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O desenvolvimento da autonomia em adolescentes com síndrome de Down a partir da pedagogia de Paulo Freire / The development of autonomy in adolescents with Down syndrome in Paulo Freire\'s pedagogyMariana Munhoz Cerrón 23 April 2018 (has links)
A adolescência é o período de transição da infância para a idade adulta, na qual ocorrem transformações físicas, cognitivas, emocionais e sociais que resultam na aquisição de habilidades e competências que contribuem para o desenvolvimento da autonomia. A autonomia é um processo que capacita uma pessoa a compreender e agir sobre si mesmo e sobre o ambiente. Adolescentes com síndrome de Down (SD) têm limitações percepto-cognitivas e poucas oportunidades para aquisição das competências requeridas para sua autonomia. Este estudo teve como objetivo analisar o desenvolvimento da autonomia em um grupo terapêutico de Terapia Ocupacional, com objetivo de desenvolvimento da autonomia de adolescentes com SD e seus principais cuidadores. Trata-se de um estudo retrospectivo e exploratório, que avaliou uma amostra de 13 díades de adolescentes com SD. Os dados coletados são descritos pelas evoluções, fotos e matérias produzidos no processo terapêutico de três grupos. A análise dos dados seguiu a técnica de análise de conteúdo. Os dados coletados foram analisados por duas pesquisadoras para garantir maior confiabilidade e rigor ao estudo. Foram encontradas quatro categorias de análise: autopercepção, percepção do outro, vivência compartilhada e mudança de atitude. Os resultados mostraram relações simbióticas entre cuidador e adolescente, o que dificultavam o processo de individuação e limitavam as oportunidades dos adolescentes para realizar atividades de forma independente. A centralidade do cuidado em um mesmo cuidador gerou dificuldade no compartilhamento dos papéis entre aquele que cuida e aquele que é cuidado, e no acesso a experiências estimuladoras e significativas. Durante o processo terapêutico as atividades de ensino aprendizagem possibilitaram vivência do processo educacional e mobilizaram os envolvidos de uma consciência ingênua para crítica, o que acarretou mudanças nas atitudes dos cuidadores em relação a identificação de potenciais e a aceitação de limitações próprias e do adolescente, neste caso aquele que é cuidado. Isto permitiu novas perspectivas de futuro para estes adolescentes e seus cuidadores, bem como a criação de vínculos afetivos e projetos para além do espaço terapêutico. Concluiu-se que dificuldades no processo de individuação podem estar relacionadas a simbiose da díade. A relação estabelecida entre cuidador e cuidado dificultou o acesso a experiências necessárias a aquisição de competências e ao desenvolvimento de autonomia. O processo terapêutico foi suficiente para modificar as atitudes dos cuidadores em relação aos que eram cuidados. Para além da intervenção com os adolescentes com SD comprovou-se que é necessário educar os cuidadores para que conscientemente decidam proporcionar experiências de liberdade e autonomia para os adolescentes e para si mesmos. Neste sentido, a utilização da base pedagógica de Paulo Freire para estruturação do projeto terapêutico possibilitou o desenvolvimento da consciência crítica a qual colocou os envolvidos frente a possibilidade de continuidade do seu próprio desenvolvimento e autonomia / The adolescence is the transition period from childhood to adulthood, when physical, cognitive, emotional and social transformations occur, resulting in the acquisition of skills and competences that contribute to the development of the autonomy. The autonomy is a process that enables a person to comprehend and act about himself and the environment. Adolescents with Down syndrome (DS) have perceptual-cognitive limitations and few opportunities to acquire the skills necessary for their autonomy. This study has aimed the analysis of the development of autonomy in a therapeutic group of Occupational Therapy, with the propose of improving the autonomy of adolescents with DS and their main caregivers. It is a retrospective and exploratory study that evaluated a sample of 13 dyads of adolescents with DS and their main caregivers. The data collected are described by the evolutions, photos and material produced in the therapeutic process of three groups. The data analysis followed the technique of content analysis. The data collected were analyzed by two researchers to ensure greater reliability and accuracy in the study. Four categories of analysis were found: selfperception, perception of the other, shared experience and attitude change. The results showed symbiotic relationships between caregivers and adolescents that hindered the individuation process and limited the opportunities of adolescents to perform activities independently. The centrality of care in the same caregiver has generated difficulty in sharing the roles between caregiver and the one who is cared of, and the access to stimulating and meaningful experiences. During the therapeutic process, teaching learning activities made possible the experience of the educational process and mobilized those involved from a naive conscience to criticism, which led to changes in the caregivers\' attitudes regarding the identification of potentials and the acceptance of their own and adolescent limitations, in this case the one who is cared of. This allowed new perspectives for the future for these adolescents and their caregivers, as well as the creation of affective bonds and projects beyond the therapeutic space. It was concluded that difficulties in the individuation process may be related to symbiosis of the dyad. The relationship between caregiver and who is cared of has made it difficult to access the necessary experiences to acquire skills and to develop autonomy. The therapeutic process was sufficient to modify the caregivers\' attitudes regarding those who were cared of. In addition to intervention with adolescents with DS, it has been shown that it is necessary to educate caregivers so that they can consciously decide to provide experiences of freedom and autonomy for adolescents and for themselves. In this sense, the use of Paulo Freire\'s pedagogical base for the structuring of the therapeutic project allowed the development of critical consciousness that placed the participants in the face of the possibility of continuity of their own development and autonomy
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Quem foi quem na Assembleia de 1946 : um perfil socio-economico e regional da Constitutinte de 1946Braga, Sergio Soares 30 August 1996 (has links)
Orientador: Decio Azevedo Marques de Saes / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-21T13:58:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1996 / Resumo: Este trabalho busca elaborar um perfil sócio-economico e regional da Assembelia Constituinte de 1946, apresentando de maneira sistemática informações biográficas e sobre a atuação constituinte dos 338 parlamentares (senadores e deputados; titulares e suplentes) que participaram da Constituinte de 1946 ¿Observação: O resumo, na íntegra poderá ser visualizado no texto completo da tese digital / Abstract: This dissertation elaborates a social-economical and regional profile of the Constituent Assembly of 1946, presenting in a systematic manner biographical information aswell as infonnation on the parliamentary performance of the 338 members of parliament (senators and deputies; titular members and substitutes) who participated in the Constituent Assembly of 1946 ...Note: The complete abstract is available with the full electronic digital thesis or dissertations / Mestrado / Mestre em Ciência Política
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Mecanismos inflamatórios e imunológicos na síndrome de Down / Inflammatory and immunological mechanism in Downs syndromeMaria Beatriz Fortunato Trotta 15 December 2009 (has links)
Nos últimos anos houve um aumento da expectativa de vida de indivíduos com síndrome de Down, com causas de morte que diferem da população em geral. Alguns estudos mostraram que a resposta imunológica difere ao longo da vida com alterações relacionadas ao envelhecimento. O gene RCAN1 (regulador de calcineurina tipo 1), localizado na região q22.12 no cromossomo 21 é descrito como responsável pelo fenótipo da SD. O gene RCAN1 inibe a ação da calcineurina, responsável pela desfosforilação do fator nuclear de células T ativadas (NFAT), uma etapa essencial para a ativação de genes responsáveis pela expressão de citocinas. A consequência é uma possível diminuição da resposta imune efetora. Em adultos com síndrome de Down as respostas imunes humoral e celular têm sido pouco investigadas. Apesar da superexpressão do gene RCAN1 já ter sido descrita em diversos tecidos, sua expressão em células mononucleares de sangue periférico (PBMC) de adultos não foi ainda avaliada. Os objetivos deste estudo foram avaliar aspectos humorais e celulares da resposta imune, avaliar a expressão quantitativa do gene RCAN1 e relacionar os achados com a produção de citocinas. O grupo de estudo foi composto de adultos com síndrome de Down (SD) com cariótipo de trissomia livre (n=24), um grupo controle (CTR) composto de deficientes mentais com outras etiologias (n=21) e um grupo de indivíduos saudáveis (n=8), como parâmetros para alguns experimentos. Os grupos SD e CTR convivem na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE-SP). Foram realizados hemogramas e sorologias para detecção de hepatite B, citomegalovírus, mononucleose infecciosa, toxoplasmose, rubéola, sarampo, PCR, fração de complemento C3, C4, antiestreptolisina O e dosagem de imunoglobulinas IgG, IgM e IgA. Células mononucleares foram obtidas por gradiente de Ficoll-Hypaque e submetidas à cultura celular, análise quantitativa de expressão gênica de RCAN1 e avaliação imunofenotípica por citometria de fluxo. Os sobrenadantes da cultura foram coletados para dosagem das citocinas IL-2, IL-4, IL-5, IL-10, TNF e INF. Os resultados deste estudo mostraram que a frequência de sorologias positivas para os vários agentes infecciosos e os demais parâmetros imunológicos foram comparáveis nos dois grupos de doentes mentais. A análise imunofenotípica dos indivíduos com SD mostrou aumento de células NK, de linfócitos TCD8+, alteração na relação CD4:CD8 (1:1) e diminuição de linfócitos B (CD19+) quando comparados ao grupo controle (p<0,05). A produção espontânea de INF, TNF e IL-10 foi maior no grupo SD em relação ao grupo CTR (p<0,05). Porém, quanto à expressão do gene RCAN1, não foi observada diferença entre os dois grupos analisados. O estudo do perfil imunológico humoral e celular de adultos com síndrome de Down provenientes da APAE-SP permitiu concluir que não houve diferenças quanto aos aspectos humorais avaliados nos dois grupos (SD e CTR). Quanto aos aspectos celulares, a imunofenotipagem sugere um possível sinal de envelhecimento precoce do sistema imune e a produção de citocinas um predomínio de perfil pró-inflamatório. Contudo, o perfil de citocinas não apresenta relação com o nível de expressão do gene RCAN1. / In recent years there has been an increase in life expectancy of individuals with Down´s syndrome (DS), with death causes differ from the general population. Some studies have shown that the immune response differs throughout life with changes related to aging. The RCAN1 gene (regulator of calcineurin type 1), located in the q22.12 region of chromosome 21 is described as responsible for the phenotype of DS. The gene RCAN1 inhibits the calcineurin activity, responsible for the dephosphorylation of the nuclear factor of activated T cells (NFAT), an essential step for the activation of the genes responsible for cytokines expression. The consequence is a possible reduction of the effector immune response. In adults with DS, the humoral and cellular immune responses have not been throughly investigated. Although the overexpression of the RCAN1 gene has already been described in many tissues, its expression in mononuclear cells of peripheral blood (PBMC) of adults with DS has not been evaluated. The objectives of this study were to evaluate aspects of humoral and cellular immune response, evaluate the quantitative expression of the RCAN1 gene and correlate the findings with the production of cytokines. The study group consisted of adults with Down´s syndrome (DS) with free trisomy karyotype (n = 24), a control group (CTR) composed of the mentally disabled of other etiologies (n = 21) and a group of healthy subjects (n = 8), as parameters for some experiments. The SD and CTR groups are followed in Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE-SP). It was evaluated Hemogram and serology for detection of hepatitis B, cytomegalovirus, infectious mononucleosis, toxoplasmosis, rubella, measles, cRP, complement fraction C3, C4, antistreptolysin O and IgG, IgM and IgA immunoglobulin isotypes. The mononuclear cells were obtained by Ficoll-Hypaque gradient and the cells were cultured without stimuli, analyzed for the quantitative gene expression of RCAN1 and evaluated for immunophenotyping by flow cytometry. The culture supernatants were collected for measurement of cytokines IL-2, IL-4, IL-5, IL- 10, TNF and IFN.The results of this study showed that the frequency of positive tests for various infectious agents and other immunological parameters were comparable in both groups (DS and CTR). Immunophenotyping of individuals with DS showed an increase in NK cells, CD8 + lymphocytes, changes in CD4: CD8 ratio (1:1) and decreased B lymphocytes (CD19 +) when compared to the control group (p <0.05). The DS group had a spontaneous production of IFN, TNF and IL-10 higher than the CTR group (p<0.05). However, there was not any difference in RCAN1 gene expression (mRNA) between the two groups of the mentally disabled. The humoral and cellular immune profile in adults with Down´s syndrome from APAE-SP showed that there was no difference in the humoral aspects assessed in both groups (SD and CTR). For the cellular aspects, the immunophenotyping suggests a possible sign of premature aging of the immune system and the cytokine production show a proinflammatory profile. Nevertheless, this cytokines profile is not associated with level of expression of the RCAN1 gene.
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Aspectos pragmáticos da linguagem de crianças com síndrome de Down: comparação de duas situações / Pragmatic aspects of language in children with Down syndrome: comparison of two situationsEliza Porto da Cunha 17 September 2009 (has links)
Ao estudar o desenvolvimento da linguagem de crianças com síndrome de Down são vários os autores que concordam que todos os aspectos formais, tais como, fonologia, morfossintaxe e gramática, estão alterados nesses indivíduos. Além dos aspectos formais, alguns estudos descrevem como ocorre o uso funcional da linguagem nessas crianças. Esta pesquisa tem como objetivo verificar os aspectos pragmáticos da linguagem de crianças com síndrome de Down em duas situações. Para tanto, foram realizados dois estudos. O Estudo 1 teve como objetivo descrever o perfil funcional da comunicação de crianças com síndrome de Down. Participaram desse estudo 15 crianças com síndrome de Down, com idades entre quatro e seis anos e 11 meses. Foi filmada a interação de cada criança com seu terapeuta e os dados foram analisados para traçar o perfil comunicativo de cada uma delas. A maioria das crianças ocupou espaço comunicativo semelhante ao do terapeuta e houve predomínio de atos comunicativos produzidos com função interpessoal. As funções comunicativas mais utilizadas foram reconhecimento do outro, comentário e performativo. Ocorreu variedade no modo comunicativo utilizado pelas crianças e este influenciou de forma significante a ocupação do espaço comunicativo, a produção de atos comunicativos por minuto e as funções utilizadas. O Estudo 2 teve como objetivo comparar o desempenho comunicativo dessas crianças em duas situações: interação com o terapeuta (situação A) e interação com o cuidador (situação B). Os sujeitos desse estudo foram os mesmos do Estudo 1, os quais foram filmados em brincadeira espontânea com seus cuidadores. Após análise dos dados, os resultados obtidos no Estudo 1, que compuseram a situação A, foram comparados com os resultados obtidos na situação B. Foi observado que a maioria das crianças apresentou desempenho semelhante nas duas situações. Foi possível constatar que independente do interlocutor, as crianças com SD apresentaram competência comunicativa, sendo capazes de iniciar e manter a comunicação, utilizando os modos comunicativos de forma semelhante e produzindo atos comunicativos com as mesmas funções comunicativas independente da situação. Foi observado também que o nível econômico e o grau de escolaridade do cuidador foram os fatores que mais apresentaram relação com o desempenho comunicativo da criança, tanto na situação A quanto na situação B. / Regarding the study of the language development of children with Down syndrome, many authors agree that all formal aspects, such as phonology, morphosyntax and grammar, are altered in these subjects. Besides formal aspects, few studies have attempted to describe how the functional use of language occurs in these children. The present research had the aim to verify the pragmatic aspects of language in children with Down syndrome during two different interaction situations. For this purpose, two studies were carried out. Study 1 had the aim to describe the functional communication profile of children with Down syndrome. Fifteen children with Down syndrome, with ages ranging from four to six years and 11 months, participated in this study. The interaction between each child and his/her speech therapist was video recorded, and data were analyzed in order to delineate their communicative profile. Most of the children occupied the same communicative space as their therapists, and there was a prevalence of interpersonal communicative acts. The communicative functions most used were Recognition of the Other, Comment, and Performative. It was found variability in the communicative means used by the children, and this had a significant influence on the occupation of the communicative space, the number of communicative acts per minute, and the functions used. Study 2 had the aim to compare the communicative performance of these children in two situations: interaction with the speech therapist (situation A) and interaction with the caregiver (situation B). The subjects of this study were the same that participated in Study 1, who were video recorded during a spontaneous play interaction with their respective caregivers. After data analysis, the results obtained in Study 1, that constituted situation A, were compared to the results obtained in situation B. It was observed that most children had similar performances in both situations. It was found that, regardless of the interlocutor, children with Down syndrome showed communicative competence, being able to initiate and maintain communication, using communicative means similarly, and producing communicative acts with the same communicative functions. It was also observed that economic level and education level of the caregiver were factors related to the communicative performance of the children, in both situations (A and B).
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Extensão média do enunciado em crianças com síndrome de Down / Mean length utterance in children Down syndromeAngela Maria de Amorim Carvalho 30 November 2012 (has links)
A síndrome de Down (SD) é uma síndrome genética causada pela trissomia do cromossomo 21 e a causa mais comum de deficiência intelectual. Apresenta alterações em todo o desenvolvimento, em particular o linguístico, que é caracterizado por atraso de linguagem, principalmente quanto aos aspectos morfossintáticos. Tais déficits são confirmados por valores de Extensão Média do Enunciado (EME) abaixo do que seria esperado tanto para a idade cronológica (IC) quanto para a mental (IM) quando se consideram crianças com desenvolvimento típico (DT). A EME tem sido considerada na literatura internacional como o índice mais aceito e efetivo para medir o desenvolvimento gramatical e morfológico, tanto de indivíduos com DT quanto de indivíduos com alterações de linguagem, como por exemplo, o Distúrbio Específico de Linguagem (DEL) e a SD. Pesquisas que comparam as duas populações apontam similaridades entre os desempenhos desses indivíduos quando se considera a EME. Na literatura nacional, estudos que abordem os aspectos morfossintáticos em indivíduos com SD e que considerem a EME como ferramenta de avaliação são escassos. O objetivo do presente estudo foi descrever as habilidades linguísticas de crianças com SD falantes do Português Brasileiro por meio da análise da EME, medida tanto em morfemas (EME-m) quanto em palavras (EME-p). Participaram do estudo três grupos de crianças, sendo um pesquisa (GP-SD) e dois controles (GC-DEL e GC-DT, cujos dados são retrospectivos de estudo anterior), cada um com 25 participantes. Os grupos foram divididos em três subgrupos, cada um, de acordo com a faixa etária (três, quatro e cinco anos). Os participantes do GP-SD foram pareados aos demais por IM. Foi realizada análise da EME de cada sujeito com SD, obtida por meio de amostras de fala, que resultou em 2500 enunciados. Os resultados indicaram que as crianças com SD apresentaram valores de EME menores que as crianças do GC-DEL e do GC-DT, o que aponta para diferenças entre os grupos, para déficits morfossintáticos e para atraso no desenvolvimento linguístico. Verificou-se ainda o desenvolvimento de habilidades morfossintáticas em idades mais avançadas. As similaridades com o GC de crianças com DEL nem sempre foram observadas, já que o GP-SD apresentou desempenho inferior e maior dificuldade quanto ao uso de palavras funcionais. Conclui-se assim, que as crianças com SD do presente estudo apresentaram déficits gramaticais importantes que se caracterizam pelo atraso do desenvolvimento morfossintático. A EME demonstrou ser uma ferramenta confiável e eficaz para identificar o desenvolvimento gramatical e linguístico da população com SD, o que confirma a validade da utilização de tal índice para essa população. Aponta se para a necessidade de estudos com populações maiores de indivíduos com SD, apesar da grande variabilidade interindividual, o que forneceria dados mais representativos para a prática clínica fonoaudiológica baseada em evidências. / Down syndrome (DS) is a genetic syndrome caused by trisomy 21 and it is the most common reason of intellectual disability. It leads to disorders in all development process, in particularly linguistic, which is characterized by language development delay, mainly regarding morphosyntax aspects. Those deficits are confirmed by values of Mean Length Utterance (MLU) lower than expected for chronological age (CA) as well as for mental age (MA) when considered typically developing children (TDC). MLU have been considered in international literature as the most acceptable and effective index to measure grammatical and morphological development to TDC as well as to children with language disorders, such as Specific Language Impairment (SLI) and DS. Researches that compare those former groups show similarities between their performances concerning MLU. National researches regarding morphosyntax aspects in DS considering MLU as an evaluation tool are scarce. The purpose of this study was depicting linguistics skills of children with DS, speakers of Brazilian Portuguese, through MLU analysis measured in morphemes (MLU-m) as well as in words (MLU-w). Participated in the study three groups of children as follows: research group (RG-DS), two control groups (CG-SLI and CG-TDC which data are retrospective from previous study), each group had 25 children. Groups were divided into three subgroups according to the age range (three, four or five years old). The participants of RG-DS group were paired by MA. It was performed MLU analysis in each child with DS that was obtained through their speech samples that leaded to 2500 statements. Results indicated that children with DS showed MLU values lower than children from CG-SLI and CG-TDC, which indicates delay in linguistic development. Further, it was found greater morphosyntax development skills in children who were older aged. Similarities to CG-SLI were not often found, once RG-DS showed lower performance and greater difficulty at using function words. It is therefore concluded that children with DS in this study presented such grammatical deficits characterized by morphosyntax development delay. MLU demonstrated being a reliable and effective tool to identify linguistic and grammatical development in children with SD, what confirms the validity of the use of such index to that population. It points to the need of more studies with larger sample of children with DS, even considering individual variability, in order to provide data more representative to the Speech-Language Pathology clinical practice based on evidence.
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Coro terapêutico: uma ação do musicoterapeuta visando ao desenvolvimento da criança com síndrome de Down / Therapeutic choir: a music therapist action seeking the development of children with Down syndromeBelotti, Tônia Gonzaga 14 April 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-04-14 / Down syndrome is a genetic abnormality that affects a significant portion of the population. A
child with Down syndrome (CDS) has several limitations and difficulties which occur in
motor development, cognitive development and communication at different levels, especially
with regard to speech. Helping a CDS to win his place in society will stimulate their
satisfaction for somehow feeling to be useful, further expanding their coexistence. Children
with this syndrome may perform better when those around them recognize that they have
limitations, but also potential and abilities. This research deals with the use of Therapeutic
Choir with CDS. Had become the main goal is to understand the effects that music therapy,
through Therapeutic Choir, can bring in order to improve the performance of a CDS,
according to the Theory of Multiple Intelligences proposed by Gardner. This is a qualitative
research and it was based on Existential Phenomenology. Data collecting was performed at
Down Association of Goiás (ASDOWN). The work was initially conducted with a group of
six participants in the beginning and with four children in the end over a four months period,
with a weekly frequency and duration of fifty minutes therapy session. Data collecting
involved music therapy dossiers, audio and video recordings of cases, descriptive reports,
observations of the participants behavior, interviews with those responsible for the CDS and
professionals who have worked directly with some children, whether in a therapeutic or
education environment. The analysis of all qualitative data was performed with the support of
the theoretical review, which included Music Therapy, Therapeutic Choir and Multiple
Intelligences. At the end of the music therapy process, it was found an increase of specifics
skills in Multiple Intelligences, mainly in the following kinesthetic intelligences-body,
linguistic, musical, inter- and intrapersonal, because the through the creative re-experiences,
experiments and amenable and additional activities can stimulate the CDS development
providing progress in the acquisitions processes. / A Síndrome de Down é uma anomalia genética que incide em uma parcela significativa da
população. A criança com Síndrome de Down (CSD) apresenta várias limitações e
dificuldades, sendo que estas se manifestam no desenvolvimento motor, no cognitivo e na
comunicação, em diferentes níveis, principalmente no tocante à fala. Ajudar a CSD a
conquistar o seu espaço na sociedade, vai estimulá-la na satisfação de, por alguma forma,
estar sendo útil, ampliando ainda mais a sua coexistência. As crianças com essa síndrome
podem apresentar melhor desempenho quando aqueles que as cercam reconhecem que elas
têm as suas limitações, mas também seus potenciais e habilidades. A presente pesquisa trata
da utilização do Coro Terapêutico com CSD. Teve-se como principal objetivo compreender
os efeitos que a Musicoterapia, por meio do Coro Terapêutico, pode trazer para melhorar o
desempenho da CSD, tendo em vista a Teoria das Inteligências Múltiplas, proposta por
Gardner. A pesquisa teve caráter qualitativo e a atuação da pesquisadora musicoterapeuta foi
pautada na Fenomenologia Existencial. A coleta de dados foi realizada através da atuação da
pesquisadora na instituição designada como Associação Down de Goiás (ASDOWN), sendo
que os atendimentos foram realizados, inicialmente, com um grupo de seis participantes,
finalizando com quatro crianças, em um período de quatro meses, com frequência semanal e
duração de cinquenta minutos. Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados: fichas
musicoterápicas, gravações (áudio e vídeo) dos atendimentos, relatórios descritivos,
observações sobre comportamentos dos participantes, entrevista com os responsáveis pelas
CSD e com profissionais que trabalhavam diretamente com algumas crianças, seja no meio
terapêutico ou no educacional. As análises de todos os dados qualitativos foram realizadas
com o respaldo da revisão teórica, que englobou a Musicoterapia, o Coro Terapêutico e as
Inteligências Múltiplas. Constatou-se que, ao final do processo musicoterapêutico, houve a
ampliação das habilidades específicas inseridas nas Inteligências Múltiplas, principalmente
nas seguintes inteligências Cinestésico-corporal, linguística, musical, inter e intrapessoal, pois
o Coro Terapêutico, por meio das experiências re-criativas, das experiências receptivas e de
atividades complementares, pode estimular o desenvolvimento da CSD, proporcionando
evoluções no processo de aquisições.
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Influência de um programa de educação sobre o conhecimento das mães de crianças com paralisia cerebral e síndrome de Down / Influence of an education program on knowledge of mothers of children with cerebral palsy and Down syndromeRIBEIRO, Maysa Ferreira Martins 19 June 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-06-19 / This is a dissertation in the scientific article modality. In the first article, published in the Revista Ciência & Saúde Coletiva under the title Cerebral palsy and Down syndrome: parents level of knowledge and information, a narrative review of the literature was undertaken, using cerebral palsy, Down syndrome, knowledge, family as descriptors. Scientific publications from 1993 to 2008 were used and of the 57 studies found, 16 were selected. All showed that parents receive little information and have many questions, especially with regard to the education, prognosis and possibilities of treatment for their child. In addition, parents demand emotional support and look for better guidance. Consequently, it could be concluded that there is a scarcity of investment in a family approach and in education for health. In the second article, submitted to the journal Disability & Rehabilitation under the title The influence of an educational program on the knowledge of mothers of children with cerebral palsy and Down syndrome, the impact of an educational program on knowledge of mothers in relation to their child‟s disability was evaluated. It was a longitudinal and prospective study carried out at the Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Goiânia. Of the 58 mothers who participated, 28 had children with cerebral palsy and 30 were mothers of Down syndrome children. The level of mothers‟ knowledge was evaluated through two questionnaires, each containing 19 questions on a Likert type scale. The questionnaires were filled in at the beginning and at the final phases of an educational program drawn up with the aim of enhancing the mothers‟ knowledge. The following conclusions were reached: a) there was no difference between the knowledge of the groups of mothers who participated in the educational program and those who did not; b) the educational program significantly enhanced the knowledge of the group of mothers of children with cerebral palsy when the initial and final phases were compared; c) there was no correlation between differences in knowledge at the initial and final phases and the variables: mother‟s age, mother‟s schooling, child‟s age and family income. It was also seen that even though many mothers‟ opinions agreed with the scientific literature, doubts and divergences still remain in relation to the themes investigated. These results point to the need for educational intervention from the moment of diagnosis right through the whole developmental process of the child / Dissertação construída na modalidade artigo científico. No primeiro artigo, publicado pela Revista Ciência & Saúde Coletiva com o título Paralisia cerebral e síndrome de Down: nível de conhecimento e informação dos pais, realizou-se uma revisão narrativa da literatura, utilizando-se os seguintes descritores: paralisia cerebral/cerebral palsy , síndrome de Down/Down syndrome , conhecimento/knowledge , família/family . Foram incluídas publicações científicas do período de 1993 a 2008. Dentre os 57 estudos encontrados, 16 foram selecionados. Todos evidenciam que os pais recebem pouca informação e apresentam muitas dúvidas, principalmente no que diz respeito à educação, ao prognóstico e às possibilidades de tratamento do filho. Além disso, os pais reivindicam suporte emocional e esperam ser melhor orientados. Donde se pode concluir que existe escassez de investimento na abordagem familiar e em ações de educação em saúde. No segundo artigo, submetido ao periódico Disability & Rehabilitation com o título The influence of an educational program on the knowledge of mothers of children with cerebral palsy and Down syndrome, avaliou-se o impacto de um programa de educação sobre o conhecimento das mães em relação à condição de deficiência dos seus filhos. Trata-se de um estudo longitudinal e prospectivo realizado na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Goiânia, com participação de 58 mães, das quais 28 eram mães de crianças com paralisia cerebral e 30 eram mães de crianças com síndrome de Down. O nível de conhecimento das mães foi avaliado por dois questionários, cada um contendo 19 questões, que compõem uma escala do tipo Likert. Os questionários foram aplicados no início e após um programa de educação elaborado com o objetivo de ampliar o conhecimento das mães. Chegou-se às seguintes conclusões: a) não houve diferença no conhecimento dos grupos de mães que participaram do programa de educação e dos grupos de mães que não participaram; b) o programa de educação elevou significativamente o conhecimento do grupo de mães de crianças com paralisia cerebral quando comparados o momento inicial e final; c) não houve correlação entre a diferença do conhecimento inicial e final e as variáveis: idade materna, escolaridade materna, idade da criança e renda familiar. Observa-se ainda que, embora muitas mães tenham apresentado opiniões concordantes com a literatura científica, permanecem incertezas e divergências em relação aos temas investigados. Estes resultados comprovam a necessidade de intervenção educacional desde o momento do diagnóstico e que tenha sequência durante todo o processo de desenvolvimento da criança
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Síndrome de Down: desempenho funcional, influência do nível socioeconômico e qualidade de vida de seus cuidadoresNascimento, Ludmila Brasileiro do 02 August 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-08-02 / Discovered in 1866 by John Langdon Down, Down syndrome (DS) is characterized by an error in the distribution of cell chromosome. People with this syndrome develop physical and mental characteristics specific. So have the later development of physical and cognitive functions, being taken to delay the acquisition of "motor milestones" basic. Some factors may jeopardize the motor performance of these children, among which we mention the low socioeconomic status. The DS affects not only the child but also his entire family, which is a key part of this development process, affecting mainly the quality of life of primary family caregiver.The aim of this study was to investigate the influence of socioeconomic status on the functional performance of children with Down syndrome and quality of life of their caregivers. It is a cross-sectional study with 20 family caregivers of children with DS, aged 2-5 years seen at the Centro Integrado de Educação EspeciaL- CIES in the city of Teresina-PI. We used the following instruments: Inventory Pediatric Evaluation of Disability (PEDI), Economic Classification Criteria of Brazil, Whoqol-short and an identification sheet with information about the child and caregiver.The results revealed that children with higher socioeconomic status (SS) had worse functional performance under the three areas of functional abilities (self-care, mobility and social function) compared with children from higher socioeconomic levels. The area had the lowest average was the social function of self-care and then, finally, mobility. Regarding quality of life, met with lower scores in the four areas of family caregivers of lower socioeconomic status, being the most affected environmental field. When comparing the quality of life and functional ability, there was a moderate correlation between self-care area with the environmental and weak linear correlation between the other areas of functional ability with the areas of quality of life.We conclude that the SS has an influence on the functional performance of children with Down syndrome and quality of life of their caregivers. Since the functional performance of children have a weak relationship to quality of life of caregivers. Thus, it is believed that the multidisciplinary treatment, educational lectures for parents and the implementation of appropriate public policies can diminish the negative influence of SS in the child's functional performance and quality of life of the caregiver. / Descoberta em 1866 por John Langdon Down, a Síndrome de Down (SD) é caracterizada por um erro na distribuição do cromossomo das células. Pessoas com essa síndrome desenvolvem características físicas e mentais específicas. Logo, apresentam o desenvolvimento mais tardio das funções físicas e cognitivas, sendo levadas ao atraso nas aquisições de marcos motores básicos. Alguns fatores podem colocar em risco o desempenho motor dessas crianças; dentre os quais, podemos citar a baixa condição socioeconômica. A SD atinge não somente a criança, mas também toda sua família, que é uma parte fundamental deste processo de desenvolvimento, afetando, principalmente, a qualidade de vida do cuidador familiar principal. O objetivo deste estudo foi investigar a influência do nível socioeconômico no desempenho funcional de crianças com Síndrome de Down e na qualidade de vida de seus cuidadores. Trata-se de um estudo transversal com 20 cuidadores familiares de crianças com SD em idade entre 2 a 5 anos atendidas no Centro Integrado de Educação Especial CIES na cidade de Teresina-PI. Utilizaram-se os seguintes instrumentos: Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI), Critério de Classificação Econômica do Brasil, Whoqol-Abreviado e uma ficha de identificação com informações sobre a criança e o cuidador. Os resultados revelaram que crianças com nível socioeconômico (NSE) baixo tiveram pior desempenho funcional nas três áreas das habilidades funcionais (autocuidado, mobilidade e função social) quando comparadas com crianças de nível socioeconômico alto. A área que teve a média mais baixa foi a de função social seguida do autocuidado e, por fim, da mobilidade. Com relação à qualidade de vida, encontraram-se menores escores nos quatro domínios dos cuidadores familiares de nível socioeconômico mais baixo, sendo o domínio ambiental o mais afetado. Quando se compararam a qualidade de vida e a habilidade funcional, constatou-se uma correlação moderada entre a área de autocuidado com o domínio ambiental e correlações lineares fracas entre as outras áreas de habilidade funcional com os domínios de qualidade de vida. Conclui-se que o NSE tem influência no desempenho funcional das crianças com SD e na qualidade de vida dos seus cuidadores. Já o desempenho funcional das crianças tem uma relação fraca com a qualidade de vida dos cuidadores. Assim, acredita-se que o atendimento multidisciplinar, palestras educativas para os pais e a implementação de políticas públicas adequadas possam diminuir a influência negativa do NSE no desempenho funcional da criança e na qualidade de vida do cuidador.
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Avaliação da destreza manual em pessoas com síndrome de DownGermano, Renata Guimarães 17 February 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-02-17 / Fundo Mackenzie de Pesquisa / Children with Down syndrome (DS) show slower development when compared to normal population of same age, and also reveal handicap in oral expression, cognition and psychomotricity. The quantitative assessment of the motor performance on upper limbs in children with DS is important to design strategies of early stimulation and adequate therapeutic approaches to this population. The scarceness of quantitative information and instruments to evaluate hand dexterity has motivated this study, which aims to evaluate manual dexterity of children and adolescents (7, 8, 9, 14 and 15 years) with DS, using the Box and Block Test (BBT). Although not originally developed to evaluate this particular population, the BBT was chosen for providing a quantitative evaluation, centered on the motor dexterity without complex cognitive requirements. It is a cheap and easy-to-apply test that needs no training and is of easy comprehension even for mentally handicapped persons. The result of manual dexterity is given in blocks per minute (BPM) transferred inside a two-division standardized box. Fifty children and adolescents of both genders with Down syndrome (DS group DSG) and 50 normal participants (control group CG) took part in the study. The BBT was applied individually to each participant in his/hers own school or institution, in towns of São Paulo state, after approval of the Ethics Committee. The results showed a drawback in the manual dexterity in the DSG when compared to CG. There was no statistically significant variation on the manual dexterity of DSG between ages 7 to 9 years compared to 14 and 15 years (7y = 30 BPM, 8y = 29 BPM, 9y = 29 BPM); (14y = 32 BPM, 15y = 34 BPM), revealing that there is almost no improvement in manual dexterity related to age in this group. Conversely, in CG an age-dependent improvement was observed (7y = 63 BPM, 8y = 66 BPM, 9y = 68 BPM, 14y = 80 BPM, 15y = 81 BPM). Moreover, we observed differences in the way participants of DSG grip the blocks, using thumb and middle finger (36%) versus 4% in CG. We conclude that the Box and Block Test is an objective and efficient solution to quantify manual dexterity of intellectually drawback population for its fast and qualified information, and for the easiness of application and comprehension by the participants. / O desenvolvimento da criança com síndrome de Down (SD) ocorre de forma mais lenta que a criança normal e apresenta prejuízo nas áreas de linguagem, cognição e psicomotricidade. A avaliação quantitativa do desempenho motor de membros superiores em crianças com SD é importante para estabelecer estratégias de estimulação precoce e condutas terapêuticas adequadas para esta população. A carência de resultados e instrumentos para avaliação quantitativa da destreza manual foi a motivação deste estudo, que tem por objetivo avaliar a destreza manual de crianças e adolescentes com SD nas idades de 7, 8, 9, 14 e 15 anos, utilizando para isso o Teste de Caixa e Blocos (TCB). Embora não tendo sido desenvolvido originalmente para esta população, o TCB foi escolhido por possibilitar uma avaliação quantitativa centrada na atividade motora, sem exigências cognitivas mais complexas. É um teste de fácil aplicação, barato, exige pouco treinamento para sua aplicação e é de fácil compreensão mesmo por populações com déficits intelectuais. O resultado da destreza é dado pelo número de blocos transferidos por minuto (BPM) dentro de uma caixa padronizada com duas divisões. Participaram do estudo 50 crianças e jovens com SD, de ambos os sexos, que compuseram o grupo estudado (GSD), e 50 sem a síndrome, que constituíram o grupo controle (GC). O teste foi aplicado individualmente para cada participante nas dependências das instituições colaboradoras no interior do Estado de São Paulo após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. Os resultados indicaram que há desvantagem na destreza manual dos participantes com SD quando comparados ao GC. Observou-se também que não houve alteração estatisticamente significativa na destreza manual para o GSD entre as idades de 7 a 9 anos em comparação com as idades de 14 e 15 anos (7a = 30 BPM, 8a = 29 BPM, 9a = 29 BPM), (14a = 32 BPM, 15a = 34 BPM), evidenciando que quase não há evolução na destreza manual com a idade neste grupo. Já para o GC essa evolução foi observada, com os resultados de destreza manual linearmente dependentes da idade dos participantes (7a = 63 BPM, 8a = 66 BPM, 9a = 68 BPM, 14a = 80 BPM, 15a = 81 BPM). Adicionalmente, foram observadas diferenças na forma de preensão dos blocos nos participantes do GSD, com a utilização da pinça entre os dedos polegar e médio em 36% dos casos contra 4% no GC.
Conclui-se que o Teste de Caixa e Blocos é uma solução eficiente e objetiva para a quantificação da destreza manual em populações com déficits intelectuais, pela qualidade e rapidez da informação, e por ser de fácil aplicação e compreensão pelos avaliados.
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Caracterização do perfil cognitivo e avaliação da memória de trabalho na síndrome de DownDuarte, Cintia Perez 13 August 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-08-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Working memory is assumed to be a limited capacity responsible for maintaining and manipulating information for a short period of time, that are underpins the capacity for complex thought and learning. People with Down Syndrome have a deficit in their working memory and in general, they can t maintain information for a short period of time and this can result in learning difficulties, language development and complexes thoughts. The aim of Study 1 was to characterize cognitive profile of people with Down Syndrome, they were aged between 6 and 45 years old (M=16,64, SD=9,955), using WISC-III, WAIS-III, TVIP, Token-Comp and FAS-Animals and Fruits tests. The results appointed a cognitive performance under the average, however with significantly differences between verbal IQ and execution IQ which showed a better performance. There was a trend observed in their development and enlargement of their receptive vocabulary related to their ages, nevertheless the same doesn t happen with verbal fluency. The words follow by semantic processing were more recovered than those through the phonological processing. Most of them can organize concepts and semantics categories, however they don t have control of phonologic and structural aspects of the words. They also have difficulties to maintain and manipulate verbal information. The Study 2 compare performance of people with Down Syndrome, they were aged between 6 and 16 years old (M=10,36, SD=3,451) and the control group defined according to WISC-III test scores, using tests that evaluated receptive vocabulary, verbal and visual-spatial short term memory. This comparison was made through the TVIP, Digit Span direct and reverse order, Corsi direct and reverse order and some working memory tests created for this study. The results appointed no significant difference between the majority of the tests averages, excluding Digit Span direct order, considering that the group without syndrome had a higher performance compared to Syndrome group. Considering the direct and reverse orders in Digi Span and Corsi, intra-groups performances was compared which demonstrated significantly differences of the both groups. In general, results of both studies confirm the literature, that describe the heterogeneity of the Down Syndrome cognitive profile and appoint to evidences of strong non verbal abilities, often less impaired than linguistics abilities. / A memória de trabalho é caracterizada por ser um sistema de capacidade limitada responsável por manter e manipular informações por um curto período de tempo, que são subjacentes à capacidade de pensamento complexo e aprendizado. Pessoas com síndrome de Down apresentam prejuízos referentes à memória de trabalho e, em geral, não conseguem manter informações em um curto período de tempo, o que pode levar a dificuldades no aprendizado, desenvolvimento de linguagem e pensamentos complexos. O Estudo 1 teve como objetivo caracterizar o perfil cognitivo de pessoas com síndrome de Down, com idades entre 6 e 45 nos (M=16,64, DP=9,9555), por meio dos testes WISC-III, WAIS-III, TVIP, Token-Comp e FAS-Animais e Frutas. Resultados indicaram funcionamento cognitivo abaixo da média, porém com diferença significativa entre QI verbal e QI execução, com melhor desempenho referente ao QI de execução. Notou-se uma tendência no desenvolvimento e ampliação de vocabulário receptivo com avanço da idade, mas o mesmo não ocorre com a fluência verbal. As palavras acompanhadas de processamento semântico foram mais evocadas do que o fonológico, ou seja, a maioria possui organização de conceitos e classes semânticas, mas não têm domínio dos aspectos fonológicos e estruturais das palavras. Também apresentaram
dificuldade para manter e manipular informações verbais. O Estudo 2 comparou o desempenho de pessoas com síndrome de Down, com idades entre 6 e 16 anos (M=10,36, DP=3,451) e controles pareados pela pontuação bruta do WISC-III, em provas que avaliaram vocabulário receptivo e memória de curto prazo verbal e visuo-espacial por meio dos testes TVIP, Dígitos ordem direta e inversa, Corsi ordem direta e inversa, e provas de memória de trabalho desenvolvidas para este estudo. Resultados indicaram que não houve diferença significativa entre as médias para a maioria das provas, com exceção de Dígitos ordem direta, sendo que o desempenho do grupo sem a síndrome foi superior ao grupo com a síndrome. Comparações do desempenho intra grupos, considerando-se a ordem direta e inversa das provas Dígitos e Corsi, indicaram diferenças significativas para ambos os grupos. Em geral, os dados dos dois estudos corroboram com a literatura, que descreve a heterogeneidade do perfil cognitivo de pessoas com síndrome de Down e apontam para evidências quanto a força de habilidades não verbais, geralmente menos afetadas do que habilidades lingüísticas.
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