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Excesso de peso, obesidade abdominal e fatores associados em adultos vivendo com HIV/aids / Overweight, abdominal obesity and factors associated adults living with HIV / AIDSCastro, Aline de Cássia Oliveira 18 December 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-12-18 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás - FAPEG / OBJECTIVE: To investigate the prevalence of overweight, abdominal obesity and factors associated with these conditions in people living with HIV / AIDS (PLHA). METHODS: Cross-sectional study, developed with 270 PLHA, added 19 years or older recruited from October 2009 to January 2011 in a hospital school in Goiania. To survey the demographic, clinical and lifestyle standardized questionnaires were used. To assess food consumption it was used risk and protection for cardiovascular disease. It was collected measures of weight, height and waist circumference (WC). Body Mass Index (BMI) ≥ 25 kg/m2 was considered to classify overweight and WC ≥ 102 for men and ≥ 88 for woman for abdominal obesity. It was used chi-square test or Fisher exact test to assess the associations. We also calculated as a measure of effect the prevalence ratio (PR), using Poisson regression simple, with a confidence interval of 95% (CI95%). We used Poisson regression with multiple hierarchical analyses for both outcomes. The project was approved by the Ethics Committee of the Hospital of the Federal University of Goiás. RESULTS: The prevalence of overweight was of 33.7% (CI95% 28.2-39.7) and abdominal obesity of 12.6% (95% CI 9.0-17.3). It was observed after multivariate analysis, for the outcome overweight, association with age of 40-49 years (PR:1,16 – CI95%1,05-1,28) and ≥ 50 years (PR: 1.20 – CI95%1,06-1,36), non-use of Highly Active Antiretroviral Therapy (HAART) (PR: 1.15 – CI95%1,05-1,25) and first tertile of risk consuption (PR: 1.15– CI95%1,04-1,28). For the outcome abdominal obesity it was observed association with: female gender (PR: 4.91– CI95%2,49-9,70), age 40-49 years (PR: 4.88 – CI95%1,99-11,98) and ≥ 50 years (PR: 4.99 – CI95%1,87-13,29), personal income greater than four minimum wages (PR: 2.87 – CI95%1,35-6,11) and count CD4 +> 350 cells / mm ³ (PR: 2.45 – CI95% 1,13-5,35). CONCLUSIONS: It was high prevalence of overweight and abdominal obesity, especially amond females, persons older than 40 years without antiretroviral therapy in the lowest tertile of risk foof consumptio, with higher income and T lymphocyte count CD4+. The data in this study point to the need for further monitoring of the nutritional status of this population and development strategies and practices that produce desirable results to the prevention and control of these conditions. / OBJETIVO: Investigar a prevalência de excesso de peso, obesidade abdominal e fatores associados a essas condições em pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA). MÉTODOS: Estudo transversal desenvolvido com 270 PVHA, com idade igual ou superior a 19 anos, recrutadas no período de outubro de 2009 a janeiro de 2011 em ambulatório de um Hospítal Escola em Goiânia. Para levantamento das características demográficas, clínicas e estilo de vida foram utilizados questionários padronizados. Para avaliação do consumo alimentar utilizou-se escore de risco e de proteção para doenças cardiovasculares. Realizou-se coleta de dados d peso, altura e circunferência da cintura (CC). Considerou-se como excesso de peso o Índice de Massa Corporal (IMC) ≥25 kg/m2 e como obesidade abdominal CC ≥102 para homens e ≥88 para mulheres. Utizou-se os testes qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher para verificar associações. Calculou-se como medida de efeito a razão de prevalência (RP), utilizando-se a regressão de Poisson simples, com intervalo de confiança de 95% (IC95%). Realizou-se regressão de Poisson múltipla com análise hierarquizada para os dois desfechos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás. RESULTADOS: A prevalência de excesso de peso foi de 33,7% (IC95% 28,2-39,7) e de obesidade abdominal 12,6% (IC95% 9,0-17,3), Observou-se após análise multivariada, para o desfecho excesso de peso, associação com: idade de 40-49 anos (RP:1,16 - IC95% 1,05-1,28) e ≥50 anos (RP:1,20 – IC95% 1,06-1,36), não uso de terapia antirretroviral de alta potência (TARV) (RP: 1,15 – IC95%1,05-1,25) e menor tercil de consumo de alimentos de risco (RP:1,15 – IC95% 1,04-1,28). Para o desfecho obesidade abdominal observou-se associação com: sexo feminino (RP:4,91 – IC95%2,49-9,70), idade de 40-49 anos (RP:4,88 – IC95%1,99-11,98) e ≥50 anos (RP:4,99 – IC95%1,87-13,29), renda própria maior que quatros salários mínimos (RP:2,87 – IC95%1,35-6,11) e contagem de linfócitos T CD4+ > 350 células/ mm³ (RP:2,45 – IC95% 1,13-5,35). CONCLUSÕES: Foram observadas elevadas prevalências de excesso de peso e obesidade abdominal, especialmente entre o sexo feminino, pessoas de idade maior que 40 anos, sem uso de TARV, em menor tercil de consumo de alimentos de risco, com maior renda e maior contagem de linfócitos T CD4+. Os dados desse estudo sinalizam para a necessidade de ações de monitoramento do estado nutricional dessa população e elaboração de estratégias e condutas que produzam resultados desejáveis à prevenção e controle dessas condições.
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Sexualidade entre jovens das comunidades anfitriãs de turismo: desafios para a prevenção das DST/HIV e o Programa Saúde da Família / Sexuality among the youth of the host communities for tourism: challenges to the STI(s)/HIV prevention and the Family Health ProgramRenata Bellenzani 27 March 2008 (has links)
A atividade turística em determinadas regiões brasileiras intensifica fluxos populacionais sazonais e gera impactos socioambientais, dentre eles agravos em saúde sexual e reprodutiva dos moradores das comunidades anfitriãs, o que exige respostas programáticas dos sistemas locais de saúde. Uma das estratégias de prevenção e promoção da saúde sexual que tem sido valorizada no debate sobre o tema constitui na maior incorporação de ações de prevenção ao Programa Saúde da Família (PSF), de acordo com suas diretrizes que prevêem a integração entre ações de prevenção, tratamento e reabilitação, de acordo com a realidade epidemiológica e sociocultural. Os objetivos do estudo foram: (1) descrever a vulnerabilidade social e programática às DST/HIV, gravidez não planejada e ao mercado sexual, entre jovens residentes em comunidades anfitriãs de turismo do litoral sul fluminense; (2) compreender de que modo os profissionais da rede básica/Programa Saúde da Família, da mesma localidade, reconhecem os impactos do contexto do turismo sobre a saúde do segmento jovem caiçara e quais as ações de prevenção que desenvolvem. O estudo de desenho qualitativo utilizou a observação etnográfica e entrevistas semi-estruturadas em profundidade realizadas com dois grupos de informantes: 12 jovens e 11 profissionais de saúde (dez da rede básica/PSF e um gestor da Coordenação Estadual de DST/Aids-RJ). RESULTADOS: O gênero, a cor/etnia, a geração, a nacionalidade e o status social mostraram-se fundamentais para a compreensão do cenário sexual e sociocultural, bem como das interações afetivo-sexuais entre jovens moradores locais e turistas. O cenário sexual amplia a vulnerabilidade dos (as) jovens às DST/HIV, à gravidez não-planejada e ao mercado sexual. A disponibilidade para as interações afetivo-sexuais entre jovens das comunidades e visitantes é marcada pelos estereótipos como turista, gringo (a), caiçara e nativo (a) e pelo intercâmbio de bens materiais e simbólicos que distinguem pessoas de fora e pessoas daqui. Os profissionais do PSF, por sua vez, reconhecem a vulnerabilidade específica da juventude; atribuem-na à pobreza, à escolaridade, à vida familiar, à promiscuidade e às características tradicionalmente atribuídas à fase da adolescência. A gravidez na adolescência e a multiplicidade de parceiros, significadas como promiscuidade são as problemáticas mais reconhecidas. Valorizam a prevenção e realizam ações educativas de base comunitária. Como obstáculos à qualidade da prevenção entre os jovens, o estudo identificou: 1) a compreensão pouco aprofundada do cenário sexual, das relações de gênero e das diferenças de status social enquanto aspectos relevantes ao planejamento das ações de promoção da saúde sexual e reprodutiva entre jovens caiçaras; 2) as abordagens utilizam prioritariamente o recurso das palestras que enfatizam aspectos biomédicos e a orientação como base em valores pessoais; 3) há dificuldades operacionais para disponibilizar insumos e planejar ações de prevenção no âmbito da rede básica/PSF; 4) a interlocução é incipiente entre Atenção Básica/PSF (municipal) e Programa Estadual de DST/Aids-RJ. CONCLUSÃO: A intensificação da economia associada ao turismo nas comunidades anfitriãs amplia a vulnerabilidade social ao sexo desprotegido e ao mercado sexual, atribuindo um caráter singular à desigualdade de gênero, cor/etnia e status social. Essas dimensões, invisíveis aos olhos dos profissionais do PSF, juntamente com o modelo de prevenção tradicional (palestras e orientações) ampliam a vulnerabilidade programática dos jovens às DST/Aids, gravidez não planejada e mercado sexual. Haja vista o repertório de atitudes e práticas dos profissionais ter se mostrado insuficiente para o manejo das tecnologias psicossociais que integram a dimensão sociocultural da sexualidade, recomenda-se fortemente o investimento na formação adequada dos profissionais do PSF para sofisticar suas ações de prevenção. / The touristic activity in certain Brazilian regions intensifies seasonal population flows and it generates socioenvironmental impacts, among which problems to the sexual and reproductive health of the host communities inhabitants. This demands scheduled responses by the local health systems. One of the strategies of prevention and promotion of sexual health is the accretion of more prevention actions into the Programa Saúde da Família PSF [Family Health Program]. This strategy has grown in the discussions on this theme. According to its guidelines, which foresee the integration between prevention actions, treatment and rehabilitation, and also according to the epidemiologic and sociocultural reality. The objectives of the study were: (1) describe the social and programmatic vulnerability to the STDs and AIDS, unplanned pregnancies and to the sexual market, among young residents of the host communities for tourism on the southern coast of the Rio de Janeiro state in Brazil; (2) understand how the professionals of the primary health care/PSF of those same places, recognize the impacts of the tourism context on the health of the Caiçara youth segment and what are the prevention actions that they develop. The qualitative design study used the ethnographic observation and semi structured in-depth interviews applied to two groups of informants: 12 of the youth of the host community and 11 health professionals ten from the primary health care/PSF and one member of the State Coordination of STDs and AIDS of the State of Rio de Janeiro. RESULTS: Gender, ethnic, the generation, the nationality and the social states were proven to be fundamental to understand the sexual and sociocultural scenery, as well as the sexual-affective interactions among tourists and young local residents. These social markers enhance the vulnerability of the youth to STDs and AIDS, unplanned pregnancies and to the sexual market. The availability to the sexualaffective interactions among youth of the host communities and the tourists is marked by the stereotypes like tourist, gringo(a) [commonly used slang in Brazil for foreigners], caiçara and native and by the interchange of material and symbolic goods which separate people from abroad and people from here. On the other hand, the PSF professionals recognize the specific vulnerability of youth and link it to poverty, to schooling, to the family life, to promiscuity and to the characteristics usually linked to the adolescent phase. Adolescent pregnancy and the presence of multiple sexual partners, known as promiscuity are the better known problems. They value prevention and promote educational actions for the community. This study has identified some obstacles to the quality of the prevention among the youth of the host community as follows: (1) the little comprehension of the sexual scenery and of the gender and social class relations as relevant aspects to the planning of the sexual and 11 reproductive health promotion actions among the Caiçara youth; (2) the approaches use mainly the resource of lectures which emphasize biomedical aspects and orientation as a base for personal values; (3) there are operational difficulties to supply medicine needs and to plan prevention actions on the scope of the primary health care/PSF; treatment and rehabilitation actions are preferred; (4) the communication between the primary health care/PSF (municipal administration) and the State Program for STDs and AIDS of the State of Rio de Janeiro. CONCLUSION: The enhancement of the economy associated with the tourism on the host communities expands the social vulnerability to unprotected sex and to the sexual market, giving an unique character to the gender, ethnicity and social class differences. These dimensions, invisible to the eyes of the PSF professionals, along with the traditional prevention model of lectures and orientation, enlarge the programmatic vulnerability of the youth to the STDs and AIDS, to unplanned pregnancies and to the sexual market. Even though the assortment of attitudes and actions of the professionals has proven to be insufficient to manage psychosocial technologies which are part of the sociocultural dimension of sexuality, it is strongly recommended to invest on the proper education of the PSF professionals to expand their prevention actions.
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Adesão de pacientes HIV submetidos precocemente a terapia antirretroviral / Adherence of HIV patients under early submission to antiretroviral therapySebastião Silveira Nunes Júnior 29 May 2017 (has links)
Introdução: A Organização Mundial da Saúde recomenda que a terapia antirretroviral deva ter início imediato para todos os portadores do HIV independente da presença ou ausência de sintomas da Aids. Esta nova diretriz tem como base que o início precoce da terapia antirretroviral estimula o sistema imune, diminui o risco de morbimortalidade associadas ao HIV e reduz o risco de transmissão Objetivo: analisar adesão de portadores do HIV submetidos precocemente à terapia antirretroviral. Hipótese: Portadores do HIV assintomáticos apresentam baixa adesão quando submetidos à terapia antirretroviral precocemente, decorrente dos efeitos colaterais da medicação. Método: Estudo transversal, descritivo, prospectivo com abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos por entrevista individual com formulário para levantamento das características sociodemográficas e para avaliar adesão à terapia antirretroviral, foi utilizada a adaptação brasileira do Cuestionario para la Evaluación de la Adhesión al Tratamiento Antiretroviral CEAT-VIH. Para interpretação, compreensão e estruturação das análises do fenômeno foi adotado o referencial teórico da vulnerabilidade. A análise dos dados foi processada no Software Stata 13.1®. As variáveis foram analisadas por meio de frequência absoluta e relativa (frequência simples, média e desvio padrão) e de acordo com os resultados, o teste do Qui-quadrado de Pearson. Resultado: Entre os 53 entrevistados, 81,1% foram classificados como aderentes e 18,9% como não aderentes. Predominou a população masculina e a faixa etária de 25 a 44 anos, a cor branca e boa escolaridade. Os determinantes da adesão a TARV foram: maior escolaridade, estar casado ou morar com família e boa relação médico/paciente, para a não adesão foram: sentir-se melhor após o início do tratamento, falta de apoio das pessoas do convívio social e ciência do parceiro sobre a soropositvidade. Ao que se refere a vulnerabilidade nas três dimensões, verificou-se que na dimensão individual: falta de conhecimento sobre os medicamentos em uso, presença de rede de apoio social e mudança de comportamento social (sexo sem preservativo), foram os que mais influenciaram para a não adesão. Na dimensão social, vínculo interpessoal com familiares e amigos íntimos, influenciou positivamente a adesão. Programaticamente, verificou-se que a estrutura oferecida aos usuários foi considerada adequada e contribuíram para a adesão. Conclusão: O estudo mostrou a necessidade de pesquisas acerca da adesão a TARV, em pacientes submetidos precocemente ao tratamento, com outros instrumentos, em outros Centros de Referencias, com número maior de portadores, para avaliar este programa terapêutico, visto que esse é o último consenso em termos de terapia e o uso prolongado associado aos efeitos colaterais, são fatores que podem interferir na adesão. / Introduction: The World Health Organization recommends that antiretroviral therapy (ART) should start immediately for all HIV patients regardless of the presence or absence of AIDS symptoms. This new guideline is based on the fact that the early initiation of antiretroviral therapy stimulates the immune system, reduces the risk of HIV-associated morbidity and mortality, and reduces the risk of its transmission. Objective: To analyze the adherence of HIV patients under early submission to antiretroviral therapy. Hypothesis: Asymptomatic HIV carriers have low adherence when submitted to antiretroviral therapy early due to the side effects of the medication. Methods: This is a cross-sectional descriptive prospective study with a quantitative approach. The data were obtained through individual interviews with a form to collect sociodemographic characteristics and to evaluate adherence to the antiretroviral therapy. An adapted Brazilian version of the Cuestionario para la Evaluación de la Adhesión al Tratamiento Antiretroviral CEAT-VIH (Questionnaire for the Evaluation of Adherence to Antiretroviral Therapy) was used. For the interpretation, understanding and structuring of the analyses of the phenomenon, the theoretical framework of vulnerability was adopted. Data analysis was processed in Stata 13.1® Software. The variables were analyzed by means of absolute and relative frequency (simple frequency, mean and standard deviation) and according to the results, the Pearson\'s Chi-square test. Results: Among the 53 interviewees, 81.1% were classified as adherents and 18.9% were non-adherents. The predominant people were male, aged between 25 and 44, white, and well educated. The determinants of adherence to ART were: greater schooling, being married or living with family and good doctor/patient relationship. Those ones for non-adherence were: feeling better after starting the treatment, lack of support from people from their social interaction and their partners awareness on the seropositivity. Vulnerability can be considered in three dimensions. In the individual dimension, lack of knowledge about the drugs in use, presence of a social support network, and social behavior change (sex without a condom) were the factors that mostly influenced the non-adhesion. In the social dimension, interpersonal bonding with family and close friends positively influenced the adhesion. Programmatically, it was verified that the structure offered to the users was considered adequate and contributed to the adhesion. Conclusion: The study showed the need for research on ART adherence in patients submitted to treatment early with other instruments in other Reference Centers with a greater number of patients in order to evaluate this therapeutic program, since this is the last consensus in terms of therapy. Prolonged use associated with side effects are factors that may interfere with adherence.
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Conversas com o movimento social negro sobre vulnerabilidades em relação às DSTs/Aids / Conversations with the black social movement about vulnerabilities in relation to STD / AIDSAna Lúcia Spiassi 16 March 2011 (has links)
A intensificação do debate sobre a epidemia de DST/aids na população negra, trazida por entidades da sociedade civil na última década, aparece na esteira da recente sistematização de políticas voltadas para a saúde desta população. O objetivo do presente estudo foi conhecer a avaliação que o movimento social negro do ABC paulista tem sobre as condições de vulnerabilidade em relação às DST/aids vividas pelos cidadãos negros da região. Trata-se de estudo qualitativo, construído com base em entrevistas individuais em profundidade com lideranças diversas deste movimento. A representatividade dos entrevistados foi ancorada no conceito de Luta por Reconhecimento e a estrutura das entrevistas foi organizada a partir do conceito teórico orientador de todo o trabalho que é o conceito de Vulnerabilidade. A construção e interpretação das entrevistas foram apoiadas em uma concepção de linguagem entendida como desveladora de processos de interação a partir do cotejo de duas tradições filosóficas principais: o materialismo histórico dialético e a hermenêutica. As avaliações dos entrevistados sobre as três dimensões de vulnerabilidades vivenciadas pelos negros em relação às DST/aids, produziram um quadro no qual diversas situações cotidianas são relatadas e discutidas. No plano institucional, três grupos centrais de problemas foram levantados: as condições de atendimento nos serviços de saúde; a atuação do Estado sobre as condições de iniquidade e a relação do Estado com o movimento social. Em relação às vulnerabilidades sociais, foram destacadas as desigualdades sócio-econômicas entre negros e não-negros e suas consequências, que incluem a persistência de baixa escolaridade, precarização das moradias, fixação da população negra para a periferia das áreas urbanas, barreiras à ascensão social, desigualdades sociais em saúde e a persistência da discriminação racial nas relações sociais. Em relação às vulnerabilidades individuais, os entrevistados relataram algumas de suas vivências pessoais e familiares em que sobressaem os sentimentos de insegurança e desrespeito trazidos pela tensão da discriminação racial, o que tem implicações não apenas morais, mas manifesta-se também no modo como os sujeitos vivenciam, apreendem e lidam com os aspectos dos demais planos de vulnerabilidade, acima citados. Os entrevistados apontaram, ainda, alternativas de reconstrução prática com potencial de redução do impacto da vulnerabilidade para a aids entre os brasileiros negros / The intensified discussion about the STD/AIDS epidemic among black population, brought about by civil society organizations in the last decade, appears in the wake of recent policies aimed at health of this population. The objective of this study was to explore the assessment that the black social movement in the ABC region (State of SP) make about vulnerability conditions regarding STD/AIDS experienced by black citizens from the region. This is a qualitative study, built on individual in-depth interviews with several leaders of this movement. Representativeness of respondents was based on the concept of \"Struggle for Recognition\", and the structure of the interviews on the theoretical concept of Vulnerability that guided the whole work. The structure and interpretation of interviews were backed by designing a language understood as unfolding processes of interaction based on confrontation of two major philosophical traditions: historical dialectical materialism and hermeneutics. The evaluations of the respondents about the three dimensions of vulnerability experienced by brazilian blacks in relation to STD/AIDS, resulted in a framework in which many daily situations are reported and discussed. At institutional level, three core groups of issues were raised: the conditions of care in health services, State action concerning inequity conditions and the relation between the State and social movements. As to social vulnerabilities, socioeconomic inequalities and their consequences were highlighted between blacks and non-blacks, including persistence of low schooling, precarious housing, setting the black population in the periphery of urban areas, barriers to social mobility, health inequalities and persistence of racial discrimination in social relations. In relation to individual vulnerabilities, respondents reported some of their personal and family experiences that stress feelings of lack of confidence and disrespect due to tension resulting from racial discrimination, which has moral implications and also manifests in how the subjects experience, perceive and deal with vulnerability aspects at other levels, as mentioned above. Yet, the interviewees pointed out practical reconstruction alternatives with potential to reduce the impact of vulnerability to AIDS among black Brazilians
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As casas de apoio no contexto das políticas públicas de saúde para as DST/HIV/Aids no estado de São Paulo, no período de 1996 a 2003 / Support House in the context of health public policies for STD, HIV and AIDS in the state of São Paulo from 1996 to 2003Ciomara de Freitas Gonçalves 06 November 2006 (has links)
As Casas de Apoio são instituições que oferecem atenção às pessoas com HIV/Aids e que, por motivos de natureza social, necessitam de cuidados e de moradia provisória ou permanente. Oferecem atendimento às necessidades básicas do indivíduo e suporte à sua condição de soropositividade como garantia de manutenção do tratamento, inserção familiar, apoio com relação aos direitos sociais e trabalhistas, lazer e apoio psicológico. Este estudo se utiliza da triangulação de métodos qualitativos e quantitativos, por meio de diferentes técnicas, para caracterizar as Casas de Apoio em HIV/Aids do Estado de São Paulo e analisar sua inserção como modalidade de rede de apoio assistencial, contextualizando as Organizações Não-Governamentais no âmbito das políticas públicas de saúde para o HIV/Aids. O estudo em curso registra uma concentração de casas localizadas na Capital. No aspecto de sustentabilidade, a captação de recursos é diversificada, com recursos públicos governamentais, financiamento de organismos internacionais, doações de pessoas físicas e apoio comunitário. As Casas de Apoio, fruto da organização da sociedade civil, representam um grande esforço da comunidade para garantir o atendimento às diferentes necessidades das pessoas portadoras do HIV/Aids, em especial nos aspectos psíquicos e sociais. Essas organizações têm sido utilizadas pelo sistema de saúde como referência de apoio à rede de assistência a soropositivos e doentes de aids, se não de maneira formal, pelo menos informal. A sua inserção na rede de financiamentos do SUS pode representar um grande avanço na formalização de uma ação intersetorial que já ocorre de fato, otimizando a utilização de recursos, qualificando os serviços oferecidos, ao mesmo tempo em que maximiza os resultados dos investimentos públicos feitos no enfrentamento das DST/Aids / The so called Support Houses are institutions that give attention to the HIV/Aids individuals and who, due to reasons of social nature, are in need of care and provisory or permanent housing. They assist the basic necessities of the people and give support to their living condition of HIV positive patients as a guarantee of treatment, familiar insertion, social and working rights support, entertainment and psychological support. This study uses the triangulation of qualitative and quantitative methods, through different techniques, to characterize the HIV/Aids Support Houses in the state of São Paulo and to analyze its insertion as modality of assistance support net, contextualizing the Non-Governmental Organizations in the ambit of health public politics for the HIV/Aids. The study in course registers a concentration of houses located in the capital city. In the sustainability aspect, the fund raising is diversified, with governmental public resources, financing of international organisms, people?s donation and community support. The Support Houses, a result of the civil society organization, represent a great effort of the community to guarantee the assistance of different necessities of HIV/Aids patients, mainly in the psychic and social aspects. These organizations have been used by the health system as support reference to the net of assistance to HIV patients and individuals, if not in a formal way, at least in an informal one. Its insertion in the net of SUS financing may represent a great advance in the formalization of an intersectional action that is already a fact, optimizing the use of resources, qualifying the services offered, at the same time that the results of public financing made for STD/Aids are maximized
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Camisinha, homoerotismo e os discursos da prevenção de HIV/aids / Condom, homoeroticism and discourses on HIV/AIDS preventionThiago Félix Pinheiro 24 June 2015 (has links)
A proposição inicial do uso de camisinha como prevenção de HIV/aids está vinculada à noção de sexo seguro, desenvolvida pela comunidade gay estadunidense no início da década de 1980. No Brasil, o sexo seguro foi incorporado nas primeiras respostas à epidemia e, com o desenvolvimento das ações preventivas, a camisinha foi adotada como a principal estratégia de proteção contra a transmissão do HIV por via sexual. Atualmente, o segmento populacional composto por gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH) configura um dos focos de concentração da epidemia e, portanto, um dos públicos-chave para o direcionamento da prevenção. Este trabalho tem como objetivo recuperar os discursos acerca da camisinha como estratégia de prevenção de HIV/aids entre gays/HSH, construídos pela política pública de saúde e pelos movimentos sociais no Brasil, buscando compreender seus significados no contexto dos impasses enfrentados pela prevenção ao longo de sua história. O estudo é fundamentado nas abordagens construcionistas da sexualidade e utiliza como referências a perspectiva da vulnerabilidade e a teoria dos scripts sexuais. Trata-se de investigação qualitativa, realizada com base em entrevistas em profundidade com 13 pessoas que mantêm/mantiveram envolvimento significativo com o enfrentamento da epidemia de HIV/aids no país e/ou com a reflexão acerca das questões relativas à prevenção, especialmente no âmbito dos cenários sexuais gays/HSH. Foram selecionados atores de destaque no trabalho relacionado à promoção do uso da camisinha: condução de políticas públicas, produção de pesquisa e atuação em movimentos sociais LGBT e de aids. A partir das narrativas colhidas e de referências associadas, é apresentada uma recuperação histórica da trajetória da camisinha como prevenção de HIV/aids. A análise ressalta que a convergência dos discursos preventivos na recomendação da camisinha resvalou no tecnicismo, característico do processo de medicalização do social. O uso tecnicista da prevenção consistiu em (a) uma abordagem prescritiva, expressa na progressiva reprodução da mensagem \"use camisinha\"; (b) na descontextualização dos discursos preventivos em relação ao conteúdo sexual inerente ao uso da camisinha, contestada especialmente nas propostas de erotização desse insumo; (c) na postura impositiva de profissionais e campanhas de prevenção. Adicionalmente, a prevenção tem esbarrado nas dificuldades de abordagem do homoerotismo em função do fortalecimento de resistências moralistas e conservadoras na política brasileira. Esse cenário, que compromete os direitos de gays/HSH à saúde, é agravado por uma crise na estrutura dos programas de aids e das organizações dos movimentos sociais. Desse modo, o avanço no enfrentamento da epidemia e, mais especificamente, a redução das taxas de infecção em gays/HSH dependem da superação dessas barreiras, que tendem a se reproduzir na abordagem das novas tecnologias de prevenção em HIV/aids / The initial proposal for the use of condoms to prevent HIV/AIDS is linked to the concept of safe sex, developed by the gay community in the United States in the early 1980s. In Brazil, safe sex was incorporated in the early responses to the epidemic and, with the development of preventive actions, condom promotion was adopted as the main strategy to protect against HIV sexual transmission. Nowadays, the population segment composed of gay men and other men who have sex with men (MSM) represents one of the focuses of the epidemic concentration and therefore one of the key populations for targeting prevention. This work aims to recover the discourses on the use of condoms as an HIV/AIDS prevention strategy directed to gay/MSM population, built by both Brazilian public health policy and social movements, seeking to understand their meaning in the context of the impasses faced by prevention throughout his history. This study is based on constructionist frameworks of sexuality and uses as references the vulnerability perspective and the theory of sexual scripts. This is a qualitative research, carried out based on in-depth interviews with 13 people who keep/kept significant roles in fighting the HIV/AIDS epidemic in the country and/or in the reflecting on issues related to prevention, especially in the scope of gay/MSM sexual scenarios. The selected participants are prominent actors in the work related to the promotion of condom use: driving public policy, producing research and acting in LGBT and AIDS social movements. From the collected narratives and associated references, a historical recovery of the trajectory of the condom as an HIV/AIDS prevention is presented. The analysis points out that the convergence of preventive discourses on recommendation of the condom slipped on the technicism, characteristic of the process of social medicalization. The technicist use of the prevention consisted of (a) a prescriptive approach, expressed in the forward playback of the message \"use condom\"; (b) the decontextualization of preventive discourses in relation to sexual content inherent in the use of condoms, especially contested in proposals of eroticizing this device; (c) the impositive posture of professionals and prevention campaigns. Additionally, prevention has bogged down in difficulties on the approach of homoeroticism due to the strengthening of moralist and conservative resistances in Brazilian policy. This scenario, which undermines the rights of gay/MSM to health, is exacerbated by a crisis in the structure of AIDS programs and organizations of social movements. Thus, the progress in confronting the epidemic and, more specifically, in the reduction of infection rates in gay/MSM depend on overcoming these barriers which tend to be reproduced in the approach to the new HIV/AIDS prevention technologies
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Aconselhamento em DST/aids: uma análise crítica de sua origem histórica e conceitual e de sua fundamentação teórica / Counseling in STD/aids: a critical analysis of its historical and conceptual origin and theoretical foundation.Ligia Rivero Pupo 24 August 2007 (has links)
Apesar do aconselhamento no campo das DST/aids ser considerado, em diferentes regiões do mundo, como uma das principais estratégias para prevenção primária, secundária e terciária, implantada nos serviços da rede de atendimento às DST/aids e em serviços da rede básica de saúde, tanto estudos nacionais como internacionais mostram que esta prática ainda concentra uma dose significativa de fragilidades e problemas.Estes estão relacionados principalmente à falta de uma reflexão e clareza sobre a definição, conceituação, estrutura e forma de atuação do aconselhamento, bem como sobre seus limites e possibilidades. Este estudo se propôs a resgatar as origens históricas e conceituais do aconselhamento em DST/aids, e identificar e analisar criticamente a principal concepção teórica indicada como fundamento dos materiais de referência sobre o aconselhamento em DST/aids, apontando suas contribuições, limites e possibilidades de aplicação. Trata-se, portanto, de um estudo de natureza qualitativa, baseado na análise de documentos sobre o aconselhamento em geral, o aconselhamento em DST/aids, e sobre a principal corrente teórica identificada nesses materiais: a Abordagem Centrada na Pessoa, de Carl Rogers. Além de identificar a origem histórica da imprecisão do conceito de aconselhamento enquanto prática social, este estudo colocou em evidência tanto as potencialidades e fragilidades da Abordagem Centrada na Pessoa para lidar com a complexidade de facetas presentes nessa epidemia, como a existência de alguns desacordos e contrastes entre a prática de ajuda proposta por esse referencial teórico e a estrutura de aconselhamento proposta pelos manuais, bem como, algumas contradições e ambigüidades existentes na própria proposta desenhada para o aconselhamento no campo da aids. Sustenta-se que, para fazer um uso consistente da Abordagem Centrada na Pessoa no aconselhamento em DST/aids, algumas mudanças de concepção, expectativa, enfoque e posicionamento se fazem necessárias. Primeiramente é imperioso que se veja o aconselhamento como um espaço onde a ação está voltada às necessidades e características do cliente, e não voltado para resolver a múltiplas demandas da política de prevenção e assistência, pois ele nunca deve ser visto como uma ação isolada, mas deve sempre estar inserido em uma estratégia mais ampla aonde se somam outros tipos de intervenção.É importante que se reveja a idéia de objetivos, conteúdos e resultados fechados e pré-determinados, possibilitando que sejam centrados na pessoa do cliente e, portanto mais abertos, flexíveis ou construídos conjuntamente. Finalmente, é importante para uma maior qualificação e efetividade dessa prática, utilizar-se de outros quadros teóricos e conceituais, que discutem outras dimensões e aspectos do universo individual, não abordados por essa linha teórica. / In spite of the fact that in different regions of the world counseling in the field of STD/aids is considered as one of the main strategies for the primary, secondary and tertiary prevention techniques applied in the services available to STD/aids and in basic health services, studies done nationally and internationally show that this practice still concentrates a significant amount of weaknesses and problems. These relate mainly to the lack of a clear expression and thought on the definition, conceptualization, structure and format for the role of counseling, as well as its limitations and possibilities. This study proposes to rescue the historical and conceptual origins of counseling in STD/aids, and to identify and critically analyze the main theoretical concept used as the basis for the reference material on counseling in STD/aids, pointing out its contributions, limitations and possibilities of application. It is, therefore, a qualitative study by nature, based on the analysis of documents on counseling in general, counseling in STD/aids, and on the main theoretical current identified in the material: the Client Centered Therapy, by Carl Rogers. In addition to identifying the historical origin of the imprecision in the concept of counseling as a social practice, this study makes clear the potentialities and weaknesses of the Client Centered Therapy to deal with the complexity of facets present in this epidemic, such as the existence of some differences and contrasts between the help practice proposed by this theoretical reference and the structure of counseling proposed by manuals, as well as some contradictions and ambiguities present in the proposal itself, designed for the counseling in the field of aids. One supports the idea that in order to make a consistent use of the Client Centered Therapy in the counseling for STD/aids, some changes in the concept, expectation, focus and positioning are necessary. First of all it is imperative to see counseling as a space where action is oriented towards the needs and characteristics of the client, and not to solve the multiple demands of the policy for the prevention and assistance, as it should never be seen as an isolated action, but it must always be inserted in a wider strategy where other kinds of interventions are added. It is important to revisit the idea of objectives, content, closed and predetermined results, enabling them to be centered on the person, the client, and therefore, to be more open, flexible or constructed jointly. Finally, it is important for a wider qualification and effectiveness of this practice, to use other theoretical and conceptual frameworks, which discuss other dimensions and aspects of the individual universe, not dealt with in this theoretical line.
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Masculinidade e prevenção: a relação entre a prática sexual dos homens e a profilaxia pós-exposição sexual ao HIV (PEP) / Masculinity and prevention: the nexus between men sexual practice and HIV Post-Exposure Prophylaxis (PEP)Vivian Salles Alvarez 14 June 2017 (has links)
Com a ampliação dos estudos de gênero e saúde, especialmente na linha das masculinidades, emergiram questões a respeito da prevenção do HIV/aids que foram incorporadas às discussões sobre construtos socioculturais promotores de vulnerabilidades para as populações masculinas frente à epidemia. No atual cenário da epidemia, duas questões chamam atenção em relação aos homens: o fato da epidemia se mostrar concentrada na população entre homens que fazem sexo com homem (HSH) e da principal via de transmissão do vírus ser heterossexual. Os esforços para o controle da epidemia de HIV/aids no Brasil têm se concentrado no diagnóstico precoce da infecção e no tratamento das pessoas vivendo com HIV/aids, bem como na implementação de intervenções de prevenção combinada. Esta última pode ser descrita como a possibilidade de manejo entre estratégias biomédicas, comportamentais e estruturais que se colocam como alternativas ao discurso preventivo centrado preponderantemente no preservativo masculino. Entre as abordagens biomédicas, a profilaxia pós-exposição sexual consentida (PEPSexual) se coloca como uma estratégia fundamental para este trabalho, de caráter qualitativo, cujo objetivo mais amplo foi compreender como os homens constroem aproximações e distanciamentos quanto às configurações identitárias em termos da sexualidade, de representações sociais quanto ao HIV/aids, de motivações a procurar a PEPSexual, caracterizando o uso que fazem de um serviço especializado em DST/HIV no município de São Paulo. A técnica de entrevista semiestruturada foi aplicada na realização de 15 entrevistas com homens que buscaram PEPSexual no ambiente do serviço. Os resultados e análises foram organizados em categorias que expressaram as representações sociais dos entrevistados, a respeito de: 1) vivência sexual masculina, 2) percepção sobre o risco e prevenção ao HIV e 3) conhecimento e busca pela PEP. O estudo permitiu compreender como as construções a respeito das masculinidades influenciam o modo pelo qual os homens acionam recursos e estratégias para a busca de prevenção ao HIV/aids / As gender and health studies amplify, particularly about masculinities, some questions about HIV/aids prevention emerge. Those questions cover sociocultural constructs that promote vulnerabilities for masculine populations facing the epidemic. At the current scenario of epidemic, two things stand out when it comes to men: the epidemic concentrates itself between men who have sex with men (MSM) and the main transmission path is heterosexual. Control efforts of the epidemic in Brazil focus the infection early diagnosis and treatment, as well as combined prevention intervention. This last one can be described as management possibility among biomedical, behavioral and structural strategies; those present an alternative for the prevention of men condom use only. Among biomedical approaches, consent Post-Exposure Prophylaxis (SexualPEP) is an important strategy for this work, from a qualitative perspective, which the main goal was to comprehend how men build their identity configuration. This, regarding sexuality, social representation towards HIV/aids, reasons to seek SexualPEP, all things that characterize how men use an STD/HIV specialized service in São Paulo county. At this service, took place fifteen semi structured interviews with men. We chose to present the analysis and results in categories about social representations towards: 1) sexual experience, 2) HIV prevention and risk perception, and 3) knowledge and seeking for PEP. This study allowed us to realize how much the quest for health services, as well as strategies of HIV/aids prevention are related to matters of masculinities constructions of men about themselves and how they perceive being a man in this sociocultural context
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Atenção integral ao HIV/AIDS: para além da referência e contrarreferência / Full aid to HIV/AIDS: beyond reference and counter-referenceFernanda Aparecida Franco 17 May 2011 (has links)
O estudo teve como objetivo principal analisar o sistema de referência e contrarreferência entre Unidades Básicas de Saúde (UBS) que operam o modelo da Estratégia Saúde da Família (ESF) e o serviço especializado para o atendimento às pessoas que vivem com HIV/aids (PVHA), no Capão Redondo, região sul do Município de São Paulo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, baseada no conceito da Vulnerabilidade, em sua dimensão programática. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com os gerentes das UBS ou pessoas indicadas por eles; realização de grupos focais com as equipes de saúde da família e entrevistas abertas com os gerentes e enfermeiros dos serviços especializados, realizadas no período de junho a dezembro de 2009. Os resultados mostraram que as equipes tomam conhecimento dos casos de HIV/aids por meio de diagnósticos realizados nas UBS, principalmente relacionados a usuários que fazem parte do grupo prioritário de atendimento da ESF e, também, por meio do Agente Comunitário de Saúde (ACS), que tem um papel de destaque no que diz respeito à transmissão de informações entre comunidade e equipes. O trabalho das equipes em relação à atenção em HIV é organizado de acordo com as prioridades estabelecidas pela ESF: gestantes e pacientes com tuberculose. De modo geral, as equipes não encontram dificuldade para encaminhar os indivíduos com HIV/aids para os serviços especializados. Entretanto, a comunicação entre os dois serviços é um dificultador para o atendimento integral ao paciente, uma vez que é praticamente inexistente. O principal instrumento de comunicação entre os serviços é um formulário impresso. A comunicação por telefone ocorre raramente, especialmente no caso de pacientes faltosos. O acompanhamento das PVHA pela ESF ocorre por meio das visitas domiciliárias dos ACS exceto por alguns casos específicos em que a equipe da ESF revelou oferecer suporte emocional, monitoramento da adesão ao tratamento e atendimento às outras necessidades de saúde que podem estar ou não relacionadas ao HIV/aids. Todos os sujeitos da pesquisa revelaram ser importante realizar a contrarreferência, embora reconheçam que ela raramente ocorre ou que ocorre por meio do próprio paciente. Há projeto de realização de matriciamento em HIV/aids, referido por um serviço especializado, cuja proposta se dá sob a lógica do Apoio Matricial já praticado pelas equipes de apoio à saúde da família (NASF), recentemente implantadas com vistas a buscar a integralidade da atenção à saúde e consolidar a ESF. Concluiu-se que há necessidade de construção de uma Linha de Cuidado em HIV/aids, pactuada entre os gestores dos diferentes serviços para a efetivação da integralidade da atenção ao HIV/aids, que garanta referência dos usuários aos serviços especializados de forma segura e contrarreferência às equipes de saúde da família nas UBS, onde se deve dar o vínculo e o acompanhamento permanente desses usuários. / The main purpose of the study was to assess the reference and counter-reference system between health care basic units (UBS) that use ESF model and the special service aimed at PVHA, in Capão Redondo, south region of the city of São Paulo. It is a qualitative research, based on the Vulnerability concept, in its program dimension. The data gathering was carried out by semi-structured interviews with UBS managers or people named by them; focal groups with the family health care teams and open interviews with the managers and nurses of special services, performed between June to December, 2009. The results showed the teams become aware of HIV/AIDS cases through diagnoses made at the UBS, mainly concerning users that are part of the ESF priority group, and also through ACS, which performs an important role regarding the dissemination of information between the community and the teams. The teams work regarding HIV attention is organized according to the priorities determined by ESF: pregnant women and TB patients. According to the teams, they have no problem forwarding people with HIV/AIDS to the special care services. However, the communication between both services makes it difficult to fully take care of the patient, once it barely exists. The main communication instrument between the services is a printed form. The phone communication is rare, mainly in the case of absent patients. The PVHA follow-up by ESF is mainly through domicile visits of ACS, except for some specific cases in which the ESF team stated providing emotional support, monitoring the treatment adhesion and taking care of other health needs that may or not be related to HIV/AIDS. All of the research subjects stated counter-reference is important, although they recognize it rarely talks place or that it takes place through the patient himself. There are planning projects regarding HIV/AIDS referred by specialized service, whose proposal is under the logics of the Matrix Support already performed by NASF teams, recently implemented aiming at looking for the full health care and consolidating ESF. It is concluded that it is necessary to build a Care Line regarding HIV/AIDS, agreed between the managers of the different services to effectively fully service HIV/AIDS, ensuring reference of the users to the specialized services in a safe manner and counter-reference to the family health teams at UBS, where the tie and ongoing follow-up of these users is to take place.
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Estudo da função auditiva em indivíduos com HIV/AIDS submetidos e não submetidos a terapias antirretrovirais / Study of hearing functions in individuals with HIV/AIDS submitted and not submitted to antiretroviral therapiesSimone Quidicomo 01 June 2012 (has links)
Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida ocorre devido presença do vírus HIV no organismo afetando o sistema imunológico, podendo deteriorá-lo, permitindo a manifestação de infecções oportunistas. Estas infecções podem acometer o Sistema Auditivo Periférico trazendo prejuízo à audição dos indivíduos infectados. A literatura aponta a avaliação da Audiometria em Altas Frequências como um preditor importante para as alterações deste sistema. Objetivo: Caracterizar as manifestações audiológicas em indivíduos com HIV / AIDS submetidos e não submetidos à terapia antirretroviral. Método: A avaliação audiológica foi realizada em 28 indivíduos do GPI com HIV/AIDS, submetidos à terapia antirretroviral; 24 indivíduos do GPII com HIV/AIDS, não submetidos à terapia antirretroviral e 45 indivíduos saudáveis do GC. Os exames audiológicos que compuseram esta pesquisa foram: Audiometria Tonal Convencional, Logoaudiometria, Audiometria em Altas Frequências, Medidas de Imitância Acústica. Resultado: Para as medidas de Imitância Acústica não houve diferença estatisticamente significante para os resultados obtidos entre os grupos, tanto para a Timpanometria, como para os Reflexos Acústicos. Observou-se também, que para os três grupos, a proporção de resultados normais para a Timpanometria é maior, enquanto para os Reflexos Acústicos, a maior proporção foi de resultados alterados. Os grupos GPI e GPII, compostos por indivíduos com HIV/AIDS apresentam alterações tanto na avaliação audiológica convencional, como em altas frequências. Em relação à Audiometria Tonal Convencional, na comparação entre os grupos, observou-se limiares auditivos mais elevados nas frequências de 250 Hz, 1000 Hz, 2000 Hz, 4000 Hz, 6000 Hz e 8000 Hz para os indivíduos com HIV/AIDS. No que diz respeito à Audiometria em Altas Frequências, os resultados obtidos demonstraram, também, limiares auditivos mais elevados em indivíduos com HIV/AIDS nas frequências de 10 KHz, 11,2 KHz, 12,5 KHz, 14KHz, 18 kHz e 20 KHz. Conclusão: Para as Medidas de Imitância Acústica, não foi observada diferença entre os três grupos. Indivíduos com HIV/AIDS apresentam mais alteração na Audiometria Tonal Convencional e na Audiometria em Altas Frequências quando comparados a indivíduos saudáveis, sugerindo, comprometimento do sistema auditivo periférico. Não houve diferença significativa entre indivíduos com HIV/AIDS submetidos e não submetidos à terapia antirretroviral / Introduction: Acquired Immune Deficiency Syndrome occurs as a result of the presence of the HIV virus in the body affecting the immunological system, potentially making it deteriorate, allowing the manifestation of opportunistic infections. These infections can attack the peripheral hearing system causing hearing damage to the infected individuals. Literature indicates High Frequency Audiometry as an important pointer to the alterations of the peripheral hearing system. Objective: To characterize the audiological manifestations in individuals with HIV/AIDS submitted and not submitted to antiretroviral therapy. Method: The audiological evaluation was carried out in 28 individuals of GPI with HIV/AIDS submitted to antiretroviral therapy; 24 individuals of GPII with HIV/AIDS not submitted to the antiretroviral therapy and 45 healthy individuals of GC. The audiological tests that make up this survey were: Conventional Tonal Audiometry, Speech Audiometry, High Frequency Audiometry and Acoustic Immitance Measures. Result: In the measurement of Acoustic Immitance, there was no statistically significant difference in the results obtained amongst the groups, for Tympanometry Test and for Acoustic Reflexes. It was also observed that for the three groups, the percentage of normal results for Tympanometry Test was higher, whilst for Acoustic Reflexes the higher percentage was of altered results.The groups GPI and GPII, formed by individuals with HIV/AIDS, presented alterations in the conventional audiological evaluation as well as in the high frequency one. With regards to the Conventional Tonal Audiometry, in the comparison amongst the groups, it showed higher audiometrics thresholds in frequencies of 250 Hz, 1000 Hz, 2000 Hz, 4000 Hz, 6000 Hz and 8000 Hz for individuals with HIV/AIDS. Regarding High Frequency Audiometry, the results also showed higher audiometrics thresholds in individuals with HIV/AIDS in frequencies of 10 KHz, 11,2 KHz, 12,5 KHz, 14KHz, 18 kHz and 20 KHz. Conclusion: There was no difference in the Measurements of Acoustic Immitance observed amongst the three groups Individuals with HIV/AIDS present more alterations in Conventional Tonal Audiometry and in High Frequency Audiometry when compared to healthy individuals which indicates a compromise on the peripheral hearing system. There was no significant difference between individuals with HIV/AIDS submitted and not submitted to antiretroviral therapy
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