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Do paradigma global de modernização ecológica às apropriações locais : o mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) no BrasilBlanco, Gabriela Dias January 2013 (has links)
O presente estudo procura responder ao seguinte questionamento: De que forma, e a partir de quais racionalidades, o paradigma global de Modernização Ecológica é apropriado – e uma noção de desenvolvimento sustentável é constituída - pelos atores econômicos brasileiros formuladores de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo para o mercado de créditos de carbono? O primeiro pressuposto adotado neste estudo é que a difusão global da Modernização Ecológica como um paradigma para o campo das Políticas Públicas Ambientais reflete o fortalecimento da noção de desenvolvimento sustentável construída no âmbito dos acordos e negociações internacionais sobre mudança climática. O segundo pressuposto é o de que o paradigma de Modernização Ecológica, no contexto de emergência global de uma Sociedade do Risco (BECK, 1995), pode ser compreendido como uma tentativa de “modernização política”, a partir da qual há a defesa da emergência de uma racionalidade ecológica, que institucionalizaria uma dimensão eminentemente ecológica nas práticas de produção e consumo. Como hipótese central tem-se que a centralidade conferida, historicamente, a estruturas econômicas degradadoras de apropriação/produção de recursos naturais no país, assim como a constituição de uma política centralizada no Estado, influenciam para uma apropriação do paradigma global de Modernização Ecológica baseada no acionamento e legitimação de uma racionalidade fundamentalmente econômica/tecnocrática. O estudo possui caráter qualitativo, sendo desenvolvido com base em entrevistas realizadas com consultores e um pesquisador, no ano de 2012, assim como análise documental de 41 projetos do escopo “energia renovável”, aprovados no ano de 2005 para comporem o mercado de créditos de carbono. Como método de análise, utilizou-se análise de conteúdo. Os resultados obtidos indicam que tanto a construção de uma nova noção de desenvolvimento, como a constituição de um paradigma próprio para o direcionamento das iniciativas econômicas e políticas no tratamento dos “riscos globais”, estão imbuídas de ambiguidades e controvérsias que são constantemente acionadas nos espaços de debate e construção de iniciativas para a promoção de uma sustentabilidade. No mesmo sentido, afirma-se que a emergência de uma racionalidade ecológica, ainda que defendida no campo de uma política global, enfraquece-se nas construções argumentativas de atores locais formuladores de projetos ao mercado de créditos de carbono, dando lugar a uma legitimação eminentemente moderna do papel de atores envolvidos nas atividades e do sentido conferido às atividades em um contexto de crescente fomento a um desenvolvimento industrial e econômico. / The following study aims at answering the question: in which manner, and from which rationalities, the global paradigm of Ecological Modernization is adequate – and a notion of sustainable development is constituted – by the Brazilian economic agents that create projects of Clean Development Mechanism for the carbon credits market? The first assumption adopted in this study states that the diffusion of the Ecologic Modernization as a paradigm within the field of Environmental Public Policies reflects the consolidation of the notion of sustainable development which is built within the international agreements and negotiations about climatic change. The second assumption states that the paradigm of Ecological Modernization within the context of global emergence of a Risk Society (BECK, 1995) may be understood as an attempt of “political modernization”, from which there is the emergence of an ecological rationality, which would institutionalize an eminently ecological dimension in the practices of production and consumption. The main hypothesis is that the centrality given, historically, to degrading economical structures of appropriation/production of natural resources in Brazil, as the constitution of an Estate centralized policy influence an appropriation of the global paradigm of Ecological Modernization based on stimulus and validation of a rationality basically economic/technocratic. This study is qualitative, and it was developed based on interviews with consultants and a researcher, in 2012, as well as on documentary analysis of 41 projects of the “renewable energy” scope, which were qualified to compose the market of carbon credits in 2005. The method used is content analysis. The final results show that both the assembly of a new notion of development and the constitution of a specific paradigm to direct political and economical initiatives on the treatment of “global risks” are imbued with ambiguities and controversies which are constantly mentioned in moments of debate and production of initiatives for the promotion of sustainability. The same applies to stating that the emergence of an ecological rationality, even if it is held in the field of a global policy, is weakened on local agent’s speeches, who elaborate projects for the carbon credit markets, giving rise to an eminently modern legitimization of the roles of agents involved in the activities and of the sense conferred to the activities in a growing promotion to an industrial and economic development context.
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Banco de sementes como materialização do princípio da precaução frente ao processo de mercantilização da semente / Seed bank as materialization of the precautionary principle in the process of commodification of the seedBianchi, Giovanna Silva 03 April 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-04-03 / This study analyzes the process of commodification of the seed, which goes from a regenerative resource, surrounded by traditional knowledge and part of sustainable ecosystems, to the central commodity of agribusiness. This process involves the technological models of agriculture, the process of neoliberal globalization, reductionist science, and legal systems that legitimize only this kind of knowledge as valid. The core of this dissertation is analyzing whether the process of commodification of the seed generates risks to socioenvironmental and agrifood rights and, if so, whether it is possible to minimize them. In this sense, a hypothesis is verified that an agricultural modernization, using the commodified seed, is inserted in the world society and, therefore, produces risks for the biodiversity, the balanced environment, the adequate food, the food security and life of family farmers. Furthermore, the application of the precautionary principle, materialized in the implementation, as legal and development of databases, as a way of minimizing such risks is concluded. The present dissertation has as a theoretical framework the thought of Ulrich Beck, which discusses that the late modernization in which we live, in this work specifically focused on the agricultural field and the seed is situated in a world risk society whose risks represent the anticipations of potential catastrophes that lead to precautionary and preventive actions. The methodology employed is logical-deductive, keeping within itself the necessary cohesion and coherence with the fulcrum to the final objective: reflective answers and inquiries to deepen the study, thus seeking the contribution not only for the legal-academic community, but also a study that overflows to the existing agricultural practice in the country, because it still does not have a lot of specific doctrine on the subject. / Este estudo analisa o processo de mercantilização da semente, que passa de recurso regenerativo, envolto de saberes tradicionais e parte de ecossistemas sustentáveis, a mercadoria central do agronegócio. Esse processo envolve os modelos tecnológicos da agricultura, o processo de globalização neoliberal, a ciência reducionista e os sistemas de legais que legitimam apenas esse tipo de conhecimento como válido. O cerne desta dissertação cinge-se em analisar se o processo de mercantilização da semente gera riscos aos direitos socioambientais e agroalimentares e, caso positivo, se é possível minimizá-los. Nesse sentido, comprova-se a hipótese de que a modernização agrícola, com a utilização da semente mercantilizada, está inserida na sociedade de risco mundial e, por isso, produz riscos aos direitos à biodiversidade, ao meio ambiente equilibrado, à alimentação adequada, à segurança alimentar e à vida digna dos agricultores familiares. Ainda, conclui-se pela aplicação do princípio da precaução, materializado na implementação, regulamentação legal e desenvolvimento de bancos de sementes, como forma de minimização de tais riscos. A presente dissertação possui como marco teórico o pensamento de Ulrich Beck, que aborda que a modernização tardia em que vivemos, neste trabalho especificamente voltada ao campo agrícola e à semente, está situada em uma sociedade de risco mundial, cujos riscos representam antecipações de potenciais catástrofes que obrigam a tomada de ações precaucionistas e preventivas. A metodologia empregada é a lógico-dedutiva, guardando em si a necessária coesão e coerência com fulcro ao objetivo final: respostas e indagações reflexivas para o aprofundamento do estudo, pretendendo, assim, a contribuição não somente para a comunidade jurídico-acadêmica, mas também um estudo que transborde para a prática agrícola existente no país, porquanto ainda prescinde de farta doutrina específica sobre o tema.
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Do paradigma global de modernização ecológica às apropriações locais : o mecanismo de desenvolvimento limpo (MDL) no BrasilBlanco, Gabriela Dias January 2013 (has links)
O presente estudo procura responder ao seguinte questionamento: De que forma, e a partir de quais racionalidades, o paradigma global de Modernização Ecológica é apropriado – e uma noção de desenvolvimento sustentável é constituída - pelos atores econômicos brasileiros formuladores de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo para o mercado de créditos de carbono? O primeiro pressuposto adotado neste estudo é que a difusão global da Modernização Ecológica como um paradigma para o campo das Políticas Públicas Ambientais reflete o fortalecimento da noção de desenvolvimento sustentável construída no âmbito dos acordos e negociações internacionais sobre mudança climática. O segundo pressuposto é o de que o paradigma de Modernização Ecológica, no contexto de emergência global de uma Sociedade do Risco (BECK, 1995), pode ser compreendido como uma tentativa de “modernização política”, a partir da qual há a defesa da emergência de uma racionalidade ecológica, que institucionalizaria uma dimensão eminentemente ecológica nas práticas de produção e consumo. Como hipótese central tem-se que a centralidade conferida, historicamente, a estruturas econômicas degradadoras de apropriação/produção de recursos naturais no país, assim como a constituição de uma política centralizada no Estado, influenciam para uma apropriação do paradigma global de Modernização Ecológica baseada no acionamento e legitimação de uma racionalidade fundamentalmente econômica/tecnocrática. O estudo possui caráter qualitativo, sendo desenvolvido com base em entrevistas realizadas com consultores e um pesquisador, no ano de 2012, assim como análise documental de 41 projetos do escopo “energia renovável”, aprovados no ano de 2005 para comporem o mercado de créditos de carbono. Como método de análise, utilizou-se análise de conteúdo. Os resultados obtidos indicam que tanto a construção de uma nova noção de desenvolvimento, como a constituição de um paradigma próprio para o direcionamento das iniciativas econômicas e políticas no tratamento dos “riscos globais”, estão imbuídas de ambiguidades e controvérsias que são constantemente acionadas nos espaços de debate e construção de iniciativas para a promoção de uma sustentabilidade. No mesmo sentido, afirma-se que a emergência de uma racionalidade ecológica, ainda que defendida no campo de uma política global, enfraquece-se nas construções argumentativas de atores locais formuladores de projetos ao mercado de créditos de carbono, dando lugar a uma legitimação eminentemente moderna do papel de atores envolvidos nas atividades e do sentido conferido às atividades em um contexto de crescente fomento a um desenvolvimento industrial e econômico. / The following study aims at answering the question: in which manner, and from which rationalities, the global paradigm of Ecological Modernization is adequate – and a notion of sustainable development is constituted – by the Brazilian economic agents that create projects of Clean Development Mechanism for the carbon credits market? The first assumption adopted in this study states that the diffusion of the Ecologic Modernization as a paradigm within the field of Environmental Public Policies reflects the consolidation of the notion of sustainable development which is built within the international agreements and negotiations about climatic change. The second assumption states that the paradigm of Ecological Modernization within the context of global emergence of a Risk Society (BECK, 1995) may be understood as an attempt of “political modernization”, from which there is the emergence of an ecological rationality, which would institutionalize an eminently ecological dimension in the practices of production and consumption. The main hypothesis is that the centrality given, historically, to degrading economical structures of appropriation/production of natural resources in Brazil, as the constitution of an Estate centralized policy influence an appropriation of the global paradigm of Ecological Modernization based on stimulus and validation of a rationality basically economic/technocratic. This study is qualitative, and it was developed based on interviews with consultants and a researcher, in 2012, as well as on documentary analysis of 41 projects of the “renewable energy” scope, which were qualified to compose the market of carbon credits in 2005. The method used is content analysis. The final results show that both the assembly of a new notion of development and the constitution of a specific paradigm to direct political and economical initiatives on the treatment of “global risks” are imbued with ambiguities and controversies which are constantly mentioned in moments of debate and production of initiatives for the promotion of sustainability. The same applies to stating that the emergence of an ecological rationality, even if it is held in the field of a global policy, is weakened on local agent’s speeches, who elaborate projects for the carbon credit markets, giving rise to an eminently modern legitimization of the roles of agents involved in the activities and of the sense conferred to the activities in a growing promotion to an industrial and economic development context.
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Do nexo causal à imputação coletiva: a responsabilidade civil ambiental na sociedade de riscoKohler, Graziela de Oliveira 24 April 2009 (has links)
Atualmente a humanidade convive com a crise ambiental, que decorre da utilização desmedida dos recursos naturais para propiciar o desenvolvimento socioeconômico. Por tal motivo, a proteção ambiental é fundamental na atualidade e legado de bem-estar e saúde para as futuras gerações. As tentativas de proteção do meio ambiente englobam diversos mecanismos, dentre eles, o instituto da responsabilidade civil, que age como uma poderosa forma de intervenção e proteção no Direito Ambiental. Assim, o presente trabalho aborda os problemas do nexo causal na responsabilidade civil ambiental sob o enfoque da sociedade de risco, ao passo que os danos passam a ter novas formas e dimensões difusas, cujas consequências se refletem na mudança das bases tradicionais da responsabilidade civil ambiental. No contexto social do risco, as incertezas são a única certeza, e as decisões de riscos passam a integrar a observação das relações causais. Dessa forma, o trabalho expõe, inicialmente, os aspectos da tradicional responsabilidade civil na dogmática jurídica, mas dimensionados ao âmbito do dano ecológico. Abrange o estudo as teorias da causalidade e suas insuficiências perante o contexto da sociedade de risco. Destaca os problemas do nexo causal diante da complexidade das adversidades ambientais. Aborda, ainda, os motivos da crise da causalidade. Demonstra a influência da sociedade de risco no nexo causal e, no fim, apresenta as novas teorias relativizadoras do contexto causal como estratégias para gestão da crise da causalidade, com o anseio de adequar os novos contextos sociais e jurídicos com a efetiva responsabilização sobre o bem ambiental. / Nowadays the humanity coexists with the environmental crisis that elapses from the excessive use of the natural resources to propitiate the socioeconomic development. In such a way, the environmental protection is basic in the present time and it is legacy of welfare and health to the future generations. The environment protection trials comprise mechanisms, among them, the liability´s institute that acts as a powerful protection and intervention form in the Environmental Law. Thus, the present study approaches the causal nexus´ problems in the environmental liability under the standpoint of the risk society, while the damages have new forms and diffuse proportions, whose consequences are shown in the environmental liability´s traditional bases change. The uncertainties are the only certainty and the risks decisions start to integrate the comment of the causal relations in the social context of the risk. Initially, this study displays the traditional liability´s aspects in the juridical dogmatic, but they are dimensioned to the ecological damage. The study encloses the causality´s theories and their insufficiencies before the context of the risk society. It detaches the causal nexus´ problems for the environmental adversities´ complexity. It approaches still the reasons of the causality´s crisis. It demonstrates the influence of the risk society in the causal nexus and, at the end, it presents the causal context s new theories as strategies to management of the causality´s crisis with the yearning of adjusting the new social and juridical contexts with the effective responsibility about the environment.
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O tratamento jurídico dos desastres urbano-ambientais na perspectiva da sociedade de risco: o caso do Vale do Reginaldo em Maceió/AL / The legal treatment of urban-environmental disasters in view of the risk society: the case of vale do Reginaldo in Maceió/ALCalixto , Fernanda Karoline Oliveira 16 December 2013 (has links)
This dissertation addresses the risk society in the context of urban- environmental risks and their legal treatment, to evaluate the state practice validation of organized irresponsibility in matters of urban- environmental risks. For this, it begins by presenting the case of Vale do Reginaldo , a region located in the city of Maceió/AL , which includes a number of features typical of the legal texts and doctrinal names " risk area" , sometimes called "poor community" or "favela" . Among these characters is the massive human interference in natural processes, the low purchasing power of the population and the periodic occurrence of environmental disasters. Examines the site since its abiotic system to the human system, including the history of population density of the region, in order to analyze the recent interventions Vale Reginaldo’s Revitalization Program, which integrates the activities of the Union , State and City . Each took loved some basic responsibilities, which should be integrated and contribute to the mitigation of flood risks , slip and landslides , safeguarding the population that currently inhabits housing risk . Years before this project, others were developed and proceeded to the mapping of risk areas in the region. Presented the case, is considered the legal treatment of urban and environmental risks from the international context to the content of constitutional legislation, noting the ineffectiveness in the case of several standards exposed . The theory of risk society, modeled initially by Ulrich Beck , and evaluated in the third part of the work , is the basis to explain and justify the observed situations . / Esta dissertação aborda a sociedade de risco no contexto dos riscos urbano-ambientais e seu tratamento jurídico, visando avaliar a prática estatal de validação da irresponsabilidade organizada em matéria de riscos urbano-ambientais. Para isso, inicia-se o trabalho apresentando o caso do Vale do Reginaldo, região situada no Município de Maceió/AL, que comporta uma série de características típicas do que os textos legais e doutrinários nomeiam “área de risco”, outras vezes designada “comunidade carente” ou “favela”. Entre estes caracteres se encontra a massiva interferência humana nos processos naturais, o baixo poder aquisitivo da população e a periódica ocorrência de desastres ambientais. Examina-se o local desde seu sistema abiótico até o sistema humano, incluindo o histórico de adensamento demográfico da região, para poder analisar as recentes intervenções do Programa de Revitalização do Vale do Reginaldo, que integra a atuação da União, Estado e Município. Cada um dos entes assumiu algumas responsabilidades básicas, que deveriam estar integradas e concorrer para a mitigação dos riscos de inundação, deslizamento e desbarrancamentos, salvaguardando a população que atualmente habita moradias de risco. Anos antes deste projeto, outros foram desenvolvidos e procedeu-se ao mapeamento das áreas de risco na região. Apresentado o caso concreto, é analisado o tratamento jurídico dos riscos urbano ambientais, desde o contexto internacional até o conteúdo da legislação infraconstitucional, observando-se a inefetividade no caso concreto de diversas normas expostas. A teoria da sociedade de risco, modelada inicialmente por Ulrich Beck, e avaliada na terceira parte do trabalho, serve de base para explicar e justificar as situações observadas.
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O princípio da precaução no direito internacional do meio ambiente / The precautionary principle in international environmental lawGabriela Bueno de Almeida Moraes 09 May 2011 (has links)
O propósito do princípio da precaução é evitar danos irreversíveis ao meio ambiente e à saúde humana ao permitir a ação preventiva, mesmo na ausência de certeza científica sobre as causas ou conseqüências de determinada atividade. A precaução é uma resposta às novas tecnologias e aos fenômenos que podem provocar impactos irreparáveis e incomensuráveis e que, portanto, precisam ser revistos pela comunidade internacional, Estados e indivíduos. Significa, também, envolver a participação popular nas decisões sobre quais riscos são aceitáveis em determinada sociedade e quais devem ser evitados. A base sociológica sob a qual está baseado o trabalho é a teoria de Ulrich Beck sobre a sociedade de risco global. O princípio da precaução é analisado sob os prismas dogmático e funcional: as principais características do princípio são apresentadas, bem como as críticas ao instituto; também são expostas as funções do princípio da precaução, sua eficácia social e status jurídico. A fim de explicar as dificuldades que circundam o tema dos princípios do direito internacional do meio ambiente, as principais teorias dos princípios são analisadas, concluindo-se que os princípios do DIMA necessitam de uma teoria própria. Na última parte, o trabalho procura demonstrar como o princípio da precaução pode ser operacionalizado através do fortalecimento institucional, sobretudo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. O tema das mudanças climáticas é paradigmático, já que exige ação internacional preventiva a fim de evitar os impactos do aquecimento global, mesmo face à inexistência de consenso científico sobre as causas e consequências desse fenômeno. Ao permitir maior participação democrática e abrir espaço para que a percepção pública sobre os riscos possa refletir em decisões jurídico-políticas, o arranjo institucional criado pela Convenção permite, ainda que com algumas falhas, uma discussão maior sobre os desafios que circundam o tema. Considerando os fundamentos da teoria de Beck sobre a modernização reflexiva, a origem política dos riscos e a democratização das discussões sobre eles, o papel da subpolítica na sociedade atual e a irreversibilidade de catástrofes ambientais, conclui-se que o princípio da precaução é indispensável ao direito e à política ao inserir a responsabilização a priori dos possíveis danos e a participação social nas decisões futuras / The purpose of the precautionary principle is to avoid irreversible damage to the environment and human health by allowing preventive action, even in the absence of scientific certainty regarding the causes or consequences of certain activity. Precaution is an answer to new technologies and phenomena that may promote irreparable and incommensurable impacts and, therefore, need to be reviewed beforehand by the international community, states and individuals. Furthermore, it nurtures popular participation in decision-making regarding what risks are acceptable in a given society and what risks should be avoided. The sociological foundation of this work is Ulrich Becks world risk society. The precautionary principle is analysed under the dogmatic and functional viewpoints: the principles main characteristics and critiques are presented, and I also explore the precautionary principles functions, social efficacy, and legal status. In order to explain the difficulties pertaining to the subject of international environmental law, this thesis analyzes the main theories on legal principles, and concludes that a more suitable theory for international environmental law principles is needed. In the last part, this work demonstrates how the precautionary principle can be operationalized through institutional strengthening, especially of the United Nations Framework Convention on Climate Change. Climate change is a paradigmatic case, since it demands international preventive action in order to avoid the impacts of global warming, even in the absence of scientific consensus regarding its causes and consequences. By allowing greater democratic participation and by creating space for communication so that public perception can be reflected in legal and political decisions, the institutional arrangement created by the Convention allows for, if imperfectly, a wider discussion about the challenges of climate change. Considering the foundations of Becks theory about reflexive modernization, the political origin of risks and the democratization of discussions on risks, the role of subpolitics in modern society and irreversibility of environmental catastrophes, this work concludes that the precautionary principle is indispensable to law and politics by adding a priori responsibility of possible damages and social participation in future decisions.
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Sociedade de risco e responsabilidade socioambiental: perspectivas para a educação corporativa / Risk society and and corporate social responsability: perspectives for corporate educationJacques Demajorovic 18 August 2000 (has links)
Um dos aspectos mais relevantes da crise da modernidade é a elevação dos riscos socioambientais associados ao intenso desenvolvimento industrial, sendo que o setor químico contribuiu significativamente para a construção deste quadro de vulnerabilidade socioambiental. Desde o final da década de 80, no entanto, as grandes corporações químicas adotaram um discurso enfatizando a necessidade de integrar a variável socioambiental como um componente fundamental para garantir sua competitividade e sua legitimidade perante a opinião pública. Esta pesquisa procurou analisar, a partir do desenvolvimento de estudos de caso em empresas no setor químico, como os programas de educação corporativa refletem nas práticas gerenciais, influenciando os indicadores de desempenho das empresas nos campos ambiental e social. Os resultados desse trabalho apontam que, embora nenhuma das empresas pesquisadas apresente características ideais para a disseminação de um conhecimento socioambiental, as organizações que optam por tratar a educação corporativa de forma estratégica tendem a elevar seu desempenho ambiental e social. Isto foi observado tanto na fase em que o foco foi apenas o controle da poluição, quanto no presente em que características da abordagem de prevenção à poluição estão sendo integradas. / One of the most important aspects of the crisis of modernity is the increase in environmental risks, associated with the expansion of industrial development. The chemical sector has contributed significantly to current state of social and environmental vulnerability. Since the end of the 1980s, however, the large chemical companies have been adopting a discourse which emphasizes the need to integrate social and environmental variables as fundamental components of their operational planning in order to ensure their competitiveness and the legitimacy in terms of public opinion. The research presented in this dissertation uses case studies of companies in the chemical sector to analyze the impact that corporate education programs have on management practices in the company and performance indicators in the environmental and social areas. The results of this research indicate that, while none of the companies examined present ideal characteristics for the dissemination of social and environmental knowledge, those corporations that choose to treat corporate education as a strategic element also tend to have better environmental and social performance. This was observed both in periods when the focus was strictly centered on pollution control, as well as more recently when the preventative approach to pollution is becoming more influential.
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”Allergi mot ovisshet” : En kvalitativ dokumentstudie av målgruppens egna upplevelser av generaliserat ångestsyndrom (GAD) / "Allergy to uncertainty" : A qualitative documentary study of the target group's own experiences of Generalized Anxiety Disorder (GAD)Jörgensen, Sofie, Rootzén, Andréas January 2022 (has links)
This study aims to gain an increased understanding of generalized anxiety disorder based on how the target group describe their experiences. The data was gathered through podcasts where people with GAD talked about their life situation, what strategies they use to manage general anxiety and what they think relieves general anxiety. The gathered data was then analyzed through a thematic analysis where four main themes were developed; a constant worry, managing stigma, controlling or avoiding and only relive, not cure. These themes were analyzed based on Goffman's theory of stigma and Gidden's theory of the risk society. The results show that people with GAD live with a constant anxiety that affects their entire life situation, such as their work, leisure, and social relationships. Their anxiety can be likened to an allergy to uncertainty as it´s triggered by something they cannot control. They feel stigmatized by others and feel that they often need to hide their stigma by living behind a facade. To deal with generalized anxiety, three different strategies are used, which are trying to control everything, avoiding anxiety by not exposing oneself to things that cause concern or by keeping oneself busy. However, these strategies can aggravate the condition but there are many things that can relieve general anxiety. The most prominent factors are medicine, therapy, emotional support and self-help such as exercise and meditation. But the results show that the symptoms persist despite great efforts and several treatments, which indicates that more research and more effective interventions are required. The study concludes that GAD is not only a problem that exists within the individual but also in interpersonal relationships and in the society. It also concludes that there must be a change in the structures of society regarding mental illness, and that interventions should not only be directed towards the individual but also towards the relatives. This because the results show that relatives are also affected and that their influence can both aggravate and improve the individual's condition. / Den här studien syftar till att få en ökad förståelse för generaliserat ångestsyndrom utifrån hur målgruppen själva beskriver sina upplevelser. Empirin samlades in genom poddar där personer med GAD berättade om sin livssituation, vilka strategier de använder för att hantera generell ångest och vad de anser lindrar generell ångest. Materialet analyserades genom en tematisk analys där fyra huvudteman togs fram; en konstant oro, hantera stigma, kontrollera eller undvika och endast lindra inte bota. Dessa teman analyserades utifrån Goffmans stigmateori och Giddens risksamhällesteori. Resultatet visar att personer med GAD lever med en konstant oro som påverkar hela deras livssituation, så som deras arbete, fritid och sociala relationer. Deras oro kan liknas med en allergi mot ovisshet då den triggas av sådant de inte kan kontrollera. De upplever sig stigmatiserade av andra och känner att de ofta behöver dölja sitt stigma genom att leva bakom en fasad. För att hantera generaliserad ångest används tre olika strategier vilka är att försöka kontrollera allt eller att undvika ångesten genom att inte utsätta sig för sådant som väcker oro eller att ständigt aktivera sig. Dessa strategier kan dock förvärra tillståndet, men det finns mycket som kan lindra generell ångest. De mest framträdande faktorerna är medicin, terapi, emotionellt stöd och självhjälp, som exempelvis meditation och träning. Resultatet visar dock att symtomen kvarstår trots stora ansträngningar och flertalet behandlingar vilket tyder på att mer forskning och effektivare interventioner krävs. Studien konkluderar att GAD inte enbart är ett problem som existerar inom individen utan även i mellanmänskliga relationer och i samhället som helhet. Därmed dras också slutsatsen att det måste ske en förändring i samhällsstrukturerna avseende psykisk ohälsa och att interventioner inte enbart bör riktas mot individen utan även anhöriga. Detta då resultatet visar att anhöriga också påverkas och att deras inflytande både kan förvärra och förbättra individens tillstånd.
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Use of Social Media in Crisis Communication in the Federal Government During COVID-19 Pandemic: Analysis of Responses StrategiesEl Mouloudi, Mostapha 21 January 2022 (has links)
Social media has become a prime tool in communicating during crises. Ongoing COVID-19 pandemic illustrates this trend strongly with the Canadian government conveying messaging through many platforms. In this thesis, we aimed to explore how Public Health Agency of Canada (PHAC) and Health Canada (HC) communicate with Canadians through social media, namely Twitter. Based on insights from social media practices drawn from work by Wendling et al. (2013); Lin et al. (2016) and from social mediated crisis communication theory of Austin et al. (2012), we sought to find what type of social media strategies adopted to execute crisis communication during COVID-19 pandemic. We also aimed at understanding to what extent these reflect the theoretical framework of the present study. To undertake this research, we opted for a mix of quantitative and qualitative analysis enabled by thematic analysis to identify categories of meaning and their trend. We found that social media strategies adopted by PHAC and HC have many aspects in common with the theoretical framework, yet they offer many nuances in practices driven mainly by the length of the crisis and the uncertainty it has caused. This thesis brings theory into practice by researching an ongoing crisis, gauging social media use practices against messaging strategies. It also calls on the need for updating theories and good practices in light of the outcomes of the COVID-19 crisis.
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Uppfattade risker med covid-19 vaccin -Påverkar solidaritet och förändrad tillit riskuppfattningar?Fridlund, Daniel, Persson, Patrik January 2021 (has links)
Den pågående vaccineringen mot covid-19 har inneburit att många människor börjar se ljuset i tunneln på den mörka tid som coronapandemin orsakat. Det råder dock inte konsensus kring vaccinet som uteslutande positiv för folkhälsan då vissa istället väljer att betona riskerna som vaccinet kan medföra framför fördelarna med vaccination.Tidigare forskning visar att faktorer som tillit, risker och individuella medicinska överväganden, likväl som kulturella aspekter har en avgörande roll i riskuppfattning gällande vaccinering.Studiens teoretiska referensram utgår från Becks teori om risksamhället, Giddens begrepp tillit till expertsystem, samt Douglas kulturella riskteori och beskyllningskultur.Syftet med denna pilotstudie är att undersöka studenters riskuppfattning gällande vaccinet mot covid-19, samt ifall riskuppfattning påverkas av faktorer som förändrad tillit och solidaritetsgrad.Datainsamlingen utgörs av en kvantitativ metod i form av enkätundersökning, där studiens urval består av medlemmar i gruppen ”Dom kallar oss studenter” på Facebook. Data från undersökningen analyserades sedan genom univariat analys samt multivariata regressionsanalyser.Resultat från studien visar att studenter med försämrad tillit till myndigheter uppfattar risker med biverkningar från vaccinet i högre grad än studenter som har en likvärdig eller förbättrad tillit till myndigheter. Det visar även att studenter med hög solidarisk inställning ser mindre risker med biverkningar från vaccinet än de med låg solidarisk inställning.Nyckelord: Covid-19, Risk, Förändrad tillit, Tillit till expertsystem, Risksamhället, Solidaritet, Kulturell riskteori, Kris. / The ongoing vaccination against covid-19 has meant that many people begin to see the light in the tunnel of the dark time that the corona pandemic has caused. However, there is no consensus about the vaccine as exclusively positive for public health as some instead choose to emphasize the risks that the vaccine may entail over the benefits of vaccination.Previous research shows that factors such as trust, risks and individual medical considerations, as well as cultural aspects, play a crucial role in risk perception regarding vaccination.The theoretical frame of reference in this study is based on Beck’s theory of the risks society, Giddens’ trust in expert systems, and Douglas’ cultural risk theory and blameculture.The aim of this pilot study is to investigate students’ perception of risk regarding the vaccine against covid-19, and whether risk perception is affected by factors such as changes in trust and degree of solidarity.The data collection consists of a quantitative method in the form of a survey, where the study sample consists of members of the group ”Dom kallar oss studenter” on Facebook. Data from the survey were then analyzed by univariate analysis and multivariate regression analyzes.Results from the study show that students with impaired trust in authorities perceive risks of side effects from the vaccine to a greater degree than students who have an equivalent or improved trust in authorities. It also shows that students with a high degree of solidarity see less risks with side effects from the vaccine than those with a low solidarity attitude.
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