Spelling suggestions: "subject:"taxonomic""
401 |
Revisão e análise cladística da subfamília Metasarcinae Kury, 1994 (Opiliones; Laniatores; Gonyleptidae) / Review and cladistic analysis of the subfamily Metasarcinae Kury, 1994 (Opiliones, Laniatores, Gonyleptidae)Benedetti, Alípio Rezende 03 May 2012 (has links)
Uma análise cladística da subfamília Metasarcinae Kury, 1994 é realizada para testar o monofiletismo do grupo e suas relações internas, afim de proporcionar um maior embasamento para uma revisão taxonômica. A matriz de dados compreende 33 terminais internos e 8 do grupo externo, num total de 41 e 51 caracteres. A análise com pesagem implícita de caracteres de concavidade igual a 3 resultou em uma árvore mais parcimoniosa com 319 passos (IC=0,19; IR=0,5). A seguinte sinapomorfia não-ambígua sustenta o clado Metasarcinae: presença de sacos laterais no pênis. São reconhecidos três gêneros válidos: Ayaucho Roewer, 1949, com duas sinapomorfias não ambíguas, (1) borda posterior sendo maior largura do escudo dorsal (exclusiva) e (2) promontório convexo; Cajamarca Roewer, 1952, com três sinapomorfias não ambíguas, (1) presença de uma apófise externa na coxa IV, (2) 1 tubérculo retrolateral no trocanter IV e (3) fileira prolateral de tubérculos no fêmur IV; e Metasarcus Roewer, 1913, com uma sinapomorfia não-ambígua, (1) oculário com uma depressão mediana suave. Uma nova classificação é proposta baseada nos resultados da análise cladística. A subfamília era composta por 13 gêneros e 25 espécies, das quais 21 são reconhecidas como válidas e 18 pertencem a subfamília Metasarcinae. Foram feitas as seguintes sinonímias em nível genérico: Cajamarca Roewer, 1952 = Cargaruaya Roewer, 1956, Cajacaybia Roewer, 1957, Palcares Roewer, 1957 e Tapacochana Roewer, 1957. Metasarcus Roewer, 1913 = Chacoikeontus Roewer, 1929, Tshaidicancha Roewer, 1957 e Incasarcus Kury & Maury, 1998. Foram feitas as seguintes sinonímias em nível de espécie: Cajamarca weyrauchi Roewer, 1952, = Cajamarca affinis Roewer, 1957; Cajamarca bambamarca Roewer, 1957 = Cajamarca triseriata Roewer, 1957; Metasarcus bolivianus Roewer, 1913 = Metasarcus armatipalpus (Roewer, 1929); Palcares spiniger Roewer, 1957 = Palcares serrifemur Roewer, 1959. As seguintes espécies apresentam nova combinação: Cajamarca inermis (Roewer, 1957), Cajamarca insignita (Roewer, 1957), Cajamarca spinigera (Roewer, 1957), Metasarcus argenteus (Kury & Maury, 1998), Metasarcus clavifemur (Roewer, 1929), Metasarcus dianae (Kury & Maury, 1998), Metasarcus ochoai (Kury & Maury, 1998), Metasarcus pictus (Kury & Maury, 1998), Metasarcus viracocha (Kury & Maury, 1998) e Metasarcus weyrauchi (Roewer, 1957). As seguinte espécies tiveram que ser renomeadas: Cajamarca ancash, Cajamarca cajacay e Cajamarca sanjuan. Foram descritas 18 novas espécies: Ayacucho pomacocha, Ayacucho silvae, Cajamarca querococha, Metasarcus antonionii, Metasarcus bergmani, Metasarcus chaplini, Metasarcus fellinii, Metasarcus joseochoai, Metasarcus kubricki, Metasarcus kurosawai, Metasarcus limachii, Metasarcus pasolinii, Metasarcus scorsesei, Metasarcus spielbergi, Metasarcus trispinosus, Metasarcus vacafloresae, Metasarcus woodyalleni e Metasarcus yucumo / A Metasarcinae Kury, 1994, cladistic analysis was made to test monophyletism and its internal relationship, in order to provide a better foundation for taxonomic review. The data matrix has 33 ingroup terminals and 8 for external group, a total of 41 taxa and 51 characters. An implicit weighting characters analysis with concavity equal 3 resulted in one more parsimonious tree with 319 steps (IC=0,19; IR=0,5). The following unambiguous synapomorphy maintains the Metasarcinae clade: presence of lateral sacs in penis. Three genera are recognised as valid: Ayaucho Roewer, 1949, with two unambiguous synapomorphies, (1) posterior edge with largest width of dorsal scute (exclusive) and (2) convex promontory; Cajamarca Roewer, 1952, with three unambiguous synapomorphies, (1) presence coxae IV external apophysis, (2) trochanter IV with 1 retrolateral tubercle and (3) femur IV with protateral tubercles row; and Metasarcus Roewer, 1913, with one unambiguous synapomorphy, (1) ocularium with mild median depression. A new classification is proposed based on the cladistics analysis results. The subfamily was composed of 13 genera and 25 species, which 21 are recognized as valid and 18 belong to Metasarcinae. The following genera synonymies were done: Cajamarca Roewer, 1952 = Cargaruaya Roewer, 1956, Cajacaybia Roewer, 1957, Palcares Roewer, 1957 and Tapacochana Roewer, 1957. Metasarcus Roewer, 1913 = Chacoikeontus Roewer, 1929, Tshaidicancha Roewer, 1957 and Incasarcus Kury & Maury, 1998. The following species synonymies were done: Cajamarca weyrauchi Roewer, 1952, = Cajamarca affinis Roewer, 1957; Cajamarca bambamarca Roewer, 1957 = Cajamarca triseriata Roewer, 1957; Metasarcus bolivianus Roewer, 1913 = Metasarcus armatipalpus (Roewer, 1929); Palcares spiniger Roewer, 1957 = Palcares serrifemur Roewer, 1959. The following species present new combination: Cajamarca inermis (Roewer, 1957), Cajamarca insignita (Roewer, 1957), Cajamarca spinigera (Roewer, 1957), Metasarcus argenteus (Kury & Maury, 1998), Metasarcus clavifemur (Roewer, 1929), Metasarcus dianae (Kury & Maury, 1998), Metasarcus ochoai (Kury & Maury, 1998), Metasarcus pictus (Kury & Maury, 1998), Metasarcus viracocha (Kury & Maury, 1998) e Metasarcus weyrauchi (Roewer, 1957). These species had to be renamed: Cajamarca ancash, Cajamarca cajacay and Cajamarca sanjuan. Were described as new 18 species: Ayacucho pomacocha, Ayacucho silvae, Cajamarca querococha, Metasarcus antonionii, Metasarcus bergmani, Metasarcus chaplini, Metasarcus fellinii, Metasarcus joseochoai, Metasarcus kubricki, Metasarcus kurosawai, Metasarcus limachii, Metasarcus pasolinii, Metasarcus scorsesei, Metasarcus spielbergi, Metasarcus trispinosus, Metasarcus vacafloresae, Metasarcus woodyalleni and Metasarcus yucumo.
|
402 |
Relações filogenéticas da superfamília Doradoidea (Ostariophysi, Siluriformes) / Phylogenetic relationships of the superfamily Doradoidea (Ostariophysi, Siluriformes)Birindelli, José Luís Olivan 27 August 2010 (has links)
A superfamília Doradoidea (Siluriformes) é composta por duas famílias Neotropicais: Doradidae e Auchenipteridae. A relação de grupo irmão entre essas famílias foi bem corroborada por estudos prévios baseados em dados morfológicos e moleculares. As relações filogenéticas entre gêneros e espécies de Doradoidea foram parcialmente estudadas por alguns autores. Contudo, as relações filogenéticas entre a superfamília Doradoidea e os demais Siluriformes, e entre vários dos gêneros e espécies de Doradidae e Auchenipteridae permanecem controvérsias. O objetivo dessa tese é estudar as relações entre espécies e gêneros da superfamília Doradoidea, e o posicionamento dela entre as demais famílias de Siluriformes. Para isso, realizei uma análise filogenética extensa incluindo a maioria das espécies de Doradidae, 21 dos 22 gêneros de Auchenipteridae, e representantes de outras 16 famílias de Siluriformes. Para cada um desses táxons, 328 caracteres foram descritos, ilustrados e discutidos com base nos estudos prévios de outros autores. A análise de parcimônia resultou em quatro árvores igualmente parcimoniosas com 1086 passos. Em todas as árvores, a superfamília Doradoidea foi considerada como grupo irmão da família africana Mochokidae, que juntas formam a subordem Doradoidei. O monofiletimo da superfamília Doradoidea e da subordem Doradoidei foi corroborado por nove e cinco sinapomorfias exclusivas, respectivamente. Seis sinapomorfias não exclusivas serviram de suporte para a relação entre Doradoidei e um clado formado por pela família africana Amphiliidae e pela superfamília asiática/neotropical Sisoroidea. O monofiletismo das famílias Auchenipteridae e Doradidae foi corroborado por uma série de cinco e três caracteres exclusivos, respectivamente. As espécies da família Auchenipteridae foram classificadas em duas subfamílias: Centromochlinae e Auchenipterinae, esta última composta por cinco gêneros (Asterophysus, Liosomadoras, Tocantinsia, (Pseudotatia, Pseudauchenipterus)), e duas tribos relacionadas entre si: Auchenipterini e Trachelyopterini. Wertheimeria e Kalyptodoras foram consideradas relacionadas entre si, formando o clado irmão dos demais doradídeos; e Franciscodoras foi considerado como a segunda linhagem mais basal da família. Os gêneros Acanthodoras e Agamyxis foram encontrados como relacionados às espécies da subfamília Astrodoradinae. Platydoras e Centrochir foram considerados como irmãos da subfamília Doradinae, esta última dividida em três tribos: Pterodoradini, Rhinodoradini e Doradini. Oxydoras foi considerado táxon irmão dos doradídeos de barbilhões fimbriados. O gênero Hemidoras foi considerado sinônimo júnior de Opsodoras. As espécies Nemadoras leporhinus, N. trimaculatus e Opsodoras ternetzi foram consideradas como mais relaciondas a Hassar, Anduzedoras e Leptodoras, do que aos seus congêneres. Um resumo sistemático com diagnose de cada gênero, tribo, subfamília e família da superfamília Doradoidea foi elaborado, bem como uma chave de identificação para todos os gêneros do grupo. / The superfamily Doradoidea (Siluriformes) is composed of two Neotropicalendemic families: Doradidae and Auchenipteridae. The sister-group relationship between these families has been corroborated by previous studies of both morphological and molecular data. Previous studies have also provided support for evolutionary relationships between doradoid genera and species. However, relationships between the superfamily Doradoidea and remaining Siluriformes, and between several genera of Doradidae and Auchenipteridae remain controversial. The aim of my study is to recover evolutionary relationships between genera and species of the superfamily Doradoidea, and to find support for its position within Siluriformes. To accomplish this, I performed a comprehensive phylogenetic analysis including a majority of the Doradidae species, 21 of 22 genera of Auchenipteridae, and representatives of another 16 families of Siluriformes. For each of these taxa, I described, illustrated, or discussed 328 characters, most of which were gathered from several previous studies by other authors. Parsimony analysis of these characters resulted in four equally parsimonious trees with 1086 steps. In all trees, the superfamily Doradoidea was recovered as sister to the Africa-endemic family Mochokidae, together forming the suborder Doradoidei. Monophylies of the superfamily Doradoidea and suborder Doradoidei were respectively corroborated by nine and five exclusive synapomorphies. Six non-exclusive synapomorphies supported Doradoidei as sister to a clade composed of the Africa-endemic Amphiliidae and the Asia/Neotropical-endemic Sisoroidea. Monophylies of the families Auchenipteridae and Doradidae were also corroborated by sets of five and three characters, respectively. The family Auchenipteridae was found to be composed of two subfamilies: Centromochlinae and Auchenipterinae, the latter comprising five genera (Asterophysus, Liosomadoras, Tocantinsia, (Pseudotatia, Pseudauchenipterus)), and two related tribes: Auchenipterini and Trachelyopterini. Wertheimeria and Kalyptodoras were recovered together as a clade sister to all other doradids; and Franciscodoras was recovered as the second basal-most lineage of the family. The genera Acanthodoras and Agamyxis were recovered within the species of the subfamily Astrodoradinae. Platydoras and Centrochir were recovered as sister to the subfamily Doradinae, which comprised three tribes: Pterodoradini, Rhinodoradini and Doradini. Oxydoras was recovered as sister to all fimbriate-barbeled doradids. The genus Hemidoras was considered a junior synonym of Opsodoras. The species Nemadoras leporhinus, N. trimaculatus and Opsodoras ternetzi were recovered as more closely related to Hassar, Anduzedoras and Leptodoras, than to their congeners. A systematic summary with diagnoses of every genus, tribe, subfamily, and family of the superfamily Doradoidea is provided, as well as an artificial key allowing identification of all genera of the group.
|
403 |
Taxonomia de invertebrados fósseis (Oligoceno-Mioceno) da ilha Rei George (Antártica ocidental) e paleobiogeografia dos Bivalvia cenozóicos da Antártica / Taxonomy of invertebrate fossils (Oligocene-Miocene) from the King George island (West Antarctica) and paleobiogeography of cenozoic Bivalvia from AntarcticaQuaglio, Fernanda 11 October 2007 (has links)
As pesquisas apresentadas nesta dissertação integram o projeto CNPq - PROANTAR 550352/02-3 \"Mudanças paleoclimáticas na Antártica durante o Cenozóico: o registro geológico terrestre\", que estuda os depósitos cenozóicos da ilha Rei George em busca elucidação do histórico ambiental e climático desta região antártica. A evolução dos padrões de circulação marinha e atmosférica no Hemisfério Sul ocorreu em resposta ao isolamento geográfico e térmico da Antártica, resultado de sua separação da Austrália, no limite Eoceno/Oligoceno, e da América do Sul, no final do Oligoceno. Sob este aspecto, o estudo de organismos fósseis registrados nos depósitos cenozóicos da Antártica contribui para o entendimento das evoluções biológicas e ambientais ocorridas concomitantemente às mudanças paleogeográficas, oceanográficas e climáticas na região ao longo do Cenozóico. Frente à dificuldade de acesso, demanda logística e extensa cobertura de gelo, apenas uma pequena porção do registro geológico da Antártica está acessível para pesquisa. Afloramentos da ilha Rei George registram as mudanças climáticas e ambientais ocorridas do Oligoceno ao Mioceno, incluindo evidências do primeiro evento de glaciação perene no oeste do continente (Oligoceno). A despeito da abundância de fósseis nos estratos cenozóicos da ilha, são poucos os trabalhos taxonômicos com descrição sistemática detalhada de bivalves fósseis. O primeiro módulo do presente estudo apresenta a descrição taxonômica de invertebrados de depósitos cenozóicos aflorantes em duas localidades da ilha Rei George, Antártica ocidental. Da Formação Cape Melville (Mioceno), península Melville, foram descritos sete táxons de bivalves, incluindo seis espécies novas. Da Formação Polonez Cove (Oligoceno), Pico Vauréal, uma região previamente inexplorada paleontologicamente, foram descritos sete táxons de invertebrados (bivalves, braquiópodes, tubos de serpulídeos, briozoários e fragmentos de equinodermes), incluindo duas espécies novas. O segundo módulo corresponde à reunião dos gêneros de bivalves registrados em depósitos cenozóicos da Antártica. A análise do registro apontou para o conhecimento bastante incipiente sobre a diversidade de bivalves antárticos ao longo do Cenozóico. Além disso, a comparação entre gêneros de bivalves cenozóicos registrados na Antártica e Nova Zelândia revelou que a maior parte dos gêneros compartilhados está registrada em depósitos eocênicos, o que suporta o isolamento geográfico da Antártica e a redução do intercâmbio faunístico entre a Antártica e regiões periféricas após o Oligoceno. A análise do registro sugeriu um evento de dispersão intenso durante o Eoceno, e pequenos pulsos de dispersão após o Oligoceno. O padrão de distribuição dos táxons concorda parcialmente com as reconstituições de paleocorrentes disponíveis na literatura. A dispersão durante o Eoceno teria ocorrido da Antártica para a Nova Zelândia na direção do Atlântico para o Pacífico. Este evento de dispersão concorda com a hipótese de existência de conexões marinhas de plataforma rasa entre o oeste e o leste da Antártica (\"Passagem de Shackleton\") e da província Weddeliana do final do Cretáceo ao Eoceno. Os eventos de dispersão pósoligocênicos teriam ocorrido durante e após o estabelecimento da Corrente Circum-Antártica, não mais pela \"Passagem de Shackleton\", mas margeando a Antártica pelas bordas ocidental atlântica e oriental em direção à Nova Zelândia. A análise do registro dos bivalves cenozóicos da Antártica também concorda com a hipótese de glaciação perene a partir do início do Oligoceno na região leste do continente, e na metade do Oligoceno na região oeste, com temperaturas mais amenas que as observadas atualmente. / The research presented in this dissertation comprised part of the CNPq - PROANTAR Project 550352/02-3 \"Mudanças paleoclimáticas na Antártica durante o Cenozóico: o registro geológico terrestre\", which studies Cenozoic deposits from King George Island in order to elucidate the environmental and climatic Cenozoic histories of this Antarctic region. Cenozoic evolution of marine and atmospheric circulation in the Southern Hemisphere occurred in response to the geographic and thermal isolation of Antarctica, which resulted from the separation of Antarctica from Australia, around Eocene/Oligocene boundary, and from South America, during the late Oligocene. Thus, study of fossil organisms from Antarctic Cenozoic deposits contributes to the understanding of biological and environmental evolutions that accompanied paleogeographic, oceanographic and climatic changes during the Cenozoic. As a result of the difficult access, logistic demand and extensive ice cover, only a small part of the Cenozoic Antarctic record is available for study. King George Island records climatic and environmental changes from the Oligocene to the Miocene, including evidence of the first full-scale glaciation (Oligocene) of West Antarctica. Despite the abundance of fossils in Cenozoic deposits of the island, taxonomic studies with detailed systematic descriptions of bivalves are very rare. The first section of this work consists of taxonomic descriptions of invertebrates from Cenozoic deposits cropping out in two localities of King George Island, West Antarctica. Seven taxa of bivalves, including six new species were described from the Cape Melville Formation (Miocene), at Melville Peninsula. Seven taxa of invertebrates (bivalves, brachiopods, serpulid tubes, bryozoans, and echinoderm fragments) were described from the Polonez Cove Formation (Oligocene), at Vauréal Peak, a site previously unexplored paleontologically. The second section presents the results of a survey of the Cenozoic fossil record of Antarctic bivalves. The analysis of the fossil record confirmed that the current knowledge about the Cenozoic diversity of the group is very scarce. Moreover, comparison of Cenozoic bivalve genera from Antarctica and New Zealand showed that the greatest number of shared taxa is recorded in Eocene deposits. This finding supports the geographic isolation of Antarctic and the drop in faunal interchange between Antarctica and periphery after the Oligocene. Analysis of the fossil record suggested an intensive dispersal event during the Eocene, and restricted pulses of dispersal from the Oligocene onwards. The distribution pattern of taxa provides partial support for available reconstructions of marine currents. Eocene dispersal would have occurred from Antarctica to New Zealand in Atlantic-Pacific direction. This dispersal event is consistent with the hypothesis of shallow marine connections between West and East Antarctica (\"Shackleton Seaway\"), as well of the existence of the Weddellian Province from the Late Cretaceous to the Eocene. Dispersal events following the Oligocene would have occurred during and after the establishment of the Circum-Antarctic Current, along the West-Atlantic and East margins of Antarctica towards New Zealand, and no longer through \"Shackleton Seaway\". These analyses also support the hypothesis of full-scale glaciation in West Antarctica from the early Oligocene onwards, and in East Antarctica since the mid-Oligocene, with warmer temperatures than today.
|
404 |
Revisão taxonômica do complexo Potamotrygon scobina Garman, 1913 (Chondrichthyes: Myliobatiformes: Potamotrygonidae), com inferências biogeográficas / Taxonomic revision of the Potamotrygon scobina Garman, 1913 (Chondrichthyes: Myliobatiformes: Potamotrygonidae) complex, with biogeographical inferencesSilva, João Pedro Fontenelle de Araújo Freire da 08 November 2013 (has links)
A família Potamotrygonidae constitui um grupo monofilético único dentre todos os elasmobrânquios por ser exclusivo de água doce e endêmico aos rios América do Sul. Apesar de seu monofiletismo, apresenta grandes problemas taxonômicos, uma vez que a grande variação nos padrões de coloração de disco e a ausência de um grande número de caracteres diagnósticos adequados proporcionam muitos erros e equívocos quanto a identificação de seus membros, principalmente pela presença de diversos padrões intermediários de coloração. Potamotrygon scobina Garman 1913, espécie cuja ampla distribuição e considerável variação morfológica geraram incertezas quanto a conspicuidade taxonômica do grupo, foi estudada morfologicamente de modo aprofundado, visando delimitar o status taxonômico dessa espécie e ajudar na resolução da problemática envolvida na taxonomia da família Potamotrygonidae. Espécimes cujas características pigmentares e corporais se assemelhavam à Potamotrygon scobina foram estudados e ao fim se obteve quatro novas espécies proximamente relacionadas à original. O refinamento das áreas de distribuição de cada uma das espécies, auxiliado da descrição taxonômica destas, auxiliaram na elaboração de uma hipótese de relacionamento entre estas espécies. Esta hipótese fora então comparada com dados geológicos da região amazônica e elaboraram-se inferências quanto à dinâmica biogeográfica tanto da família quanto das regiões amazônicas, sob um ponto de vista de um grupo de organismos nunca antes apresentado / The family Potamotrygonidae constitutes a monophyletic group unique among all elasmobranch in being exclusive to freshwater and endemic to South America. Despite its supraspecific taxa monophyletic status, some major taxonomic problems exists, as many species present great variation in colour patterns; the absence of a large number of suitable diagnostic characters yield various errors and misconceptions regarding the identification of its members, mainly regarding the presence of several intermediate patterns of dorsal pigmentation. Potamotrygon scobina Garman 1913, a species whose wide distribution and morphological variation generated considerable uncertainties about its taxonomic conspicuity, was morphologically studied in depth in order to delimit its taxonomic status of this species and assist in the resolution of the problems involved in the taxonomy of the family Potamotrygonidae. Specimens whose pigmentary characteristics and body resembled that ofPotamotrygon scobina were studied and four new species closely related to P. scobina were discovered. The refinement of the areas of distribution of each species, and the taxonomic description of these, assisted in the development of a hypothesis of relationship between these species. This result was then compared with geological data of the Amazon region in order to draw inferences as to the dynamics of both the family and biogeographical regions of the Amazon, from a point of view of a group of organisms never before studied in this way
|
405 |
Revisão taxonômica e relações filogenéticas em Inachoididae Dana, 1851 (Crustacea, Brachyura, Majoidea) / Taxonomic revision and phylogenetic relationships in Inchoididae Dana, 1851 (Crustacea, Brachyura, Majoidea)Santana, William Ricardo Amancio 16 October 2008 (has links)
Este trabalho está organizado em duas partes principais: uma revisão taxonômica dos gêneros e espécies de Inachoididae Dana, 1851, e uma análise filogenética com o objetivo precípuo de testar o monofiletismo da família e propor uma hipótese filogenética a partir de dados morfológicos. A presente revisão taxonômica se baseou no estudo de extensas coleções contendo centenas de exemplares pertencentes a 35 espécies distribuídas em 11 gêneros de Inachoididae. Todos os gêneros atribuídos à Inachoididae foram examinados. De todas as espécies que compõe a família, apenas Collodes nudus Stimpson, 1871 e C. robsonae Garth, 1958 não foram obtidos para exame. O material examinado inclui os tipos de 26 espécies nominais. Antes de iniciarmos o nosso trabalho a família Inachoididae compreendia 34 espécies e 10 gêneros. O gênero monotípico Erileptus Rathbun, 1893, tradicionalmente atribuído à Inachidae, é aqui transferido à Inachoididae;Pyromaia vogelsangi Türkay, 1968 sinonimizada à Anasimus latus Rathbun, 1894; e Euprognatha sp. nov. descrita a partir de material proveniente da costa nordeste brasileira. Lectótipos foram designados para as seguintes espécies: Anasimus fugax A. MilneEdwards, 1880; Collodes robustus Smith, 1883; Collodes depressus A. MilneEdwards, 1878; Erileptus spinosus Rathbun, 1893; Anasimus rostratus Rathbun, 1893; Euprognatha acuta A. Milne Edwards, 1880; Batrachonotus nicholsi Rathbun, 1894; Euprognatha granulata Faxon, 1893; Leurocyclus gracilipes (A. MilneEdwards in A. MilneEdwards & Bouvier, 1923). Para a análise filogenética foram obtidos 57 caracteres da morfologia externa. O grupo externo foi composto por representantes de três famílias de Majoidea Samouelle, 1819 (Inachidae MacLeay, 1838; Oregoniidae Garth, 1958; Pisidae Dana, 1851). Foram obtidas 24 árvores igualmente parcimoniosas (191 passos; índice de consistência 0,36; índice de retenção 0,71). O monofiletismo de Inachoididae foi demonstrado inequivocamente. Os gêneros Euprognatha Stimpson, 1871, Inachoides H. Milne Edwards & Lucas, 1842 e Paradasygyius Garth, 1958 são monofiléticos. Os gêneros monotípicos Aepinus Rathbun , 1897, Arachnopsis Stimpson , 1871, Batrachonotus Stimpson, 1871, Erileptus e Leurocyclus Rathbun, 1897 são parafiléticos por definição. Anasimus A. MilneEdwards, 1880, Collodes Stimpson, 1860 e Pyromaia Stimpson, 1871 são parafiléticos. As conseqüências da análise filogenética para a classificação dos Inachoididae são discutidas em detalhe. / This work is organized in two main parts: a taxonomic revision of the genera and species of Inachoididae, and a phylogenetic analysis to test the monophyly of the family and to propose a phylogenetic hypothesis based on morphological data. The study of large collections containing hundreds of specimens pertaining to 35 species distributed in 11 genera of Inachoididae supported the taxonomic revision. All genera attributed to Inachoididae were examined. From the whole family, only Collodes nudus Stimpson, 1871 e C. robsonae Garth, 1958 could not be examined. The studied material included types of 26 nominal species. Prior to the beginning of our work, the family Inachoididae was composed by 34 species in 10 genera. The monotypic genus Erileptus Rathbun, 1893, traditionally attributed to Inachidae, was transferred to Inachoididae; Pyromaia vogelsangi Türkay, 1968 synonymized to Anasimus latus Rathbun, 1894; and Euprognatha n. sp. described with material from the northeast coast of Brazil. Lectotypes were designated for the following species: Anasimus fugax A. MilneEdwards, 1880; Collodes robustus Smith, 1883; Collodes depressus A. MilneEdwards, 1878; Erileptus spinosus Rathbun, 1893; Anasimus rostratus Rathbun, 1893; Euprognatha acuta A. MilneEdwards, 1880; Batrachonotus nicholsi Rathbun, 1894; Euprognatha granulata Faxon, 1893; Leurocyclus gracilipes (A. Milne Edwards in A. MilneEdwards & Bouvier, 1923). For the phylogenetic analysis, 57 morphological characters were obtained. The outgroup was composed by representatives from three families of Majoidea Samouelle, 1819 (Inachidae MacLeay, 1838; Oregoniidae Garth, 1958; Pisidae Dana, 1851). We obtained 24 equally most parsimonious trees (191 steps; Consistency Index 0.26; Retention Index 0.71). The monophyly of Inachoididae was recovered unequivocally. The genera Euprognatha Stimpson, 1871, Inachoides H. Milne Edwards & Lucas, 1842 and Paradasygyius Garth, 1958 are monophyletic. The monotypic genera Aepinus Rathbun , 1897, Arachnopsis Stimpson , 1871, Batrachonotus Stimpson, 1871, Erileptus and Leurocyclus Rathbun, 1897 are paraphyletic by definition. Anasimus A. Milne Edwards, 1880, Collodes Stimpson, 1860 and Pyromaia Stimpson, 1871 are paraphyletic. The consequences for the classification of Inachodidae are discussed in detail.
|
406 |
Revisão taxonômica do gênero Ischnoplax (Chitonoidea; Callistoplacidae) do Atlântico Oeste / Taxonomical revision of the genus Ischnoplax (Chitonoidea; Callistoplacidae) from West AtlanticGomes, Jaime Alberto Jardim 11 August 2015 (has links)
O gênero Ischnoplax nunca foi alvo de revisões e é atualmente incluso em uma família com posição taxonômica incerta. O gênero é composto por três espécies distribuídas da Florida (EUA) até Rio Grande do Sul (Brasil), em que uma delas, Ischnoplax incurvata, tem sido alvo de discussão com relação a sua sinonimização como Ischnoplax pectinata. Frente a isso, o presente estudo pretendeu revisar taxonomicamente o gênero Ischnoplax tendo como base o uso das morfologias externa e interna para a composição de um cenário comparativo. Para a revisão do gênero Ischnoplax foram observadas quase todas as espécies tipo. Foram estudados 2.220 espécimes, sendo destes 430 em diferentes estágios de desenvolvimento. Das três espécies atualmente reconhecidas como válidas, I. incurvata e I. edwini são sinônimos da espécie tipo do gênero, I. pectinata, assim como, Lepidochitona montoucheti, Ischnochiton aidae, Ischnochiton lopesi e Callistochiton laticostatus foram igualmente sinonimizadas. Uma espécie nova foi identificada e sua descrição é indicada. Dentre todos os aspectos estudados, a coloração, escultura das valvas, revestimento do cinturão, morfologia das valvas em especial da anal, o número de filamentos branquiais, o estudo da morfologia através da anatomia e o dente radular lateral maior foram fundamentais para a organização taxonômica do gênero. Complementar aos estudos destinados à revisão taxonômica, foram aplicadas técnicas de analise comparativa da morfologia através da dissecção das diferentes espécies. Assim como a taxonomia, a biogeografia do gênero foi revisada e uma reformulação do conhecimento atual, assim como, uma nova ocorrência do grupo para o Uruguai é citada. As diferenças e semelhanças da morfologia observadas em quase todas as estruturas foram suficientes para auxiliar a organização do gênero, assim como a indicação de novos sinônimos e o comportamento das diferentes estruturas nos diferentes estágios de desenvolvimento. / The taxonomy of the genus Ischnoplax has never been revised and is included in a family of uncertain taxonomic position. It is currently composed of three species distributed from Florida (USA) to Rio Grande do Sul (Brazil) of which the synonymization of Ischnoplax incurvata with Ischnoplax pectinata has been widely discussed. The aim of the present study is to undertake a thorough taxonomic review of the genus Ischnoplax using the external and internal anatomy and create a comparative scenario. This involved the analysis of 2.200 specimens, with 430 at different ontogenetic stages and including almost all type specimens. We recognized three valid species. Ischnoplax incurvata and I. edwini were synonymized with Ischnoplax pectinata, for which Lepidochitona montoucheti, Ischnochiton aidae, Ischnochiton lopesi and Callistochiton laticostatus are also synonyms. A new species was identified and a description is given. Of all the characters studied, the color, sculpture of the valves, structures of the girdle, morphology of the valves (especially the tail valve), number of gill filaments, anatomy and the major lateral radular teeth were fundamental for to the taxonomic organization of the genus. Complementary to the taxonomic study we also undertook a comparative analysis of the morphology by means of dissections of different species. The geographical distribution of the genus was also revised and an up-to-date summary of the current knowledge along with a new occurrence from Uruguay are given. The differences and similarities of morphology observed in almost all structures were sufficient to aid in the taxonomic organization of the genus as well as to determine synonyms and the differences between structures at several stages of development.
|
407 |
Revisão de Axonopus serie Suffulti G.A. Black (Poaceae: Paniceae) para o Brasil / Revien of Axonopus serie Suffulti G.A. Black (Poaceae: Paniceae) for BrazilSantos, Carlos Alberto Garcia 11 May 2007 (has links)
Axonopus é um gênero neotropical com cerca de 75 espécies ocorrendo no Brasil, as quais representam cerca de 70% do número total de espécies do gênero. Axonopus serie Suffulti constitui um pequeno grupo incluindo espécies de taxonomia controversa, caracterizado por plantas com rizomas, folhagem equitante ou pseudoequitante, rígida ou subrígida e espiguetas com antécio superior castanho. Trinta e quatro formas coletadas em diversas partes do país, foram agrupadas de acordo com suas similaridades fenotípicas. Algumas espécies foram determinadas por esse método. Os cariótipos são compostos por um número básico x=10 cromossomos, todos aparentemente meta ou submetacêntrios. O maior nível de ploidia encontrado em A. serie Suffulti foi o tetraplóide. Oito táxons submetidos à análise de bandeamento Giemsa C e CMA3/DAPI mostraram segmentos de heterocromatina terminal e proximal com fortes evidências de que cada forma analisada constitui uma espécie distinta. Foi utilizada a hibridização in situ, FISH, para investigar a localização do sítio 45S do DNAr em cinco entidades, revelando alta homologia entre elas. A hibridização genômica in situ, GISH, permitiu a identificação de um genoma parental em um alotetraplóide. Dados sobre preferências ecológicas e distribuição geográfica contribuíram para a delimitação das espécies. Este estudo possibilitou o estabelecimento da circunscrição de 18 espécies e 6 variedades. / Axonopus is a neotropical genera with about 75 species occurring in Brazil which represents about 70% of the total number of the species of the genera. Axonopus serie Suffulti constitutes a small group including species of controversy taxonomy, characterized by plants with rhizomes, equitant or pseudoequitant, rigid or subrigid foliage and spikelets with brown upper anthecium. Thirty-four forms collection from several parts of the country, were grouped according its phenotypic similarities. Some species could be determined by this method. The karyotypes are composed by a basic number of x=10 apparently constituted by meta and submetacentric chromosomes. The major ploidy level found in A. serie Suffulti was the tetraployd. Eight taxa performed using Giemsa C banding and CMA3/DAPI staining probe showed terminal and proximal heterochromatic segments with strong evidences that each form analyzed constitutes a distinct species. Fluorescent in situ hybridization, FISH, was used to investigate the localization of the 45S rDNA site in five entities, revealing high homology between them. Genomic in situ hybridization, GISH, permitted identification of one parental genome in a alotetraployd. Data about ecological preferences and geographic distribution contributed for the species delimitation. This study permitted the establishment of the circumscription of 18 species and 6 varieties.
|
408 |
Fungos micorrízicos arbusculares e endofíticos dark septate em áreas de Mata Atlântica em um gradiente altitudinal / Arbuscular mycorrhizal fungi and dark septate endophytes in areas of Atlantic Forest in altitudinal gradientBonfim, Joice Andrade 14 August 2015 (has links)
Os fungos micorrízicos arbusculares (FMA) têm papel fundamental na absorção de nutrientes, sobrevivência vegetal e na estruturação dos solos. Recentemente uma série de pesquisadores verificou que plantas associadas com FMA também podem se associar com os fungos de micélio escuro (DSE do inglês, dark septate endophytes). Embora de estudo recente, já se observou que os endófitos de micélio escuro igualmente podem promover o crescimento de plantas em diversos ambientes. O objetivo desse trabalho é realizar um levantamento de espécies de FMA e DSE em áreas de Mata Atlântica em um gradiente altitudinal, podendo advir respostas de relevância ecológica maior, como a influência da planta hospedeira, dos parâmetros do solo, da sazonalidade e da altitude sobre a ocorrência e diversidade desses fungos. Espera-se também esclarecer melhor a lacuna existente no conhecimento dos benefícios dos DSE para as plantas e dar o primeiro passo para a compreenção da interação dos FMA com os DSE. Avaliaram-se os atributos químicos, físicos e microbiológicos do solo e, entre estes, a ocorrência e diversidade dos FMA e DSE na raiz e solo rizosférico de diferentes espécies arbóreas da Mata Atlântica do Parque Estadual da Serra do Mar, Estado de São Paulo, Brasil, em um gradiente altitudinal: 80m, 600m e 1000m. As coletas de solo e raízes foram realizadas em quatro estações. Os dados foram submetidos à análise de variância ANOVA, teste LSD, análise canônica discriminante (ACD) e análise de redundância (RDA). Uma vez que muitas espécies de DSE são conhecidas por serem patogênicas sobre certas plantas, os isolados de DSE foram avaliados quanto à sua eventual patogenicidade. Os isolados não patogênicos foram selecionados para um bio-teste, sozinhos ou em combinação com um FMA em plantas de arroz. Foram identificadas no solo rizosférico 58 espécies de FMA e os gêneros Acaulospora e Glomus foram dominantes, enquanto que nas raízes, apenas 14 grupos de FMA foram encontrados e todos apresentaram elevada similaridade com a família Glomeraceae. Foram encontrados 251 isolados de DSE que se agruparam em 35 UTO. A maioria dos isolados de DSE foram patogênicos para as plantas de arroz. A época de amostragem teve efeito sobre a colonização radicular e diversidade dos FMA. A altitude foi importante em selecionar espécies de FMA e também agiu sobre o número de esporos e colonização por DSE e FMA. A maioria dos FMA e DSE ocorreu de forma generalizada nas diferentes espécies hospedeiras, apesar de existirem algumas espécies fúngicas com preferências para certas árvores. Os atributos do solo tiveram forte influência sobre a colonização pelos FMA, enquanto que para os DSE as diferenças na colonização foram pouco infuenciadas pelos parâmetros do solo. No entanto, as propriedades do solo foram responsáveis por dirigir a ocorrência de certas espécies de FMA e DSE. A interação entre FMA e DSE e os seus benefícios para as plantas hospedeiras ainda necessita de maiores estudos principalmente com relação a compreenção das condições fornecidas em experimentos que favoreçam ambas as associações. / Arbuscular mycorrhizal fungi (AMF) play a fundamental role in the absorption of nutrients, plant survival and soil structure. Recently a number of researchers found that plants associated with AMF may also be associated with dark mycelium fungi. In a recent study, it was observed that the dark septate endophytes (DSE), usually Ascomycetes, can promote the growth of plants in different environments. The aim of this study was to survey the diversity of AMF and DSE in Atlantic Forest areas in altitudinal gradients, which result in responses of greater ecological relevance, as the influence of the host plant, soil attributes, seasonality and altitude on occurrence and diversity of these fungi. We also expect to clarify the gap in the knowledge of the benefits of DSE for plants and take the first step towards the comprehension of the interaction of AMF and DSE. We evaluated the chemical, physical and microbiological attributes, and among these, the occurrence and diversity of AMF and DSE in the root and rhizospheric soil of different tree species of the Atlantic Forest of Serra do Mar State Park, State of Sao Paulo, Brazil, along an altitudinal gradient: 80m, 600m and 1000m. Samplings of the soil and roots were performed in four seasons. The data were submitted to ANOVA, LSD test, canonical discriminant analysis (CDA) and redundancy discriminant analysis (RDA). Since many species of DSE are known to be pathogenic on certain plants, DSE fungal isolates were evaluated for their eventual pathogenic activity. The isolates non-pathogenic were used in a bio-test to either alone or in combination with the AMF in rice plants. In the rhizosphere 58 AMF species were identified. The genera Acaulospora and Glomus were predominant. However, in the roots, only 14 AMF sequences were found and all had high similarity to the family Glomeraceae. In an analysis of the DNA ITS sequences of the 251 DSE isolates we found that they clustered into 35 UTOs. Most DSE found were considered pathogenic for rice. The season had no effect on root colonization and AMF diversity. Altitude was important in selecting AMF species and also acted on the number of spores and colonization by AMF and DSE. Most of the AMF and DSE were generalists, without a specificity for host plants, although there are some fungal species with preferences for certain trees. The soil properties had a strong influence on colonization by AMF while, for the DSE, differences in colonization do not seem to be related to soil attributes. However, soil attributes were responsible for directing the diversity of AMF and also of DSE species. The interaction between AMF and DSE and their benefits to the host plants require further studies to comprehend the conditions that favor both associations.
|
409 |
Revisão taxonômica de Aegialomys (Weksler, Percequillo & Voss, 2006) (Cricetidae: Sigmodontinae) / Taxonomic review of Aegialomys (Weksler, Percequillo & Voss, 2006) (Cricetidae: Sigmodontinae)Prado, Joyce Rodrigues do 17 October 2012 (has links)
Aegialomys é membro da tribo Oryzomyini, e se distribui ao longo dos ambientes abertos, a oeste do Peru e do Equador, incluindo o Arquipélago de Galápagos. Esse gênero, recentemente descrito, é constituído por duas espécies: A. galapagoensis e A. xanthaeolus. Contudo, informações recentes sugerem a existência de uma espécie não descrita na região do Equador. Esse fato, juntamente com questões levantadas na literatura a respeito do status taxonômico de Oryzomys xanthaeolus ica, e algumas reservas sobre Oryzomys baroni, motivou a revisão taxonômica desse grupo. Dentro desse contexto, o presente estudo descreveu os padrões de variação da amostra, buscando caracterizar os táxons, em termos morfológicos e morfométricos, descrever sua variação intra e interespecífica, atribuir nomes válidos a todas as espécies e estabelecer a distribuição geográfica de cada espécie reconhecida, bem como a relação de parentesco. Para tanto, foram estudadas coleções científicas nos Estados Unidos, na Inglaterra e no Peru. As análises morfométricas (estatística uni e multivariada) e morfológicas (frequência dos caracteres) foram conduzidas em indivíduos adultos e de ambos os sexos. Os caracteres morfométricos consistiram em dimensões corpóreas e crânio-dentárias. As normalidades univariadas dos dados foram testadas. Em um primeiro momento, foi apresentado o histórico taxonômico do gênero; em seguida, um catálogo sitematizado com informações sobre os tipos das espécies. A distribuição de Aegialomys no continente está limitada por Esmeraldas (Prov. de Esmeraldas, Equador), ao norte; por Hacienda Checayani, Azangaro (Depto. de Puno, Peru), ao sul e a leste; e pela costa a oeste. O gênero é encontrado em uma ilha próxima ao continente, chamada Isla Puna, e no Arquipélago de Galápagos. As análises morfológicas e morfométricas revelaram que os espécimes examinados são similares em seus caracteres externos, cranianos e dentários, independentemente da sua origem geográfica. Entretanto, morfológicamente constatou-se algumas variações com sentido geográfico para caracteres como a coloração dorsal, a coloração ventral, a posição do lacrimal, o tamanho do palato, a presença de flexo no anterocone do M1, e no anteroconídeo e morfometricamente, observamos um acentuado acréscimo nas dimensões cranianas, no sentido norte-sul da distribuição. Unindo dados morfológicos e morfometricos reconhece-se a existência de três grupos distintos - o norte, o sul e Galápagos, aos quais os nomes A. xanthaeolus, A. baroni e A. galapagoensis, foram designados respectivamente. No padrão geral das amostras, o agrupamento Galápagos se mostra mais similar às amostras do sul. Todavia, uma característica importante é compartilhada entre os indivíduos de Galápagos e os do grupo norte, que é a presença de flexo de anterocone e no anteroconídeo. O limite de distribuição das espécies continentais foi concordante com a zona de transição climática existente no sul do Equador e norte do Peru, onde o clima passa da caracterização úmida para árida, e também com dados relacionados às áreas de endemismo e barreiras para a dispersão de fauna encontrada também para outros grupos de vertebrados. A relação de parentesco entre as espécies foi estabelecida com base em uma filogenia morfológica, revelando que as espécies continentais são mais proximamente relacionadas entre si do que com A. galapagoensis. / Aegialomys is a member of Oryzomyini tribe that occurs through the open habitats, west of the Ecuadorian and Peruvian Andes, including the Galapagos Archipelago. This genus, recently described, consists of two species, A. galapagoensis and A. xanthaeolus. Nevertheless, additional information suggests there is one undescribed species in the Ecuadorian region. This fact, along with questions raised in the literature regarding the taxonomic status of Oryzomys xanthaeolus ica, and some reserves about Oryzomys baroni, has motivated a taxonomic review of this group. Within this context the present study describes the patterns of variation of the available samples, in order to characterize the taxa on morphologic and morphometric aspects; to describe the intra and interspecific variation; to assign the valid and available names to all valid taxa; and to establish the geographic distribution of each recognized species, and the kinship. In order to achieve these goals, I studied specimens housed at several scientific collections in the United States, England and Peru. Morphometric (univariate and multivariate statistical analyses) and morphologic (character-state frequencies) analyses were conducted in adult specimens, employing both sexes. The morphometric characters consisted of body dimensions and skull and molar measurements. Univariate normality was tested. At first, I present the genus taxonomic history and a systematic catalog with information regarding the type material of each nominal taxa. The distribution of Aegialomys in the continent is limited by Esmeraldas (Province of Esmeraldas, Ecuador) to the north; by the Hacienda Checayani, Azangaro (Depto. De Puno, Peru) to the south and west; and by the coast to the west. The genus is also found in a continental island close to the continent, Isla Puna, and inoceanic islands that form the Galapagos Archipelago. The morphometric and morphologic data revealed that the specimens examined are similar in some of their external, cranial and dental characters, independently of its geographical origin; however, I notice some variations related to the geography in characters like the dorsal and ventral color, lacrimal position, palate length, presence of anterocone flexus in M1, and presence of anteroconid flexus in M1. A pronounced addition in cranial dimensions is observed through north-south distribution, which revealed the existence of three distinct clusters: North, South and Galapagos of which the names A. xanthaeolus, A. baroni and A. galapagoensis was designated respectively. The samples of Galapagos exhibit morphometric and morphologically similarity to the South samples; however, an important character is shared among the individuals of Galapagos and North cluster, which is the presence of anterocone and anteroconid flexus. The distribution limits of continental species were consistent with the existing climate transition zone in southern Ecuador and northern Peru, where the climate changes from wet to dry, and also consistent with data related to the areas of endemism and barriers to the faunal dispersion reported for other vertebrate groups. The kinship among the species was established based on a morphological phylogeny, revealing that the continental species are more closely related to each other than with A. galapagoensis.
|
410 |
Revisão e análise cladística dos gêneros de Aphilodontinae Silvestri, 1909 (Chilopoda, Geophilomorpha, Geophilidae) / Revision and cladistic analysis of the Aphilodontinae Silvestri, 1909 genera (Chilopoda, Geophilomorpha, Geophilidae)Calvanese, Victor de Carvalho 13 September 2017 (has links)
Geophilomorpha é a mais diversa dentre as cinco ordens de Chilopoda, contando com 1250 espécies em sete famílias e 215 gêneros. Na região neotropical são conhecidos cerca de 320 espécies e 91 gêneros, distribuídos em cinco famílias: Balophilidae, Schendylidae, Oriydae, Mecistocephalidae e Geophilidae. Aphilodontinae atualmente pertence à Geophilidae e possui distribuição na região centro-sul do continente Sul americano e África do Sul. Atualmente conta com quatro gêneros: Aphilodon com 14 espécies, sendo destas, quatro neotropicais e 10 africanas, Mecophilus e Mecistauchenus, endêmicos do Brasil e Philacroterium, sul-africano, os três monotípicos. Neste projeto são abordadas as relações filogenéticas e a taxonomia dos gêneros de Aphilodontinae através de estudo morfológico com base no material-tipo e não tipo, encontrados nas principais coleções miriapodológicas nacionais e internacionais. Treze das dezessete espécies válidas de Aphilodontinae foram examinadas e sete novas espécies são descritas para o Brasil nos estados do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Para o estudo filogenético, 34 terminais tiveram 54 caracteres morfológicos analisados, sendo 14 obtidos na literatura e 40 testados pela primeira vez. Representantes de 20 espécies de Aphilodontinae foram commparados com no mínimo dois representantes de todas as outras subfamílias de Geophilidae, incluindo Geophilinae, Ribautiinae, Macronicophilinae, Dignathodontinae e Linotaeniinae. Dicellophilus carniolencis, de Mecistocephalidae foi utilizado para enraizamento. A análise filogenética foi realizada no programa T.N.T. sob busca exaustiva (Comando IP) com pesagem igualitária. A otimização realizada no software Winclada foi baseada na não ambiguidade de estado entre terminais. Como resultado recuperamos uma única árvore mais parcimoniosa, com 119 passos. Os resultados de nossa análise mostram uma nova disposição dos táxons em Aphilodontinae, onde: 1- Geoperingueyia (Geophilidae) deve ser transferido para Aphilodontinae. 2- Mecistauchenus e Mecophilus são sinônimos juniores de Aphilodon. 3- As espécies africanas de Aphilodon são relacionadas a espécie-tipo de Philacroterium, e, portanto, transferidas. Com base em nossos resultados fornecemos chaves de identificação para as subfamílias de Geophilidae, para os gêneros de Aphilodontinae e suas espécies, uma nova organização taxonômica para Aphilodontinae, assim como mapas de distribuição das espécies da subfamília / Geophilomorpha is the most diverse of the five orders of Chilopoda, counting on 1250 species in seven families and 215 genera. For the Neotropical region about 320 species are known, 91 genera in five families: Balophilidae, Schendylidae, Oriydae, Mecistocephalidae e Geophilidae. Aphilodontinae is currently a member of the Geophilidae and has a distribution in the south-central region of the South American continent and South Africa. It currently has four genera: Aphilodon with 14 species, four Neotropical and 10 African, Mecophilus and Mecistauchenus, endemic to Brazil and Philacroterium, South African, the three monotypic. In this project we discuss the phylogenetic relationships and the taxonomy of Aphilodontinae genera through a morphological study based on the type and non-type material found in the main national and international miriapodological collections. Thirteen of the seventeen valid species of Aphilodontinae were examined and seven new species are described for Brazil in the states of Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro and Minas Gerais. For the phylogenetic study, 34 terminals had 54 morphological characters analyzed, of which 14 were obtained in the literature and 40 were tested for the first time. Representatives of 20 species of Aphilodontinae were compared with at least two representatives of all other subfamilies of Geophilidae, including Geophilinae, Ribautiinae, Macronicophilinae, Dignathodontinae and Linotaeniinae. Dicellophilus carniolencis, from Mecistocephalidae was used for rooting. The phylogenetic analysis was performed in the TNT program under exhaustive search (IP Command) with egalitarian weighing. The optimization performed in the Winclada software was based on the unambiguous state between terminals. As a result, we recovered a single more parsimonious tree, with 119 steps. The results of our analysis show a new arrangement of the taxa in Aphilodontinae, where: 1- Geoperingueyia (Geophilidae) should be transferred into Aphilodontinae. 2- Mecistauchenus and Mecophilus are junior synonyms of Aphilodon. 3 - The African species of Aphilodon are related to species-type of Philacroterium, and, therefore, are transferred. Based on our results we provided identification keys for the subfamilies of Geophilidae, for the genera of Aphilodontinae and their species, a new taxonomic organization for Aphilodontinae, as well as distribution maps of the subfamily species
|
Page generated in 0.0357 seconds