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Caracterização da família de reguladores de absorção de metais e resposta a estresse em Leptospira interrogans sorovar Copenhageni. / Characterization of the metal absorption regulator family and stress response in Leptospira interrogans serovar Copenhageni.Momo, Leonardo Hiroyuki Santos 27 April 2015 (has links)
A leptospirose é uma zoonose de importância mundial, e é causada por bactérias patogênicas do gênero Leptospira, pertencente à ordem Spirochaetales. Os seres humanos são hospedeiros acidentais e os surtos de leptospirose ocorrem em grandes centros urbanos após enchentes contaminadas por urina de ratos. Existem poucas informações a respeito de como Leptospira spp lida com situações de estresse induzidas pelo hospedeiro e pelo ambiente. O ferro é um íon essencial para a maioria dos seres vivos. A regulação de genes envolvidos por seu aporte e estoque na célula bacteriana é mediada por proteínas da família de reguladores transcricionais, Fur (ferric uptake regulator). L. interrogans sorovar Copenhageni possui quatro ortólogos para Fur, que foram alvo de estudo deste trabalho. A caracterização destes genes foi realizada através de estudos evolutivos, determinação do seu padrão de expressão em modelo animal e análise de modelagem estrutural. Durante o andamento do mestrado, ensaios paralelos revelaram resultados promissores na análise de expressão de genes relacionados ao sistema SOS, um mecanismo de resposta bacteriano a danos no material genético. Assim sendo, o estudo de caracterização de expressão em modelo animal suscetível e resistente à doença foi ampliado. Ensaios de qRT-PCR de cDNAs provenientes de pulmão, rim e fígado permitiram a identificação de dois genes que foram expressos quase que constitutivamente ao longo de toda a infecção em todos os órgãos e organismos estudados: fur979 e recA. Os demais foram requeridos em dias específicos da infecção. Quanto aos componentes do sistema SOS, observamos padrão de expressão específico para o rim, no quinto dia após a infecção. Para os estudos evolutivos de Fur foi gerada uma árvore filogenética que revelou o agrupamento de duas sequências da família Fur de Leptospira interrogans sorovar Copenhageni em ramos fechados com sequências muito similares a proteína Fur e Zur de Escherichia coli. Os outros dois ortólogos agruparam com as proteínas correspondentes nas demais espécies de Leptospira. Uma destas sequências apresentou padrão evolutivo específico dentre as espécies patogênicas. A modelagem da estrutura terciária, confirmou o padrão evolutivo obtido em nossa inferência filogenética. / Leptospirosis is a worldwide zoonosis caused by pathogenic bacteria from the genus Leptospira, order Spirochetales. Human beings are accidental hosts, and leptospirosis outbreaks occur in large urban centers after contact with contaminated waterby rodent urine. There are few informations concerning the mechanisms employed by Leptospira sppto deal with the stress induced by the host and the environment Iron is an essential ion to most of living beings. The regulation of genes involved in its uptake and maintenance in the bacterial cell is mediated by the transcriptional regulator family proteins, Fur (ferric uptake regulators). L. interrogans serovar Copenhageni possesses four orthologues for Fur, which were the focus of this work. The characterization of Leptospira Fur genes was done through evolutive studies, determination of their expression pattern on animal model and structural modeling analysis. In parallel, some experiments presented promising results for the expression analysis of genes related to the SOS system, a bacterial response mechanism to DNA damage. Therefore, the gene expression characterization on susceptible and resistant animal model was amplified. qRT-PCR experiments of cDNA from lung, kidney and liver allowed the identification of two genes expressed almost constitutively during the infection in all organs and organisms : fur979 and recA. The others were required in specific days of the infection. Curiously, the SOS system components showed specific expression pattern in the fifth day after inoculation, in kidney. For the Fur evolutive studies, a phylogenetic tree was inferred, revealing the clustering of two Fur family sequences from Leptospira interrogans serovar Copenhageni in closed branches with very similar sequences to Fur and Zur proteins from Escherichia coli. The other two orthologues clustered with corresponding proteins in the other Leptospira species. One of these sequences presented a specific evolutive pattern among pathogenic species. The tertiary structure modeling confirmed the evolutive pattern obtained in our phylogenetic inference.
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Caracterização de subpopulações de Leucemia Mielóide Aguda portadora do rearranjo MLL quanto à resposta diferencial ao tratamento em longo prazo com Citarabina / Characterization of subpopulations of Acute Myeloid Leukemia harboring MLL rearrangements according to differential response to the long-term treatment with CytarabineGuimarães, Larissa Oliveira 23 October 2015 (has links)
A natureza heterogênea da Leucemia Mielóide Aguda (LMA) tornou-se um desafio para o sucesso da quimioterapia convencional com o agente Citarabina (Ara-C), especialmente em leucemias com prognóstico desfavorável, como aquelas portadoras do rearranjo MLL. Visto que as células de LMA-MLL são consideradas sensíveis ao Ara-C quando comparadas às leucemias que não apresentam o rearranjo, mas a recaída à doença é frequente, a presente tese propôs estudar a relação entre características biológicas relacionadas às bases da resistêmcia ao Ara-C em LMA-MLL. A abordagem proposta foi a seleção de subpopulações de linhagens celulares portadoras do rearranjo MLL submetidas ao tratamento em longo prazo com Ara-C, comparando-as com as linhagens não expostas à droga. As células foram caracterizadas quanto: 1) ao potencial proliferativo na presença ou ausência de Ara-C; 2) a distribuição das células no ciclo celular; 3) a distribuição de marcadores clássicos de superfície de células-tronco hematopoiéticas, CD34 e CD38; e 4) o perfil de expressão global dos RNAs transcritos. O tratamento em longo prazo selecionou células mais resistentes ao Ara-C que as células parentais. Além disso, quanto ao ciclo celular, as células selecionadas com Ara-C apresentaram apoptose reduzida (fase sub-G1), acúmulo na fase de síntese (fase S) e aumento da capacidade proliferativa após reexposição à droga (fase G2-M). Quanto à análise de marcadores de células-tronco hematopoiéticas, observou-se que após o tratamento em longo com Ara-C, uma das linhagens celulares apresentou distribuição bimodal do marcador CD38. Quando separadas por sorting em citometria de fluxo, observou-se que as subpopulações com níveis distintos de expressão de CD38, denominadas MV-4-11 CD38High e MV-4-11 CD38Low apresentaram resposta distinta ao tratamento com Ara-C. Quando avaliadas quanto ao perfil global de expressão gênica, constatou-se que MV-4-11 CD38High eram mais semelhantes às células parentais, e que MV-4-11 CD38Low formavam um grupo isolado, distinto das outras duas populações celulares. A análise de ontologia gênica (GO) evidenciou que entre as categorias mais representativas de processos biológicos estavam atividades associadas à capacidade proliferativa, ao desenvolvimento e a resposta a estímulos. As análises de agrupamentos hierárquicos mostraram que: 1) o cluster de genes do desenvolvimento HOXA estava mais expresso nas células MV-4-11 CD38Low do que em MV-4-11 CD38High, que apresentaram expressão mais elevada do cluster HOXB; 2) o gene HOX mais diferencialmente expresso foi HOXA13, associado na literatura com prognóstico desfavorável em outros tipos de câncer; 3) dos genes associados a resposta a estímulos, o único relacionado à via de metabolização do Ara-C diferencialmente expresso entre as linhagens foi NME1; 4) aqueles que participam das vias de reparo de pareamento incorreto, reparo por excisão de bases e por excisão de nucleotídeos encontraram-se mais expressos nas células MV-4-11 CD38High que em MV-4-11 CD38Low. Além disso, diversas quinases dependentes de ciclinas (CDKs) também estiveram diferencialmente expressas entre MV-4-11 CD38High e MV-4-11 CD38Low. Sugere-se por fim, que o modelo in vitro proposto neste estudo para simular a situação de resistência ao Ara-C em subpopulações de LMA-MLL, demonstrou que os mecanismos de resposta à Citarabina nesta doença, vão além de alterações na detoxificação e metabolização da droga, e parecem mais associados a vantagens proliferativas e do desenvolvimento das células leucêmicas. Estas vias devem ser exploradas como alvos potenciais na terapia combinada ao Ara-C. / The heterogeneity of Acute Myeloid Leukemia (AML) became a challenge for the success of the conventional chemotherapy agent Cytarabine (Ara-C), especially in leukemias with poor prognosis, as those harboring MLL rearrangement. Since AML-MLL cells are considered sensitive to Ara-C when compared with leukemias that do not carry the rearrangement, but relapse is frequent, the present dissertation proposed to study the relationship between biological characteristics related to the basis of chemoresistance to Ara-C in AML-MLL. We proposed an approach based on the selection of subpopulations of cell lines bearing MLL rearrangement submitted to the long-term treatment with Ara-C, comparing them with the cell lines that were not previously exposed to the drug. The cells were characterized according to: 1) the proliferative potential in the presence and absence of Ara-C; 2) the distribution of the cells in the cell cycle; 3) distribution of hematopoietic stem cell classic surface markers, CD34 and CD38; and, 4) global expression profile of transcribed RNAs. The long-term treatment selected cells that are more resistant to Ara-C than the cells that were not previously treated (parental cells). Besides, according to cell cycle, the cells selected by Ara-C treatment present decreased apoptosis (sub-G1 phase), accumulation in the synthesis phase (S-phase) and increase in the proliferative capability after re-exposition to the drug (G2-M phase). Regarding the hematopoietic stem cell markers, we observed that after Ara-C long-term treatment, one of the cell lines exhibited a bimodal distribution of the CD38 marker. When sorted by flow cytometry, we observed that both subpopulations with distinct levels of CD38 expression, called MV-4-11 CD38High and MV-4-11 CD38Low also showed distinct response to Ara-C. When evaluated regarding to their global gene expression profiles, we verified that MV-4-11 CD38High were more closely related to the parental cells, and MV-4-11 CD38Low made up an isolated group, distinct of the other cell populations. Gene ontology (GO) analysis revealed that among the most representative categories of biological processes, activities associated with proliferative capability, development and response to stimuli were included. The hierarchical clustering analysis showed that: 1) the cluster HOXA of genes of development was more expressed in the MV-4-11 CD38Low than in the MV-4-11 CD38High cells, that presented increased expression of HOXB cluster; 2) the most differentially expressed HOX gene was HOXA13, which according to the literature is associated with poor prognosis in other types of cancer; 3) among the genes associated with response to stimuli, the only one related to Ara-C-metabolizing pathway that was differentially expressed between the cell lines was NME1; 4) those genes that take part in the mismatch repair, base excision repair and nucleotide excision repair pathways were more expressed in the MV-4-11 CD38High than in the MV-4-11 CD38Low cells. Additionally, several cyclin-dependent kinases (CDKs) were also differentially expressed between MV-4-11 CD38High and MV-4-11 CD38Low. Finally, we suggest that the in vitro model proposed in this study to mimic the situation of chemoresistance to Ara-C in subpopulations of AML-MLL, showed that the mechanisms of Ara-C response in this disease, go beyond changes in drug detoxification and metabolization, and seem more associated to proliferative and development advantages of the leukemic cells. These pathways should be explored as potential targets to Ara-C combination therapies.
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Influência de Loci reguladores de inflamação aguda na determinação de cicatrização ou regeneração tissular em camundongos geneticamente selecionados para máxima ou mínima resposta inflamatória aguda. / Influence of regulatory loci of acute inflammation in determination of wound healing or regeneration in mice genetically selected for maximal or minimal acute inflammatory response.Gasparelo, Tatiane Aparecida Canhamero 26 February 2015 (has links)
Sublinhagens de camundongos AIRmax e AIRmin homozigotas para os alelos S do gene Slc11a1 diferem na capacidade de reparar um orifício na orelha. Os animais AIRmaxSS regeneraram o tecido da orelha 30 dias após a perfuração, enquanto que os animais AIRminSS apenas cicatrizaram a ferida mas nunca a restauraram completamente. A regeneração da orelha observada nos animais AIRmaxSS deve-se a inflamação menos intensa da área ferida no início do processo de reparação, culminando em baixa deposição de colágeno e expressão da proteína a-SMA na orelha desses animais e a repressão de genes participantes em funções relacionadas à contração muscular. Além disso, detectamos alguns genes candidatos no cromossomo 11 regulando o fenótipo de cicatrização tissular da orelha de camundongos AIRminSS. Os resultados obtidos sugerem que o grau da resposta inflamatória, assim como a ativação ou repressão de genes participantes durante os eventos de reparação tissular podem modular a qualidade da resolução da injúria, culminando em um processo regenerativo ou de cicatrização. / Homozygous AIRmax and AIRmin sublines for Slc11a1 R and S alleles differ in the ability to repair to the ear hole. AIRmaxSS mice exhibited regeneration 30 days after ear punch while AIRminSS animals did not show regeneration. The regeneration observed in AIRmaxSS mice was due to lower inflammation at the beginning of repair process resulting in less deposition of collagen and expression of a-SMA protein in the ears of these animals. Down regulated genes related with muscle contraction was observed in AIRmaxSS mice. In addition, AIRminSS mice presented gene cluster on chromosome 11 with expression profile that predispose them to wound healing with scar. These results suggest that the importance of regulating inflammation in the initial events and the activation and repression of some genes related to the wound healing phenotype can drives tissue regeneration or wound healing after ear punch.
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Estudo da reparação do alvéolo dental de ratos wistar preenchido com osso autógeno particulado após exodontia. / Study of the alveolar wound healing grafted with particulated autogenous bone after tooth extraction in wistar rats.Melo, Alexandre de 19 October 2007 (has links)
O objetivo deste trabalho foi investigar a influência do enxerto ósseo autógeno particulado no processo de reparo do alvéolo dental de ratos Wistar após exodontia. Os animais foram divididos em grupos controle e experimental. Os ratos controles foram submetidos à intervenção cirúrgica para exodontia do incisivo superior direito apenas, enquanto nos ratos experimentais foram realizadas a exodontia e enxertia óssea no alvéolo dental. A eutanásia dos ratos foi realizada no 5o, 15o, 21o e 28o dias de pós-operatório. As amostras obtidas foram processadas para análise histológica. A densidade de área ocupada por osso foi quantificada por um método de contagem diferencial de pontos e com auxílio de um programa de imagens. Os resultados mostraram que a densidade de área preenchida por tecido ósseo não apresentou diferenças estatísticas em nenhum dos tempos pós-operatórios nos grupos analisados. Concluiu-se que o enxerto ósseo autógeno não promoveu um aumento significativo da neoformação óssea no alvéolo dental após exodontia. / After tooth extraction a continuous bone resorption of the alveolar process is observed in the maxilla and in the mandible. The unfavorable anatomy of the reabsorbed bone ridge limits the rehabilitation of the edentulous area with prostheses over dental implants. Filling the dental alveolus after the exodontia with bone grafts and/or biomaterials is a procedure that tries to delay the physiologic resorption of the alveolar process and stimulates bone formation. The aim of this study is to investigate the influence of the particulated autogenous bone graft in the alveolar socket healing following tooth extraction in Rattus Norvegicus Albinus lineage Wistar. Sixty-seven male rats were used, each weighing 190 to 250 g. The animals were divided in a control and an experimental group. The upper right incisor was extracted in the rats of both groups. Following the tooth extraction, in the animals of the experimental group, the socket was grafted with particulated autogenous bone. The bone graft was obtained from the iliac bone of the same grafted animal. At 7, 14 and 21 days of postoperative, some rats received subcutaneous applications of the ossification marker calcein dissolved in a sodium bicarbonate 2% solution. The euthanasia of the animals was accomplished in the 5th, 15th, 21st and 28th days of postoperative. After the euthanasia the bone parts that contain the dental socket of each right maxilla were removed and reduced to small samples. All the samples were then fixed and processed for histological analysis. The total area of bone was quantified in the socket by a differential point-counting method and by use of an image analyzing program. The data were analyzed statistically and showed that there was a progressive increase of the bone total area during the postoperative periods. However, the morphometric analysis of the total area of bone in the control and experimental groups, did not show a significant statistical difference in none of the postoperative periods. The results reveal that the autogenous bone graft did not promote a significant increase of the bone new formation in the dental socket following tooth extraction.
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Correlação entre osteopontina sérica e polimorfismos nos genes GSTT1, GSTP1, ERCC1(118), XPD (751) com prognóstico e sobrevida em pacientes com carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço / Relationship between plasma osteopontin and polymorphisms in the GSTT1, GSTP1, ERCC1 (118), XPD (751) genes with the prognosis and survival in patients with head and neck carcinomaBrunialti, Karen Cristina de Sant'Anna 30 September 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: A resposta ao tratamento no carcinoma epidermóide de cabeça e pescoço (CECCP) varia significantemente em diferentes casos e muitos pacientes não respondem ao tratamento e são expostos aos seus efeitos. A cisplatina é o quimioterápico mais utilizado no tratamento de CECCP e a quimioradioterapia é o método terapêutico usado nos carcinomas localmente avançado. Neste trabalho foram estudados possíveis marcadores de resposta a quimioradioterapia e sobrevida em pacientes portadores de CECCP, dentre eles a osteopontina (OPN) que tem sido associada à agressividade tumoral em vários cânceres e também tem sido relacionada a sobrevida, formam estudados também alguns polimorfismos em genes que estão relacionados com a cisplatina, seja na detoxificação deste fármaco, Glutationas S transferase (GSTP1, GSTT1 e GSTM1), seja no reparo dos danos causados no DNA pela via de excisão de nucleotídeos (XPD -751 e ERCC 118). CASUÍSTICA E MÉTODOS: Amostras de 69 pacientes localmente avançados submetidos à quimioterapia adjuvante ou exclusiva com cisplatina tiveram a sua OPN dosada pelo imunoensaio elisa em coletas realizadas antes e depois do término do tratamento. Para a análise dos polimorfismos, amostras de 95 pacientes localmente avançados tratados com quimioradioterapia com cisplatina exclusiva foram analisadas por PCR RFLP. RESULTADOS: Com relação à OPN, dos 69 pacientes estudados, a concentração da OPN antes do início da quimioradioterapia no grupo como um todo, foi de 102,5 ng/mL com uma mediana de 82,1 ng/mL. O correspondente valor da OPN após o tratamento n=46 foi de 104,0 ng/mL e mediana de 92,9 ng/mL. A OPN se mostrou mais elevada nos pacientes com maior tamanho tumoral, p=0,009 (ANOVA). Em análises correlacionado reposta ao tratamento e concentração de OPN, observamos que os pacientes que obtiveram resposta completa apresentaram menores níveis de OPN do que aqueles que não responderam ao tratamento. Quando realizamos uma análise multivariada notamos correlação entre baixa OPN antes do tratamento e uma melhor sobrevida global. Na análise dos polimorfismos (n=95), observamos que para os genes de reparo de DNA, XPD e ERCC, o genótipo mais freqüente foi C/T (n=43) e A/A (n=44), respectivamente. Para a GSTP1 a maior freqüência foi de A/G (47,4%) e para a GSTT1 e M1, vimos que a maioria dos pacientes, 83,2% mostrou ter GSTT1 funcional, enquanto 58,9% tiveram GSTM1 não funcional. Neste grupo de pacientes, não notamos nenhuma associação significante entre os genótipos dos pacientes e a resposta a quimioradioterapia, assim como não foi possível uma correlação entre a sobrevida global e os genótipos. CONCLUSÃO: Em síntese, a OPN após o término do tratamento pareceu estar associada com a resposta ao tratamento e com uma melhor sobrevida no grupo estudado e em relação aos polimorfismos, um aumento do número de amostras possa talvez mostrar alguma associação com resposta ao tratamento e a sobrevida global em pacientes com CECCP localmente avançados. / INTRODUCTION: The response to treatment in head and neck squamous cell carcinoma (HNSCC) varies significantly in different cases and many patients do not respond to treatment and are exposed collateral effects. Cisplatin is a chemotherapeutic used to treat HNSCC and chemoradioterapy is the major strategy used in locally advanced carcinomas. In this work, we studied potential markers for chemoradioterapy response and survival in HNSCC patients, such as osteopontin (OPN), which has been associated with tumor aggressiveness and survival. Furthermore, it was studied some genetic polymorphisms related to cisplatin detoxification (glutathione - S transferase, subtypes GSTP1, GSTT1 and GSTM1), as well genes involved in the repair of DNA damage by nucleotide excision (ERCC and XPD -751 - 118). METHODS: Plasmatic OPN levels, before and end of treatment, were measured in 69 patients with locally advanced tumors submitted to adjuvant chemotherapy with cisplatin only by ELISA. For polymorphism analysis, samples from 95 patients with locally advanced tumors treated with cisplatin alone were analyzed by PCR - RFLP. RESULTS: The OPN levels before the chemoradioterapy in the group (n=69) was 102.5 ng/mL with a median of 82.1 ng/mL. The corresponding value of OPN after treatment (n= 46) was 104.0 ng/mL and a median of 92.9 ng/mL. The OPN was higher in patients with larger tumor size, p = 0.009 (ANOVA). In tests correlated to treatment response and concentration of OPN, we observed that patients who achieved complete response had lower levels of OPN than those who did not respond to treatment. The multivariate analysis revealed that lower OPN levels before treatment significant a better overall survival. In the analysis of the polymorphisms (n = 95) the frequency of genotype for the DNA repair genes (XPD and ERCC), was C / T (n = 43) and A / A (n = 44), respectively. The most frequent genotype for GSTP1 was A/ G (47.4%), in 83.2% of the patients, the GSTT1 was functional, while in 58.9% of patients presented GSTM1 non-functional. In this group of patients, there was no any significant association between the genotypes and chemoradiotherapy response nor overall survival. CONCLUSION: In summary, plasmatic OPN levels after treatment cisplatin seemed to be associated with treatment response and better survival. However, larger sample size would be demonstrating some association with treatment response and overall survival in patients with locally advanced HNSCC.
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Diabetes mellitus altera a sinalização osteogênica e atrasa o processo de reparo ósseo após expansão rápida da maxila / Diabetes Mellitus modify the osteogenesis signaling and compromise bone repair after rapid maxillary expansionArnez, Maya Fernanda Manfrin 18 September 2014 (has links)
Introdução: O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica caracterizada pela hiperglicemia associada a diversas alterações sistêmicas e uma das suas complicações é o processo de reparo ósseo comprometido. Entretanto, ainda não há estudos utilizando análises celulares e biomoleculares que avaliem o processo de reparo ósseo desta desordem metabólica quando associada à expansão rápida da maxila (ERM). Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a remodelação óssea e sinalização osteogênica durante a aplicação de mecânica ortodôntica para ERM em ratos diabéticos tipo1- induzidos. Material e Métodos: Cento e cinquenta ratos Wistar, machos, foram divididos aleatoriamente em seis grupos de estudo. Grupos: controle (C, n=30), veículo (V, n=15), diabetes mellitus tipo 1 induzido com estreptozotocina (D, n=30), controle submetido à ERM (Cd, n=30), veículo submetido à ERM (Vd, n=15) e diabetes mellitus tipo 1 induzido com estreptozotocina submetido à ERM (Dd, n=30). Os animais foram eutanasiados aos 3, 7 e 10 dias após ERM . Análises histológicas, mudanças no padrão de expressão gênica e proteica de osteoprotegerina, (OPG), RANK, RANKL, osteonectina (ONC), osteocalcina (OCC), sialoproteína óssea (BSP), osteopontina (OPN) e proteína morfogenética óssea 2 (BMP2), assim como as mudanças no peso corporal, na ingestão de água na glicemia foram avaliadas. A análise da expressão gênica e proteica foram realizadas por qRT-PCR e Western Blotting, respectivamente. Os dados foram submetidos ao teste estatístico ANOVA de duas vias e pós-teste de Tukey (α= 0,05). Resultados: Histologicamente no grupo Dd foi notado maior reabsorção óssea, com diversas áreas em degradação com ausência de osteoblastos, intensa atividade de reabsorção óssea solapante, presença de osteoclastos, células inflamatórias associada ao comprometimento da formação óssea quando comparado aos grupos D e Cd. Estes resultados foram confirmados também nos achados moleculares, uma vez que algumas sinalização gênicas e proteicas relacionadas a osteogênese foram reduzidas, ao passo que a sinalização osteoclastogênica foi estimulada, principalmente no período inicial de reparo ósseo. No grupo D, o processo de formação ósseo estava atrasado comparado ao grupo C, devido a alteração da expressão dos genes e proteínas que regulam o catabolismo e anabolismo ósseo, haja vista que havia maior presença de tecido ósseo imaturo e maior quantidade de áreas de remodelação ativa até o período mais tardio de estudo. No grupo Cd foi observado remodelação óssea, caracterizada por um tecido desorganizado na região da sutura palatina mediana, com intensas áreas inflamatórias, hemorrágicas e reabsortivas comparado ao grupo C. Contudo, até o período de 10 dias pós abertura da sutura, não foi possível observar o completo preenchimento do gap sutural por tecido ósseo. Estes resultados histológicos foram observados na sinalização de genes e proteínas no grupo Cd, uma vez que estes biomarcadores de formação e reabsorção óssea estavam alterados quando comparados aos grupos C e Dd. Conclusões: O DM alterou a sinalização para o metabolismo ósseo e atrasou o processo de reparo após ERM. Estes resultados reforçam a necessidade de avaliar o status do metabolismo ósseo dos pacientes durante tratamento ortopédico e/ ou ortodôntico, visto que a aplicação destas forças na presença do DM podem promover efeitos indesejáveis. / Background: Diabetes mellitus (DM) is a disease associated with several disorders of health in humans and one of the most important is the jeopardizing of bone formation. However, to the best of our knowledge there is no information about the influence of diabetes on orthodontic and orthopedic treatment at cellular and molecular levels. Objective: The aim of this study was to evaluate bone remodeling process in palatal suture during orthopedic mecanotherapy in rats with type 1-induced diabetes mellitus. Material and Methods: One hundred and fifty Wistar male rats were randomly assigned to six groups. Groups: control (C, n=30), vehicle (B, n=15), type 1-induced diabetes mellitus using streptozotocin (D, n=30), control with RME (C+RME, n=30), vehicle with RME (C+RME, n=15) and type 1-induced diabetes mellitus using streptozotocin with RME (D+RME, n=30). The animals were euthanized at 3, 7 and 10 days after RME. Histologic evaluations, changes in genes and proteins expression of osteoprotegerin (OPG), RANK, RANKL, osteonectin (ONC), osteocalcin (OCC), bone sialoprotein (BSP), osteopontin (OPN) and bone morphognetic protein 2 (BMP2) were evaluated along with the changes in body weight, water intake and glycemic profile. Real-Time RT-PCR and Western Blotting were used to evaluate gene and the protein expression. Data were submitted to statistical analysis using two-way ANOVA followed by Tukey test ( α= 0,05). Results: On group D+RME it was observed an increased bone resorption, serveral undermining and tissue degradation areas. On the suture gap there were mainly inflammatory and osteoclasts cells associated with compromised bone formation compared to groups D and Cd. These results were observed also in molecular levels, since there were a reduced osteogenesis and an upregulation of osteoclastogenesis, mainly in early period of healing. On group D, bone formation was compromised compared to group C, due to changes on genes and proteins expression which regulates bone metabolism, considering that there was more immature bone and incresead active remodeling areas until late periods. On group Cd it was observed bone remodeling, characterized by desorganized tissue on the gap of midpalatal suture, with intense inflammatory hemorhagic and resorptive areas compared to group C. However until 10 days after RME, on group D the gap was not completely filled with bone tissue. These results were observed on the signaling of molecular biomarkers on group Cd, since they were changed compared to groups C and Dd. Conclusions: DM modify the signaling for bone metabolism and compromise bone repair after RME. During orthopedic and orthodontic treatment is necessary to evaluate metabolism status of subjects, since the application of these forces have been shown to promote undesirable effects mostly when associated with DM.
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Avaliação dos marcadores de estresse oxidativo em pacientes com endometriose pélvica / Evaluation of oxidative stress markers in patients with pelvic endometriosisCarvalho, Luiz Fernando Pina de 15 January 2013 (has links)
Objetivo:Existemevidências crescentes na literatura da participação do estresseoxidativonaprogressão e agressividade da endometriose. Nesse estudoprospectivo e controlado, foram medidos seis marcadores de estresse oxidativo com a finalidade de relacioná-los com a severidade e progressão da endometriose além debuscarum marcador diagnóstico para a doença. Pacientes e Métodos:Entre Julho de 2010 e Agosto de 2011, 62 pacientes consecutivas com diagnóstico histológico de endometriose foram identificadas como elegíveis para esse estudo. Após os critérios de exclusão, 44 pacientes foram alocadas em três grupos: Grupo A (estádios I/II da ASRM/1996), (n=14), grupo B (estádios III/IV da ASRM/1996),(n=16) e grupo controle (n=14). Os seguintes marcadores foram avaliados no fluido peritoneal e no tecido com endometriose: 8-hidroxi-2- deoxiguanosina (8-OHdG), 8-oxo-guaninaglicosilase (OGG1),proteínacarbonil (PC), oxidação lipídica (LPO), espécies reativas de oxigênio (ROS); capacidade totalantioxidante (TAC). Resultados: Observou-se elevação estatisticamente significante do 8 OhdG e da PC. Notou-se diminuição significativa na expressão do reparo de DNA (OGG1) em estádios avançados de endometriose. (p<0.001, p=0.001, p=0.033 respectivamente). Não notamos significância estatística entre os três grupos estudados nos marcadores ROS,CAT e LPO. Utilizando-se um modelo estatístico multivariável e as curvas ReceiverOperatingCharacteristics(ROC) construiu-se um modelo preditivo de severidade de doença. A habilidade do modelo de distinguir 16 entre os grupos A, B e o grupo controlefoi alta. O modelo foi capaz de diferenciar aproximadamente 9 em cada 10 pacientes incluídas (acerto/corrido foi de 87%). Conclusão:O aumento da lesão no DNA e a diminuição da atividade enzimática de reparo de DNA podem estar relacionados com a progressão da endometriose. Nossos resultados indicam que marcadores oxidativos de agressão celular podem se tornar testes valiosospara se verificar a severidade da endometriose / Objective: There is increasing evidence that oxidative stress is one of the key factors for endometriosis progression. In this prospective controlled trial, we measured six different biomarkers of oxidative stress targeting protein, lipid and DNA to quantify the severity and progression of endometriosis and establish a diagnostic marker for the disease. Methods: 62 consecutive patients were identified to be enrolled in this study. After exclusion criteria, 44 patients were allocated in three groups: Group A (Stage I/II - ASRM/1996), (n=14), Group B(Stage III/IV ASRM/1996), (n=16), and control group (n=14). Levels of 8 hydroxy- deoxyguanosine (8 OHdG), 8- oxoguanine DNA glycosylase (OGG1), protein carbonyl (PC), lipid peroxidation (LPO), reactive oxygen species (ROS); total antioxidant capacity (TAC) were accessed in peritoneal fluid and tissue. Results: 8-OhdG and PC levels were found to be significantly higher in patients with endometriosis, in addition OGG1 expression was found to be significantly lower in patients with endometriosis (p<0.001, p=0.001, p=0.033 respectively); however, stages I/II, stages III/IV, and control group showed comparable levels of ROS, TAC and LPO. A predictive model was built using multivariable analyses and receiver operating characteristics curves. The ability to predict and distinguish between groups A, B and control patients washigh. The model was corrected in proximally 9 out of 10 patients included (Model/Corrected ratio was 87%). Conclusion: Higher level of DNA damage and 19 lower expression of DNA repair activity may be related with endometriosis progression. Our results indicate that oxidative stress as a biomarker of cell injury might be a useful and reliable quantitative test of endometriosis severity
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Caracterização morfoanatômica e química de Passiflora edulis Sims e Passiflora setacea DC e seus mecanismos de cicatrização de feridas em ratos / Morpho anatomic and chemical characterization of Passiflora edulis Sims and Passiflora setacea DC and their action in the cicatrization mechanisms of wounds in ratsAngela Rita de Almeida 23 April 2014 (has links)
O uso de fitoterápicos é difundido na cultura popular dos países da América do Sul, substancialmente no Brasil. Passiflora edulis Sims (tipo de maracujá) está presente na lista da RENISUS e é uma espécie utilizada para promover a cicatrização de feridas cutâneas, no entanto, a literatura científica é pobre em relação aos mecanismos de ação da planta. Passiflora setacea DC é uma espécie silvestre de maracujá, sendo mais resistente à morte precoce e infecções por patógenos. Para este estudo procedemos à obtenção e fracionamento do extrato hidroetanólico a 60% das partes aéreas (folhas e caules) de Passiflora edulis e Passiflora setacea. Posteriormente, obtivemos o perfil cromatográfico em CCD e CLAE dos extratos e das frações, isolando os compostos majoritários e fizemos a análise da capacidade oxidativa dessas frações. Em uma segunda fase, verificamos a atividade cicatrizante dos extratos e das frações, em ratos, através da análise macroscópica do processo de cicatrização (área e tamanho do ferimento); análise da migração de neutrófilos (em bolsa de ar induzida no dorso dos animais) e mediadores inflamatórios liberados (TNF-α, IL-1β e CINC-2 α/β) na bolsa de ar induzida. Os caracteres morfoanatômicos apresentados neste trabalho para Passiflora setacea irão contribuir para sua morfodiagnose e principalmente para sua distinção da Passiflora oficial brasileira, Passiflora edulis. A triagem fitoquímica demonstrou a presença de compostos fenólicos, tais como flavonoides e taninos e ausência de alcaloides, cumarinas e saponinas, nas duas espécies, Passiflora edulis e Passiflora setacea, sendo possível a diferenciação das duas espécies por técnica de CCD e CLAE. Na Passiflora setacea foi identificado um pico majoritário que não foi encontrado na Passiflora edulis e que com uso de técnicas de CLAE semi-preparativa, espectroscopia de massas e ressonância magnética nuclear, este composto foi identificado como sendo luteolina-8-C-ramnosil-glicosideo. Todos os resultados observados nas analises biológicas permitem concluir que estas duas espécies de Passifloras têm atividade cicatrizante e anti-inflamatória significativamente diversa dos sistemas empregados como controle e que podem constituir auxiliares importantes no preparo de futuros medicamentos para melhoria do processo de cicatrização. / The use of herbal medicines is widespread in popular culture of the South American countries, substantially in Brazil. Passiflora edulis Sims (passion fruit) is present in the list of RENISUS and is a species used to promote healing of skin wounds; however, the scientific literature is low in relation to the mechanisms of action of the plant. Passiflora setacea DC is a wild species of passion fruit, being more resistant to early death and infection by pathogens. In the first part of this work, we obtained the 60 % extract of aerial parts (leaves and stems), of the two species, made the fractionation and phytochemical screening of Passiflora edulis and Passiflora setacea. We obtained the chromatographic profile of the extracts and fractions on TLC and HPLC, isolating the majority compounds and we made the analysis of the oxidative capacity of these fractions. In a second phase, we verified the healing activity of extract and fractions in rats by macroscopic analysis of the healing process (the area and size of injury); analysis of neutrophil migration (in air bag-induced on the backs of animals) and inflammatory mediators released (TNF-α, IL-1β and CINC-2 α/β) on the induced air bag. The macro and micro characters presented in this work for Passiflora setacea will contribute to its diagnose and mainly for its distinction of the official Brazilian Passionflower Passiflora edulis. The phytochemical screening demonstrated the presence of phenolic compounds such as flavonoids and tannins and absence of alkaloids, coumarins and saponins in Passiflora edulis and Passiflora setacea, being possible the differentiation of the two species by TLC and HPLC techniques. Passiflora setacea presented by HPLC a major peak that was not found in Passiflora edulis and using semi-preparative HPLC technique, mass spectroscopy and nuclear magnetic resonance, this compound was identified as luteolin-8-C-rhamnosyl-glucoside. All results observed in biological analyses lead to the conclusion that these two species of Passifloras have healing and anti-inflammatory activity significantly diverse from the control systems and they can be important in the preparation of future medications to improve the healing process.
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Diabetes mellitus altera a sinalização osteogênica e atrasa o processo de reparo ósseo após expansão rápida da maxila / Diabetes Mellitus modify the osteogenesis signaling and compromise bone repair after rapid maxillary expansionMaya Fernanda Manfrin Arnez 18 September 2014 (has links)
Introdução: O diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica caracterizada pela hiperglicemia associada a diversas alterações sistêmicas e uma das suas complicações é o processo de reparo ósseo comprometido. Entretanto, ainda não há estudos utilizando análises celulares e biomoleculares que avaliem o processo de reparo ósseo desta desordem metabólica quando associada à expansão rápida da maxila (ERM). Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a remodelação óssea e sinalização osteogênica durante a aplicação de mecânica ortodôntica para ERM em ratos diabéticos tipo1- induzidos. Material e Métodos: Cento e cinquenta ratos Wistar, machos, foram divididos aleatoriamente em seis grupos de estudo. Grupos: controle (C, n=30), veículo (V, n=15), diabetes mellitus tipo 1 induzido com estreptozotocina (D, n=30), controle submetido à ERM (Cd, n=30), veículo submetido à ERM (Vd, n=15) e diabetes mellitus tipo 1 induzido com estreptozotocina submetido à ERM (Dd, n=30). Os animais foram eutanasiados aos 3, 7 e 10 dias após ERM . Análises histológicas, mudanças no padrão de expressão gênica e proteica de osteoprotegerina, (OPG), RANK, RANKL, osteonectina (ONC), osteocalcina (OCC), sialoproteína óssea (BSP), osteopontina (OPN) e proteína morfogenética óssea 2 (BMP2), assim como as mudanças no peso corporal, na ingestão de água na glicemia foram avaliadas. A análise da expressão gênica e proteica foram realizadas por qRT-PCR e Western Blotting, respectivamente. Os dados foram submetidos ao teste estatístico ANOVA de duas vias e pós-teste de Tukey (α= 0,05). Resultados: Histologicamente no grupo Dd foi notado maior reabsorção óssea, com diversas áreas em degradação com ausência de osteoblastos, intensa atividade de reabsorção óssea solapante, presença de osteoclastos, células inflamatórias associada ao comprometimento da formação óssea quando comparado aos grupos D e Cd. Estes resultados foram confirmados também nos achados moleculares, uma vez que algumas sinalização gênicas e proteicas relacionadas a osteogênese foram reduzidas, ao passo que a sinalização osteoclastogênica foi estimulada, principalmente no período inicial de reparo ósseo. No grupo D, o processo de formação ósseo estava atrasado comparado ao grupo C, devido a alteração da expressão dos genes e proteínas que regulam o catabolismo e anabolismo ósseo, haja vista que havia maior presença de tecido ósseo imaturo e maior quantidade de áreas de remodelação ativa até o período mais tardio de estudo. No grupo Cd foi observado remodelação óssea, caracterizada por um tecido desorganizado na região da sutura palatina mediana, com intensas áreas inflamatórias, hemorrágicas e reabsortivas comparado ao grupo C. Contudo, até o período de 10 dias pós abertura da sutura, não foi possível observar o completo preenchimento do gap sutural por tecido ósseo. Estes resultados histológicos foram observados na sinalização de genes e proteínas no grupo Cd, uma vez que estes biomarcadores de formação e reabsorção óssea estavam alterados quando comparados aos grupos C e Dd. Conclusões: O DM alterou a sinalização para o metabolismo ósseo e atrasou o processo de reparo após ERM. Estes resultados reforçam a necessidade de avaliar o status do metabolismo ósseo dos pacientes durante tratamento ortopédico e/ ou ortodôntico, visto que a aplicação destas forças na presença do DM podem promover efeitos indesejáveis. / Background: Diabetes mellitus (DM) is a disease associated with several disorders of health in humans and one of the most important is the jeopardizing of bone formation. However, to the best of our knowledge there is no information about the influence of diabetes on orthodontic and orthopedic treatment at cellular and molecular levels. Objective: The aim of this study was to evaluate bone remodeling process in palatal suture during orthopedic mecanotherapy in rats with type 1-induced diabetes mellitus. Material and Methods: One hundred and fifty Wistar male rats were randomly assigned to six groups. Groups: control (C, n=30), vehicle (B, n=15), type 1-induced diabetes mellitus using streptozotocin (D, n=30), control with RME (C+RME, n=30), vehicle with RME (C+RME, n=15) and type 1-induced diabetes mellitus using streptozotocin with RME (D+RME, n=30). The animals were euthanized at 3, 7 and 10 days after RME. Histologic evaluations, changes in genes and proteins expression of osteoprotegerin (OPG), RANK, RANKL, osteonectin (ONC), osteocalcin (OCC), bone sialoprotein (BSP), osteopontin (OPN) and bone morphognetic protein 2 (BMP2) were evaluated along with the changes in body weight, water intake and glycemic profile. Real-Time RT-PCR and Western Blotting were used to evaluate gene and the protein expression. Data were submitted to statistical analysis using two-way ANOVA followed by Tukey test ( α= 0,05). Results: On group D+RME it was observed an increased bone resorption, serveral undermining and tissue degradation areas. On the suture gap there were mainly inflammatory and osteoclasts cells associated with compromised bone formation compared to groups D and Cd. These results were observed also in molecular levels, since there were a reduced osteogenesis and an upregulation of osteoclastogenesis, mainly in early period of healing. On group D, bone formation was compromised compared to group C, due to changes on genes and proteins expression which regulates bone metabolism, considering that there was more immature bone and incresead active remodeling areas until late periods. On group Cd it was observed bone remodeling, characterized by desorganized tissue on the gap of midpalatal suture, with intense inflammatory hemorhagic and resorptive areas compared to group C. However until 10 days after RME, on group D the gap was not completely filled with bone tissue. These results were observed on the signaling of molecular biomarkers on group Cd, since they were changed compared to groups C and Dd. Conclusions: DM modify the signaling for bone metabolism and compromise bone repair after RME. During orthopedic and orthodontic treatment is necessary to evaluate metabolism status of subjects, since the application of these forces have been shown to promote undesirable effects mostly when associated with DM.
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Estudo comparativo dos efeitos do ultra-som e do laser de baixa intensidade no reparo ósseo de tíbia de rato / Comparative study of ultra-sound and low intensity laser therapy effects on bone healing in rats tibiaLirani, Ana Paula Rebucci 24 March 2004 (has links)
Vários estudos têm avaliado os efeitos do ultra-som e da radiação laser de baixa intensidade separadamente no reparo ósseo. No entanto, são escassas as comparações entre estas duas modalidades terapêuticas. Este estudo teve por objetivo avaliar e comparar, através de análise histomorfométrica e ensaio mecânico de flexão em três pontos, as conseqüências que estes agentes físicos podem trazer ao reparo do tecido ósseo em osteotomias transversais experimentais em tíbias de ratos. Foram utilizados 48 ratos com fratura cirúrgica unilateral parcial do terço superior de tíbia. Os animais foram divididos em três grupos de 16 animais. Em um grupo, o membro fraturado foi tratado com ultra-som pulsado de baixa intensidade (freqüência de 1,5 MHz, ciclo de trabalho 1:4, intensidade SATA 30 mW/centímetro quadrado) em sessões de 20 minutos, 5 vezes por semana, em 12 dias de tratamento. Em um segundo grupo, o membro fraturado foi tratado com laser As-Ga-Al (112,5 J/centímetro quadrado, 780 nm, 30 mW) em sessões de 2,5 minutos, 5 vezes por semana, em 12 dias de tratamento. O terceiro grupo serviu de controle, sendo submetido à mesma cirurgia na tíbia direita mas não recebeu qualquer tratamento. No ensaio mecânico, a carga no limite máximo suportada pelo grupo tratado com laser foi significantemente maior (p < 0,05) que os grupos tratado com ultra-som e controle. Na análise histomorfométrica, o grupo tratado com laser apresentou significância estatística quanto ao número e superfície de osteoblastos e volume e superfície de osteóide e o grupo ultra-som obteve significância para as superfícies de reabsorção e de osteoclastos. Pode-se concluir que o ultra-som acelerou o reparo ósseo (em relação ao grupo controle) por viabilizar mais rapidamente a fase de reabsorção, enquanto que a terapia laser foi capaz de acelerar ainda mais este processo por já promover predomínio de formação óssea no décimo nono dia pós-cirúrgico no modelo experimental utilizado neste estudo / Many studies have assessed the effects of ultra-sound and low intensity laser therapy separatedly in bone repair. However, the comparison between these two therapeutic modalities is rare. The objective of this study was to verify and compare, through histomorphometrical analysis and a three-point bending test, the consequences of these physical agents on bone healing in animals. 48 male Wistar rats were used with tibial bone partial osteotomy, divided into 3 groups of 16. In one group, rats had their fractured limb treated with GaAIAs laser (780 nm, 30 mW, 112,5 J/square contimeter) in 12 five times-a-week sections. In another group, rats were treated with low intensity pulsed ultra-sound (1,5 MHz, 30 mW/square centimeter) in 12 five times-a-week sections too. In a third group, animals were taken as control, being submitted to the same osteotomy but receiving no treatment. After 19 days the tibias were extracted and half of them were submitted to a three-point bending test and the other half to histomorphometric analysis. During the bending test, the maximum load at failure of the tibia in the laser group was significantly higher (p<0.05). Histomorphometry showed statistical significance in osteoblasts number and surface and osteoid volume and surface for the laser group, and eroded and osteoclasts surfaces for the ultra-sound group. Ultra-sound was able to enhance bone healing (compared to control group) by speeding up the reabsorption phase, while low intensity laser therapy could accelerate this process even more by promoting mostly new bone formation 19 days after osteotomy in this experimental model
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