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Uma chaga viva no sentimento popular: Rui Barbosa e a questão do Acre / An open sore on the popular sentiment: Rui Barbosa and the question of AcreFelipe Rabelo Couto 27 March 2013 (has links)
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / A questão do Acre, entre 1899 e 1901, mobilizou a política externa brasileira da Primeira República. Pelo Tratado de Ayacucho, assinado em 1867, o território do Acre foi entregue à Bolívia. Apesar disso, desde o último quartel do século XIX, a área foi gradativamente colonizada por Brasileiros. Com o Boom da borracha, os bolivianos desejaram utilizar os seus direitos para explorar a região. O governo brasileiro, firmado no Tratado de 1867, consentiu. Em 1899 a legação boliviana chegou ao Acre para estabelecer a soberania da república vizinha. A população acreana, esmagadoramente brasileira, não aceitou a presença boliviana. Fez diversos levantes entre 1899 e 1902, atrapalhando os planos do governo da Bolívia. Diante disso, o governo boliviano considerou a possibilidade de uma exploração indireta, por meio do arrendamento da região. Durante parte desse período, Rui Barbosa atuou através do jornal A Imprensa (1899-1901), em favor dos direitos do Brasil sobre o Acre. Defendeu que da insistência do governo de Campos Sales em afirmar a ascendência boliviana naquela região, decorria a ameaça à soberania e a integridade territorial brasileira, em função do estabelecimento de forças imperialista na fronteira amazônica. Rui formulou, a partir da ambigüidade da redação do Tratado de Ayacucho, a tese da fronteira angular, de acordo com a qual território do Acre era incorporado ao Brasileiro. Em sua reflexão e ação, Rui Barbosa expressou uma expectativa, existente na sociedade brasileira, a respeito de como deveria se processar a política externa do país: resguardando o interesse nacional, que englobava, prioritariamente, a salvaguarda da soberania e do elemento gerador de maior identidade no nacionalismo brasileiro, o caráter monumental de seu território. À solução dada por Rio Branco á questão do Acre, em 1903, através do Tratado de Petrópolis, portanto, antecedeu um amplo debate público sobre um tema de política externa, a questão do Acre, que o Barão teve que considerar no processo de decisão política. / The issue of Acre, between 1899 and 1901, mobilized Brazilian foreign policy of the First Republic. By the Treaty of Ayacucho, signed 1867, the territory of Acre was delivered to Bolivia. Nevertheless, since the last quarter of the nineteenth century, the area was gradually colonized by Brazilians. With the Rubber Bomm, the Bolivians wanted to use their rights to exploit de area. The Brazilian government, based in the Treaty of 1867, consented. In 1899, the Bolivian legation arrived in Acre to establish its sovereignty. The population of Acre, Brazilian overwhelmingly, did not accept the presence Bolivian. In Acre there were several uprisings between 1899 and 1902, disrupting the plans of the government of Bolivia. Thus, the Bolivian government considered the possibility of an indirect holding through the lease of the region. During part of this period, Rui Barbosa, served by A Imprensa newspaper (1899-1901), worked for the rights of Brazil on Acre. He argued that the Campos Sales governments insistence on asserting Bolivian ancestry in the region resulted in the threat to the sovereignty and territorial integrity of Brazil, due the establishment of the imperialist forces on the Amazon frontier. Rui formulated, from the ambiguity of the wording of the Treaty of Ayacucho, the thesis of angular border, according which the territory was incorporated into the Brazilian Acre. In his reflection and action, Rui Barbosa expressed the expectation, in Brazilian society, about how should be the country foreign policy: protecting the national interest, which included primarily to safeguard the sovereignty and identity largest generator element in Brazilian nationalism, the monumental character of its territory. The solution given by Rio Branco to the issue of Acre in 1903, through the Treaty of Petrópolis, therefore, was predated by a broad public debate on an issue of foreign policy, the issue of Acre, which had to be considered in the policy-making process.
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Luanda: entre camaradas e mujimbos / Luanda: between comrades and mujimbosAndréa Cristina Muraro 28 June 2012 (has links)
De uma perspectiva comparada, e sob viés literatura e sociedade, o objetivo desta tese é discutir os tópicos espaço e discurso, nas narrativas angolanas Quem me dera ser onda (1982), de Manuel Rui e Bom dia camaradas (2000), de Ondjaki. No capítulo 1, para contextualizar o tempo da diegese, os anos 80 em Angola, examina-se o discurso das personagens, do narrador e do discurso de léxico socialista. No capítulo 2, a análise concentra-se na representação dos espaços de Luanda, em três instâncias: o privado, o coletivo e o público, ou seja, a casa, os prédios e a escola; bem como suas relações com o discurso. No capítulo 3, demonstra-se como espaço e discurso se interligam ao contradiscurso (mujimbo). Em meio a isso, argumenta-se também como o sistema de contradições sociais corrobora para dar forma à estrutura das obras. / In a comparative perspective, between literature and society, this thesis analyzes space and speech in two Angolan narratives, Quem me dera ser onda (1982), by Manuel Rui, and Bom dia camaradas (2000), by Ondjaki. In chapter 1, I contextualise the time of the diegesis, examining the speech of characters, the narrator and the socialist lexicon, during the 80s. In chapter 2, the analysis focuses on the representation of spaces of city Luanda, in three instances: private, collective and public, in other words: house/home, buildings/apartment anda school; as well as its relations with the speech. In chapter 3, I demonstrate how space and speech are interconnected to the counterspeech (mujimbo). Inside this, I hope also demonstrate how the system of social contradictions suture the structure of the narratives.
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Uma chaga viva no sentimento popular: Rui Barbosa e a questão do Acre / An open sore on the popular sentiment: Rui Barbosa and the question of AcreFelipe Rabelo Couto 27 March 2013 (has links)
Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / A questão do Acre, entre 1899 e 1901, mobilizou a política externa brasileira da Primeira República. Pelo Tratado de Ayacucho, assinado em 1867, o território do Acre foi entregue à Bolívia. Apesar disso, desde o último quartel do século XIX, a área foi gradativamente colonizada por Brasileiros. Com o Boom da borracha, os bolivianos desejaram utilizar os seus direitos para explorar a região. O governo brasileiro, firmado no Tratado de 1867, consentiu. Em 1899 a legação boliviana chegou ao Acre para estabelecer a soberania da república vizinha. A população acreana, esmagadoramente brasileira, não aceitou a presença boliviana. Fez diversos levantes entre 1899 e 1902, atrapalhando os planos do governo da Bolívia. Diante disso, o governo boliviano considerou a possibilidade de uma exploração indireta, por meio do arrendamento da região. Durante parte desse período, Rui Barbosa atuou através do jornal A Imprensa (1899-1901), em favor dos direitos do Brasil sobre o Acre. Defendeu que da insistência do governo de Campos Sales em afirmar a ascendência boliviana naquela região, decorria a ameaça à soberania e a integridade territorial brasileira, em função do estabelecimento de forças imperialista na fronteira amazônica. Rui formulou, a partir da ambigüidade da redação do Tratado de Ayacucho, a tese da fronteira angular, de acordo com a qual território do Acre era incorporado ao Brasileiro. Em sua reflexão e ação, Rui Barbosa expressou uma expectativa, existente na sociedade brasileira, a respeito de como deveria se processar a política externa do país: resguardando o interesse nacional, que englobava, prioritariamente, a salvaguarda da soberania e do elemento gerador de maior identidade no nacionalismo brasileiro, o caráter monumental de seu território. À solução dada por Rio Branco á questão do Acre, em 1903, através do Tratado de Petrópolis, portanto, antecedeu um amplo debate público sobre um tema de política externa, a questão do Acre, que o Barão teve que considerar no processo de decisão política. / The issue of Acre, between 1899 and 1901, mobilized Brazilian foreign policy of the First Republic. By the Treaty of Ayacucho, signed 1867, the territory of Acre was delivered to Bolivia. Nevertheless, since the last quarter of the nineteenth century, the area was gradually colonized by Brazilians. With the Rubber Bomm, the Bolivians wanted to use their rights to exploit de area. The Brazilian government, based in the Treaty of 1867, consented. In 1899, the Bolivian legation arrived in Acre to establish its sovereignty. The population of Acre, Brazilian overwhelmingly, did not accept the presence Bolivian. In Acre there were several uprisings between 1899 and 1902, disrupting the plans of the government of Bolivia. Thus, the Bolivian government considered the possibility of an indirect holding through the lease of the region. During part of this period, Rui Barbosa, served by A Imprensa newspaper (1899-1901), worked for the rights of Brazil on Acre. He argued that the Campos Sales governments insistence on asserting Bolivian ancestry in the region resulted in the threat to the sovereignty and territorial integrity of Brazil, due the establishment of the imperialist forces on the Amazon frontier. Rui formulated, from the ambiguity of the wording of the Treaty of Ayacucho, the thesis of angular border, according which the territory was incorporated into the Brazilian Acre. In his reflection and action, Rui Barbosa expressed the expectation, in Brazilian society, about how should be the country foreign policy: protecting the national interest, which included primarily to safeguard the sovereignty and identity largest generator element in Brazilian nationalism, the monumental character of its territory. The solution given by Rio Branco to the issue of Acre in 1903, through the Treaty of Petrópolis, therefore, was predated by a broad public debate on an issue of foreign policy, the issue of Acre, which had to be considered in the policy-making process.
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O discurso modernizador de Rui Barbosa (1879-1923)Silva, Leandro de Almeida 25 June 2009 (has links)
Submitted by isabela.moljf@hotmail.com (isabela.moljf@hotmail.com) on 2017-03-03T14:25:55Z
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Previous issue date: 2009-06-25 / No presente trabalho visamos estudar os discursos de modernização política de Rui Barbosa, durante o final do século XIX e primeira metade do século XX. Pretendemos, através dos discursos proferidos por Rui Barbosa, encontrar elementos de sua modernidade política, a partir dos principais acontecimentos da história do Brasil, no período mencionado. O estudo de sua formação política, bem como de suas influências fundamentais na construção do pensamento político no Brasil, tornaram-se uma das principais questões iniciais desse trabalho, que buscou correlacionar a gênese de seu pensamento com o processo de consolidação dos valores liberais por ele divulgados, principalmente, ao longo da Primeira República. Para isso, foi essencial compreendermos os conteúdos de seu pensamento liberal, inserindo-os nos contextos necessários, ao longo do processo de construção da República brasileira. Para realizar tal tarefa, investigamos um amplo conjunto de documentos, em distintas faces de sua formação: a carreira jurídica, jornalística, literária e política. Nosso foco foi este último ponto, contemplado pela bibliografia sobre o tema. A modernidade política de Rui Barbosa esteve presente nos debates sobre república, federalismo e abolicionismo. / This paper aims to study Rui Barbosa’s speeches of political modernisation from the end of the 19th Century to the middle of the 20th Century. Through the speeches given by Rui Barbosa, we intend to find elements of his political modernity, from the main events in Brazilian history during this period. One of the main initial subjects of this research was the study of his political formation and his fundamental influence in the construction of political thought in Brazil, thereby attempting to correlate the origin of his thought with the process of consolidation of the liberal values that he preached, especially at the time of the First Republic. So it was essential for us to understand the content of his liberal thinking, inserting it into the necessary contexts, during the process of construction of the Brazilian Republic. To carry out this task we investigated a large set of documents on different facets of his formation: his legal, journalistic, literary and political career. We focused mainly on this last item, considered by the bibliography on the theme. Rui Barbosa’s political modernity was present in debates on the republic, federalism and abolitionism.
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Percursos do nomadismo na poética de Rui Pires CabralPimenta, Tamy de Macedo 12 June 2017 (has links)
Submitted by Fabiano Vassallo (fabianovassallo2127@gmail.com) on 2017-05-05T18:34:43Z
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DISSERTAÇÃO TAMY PIMENTA VERSÃO FINAL.pdf: 2743585 bytes, checksum: 5b8cca0451dd291ce743ff0b0bf71f92 (MD5) / Approved for entry into archive by Josimara Dias Brumatti (bcgdigital@ndc.uff.br) on 2017-06-12T16:40:29Z (GMT) No. of bitstreams: 2
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DISSERTAÇÃO TAMY PIMENTA VERSÃO FINAL.pdf: 2743585 bytes, checksum: 5b8cca0451dd291ce743ff0b0bf71f92 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-12T16:40:29Z (GMT). No. of bitstreams: 2
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DISSERTAÇÃO TAMY PIMENTA VERSÃO FINAL.pdf: 2743585 bytes, checksum: 5b8cca0451dd291ce743ff0b0bf71f92 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta dissertação propõe-se a analisar o nomadismo presente na obra poética de Rui Pires
Cabral – poeta e tradutor português –, desenvolvendo o conceito tanto em seu aspecto
geográfico, concernente às movimentações pelo espaço referenciadas nos versos, quanto
formal, baseado nos deslocamentos intermidiáticos presentes nessa poética. Nesse
sentido, no primeiro momento busca-se pensar como as constantes desterritorializações
realizadas pelo eu lírico constituem uma subjetividade desenraizada e forasteira que, por
sua vez, é detentora de uma potente resistência face ao sedentarismo imposto pela
sociedade; enquanto que, no segundo, objetiva-se demonstrar as relações intermidiáticas
entre poesia e música, poesia e outras formas literárias, e poesia e imagem, realizadas a
partir de um processo criativo dinâmico ao qual chamamos “nomadismo poético”, com
ênfase na colagem / This dissertation aims at analyzing the nomadism inside the poetical work of Rui Pires
Cabral – Portuguese poet and translator –, developing the concept in its geographic aspect,
concerning the movements along the space referred in the verses, and its formal aspect,
based on the intermedial dislocations present in that poetics. Therefore, at first we intend
to question how the constant desterritorializations done by the poetical eye constitute a
landless and foreign subjectivity that, on its turn, possesses a powerful resistance against
the imposed sedentarism; while in the second moment we aim to demonstrate the
intermedial relations between poetry and music, poetry and other literary forms, and
poetry and image, done through a dynamic creative process which we called “poetical
nomadism”, with a focus on collage
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Museu Casa de Rui Barbosa: entre o público e o privadoRangel, Aparecida Marina de Souza January 2015 (has links)
Submitted by Luziana Lessa (luziana@rb.gov.br) on 2015-09-16T20:44:08Z
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Previous issue date: 2015 / "Adquirida pelo governo federal em 1924; transformada em Museu Ruy Barbosa em 1927; alterada durante a tramitação para Casa de Ruy Barbosa em 1928; e aberta ao público em 1930, a residência onde viveu o jurista Ruy Barbosa, nos últimos 28 anos de sua vida está inserida no universo dos museus-casas. Este modelo conceitual, até então, incomum no Brasil, possui como premissa conceitual a intrínseca relação entre o conteúdo e o continente, no qual o espaço e a personagem estabelecem uma simbiose. A casa, a partir da morte do seu dono, se torna o símbolo da sua trajetória terrena permitindo a ressignificação da história de Ruy Barbosa e do seu contexto histórico-social, sob a perspectiva individual, tendo em vista ser um museu personalístico. Há, entretanto nesta mudança um conflito entre duas esferas: a pública e a privada. Levanto assim a hipótese de que a instituição é investida pelo poder público para mitificar a figura do homem público, entretanto o fato do espaço definido para narrar tal trajetória ser sua residência, lugar da privacidade e intimidade familiar, acaba por humanizar o mito. Este processo, por outro lado, ocorreu de forma subliminar a despeito do esforço institucional, empreendido, sobretudo nas primeiras décadas de sua existência. A sobreposição da esfera privada ocorre por uma demanda social e na apropriação da personagem, sob diferentes perspectivas.O objetivo dessa pesquisa, portanto, é compreender o processo de ressignificação que permeia a transformação de uma casa em museu e analisar os fatores histórico-sociais que culminaram na musealização da vida da personagem Rui Barbosa. Neste processo de construção identificamos, também, algumas camadas de interesses envolvidos, incluindo um movimento de despolitização pela privatização da esfera pública como uma das estratégias."
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Museu Casa de Rui Barbosa: entre o público e o privadoRangel, Aparecida Marina de Souza January 2015 (has links)
Submitted by Luziana Lessa (luziana@rb.gov.br) on 2015-09-16T20:44:08Z
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Previous issue date: 2015 / "Adquirida pelo governo federal em 1924; transformada em Museu Ruy Barbosa em 1927; alterada durante a tramitação para Casa de Ruy Barbosa em 1928; e aberta ao público em 1930, a residência onde viveu o jurista Ruy Barbosa, nos últimos 28 anos de sua vida está inserida no universo dos museus-casas. Este modelo conceitual, até então, incomum no Brasil, possui como premissa conceitual a intrínseca relação entre o conteúdo e o continente, no qual o espaço e a personagem estabelecem uma simbiose. A casa, a partir da morte do seu dono, se torna o símbolo da sua trajetória terrena permitindo a ressignificação da história de Ruy Barbosa e do seu contexto histórico-social, sob a perspectiva individual, tendo em vista ser um museu personalístico. Há, entretanto nesta mudança um conflito entre duas esferas: a pública e a privada. Levanto assim a hipótese de que a instituição é investida pelo poder público para mitificar a figura do homem público, entretanto o fato do espaço definido para narrar tal trajetória ser sua residência, lugar da privacidade e intimidade familiar, acaba por humanizar o mito. Este processo, por outro lado, ocorreu de forma subliminar a despeito do esforço institucional, empreendido, sobretudo nas primeiras décadas de sua existência. A sobreposição da esfera privada ocorre por uma demanda social e na apropriação da personagem, sob diferentes perspectivas.O objetivo dessa pesquisa, portanto, é compreender o processo de ressignificação que permeia a transformação de uma casa em museu e analisar os fatores histórico-sociais que culminaram na musealização da vida da personagem Rui Barbosa. Neste processo de construção identificamos, também, algumas camadas de interesses envolvidos, incluindo um movimento de despolitização pela privatização da esfera pública como uma das estratégias."
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A literatura de cordel na Fundação Casa de Rui Barbosa: organizando uma memória dispersaSena, Carolina Carvalho, Fundação Casa de Rui Barbosa 17 April 2018 (has links)
Submitted by Carolina Sena (carolina.sena@rb.gov.br) on 2018-05-10T17:22:12Z
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Previous issue date: 2018-02-19 / A Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) exprime em sua missão seu compromisso com a preservação e divulgação da memória cultural brasileira. Tradicionalmente, essa instituição realiza a guarda de acervos considerados valiosos para a sociedade, seja pelos documentos em si ou pela importância de quem os reuniu. O acervo bibliográfico, guardado no Serviço de Biblioteca da FCRB, é constituído por diversos tipos de documentos, entre os quais os folhetos de cordel, que serão tratados neste trabalho. Esses constituem rica fonte de informação, com linguagem acessível e popular, o que permite seu acesso tanto pelo público como pelos acadêmicos, desde seu desenvolvimento no Brasil até os dias atuais. Como objetivo, esse trabalho busca estudar o mencionado acervo, que corresponde ao material digital mais consultado no Serviço de Biblioteca, visando recuperar sua trajetória, organização e divulgação. Para o alcance do mesmo, foram realizadas pesquisas bibliográficas com autores na área de cordel, assim como se recorreu às obras publicadas pela própria FCRB. Também foram feitas entrevistas com estudiosos relacionados ao cordel e à instituição, assim como algumas consultas ao seu arquivo institucional. Com a conclusão deste trabalho, pretende-se apresentar à comunidade uma evocação da memória da literatura de cordel na FCRB, a qual não apresenta organização definida. Por fim, é exibida a lista de apresentações realizadas com base nesta pesquisa. Como produtos da dissertação, são encontradas a linha do tempo referente ao que ocorreu envolvendo esse tema na instituição, além de dois quadros resumindo as publicações e eventos de cordel realizados pela FCRB. / The Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) expresses in its mission its commitment to
the preservation and dissemination of brazilian cultural memory. Traditionally, this
institution keeps the collections considered valuable for society, either by the documents
themselves or by the importance of who gathered them. The bibliographic collection,
stored in the Serviço de Biblioteca of the FCRB, is constituted by several types of
documents, among them the cordel leaflets, that will be treated in this work. These
constitute a rich source of information, with accessible and popular language, which
allows its access both by the public and by academics, from its development in Brazil to
the present day. As an objective, this work seeks to study the aforementioned collection,
which corresponds to the most consulted digital material in the Library Service, aiming
to recover its trajectory, organization and dissemination. In order to reach it,
bibliographical researches were carried out with authors in the cordel area, as well as
using the works published by the FCRB itself. There were also interviews with cordel and
institution scholars, as well as some consultations with the FCRB institutional archive.
With the conclusion of this work, it is intended to present to the community an evocation
of the memory of cordel literature in the FCRB, which has no defined organization.
Finally, the list of presentations made based on this search is displayed. As a result of the
dissertation, are founded the time line related to what happened with this theme in the
institution, as well as two tables summarizing the publications and events held by the
FCRB.
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Autoritarismo e violência pós-coloniais em Xefina e Quem me dera ser onda / Authoritarianism and violence postcolonial in Xefina and Quem me dera ser ondaFrancisco, Chimica 12 November 2016 (has links)
This work intends to study Mozambique and Angola‘s postcolonial authoritarianism and
violence during the Portuguese colonial domination and the independence of these countries
afterwards, trying to identify and explain its manifestations. Therefore, as corpus to this
comparative study, we took Juvenal Bucuane‘s Xefina (1989), in Mozambique‘s case; and in
Angola‘s case we took Manuel Rui‘s Quem me dera ser onda (1982, 1. ed.). The first one
shows the circumstances where white men (representative of Portuguese colonial power)
subjugates black man, through forced and inhuman works‘ imposition, of physical and
psychological violence, freedom privation, the impossibility to access education and culture
tools, beyond another evils. In Quem me dera ser onda, with Angola‘s independence, we
verify the rise of a petit bourgeois‘ power that did nothing unless to replace the Portuguese
colonizer by a new black ―colonizer‖. Manuel Rui‘s romance keeps both authoritarianism and
violence, from what also comes the problem of patriarchy that configures another way of
domination in this work, because there are men‘s supremacy and women‘s exploration, which
are nonetheless another way of colonization. In order to proceed with this work we brought
many theories, mostly about postcolonial literature, authoritarianism and violence, as well as
the use of an analytical-descriptive methodology about those evils‘ manifestations in the
selected corpus. It was also interesting to notice in the texts teaching and school‘s ideological
role in postcolonial State which influenced a lot in social hierarchizing. Thus, we could verify
authoritarianism and violence issues not only in the period of colonial domination, as carried
on the post-independence period especially in Mozambique and Angola, in 1975. And its
effects still go on and need to be studied until now. / O presente trabalho pretende fazer um estudo sobre o autoritarismo e a violência pós-coloniais
que se verificaram em Moçambique e em Angola durante o período da dominação colonial
portuguesa e logo a seguir a independência desses países, procurando identificar e explicar as
suas manifestações. Para o efeito, tomou-se como corpus desse estudo comparativo, para o
caso de Moçambique, a obra Xefina (1989), de Juvenal Bucuane, e para Angola a obra Quem
me dera ser onda (1982, 1. ed.), de Manuel Rui, que retratam, para o caso de Xefina, as
circunstâncias nas quais o homem branco, representante do poderio colonial português,
subjugava o homem negro, através da imposição de trabalhos forçados e desumanos, da
violência física e psicológica, da privação de liberdade, da impossibilidade de acessar os
equipamentos de educação e cultura, entre outros males. Em Quem me dera ser onda, com a
independência de Angola, verifica-se a ascensão ao poder de uma elite pequeno-burguês que
nada fez senão a substituição do colonizador português branco por um novo ―colonizador‖
negro. O autoritarismo e a violência são igualmente mantidos de que se associa também a
problemática do patriarcado que configura outra forma de dominação presente nesta novela de
Manuel Rui, pois há a supremacia e a exploração da mulher pelo homem o que não deixa de
ser outra forma de colonização. Para a prossecução deste trabalho, foram trazidas várias
teorias, sobretudo, as referentes à matéria sobre a literatura pós-colonial, autoritarismo e
violência, como também a utilização de uma metodologia analítico-descritiva a respeito das
manifestações desses males no corpus selecionado. Foi igualmente interessante perceber, a
partir das obras, o papel ideológico do ensino e da escola no Estado pós-colonial, que muito
contribuiu para a hierarquização social. Portanto, as questões de autoritarismo e de violência
não só se verificaram no período de dominação colonial, como continuaram no pósindependência,
em particular em Moçambique e em Angola, verificada em 1975, e que seus
efeitos continuam e merecem estudos até a atualidade.
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Eu não sabia que podia entrar': com a palavra o visitante do Museu Casa de Rui BarbosaAbreu, Roberto da Silva 14 August 2009 (has links)
Submitted by Felipe Torquato (felipe.torquato@fgv.br) on 2010-01-08T15:28:51Z
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CPDOC2009RobertodaSilvaAbreu.pdf: 1891135 bytes, checksum: 6e145f2a6a8a4cdd9402c9f699dcdeb1 (MD5) / Made available in DSpace on 2010-01-08T15:44:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
CPDOC2009RobertodaSilvaAbreu.pdf: 1891135 bytes, checksum: 6e145f2a6a8a4cdd9402c9f699dcdeb1 (MD5) / Uma das características principais de um museu casa histórica é a manutenção dos ambientes respeitando a organização de seus interiores como à época do patrono ou em determinado período histórico. Pretende-se neste trabalho analisar, à luz de uma pesquisa de públicos realizada pelo Observatório de Museus e Centro Culturais em 2005, as possibilidades do Museu Casa de Rui Barbosa - uma instituição com estas características - aumentar o seu fluxo de visitação por intermédio da captação de novos públicos e da fidelização do seu público real e, encontradas as fragilidades, apontar sugestões para uma melhor performance da instituição junto aos diversos segmentos de público.
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