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[en] WALTER BENJAMIN: TRUTH IN IMAGES / [fr] WALTER BENJAMIN: LA VÉRITÉ EN IMAGES / [pt] WALTER BENJAMIN: A VERDADE EM IMAGENSANA LUIZA VARELLA FRANCO 28 December 2010 (has links)
[pt] Meu trabalho, Walter Benjamin. A verdade em imagens, procura mostrar
a especificidade da filosofia de Walter Benjamin. Essa filosofia dirige-se à
plenitude da experiência humana, guiada por sua convicção de que a dimensão
expressiva da linguagem é o campo histórico, no qual a verdade pode ser
construída em imagens. Benjamin valoriza a natureza simbólica da linguagem
percorrendo o caminho que se desvia tanto das teorias clássicas como das teorias
linguísticas que marcaram o início século XX. O filósofo articula experiência e
linguagem e enfrenta a questão de a linguagem ser, ao mesmo tempo,
comunicação e expressão, imergindo em uma reflexão sobre a força da imagem e
sua temporalidade: sua possibilidade de eterna atualização na história como um
nome que acabou de nascer, como o radicalmente novo. Na palavra, o mundo é
percebido, da palavra saltam as imagens obscuras que constroem a escrita da
memória humana. As raízes de seu pensamento se encontram na mística judaica,
na filosofia kantiana, no romantismo alemão e no encontro com as obras de sua
contemporaneidade. Escavando os vários extratos de significação desse terreno
com o rigor de sua crítica, Benjamin apresenta um novo modo de conceber o
conhecimento e um novo conceito de história e de tempo. A partir de um
paradigma epistemológico, estético-teológico-político, o filósofo une o espiritual e
o histórico, recusa as ideias de continuidade, de causalidade e de progresso, que
selam os preceitos do século XIX, e propõe que a filosofia seja um exercício de
apresentação da verdade. O conhecimento só pode ser pensado como
experiência da verdade que aparece num instante, em toda sua beleza e mistério.
Trata-se de um processo de leitura e escrita, a partir do presente do
filósofo/historiador que promove a redenção do passado, do presente e do futuro,
pela ruptura. A categoria estética da alegoria vai atender à quintessência das suas
interrogações: buscar na relação linguística entre tempo e imagem a objetividade
capaz de responder ao caráter destrutivo da crítica filosófica. A forma alegórica
expressa a fragmentação do pensamento, da linguagem e do tempo, a
incompletude da história e da verdade. A forma alegórica atende à exigência de,
no agora de uma cognoscibilidade, apresentar a verdade em imagens. / [en] My work, Walter Benjamin. Truth in Images, intends to convey
specificities of Walter Benjamin’s philosophy, which is directed to the plenitude
of the human experience. This philosophy is guided by his conviction that the
expressive dimension of language is the historical field, in which truth may be
construed in images. Benjamin values the symbolic nature of language while
investigating the path that deviates both from classical theory, such as the
linguistic theories that marked the beginning of the 20th Century. The philosopher
articulates experience and language and takes on the issue of language as being, at
the same time, communication and expression, diving into a reflection about the
power of images and its temporality: its possibility of eternally updating history as
a name that has just been born, as the radically new. In the realm of words, the
world is perceived; from words, obscure images derive, making up the written
form of the human memory. The basis of his thinking may be found in Jewish
mysticism, in Kantian philosophy, in German romanticism and in his encounter
with contemporary works. While excavating various extracts of meaning in this
field with the rigorousness of his criticism, Benjamin presents a new means of
conceiving knowledge and a new concept of history and time. By means of an
epistemological paradigm, at the same time aesthetic, theological and political, the
philosopher unites the spiritual and the historic, refuses the ideas of continuity, of
causality and of progress, which characterizes the conceptions of the 19th Century,
and proposes that philosophy be an exercise of presenting the truth. Knowledge
may only be thought of as an experience of truth that appears in an instant, with
all its beauty and mystery. It is a process of reading and writing, starting with the
present of the philosopher/historian that promotes redemption from the past, from
the present and the future, through rupture. The aesthetic category of the Allegory
will attend to the quintessential aspect of his interrogations: to seek objectivity
capable of responding to the destructive character of philosophical criticism
through the linguistic relationship between time and imagery. The Allegorical
form expresses the fragmentation of thought, of language and of time, the
incompleteness of history and of truth. The Allegorical form attends to the
demand of - in the now of cognoscibility - presenting truth in images. / [fr] Ma thèse, Walter Benjamin: la vérité en images, essaie de montrer la
spécificité de la philosophie de Walter Benjamin, qui s’adresse à la plenitude de
l’expérience humaine, guidée par sa conviction que la dimension expressive du
langage est le champ historique, dans lequel la vérité peut être construite en
images. Benjamin valorise la nature simbolique du langage, parcourt le chemin
qui se détourne aussi bien des théories classiques que des théories linguistiques
qui ont marqué le début du XXe. Le philosophe articule l’expérience et le langage
et fait face à la question du langage comme étant, en même temps, communication
et expression, en plongeant dans une réflexion sur la forme de l’image et de sa
temporalité: sa possibilité d’une éternelle mis-à-jour dans l’histoire comme un
nom qui vient de naître, comme le radicalement neuf. À l’intérieur du mot, le
monde est perçu; des images obscures surgissent du mot et construisent l’écriture
de la mémoire humaine. Les racines de sa pensée se trouvent dans la mystique
juive, dans la philosophie kantienne, dans le romantisme allemand et dans la
rencontre avec les oeuvres de sa contemporaineté. En fouillant les divers extraits
de la signification de ce terrain avec la rigueur de sa critique, Benjamin présente
une nouvelle manière de concevoir la connaissance et un nouveau concept de
l’histoire et du temps. À partir d’un paradigme épistémologique, à la fois
esthétique, théologique et politique, le philosophe réunit le spirituel et
l’historique, refuse les idées de continuité, de causalité et de progrès qui marquent
les préceptes du XIXe, et propose que la philosophie soit un exercice de
présentation de la vérité. La connaissance ne peut être pensée que comme
expérience de la vérité qui apparaît dans un instant, en toute sa beauté et mystère.
Il s’agit d’un processus de lecture et d’écriture, à partir du présent du
philosophe/historien qui réalise la rédemption du passé, du présent et du futur par
la rupture. La catégorie esthétique de l’allégorie va à la rencontre de la
quintessence de ses interrogations: chercher dans la relation linguistique entre le
temps et l’image l’objectivité capable de répondre au caractère destructif de la
critique philosophique. La forme alégorique exprime la fragmentation de la
pensée, du langage et du temps, l’incomplétude de l’histoire et de la vérité. La
forme allégorique répond à l’exigence de, dans le maintenant d’une
connaissabilité, présenter la vérité en image.
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[pt] ESTADO DE EXCEÇÃO COMO RUPTURA: UMA LEITURA A PARTIR DE CARL SCHMITT E WALTER BENJAMIN / [en] STATE OF EXCEPTION AS RUPTURE: A STUDY BASED ON CARL SCHMITT AND WALTER BENJAMINLETÍCIA GARCIA RIBEIRO DYNIEWICZ 16 August 2016 (has links)
[pt] A tese toma como problema central discutir a possibilidade de ruptura da
ordem constitucional por meio do estado de exceção, compreendido a partir das
leituras de Carl Schmitt e Walter Benjamin. Propõe-se refletir sobre o estado de
exceção não tanto como um conceito jurídico, mas como um momento que tem a
possibilidade de romper ou não com a ordem jurídica até então vigente. Sendo
assim, a hipótese defendida por este trabalho consiste na premissa da existência de
um ponto cego no constitucionalismo liberal — uma forma de pensar o direito
que, em linhas gerais, garante aos indivíduos, primeiramente, a não interferência
do Estado nas relações privadas e, em segundo lugar, a possibilidade de participar
do processo decisório -, qual seja: o estado de exceção. Carl Schmitt e Walter
Benjamin - autores situados em extremos opostos do espectro político -
compreendem a exceção nesse sentido, ou seja, como uma incapacidade do
constitucionalismo liberal para tratar da possibilidade da ruptura da ordem. Por
não tratar dessa fissura a partir da qual se inicia o direito, também não discute a
violência que o funda e o mantém. Em outras palavras, o constitucionalismo
liberal não enfrenta a exceção porque ela minaria sua própria existência e seu
pressuposto. O estado de exceção, pensado tanto como mecanismo garantidor da
ordem quanto como momento de ruptura, abala tais pressupostos, desnudando o
constitucionalismo liberal. Para corroborar tal hipótese, o trabalho será dividido
em três capítulos. No primeiro deles, expõe-se um rápido quadro histórico do
momento de Weimar para contextualizar o surgimento de tais teorias. Em seguida,
trata-se de aproximar e afastar Walter Benjamin e Carl Schmitt nos pressupostos
que irão levar os autores a pensar o estado de exceção: a teologia política, a
social-democracia e a crítica à técnica. No segundo capítulo, levanta-se a hipótese
de que Schmitt teme a exceção como momento de ruptura que desencaderia o
caos, por isso sua defesa de uma constituição autoritária. Para tanto, o capítulo
divide-se em quatro partes. Na primeira delas, aborda-se a relação entre sujeito
romântico e liberalismo. Na segunda, a tensão entre política e direito. Adiante,
aborda-se soberania, política e democracia e, por último, a questão da ruptura. O
último capítulo trata de pensar o direito a partir de Walter Benjamin, em especial
no que diz respeito à lei e à soberania. Primeiramente, a análise centra-se na
questão da soberania, para em seguida, desenvolver as concepções metodológicas
e políticas de história que levaram Benjamin a pensar em um permanente estado
de exceção. / [en] This thesis takes as its central problem the discussion on the possibility of
rupture of the constitutional order by means of the state of exception, as
understood by Carl Schmitt s and Walter Benjamin s readings. It proposes the
comprehension of the state of exception not so much as a legal concept, but as a
moment that can or cannot break the actual juridical order. Thus, the hypothesis
assumed by this thesis is that there is a blind spot in liberal constitutionalism — a
point of view on law that, in general terms, assures the individual, firstly, the nonintervention
of the State on private affairs, and, secondly, the possibility of taking
part in the decision-making process —, that is, the state of exception. Both Carl
Schmitt and Walter Benjamin — authors who hold opposite positions on the
political spectrum — understand exception according to this meaning, that is to
say, as the impossibility of liberal constitutionalism to deal with an eventual break
of the order. Since it does not treat on this fissure from which law begins, it also
does not discuss the violence that founds it and keeps it. In other words, the liberal
constitutionalism does not faces exception because it would undermine its very
existence and premises. The state of exception, considered both as a guarantor of
order and as a moment of rupture, unsettles those premises, exposing liberal
constitutionalism. In order to corroborate this hypothesis, this thesis is divided in
three chapters. In the first one, a brief historical background of the Weimar
Moment is presented, in order to contextualize the emergence of those theories.
Then, it deals with the accords and discords between Walter Benjamin and Carl
Schmitt concerning the assumptions that move both authors to think of the state of
exception: political theology, social democracy, and critique of technique. In the
second chapter, it is proposed the hypothesis that Schmitt would be afraid of
exception as a moment of rupture that could initiate chaos, hence his defense of an
authoritarian constitution. For this purpose, the chapter is divided in four parts.
The first one treats on the relation between romantic subject and liberalism. The
second, on the tension between politics and law. Further on, it treats on
sovereignty, politics and democracy, and, finally, the issue of rupture. The last
chapter thinks Legal Studies on the basis of Walter Benjamin s ideas, especially
those concerning law and sovereignty. First, the analysis is centered on the
question of sovereignty, and, next, it develops the methodological and politic
conceptions of history that moved Benjamin to think of a permanent state of
exception.
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[pt] AS FLORES DA POESIA NA TERRA DO SABER: UMA TEORIA DO POEMA EM WALTER BENJAMIN / [en] THE FLOWERS OF POETRY IN THE LAND OF KNOWLEDGE: A THEORY OF THE POEM IN WALTER BENJAMINRAFAEL ZACCA FERNANDES 03 February 2020 (has links)
[pt] Esta tese se propõe a articular uma teoria do poema em Walter Benjamin a partir de seus escritos sobre poesia e linguagem entre 1914 e 1940, tendo como pontos de partida mais significativos uma crítica de dois poemas de Friedrich Hölderlin e uma discussão epistolar com Theodor W. Adorno a propósito de Charles Baudelaire. A principal questão suscitada aqui pela teoria do poema em Walter Benjamin foi: de que forma os poemas se relacionam com as coisas, com a vida e com a história? Nesse quadro, a pesquisa ressalta o lugar central do conceito de poetificado (das Gedichtete) nos escritos de Benjamin, e de sua importância não apenas no pensamento sobre arte, como também no pensamento sobre o tempo histórico, principalmente a partir de sua transformação nos conceitos de teor de coisa e de teor de verdade (Sachgehalt e Wahrheitsgehalt, respectivamente). Para compreendê-lo, este trabalho resultou na criação do conceito de inconsciente poético, que permite relacionar, no pensamento de Benjamin, a investigação dos detalhes de um fenômeno poético à especulação filosófica de sua ideia. Por fim, a pesquisa também tenta compreender quais são, diante dessa teoria do poema, os métodos de Benjamin para uma crítica do poema, a saber, a partir das ideias de que opoema é uma mônada, uma partícula mínima que apresenta uma imagem dahistória, e de que não reflete as coisas nem a vida, mas as expressa. Nesse sentido, mesmo na sua fase materialista, esta pesquisa procura mostrar como o pensamento de Benjamin se distingue da estruturação do marxismo tradicional (como em Georg Lukács) que pensava a superestrutura (e a poesia, por extensão) como um reflexo da infraestrutura (do modo de produção da vida). / [en] This thesis proposes to articulate a theory of the poem in the works of Walter Benjamin stemming from his writings on poetry and language between 1914 and 1940, with a more significant starting point on a critique of two poems by Friedrich Holderlin and an epistolary discussion with Theodor W. Adorno regarding Charles Baudelaire. The main question raised in this thesis by the theory of the poem in Walter Benjamin was: in which way do poems relate to things, life and history? In this framework, the research points out the key concept of poetified (das Gedichtete) in Benjamin s writings and its importance not only for reflections about art but also for those about historical time, mainly from its transformation into the concepts of material content and truth content (Sachgehalt and Wahrheitsgehalt, respectively). In order to comprehend it, this work resulted in the creation of the concept of poetic uncounscious which allows for the relation, in Benjamin s thought, between the investigation of the details of a poetic phenomenon and the philosofical speculation of its idea. Finally, the research also tries to comprehend which are, before this theory of the poem, Benjamin s methods for a critique of the poem, namely stemming from the ideas that the poem is a monad, a minimal particle that presents an image of history, and that it does not reflect things or life, but expresses them. In that sense, even in its materialist phase, this research aims to show how benjamin s thought distinguishes itself from the structuration of traditional Marxism (as in Georg Lukács) wich considered the superstructure (and poetry, in extension) to be a reflex of the infrastructure (of the mode of production of life).
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[en] CRITIQUE OF VIOLENCE, CRITIQUE OF PURE REASON: WALTER BENJAMIN S AND IMMANUEL KANT S CRITICAL ENTERPRISE IN COMPARISON / [pt] CRÍTICA DA VIOLÊNCIA, CRÍTICA DA RAZÃO PURA: O PROJETO DE CRÍTICO DE WALTER BENJAMIN E IMMANUEL KANT EM COMPARAÇÃOKRISTINA HINZ 22 February 2019 (has links)
[pt] Em 1921, Walter Benjamin publicou, com apenas 28 anos, seu controverso ensaio Da crítica da violência, representando um acerto com o modelo republicano de governança e desenvolvimento à luz da Primeira Guerra Mundial. Identificando uma relação intrínseca e necessária entre autoridade legal e violência física, Da crítica da violência tem se tornado um texto altamente influente para a discussão de violência na política, inspirando teóricos tão diferentes como Carl Schmitt, Herbert Marcuse, Jurgen Habermas, Jacques
Derrida e Giorgio Agamben. Esta dissertação de mestrado propõe uma leitura do ensaio benjaminiano que o entende primeiramente como resposta à filosofia crítica e política de Immanuel Kant. Discutindo os conceitos de crítica, política vis-à-vis violência e história nas obras dos dois autores, essa dissertação visa esclarecer as divergências e também paralelas nos pensamentos dos dois autores, argumentando que ambos autores defendem uma visão que considera a violência como o único meio para alcançar a liberdade. / [en] In 1921, Walter Benjamin published, at the age of only 28, his controversial essay Critique of violence, representing an account on the republican model of governance and development in the light of the First World War. Identifying an intrinsic and necessary relationship between legal authority and physical violence, Critique of violence has become a highly influential text for the discussion on the role of violence in politics, inspiring theorists as different as Carl Schmitt, Herbert Marcuse, Jurgen Habermas, Jacques Derrida and Giorgio Agamben. This master thesis proposes a reading of Benjamin s essay which it comprehends primarily as an answer to the critical and political philosophy of Immanuel Kant. Discussing the concepts of critique, politics vis-à-vis violence, and history in the works of both authors, this master thesis has the goal to clarify the divergences but also the parallels within the thought of both authors, arguing that both authors defend a position which considers violence as the only means for achieving freedom.
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[en] IN THE BEGINNING WAS THE LOGOS: LANGUAGE, TRUTH AND EXPERIENCE IN WALTER BENJAMIN / [pt] NO PRINCÍPIO ERA O LOGOS: LINGUAGEM, VERDADE E EXPERIÊNCIA EM WALTER BENJAMINRAFAEL DOMINGUES AZZI 06 April 2016 (has links)
[pt] A palavra grega logos é fundamental no desenvolvimento do pensamento
ocidental. Através do logos, da palavra, Deus cria o mundo nas tradições
religiosas judaico-cristãs. Dentro da filosofia moderna ocidental, o logos é
entendido principalmente no sentido da razão e da racionalidade. A presente
pesquisa apresenta a hipótese de que o pensamento de Walter Benjamin interpreta
o logos como linguagem, unificando campos que, de outra forma, estariam
cindidos no pensamento. A interpretação do teórico alemão permite, aqui se
defende, transformar as bases da filosofia ocidental pela ressignificação de temas
reprimidos, tais como o mito, a arte e a história. A linguagem se mostra nessa
interpretação estruturante da própria realidade. A essência das coisas é de natureza
linguística; cabe ao homem traduzir e interpretar o mundo. Essa reflexão retoma a
noção pré-moderna de leitura do mundo, suplantada pela ascensão da análise
matemática das coisas, posta em cena pela revolução científica. A retomada da
centralidade da linguagem propicia, em suma, o desenvolvimento de uma
concepção alternativa dos conceitos de verdade e de experiência. Pois os
conceitos não se fundamentam mais em valores eternos e universais, mas
inseridos de modo pleno na precariedade da história e da linguagem humana. É o
que este trabalho se ocupa de trazer à luz. / [en] The Greek word logos was fundamental for the development of Western
thinking. Through logos, the word, God created the world in Judeo-Christian
religious traditions. However, in Western modern philosophy, logos is
understood mainly as reason and rationality. This study hypothesizes that Walter
Benjamin s thinking interprets logos as language, thus unifying fields that would
otherwise be divided. The interpretation of the German theoretician allows — as
this study argues — for a change at the basis of western philosophy by giving new
meaning to repressed themes such as myth, art and history. Language is a
structuring interpretation of reality. The essence of things is linguistic: people
translate and interpret the world. This brings back the pre-modern idea of reading
the world, which was replaced by mathematical analyses, put forth by the
scientific revolution. The recovery of the centrality of language allows, in sum,
for alternative ideas regarding truth and experience to emerge. The two ideas are
no longer based on eternal, universal values, but fully a part of the precariousness
of history and human language. This is what this study aims at bringing to light.
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[en] WALTER BENJAMIN: LAW, POLITICS AND THE RISE AND COLLAPSE OF THE WEIMAR REPUBLIC (1918/9-1933) / [pt] WALTER BENJAMIN: O DIREITO, A POLÍTICA E A ASCENSÃO E COLAPSO DA REPÚBLICA DE WEIMAR (1918/9-1933)RAFAEL BARROS VIEIRA 13 September 2016 (has links)
[pt] O presente estudo tem como objetivo realizar uma análise
simultaneamente histórica e conceitual sobre as percepções de Walter Benjamin
sobre o direito e a política situando-as no contexto histórico da República de
Weimar (1918/9-1933). Através dessa análise articulada, trata-se de expor os
traços principais do debate proposto por Benjamin, analisando seus escritos que
enfrentam a discussão sobre o direito e a política, seus embates em torno da noção
de estado de exceção, e sua relação com a filosofia da história do autor. Será
importante também desdobrar tais reflexões, indicando os questionamentos
colocados, as inflexões sofridas em relação ao seu pensamento anterior e a
incorporação de novas questões. Benjamin será, portanto, analisado tendo como
referência o seu próprio tempo, indicando-se também suas especificidades como
autor e as respostas dadas a esse tempo que o particularizam. A hipótese central
do presente trabalho é que para uma melhor compreensão dos escritos políticojurídicos
de Benjamin é fundamental a análise conjunta do contexto de onde
emergiram, reconhecendo que os problemas levantados pelo autor vão além dele,
e que a partir daquele contexto determinado levantou questões que dizem respeito
à tendências da própria modernidade, e que ainda são, portanto, questões do nosso
tempo. / [en] This study aims to conduct both a historical and a conceptual analysis of
Walter Benjamin s perceptions on law and politics, locating them in the historical
context of the Weimar Republic (1918/9 - 1933 ). Through this articulated
analysis, the purpose is to expose the main features of Benjamin s debates,
analyzing his writings that face the discussions on law and politics, the struggles
around the concept of state of exception, and its relation with author s
philosophy of history.It will also be important to unfold such reflections,
indicating the questions posed, the inflections incurred in relation to his previous
thought and the incorporation of new issues. Benjamin will therefore be analyzed
with reference to his own time, indicating as well his specificities as author and
the answers given to this time that particularizes him.The central hypothesis of
this study is that for a better understanding of Benjamin s political and legal
writings is fundamental to analyse them together with the context from which they
emerged, recognizing that the problems raised by the author go beyond him and,
from that particular context, he lifted questions concerning particular tendencies
of modernity which still are issues of our time.
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[en] MEMORY OF THE OFFENSE: TRANSITIONAL JUSTICE, HUMAN RIGHTS AND THE TRANSMISSION OF MEMORY / [pt] MEMÓRIA DA OFENSA: JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO, DIREITOS HUMANOS E TRANSMISSÃO DA MEMÓRIAMARIA IZABEL GUIMARÃES BERALDO DA COSTA VARELLA 08 January 2024 (has links)
[pt] Este trabalho tem por objetivo abordar criticamente o encontro entre a forma
como a memória é compreendida no campo da justiça de transição, por um lado, e,
por outro, como é concebida a partir da obra de Walter Benjamin, e transmitida pela
literatura Primo Levi. Trata-se, mais precisamente, da tentativa de partir da teoria
benjaminiana e da literatura de Primo Levi para pensar criticamente a forma da
memória e seus limites, quando inserida no campo da justiça transicional. Isso
porque, argumentamos, há certos pressupostos implícitos a esse campo que dão azo
a questionamentos sobre sua natureza transitória, e que delimitam a potência da
memória como meio de pôr em crítica o presente e, assim, para impulsionar a
criação do novo. Para tratar do tema, abordamos, na primeira parte da tese,
contornos conceituais e genealógicos da justiça de transição; as formas de
expressão da memória, a partir do entendimento da Comissão Interamericana de
Direitos Humanos (CIDH); e alguns dos pressupostos do campo. Na segunda parte
do trabalho, apresentamos alguns dos aspectos que marcam a concepção da
memória em Benjamin, a fim de alcançar uma outra perspectiva sobre a potência
da relação entre a transmissão da experiência pretérita e o presente. Em seguida,
aproximamos a memória benjaminiana e a forma literária criada por Primo Levi
para transmitir a memória da ofensa. / [en] This thesis aims to critically address the encounter between the way memory is understood in the field of transitional justice, on the one hand, and, on the other, how it is conceived from the work of Walter Benjamin, and conveyed by Primo Levi s literature. This is, more precisely, an attempt to draw from Benjaminian theory and Primo Levi s literature to think critically about the form of memory and its limits when embedded in the field of transitional justice. This is because, we argue, there are certain assumptions implicit in this field that give rise to questions about its transitory nature, and that delimit the power of memory as a means to critique the present and, thus, to drive the creation of the new. To address the theme, we address, in the first part of the thesis, conceptual and genealogical contours of transitional justice; the forms of expression of memory, from the understanding of the Inter-American Commission on Human Rights (IACHR); and some of the assumptions of the field. In the second part of the paper, we present some of the aspects that mark the conception of memory in Benjamin, in order to achieve another perspective on the potency of the relationship between the transmission of past experience and the present. Then, we approximate Benjaminian conception of memory, and the literary form created by Primo Levi to transmit the memory of the offense.
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[pt] VER A MENOR LUZ: MEMÓRIA E IRRUPÇÃO DO NOVO NA HISTÓRIA A PARTIR DE WALTER BENJAMIN / [fr] VOIR LA LUMIÈRE MINEURE: LA MÉMOIRE ET L IRRUPTION DU NOUVEAU DANS L HISTOIRE À PARTIR DE WALTER BENJAMINMARIA IZABEL GUIMARÃES BERALDO DA COSTA VARELLA 15 January 2020 (has links)
[pt] O presente trabalho buscará compreender em que medida a abordagem de Walter Benjamin sobre o tempo, a memória e a experiência histórica permite que se coloque em crítica o presente. Trata-se de ensaiar uma aproximação com a obra do autor, procurando acompanhar algumas ressonâncias do conceito de memória naquilo que diz respeito à liberação da experiência histórica para a criação do futuro, a partir da articulação entre o passado e o presente que rememora. Esse movimento implica remontar a crítica do autor à percepção moderna hegemônica sobre o tempo histórico e seus efeitos sobre a experiência. A concepção temporal colocada em crise por Benjamin tem por base a crença em um suposto progresso
universal, necessário e positivo da humanidade. Nesses termos, a história é confundida com o contínuo desenrolar de um destino ascendente e irreversível da humanidade, em que a experiência histórica como ação criativa perde espaço e valor. Em Benjamin, a visada crítica sobre a realidade tem na concepção do tempo histórico um elemento fundamental. A hipótese central deste trabalho é que a memória, tal como trabalhada por Walter Benjamin, permite alcançar uma perspectiva crítica sobre o presente, afirmando a história como construção permanente, em sua abertura e descontinuidade. / [fr] Avec ce travail je cherche a comprendre a quel point le regard de walter benjamin sur le temps, la memoire et l experience historique nois permet de mettre le moment présent en critique. On parle d un essai d approximation avec l oeuvre de l auteur, qui cherche a accompagner certaines résonances du concept de
mémoire face a la libération de l expérience historique pour la création du futur, à partir du rapport entre le passé et le présent qui remémore. Ce mouvement vise remonter dans la critique de l auteur a la perception hegemonique moderne sur le temps historique et ses effets sur l experience. La conception temporelle mise en question par Benjamin repose sur la croyance en un prétendu progrès universel, nécessaire et positif de l humanité. Dans ces termes, l histoire est confondue avec le déroulement continu d une destinée humaine croissante et irréversible, dans laquelle l expérience historique en tant qu action créatrice perd de l espace et de la valeur. Dans l oeuvre de Benjamin, la vision critique de la réalité garde un élément fondamental dans la conception du temps historique. L hypothèse centrale de ce travail est, donc, que la mémoire, telle qu elle paraît dans l oeuvre de Walter Benjamin, puisse nous permettre d accéder à une perspective critique du présent, affirmant que l histoire est une construction permanente, ouverte et discontinue.
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[pt] FEBRE E SUAS DIMENSÕES: APROXIMAÇÕES E TRAVESSIAS DO SIGNO FEBRIL / [en] FEVER AND ITS DIMENSIONS: APPROACHING AND CROSSING THE FEVERISH SIGNCAROLINE FACANHA DOS SANTOS MATHIAS 24 January 2020 (has links)
[pt] A partir da proposição de Virginia Woolf em seu ensaio Sobre estar doente, a dissertação investe numa experiência de imersão na figura da febre em fragmentos, manifestações artísticas e teórico-críticas. Vozes como a do filósofo alemão Walter Benjamin e a do teórico estadunidense Jonathan Crary comparecem à pesquisa, nos convidando a uma dimensão específica da febre, ora morosa, ora efervescente; ora humana, ora maquinal; ora furiosa; ora amortecida. No âmbito do estudo, cabe se perguntar: que dimensões políticas poderiam ser mobilizadas a partir do estado do convalescente que observa o mundo de sua cama? Poderia tal ação oferecer um desconcerto à ordem utilitária e hegemônica que se instaurou como consequência direta do modelo econômico vigente? A dissertação endereça tais questões, ao introduzir uma nova qualidade de olhar, um estado que, mesmo em meio à ferocidade de informação e demanda do capitalismo tardio, possibilita um recuo das coisas do mundo para que os detalhes e os fragmentos, esquecidos debaixo da cama, se tornem visíveis mais uma vez. / [en] Having Virginia Woolf s proposition in her essay On being ill as a starting point, this dissertation focus on an immersive experience of the fever imagery lived by both artistic and theoretical critical manifestations. Theories from Walter Benjamin, the german philosopher, and Jonathan Crary, the north-american scholar, are present in this research, inviting us to a specific dimension of the fever, slow and effervescent; human and mechanical; infuriated and dampened. Regarding the study of this paper, it is necessary to ponder: what political dimensions could be mobilized from the state of convalescence of someone who observes the world from their bed? Could such action disturb the practical and hegemonic orders that have been installed as a direct consequence of the current economic model? This paper addresses these questions by introducing a new way of seeing things, a state in which, even among the ferocity of information demanded by late capitalism, allows a depart from the things of the world so the details and fragments, forgotten under the bed, may be seen once again.
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[en] LIFE CONSTELLATION: POLITICS AND LANGUAGE IN WALTER BENJAMIN YOUTH / [fr] LA CONSTELATION VIE: POLITIQUE ET LANGAGE DANS LA JEUNESSE DE WALTER BENJAMIN / [pt] A CONSTELAÇÃO VIDA: POLÍTICA E LINGUAGEM NA JUVENTUDE DE WALTER BENJAMINMARCIO JAREK 27 April 2018 (has links)
[pt] Esta tese trata da apresentação de uma ideia de vida nos escritos de juventude de Walter Benjamin. Esse período do pensamento do autor é reconhecido pelos seus críticos como sendo o de uma metafísica da juventude e liga-se a um conjunto complexo de influências. Nesse contexto, essa pesquisa ressalta o diálogo intermitente do autor com as diversas manifestações das chamadas filosofias da vida. Esse diálogo foi pouco estudado pelos pesquisadores de sua obra, mas torna-se indispensável para a compreensão mais adequada das consagradas teorias do filósofo relacionadas à linguagem e à política. Destaca-se como procedimento de pesquisa a leitura profunda dos escritos do pensador para a retirada de elementos que sirvam à construção de uma constelação de conceitos ligados à ideia de vida. Assim, este trabalho se inicia com a avaliação das discussões de Benjamin sobre a vida dos estudantes no contexto de reforma da vida na Alemanha do início do século XX e tenta compreender a relação da vida com a noção de tarefa infinita. Na sequência, a pesquisa dedica-se aos trabalhos do autor que versam sobre crítica literária e teoria da tradução para avaliar o modo como a vida, em sua relação com a linguagem, pode ser compreendida como forma. Essa tarefa serve igualmente para a avaliação da perspectiva do autor de defesa da sobrevivência da vida na história. Em seu último capítulo, este estudo trata das excêntricas leituras de Benjamin sobre a relação entre o problema psicofísico e a compreensão da política, na qual vigoraria a ligação recíproca entre história e vida. É nessa direção que se situa a crítica de Benjamin ao poder sobre a mera vida e à definição mítica desta como o paradigma para toda a vida. / [en] This thesis presents an idea of life in the youthful writings of Walter Benjamin. This period of the author s thinking is acknowledged by his critics as of a metaphysics of youth and it is connected to a complex set of influences. In this context, this research highlights the author s intermittent dialog with the various manifestations of the so-called philosophies of life. This dialog has been little studied by researchers of his work, but it is essential for a more appropriate understanding of the philosopher s acclaimed theories related to language and to politics. The deep reading of the thinker s writings stands out as a research procedure for taking out elements that can be suited for building a constellation of concepts connected to the idea of life. Therefore, this work begins with the analysis of Benjamin s discussions over the students life in the context of life reformation in Germany in the beginning of the 20th century and tries to apprehend the association of life with the notion of endless task. Subsequently, the research approaches the author s works that discuss literary criticism and translation theory in order to evaluate how life, in its relationship with language, can be understood as a form. This task is also suited for the evaluation of the author s perspective regarding the preservation of a survival of life in history. In its final chapter, this study deals with Benjamin s eccentric readings on the relationship between the psychophysical problem and the comprehension of politics, in which the reciprocal bond between history and life would prevail. It is established in this direction Benjamin s criticism to power over mere life and to its mythical definition as a paradigm to whole life. / [fr] Cette thèse porte sur la présentation d une idée de vie dans les écrits de jeunesse de Walter Benjamin. Cette période de la pensée de l auteur est reconnue par ses critiques comme celle d une métaphysique de la jeunesse et se lie à un ensemble complexe d influences. Dans ce contexte, cette étude met en évidence le dialogue intermittent de l auteur avec les diverses manifestations des soi disant philosophies de vie. Ce dialogue a été peu étudié par les chercheurs de son travail, mais il est essentiel pour la compréhension la plus appropriée des théories consacrées du philosophe liées au langage et à la politique. On distingue comme procédure de recherche la lecture approfondie des écrits du penseur afin d enlever des éléments qui servent à construire une constellation de concepts liés à l idée de vie. Ce travail commence par l évaluation des discussions de Benjamin sur la vie des étudiants dans le cadre de la réforme de vie en Allemagne au début du XXe siècle et cherche à comprendre la relation entre la vie et la notion de tâche infinie. En outre, la recherche est consacrée aux oeuvres de l auteur s agissant de la critique littéraire et de la théorie de traduction pour évaluer la façon dont la vie, dans sa relation avec le langage, peut être comprise comme forme. Ce travail sert également à l évaluation de la perspective de l auteur de protection de la survie de la vie dans l histoire. À la fin, cette étude porte sur les lectures excentriques de Benjamin sur la relation entre le problème psychophysique et la compréhension de la politique, dans laquelle le lien réciproque entre l histoire et la vie se ferait valoir. Et c est dans cette direction que l on place la critique de Benjamin au pouvoir sur la simple vie et à la critique de la définition mythique de celle-ci comme le paradigme pour toute la vie.
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