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Entre gingas e cantigas : etnografia da performance do ensaio de promessa de quicumbi entre os morenos de Tavares, Rio Grande do SulLobo, Janaina Campos January 2010 (has links)
Esta dissertação baseia-se na pesquisa etnográfica desenvolvida desde 2008 nas comunidades quilombolas de Capororocas e Olhos d´ Água, no município de Tavares, Rio Grande do Sul, entre os membros da Irmandade do Rosário de Tavares. O ritual do Ensaio de Promessa Quicumbi, performatizado por homens em dias de pagamento de promessas, em louvor a Nossa Senhora do Rosário, reconhecida localmente como a protetora dos negros, evoca através dos sons e da dança a memória da escravidão, oralmente transmitida. Essa manifestação religiosa afro-brasileira, semelhante ao sotaque das congadas, é marcada pelos cânticos, geralmente de cunho religioso, que ao longo de doze a quatorze horas são entoados com acompanhamento de tambores, recorecos e pandeiros. A sonoridade, fortemente marcada por versos e repetições, tem atualmente se configurado como marca diacrítica nos pleitos reivindicatórios territoriais e por reconhecimento. Os sons, performatizados no e através do corpo, narram e comunicam a presença negra e acentuam, através do canto e do ritmo, a ligação dos membros da Irmandade de Tavares com o divino, além de compor uma paisagem sonora que é indissociável do território por eles reivindicado. Dessa forma, busco compreender a multiplicidade de sentidos, através dos versos e gestos do Ensaio, assim como das experiências e memórias dos membros da Irmandade de Tavares, músicos e dançantes; e junto aos promesseiros e especialistas locais, os saberes, práticas musicais e agenciamentos que atravessam a performance do Ensaio. / This Master’s thesis is based on ethnographic research conducted since 2008 among quilombola communities Capororocas and Olhos d'Agua in the city of Tavares, Rio Grande do Sul, with the members of the Tavares Brotherhood. The Quicumbi Pledge ritual, performed by men in days of pledge payment in honor of Nossa Senhora do Rosário (known locally as protector of the black people), evokes through sounds and dance the memory of slavery, orally transmitted. This manifestation of African-Brazilian religion, similar to the congas accent, is strongly marked by singing, usually with religious overtones, and is sung with drum accompaniment of reco-recos and tambourines throughout twelve to fourteen hours. The sound, strongly marked by lines and repetitions, has now been configured as a diacritical mark in the land demand areas and by recognition. The sounds, performed on and through the body, tell and report the black presence and stress, through singing and rhythm, the link between the members of the Tavares Brotherhood and the divine. These sounds also compose a soundscape that is inseparable from the claimed land. Thus, I seek to understand the multiplicity of senses through text and gestures of the pledge ritual, as well as the experiences and memories of members of the Tavares Brotherhood, musicians and dancers, close to the people’s pledge and local experts, the knowledge, practices and musical assemblages that cross the performance of the test.
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A música, o conviver e o lembrar : um estudo etnografico entre os músicos da centenária Banda Rossini da cidade de Rio Grande, RSAlbernaz, Pablo de Castro January 2008 (has links)
O presente trabalho consiste numa etnografia junto à Banda Musical Gioachino Rossini, instituição centenária da cidade de Rio Grande-RS. A análise aqui proposta baseia-se no “conviver” e no “lembrar” de seus músicos. No conviver, enfoca-se as interações entre eles e a relação destes com o espaço de sua sede, com a memória e a música. No lembrar, trata-se da memória de seus músicos, da relação destes com seus tempos, os “tempos” (sonoros e sociais) de suas vidas. A relação desses músicos com seus múltiplos tempos e espaços, apontaram, ao longo do trabalho de campo, para uma ambivalência deste conviver e lembrar. Esta ambivalência, por sua vez, apontou para uma concepção de memória, na qual as “afecções musicais” e as “artes do dizer”, assim como as representações coletivas sociais e musicais, intercalaram-se de forma processual. Sendo a música, em suas propriedades de sucessão e simultaneidade, o elemento central para se entender essas memórias; para se pensar o tempo (sonoro) e o tempo (social) experenciado por esses músicos.
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Os DJs da perifa : música eletrônica, mediação, globalização e performance entre grupos populares em São PauloFontanari, Ivan Paolo de Paris January 2008 (has links)
Com objetivo de contribuir para a compreensão antropológica da experiência urbana nas grandes cidades contemporâneas, este estudo aborda o tema da construção e reconstrução das trajetórias individuais e coletivas entre grupos populares, dialogando com a literatura contemporânea das Antropologias da Performance, Música, Globalização, Prática e Urbana. Faz isso evocando os sentidos de: “ser DJ (disc-jóquei)”, tocar música eletrônica (drum & bass e techno), realizar e participar de festas, para indivíduos residentes nas periferias urbanas de São Paulo, mostrando como estes sentidos são por eles construídos, estando permeados por questões de classe, etnia/raça, gênero e geração. O estudo descreve e analisa as trajetórias de nove DJs em diferentes momentos de suas carreiras, procurando situá-las no cenário etnográfico da pesquisa, reconstruído com descrições de campo e com o auxílio das narrativas dos vinte e cinco DJs entrevistados. Mostra que, embora haja diferentes modos de equilibrar o antagonismo percebido entre, por um lado, “ser DJ”, e por outro, ser um trabalhador de baixa qualificação (auxiliar de escritório, entregador, confeiteira, cobrador de ônibus, etc.), “ser DJ” representa um desvio em relação ao conceito dominante de trajetória no mundo sociocultural no qual foram socializados. Este desvio, por sua vez, seria potencializado/produzido pela mediação do caráter crítico, “estranho”, da música eletrônica – linguagem musical e performática globalizada – para a sensibilidade, esquemas interpretativos e categorias de entendimento dominantes entre os grupos populares de São Paulo, o que parece ser, para os seus adeptos, o principal apelo deste tipo de linguagem expressiva. / In attempting to contribute to the anthropological understanding of the urban experience at the contemporary big cities, the study approaches the issue of construction and reconstruction of individual and collective trajectories among working classes, setting up a theoretical dialogue with the fields of Anthropology of Performance, Music, Globalization, Practice and Urban Anthropology. It realizes that by evoking the meaning of being a “DJ”, performing electronica (drum & bass and techno) and promoting parties, for individuals dwelling in the urban peripheries of São Paulo, thereby showing how these meanings are constructed by them, intertwined with issues of class, ethnicity/race, gender and generation. The study depicts and analyses the trajectories of nine DJs in different moments of their careers, attempting to situate them into the ethnographical scenario through its reconstruction by field descriptions and narratives of twenty-five DJs. It shows that, despite the different ways to balance the antagonism perceived between, by one hand, “being a DJ”, and by the other, being a low-qualified worker (office boy, deliver boy, baker, bus cashier, etc.), “being a DJ” represents a deviation against the dominant concept of trajectory for the socio-cultural world within which they were socialized. That deviation would be potentialized/achieved through the mediation of the “strange”, critical character of electronica – a musical and performative globalized language – to the dominant sensibility, interpretive schemas and categories of understanding among the working classes of São Paulo, which seems to be the main appeal of this kind of expressive language for its adepts.
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A música, o conviver e o lembrar : um estudo etnografico entre os músicos da centenária Banda Rossini da cidade de Rio Grande, RSAlbernaz, Pablo de Castro January 2008 (has links)
O presente trabalho consiste numa etnografia junto à Banda Musical Gioachino Rossini, instituição centenária da cidade de Rio Grande-RS. A análise aqui proposta baseia-se no “conviver” e no “lembrar” de seus músicos. No conviver, enfoca-se as interações entre eles e a relação destes com o espaço de sua sede, com a memória e a música. No lembrar, trata-se da memória de seus músicos, da relação destes com seus tempos, os “tempos” (sonoros e sociais) de suas vidas. A relação desses músicos com seus múltiplos tempos e espaços, apontaram, ao longo do trabalho de campo, para uma ambivalência deste conviver e lembrar. Esta ambivalência, por sua vez, apontou para uma concepção de memória, na qual as “afecções musicais” e as “artes do dizer”, assim como as representações coletivas sociais e musicais, intercalaram-se de forma processual. Sendo a música, em suas propriedades de sucessão e simultaneidade, o elemento central para se entender essas memórias; para se pensar o tempo (sonoro) e o tempo (social) experenciado por esses músicos.
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"Mara sulada e dã ku torno" : performance, gênero e corporeidades no Grupo de Batukadeiras de São Martinho Grande (Ilha de Santiago, Cabo Verde)Semedo, Carla Indira Carvalho January 2009 (has links)
Este estudo sobre as redefinições das noções de gênero entre o grupo de batukadeiras de São Martinho Grande (Ilha de Santiago, Cabo Verde) visa analisar, a partir de suas trajetórias pessoais/profissionais, as performances das corporeidades femininas e masculinas no batuko, no ku torno e nas narrativas das letras de música. A reflexão apresentada parte da observação de que nessas performances emergem formas diferenciadas de se pensar os corpos femininos e masculinos e as relações de gênero, em direção a uma possível subversão das relações de poder entre homens e mulheres. Discuto como as noções estéticas do fazer batuko e tchabeta permitem-nos pensar os sentidos múltiplos dados ao batuko na relação entre as corporeidades de gênero e a realização do projeto individual de ser batukadeira profissional. / This study on redefinitions of gender relations among the group of batukadeiras of São Martinho Grande (Santiago Island, Cape Verde) attempts to analyze, through the batukadeira's personal and professional trajectories, the performance of female and male corporalities in the performative genres called batuko and ku torno, as well as in the batuko lyrics. The reflection presented departs from the observation that different ways to conceive female and male bodies and gender relations emerge from these performances, towards a possible subversion of power relations between men and women. Thus I discuss how aesthetic notions of making batuko and tchabeta allow us to think about the multiple senses given to batuko in the relation between gender corporalities and the individual achievement to become a professional batukadeira.
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O "Grupo Tradicional Kamba Cuá" no movimento afroparaguaio : artes performáticas, política identitária e territorialidadeSilva, Cristhiano Kolinski da January 2013 (has links)
Esta etnografia foi realizada junto ao Grupo Tradicional Kamba Cuá da comunidade afroparaguaia Kamba Kuá da cidade de Fernando de la Mora, região metropolitana de Assunção, Paraguai. A pesquisa possui como intuito entender como os afroparaguaios estão instrumentalizando seu patrimônio sonoro-performático para, sob o signo da etnicidade “afro”, moverem-se e conquistarem posições de poder reivindicatório em um campo político-identitário - o qual é uma múltipla e complexa teia de articulações entre atores locais, regionais, nacionais e transnacionais ou globais. O eixo teórico que guiou as reflexões está em sintonia com a antropologia musical, que entende as atividades músico-corporais, não somente como produtos artísticos, mas também como parte da construção do mundo social e conceitual. A hipótese que avanço é a de que esse grupo de artes performáticas músico-corporais, pioneiro neste processo político-identitário de luta pela manutenção da agrupação comunitária e do território de referência através do uso de suas práticas culturais e de sua etnicidade, colaborou para manter certa coesão interna. Através da objetificação, a coesão interna foi obtida pelo grupo operando como mecanismo de “manutenção”, “resgate” e “inovação” de suas culturas, ou servindo como elo para criação de uma rede política afroparaguaia. Também, pode-se percebê-los como instrumento mercantil e político para tornar as reivindicações afroparaguaias visíveis nacionalmente através de suas performances públicas. / This ethnography was conducted within the Kamba Kuá people and their artistic performance ensemble, an Afro-Paraguayan community located in the city of Fernando de la Mora, metropolitan area of Asuncion, Paraguay. The research aimed to understand how the Afro-Paraguayans are equipping their sound-performing heritage under the sign of “African” ethnicity to bargain power positions in a political identity field composed by a multiple and complex web of local/translocal connections. The theoretical frame is inspired by an anthropology of music which understands musical performances, not only as artistic products but also as part of the construction of social and conceptual world. My hypothesis is that the Kamba Kuá people use their artistic practices and their artistic group to maintain some internal cohesion within their ancestral territory. Through objectification of their performative culture, the Kamba Kuá artistic groups operates as a mechanism for “maintenance”, “rescue” and “innovation” of afro cultural practices, as well as a link to create a political network within the Afro-Paraguayan movement.
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Música propia : una etnografía sobre una forma del pensamiento misak en el resguardo indígena de Guambía, en el sudoeste de ColombiaMartínez Peña, Oscar Giovanni January 2017 (has links)
The purpose of this research is to understand the senses of the sound practice called “música propia” (own music) in the ontology of Misak amerindian collective, that inhabits the southwest of Colombia, through an ethnography. The central concerns were triggered during a dialogic relationship in a participant observation that was modulated by the visual and auditory perceptions. These are the main two points: what do the Misaks call “música propia”, and what do they mean with the frequent claim that “música propia” differs from the "chirimía". The latter consists of a type of musical ensemble that has been associated with festive and catholic practices which manifests itself in different variations, common near the Misak territory and in other regions of the country. The sonority of the “música propia” comes from the mixing of two flutes timbres and two or more drums, whose sounds refer to the presence of non-human alterities performed in public and ritualized events within what Misaks call the “Ciclo de Vida” (Life Cycle). Drawing from performance studies, and on the discussion of epistemologies of sound in ethnomusicology and anthropology of music (Seeger, Feld, Bastos), I propose that the idea of cosmo-sonic (Stein) is a possibility to understand the música propia. Sonoro-performatic categories, socio-cosmological conceptions and the ideal principles of being Misak are all articulated within the Misak’s cosmo-sonic. In this sense, the Misak cosmo-sonic is a sonic ontology that enters cosmopolitical scene when disputing with other worlds its existence. One of these worlds is in the process of patrimonialization of the type of ensemble of “chirimía caucana” that is underway and intendes to include in it the música propia. Here I interpret this attempt of patrimonialization as a state’s mechanism of simplification supported by global policies that tries to incorporate the música propia within a standardized logics. It is a hegemonic form of the ontology of modernity that is not detached from the coloniality of power, and which is revealed in the effects of the interactions of subjects. Faced with this process, some Misak musicians have reacted and, based on the field of cosmopolitics, these reactions are taken in here as an indicator of an ontological conflict. / El objetivo de esta investigación es, mediante una etnografía, comprender los sentidos de la práctica sonora de la “música propia” en la ontología del colectivo amerindio misak, que habita en el sudoeste de Colombia. Las inquietudes centrales fueron provocadas durante la relación dialógica en la observación participante, modulada por lo visual y lo auditivo, concretándose en las dos siguientes: qué es lo que los misak llaman música propia y a qué se refiere el frecuente esclarecimiento de que la música propia se diferencia de la “chirimía”. Esta última consiste en un tipo de conjunto musical que ha estado relacionado con prácticas festivas y católicas, y que se manifiesta en diferentes variaciones, comunes en las proximidades del territorio misak y en otras regiones del país. La sonoridad de la música propia surge del trenzado tímbrico de dos flautas y dos o más tambores, cuyos sonidos remiten a la presencia de alteridades no humanas performadas en eventos públicos y ritualizados dentro de lo que los misak llaman el Ciclo de Vida. Basado en los estudios de performance, y en la discusión sobre epistemologías sonoras en la etnomusicología y en la antropología de la música (Seeger, Feld, Bastos) planteo que la idea de cosmosónica (Stein) es una posibilidad de entender la música propia. En la cosmosónica misak se articulan categorías sonoro-performáticas, las concepciones sociocosmológicas y los principios ideales del ser misak. En este sentido, la cosmosónica misak es una ontología sonora que entra en escena cosmopolítica (De la Cadena, Blaser) al disputar con otros mundos su existencia. Uno de estos mundos es el proceso de patrimonialización del conjunto de chirimía caucana que está en curso y pretende incluir en él a la música propia. Aquí interpreto esta tentativa de patrimonialización como un mecanismo de simplificación del estado apoyado en políticas globales, que intenta incorporar a la música propia dentro de unas lógicas estandarizadas. Se trata de una forma hegemónica de la ontología de la modernidad que no se desliga de la colonialidad del poder, y que se revela en los efectos de las interacciones de los sujetos. Frente a este proceso, las reacciones por parte de algunos músicos misak se revelan en el campo de la cosmopolítica como un conflicto ontológico.
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Entre gingas e cantigas : etnografia da performance do ensaio de promessa de quicumbi entre os morenos de Tavares, Rio Grande do SulLobo, Janaina Campos January 2010 (has links)
Esta dissertação baseia-se na pesquisa etnográfica desenvolvida desde 2008 nas comunidades quilombolas de Capororocas e Olhos d´ Água, no município de Tavares, Rio Grande do Sul, entre os membros da Irmandade do Rosário de Tavares. O ritual do Ensaio de Promessa Quicumbi, performatizado por homens em dias de pagamento de promessas, em louvor a Nossa Senhora do Rosário, reconhecida localmente como a protetora dos negros, evoca através dos sons e da dança a memória da escravidão, oralmente transmitida. Essa manifestação religiosa afro-brasileira, semelhante ao sotaque das congadas, é marcada pelos cânticos, geralmente de cunho religioso, que ao longo de doze a quatorze horas são entoados com acompanhamento de tambores, recorecos e pandeiros. A sonoridade, fortemente marcada por versos e repetições, tem atualmente se configurado como marca diacrítica nos pleitos reivindicatórios territoriais e por reconhecimento. Os sons, performatizados no e através do corpo, narram e comunicam a presença negra e acentuam, através do canto e do ritmo, a ligação dos membros da Irmandade de Tavares com o divino, além de compor uma paisagem sonora que é indissociável do território por eles reivindicado. Dessa forma, busco compreender a multiplicidade de sentidos, através dos versos e gestos do Ensaio, assim como das experiências e memórias dos membros da Irmandade de Tavares, músicos e dançantes; e junto aos promesseiros e especialistas locais, os saberes, práticas musicais e agenciamentos que atravessam a performance do Ensaio. / This Master’s thesis is based on ethnographic research conducted since 2008 among quilombola communities Capororocas and Olhos d'Agua in the city of Tavares, Rio Grande do Sul, with the members of the Tavares Brotherhood. The Quicumbi Pledge ritual, performed by men in days of pledge payment in honor of Nossa Senhora do Rosário (known locally as protector of the black people), evokes through sounds and dance the memory of slavery, orally transmitted. This manifestation of African-Brazilian religion, similar to the congas accent, is strongly marked by singing, usually with religious overtones, and is sung with drum accompaniment of reco-recos and tambourines throughout twelve to fourteen hours. The sound, strongly marked by lines and repetitions, has now been configured as a diacritical mark in the land demand areas and by recognition. The sounds, performed on and through the body, tell and report the black presence and stress, through singing and rhythm, the link between the members of the Tavares Brotherhood and the divine. These sounds also compose a soundscape that is inseparable from the claimed land. Thus, I seek to understand the multiplicity of senses through text and gestures of the pledge ritual, as well as the experiences and memories of members of the Tavares Brotherhood, musicians and dancers, close to the people’s pledge and local experts, the knowledge, practices and musical assemblages that cross the performance of the test.
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Os DJs da perifa : música eletrônica, mediação, globalização e performance entre grupos populares em São PauloFontanari, Ivan Paolo de Paris January 2008 (has links)
Com objetivo de contribuir para a compreensão antropológica da experiência urbana nas grandes cidades contemporâneas, este estudo aborda o tema da construção e reconstrução das trajetórias individuais e coletivas entre grupos populares, dialogando com a literatura contemporânea das Antropologias da Performance, Música, Globalização, Prática e Urbana. Faz isso evocando os sentidos de: “ser DJ (disc-jóquei)”, tocar música eletrônica (drum & bass e techno), realizar e participar de festas, para indivíduos residentes nas periferias urbanas de São Paulo, mostrando como estes sentidos são por eles construídos, estando permeados por questões de classe, etnia/raça, gênero e geração. O estudo descreve e analisa as trajetórias de nove DJs em diferentes momentos de suas carreiras, procurando situá-las no cenário etnográfico da pesquisa, reconstruído com descrições de campo e com o auxílio das narrativas dos vinte e cinco DJs entrevistados. Mostra que, embora haja diferentes modos de equilibrar o antagonismo percebido entre, por um lado, “ser DJ”, e por outro, ser um trabalhador de baixa qualificação (auxiliar de escritório, entregador, confeiteira, cobrador de ônibus, etc.), “ser DJ” representa um desvio em relação ao conceito dominante de trajetória no mundo sociocultural no qual foram socializados. Este desvio, por sua vez, seria potencializado/produzido pela mediação do caráter crítico, “estranho”, da música eletrônica – linguagem musical e performática globalizada – para a sensibilidade, esquemas interpretativos e categorias de entendimento dominantes entre os grupos populares de São Paulo, o que parece ser, para os seus adeptos, o principal apelo deste tipo de linguagem expressiva. / In attempting to contribute to the anthropological understanding of the urban experience at the contemporary big cities, the study approaches the issue of construction and reconstruction of individual and collective trajectories among working classes, setting up a theoretical dialogue with the fields of Anthropology of Performance, Music, Globalization, Practice and Urban Anthropology. It realizes that by evoking the meaning of being a “DJ”, performing electronica (drum & bass and techno) and promoting parties, for individuals dwelling in the urban peripheries of São Paulo, thereby showing how these meanings are constructed by them, intertwined with issues of class, ethnicity/race, gender and generation. The study depicts and analyses the trajectories of nine DJs in different moments of their careers, attempting to situate them into the ethnographical scenario through its reconstruction by field descriptions and narratives of twenty-five DJs. It shows that, despite the different ways to balance the antagonism perceived between, by one hand, “being a DJ”, and by the other, being a low-qualified worker (office boy, deliver boy, baker, bus cashier, etc.), “being a DJ” represents a deviation against the dominant concept of trajectory for the socio-cultural world within which they were socialized. That deviation would be potentialized/achieved through the mediation of the “strange”, critical character of electronica – a musical and performative globalized language – to the dominant sensibility, interpretive schemas and categories of understanding among the working classes of São Paulo, which seems to be the main appeal of this kind of expressive language for its adepts.
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A música, o conviver e o lembrar : um estudo etnografico entre os músicos da centenária Banda Rossini da cidade de Rio Grande, RSAlbernaz, Pablo de Castro January 2008 (has links)
O presente trabalho consiste numa etnografia junto à Banda Musical Gioachino Rossini, instituição centenária da cidade de Rio Grande-RS. A análise aqui proposta baseia-se no “conviver” e no “lembrar” de seus músicos. No conviver, enfoca-se as interações entre eles e a relação destes com o espaço de sua sede, com a memória e a música. No lembrar, trata-se da memória de seus músicos, da relação destes com seus tempos, os “tempos” (sonoros e sociais) de suas vidas. A relação desses músicos com seus múltiplos tempos e espaços, apontaram, ao longo do trabalho de campo, para uma ambivalência deste conviver e lembrar. Esta ambivalência, por sua vez, apontou para uma concepção de memória, na qual as “afecções musicais” e as “artes do dizer”, assim como as representações coletivas sociais e musicais, intercalaram-se de forma processual. Sendo a música, em suas propriedades de sucessão e simultaneidade, o elemento central para se entender essas memórias; para se pensar o tempo (sonoro) e o tempo (social) experenciado por esses músicos.
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