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A dor e a lei: estudo do conceito de supereu através dos textos sociais de Freud / The pain and the law: study of the concept of superego in Freuds social textsCosta, Ana Maria Domingues Rodrigues da 21 February 2013 (has links)
Este trabalho é voltado ao estudo do conceito de Supereu nos textos sociais de Freud. O conceito de Supereu, que se enraíza na teoria freudiana da consciência moral (Totem e Tabu), tem seu aparecimento inicial em 1923 (Eu e o Isso). Evolui com a descoberta, no interior do Eu, de uma instância crítica Ideal do Eu formada pela introjeção de normas e valores vindos de experiências do sujeito com figuras de autoridade e pela passagem pelo Complexo de Édipo (Psicologia das Massas). Por fim, torna-se uma instância cuja ação punitiva supera e subsume o aspecto orientador e normativo da Lei (Mal-estar na cultura). Nosso estudo se propõe a examinar as transformações que o conceito de Supereu sofreu ao longo da obra e afirmar que Supereu não é lei em particular, não é o Imperativo Categórico de Kant. A nosso ver, deve ser entendido como uma resposta à patologia ou falência da lei. / This work is aimed to study the concept of superego in Freuds social texts. The concept of superego, which is rooted with the Freuds moral conscience theory (Totem and Taboo) has its initial appearance in 1923 (The Ego and the Id). Then it evolves with the discovery, inside the Ego, of a critical instance the Ideal Ego formed by the internalization of norms and values coming from the subjects experiences with authority figures and by the passage through the Oedipus complex (Group Psychology). Finally, it becomes an instance whose punitive action subsumes and surpasses the guiding and normative aspect of the Law (Civilization and its Discontents). Our study aims to examine the changes that the concept of superego suffered throughout the work, stating that the superego is not a law, particularly, it is not Kants Categorical Imperative. In our view, it must be understood as a response to pathologies collapse of the Law.
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Do Inconsciente da metapsicologia ao dispositivo clínico: uma análise institucional do discurso de Freud / From metapsychologys unconscious to clinical dispositive: a Freuds institutional analysis of discourseAfonso, Felipe Martins 17 April 2015 (has links)
Partindo de trabalhos recentes que analisaram os discursos de psicanalistas contemporâneos sobre seu fazer e que se orientaram segundo o método da Análise Institucional do Discurso (AID), pudemos afirmar que a teoria informa o fazer clínico da psicanálise. Isso implicou dizer também que, por via inversa, é a clínica que materializa a teoria. Dessas duas afirmações levantamos uma pergunta: como Freud formula um conceito específico dessa teoria que informa a escuta e o pensamento desses psicanalistas? Escolhemos o conceito de inconsciente, pois ele é, ao que tudo indica, o carro-chefe da metapsicologia freudiana. Assim, analisamos o texto O inconsciente de Freud pelo método da AID. Nossos resultados foram, de certa forma, surpreendentes. No que diz respeito ao lugar constituído pelo e para o conceito, verificou-se, por um lado, que o texto de Freud é um jogo constante entre mostrar o inconsciente, descobri-lo, revelá-lo, caracterizá-lo (como se o inconsciente fosse um fato, um dado da experiência), e entre demonstrá-lo, inferi-lo, hipotetizá-lo, derivá-lo (de modo teórico). Por outro lado, também pudemos verificar que o conceito de inconsciente constrói-se como em bloco, ou melhor, como um caleidoscópio; como se outros conceitos fossem exigidos para dele dar conta. No que se refere ao modo como Freud produz conhecimento, nossas análises apontaram para um modo de enunciação que coloca o inconsciente no contra: contra a filosofia, contra a medicina e contra uma psicologia da consciência. Esse estar no contra é o que, para Freud, insere, incrivelmente, a psicanálise na ordem do discurso da ciência. Ainda no que concerne aos modos de produção de verdade, a metapsicologia parece se sustentar sobre um determinado disposto institucional, que nomeamos como análise. Seria esse dispositivo, segundo nossa pesquisa, que efetua o passe de mágica pelo qual a teoria ganha ares de uma verdade. Por fim, discutimos duas questões: a primeira é relativa ao dispositivo analítico como o definidor da psicanálise, e não necessariamente a metapsicologia. A segunda, à proposta de Guirado para uma clínica ao arrepio da metapsicologia / Based on recent studies that analyzed the discourse of contemporary psychoanalysts, we could state that the theory informs the psychoanalysis clinical work; or, in a reverse way, we could state that the clinic becomes the theory real. These two statements raise a question about how Freud built a specific concept of psychoanalytical theory and the relationship between theory formulation and clinic or the analytical interpretation. The concept of unconscious, considerer the flagship of Freudian metapsychology, was analyzed supported by Institutional Analysis of Discourse method, as it is presented at \"The Unconscious\" by Freud. The results were surprising. From the question which organized the research to the analytical procedures our studies was guided by IAD. Our analysis indicated that, about the place was built for and by the concept, it has been found, first , the Freuds text has shown constant play between discovering unconscious, developing it, characterizing it (as the unconscious were a fact, a fact of experience), and between demonstrating it, inferring it, hypothesizing it, deriving it ( in theoretical mode). Moreover, it has been found that the unconscious concept was constructed as a block, or rather like a kaleidoscope; as if other concepts were required to explain unconscious itself. Relating to the way Freud produces knowledge, our analysis indicated that the unconscious is placed \"against\"; against philosophy, against medicine and against a psychology of consciousness. This \"being against\" is what inserts, incredibly, psychoanalysis in science discourse order, for Freud. Even with regard to knowledge production modes, metapsychology seems to stand on a certain institutional dispositive, which we name as \"analysis\". According to our research, this dispositive is the one that makes the \"magic\" in which theory gains airs of truth. Finally, we have discussed two issues, first, the analytical dispositive, not necessarily the metapsychology, as the definer of psychoanalysis; second, Guirados proposition of a clinic out of metapsychology
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O fantasma na direção da análise / The phantasme in the direction of psychoanalysisHelena Maria Sampaio Bicalho 04 June 1990 (has links)
O tema desenvolvido nesta tese dá seguimento àquele já tratado na dissertação de mestrado. Naquela ocasião, ao discutir o narcisismo em Freud e Lacan, mostrei como a partir de Lacan, mas desde Freud, não se pode falar de imaginário a não ser numa relação ao simbólico. Isto porque não há autonomia ao nível imaginário mas ao nível simbólico. Para tratar e situar o fantasma na direção da análise é preciso fazê-lo à luz da topologiana lacaniana, isto é, do real, do simbólico e do imaginário. Lacan vai retomar a superação da primeira teoria das pulsões (sexuais e de autoconservação) em Freud e sua elaboração da segunda teoria das pulsões (vida e morte) para, através da pulsão de morte, que opera como fundamento da repetição, mostrar a dimensão real do gozo. A partir desta articulação é que será possível tratar a dimensão do sintoma e sua relação ao fantasma na direção da análise. Se de um lado o fantasma é o suporte do desejo, por outro lado ele é ponto de gozo; assim é um articulador de desejo e gozo na direção da análise. É através da posição do sujeito no fantasma que teremos uma leitura da estratégia de desejo e da modalidade de gozo. Se o sintoma é interpretado, o fantasma é construído em análise / The subject developed in this thesis follows the one already treated in master´s degree. In that occasion, discussing narcissism in Freud and Lacan, I showed how from Lacan, but since Freud, it is not possible to talk about imaginary without relation to symbolic. To deal and to place the phantasm in the direction of the psychoanalytic it is necessary to do it through of the psychoanalysis it is necessary to do it through lacanien topology real, symbolic and imaginary. Lacan retakes the overcoming of Freud´s first instinct theory (sexual and self conservation) and his elaboration of second´s instinct theory (life and death) for, through instinct of death, that operates as basis for repetition to show the real dimension for joy (jouissance). From this articulation it will be possible to treat the dimension of symptom and its relation to phantasm in the direction of psychoanalysis. On the one side the phantasm is the support for the desire, on the other it is point of joy (jouissance); so it is an articulation between desire and joy (jouissance) in the direction of psychoanalysis. It is through the position of the subject in the phantasm that we can have one lecture of the desire´s strategy and the joy´s modality. If the symptom is interpreted, the phantasm is builded in psychoanalysis. The traverssing of the phantasm implicates in the building of the fundamental phantasm, point axiomatic in the subject´s structure
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L’encre de la mélancolie : déclinaisons littéraires d’un malaise chez Dante et Pétrarque / The Ink of Melancholy : literary views of a malaise in Dante and PetrarchDeluca, Angela 09 January 2012 (has links)
Les « maladies de l’âme » ont existé de tout temps et l’homme s’est employé à les nommer, à en rechercher les causes dans un déséquilibre organique, ou encore un mauvais usage de la raison qui le priverait de la félicité, celle-ci étant reconnue comme tranquillitas animi ou salut éternel. L’aspect le plus fécond de ce mal de vivre, d’un point de vue artistique et littéraire, repose sur le concept de mélancolie, tandis qu’aujourd’hui, sa forme diffuse en est la dépression. Lacan dans Télévision, décrivant cette dernière comme « une faute morale, comme s’exprimait Dante, voire Spinoza : un péché, ce qui veut dire une lâcheté morale », place la question sur un plan décidément éthique et incite à reconsidérer la subtile réflexion des Pères de l’Eglise et de Saint Thomas, concernant la relation entre péché et « maladie de l’âme », soit encore l’acédie dans ce contexte. Dante, cité explicitement par Lacan, et puis Pétrarque vivent et écrivent durant une période cruciale, qui voit coexister diverses conceptions médicales, philosophiques et artistiques de l’acédie, la mélancolie, l’aegritudo, toutes présentes dans leurs œuvres. Si Dante semble s’appuyer sur la conception médiévale de la maladie de l’âme, essentiellement engendrée par un usage incorrect de la raison et donc une perversion de l’amore di natura, Pétrarque reste, bien que de manière non déclarée, un poète « mélancolique », de fait : il souligne en premier lieu l’irréductible antagonisme entre savoir et félicité et puise dans l’ignorance et l’insatiable désir sa définition de l’essence de la nature humaine. Il fait de ce désir, incarné par la figure éternelle et inaccessible de Laura, la matière même de son chant. / “Maladies of the soul” have always existed, and so humanity seeks to define them and to find their cause and a cure. Over the course of time they have been given many names and their origin has been identified, at different times, in an organic imbalance or in a faulty use of reason, one that drives away happiness, identified in turn as tranquillitas animi or eternal salvation. The most fertile aspect of this malaise from the artistic and literary viewpoint consists in the concept of melancholy, while the form it most commonly takes today is depression. Lacan, defining the latter in Television as a moral failing, as Dante, and even Spinoza, said: a sin, which means a moral weakness, places the question on a declaredly ethical plane and prompts us to re-examine the penetrating reflection of the Fathers of the Church and St Thomas on the relationship between sin and ‘malady of the soul’, embodied, in this context, by sloth. Dante, cited explicitly by Lacan, and Petrarch both lived and wrote in a crucial era, in which different medical, philosophical and artistic conceptions of sloth, acedia, melancholy and aegritudo coexisted, and figured in their works. If Dante still appears bound to the mediaeval conception of the malady of the soul, stemming essentially from the faulty use of reason and thus from a perversion of the ‘love of nature’, Petrarch is, not declaredly, but in effect, a ‘melancholic’ poet: he was the first to point out the rift between knowledge and happiness, and to grasp that the essence of human nature lies in ignorance and in insatiable desire. And he makes this desire, embodied in the eternal and unattainable image of Laura, the subject of his poetry.
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A empatia em Freud e em Ferenczi: em busca de uma ferramenta para a clínica psicanalítica / Empathy in Freud and Ferenczi: in search of a tool for the psychoanalytic clinicVieira, Bartholomeu de Aguiar 30 June 2017 (has links)
Este trabalho tem como objeto a compreensão do lugar da empatia na técnica psicanalítica. Acompanhando a discussão realizada por Freud e por Ferenczi a respeito desse tema, originado de um debate sobre o ocultismo foi possível observar como, apesar de não receber destaque nas recomendações técnicas dos anos 1915 e não fazer parte do hall clássico da teoria da técnica a empatia veio a se tornar um assunto importante a ambos os autores e presente de inúmeras formas sutis dentro de suas recomendações. Assim, a partir de uma primeira questão referente a forma como cada um dos autores compreendia o papel da empatia, lançou-se a hipótese de que a prerrogativa da empatia, já estava presente desde o começo da prática clínica, vindo em seguida a se tornar um fenômeno produtor de uma ética balizada na elasticidade e na modificação do dispositivo interpretativo, fundamentalmente submetida ao tato. Pretendeu-se com a inquietação a respeito de qual deveria ser seu lugar, atribui-lo a categoria operacional de uma ferramenta norteadora da conduta clínica. A estratégia adotada para analisar os elementos que se evidenciaram através do levantamento bibliográfico de diversos textos dos autores, assim como de sua correspondência pessoal foi a de matizar suas posturas, evitando dicotomizações superficiais. Encontrou-se como um resultado da investigação um lugar de manejo para a empatia através de uma prática voltada à circulação de afetos e submetida a autorização, convicção e ao tato. Contudo, apesar de o fundamental da experiência empática ser o compartilhar afetivo, percebe-se como a implicação do analista é um elemento complexo e trabalhado de forma diferente pelos autores. Portanto, estando de posse da opinião de uma filiação paradoxal entre Freud e Ferenczi, procurou-se integrar as intenções clínicas de Ferenczi para conceituar um tipo de conduta com a transferência afinada a uma ética da empatia; uma nova técnica de perspectivas estéticas / The understanding of empathy\'s role in psychoanytical techinique is the object if this essay. Following the discussion undertaken by Freud and Ferenczi, which originated from a debate on ocultism, it was posible to observe that the subject became paramount for both authors and subtly present in their recommendations, albeit not warranting any highlight in 1915\'s technical recommendations nor being part of technical theory. Therefore, arising from the initial inquiry of how each author understood the role of empathy, a hypothesis was created on empathy as a phenomenon creator of an ethics based on elasticity and alteration of the interpretative mechanism, fundamentally submitted to tact, even though empathy existed ever since the beginning of clinical practice. The intent was to use the uncertainty as to where it\'s place should be and allocate it in the functional/operational category of a tool to guide clinical conduct. The strategy adopted to analyze the elements which became evident during the research of several written works from the authors, as well as personal correspondence, was to qualify their positions, avoiding superficial dichotomy. This investigation resulted in the discovery of a place of drive for empathy through a practice open to the circulation of affections and submitted to authorization, conviction and tact. However, despite exchange of affection being the cornerstone of the empatic experience, one realizes how the implication of the analist is a complex subject, developed differently by the authors. Therefore, with the opinion that the membership of Freud and Ferenczi is paradoxical, one strived to integrate Ferenczi\'s clinical intentions to conceive a type of conduction with transfer in sync with an ethics of empathy, a new technique of aesthetical perspectives
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Aspectos das relações interpessoais em Freud: questionamentos morais / Aspects of interpersonal relations in Freud: moral questionsCosta, Virginia Helena Ferreira da 16 June 2014 (has links)
O objetivo principal da dissertação é problematizar, a partir de textos de Freud, o prolongamento de expectativas e fantasias próprias da infância em aspectos sociais e políticos da vida adulta. Para tanto, as relações interpessoais são consideradas mediante dois pontos de vista da teoria freudiana, a saber, o do desenvolvimento individual e das relações e estruturas sociais. Como pano de fundo para tal problemática, são abordadas a experiência edípica infantil e a situação de desamparo como base das repetições que perseguem o neurótico, ocasionadas por uma trajetória de vida em parte desconhecida, por determinações inconscientes e herdadas, por fantasias e expectativas projetadas na alteridade, de modo que estes fenômenos são vividos como necessários pelo ser humano. Além disso, os sentimentos de medo, angústia e culpa, além da procura por uma autoridade que forneça segurança e proteção, encontram continuidade em situações e figuras sociais e políticas, influenciando na estrutura do Estado e da sociedade de forma ampla, tal como aparece na cosmovisão religiosa. Em contraposição a este prolongamento da infância na vida adulta, questiona-se a possibilidade da clínica freudiana em se aproximar da \"cosmovisão científica\" mediante seu objetivo de problematizar tais prolongamentos e repetições ao compreender o sintoma como Nachträglichkeit e como unheimlich. Com isso, no trabalho analítico encontramos a assunção do desamparo, uma organização pulsional singular e o acolhimento de vivências contingentes sem que haja uma quebra na estrutura psíquica do indivíduo / The main objective of this dissertation is to discuss, in the Freudian theory, the prolongation of expectations and fantasies from childhood existents in social and political aspects of adult life. To do so, interpersonal relationships are considered by two points of view: the individual development and the social relations and structures. As background for such problems, the oedipal experience and the situation of helplessness are mentioned as some ways of dealing with the repetitions that persecute the neurotic, occasioned by an unknown life trajectory, by unconscious and inherited determinations, by costumes and expectations projected on the otherness: all these events are experienced as a necessity by the human being. Additionally, the feelings of fear, anguish and guilt (and also the search for an authority to provide security and protection) find continuity in social and political figures and situations, influencing the structure of the state and society as it appears in the Freud\'s \"religious world-view\". In contrast to this prolongation of childhood into adulthood, we question the possibility of Freudian clinic in approaching the \"scientific world-view\" to problematize such extensions and repetitions. Therefore, we understand the symptom as Nachträglichkeit and unheimlich, leading to an assumption of helplessness, a singular instinct\'s (Trieb) organization and reception of contingent experiences without any break in the psychic structure of the human individual
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Uma análise freudiana da obesidade / A Freudian analysis of obesityBerg, Raquel 22 April 2008 (has links)
Observa-se, na atualidade, um expressivo aumento na quantidade de pessoas que sofre de obesidade. Embora sejam apontados os fatores psicológicos envolvidos nessa perturbação alimentar, a maioria das ações de tratamento é feita somente sobre o organismo, e na modelagem de comportamento, sem levar em conta a dinâmica psíquica que opera nesses casos. Nesse contexto, a presente pesquisa teve como objetivo geral examinar, a partir do referencial freudiano, como a obesidade se articula à busca por um corpo ideal e aos sintomas relacionados às patologias da alimentação. Dessa forma, espera-se contribuir para o estudo da metapsicologia da obesidade, no campo das psicopatologias contemporâneas relacionadas ao corpo, assim como obter subsídios para a clínica psicanalítica no contexto hospitalar. Nesse sentido, ao tematizar a articulação entre o corpo, do ponto de vista do referencial freudiano, e a noção de corpo no âmbito da Medicina, objetivou-se delinear instrumentos que auxiliassem no tratamento de pacientes obesos, obtendo-se elementos para se investigar a formação de novos sintomas após tratamentos mais invasivos como a cirurgia bariátrica, já que a redução de peso não impede sua formação. Para a realização dessa pesquisa, foram examinados textos freudianos e seus comentadores referenciados ao tema, e foi feita uma revisão da bibliografia existente. / It is observed nowadays a significant increase in the amount of people suffering from obesity. Although have been highlighted the psychological factors involved in this disturbance food, the majority of the procedures of treatment is done only on the body and the modeling of behavior, without regard the psychological dynamics that operates in such cases. In this context, the present study aimed to examine, from the Freudian referential, as obesity is articulated to the search for an ideal body and linked to the symptoms of food diseases. Thus, it is expected to contribute to the study of metapsychology of obesity, in the field of contemporary psychopathologies related to the body, as well as obtaining subsidies for the psychoanalytic clinic in hospitals. So, when you put in evidence the link between the body, in the view of the Freudian reference, and the notion of the body as part of Medicine, the aims was to shape up tools that helped in the treatment of obese patients, obtaining data to investigate the appearance of new symptoms after more invasive treatments such as bariatric surgery, because the reduction in weight does not prevent their formation. To carry out this search, Freudian texts were examined and its commentators referred to the issue, and then was made a review of the literature.
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O declínio da transmissão na formação: notas psicanalíticas. / The decline of transmission in formation: psychoanalytic notesDouglas Emiliano Batista 28 January 2009 (has links)
A presente dissertação inscreve-se no campo das conexões entre psicanálise e educação e tem como objetivo analisar o declínio contemporâneo da transmissão na formação. Para tanto, buscamos na psicanálise e também na filosofia uma rede de conceitos capaz de circunscrever o fato de que a subjetividade de um recém-chegado ao mundo é necessariamente fecundada pelos mais velhos, pelos que já se encontravam antes no mundo, e o que demanda a transmissão não apenas de conteúdos mas de marcas inconscientes que testemunham a divisão psíquica do adulto e, portanto, a impossibilidade desse adulto tudo dizer à criança. E é em vista dessa impossibilidade do adulto tudo (se) dizer, que então se torna possível transmitir inconscientemente ao infans (que não fala) a impossibilidade de tão só ouvir (ou tudo ouvir, e o que, no limite, seria exatamente o mesmo que não ouvir absolutamente nada), ensejando assim ao pequeno que, uma vez tomado por esse conflito psíquico humanizante, chegue um dia se pronunciar como um sujeito (um sujeito portanto cindido), isto é, como alguém que tanto deseja falar quanto ouvir porque sabe que não está à altura de dar a última palavra (aquela que tanto o emudeceria cabalmente quanto a seus ouvintes). Mas, ao contrário do que supõe a pedagogia hodierna, não é porque não podemos (felizmente!) tudo dizer às crianças que não devemos nada lhes dizer, esperando assim que elas falem por si mesmas e tal como se a presença do adulto nada tivesse a ver com isso, ou como se essa fala nova não fosse função da transferência da criança aos velhos. A (psico)pedagogia contemporânea pretende que a criança seja estimulada a falar naturalmente e quando for chegada a justa hora, a hora própria do amadurecimento das capacidades interiores. Mas se fosse assim, por que então falaríamos a elas fora de hora, isto é, antes da hora, e às vezes apenas para fazer hora até que elas eventualmente respondam? E por que depois continuamos então lhes falando, e ela a nós? Por sermos naturalmente tagarelas? Ou por que isso cavouca em nós a nossa conflitante divisão psíquica que nos foi inseminada simbolicamente por alguém primordial, alguém que não se calou de todo muito embora não pudesse estar de todo certo acerca do teor mesmo de sua fala (e que, assim, acabou transmitindo um lugar para um outro se filiar e depois (se) falar como um outro)? Eis que o declínio da transmissão na formação na contemporaneidade deriva assim da psicologização generalizada da pedagogia e da educação, e graças ao que as prerrogativas simbólicas de formação e transmissão não apenas por parte dos adultos em âmbito familiar como também por parte do dispositivo escolar e, portanto, dos professores em vista de seus alunos - deram lugar a postulados que acabaram substituindo a formação cultural pelo desenvolvimento natural, e o que tanto conduziu à descaracterização da escola quanto à pauperização e à banalização do currículo escolar, criando mediante isso mais obstáculos para o estabelecimento da diferença simbólica entre as gerações. / This work belongs to the field of possible connections between psychoanalysis and education and its purpose is to analyze the contemporary decline of the transmission in the education. We searched a net of concepts inside psychoanalysis and also philosophy in order to circumscribe the fact that the subjectivity of a new comer into the world is necessarily impregnated by the older ones, those who were already in the world. Besides, the transmission also requires not only knowledge but unconscious marks that testify the psychic division of the adult and, therefore, the impossibility of this adult to say everything to the child. This same impossibility of the adult to say everything is what makes possible for him to unconsciously transmit to the infans (the one that doesnt speak) the impossibility of just listening (or listen to everything, which is the same of not listening anything at all), allowing the little one to get to speak as subject, once he is affected by this psychic humanizing conflict. That means that he is necessarily going to be a split subject, someone who desire to speak and also to hear because he knows that he is not able to say the last word (the one that would make him and his listeners speechless at all). However, differently from what the contemporary pedagogy believes, not being able to say everything to the children does not mean that we shouldnt say anything at all, does not mean that we should wait for them to speak for themselves as if the presence of the adult had nothing to do with it, as if this new speech was not the consequence of the childs transference toward the older ones. The contemporary (psycho)pedagogy intend to stimulate the child to speak naturally and at the exact time, the time of the development of the inner capacities. But if it worked like that, why we would speak to the children before this exact time, and sometimes only to spare or even to gain time waiting until they eventually answer? And why do we keep talking to them and vice-versa? Just because we enjoy talking a lot? Or because this drive causes our conflictive psychic division which was impregnated in us by a primordial adult, someone that didnt stayed quiet (and by that accomplished the transmission of a place from where another being can be part of a heritage and can be able to speak as any other)? The decline of the transmission in the contemporary education comes from the fact that, nowadays, psychology rules in the field of pedagogy and education. Also, it is a consequence of the fact that either in family education as at school, cultural formation gave place to natural development. This substitution lead to the descharacterization of school and also the reduction of the curriculum, what creates more obstacles to the establishment of the symbolic difference between generation.
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Angústia e capitalismo em A ética protestante / Anxiety and capitalism in The protestant ethicCarlos Henrique Pissardo 28 March 2018 (has links)
Esta tese perscruta o modo como Max Weber, na segunda edição de A ética protestante e o espírito do capitalismo, recorre a dois conceitos oriundos da psicanálise freudiana, a saber, os conceitos de angústia e ab-reação. Defende, além disso, que estes devem ser compreendidos como parte de uma constelação na qual estão incluídos ainda dois conceitos de lavra propriamente weberiana: os de desencantamento do mundo e prêmios psicológicos. Com isso, por um lado, joga-se luz sobre uma relação jamais discutida explicitamente por Weber e virtualmente negligenciada pela literatura especializada. Por outro, busca-se sustentar uma compreensão da obra em seu núcleo distinta da atualmente dominante na weberologia, que compreende a explicação weberiana da gênese do espírito capitalista moderno na chave de uma ação racional puramente orientada a valores. / This thesis examines how Max Weber, in the second edition of The Protestant Ethic and the Spirit of Capitalism, makes use of two concepts derived from Freudian psychoanalysis, namely, the concepts of anxiety and ab-reaction. It further argues that these concepts should be understood as part of a constellation in which two other Weberian concepts are included: the disenchantment of the world and psychological premiums. Thus, on the one hand, it sheds light on a relationship that was never explicitly discussed by Weber and has been virtually neglected by specialized literature. On the other, it seeks to maintain an understanding of the core of Webers work distinct from its current dominant reading in Weberology, which understands the Weberian explanation of the genesis of the modern capitalist spirit in the key of a pure value-rational action.
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A metapsicologia dos descentramentos entre sujeito e objeto na obra de Freud / The metapsychology of the decenterings between subject and object in the work of FreudAndré De Martini 10 March 2006 (has links)
O aumento da importância que se tem dado ao objeto na constituição do psiquismo ao longo da história da psicanálise nos tem levado a reflexões acerca da constituição ou instalação da subjetividade, e ao exame detido das condições do psiquismo do outro, para além dos aspectos constitucionais ou idiossincráticos do sujeito. Indagações acerca do estatuto desta figura a que chamamos objeto apontam irremediavelmente para o mesmo lugar o ego sendo ambos parte de um quadro maior que podemos chamar subjetividade. O objetivo deste trabalho é percorrer os meandros da constituição e instalação da subjetividade, em que as figuras do sujeito e do objeto (ou de um eu e um outro) encontrarão seu lugar, sustentação e dissonâncias. Isto é realizado através do percurso, no texto de Freud, de conceitos, idéias e sentidos implícitos cabíveis nessa discussão. Abordo a natureza ambivalente do vínculo sujeito-objeto, no qual se evidenciam as dificuldades de delimitar objeto e sujeito sem que isto signifique alguma imbricação entre os conceitos ou noções de cada um. É preciso pensar em níveis simultâneos de constituição subjetiva, um de diferenciação e outro de indiferenciação, que se exigem. Cria-se, a partir de um momento originário, antes de haver um ego, uma condição de reflexividade que denomino si, e uma região primitiva de alteridade que denomino não-si. Este si é o primeiro depositário do investimento a que chamamos narcisismo primário. Ao longo da vida do sujeito, este si geralmente coincidirá com o ego, e será somente numa experiência estranha que ele poderá dar-se conta daquilo que estou chamando de descentramento subjetivo. A ferida tocada, justamente, é a suposta natureza sintética dos processos do ego, habitualmente ancorada na experiência de identidade. É na expressão freudiana de uma estrutura do ego que encontramos apoio para abordar o atravessamento interno que o sujeito sofre do objeto, uma estrutura que excede a função egóica, e que, não obstante, diz respeito ao eu. Também o viés econômico na psicanálise, através da pulsão, do traumático e da repetição elementos que perfazem o vínculo sujeito-objeto , tem um papel fundamental para a compreensão da constituição dos lugares subjetivos, do eu e do outro. / The increasing importance having been given to the object on the constitution of the psyche throughout the history of psychoanalysis has been leading us to reflections about the constitution or installation of subjectivity and to a thorough exam of the conditions of the psyche of the other, beyond the constitutional or idiosyncratic aspects of the subject. Scrutiny of the status of this notion we term object point irrevocably to the same place the ego both of which are part of a larger scene that can be termed subjectivity. The aim of the present work is to go through the paths of the constitution and installation of subjectivity, in which the notions of subject and object (or of I and other) shall find their ground, support and dissonances. The afore-mentioned is accomplished through the investigation, in the work of Freud, of concepts, ideas and implicit meanings pertinent to the present discussion. The ambivalent nature of the subject-object link is addressed, wherein lie the difficulties of delimitating object and subject without this meaning some imbrication between the concepts or notions of the two. Concomitant levels of subjective constitution must be regarded, one of differentiation and other of undifferentiation, both mutually dependant on each other. From a primary moment, prior to the emergence of the ego, there is the creation of a reflexivity condition that I call impersonal self, alongside a primitive alterity region I term impersonal non-self. This impersonal self is the first repository of the cathexis we term primary narcissism. Throughout the subjects life, this impersonal self will usually coincide with the ego, and it is only in an uncanny experience that he will be able to gain awareness of what I am calling subjective decentering. The touched wound is precisely the alleged synthetic nature of the ego processes, customarily anchored in the experience of identity. It is in Freuds expression of a structure of the ego that we find support to address the internal crossing that the subject suffers from the object, a structure that exceeds the ego function and, nonetheless, refers to the I. Furthermore, the economic standpoint in psychoanalysis, through the instinct, trauma and repetition elements that shape the subject-object link has a fundamental role in the understanding of the constitution of subjective positions, of the I and the other.
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