigação é embasada na obra de Sigmund Freud e no ensino de Jacques Lacan, seguida de autores contemporâneos. Diante da complexidade da temática em questão, tomamos em companhia cinco obras: A filosofia na alcova, escrita pelo Marquês de Sade (1795), Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust (1913), Lavoura arcaica, de autoria de Raduan Nassar (1979), Finnegans Wake, de James Joyce (1939), e O balcão, de Jean Genet (1955). Nossa proposta na articulação entre psicanálise e literatura visa a acolher aquilo que esses textos permitem aceder a diferentes registros da perversão na estrutura do sujeito. A partir dessas referências vamos sustentar que o imperativo de gozo do perverso implicará a recusa à filiação. Isto situará impasses em suas condições de amar, de reconhecer dívida com o outro e de suportar a diferença. Entretanto, Freud e Lacan, ao reconhecerem o aspecto constituinte da perversão, inauguraram as possibilidades de escuta dessa singular posição subjetiva em relação à castração. Então, se de um lado Freud apontou a lógica fetichista de reconhecer e recusar, simultaneamente, a falta no corpo materno; de outro, Lacan observou a recusa perversa ao lugar atribuído ao pai no discurso do sujeito. Estas serão questões centrais no drama perverso, sobretudo, quando o pai não vetoriza o desejo enquanto insígnia da falta, e a mãe toma o filho enquanto objeto de gozo. Diante disso, através de recortes clínicos, fundamentaremos a discussão em três aspectos: as dificuldades de se estabelecer um diagnóstico de perversão, o manejo de uma transferência que se mantém no constante desafio ao lugar do psicanalista e as vias de direção do tratamento. Isto nos fez compreender que para essa prática se dar, faz-se imprescindível reconhecer o sofrimento, condição necessária para acionar o desejo do analista de realizar a leitura de um enredo marcado por um padrão fixo, rígido e repetitivo de gratificação sexual. Nesse sentido, será a partir dos efeitos colhidos em sua análise que o psicanalista poderá lidar com a angústia, o repúdio, e o fascínio implícito na transferência perversa. Portanto, ao “fazer face à situação”, ele irá situar diferenças de lugares, possibilitando ao sujeito, o direito à palavra, viabilizando assim, a queda das imagens e atuações que capturam suas modalidades de gozo. / This research addresses the issue of perversion and its associations with filiation and the desire of the analyst. It is a relevant study from the perspective of clinical practice and also in the realm of society. In addition, such issue is an ethical one, because the field of perversions is often infused with moral judgement, prejudice and ideals of good morals. Not infrequently, an assumption among psychoanalysts is that perverse people do not seek pshycoanalysis because they do not suffer, but rather, only take pleasure in the pain they inflict upon their victims. This is not our point of view. On the contrary, based on the desire of the analyst and the ethical principles underpinning his praxis, we will discuss the premise that psychoanalytic clinical practice can actually be applied to perversion. Our research is grounded in the work of Sigmund Freud and the teachings of Jacques Lacan, followed by contemporary authors. Given the complexity of the subject in question, we draw on five particular works and their respective authors: Philosophy in the Bedroom, written by the Marquis de Sade (1795); In Search of Lost Time, by Marcel Proust (1913); Ancient Tillage, written by Raduan Nassar (1979) Finnegans Wake, by James Joyce (1939); and The Balcony, by Jean Genet (1955). By combining psychoanalysis and literature, we seek to embrace the contributions that such works can give towards clarifying the notion of perversion within the structure of the subject. Based on these references, we argue that denial of filiation is a prerequisite for the enjoyment of perversion. This will hinder the perverse patient’s ability to love, to recognize his debt to others and to tolerate differences. However, when Freud and Lacan recognized the constituent of perversion, they enabled this unique subjective perspective on castration to be attended to. So while Freud pointed out the fetishistic logic of recognizing and denying, at once, the lack of a penis in the mother’s body, Lacan observed the perverse denial of the place given to the father in the discourse of the subject. These are central issues in the perverse drama, especially when the father does not express desire as a sign of such lack, and the mother takes the child as an object of enjoyment. Thus, by means clinical observations, our discussion will focus on three aspects: the difficult task of giving a diagnosis of perversion, coping with transference that remains a constant challenge to the position of the psychoanalyst, and options for the direction of treatment. This enabled our understanding that, for this practice to take place, it is imperative to recognize pain, a necessary condition to trigger the desire of the analyst to interpret a scenario marked by a fixed, rigid and repetitive pattern of sexual gratification. In this sense, the analyst will use the results obtained from that analysis to deal with pain, rejection, and the implicit fascination with perverse transference. Therefore, when "dealing with the situation," the analyst will identify differences in locations, giving the subject the right to speech, thus enabling the eradication of images and acts that illustrate the patient’s modes of enjoyment.
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Perversão e filiação : o desejo do analista em questão / Perversion et filiation : le désir de l'analyste en jeu / Perversion and filiation : the desire of the analyst in questionRosa Júnior, Norton Cezar Dal Follo da January 2013 (has links)
Cette recherche porte sur le thème de la perversion dans ses relations avec la filiation et le désir de l’analyste. Son importance se justifie du regard de la clinique et de sa pertinence sociale. Mais, il s’agit aussi d’une question d’ordre éthique, une fois que le domaine des perversions, fréquemment, se trouve imprégné de moralisme, des préjugés et d’idéaux de bonne forme. Les positionnements ne sont pas rares dans le milieu psi que les pervers ne cherchent pas l’analyse, étant donné qu’ils ne souffrent pas, qu’ils ne font que jouir par la souffrance de leurs victimes. Celle-ci n’est pas notre position. Au contraire, à partir du désir de l’analyste et de l’éthique qui fonde sa práxis, nous soutiendrons la thèse qu’il est possible qu’une clinique psychanalytique s’opère avec la perversion. Notre investigation est basée dans l’oeuvre de Sigmund Freud et l’enseignement de Jacques Lacan, suivie d’auteurs contemporains. Face à la complexité de cette thématique, nous avons pris la compagnie de cinq ouvrages: La philosophie dans le boudoir, écrite par le Marquis de Sade (1795), À la recherche du temps perdu, de Marcel Proust (1913), Lavoura arcaica, de Raduan Nassar (1979), Finnegans Wake, de James Joyce (1939), et Le balcon, de Jean Genet (1955). Notre proposition dans l’articulation de la psychanalyse et la littérature cherche à accueillir ce que les textes permettent d’accéder aux différents registres de la perversion dans la structure du sujet. A partir de ces références nous allons soutenir que l’impératif de jouissance du pervers impliquera dans le refus à la filiation. Ceci soulèvera des difficultés dans ses conditions d’aimer, de reconnaître la dette envers l’autre et de tolérer la différence. Cependant, Freud et Lacan, en reconnaissant l’aspect constituant de la perversion, ont inauguré les possibilités d’écoute de cette particulière position subjective par rapport à la castration. Donc, si d’une part Freud a montré la logique fétichiste de reconnaître et de refuser, à la fois, le manque du corps maternel; d’autre part, Lacan a observé le refus pervers à la place destinée au père dans le discours du sujet. Celles-ci seront des questions centrales dans le drame pervers, surtout, quand le père n’achemine pas le désir en tant qu’insigne du manque, et la mère prend l’enfant comme objet de jouissance. A partir de cela, à travers des notes cliniques nous fondamentorons la discussion dans trois aspects: les difficultés en établir un diagnostique de perversion; le maniement d’un transfert qui se maintient dans le défis constant à la place du psychanaliste; et les voies de direction du traitement. Ceci nous fait comprendre que pour que cette pratique se fasse, il est essentiel de reconnaître la souffrance, condition nécessaire pour déclencher le désir de l’analyste de réaliser la lecture d’un scénario marqué par un modèle strict et répétitif de récompense sexuelle. Dans ce sens, il sera à partir des effets réunis dans son analyse que le psychanalyste pourra affronter l’angoisse, le mépris, et la fascination implicite dans le transfert pervers. Donc, en “faisant face à la situation”, il ira établir les différences de places, en rendant possible au sujet, le droit à la parole, en viabilisant ainsi, la chute des images et mises en scène qui saisissent ses modalités de jouissance. / Essa pesquisa aborda o tema da perversão em suas relações com a filiação e o desejo do analista. Sua relevância se justifica do ponto de vista da clínica e de sua pertinência social. Mas, além disso, trata-se de uma questão de ordem ética, pois o campo das perversões, frequentemente, se encontra impregnado de moralismos, preconceitos e ideais de boa forma. Não são raros os posicionamentos no meio psi de que perversos não buscam análise, pois não sofrem, apenas gozam em função dos sofrimentos infligidos às suas vítimas. Esta, não é a nossa posição. Pelo contrário, a partir do desejo do analista e da ética que fundamenta sua práxis, sustentaremos a tese de que é possível uma clínica psicanalítica se operar com a perversão. Essa investigação é embasada na obra de Sigmund Freud e no ensino de Jacques Lacan, seguida de autores contemporâneos. Diante da complexidade da temática em questão, tomamos em companhia cinco obras: A filosofia na alcova, escrita pelo Marquês de Sade (1795), Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust (1913), Lavoura arcaica, de autoria de Raduan Nassar (1979), Finnegans Wake, de James Joyce (1939), e O balcão, de Jean Genet (1955). Nossa proposta na articulação entre psicanálise e literatura visa a acolher aquilo que esses textos permitem aceder a diferentes registros da perversão na estrutura do sujeito. A partir dessas referências vamos sustentar que o imperativo de gozo do perverso implicará a recusa à filiação. Isto situará impasses em suas condições de amar, de reconhecer dívida com o outro e de suportar a diferença. Entretanto, Freud e Lacan, ao reconhecerem o aspecto constituinte da perversão, inauguraram as possibilidades de escuta dessa singular posição subjetiva em relação à castração. Então, se de um lado Freud apontou a lógica fetichista de reconhecer e recusar, simultaneamente, a falta no corpo materno; de outro, Lacan observou a recusa perversa ao lugar atribuído ao pai no discurso do sujeito. Estas serão questões centrais no drama perverso, sobretudo, quando o pai não vetoriza o desejo enquanto insígnia da falta, e a mãe toma o filho enquanto objeto de gozo. Diante disso, através de recortes clínicos, fundamentaremos a discussão em três aspectos: as dificuldades de se estabelecer um diagnóstico de perversão, o manejo de uma transferência que se mantém no constante desafio ao lugar do psicanalista e as vias de direção do tratamento. Isto nos fez compreender que para essa prática se dar, faz-se imprescindível reconhecer o sofrimento, condição necessária para acionar o desejo do analista de realizar a leitura de um enredo marcado por um padrão fixo, rígido e repetitivo de gratificação sexual. Nesse sentido, será a partir dos efeitos colhidos em sua análise que o psicanalista poderá lidar com a angústia, o repúdio, e o fascínio implícito na transferência perversa. Portanto, ao “fazer face à situação”, ele irá situar diferenças de lugares, possibilitando ao sujeito, o direito à palavra, viabilizando assim, a queda das imagens e atuações que capturam suas modalidades de gozo. / This research addresses the issue of perversion and its associations with filiation and the desire of the analyst. It is a relevant study from the perspective of clinical practice and also in the realm of society. In addition, such issue is an ethical one, because the field of perversions is often infused with moral judgement, prejudice and ideals of good morals. Not infrequently, an assumption among psychoanalysts is that perverse people do not seek pshycoanalysis because they do not suffer, but rather, only take pleasure in the pain they inflict upon their victims. This is not our point of view. On the contrary, based on the desire of the analyst and the ethical principles underpinning his praxis, we will discuss the premise that psychoanalytic clinical practice can actually be applied to perversion. Our research is grounded in the work of Sigmund Freud and the teachings of Jacques Lacan, followed by contemporary authors. Given the complexity of the subject in question, we draw on five particular works and their respective authors: Philosophy in the Bedroom, written by the Marquis de Sade (1795); In Search of Lost Time, by Marcel Proust (1913); Ancient Tillage, written by Raduan Nassar (1979) Finnegans Wake, by James Joyce (1939); and The Balcony, by Jean Genet (1955). By combining psychoanalysis and literature, we seek to embrace the contributions that such works can give towards clarifying the notion of perversion within the structure of the subject. Based on these references, we argue that denial of filiation is a prerequisite for the enjoyment of perversion. This will hinder the perverse patient’s ability to love, to recognize his debt to others and to tolerate differences. However, when Freud and Lacan recognized the constituent of perversion, they enabled this unique subjective perspective on castration to be attended to. So while Freud pointed out the fetishistic logic of recognizing and denying, at once, the lack of a penis in the mother’s body, Lacan observed the perverse denial of the place given to the father in the discourse of the subject. These are central issues in the perverse drama, especially when the father does not express desire as a sign of such lack, and the mother takes the child as an object of enjoyment. Thus, by means clinical observations, our discussion will focus on three aspects: the difficult task of giving a diagnosis of perversion, coping with transference that remains a constant challenge to the position of the psychoanalyst, and options for the direction of treatment. This enabled our understanding that, for this practice to take place, it is imperative to recognize pain, a necessary condition to trigger the desire of the analyst to interpret a scenario marked by a fixed, rigid and repetitive pattern of sexual gratification. In this sense, the analyst will use the results obtained from that analysis to deal with pain, rejection, and the implicit fascination with perverse transference. Therefore, when "dealing with the situation," the analyst will identify differences in locations, giving the subject the right to speech, thus enabling the eradication of images and acts that illustrate the patient’s modes of enjoyment.
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Perversão e filiação : o desejo do analista em questão / Perversion et filiation : le désir de l'analyste en jeu / Perversion and filiation : the desire of the analyst in questionRosa Júnior, Norton Cezar Dal Follo da January 2013 (has links)
Cette recherche porte sur le thème de la perversion dans ses relations avec la filiation et le désir de l’analyste. Son importance se justifie du regard de la clinique et de sa pertinence sociale. Mais, il s’agit aussi d’une question d’ordre éthique, une fois que le domaine des perversions, fréquemment, se trouve imprégné de moralisme, des préjugés et d’idéaux de bonne forme. Les positionnements ne sont pas rares dans le milieu psi que les pervers ne cherchent pas l’analyse, étant donné qu’ils ne souffrent pas, qu’ils ne font que jouir par la souffrance de leurs victimes. Celle-ci n’est pas notre position. Au contraire, à partir du désir de l’analyste et de l’éthique qui fonde sa práxis, nous soutiendrons la thèse qu’il est possible qu’une clinique psychanalytique s’opère avec la perversion. Notre investigation est basée dans l’oeuvre de Sigmund Freud et l’enseignement de Jacques Lacan, suivie d’auteurs contemporains. Face à la complexité de cette thématique, nous avons pris la compagnie de cinq ouvrages: La philosophie dans le boudoir, écrite par le Marquis de Sade (1795), À la recherche du temps perdu, de Marcel Proust (1913), Lavoura arcaica, de Raduan Nassar (1979), Finnegans Wake, de James Joyce (1939), et Le balcon, de Jean Genet (1955). Notre proposition dans l’articulation de la psychanalyse et la littérature cherche à accueillir ce que les textes permettent d’accéder aux différents registres de la perversion dans la structure du sujet. A partir de ces références nous allons soutenir que l’impératif de jouissance du pervers impliquera dans le refus à la filiation. Ceci soulèvera des difficultés dans ses conditions d’aimer, de reconnaître la dette envers l’autre et de tolérer la différence. Cependant, Freud et Lacan, en reconnaissant l’aspect constituant de la perversion, ont inauguré les possibilités d’écoute de cette particulière position subjective par rapport à la castration. Donc, si d’une part Freud a montré la logique fétichiste de reconnaître et de refuser, à la fois, le manque du corps maternel; d’autre part, Lacan a observé le refus pervers à la place destinée au père dans le discours du sujet. Celles-ci seront des questions centrales dans le drame pervers, surtout, quand le père n’achemine pas le désir en tant qu’insigne du manque, et la mère prend l’enfant comme objet de jouissance. A partir de cela, à travers des notes cliniques nous fondamentorons la discussion dans trois aspects: les difficultés en établir un diagnostique de perversion; le maniement d’un transfert qui se maintient dans le défis constant à la place du psychanaliste; et les voies de direction du traitement. Ceci nous fait comprendre que pour que cette pratique se fasse, il est essentiel de reconnaître la souffrance, condition nécessaire pour déclencher le désir de l’analyste de réaliser la lecture d’un scénario marqué par un modèle strict et répétitif de récompense sexuelle. Dans ce sens, il sera à partir des effets réunis dans son analyse que le psychanalyste pourra affronter l’angoisse, le mépris, et la fascination implicite dans le transfert pervers. Donc, en “faisant face à la situation”, il ira établir les différences de places, en rendant possible au sujet, le droit à la parole, en viabilisant ainsi, la chute des images et mises en scène qui saisissent ses modalités de jouissance. / Essa pesquisa aborda o tema da perversão em suas relações com a filiação e o desejo do analista. Sua relevância se justifica do ponto de vista da clínica e de sua pertinência social. Mas, além disso, trata-se de uma questão de ordem ética, pois o campo das perversões, frequentemente, se encontra impregnado de moralismos, preconceitos e ideais de boa forma. Não são raros os posicionamentos no meio psi de que perversos não buscam análise, pois não sofrem, apenas gozam em função dos sofrimentos infligidos às suas vítimas. Esta, não é a nossa posição. Pelo contrário, a partir do desejo do analista e da ética que fundamenta sua práxis, sustentaremos a tese de que é possível uma clínica psicanalítica se operar com a perversão. Essa investigação é embasada na obra de Sigmund Freud e no ensino de Jacques Lacan, seguida de autores contemporâneos. Diante da complexidade da temática em questão, tomamos em companhia cinco obras: A filosofia na alcova, escrita pelo Marquês de Sade (1795), Em busca do tempo perdido, de Marcel Proust (1913), Lavoura arcaica, de autoria de Raduan Nassar (1979), Finnegans Wake, de James Joyce (1939), e O balcão, de Jean Genet (1955). Nossa proposta na articulação entre psicanálise e literatura visa a acolher aquilo que esses textos permitem aceder a diferentes registros da perversão na estrutura do sujeito. A partir dessas referências vamos sustentar que o imperativo de gozo do perverso implicará a recusa à filiação. Isto situará impasses em suas condições de amar, de reconhecer dívida com o outro e de suportar a diferença. Entretanto, Freud e Lacan, ao reconhecerem o aspecto constituinte da perversão, inauguraram as possibilidades de escuta dessa singular posição subjetiva em relação à castração. Então, se de um lado Freud apontou a lógica fetichista de reconhecer e recusar, simultaneamente, a falta no corpo materno; de outro, Lacan observou a recusa perversa ao lugar atribuído ao pai no discurso do sujeito. Estas serão questões centrais no drama perverso, sobretudo, quando o pai não vetoriza o desejo enquanto insígnia da falta, e a mãe toma o filho enquanto objeto de gozo. Diante disso, através de recortes clínicos, fundamentaremos a discussão em três aspectos: as dificuldades de se estabelecer um diagnóstico de perversão, o manejo de uma transferência que se mantém no constante desafio ao lugar do psicanalista e as vias de direção do tratamento. Isto nos fez compreender que para essa prática se dar, faz-se imprescindível reconhecer o sofrimento, condição necessária para acionar o desejo do analista de realizar a leitura de um enredo marcado por um padrão fixo, rígido e repetitivo de gratificação sexual. Nesse sentido, será a partir dos efeitos colhidos em sua análise que o psicanalista poderá lidar com a angústia, o repúdio, e o fascínio implícito na transferência perversa. Portanto, ao “fazer face à situação”, ele irá situar diferenças de lugares, possibilitando ao sujeito, o direito à palavra, viabilizando assim, a queda das imagens e atuações que capturam suas modalidades de gozo. / This research addresses the issue of perversion and its associations with filiation and the desire of the analyst. It is a relevant study from the perspective of clinical practice and also in the realm of society. In addition, such issue is an ethical one, because the field of perversions is often infused with moral judgement, prejudice and ideals of good morals. Not infrequently, an assumption among psychoanalysts is that perverse people do not seek pshycoanalysis because they do not suffer, but rather, only take pleasure in the pain they inflict upon their victims. This is not our point of view. On the contrary, based on the desire of the analyst and the ethical principles underpinning his praxis, we will discuss the premise that psychoanalytic clinical practice can actually be applied to perversion. Our research is grounded in the work of Sigmund Freud and the teachings of Jacques Lacan, followed by contemporary authors. Given the complexity of the subject in question, we draw on five particular works and their respective authors: Philosophy in the Bedroom, written by the Marquis de Sade (1795); In Search of Lost Time, by Marcel Proust (1913); Ancient Tillage, written by Raduan Nassar (1979) Finnegans Wake, by James Joyce (1939); and The Balcony, by Jean Genet (1955). By combining psychoanalysis and literature, we seek to embrace the contributions that such works can give towards clarifying the notion of perversion within the structure of the subject. Based on these references, we argue that denial of filiation is a prerequisite for the enjoyment of perversion. This will hinder the perverse patient’s ability to love, to recognize his debt to others and to tolerate differences. However, when Freud and Lacan recognized the constituent of perversion, they enabled this unique subjective perspective on castration to be attended to. So while Freud pointed out the fetishistic logic of recognizing and denying, at once, the lack of a penis in the mother’s body, Lacan observed the perverse denial of the place given to the father in the discourse of the subject. These are central issues in the perverse drama, especially when the father does not express desire as a sign of such lack, and the mother takes the child as an object of enjoyment. Thus, by means clinical observations, our discussion will focus on three aspects: the difficult task of giving a diagnosis of perversion, coping with transference that remains a constant challenge to the position of the psychoanalyst, and options for the direction of treatment. This enabled our understanding that, for this practice to take place, it is imperative to recognize pain, a necessary condition to trigger the desire of the analyst to interpret a scenario marked by a fixed, rigid and repetitive pattern of sexual gratification. In this sense, the analyst will use the results obtained from that analysis to deal with pain, rejection, and the implicit fascination with perverse transference. Therefore, when "dealing with the situation," the analyst will identify differences in locations, giving the subject the right to speech, thus enabling the eradication of images and acts that illustrate the patient’s modes of enjoyment.
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La pensée du religieux au siècle des Lumières : études sémiostylistiques d'oeuvres littéraires et picturales / Religious Thinking in the the Age of the Enlightenment : semiostylistic studies of literary and pictorial works of artDi Rosa, Geneviève 27 November 2012 (has links)
L’importance du religieux au siècle des Lumières n’est plus à démontrer, tant dans sa dimension historique que philosophique ou artistique. Mais il s’agit de savoir s’il existe une pensée du religieux au XVIII° siècle, i.e. des modes spécifiques de peser des sens qui ont à voir avec l’invisible, le surnaturel ou le divin. Plutôt qu’une idée en particulier, idée de bonheur, de nature, d’énergie ou d’inquiétude, nous étudions un rapport, une relation articulée entre l’homme et le symbolisable: comment une société donnée mesure ce rapport au surnaturel, et à travers quels médias. L’enquête privilégie la littérature d’idées, la production d’une pensée qui n’adhère jamais ni à l’identité ni au concept, mais qui est plutôt écart et mouvement, et qui par cela même peut s’aventurer sur des terra incognita ; elle privilégie aussi la peinture d’histoire, le genre où l’iconographie est par excellence cosa mentale, manifestation visuelle des méditations d’une pensée. Les analyses sémiostylistiques des œuvres sont orientées par deux pôles, l’intertextualité biblique et la praxis socio-théologique de la Querelle des refus de sacrements. Elles permettent de saisir les mutations du paradigme biblique, de la pensée rationaliste et de l’esthétique mimétique tout en mettant au jour les obstacles épistémologiques, les points de résistance, les skandalon. La pensée du religieux au XVIII° siècle, entre audace et effroi, apparait marquée par l’expérience et l’ethos, une esthétique du témoin qui doit beaucoup à la pensée janséniste du témoignage, ainsi qu’une remise en cause de la pensée rationaliste au profit d’une nouvelle philosophie du langage / The importance of Religion in the Age of the Enlightenment is no longer to be proven, whether it be historically, philosophically ar artistically. The question is to make out if there exists a way of thinking Religion in the XVIIIth century, i.e. specific modes of weighing meanings which are related to the invisible, the supernatural or the divine. Rather than one idea in particular (happiness, nature, energy, anxiety), we are studying a connection, an articulate relation between man and what can be symbolized : how a given society assesses this connection to the supernatural, and through wich media. Our investigation favours essays, the production of a thinking which never adheres to the identity or the concept, but which is rather a swerve, a movement, which allows it to explore terra incognita ; the investigation also favours history painting, the genre in which iconography is by essence cosa mentale, a visual manifestation of the mediations of a thinking. The semiostylistical analysis of the works are orientated by two poles, the biblical intertextuality and the socio-theological praxis of the quarrel over the refusal of sacraments. These analysis allow to grasp the mutations of the biblical paradigm, the rationalist thinking and mimetic aesthetics while they make light on the epistemological obstacles, the resistance points, the skandalon. Thinking Religion in the XVIIIth century, between audacity and dismay, appears marked by the jansenist thinking of testimony, as well as a questionning of rationalist thinking in favour of a new philosophy of language
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Du refus scolaire au suivi psychiatrique. Trajectoires d’adolescents déscolarisés / From school refusal to a psychiatric follow-up. The journey of teens refusing schoolBenoit, Laelia 21 November 2018 (has links)
Ce travail décrit les trajectoires des adolescents qui sont amenés à être suivis en psychiatrie parce qu'ils refusent d'aller à l'école en France. Il se propose ainsi d’employer une démarche sociologique de théorie ancrée (Grounded Theory) afin de répondre à une question de santé publique. En 1991, on estimait que les enfants et adolescents refusant d'aller à l'école représentaient 5% des consultations de pédopsychiatrie en France. Depuis 25 ans, il demeure pourtant difficile de quantifier ce phénomène et son évolution, notamment parce que le refus scolaire ne correspond à aucune catégorie de maladie mentale. L'enjeu sociétal et économique est toutefois considérable. Les associations de parents alertent sur le coût élevé de la déscolarisation, la 'phobie scolaire' rencontre un écho médiatique constant, et les jeunes qui achèvent leurs études sans obtenir de diplôme ont un taux de chômage supérieur à la moyenne pour leur tranche d'âge. De plus, une littérature psychiatrique internationale considérable sur le refus scolaire s’adosse à de nombreuses institutions de soin dédiées à la rescolarisation (consultations et hôpitaux de jours) et de manifestations professionnelles à ce sujet. Dans un contexte de contraintes budgétaires du sanitaire et de crise du système éducatif français, la gestion par le champ médical du refus scolaire pose question. Premièrement, une analyse socio-historique de la littérature médicale internationale entre 1941 et 2018 décrit comment le problème du « refus scolaire » s’est développé dans le discours scientifique selon les deux courants distincts de la phobie scolaire (school phobia) et du refus scolaire (school refusal) ; et tend actuellement à s’élargir vers une problématisation médicale de toute absence scolaire. La deuxième et la troisième partie de ce travail explorent les processus décisionnels qui sous-tendent la médicalisation du refus scolaire à l’échelle individuelle. En effet, le diagnostic psychiatrique intervient relativement tard, à l’issue d’une carrière débutée au sein de l’institution scolaire et de la famille. Comment un jeune en vient-il à être désigné par la catégorie de 'phobie scolaire'? Cette approche interactionniste se fonde sur plus de 100 entretiens réalisés auprès de familles et de professionnels de l’école et analyse le travail produit par le jeune et par les acteurs qui l’entourent. On décrit comment les professionnels de l’école repèrent et qualifient ses difficultés de fonctionnement scolaire. Quatre styles de gestion du problème émergent au sein de l’école, selon le degré d’extériorisation du problème hors du champ scolaire, l’usage des pratiques de care et les modes relationnels avec les autres acteurs. Une analyse dite des « carrières » retrace la trajectoire d’adolescents déscolarisés, de l'école à l'hôpital, en partant du récit des jeunes et de leurs parents. Si les enquêtés présentent le refus scolaire comme une prise de décision brutale, celle-ci vient interrompre un processus de longue durée notamment caractérisé par un épuisement lié au travail de représentation de soi en société. Après la décision de refus scolaire, sont analysés le récit de la transformation de soi, le remaniement des relations aux autres (parents, camarades, enseignants, soignants), la déconstruction et la construction de certaines modalités de socialisation. / School refusal is an increasingly common motive for consultation in child psychiatry. According to the psychiatrists, situations leading to school refusal are extremely diverse, from anxiety feelings in the classroom to truancy, and may lead children to miss school occasionally or to give up their studies. This sociological study, uses the grounded theory to describe the career of teenagers who receive psychiatric care in France because they refuse to go to school. More than 100 in-depth interviews with teenagers, parents and school professionals allow to describe their careers from the school to the psychiatric care. First, we provide a socio-history of the medicalization of school absenteeism through the construction of medical categories (school phobia, school refusal, school attendance problems), based on a review of the international psychiatric literature from 1941 to 2018. Second, teachers discourse on school refusal, their daily management of student who refuse school and their involvement in the medicalization of the absenteeism of some pupils is analyzed. Four styles of management are described among school professionals. Third, the narratives of teenagers and of their parents are analyzed. If school refusal appears as an immediate shift, it answers to a process of long duration. For some students, struggling to attend school from day to day required a consuming work: the presentation of self in public places and emotional work towards peers. After refusing school, students ‘illness’ narratives describe their career in deconstructing and reconstructing their socialization and self.
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La norme du consentement préalable, libre et éclairé dans le contexte du colonialisme d’établissement : réflexions à partir des conceptions de l’autodétermination autochtoneDoucet, Chloé 05 1900 (has links)
Ce mémoire cherche à dépasser la notion traditionnelle de la souveraineté afin de résoudre l’apparente incommensurabilité entre les revendications d’autorités territoriales des États et des peuples autochtones. À travers le cas d’étude des processus de consultation héritiers de la norme du consentement préalable, libre et éclairé (CPLE), il est démontré que l’énonciation de la norme dans le régime international des droits humains empêche le libre refus des peuples autochtones. La prédominance des intérêts étatiques au sein du système international limite une compréhension substantive de la notion de consentement à travers la crainte du « veto » autochtone, limite qui est reproduite à travers la mise en oeuvre de la norme. La déconstruction du concept du CPLE ancrée dans le contexte du colonialisme d’établissement permet d’ouvrir le champ des possibles vers une nouvelle compréhension de la norme qui soit informée par les conceptions de l’autodétermination autochtone. Au terme de cette étude, il est postulé que la résolution du conflit de significations ne peut s’effectuer qu’au sein d’une vision pluraliste de l’autorité territoriale où le libre refus des peuples autochtones est systématiquement respecté. Ainsi, cette recherche propose de se tourner vers la littérature autochtone afin d’informer le sens donné à la notion d’autodétermination. / This dissertation seeks to go beyond the traditional notion of sovereignty to resolve the apparent incommensurability between states and indigenous peoples’ claims of territorial authority. Through the case study of the consultation processes inherited from the norm of free, prior, and informed consent (FPIC), it is shown that the enunciation of the norm in the international human rights regime prohibits the free refusal of indigenous peoples. The predominance of state interests within the international system circumscribes a substantive understanding of the notion of consent through the fear of the indigenous “veto”, a limit reproduced through the implementation of the norm. The deconstruction of the concept of FPIC rooted in the context of settler colonialism opens up possibilities for a new understanding of the norm which can clear the way towards a new understanding guided and driven by indigenous peoples’ conceptions of self-determination. At the end of this study, it is postulated that the resolution of the conflict of meanings can only take place within a pluralist vision of territorial authority where the free refusal of indigenous peoples is systematically upheld. Thus, this research proposes to turn to indigenous literature to inform the meaning given to the notion of self-determination.
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Les motifs de refus d’une thérapie orthodontique combinée à la chirurgie orthognathique au Québec : une étude qualitativeManh, Tina 09 1900 (has links)
INTRODUCTION: Obtenir un résultat orthodontique idéal et un profil facial équilibré peut nécessiter un traitement combinant orthodontie et chirurgie orthognathique. Bien que les avantages esthétiques et fonctionnels de ces procédures soient évidents pour l'orthodontiste, il ne décide pas du traitement. Malgré les connaissances, les recommandations et la bienveillance de l’orthodontiste, le dernier mot revient au patient. Il peut donc évidemment refuser un traitement orthodontique chirurgical. L’obtention du consentement éclairé, avant de débuter le traitement, est une première étape décisive. Afin d’améliorer ce processus, il est essentiel de connaître et de comprendre davantage les facteurs décisionnels qui influencent le choix du patient face à un traitement orthodontique chirurgical.
OBJECTIFS: Cette étude qualitative vise à déterminer les motifs pour lesquels les patients refusent le traitement orthodontique chirurgical lorsqu’il est l’option privilégiée par l’orthodontiste. Une meilleure compréhension du raisonnement et des motivations des patients permettra d’améliorer et de rendre l’approche du praticien davantage proactive afin de favoriser un réel consentement éclairé.
MÉTHODES: Cette étude a été menée par entrevue verbale semi-structurée immédiatement suivant la consultation orthodontique initiale. Les entretiens individuels ont été enregistrés, retranscrits et analysés en continu. À l’aide du logiciel NVivo 12, les données ont été catégorisées par codage ouvert.
RÉSULTATS: Quatre thèmes sont ressortis de cette étude : l'inconfort, la vision facultative du traitement par le patient, le changement d'apparence du visage et les contraintes à débuter le traitement. L'inconfort était un thème récurrent exprimé par tous les participants.
CONCLUSION: Bien que les motifs contribuant au refus d'un traitement orthodontique chirurgical soient multiples, l’inconfort est un sujet qui interpelle tous les patients. Sans être forcément la raison principale menant au refus de ce type d'intervention, l'inconfort est un thème répétitif et à intensité variable dans la prise de décision. Il est particulièrement modulé par le vécu personnel du patient, mais aussi fortement influencé par celui de son entourage. Afin de favoriser un consentement plus éclairé, il est pertinent pour le praticien en orthodontie d’aborder ce sujet en profondeur au moment de la consultation. D’autres sujets devraient aussi être couverts selon les circonstances: la vision facultative du traitement par le patient, le changement d'apparence du visage et les contraintes. / INTRODUCTION: Achieving ideal orthodontic results and a balanced facial profile may require a
combined orthodontic and orthognathic surgical treatment. Although the esthetic and functional
advantages of these procedures are obvious to the orthodontist, patients may opt for a nonsurgical
approach. Despite the knowledge, recommendations and good intentions of the
orthodontist, the fact remains that the decision to proceed with treatment ultimately rests with
the patient. Providing informed consent is a decisive step in the course of initiating treatment.
To improve this process, it is essential to better understand the decision-making factors that
influence the patient's choice for surgical orthodontic treatment.
OBJECTIVES: The main objective of this study was to determine the motives that influence
patients’ refusal of surgical orthodontic treatment even when it is the option of choice according
to the orthodontist. Learning and understanding these factors can improve how we explain our
treatment options by addressing information correctly, thus improving the process of obtaining
informed consent.
METHODS: This study was conducted using semi-structured verbal interviews immediately
following the initial orthodontic consultation. Individual interviews were recorded, transcribed,
and continuously analyzed. Using NVivo 12 software, an open coding analysis method was used.
RESULTS: Four themes emerged from this study: discomfort, treatment viewed as elective by the
patient, change in facial appearance and constraints to beginning treatment. Discomfort was a
recurrent theme expressed by all participants.
CONCLUSION: Although the reasons for refusing surgical orthodontic treatment are numerous,
discomfort is a subject that concerns all patients. Without necessarily being the main reason for
refusing surgical orthodontic treatment, discomfort is variable in intensity and a recurring theme
in the patient's decision-making. It is particularly modulated by the patient's personal experience,
but it is also strongly influenced by the experience of people around them. To promote a betterinformed
consent, it is relevant for the orthodontic practitioner to cover this subject in depth
during a consultation. Depending on the circumstances, other subjects should also be covered
such as: the optional view of the treatment by the patient, the change in appearance of the face
and the constraints.
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Die Erfindung der Moderne: Das Manifest Refus global und die identitätsstiftende Rezeption von Surrealismus und Automatismus in QuébecGrzonka, Sabine Alice 14 March 2003 (has links) (PDF)
The manifesto of the Quebecer art movement Automatism, the Refus global (Montreal, 1948), is today one of the best known socio-political writings of Quebec. It is considered to have been the beginning of Quebec's cultural modernity and an early sign of its political modernity. In the early 1940's the manifesto's author Paul-Émile Borduas (1905-1960) had already been praised for his art later named "Automatism". It was seen by the automatists as the evolution of Surrealism (like Abstract Expressionism). Many art critics called this the first Canadian painting that followed the modern aesthetics of the time. According to the surrealist program the automatists aspired to create a new Quebec society. In 1948, the fact that their manifesto differed greatly from the conservative political and social ideas of Maurice Duplessis (Prime Minister of Quebec from 1936 to 1939 and from 1944 to 1959) made Borduas and the manifesto famous. It was considered to be an attack against the traditionalistic institutions because it not only required pictorial but also general liberty. Maurice Duplessis' death in 1959 was the beginning of the Quiet Revolution. During this eventful time the Quebecois began officially to identify with the modern state they were creating. The end of the old regime was also the beginning of a new Quebec nationalism which is important for the new reception of Automatism. The intellectuals discovered the Refus global and saw in Borduas their spiritual father in their claim for an original Quebec culture and a greater political autonomy. In the former condemnation of the manifesto they found the proof that the old political system in Quebec prevented modernity. This thesis traces the reception of Surrealism, Automatism and the Refus global in Quebec throughout the period from the 1940's to the turn of the century. It shows how modern (cultural and national) identity has been established, which groups have been interested in its construction and how the commemoration of the manifesto still helps today to support the nationalist project in Quebec. / Das Manifest des Automatismus, der Refus global (Montreal, 1948), zählt heute zu den bedeutendsten soziopolitischen Schriften Québecs und wird als Beginn der kulturellen und als Vorzeichen der politischen Moderne Québecs angesehen. Die Dissertation untersucht die Rezeption des Manifests und der quebecer Kunstströmung, die sich als eine Weiterentwicklung des europäischen Surrealismus sah, sowie den Wandel in der Sinnzuweisung. Der Untersuchungskorpus besteht aus Artikeln, Ausstellungskatalogen, Monografien, Dokumentarfilmen etc., die in den letzten 50 Jahren über den Automatismus bzw. den Refus global in Québec erschienen sind. Für ihre Analyse wurden literarische Rezeptionstheorien und "Gedächtnistheorien" (u.a. von Jauß, Assmann und Nora) herangezogen. Mit ihrer Hilfe wird der Weg nachgezeichnet, wie die Schrift und die Kunstbewegung in das kollektive quebecer Gedächtnis eingingen, um dem Aufbau einer modernen quebecer Identität zu dienen und den politischen Diskurs des Souveränismus in Québec zu stützen. Die Ergebnisse werfen auch ein Licht auf die Gruppen, die an diesem Prozess beteiligt waren und noch immer sind. Bereits zu Beginn der 1940er Jahre hatte der Autor des Manifests, Paul-Émile Borduas (1905-1960), die Aufmerksamkeit der Intellektuellen auf sich gezogen: Zahlreiche Kunstkritiker erkannten in seiner Malerei den Beginn einer originären kanadischen Kunst der Moderne, die nicht mehr die europäischen Vorbilder kopierte, sondern mit der zeitgenössischen Ästhetik (s. Abstrakter Expressionismus) aufschloss. Wie den Surrealisten, so ging es auch den Automatisten um die Schaffung einer neuen Gesellschaft. Ihr im Refus global dargelegtes Programm kontrastierte denn auch aufs Schärfste mit dem konservativen politischen und sozialen Diskurs von Maurice Duplessis (Premierminister von Québec von 1936 bis 1939 und von 1944 bis 1959), der zudem vom Antikommunismus in den USA beeinflusst wurde. Der Tod Duplessis' im Jahr 1959 war zugleich der Beginn der Révolution tranquille. Während dieser ereignisreichen Zeit identifizierten sich zahlreiche Quebecer mit dem modernen Staat, den sie schufen. Durch die Kontrastierung des Traditionalismus Duplessis' mit den Neuerungen der 1960er Jahre entstand der Eindruck, Québec trete erst jetzt in seine politische Moderne ein. Vor dem Hintergrund dieser Geschichtsinterpretation entstand ein neuartiger quebecer Nationalismus, der auf eine größere Autonomie Québecs abzielte und entscheidend für die Wahrnehmung des Automatismus war: Die Intellektuellen entdeckten den Refus global wieder und sahen in seinem Autor den geistigen Vater ihres Rufes nach einer originären quebecer Kultur der Moderne als Grundlage einer größeren politischen Autonomie. In den folgenden Jahren bedienten sie sich des Automatismus zur Schaffung einer neuen quebecer (Kultur-)Geschichte, in die der Ruf nach kollektiver Selbstbestimmung eingeschrieben wurde. So avancierten Borduas und die anderen Automatisten zu Vorvätern des modernen Québec. Diese Wahrnehmung der Bewegung wird begleitet von einer Abwertung der Leistungen anderer moderner quebecer Künstler und Immigranten und dient bis heute der Stärkung des nationalen Ichs
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Die Erfindung der Moderne: Das Manifest Refus global und die identitätsstiftende Rezeption von Surrealismus und Automatismus in QuébecGrzonka, Sabine Alice 06 September 2002 (has links)
The manifesto of the Quebecer art movement Automatism, the Refus global (Montreal, 1948), is today one of the best known socio-political writings of Quebec. It is considered to have been the beginning of Quebec's cultural modernity and an early sign of its political modernity. In the early 1940's the manifesto's author Paul-Émile Borduas (1905-1960) had already been praised for his art later named "Automatism". It was seen by the automatists as the evolution of Surrealism (like Abstract Expressionism). Many art critics called this the first Canadian painting that followed the modern aesthetics of the time. According to the surrealist program the automatists aspired to create a new Quebec society. In 1948, the fact that their manifesto differed greatly from the conservative political and social ideas of Maurice Duplessis (Prime Minister of Quebec from 1936 to 1939 and from 1944 to 1959) made Borduas and the manifesto famous. It was considered to be an attack against the traditionalistic institutions because it not only required pictorial but also general liberty. Maurice Duplessis' death in 1959 was the beginning of the Quiet Revolution. During this eventful time the Quebecois began officially to identify with the modern state they were creating. The end of the old regime was also the beginning of a new Quebec nationalism which is important for the new reception of Automatism. The intellectuals discovered the Refus global and saw in Borduas their spiritual father in their claim for an original Quebec culture and a greater political autonomy. In the former condemnation of the manifesto they found the proof that the old political system in Quebec prevented modernity. This thesis traces the reception of Surrealism, Automatism and the Refus global in Quebec throughout the period from the 1940's to the turn of the century. It shows how modern (cultural and national) identity has been established, which groups have been interested in its construction and how the commemoration of the manifesto still helps today to support the nationalist project in Quebec. / Das Manifest des Automatismus, der Refus global (Montreal, 1948), zählt heute zu den bedeutendsten soziopolitischen Schriften Québecs und wird als Beginn der kulturellen und als Vorzeichen der politischen Moderne Québecs angesehen. Die Dissertation untersucht die Rezeption des Manifests und der quebecer Kunstströmung, die sich als eine Weiterentwicklung des europäischen Surrealismus sah, sowie den Wandel in der Sinnzuweisung. Der Untersuchungskorpus besteht aus Artikeln, Ausstellungskatalogen, Monografien, Dokumentarfilmen etc., die in den letzten 50 Jahren über den Automatismus bzw. den Refus global in Québec erschienen sind. Für ihre Analyse wurden literarische Rezeptionstheorien und "Gedächtnistheorien" (u.a. von Jauß, Assmann und Nora) herangezogen. Mit ihrer Hilfe wird der Weg nachgezeichnet, wie die Schrift und die Kunstbewegung in das kollektive quebecer Gedächtnis eingingen, um dem Aufbau einer modernen quebecer Identität zu dienen und den politischen Diskurs des Souveränismus in Québec zu stützen. Die Ergebnisse werfen auch ein Licht auf die Gruppen, die an diesem Prozess beteiligt waren und noch immer sind. Bereits zu Beginn der 1940er Jahre hatte der Autor des Manifests, Paul-Émile Borduas (1905-1960), die Aufmerksamkeit der Intellektuellen auf sich gezogen: Zahlreiche Kunstkritiker erkannten in seiner Malerei den Beginn einer originären kanadischen Kunst der Moderne, die nicht mehr die europäischen Vorbilder kopierte, sondern mit der zeitgenössischen Ästhetik (s. Abstrakter Expressionismus) aufschloss. Wie den Surrealisten, so ging es auch den Automatisten um die Schaffung einer neuen Gesellschaft. Ihr im Refus global dargelegtes Programm kontrastierte denn auch aufs Schärfste mit dem konservativen politischen und sozialen Diskurs von Maurice Duplessis (Premierminister von Québec von 1936 bis 1939 und von 1944 bis 1959), der zudem vom Antikommunismus in den USA beeinflusst wurde. Der Tod Duplessis' im Jahr 1959 war zugleich der Beginn der Révolution tranquille. Während dieser ereignisreichen Zeit identifizierten sich zahlreiche Quebecer mit dem modernen Staat, den sie schufen. Durch die Kontrastierung des Traditionalismus Duplessis' mit den Neuerungen der 1960er Jahre entstand der Eindruck, Québec trete erst jetzt in seine politische Moderne ein. Vor dem Hintergrund dieser Geschichtsinterpretation entstand ein neuartiger quebecer Nationalismus, der auf eine größere Autonomie Québecs abzielte und entscheidend für die Wahrnehmung des Automatismus war: Die Intellektuellen entdeckten den Refus global wieder und sahen in seinem Autor den geistigen Vater ihres Rufes nach einer originären quebecer Kultur der Moderne als Grundlage einer größeren politischen Autonomie. In den folgenden Jahren bedienten sie sich des Automatismus zur Schaffung einer neuen quebecer (Kultur-)Geschichte, in die der Ruf nach kollektiver Selbstbestimmung eingeschrieben wurde. So avancierten Borduas und die anderen Automatisten zu Vorvätern des modernen Québec. Diese Wahrnehmung der Bewegung wird begleitet von einer Abwertung der Leistungen anderer moderner quebecer Künstler und Immigranten und dient bis heute der Stärkung des nationalen Ichs
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La volonté du salarié dans le rapport de travail / The employee’s will in labour relationsBarbier, Martine Danielle 28 January 2010 (has links)
La thèse propose de mesurer le rôle et la place que le droit accorde aujourd’hui à la volonté du salarié dans le rapport de travail. Elle cherche aussi, dans un même temps, à identifier, à l’aune de l’observation de certaines évolutions, un affermissement de sa prise en compte. Une telle démarche exige de dépasser le constat, classiquement posé, de l’état de subordination du salarié et de la protection impérative et collective dont il fait l’objet. La volonté, telle que définie par l’auteur, suppose, en effet, un domaine d’exercice reconnu et protégé par le droit, par le biais de prérogatives et droits individuels dont le salarié est titulaire et qui lui confèrent une certaine liberté, une faculté de choix, un pouvoir d’agir au sein du rapport de travail. Pour investir les figures volontaires du salarié, dans leur diversité et leur spécificité, l’approche est menée au regard successivement de la dimension contractuelle et de la relation de pouvoir de l’employeur contenues dans le rapport d’emploi. Le diagnostic qui est posé, mêlant étroitement faveur et suspicion, valorisation et protection de la volonté du salarié, laisse néanmoins apparaître une prise en compte plus systématique et plus radicale de cette volonté. L’orientation, ainsi engagée par le droit positif, est susceptible d’annoncer, non la fin du salariat, mais au contraire une forme de renaissance. / The thesis offers to measure the role and place which law reserves for the employee’s will in labour relations. It also tries, at the same time, to identify, through the observation of certain evolutions, that the employee’s will is being more clearly taken into account. This approach necessarily goes beyond the observation generally made of the degree of the employee’s subordination and of the necessary and collective protection from which he benefits. The will, as defined by the author, supposes, as a matter of fact, a recognized field of application protected by the law through prerogatives and individual rights held by the employee which give him/her a certain degree of freedom, the ability to choose and the power to act within the labour relations. In order to cover the diversified and specific forms of voluntary action by the employee, our approach is led with regard to firstly the contractual dimension and secondly the degree by which the employer’s power affects the job relationship. The diagnostic made, which mixes closely favour and suspicion, valorization and protection of the employee’s will, shows nevertheless that this will is more systematically and radically taken into account. The orientation, engendered by positive law, is likely to announce not the end of the salaried status but on the contrary some sort of renaissance.
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