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[en] STRATEGIC PARTNERSHIP: THE LANGUAGE WHICH CONSTITUTES THE RELATIONS BETWEEN RUSSIA AND THE EUROPEAN UNION / [pt] PARCERIA ESTRATÉGICA: A LINGUAGEM QUE CONSTITUI AS RELAÇÕES ENTRE A RÚSSIA E A UNIÃO EUROPÉIALUIS FERNANDO DE MORAES Y BLANCO 18 September 2009 (has links)
[pt] Em um momento em que permanecem os temores europeus sobre a
segurança de fornecimento de gás proveniente da Rússia, que, em desacordo com
as demandas européias, a Rússia reconhece a soberania da Ossétia do Sul e da
Abcásia, e que, diante do projeto de instalação do escudo antimísseis na República
Tcheca e na Polônia, divergências são latentes, os analistas internacionais, em
geral, avaliam as relações entre a Rússia e a União Européia como passando por
um momento de estagnação. Buscando compreender tal cenário, remetem-se a
uma série de elementos que explicam a existência de clivagens e dificuldade de
cooperação a partir da idéia de uma suposta incompatibilidade inerente a esses
atores políticos internacionais. Diante de tais análises, o fato de o conceito
utilizado como definidor do relacionamento bilateral ser o de parceria estratégica,
permite duas possibilidades de avaliação: ou um relacionamento de parceria
estratégica simplesmente não foi concretizado ou a utilização desse conceito é
mera retórica ou lip service. A presente dissertação busca, através de uma
abordagem construtivista que incorpora a virada lingüística, apresentar uma
leitura distinta das relações entre a Rússia e a União Européia. Através de uma
ontologia baseada na noção de performatividade, busca-se discutir como o
conceito de parceria estratégica pode ser compreendido como um ato de fala
constitutivo das relações entre essas partes. Analisando a linguagem enunciada em
discursos, declarações e documentos, além de elementos empíricos, discute-se que
tipo de relacionamento o conceito de parceria estratégica propõe para as relações
UE-Rússia e se a enunciação de tal conceito reflete-se de fato em práticas
concretas que permitem avanços no relacionamento bilateral. / [en] When fears concerning the security of supply of gas to Europe remain, the
Russian Federation recognizes the sovereignty of South Ossetia and Abkhazia
and, in view of the Project of an anti-missile defense system in the Czech
Republic and in Poland, divergences become latent, most analysts evaluate EURussia
relations as going through a moment of stagnation. Trying to understand
this scenario, a number of elements based on an alleged inherent incompatibility
between these international political actors are presented. In this context, the fact
that the concept of strategic partnership is used to define the bilateral relationship
provides two options of assessment: or a strategic partnership relationship was not
achieved or the use of this concept is only rhetorical or lip service. The present
dissertation aims, based on a constructivist approach which incorporates the
linguistic turn, to provide a different assessment of the relations between Russia
and the European Union. According to an ontology based on the idea of
performativity, the possibility that the strategic partnership concept may be
understood as a speech act which constitutes the relations between these actors is
discussed. By analyzing the language uttered in speeches, statements and
documents, besides evaluating empiric elements, it is discussed what kind of
relationship the strategic partnership concept proposes to EU-Russia relations and
if the utterance of this concept influences concrete acts which allow progress in
the bilateral relations among these actors.
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[en] JUST WAR AS A CONSTITUTIVE INSTITUTION OF THE MODERN INTERNATIONAL / [pt] A GUERRA JUSTA COMO UMA INSTITUIÇÃO CONSTITUTIVA DO INTERNACIONAL MODERNOCLAUDIO ANDRES TELLEZ ZEPEDA 15 April 2010 (has links)
[pt] Esta dissertação aborda o tema das instituições internacionais
fundamentais através do estudo do papel que a guerra justa desempenha na
modernidade. Meu argumento é que a guerra justa pode ser interpretada como
uma instituição constitutiva do internacional moderno. Primeiramente, a partir de
uma análise do pensamento de Francisco de Vitoria, discuto como os ameríndios
foram situados em um patamar inferior de desenvolvimento, possibilitando a
justificação das guerras de colonização a partir da ideia de um propósito moral
civilizatório. Baseando-me em Christian Reus-Smit, que pretende explicar o
desenvolvimento das instituições fundamentais no marco de um complexo
normativo, interpreto a guerra justa, na Espanha do século XVI, como uma
instituição desenhada para legitimar as práticas da conquista e da expansão
colonial. Em um segundo momento, apresento um desenvolvimento histórico da
lei natural e discuto como ela participou da estrutura normativa dos sistemas
colonial e imperial. Busco mostrar que, apesar do abandono do jusnaturalismo a
partir do século XVIII, a lei natural permaneceu na expressão de uma pretensa
superioridade dos povos europeus perante seus Outros. Na terceira etapa, finalizo
a caracterização da guerra justa como uma instituição constitutiva do internacional
moderno, a partir do entendimento de que ela representa uma via para os Estados
europeus expressarem e afirmarem sua civilização diante dos povos não-europeus.
Além de buscar uma relação dialógica construtiva e complementar com a Teoria
Política, esta dissertação representa um esforço crítico na direção de uma maior
valorização das contingências históricas e da dimensão moral no estudo teórico
das relações internacionais. / [en] The purpose of this dissertation is to discuss the theme of fundamental
international institutions by studying the role that just war plays in modernity. My
argument is that just war can be understood as a constitutive institution of the
modern international. The development of my argument is divided into three
parts. First, I analyze the thought of Francisco de Vitoria and discuss how the
Amerindians were placed at a lower level of development in comparison to the
Europeans. That characterization permitted to justify wars of colonization under a
civilizing moral purpose. Based on Christian Reus-Smit s proposal of a normative
complex to explain the development of fundamental institutions, I interpret just
war, in sixteenth-century Spain, as an institution designed to legitimize the
practices of the conquest and colonial expansion. Second, I present an historical
development of natural law and a discussion of how it participated in the
normative structure of the colonial and imperial systems. I intend to show that
despite the abandonment of jusnaturalism from the eighteen century on, natural
law still remained in the expression of a supposed superiority of the European
peoples. Finally, by understanding that just war represents a way through which
the European states express and affirm their civilization before the non-European
peoples, I finish my characterization of just war as a constitutive institution of the
modern international. Besides attempting to establish a constructive and
complementary dialogic relationship with Political Theory, the present
dissertation constitutes a critical effort that calls for a greater consideration of
historical contingencies and of the moral dimension in the theoretical study of
international relations.
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[en] PROBLEMATIZING THE CONCEPT OF POWER IN FOUCAULT AND ITS CONSEQUENCES FOR THINKING THE POLITICAL IN INTERNATIONAL RELATIONS THEORY / [pt] PROBLEMATIZANDO O CONCEITO DE PODER EM FOUCAULT E SUAS CONSEQÜÊNCIAS PARA PENSAR O POLÍTICO NA TEORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAISCHRISTIANA LAMAZIERE 22 May 2009 (has links)
[pt] Esta dissertação objetiva problematizar o conceito de poder presente na
filosofia de Michel Foucault a fim de mostrar as suas conseqüências para se
pensar o político na Teoria de Relações Internacionais (RI). Busca, desse modo,
aprofundar o diálogo com as vertentes críticas que contestam os pressupostos do
realismo desde a década de 80. Mesmo se tais perspectivas já obtiveram certa
visibilidade na área de Teoria das Relações Internacionais, as teorias que seguem
o pós-estruturalismo continuam confinadas às margens do pensamento de RI. A
presente dissertação busca, portanto, explorar o conceito chave do pensamento de
Foucault, o poder, para expor tanto os pressupostos quanto as implicações de sua
utilização para se pensar a política global. Por meio da análise do modo com que
Foucault trabalha o conceito de poder, conclui-se que o filósofo apaga, em grande
medida, as fronteiras normativas entre os conceitos de poder e violência. Como
conseqüência dessa indiferenciação conceitual, Foucault concebe o fenômeno
político como campo de forças, como acontecimento estratégico ou como a
continuação da guerra por outros meios. Pretende-se, por meio deste trabalho,
pensar acerca da desejabilidade normativa de tal concepção política e de sua
capacidade de prover um modelo capaz de constituir alternativa ao realismo em
RI. A dissertação contrapõe, finalmente, a visão do político de Foucault a visões
que outras perspectivas críticas, como aquelas inspiradas pelos trabalhos da
Escola de Frankfurt, oferecem para se pensar um novo paradigma teórico e prático
para a política global. / [en] This dissertation problematizes the concept of power present in Michel
Foucault`s philosophy in order to show its consequences for thinking the political
in International Relations (IR) Theory. It seeks to deepen the dialogue with the
critical perspectives that question the assumptions of realism since the 1980s.
Even if such critical perspectives have already obtained some visibility in
International Relations Theory, poststructuralist theories remain confined to the
margins of IR thought. This dissertation seeks, consequently, to explore the key
concept of Foucault`s thought, power, in order to reveal its assumptions as well as
its implications for thinking abou global politics. By means of the analysis of the
way Foucault constructs his concept of power, we arrive at the conclusion that the
philosopher erases the normative borders between the concepts of power and
violence. As a consequence of his conceptual indifferentiation, Foucault conceives
the political phenomenon as a field of forces, as a strategic event or as a war
continued by other means. This work seeks to question the normative desirability
of such a conception of the political and about its capacity to provide an
alternative model do realism in IR. This dissertation opposes, finally, Foucault`s
vision of the political to visions that other critical perspectives, such as those
inspired by the works of the Frankfurt School, offer to help us think another
theoretical and practical paradigm for global politics.
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[en] ADJUSTMENT, MISADJUSTMENT AND READJUSTMENT: THE ROLE OF THE INTERNATIONAL MONETARY FUND IN THE WORLD FINANCIAL STABILIZATION / [pt] AJUSTE, DESAJUSTE E REAJUSTE: O PAPEL DO FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL NA ESTABILIZAÇÃO FINANCEIRA MUNDIALLARISSA HELENA NARCISI REINPRECHT 06 June 2012 (has links)
[pt] Desde sua criação em 1944, o Fundo Monetário Internacional já sofreu
grandes crises de legitimidade; no entanto, após períodos de rejeição e limbo, a
instituição sempre logrou renascer das cinzas; argumentar-se-á que esta aparente
imortalidade do FMI é devida à capacidade da instituição de adequar-se aos novos
ciclos normativos que emergem de crises financeiras. Esta capacidade se
vincularia, por sua vez, à legitimidade da instituição relacionar-se à justificação
de sua atuação em coerência com o propósito para o qual teria sido criada.
Assim, se o discurso que emerge como consenso da análise das crises acusa a
instituição de ter tido parte nas causas da instabilidade, o realinhamento do FMI
à nova norma em ascensão pode resultar em mudanças em sua orientação
prática, como quando após a crise asiática teve sua relevância significativamente
reduzida com a adoção da política de supervisão e liberalização financeira ditada
pelo mercado, e não mais ordenada por si, ao longo dos anos 2000. Já a crise que
se desenvolve, ao final da primeira década do século XXI, com origem nos
maiores produtores de consenso sobre política macroeconômica — Estados
Unidos e União Européia — mostra-se como oportunidade para reajuste do papel
do Fundo em uma posição novamente central, propiciando uma análise dos
interesses diversos que esta instituição, com 187 Estados-membros e potencial de
levantamento de centenas de bilhões de dólares em poucos dias, é capaz de
atender ou suscitar em um cenário de maior equilíbrio financeiro nos países
emergentes e desequilíbrio nos grandes centros. / [en] Since its inception in 1944, the International Monetary Fund has suffered
major crises of legitimacy; however, after periods of rejection and limb, the
institution was always able to rise from the ashes. It will be argued that this
apparent immortality of the Fund is due to its ability to adapt to the new
normative cycles that emerge from financial crises. This ability could be traced to
the relation between the legitimacy of the institution and the justification of its
acts in coherence with the purpose for which it was created. In this sense, if the
discourse that emerges — as a consensus from the analyses of the crises —
accuses the institution of having had a part in the causes of the instability, the
realignment of the IMF to the new ascending norm may result in changes in its
practical orientations, as it happened, for instance, after the Asian crisis, when the
Fund had its relevance significantly reduced with the adoption of a policy of
market-led financial liberalization throughout the decade of 2000, replacing the
former model of IMF-led orderly liberalization. Finally, the crisis developed by
the end of the first decade of the XXI century and that originated in the largest
producers of macroeconomic policy consensus — the United States of America
and the European Union — presents itself as an opportunity for readjustment of
the Fund s role once again in a central position, allowing for the analysis of the
diverse interests that this institution — with its 187 member-States and potential
for raising hundreds of billions of dollars in a few days — is able to meet in a
scenario of greater financial balance among emerging markets, along with the
instability of the great centers.
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[en] INTERNATIONAL RELATIONS HISTORIOGRAPH(IES): A POSTCOLONIAL ANALYSIS OF THE HISTORIES AND KNOWLEDGE OF IR AREA IN BRAZIL, CHINA AND INDIA / [pt] HISTORIOGRAFIA(S) DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS: UMA ANÁLISE PÓS-COLONIAL DAS HISTÓRIAS E DOS SABERES DA ÁREA DE RI DE BRASIL, CHINA E ÍNDIAJESSICA CRISTINA RESENDE MAXIMO 26 February 2015 (has links)
[pt] O objetivo central desta dissertação é fazer uma análise discursiva pós-colonial sobre o desenvolvimento e o panorama atual da área de Relações Internacionais no Brasil, na China e na Índia. Procura-se analisar o entrelaçamento destas experiências com a experiência dominante na área (a estadunidense), com o intuito de expor a participação subordinada destes locais (de enunciação) na construção da área globalmente. Para tal, utiliza-se, principalmente, o discurso pós-colonial de Homi Bhabha e autores que interpretam sua obra, como Ilan Kapoor, James Ferguson e Marta Moreno. Através de uma leitura baseada nestes autores, busca-se interpretar a história e os saberes destes locais para além de seu entendimento como cópia inautêntica da experiência estadunidense ou como tentativa frustrada de criação completamente inovadora. Almeja-se, pelo contrário, ressaltar como as histórias e os saberes da área pelo globo são construídos a partir de relacionamentos históricos; os quais, por serem assimétricos, omitem e menosprezam a participação e a contribuição da produção em RI pelo globo. O método de análise discursiva desta dissertação tem como base metodologias de cunho pós-estruturalista e pós-colonial, a saber: a justaposição de narrativas e a ênfase nos conhecimentos subjugados. Esta análise se deu através da revisão de material escrito (artigos de revistas acadêmicas, livros especializados ou coletâneas acadêmicas) que aborda o desenvolvimento e o panorama atual da área de RI de Brasil, China e Índia. Buscase, assim, contribuir com a subversão da Historiografia Tradicional da área de RI através da escavação de outras historiografias e outros saberes que se entrelaçam na construção da área globalmente. / [en] The main goal of this dissertation is to perform a postcolonial discursive analysis on the development and current overview of the area of International Relations in Brazil, China and India. It seeks to analyze the relationship of these experiences with the worldwide dominant experience (that of the U.S.A.), in order to expose the subordinated participation of these (enunciative) places in the construction of the area globally. In order to do so, it is used, mainly, the postcolonial discourse of Homi Bhabha and authors who interpret his work, such as Ilan Kapoor, James Ferguson and Marta Moreno. Through a reading based on these authors, it is sought to interpret the history and the knowledge of these places beyond their understanding as inauthentic copy of the American experience or as a frustrated attempt of a complete innovation. It is aimed, on the contrary, to highlight how the stories and knowledge of the area across the globe are constructed by historical relationships; which, for being asymmetric, omit and despise the participation and contribution of IR production across the globe. The method of discursive analysis of this dissertation is based on poststructuralist and postcolonial methodologies, namely: the juxtaposition of narratives and the emphasis on subjugated knowledge. This analysis has been done by reviewing written material (articles from academic journals, specialized academic books or academic collections) that addresses the development and current situation of the IR area of Brazil, China and India. The aim is, thus, to contribute to the subversion of IR traditional historiography by excavating other historiographies and other knowledge that intertwine in the construction area globally.
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[en] CULTURES OF ANARCHY: ALEXANDER WENDT, CONSTRUCTIVISM AND THE END OF THE COLD WAR / [pt] CULTURAS DA ANARQUIA: ALEXANDER WENDT, CONSTRUTIVISMO E O FINAL DA GUERRA FRIADAVID NICOLAU VIGNA LEHMANN 06 November 2003 (has links)
[pt] A tese aborda a teoria construtivista de Alexander Wendt
e
o debate teórico em torno da guerra fria, particularmente
de seu final, enfatizando o caráter social
do sistema internacional, e as diversas formas que esta
estrutura de conhecimento compartilhado pode assumir: as
culturas da anarquia. Analisando o Novo Pensamento como
uma
ação crítica, reflexiva, e utilizando as ferramentas do
interacionismo simbólico, a teoria idealista e estrutural
de Wendt abre espaço para a agência dos atores estatais,
e
mostra como identidades e interesses são continuamente
sustentados ou alterados no processo de interação. / [en] The dissertation deals with the constructivist theory of
Alexander Wendt and the theoretical debate about the Cold
War, particularly its end, highlighting the social aspect
of the international system, and the many shapes this
structure of shared knowledge can take: the cultures of
anarchy. Analyzing the New Thinking as a critical and
reflexive action, and using the tools of symbolic
interaction,Wendts idealist and structural theory opens up
to the state actors agency, and shows how identities and
interests are continually sustained or altered in the
process of interaction.
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[en] IDENTITY AS A SOURCE OF CONFLICT: THE RELATIONSHIP BETWEEN UKRAINE AND RUSSIA IN THE POST-USSR / [pt] A IDENTIDADE COMO FONTE DE CONFLITO: AS RELAÇÕES ENTRE UCRÂNIA E RÚSSIA NO PÓS-URSSFABIANO PELLIN MIELNICZUK 08 June 2004 (has links)
[pt] O argumento principal da dissertação é que o processo de
interação entre Ucrânia e Rússia no pós-URSS dá origem a
identidade social de inimigo, a qual é a fonte dos
conflitos de interesse entre os dois países. Para sustentar
o argumento, propõe-se um modelo teórico com base na
importância das idéias para a constituição dos interesses e
na crença de que os interesses são determinados pelas
identidades. Depois, demonstra-se porque a identidade entre
os dois países é de inimigo. A Rússia não admite a
independência da Ucrânia, a qual reage denunciando a
mentalidade imperial russa. A Rússia aceita o papel
atribuído ao manifestar sua pretensão sobre o território
ucraniano. Em resposta, a Ucrânia assegura a posse de armas
nucleares para se defender de uma possível agressão russa.
No final do processo, a identidade de inimigo está
construída. A reação dos dois países à expansão da OTAN é
utilizada para ilustrar as conseqüências da inimizade. Como
as identidades determinam os interesses, as relações entre
Estados amigos envolvem interesses comuns, e entre
inimigos, interesses divergentes. Assim, a percepção de
ameaça é compartilhada entre amigos e, entre inimigos, o
amigo de um se torna o inimigo de outro. Por isso a Ucrânia
coopera com a OTAN em busca de proteção, enquanto a Rússia
não aceita sua expansão. A fim de evitar que os conflitos
entre Ucrânia e Rússia representem uma ameaça à segurança
da Europa, é necessário que a identidade construída na
interação entre eles seja transformada. / [en] The main argument of this dissertation is that the
interaction between the Ukraine and Russia generates a
social identity of enmity, which is the source of the
conflict of interests between the two countries. In order
to defend the argument, a theoretical model is proposed
based on the importance of ideas to the constitution of
interests and on the belief that interests are determined by
identities. The next task is to demonstrate why the
relationship between the two countries is one of enmity.
Russia does not admit the independence of Ukraine, which
reacts accusing Russia of imperial mentality. Russia
accepts this conferred role when it manifests its claim
over the Ukrainian territory. As a result, Ukraine assures
its possession of nuclear weapons to defend itself from a
potential Russian aggression. By the end of the process, an
enemy`s identity is already constructed. The reaction of
both countries towards NATO`s expansion is used to
illustrate the consequences of enmity. Because identities
determine interests, the relationship between friend States
involves common interests, whereas that between foes
involves divergent interests. The perception of a threat is
shared by friends. Between enemies, the friend of one
becomes the enemy of the other. That is why Ukraine
cooperates with NATO and Russia does not accept its
expansion. In order to avoid that the conflicts between
Ukraine and Russia become a threat to Europe`s security, it
is necessary to change the identity constructed in through
their interaction.
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[en] THE REALIST EPIC REVISITED: DECONSTRUCTING THE STATE OF NATURE AS A DISCIPLINE TRADITION / [pt] O ÉPICO REALISTA REVISITADO: DESCONSTRUINDO O ESTADO DE NATUREZA COMO TRADIÇÃO DE UMA DISCIPLINAIARA COSTA LEITE 28 July 2004 (has links)
[pt] O propósito desta dissertação é desconsagrar o caráter
heróico que a obra de Hobbes assumiu para os estudantes de
relações internacionais ao ter sido enquadrada - junto às
de Tucídides, Maquiavel, Rousseau, Hegel e etc. - na
histórica épica realista. Veremos, no primeiro capítulo,
que a subsunção do filósofo à tradição realista é raramente
questionada, mesmo pelos críticos das concepções veiculadas
por essa tradição. O nome de Hobbes permanece, em grande
medida, associado à analogia entre anarquia internacional e
estado de natureza. No segundo capítulo, deixaremos em
evidência a confluência dos elementos do estado de natureza
hobbesiano para a descrição/explicação da política
internacional levada a cabo pelos ilustres expoentes
do realismo, Hans Morgenthau e Kenneth Waltz. Por último,
resgataremos o caráter hipotético do modelo de estado de
natureza, dando ênfase especial ao reconhecimento de Hobbes
à limitação de seu reducionismo motivacional para a
descrição da realidade. Também, partindo do pressuposto de
que a dicotomia interno-externo era inexistente na época de
Hobbes, exploraremos, a partir de sua obra, o argumento de
que a paz internacional estaria diretamente relacionada à
resolução do problema da ordem nas sociedades domésticas. / [en] The purpose of this dissertation is to deconsecrate the
heroic status that international relations students have
attached to Hobbes`s texts - an attachment that results
from their inclusion, together with texts by Thucydides,
Machiavelli, Rousseau and Hegel, in a realist epic history.
In the first chapter, we will see that the subsuming of
the philosopher under the realist tradition is rarely
questioned, even by the critics of the conceptions endorsed
by it. The name of Hobbes remains, in a large extent,
associated to the analogy between international anarchy and
the state of nature. In the second chapter, we`ll clarify
the confluence from the elements of the hobbesian state
of nature to the description/explanation of international
politics elaborated by the two of realism`s remarkable
exponents: Hans Morgenthau and Kenneth Waltz. For last,
we`ll bring to light the hypothetical status of the state
of nature model, emphasizing the fact that Hobbes himself
recognized the limitation of its motivational reductionism
to the description of reality. Also, having taken as a
premise the fact that the dichotomy inside/outside did not
exist in Hobbes`s time, we`ll explore the argument that
international peace would be directly associated to the
resolution of the problem of order in domestic societies.
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[pt] CRISE E CRÍTICA NAS TEORIAS DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS / [en] CRISIS AND CRITIQUE IN INTERNATIONAL RELATIONS THEORYNATALIA MARIA FELIX DE SOUZA 31 January 2019 (has links)
[pt] A tese investiga as narrativas de crise e crítica na trajetória das teorias de relações internacionais, a fim de compreender como o atual debate acerca do fim ou crise da disciplina expõe os limites paradoxos da crítica neste campo. Para tanto, a tese está dividida em dois movimentos estruturantes. No primeiro movimento (Capítulos 2 a 4), questiona-se as atuais narrativas da crise teórica em sua trajetória histórica e conceitual, a fim de debater suas implicações políticas e axiológicas. No segundo movimento (Capítulos 5 a 7), explora-se o status teórico das narrativas críticas contemporâneas, a tendência para a análise crítica incorrer em dogmatismo, e a possibilidade de resistir o potencial dogmático das narrativas de crise nas relações internacionais. De maneira geral, a análise apresenta crise e crítica como diferentes possibilidades de articular a política moderna, apoiadas em pressupostos distintos sobre (i) temporalidade, (ii) soberania, e (iii) conhecimento. Consequentemente, a tese argumenta que os pontos mais vulneráveis das narrativas de crise na política internacional se dão em relação aos limites do sujeito do conhecimento e da política soberana de amigos e inimigos. Nesse contexto, uma abordagem mais efetivamente crítica da política deve oferecer um enquadramento distinto do problema, no qual o sujeito estético abra a possibilidade de buscar formas de universalidade que se baseiem em uma afirmação mais profunda da diferença e da pluralidade, bem como em um maior entendimento dos limites das narrativas - mesmo as mais progressistas - sobre o sujeito soberano do conhecimento. Esse argumento aponta para a necessidade de as teorias de relações internacionais irem além de si mesmas. / [en] The dissertation investigates the narratives of crisis and critique expressed at significant moments in the history of international relations theory in order to explain how recent debates on the end or crisis of international relations theory expose the paradoxical limits of critique in this field. The dissertation is structured by two organizing movements. The first movement, Chapters 2-4, examines the recent debates about a crisis of theorizing, placing them in their historical and conceptual context, and highlighting their axiological and political stakes. The second movement, Chapters 5-7, explores the contemporary
theoretical status of claims to critique, the tendency for critical analysis to relapse into dogma, and the possibility of resisting the dogmatic potential of narratives of crisis in international relations. The overall analysis presents crisis and critique as two different possibilities of framing modern politics, predicated on diverging assumptions about (i) temporality, (ii) sovereignty, and (iii) knowledge. As a consequence, the dissertation argues that the points at which claims about crisis and international politics become most vulnerable to dogmatic tendencies occur in relation to the limits of the subject of knowledge and the sovereign politics of friends and enemies. A more effectively critical approach to politics in this
context must work through a different framing in which the aesthetic subject may pursue claims to universality that rest on much stronger affirmations of difference and plurality and a much greater awareness of the limits of established and even progressive accounts of a sovereign subject of knowledge. Thus international relations theory must consider what it means to go beyond itself.
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[en] THE CONTRIBUTION AND DEVELOPMENT OF THE ENGLISH SCHOOL OF INTERNATIONAL RELATIONS / [pt] A CONTRIBUIÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA INGLESA DE RELAÇÕES INTERNACIONAISEMERSON MAIONE DE SOUZA 10 December 2003 (has links)
[pt] O objetivo da dissertação é avaliar a contribuição e o
desenvolvimento da Escola Inglesa de Relações
Internacionais. Para tanto, opta-se pela análise histórica,
priorizando-se uma abordagem cronológica. Nesse sentido,
analisa-se, inicialmente, a contribuição de dois de seus
principais teóricos: Martin Wight e Hedley Bull, que
estabeleceram os eixos teóricos e conceituais constitutivos
da Escola. Na segunda parte, considera-se o debate sobre a
identidade e a validade da contribuição da Escola nos anos
1980. Na última parte, apresenta-se uma avaliação da Escola
Inglesa nos anos 1990. Introduz-se, então, a bifurcação
entre uma vertente crítica e outra clássica e a inovação
trazida por uma nova geração de teóricos. Por fim, procura-
se apresentar, de forma crítica, o debate travado dentro da
Escola sobre o conflito do Kosovo. / [en] The aim of this dissertation is to evaluate the
contribution and the development of the English School of
International Relations. In order to achieve this, the
analytical axis will be historic, emphasising a
chronological approach. In this sense, it was accessed the
contribution of two of its leading theorists: Martin
Wight and Hedley Bull, that together established the mains
theoretical and conceptual axis constitutive of the school.
In the second part, the debate about the identity and the
validity of the contribution of the school in the 1980s was
analysed. In the last part, it is offered an evaluation of
the English School in the 1990s. Its bifurcation into two
approaches, a critical and a classical one; and the
theoretical innovation brought by a new generation of
theorists, will be introduced. Latter on, it will be
offered an critical analysis of the debate that took
place in the English School after the conflict at Kosovo.
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