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Implicações do pensamento benvenistiano para a escrita da história

Silva, Daniel Costa da January 2015 (has links)
Notre recherche traite des implications de la pensée benvenistienne pour l'étude de la Théorie de l'Histoire. Nous réfléchissons ainsi sur quelles notions d’Émile Benveniste sont liées à une « science générale de l'homme » ; et quelles sont les possibles contributions que la théorie de Benveniste peut offrir pour le domaine de la Théorie de l’Histoire. Dans un premier moment, nous observons la manière dont Benveniste a développé la distinction entre « l’énonciation historique » et « l’énonciation de discours ». Nous observons comment la distinction entre ces deux concepts pourrait être utile dans l’analyse des discours historiques. Nous avons perçu que la distinction, entre les plans de l’histoire et du discours, pour être vraiment utile, elle devrait être située dans le moment théorique de la distinction faite par Benveniste entre personne et non-personne ; une fois que le domaine de la non-personne semble être vraiment le domaine propre du récit historique, où l’on cherche à utiliser des énonciations non subjectives. Dans une deuxième étape du travail, nous observons la distinction proposée par Benveniste entre le sémantique et le sémiotique. Nous mettons cette distinction en relation avec la question autour des notions de système et de structure. Ainsi, dans cette deuxième phase du travail, nous ne sommes pas resté limités seulement à la théorie de Benveniste. Nous essayons aussi de comprendre quelle était la position de Benveniste par rapport à la vogue structuraliste qui a marqué la linguistique de son époque. Nous croyons que Benveniste ne s’est permis jamais d’être un structuraliste stricto sensu. Et il nous semble que, avec l’élaboration de la distinction sémiotique/sémantique, Benveniste a aussi voulu échapper à une conception de langue comme une simple structure. À partir de là, nous soulevons l’hypothèse que, dans l’histoire, il n’y a pas de mode sémiotique ; il n’y a que le mode sémantique. Pour terminer, dans un troisième moment, nous avons fait quelques considérations sur la recherche du sens dans la langue et la recherche du sens dans l’histoire ; nous avons réfléchi aussi sur la possibilité de parler d’une sémiologie de l’Histoire. En outre, nous mettons en évidence les questions terminologiques impliquées dans la relation entre la « réalité » et le langage. Cela fait, nous avons pu conclure que faire histoire est un acte d’auteur où la subjectivité du sujet y reste impliquée. / Nossa pesquisa trata das implicações do pensamento benvenistiano para o estudo da Teoria da História. Refletimos, assim, sobre quais noções em Émile Benveniste se mostram ligadas a uma “ciência geral do homem”; e quais possíveis contribuições que a teoria de Benveniste pode oferecer para o campo da Teoria da História. Em um primeiro momento, observamos a maneira pela qual Benveniste desenvolveu a distinção entre “Enunciação histórica” e “Enunciação de discurso”. Observamos como a distinção entre esses dois conceitos poderia ser útil na análise dos discursos históricos. Percebemos que a distinção, entre os planos da história e do discurso, para ser realmente útil, precisaria ser situada dentro do momento teórico da distinção feita por Benveniste entre pessoa e não-pessoa; uma vez que o domínio da não-pessoa parece ser realmente o domínio próprio da narrativa histórica, em que se busca usar enunciações não subjetivas. Em uma segunda etapa do trabalho, observamos a distinção proposta por Benveniste entre o semântico e o semiótico. Colocamos essa distinção em relação com a questão em torno das noções de sistema e de estrutura. Assim, nessa segunda fase do trabalho, nós não ficamos circunscritos apenas à teoria de Benveniste. Tentamos também entender qual era a posição de Benveniste em relação à voga estruturalista que marcou a linguística de sua época. Acreditamos que Benveniste nunca se permitiu ser um estruturalista stricto sensu. E nos parece que, com a elaboração da distinção semiótico/semântico, Benveniste quis também fugir de uma concepção de língua como simples estrutura. A partir disso, levantamos a hipótese de que, na História, não há modo semiótico; há apenas o modo semântico. Para terminar, em um terceiro momento, fizemos algumas ponderações sobre a busca pelo sentido na língua e a busca pelo sentido na História; ponderamos sobre a possibilidade de se falar em uma semiologia da História. Além disso, destacamos as questões terminológicas envolvidas na relação entre “realidade” e linguagem. Feito isso, conseguimos concluir que fazer História é um ato de autor em que a subjetividade do sujeito fica aí implicada.
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Por uma concepção enunciativa da escrita e re-escrita de textos em sala de aula : os horizontes de um hífen

Juchem, Aline January 2012 (has links)
Ce mémoire part de l'observation que, même aujourd'hui, dans la pratique pédagogique, c‟est rare le débat sur le lieu d'énonciation à être occupé par l'élève pour s‟autoriser à dire, précisément pour s'autoriser à dire à travers l'écriture. Ce « manque », évidemment, entraîne des conséquences dans le traitement du procès d'écriture et, par conséquent, de ré-écriture dans la salle de classe. Ces conséquences sont liées à la façon dont l'élève se rapporte à la langue et à l'autre de l‟interlocution, ce qui provoque des relations de reconnaissance et de méconnaissance de l‟espace de constitution de sa subjectivité. Ce mouvement de reconnaissance ou de méconnaissance est médié par l'enseignant dans l'instauration de la relation intersubjective entre les actes d'écriture et de ré-écriture, dont l'effet apparaît dans le discours. Ce memoire, théorique et analytique, cherche, donc, à réfléchir sur les aspects énonciatifs impliqués dans le passage de l'acte énonciatif d'écriture à l'acte énonciatif de ré-écriture, en mettant l'accent sur l'intersubjectivité et sur la considération du préfixe ré- comme un opérateur énonciatif théorique et analytique. En ce sens, cette recherche vise à répondre essentiellement à deux questions : 1) Qu‟est-ce qui est impliqué entre les actes d'énonciation écrit et ré-écrit par rapport à (inter)subjectivité ? et 2) Comment se modifie la configuration des composants du cadre figuratif de l'énonciation de l'acte d'écriture à l'acte de ré-écriture ? À ces fins, on cherche, dans la Théorie de l'Énonciation d‟Émile Benveniste, un cadre théorique qui ancre l'énonciation comme des actes d'écriture et de ré-écriture, dont la réfléxion suggère la caractérisation de la ré-écriture comme une méta-énonciation de l’écrit. Par cette conception, on passe à l'analyse des faits énonciatifs écrit et ré-écrit à partir de l‟élaboration de principes théoriques et méthodologiques qui permettent d'observer les mécanismes linguistiques desquels l‟élève se sert pour marquer la relation intersubjective instaurée entre l‟un et l‟autre. En résumé, on espère, avec ce travail, contribuer à la pratique pédagogique dans la salle de classe par rapport à la proposition de production textuel dans la mesure que l‟on passe à considerer la singularité de chaque acte d'énonciation écrit et ré-écrit. / Esta dissertação parte da constatação de que ainda hoje, na prática docente, é rara a discussão sobre o lugar de enunciação a ser ocupado pelo aluno para se autorizar a dizer, especificamente para se autorizar a dizer por meio da escrita. Essa “falta”, evidentemente, provoca consequências no tratamento do processo de escrita e, por conseguinte, de re-escrita em sala de aula. Tais consequências estão ligadas ao modo como o aluno se relaciona com a língua e com o outro da interlocução, o que acarreta ora relações de reconhecimento ora de desconhecimento do espaço de constituição da sua subjetividade. Esse movimento de reconhecimento ou desconhecimento é mediado pelo professor na instauração da relação intersubjetiva entre os atos de escrita e de re-escrita, cujo efeito emerge no discurso. Esta dissertação, de cunho teórico-analítico, procura, portanto, refletir acerca dos aspectos enunciativos envolvidos na passagem do ato enunciativo de escrita para o ato enunciativo de re-escrita, com ênfase na intersubjetividade e na consideração do prefixo re- como um operador enunciativo teórico-analítico. Nesse sentido, esta pesquisa objetiva responder basicamente a dois questionamentos: 1) O que está implicado entre os atos de enunciação escrito e re-escrito no que se refere à (inter)subjetividade? e 2) Como se altera a configuração dos componentes do quadro figurativo da enunciação do ato de escrita para o ato de re-escrita? Com esses propósitos, busca-se, na Teoria da Enunciação de Émile Benveniste, um quadro teórico que ancore a enunciação enquanto atos de escrita e de re-escrita, cuja reflexão encaminha a caracterizar a re-escrita como uma metaenunciação do escrito. Por essa concepção, passa-se à análise dos fatos enunciativos escrito e re-escrito a partir da elaboração de princípios teórico-metodológicos que permitem observar os mecanismos linguísticos de que se vale o aluno para marcar a relação intersubjetiva instaurada entre um e outro. Em síntese, espera-se, com este trabalho, contribuir para a prática docente em sala de aula com relação à proposta de produção textual na medida em que se passa a considerar a irrepetibilidade e a singularidade de cada ato de enunciação escrito e re-escrito.
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A produção de cultura e subjetividade no entre-lugares da escrita das crianças em processo de alfabetização

Zasso, Silvana Maria Belle January 2008 (has links)
Ce travail a pour sujet d’étude l’écriture. Nous nous sommes penché sur l’écriture d’enfants en phase d’alphabétisation dans le but de défendre que l’action d’écrire produit culture et subjetivité. L’écriture est aussi marquée par la singularité de celui qui écrit. C’est-àdire, nous démontons que l’écriture dépasse l’apprentissage et le domaine d’une technique car, l‘individu, lorsqu’il écrit, révèle de lui-même puisqu’il s’est formé à travers elle. Il produit culture (re)signifiant la tradition dans chaque acte d’énonciation. Bien que notre recherche se rattache à la pédagogie, nous avons également fait appel à quelques contributions de la sociologie de la culture de Bhabha (1998), en ce qui concerne le lieu de production de la culture et à la linguistique énonciative de Benveniste (1988, 1989) à la recherche d’une proposition qui défend la présence de l’homme dans la langue en usage. Ces théoriciens impliqués dans les champs de l’alphabétisation ont permis d’analyser l’écriture dans une perspective de production toujours unique, qui ne se répète pas, dans laquelle se distingue un individu singulier. La collecte de données a été réalisée à partir d’ateliers d’écriture d’un groupe d’enfants du début primaire d’une école publique municipale. Cette étude nous a permis de dire, finalement, que l’action d’écrire est toujours conflictuelle en raison de la présence de réflexions, doutes, réussites, fautes, etc, sur l’écriture elle-même et en raison de l’individu qui écrit et qui se trouve dans un espace interstitiel, non-simultané, d’énoncés tel que l’énonciation. / Este trabalho tem a escrita por tema de estudo. Investigamos a escrita de crianças em processo de alfabetização com o propósito de defender que o ato de escrever produz cultura e subjetividade e é marcado pela singularidade daquele que escreve. Em outras palavras, mostramos que a escrita vai muito além da aprendizagem e domínio de uma técnica, pois ao escrever o sujeito diz de si por constituir-se por meio dela, e produz cultura na medida em que (re)significa a tradição a cada ato enunciativo. Situado no campo pedagógico, recorremos a algumas contribuições da sociologia da cultura de Bhabha (1998) no que diz respeito ao lugar de produção da cultura e à lingüística enunciativa de Benveniste (1988, 1989) na busca de uma proposta que defende a presença do homem na língua em uso. Tais teóricos implicados ao campo da alfabetização possibilitaram abordar a escrita numa perspectiva de produção sempre única e irrepetível, a qual destaca a existência de um sujeito singular. A coleta de dados foi realizada por meio da proposição de oficinas de escrita a um grupo de crianças dos anos inicias do Ensino Fundamental de uma escola pública municipal. Conclusivamente, este estudo permite dizer que o ato de escrever é sempre conflituoso pela presença de reflexões, dúvidas, acertos, erros, etc. sobre a escrita e, pelo fato de o sujeito que escreve constituir-se num espaço intervalar, não-coincidente, do enunciado com a enunciação.
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Princípios de análise enunciativa de fatos de língua

Kuhn, Tanara Zingano January 2009 (has links)
Cette dissertation a pour propos d'élaborer des principes d'analyse énonciative de faits de langue. Cette thématique découle de la constatation qu'il y a peu de discussion sur des aspects méthodologiques concernant l'analyse énonciative. Pour autant, on fait appel à la réflexion de Dufour (2000), sur les formes de rationalité binaire et trinitaire. L'élaboration de principes d'analyse énonciative de faits de langue vient de la nécessité d'expliciter des différents regards sur l' oeuvre de Émile Benveniste. Dans ce sens, on cherche à présenter ce qui ici est proposé comme un mode de faire linguistique trinitaire, caractérisé par une ouverture à exteriorité qui est ici circonscrite à la psychanalyse lacanienne, dont les effets se laissent voir dans toutes les instances mises en jeu par ce mode de faire linguistique : le linguiste, les faits de langue et la théorie benvenistienne. Quant à cette dernière, on prend des déplacements opérés par Claudine Normand et, dans le scénario de réflexion au Brésil, par Valdir Flores et Carmem Luci Silva, qui explicitent dans quelle mesure Benveniste est ouvert à des exteriorités, et qui élaborent des réflexions fondamentales pour la discussion sur l'analyse. Finalement, on conclut que les principes d'analyse énonciative de faits de langue dérivent de ce mode de faire linguistique trinitaire et permettent la contemplation de la manière par laquelle le sujet se marque dans ce qu’il dit, dans une configuration (je-tu/il) - IL/ici/maintenant singulière. / Esta dissertação tem como propósito elaborar princípios de análise enunciativa de fatos de língua. Esta temática surge da constatação de haver pouca discussão acerca de aspectos metodológicos que digam respeito à análise enunciativa. Para tanto, recorre-se à reflexão de Dufour (2000) sobre as formas de pensamento binário e trinitário. A elaboração de princípios de análise enunciativa de fatos de língua surge da demanda de que se explicite diferentes olhares sobre a obra benvenistiana. Nesse sentido, procura-se apresentar o que aqui é proposto como um fazer lingüístico trinitário, caracterizado por uma abertura à exterioridade, aqui circunscrita à psicanálise lacaniana, cujos efeitos se deixam ver em todas as instâncias colocadas em jogo pelo fazer lingüístico: o lingüista, os fatos de língua e a teoria benvenistiana. Quanto a esta última, convocam-se os deslocamentos operados por Claudine Normand, além daqueles de, no cenário da reflexão no Brasil, Valdir Flores e Carmem Luci Silva, que explicitam em que medida Benveniste é aberto a exterioridades e elaboram reflexões fundamentais para a discussão acerca da análise. Por fim, conclui-se que os princípios de análise enunciativa de fatos de língua derivam deste fazer lingüístico trinitário e permitem a contemplação da maneira pela qual o sujeito se marca naquilo que diz numa configuração (eu-tu/ele)-ELE/aqui/agora singular.
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Espace et poésie chez Baudelaire : typographie, thématique et énonciation / Spatiality in the Poetry of Baudelaire : Typography, Theme and Enunciation

Hirota, Daichi 06 December 2011 (has links)
Cette thèse porte sur la valeur et le fonctionnement de la spatialité dans la poésie baudelairienne. Il s’agit surtout du procédé d’encadrement qui permet paradoxalement de produire dans son sein l’impression de profondeur, ce que Baudelaire appelle "l’infini dans le fini". Un de nos enjeux consiste à démontrer la place majeure qu’occupe cette esthétique dialectique dans sa poésie entre 1857 et 1863 en particulier, période où sont composés la deuxième édition des Fleurs du Mal et la plupart des Petits Poèmes en prose. Notre travail s’articule en trois parties qui analysent différents aspects de l’espace poétique. La première analyse l’effet visuel de la mise en page des Fleurs du Mal, avec le blanc qui marque la division du poème en parties, la ligne de blanc, les marges, les signes de ponctuation. Ce qui nous conduit à la question de la spatialité textuelle du poème en prose. Dans la deuxième partie, l’analyse porte, surtout dans Le Spleen de Paris, sur une autre spatialité, celle qu’ouvre la représentation des objets récurrents d’encadrement comme le cadre, l’horloge, la fenêtre ou les yeux. Enfin, la dernière partie ajoute à ces deux dimensions de l’espace celle qui concerne l’instance de discours, pour le traitement de laquelle nous recourons à l’analyse linguistique et pragmatique. Ainsi, cette thèse vise à mettre en évidence l’existence d’une homologie associant, sous le même signe de "l’infini dans le fini", des composants aussi essentiels que différents (typographie, thématique et énonciation) de la poésie baudelairienne entre 1857 et 1863. / This thesis deals with the value and functioning of spatiality in the poetry of Baudelaire. Its principal focus is on a type of framing that, paradoxically, makes it possible to produce the impression of depth: what Baudelaire called "l'infini dans le fini". One of its aims is to demonstrate the importance of this dialectic aesthetic in the poetry that he composed between 1857 and 1863: the period, notably, of the second edition of the Fleurs du Mal and most of the Petits Poèmes en Prose. The work is organized into three parts, each of which analyzes a different aspect of poetic space. The first analyzes the visual effect of the layout of the Fleurs du Mal, with the white space that marks the division of the poem into parts, the white line, the margins, and the use of punctuation. This leads us to the question of the textual spatiality of the prose poem. The analysis in the second part, which focuses mainly on Le Spleen de Paris, bears on another spatiality: that which is opened up by the recurring representation of framing objects such as frames, clocks, windows, and eyes. Finally, the third section adds a third dimension of space, this one involving the instance of discourse, using linguistic and pragmatic analysis. Thus, this thesis aims to bring to light a homology that links together elements of Baudelaire's poetry between 1857 and 1863 that are as essential as they are varied—typography, thematic material, and enunciation—in the evocation of "l'infini dans le fini".
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Le sujet poétique au coeur de la narration dans les poemetti de Pascoli : les voix dans le discours poétique / The poetic subject in the narration of Giovanni Pascoli’s Poemetti : the voices in the poetic discourse

Galisson, Olivia 01 December 2014 (has links)
Cette thèse se propose d’étudier l’énonciation poétique dans les Poemetti de Giovanni Pascoli. Dans le cadre d’une poésie narrative qui ménage une très large part au discours rapporté, multipliant ainsi les sujets de l’énonciation, le sujet poétique se constitue dans une polyphonie qui, loin d’être l’apanage du roman, interroge aussi bien les formes de narration traditionnelles que le modèle monologique lyrique. Alors que les voix qui traversent ses recueils les plus étudiés, Myricae et Canti di Castelvecchio, participent au développement d’une réflexion métalinguistique comme en témoigne le titre de l’essai fondateur de G. Contini, « Il linguaggio di Pascoli », les voix présentes dans les Poemetti attirent l’attention sur la fonction métadiscursive de la poésie. C’est en s’inscrivant dans un discours partagé et collectif que le sujet biographique et allégorique peut se constituer et échapper au sentiment d’égarement et de solitude qui le définit. Le sujet cherche alors dans la collectivité des voix familiales ou communautaires, locales ou nationales, une réponse au sentiment d’exclusion qui l’habite, en particulier dans la communauté familiale autarcique et idéale du « roman géorgique ». Parler de polyphonie ou d’une forme de dialogisme dans le cadre d’un epos ou dans celui d’une poésie lyrique pourrait paraître paradoxal. L’epos reposerait en effet sur une vision du monde commune aux personnages, au narrateur, et au lecteur. Le lyrisme se fonderait sur l’expression d’une subjectivité individuelle et intime. C’est sans compter sur la volonté de Pascoli de faire de sa voix poétique un point d’orgue entre l’individuel et le collectif. Il veut en effet s’adresser à tous, jusque dans sa poésie autobiographique. La polyphonie qui traduit le rapport que le sujet individuel entretient avec le collectif définit le sujet comme étant toujours et déjà pluriel. Le poète invente alors avec le poemetto un genre novateur qui mêle à la narration d’une histoire commune propre à l’epos, la mise en question de la subjectivité propre au lyrisme. / This thesis aims to study poetic enunciation in Giovanni Pascoli’s Poemetti. Within the framework of a narrative poetry that gives ample space to reported speech, thus multiplying enunciatory subjects, the constitution of the poetic subject occurs via a polyphony which, far from being the prerogative of the novel, interrogates both traditional narrative forms and the monological lyrical model. The title of G. Contini’s foundational essay, « Il linguaggio di Pascoli », indicates that the voices that are heard in Pascoli’s most studied collections, Myricae and Canti di Castelvecchio, participate to the development of a metalinguistic process ; however, the voices that occur in the Poemetti draw attention to poetry’s metadiscursive function. It is its inscription within a shared, collective discourse that enables the biographical and allegorical subject to constitute itself and to overcome the feelings of bewilderment and solitude that define it. The subject then searches for an answer to the feeling of exclusion that haunts him in the collectiveness of family or community voices, either local or national, and especially in the autarkic and ideal family community of the “georgic novel”. It might seem paradoxical to emphasize polyphony and a form of dialogism in the context of an epos, or of lyrical poetry. The epos should indeed presuppose a world-view that is common to the characters, the author and the reader. Lyricism, on the other hand, should be founded upon the expression of an individual and intimate subjectivity. But we should not discount Pascoli’s will to fuse the singular and the collective in his poetic voice. Even his autobiographical poetry is indeed addressed to all. The polyphony, which expresses the individual subject’s relation to the collectivity, defines the subject as being initially and irrevocably plural. Thus the poemetto appears to be an innovative genre that combines the narration of a common story, characteristic of the epos, with the questioning of subjectivy that is specific to lyricism.
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Problèmes d'énonciation dans l'œuvre romanesque d'Édouard Glissant / Problems of Enunciation in Édouard Glissant’s Novel

Uwe, Christian 01 June 2012 (has links)
L’œuvre romanesque d’Édouard Glissant propose une exploration, ample et rigoureuse, de quelques problèmes majeurs affectant ce qu’il appelle « les humanités ». Dès ce pluriel (qui préfère à « l’humanité » – sans doute trop singulière – le pluriel que commande la diversité des expériences, des lieux et des cultures) Glissant affirme la place centrale qui revient à la Relation dans son œuvre et sa pensée. Envisagée sous l’angle des mouvements et errements des peuples du monde, cette Relation est décrite à travers des phénomènes divers tels que l’histoire raturée des esclaves dans les Amériques ; l’émergence des sociétés créolisées, portant le témoignage d’une vérité anthropologique qui les dépasse ; ou encore les rapports de ces réalités nouvelles avec les formes de récits qui les accompagnent. Or, l’une des forces du roman glissantien est d’ancrer l’exploration de ces problèmes dans une écriture qui s’interroge sans cesse sur ses propres moyens et modes d’énonciation. La place réservée au problème de l’oubli comme rature de l’histoire ainsi qu’aux phénomènes de répétition, de la forme fragmentaire et de l’énonciation-relais révèle une œuvre qui inscrit dans sa forme énonciative la clé des enjeux qu’elle se propose d’élucider. C’est cette hypothèse que le présent travail vérifie. Ce faisant, il s’agit de contribuer aussi bien aux recherches menées en sémiotique énonciative qu’en littérature française contemporaine. / Édouard Glissant’s novel is an ample and compelling exploration of some major issues regarding what he terms “humanities”. Already the plural form (which replaces “humanity”, with its undertones of oneness) conveys a sense of diversity of experiences, of places and cultures. Thus Glissant stresses the central role assigned to the concept of Relation in his work and thought. Considered under the perspective of the movements and ills of the world’s peoples, Relation is described through such phenomena as the crossed-out history of slaves in the Americas, the emergence of creolized societies (which bear an anthropological truth valid for all), or the relationship between these new realities and the forms of narrative that account for them. Interestingly, one strength of Glissant’s novel is that it explores these issues through a narrative which constantly examines its own means and ways of enunciation. This can be seen through the role devolved to forgetfulness resulting from the crossing out of history, as well as through phenomena such as repetitions, the novel’s fragmentary form or relayed-enunciations. With these phenomena, Glissant’s work engraves in its enunciation system a key to understanding the issues it explores. That is the hypothesis verified in the present work. The latter aspires to be a contribution to research in semiotics of enunciation as well as in contemporary French literature.
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L'intuition en sciences du langage : de l'énonciation à la grammaticalité des énoncés / Intuition in sciences of language : from the enunciation to the grammaticality of utterances

Derkx, Valérie 08 December 2015 (has links)
Ce travail soutient la thèse selon laquelle l'intuition entre en jeu dans l'acquisition de savoirs et, plus particulièrement, dans l'appropriation d'une langue naturelle comme le français, langue étrangère. Il traite en premier lieu de l'aspect épistémologique de l'intuition en s'attachant à montrer l'importance de cette notion dans différents domaines scientifiques tels que la psychologie, les mathématiques et la philosophie, et ce, dans le but de relever les caractéristiques intrinsèques de l'intuition – immédiateté, inexplicabilité, assurance, jugement perceptif, modèles répertoriés, etc. En second lieu, sont sollicitées les sciences du langage et, plus précisément, la linguistique et la didactique, l’objectif étant d'observer le rôle essentiel que l'intuition y joue. Les caractéristiques dégagées en première partie permettent de les confronter aux concepts linguistiques et didactiques, et d'aboutir à la conclusion que l'intuition participe à la faculté de langage et facilite l'appropriation de toute langue naturelle en se manifestant, notamment, à tous les niveaux linguistiques. Multiforme et variable en degré, elle apparaît alors comme la capacité de juger de la grammaticalité et/ou de l'acceptabilité d'un élément langagier sans recours conscient à des connaissances en langue. Ainsi, l'intuition est un mécanisme cognitif qui permet de reconnaître et de (re)construire les schèmes langagiers de façon inconsciente en s’appuyant sur l'observation et sur l'expérience, ce, afin d'enrichir un répertoire de modèles langagiers. C'est grâce à ce mécanisme qu'elle participe pleinement à l'acquisition d'un savoir et notamment à l'appropriation d'une langue naturelle. / This work claims that intuition takes part in the acquisition of knowledge and, in particular, in the appropriation of a natural language such as French as a foreign language. First, it deals with the epistemological aspect of intuition, by attempting to show the importance of this notion in various scientific fields such as psychology, mathematics and philosophy. The aim is to determine the intrinsic characteristics of intuition, such as immediacy, inexplicability, insurance, perceptual judgment, listed patterns, etc. Secondly, language sciences are holistically examined and, more specifically, linguistics and didactics, aiming to observe the essential role intuition plays within it. The distinctive features established in the first part enable to test their relevance to the linguistic and didactic concepts. This leads to the conclusion that intuition takes part in the faculty of language and facilitates the appropriation of any natural language while appearing on all linguistic levels. Being multiform and variable in scale and scope, intuition appears as the capacity to judge the grammaticality and/or the acceptability of a linguistic particle without any conscious use of language knowledge. Therefore, intuition is an unconscious cognitive mechanism that serves to recognise and to (re)build the language patterns, relying on observation and experience, in order to enrich a repertoire of language patterns. It is through this cognitive mechanism that intuition fully participates in the acquisition of knowledge, including the appropriation of a natural language.
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La pratique de l’adaptation : approches sémiolinguistique et cognitive / Adaptation practice : semiolinguistic and cognitive approaches

Fragonara, Aurora 05 November 2016 (has links)
Ce travail interroge le rapport entre la parole et son contexte médiatique d’énonciation. À ces fins, nous avons choisi comme observable l’adaptation en vertu du fait que cette pratique comporte le passage du même contenu d’un média à un autre. Nous avons constitué un corpus contrastif formé du Petit Prince de Saint-Exupéry et de son adaptation théâtrale par Virgil Tanase, choisie parmi d’autres selon des critères de représentativité et pertinence par rapport à notre angle d’attaque linguistique. Afin de traiter ce corpus dans une perspective linguistique, nous avons convoqué des notions et des cadres théoriques issus de la théorie de l’énonciation, la pragmatique et la linguistique cognitive. Des notions sémio-narratologiques ont également été mises à contribution. L’analyse, divisée en trois parties, se focalise d’abord sur les propriétés sémiotiques (schéma actantiel et macroséquence) et linguistiques (point de vue et isotopie) communes au conte et à la mise en scène. Ces caractéristiques assurent l’équivalence entre adapté et adaptation. Ensuite, sont brièvement analysées les propriétés linguistiques qui permettent le passage du média livre au média théâtre (relation hyponymie/hyperonymie des noms communs et dialogues). Enfin, nous nous focalisons sur les marqueurs qui enregistrent le passage d’un média à un autre en termes de traitement cognitif du référent (déictiques, actes de nomination) de la part de l’instance de réception. Les résultats de cette analyse mettent en lumière l’influence du contexte médiatique sur l’acte d’énonciation selon un double cadre théorique : celui d’une perspective élargie de l’énonciation qui prend en compte l’inscription volontaire et autonome de l’allocutaire dans une situation d’énonciation et celui d’une approche symétrique et réaliste dans le traitement de la référence / Our work enquires about the relation between enunciation and media. We chose the adaptation as a case study, since it is a semiotic practice that requires transferring the same content from one media to another. Hence, we built a contrastive corpus based on Le Petit Prince by Antoine de Saint-Exupéry and its theatrical adaptation by Virgil Tanase, which we consider to be the most representative for our linguistic approach. In order to adopt a linguistic perspective, we articulate notions and frameworks from the French theory of enunciation, pragmatics and cognitive linguistics. Notions from a narratology background are also contributive. The corpus analysis is organized in three main sections. The first one states the equivalence between the adapted story and its adaptation through some semiotic (actantial model and model of narrative sequence) and linguistic parameters (point of view and isotopy) shared by the book and the play. The second part briefly points out the features that enable the story to transfer from one media to another (dialogues, lexical choices). The third and final part focuses on verbal marks (deictic expressions, naming) that encode the media change (from the book to the play) and require the audience to perform some cognitive processing to properly understand the theatrical play. Results of this analysis show the influence of media context on enunciation while relating this kind of context to two linguistic frameworks : an extended enunciation theory, in which the addressee is actively taking part in the meaning production, and a reference theory based on a symmetric relationship between word and object in meaning production
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Tentative d'analyse énonciative de have to / Have to in contemporary English : an enunciative analysis

Serpault, Pauline 24 November 2017 (has links)
Ce travail examine les différents emplois de have to en anglais contemporain à partir d’un corpus d’énoncés authentiques. Il tente de dégager, en ayant recours aux outils de la théorie des opérations énonciatives d’Antoine Culioli, des invariances de fonctionnement, dans le but de fournir des emplois de la forme une représentation unifiée, à même de rendre compte de l’ensemble des variations sémantiques observables en contexte. L’approche est en partie compositionnelle : l’analyse révèle en effet que le fonctionnement de have to peut être appréhendé à partir des opérations dont le verbe have et la particule to sont respectivement les traces, la « localisation » et la « visée ». Les représentations proposées visent également à mettre en évidence la spécificité de have to par contraste avec l’auxiliaire modal must, dont il se voit traditionnellement rapproché sur le plan sémantique, tout en expliquant la possible parenté des valeurs qui leur sont associables au sein de certains contextes. / This study explores various uses of have to in contemporary English, relying on empirical data. The analysis is carried out within the framework of the theory of enunciative operations as set out by Antoine Culioli, and aims to identify a set of functional invariants holding across a wide range of contextual meanings. Our formal representations partially build on the operations marked by the verb have and the infinitive particle to, as our analysis suggests that the functioning of have to can be perceived as a product of their combination. These representations also attempt to pinpoint the difference between have to and must, while accounting for the cases in which their meanings seem to overlap.

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