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Hannah Arendt : uma filosofia da fragilidadeBosch, Alfons Carles Salellas January 2017 (has links)
Instigada pelos acontecimentos a dar resposta à experiência do totalitarismo, cujas consequências ela padeceu em primeira pessoa, a obra de Hannah Arendt é uma crítica categórica da filosofia política tradicional, iniciada por Platão. Resposta à negação da política que representaram os regimes totalitários do século XX e crítica à retirada da dignidade da política por parte da filosofia, que a submeteu à sua tutela. Segura de encontrar os fundamentos da política além do seu próprio âmbito, a tradição filosófica ocidental substituiu a reflexão e o exercício da liberdade, verdadeiro sentido da política segundo Arendt, por uma teoria do governo e da dominação que esconde a fragilidade inerente ao domínio dos assuntos humanos. Pretendemos defender que o pensamento político arendtiano tem como pressuposto básico e necessário o reconhecimento da fragilidade constitutiva da política, sem que isso implique qualquer paradoxo. Para tanto, seguimos o rastro dessa fragilidade num conjunto selecionado de textos da autora e defendemos que sua reflexão entra no campo do pósfundacionalismo. Como corolário, sugerimos que, apesar dos depoimentos da própria interessada, Hannah Arendt escreveu uma obra de filosofia política, alternativa à grande tradição, que nós chamamos de filosofia da fragilidade. / Prompted by events to give response to the experience of totalitarianism the consequences of which she suffered in first person, the work of Hannah Arendt is a categorical critique of the great tradition of political philosophy initiated by Plato. Response to the negation of politics that represented the twentieth century totalitarian régimes and critique of the withdrawal of the dignity of politics practiced by philosophy that submitted it under tutelage. Sure to find the foundations of politics beyond its own realm, the Western tradition of philosophy replaced the reflection and the exercise of freedom, the true sense of politics according to Arendt, by a theory of government and domination that hides away the inherent frailty of the realm of human affairs. We intend to defend that Arendt’s political thinking has its basic and necessary requirement in the recognition of the constitutive frailty of politics, without this incurring in any paradox. Therefore, we follow the trail of this frailty across a selected set of the author's texts and argue that her reflection enters in the postfoundational field. As a corollary, we suggest that, despite her own testimony, Hannah Arendt wrote a work of political philosophy, an alternative one to the great tradition, that we may call philosophy of frailty.
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Compreensão e política em Hannah ArendtMonti, Gil Moraes January 2017 (has links)
O mote deste trabalho se constrói a partir da noção de compreensão (understanding) em Hannah Arendt, que é trazida para o primeiro plano dos seus escritos. Esta noção não aparece de forma evidente em seus escritos, mas manifesta-se como uma linha guia que conduz seus pensamentos. Dar evidencia a tal termo não tem como razão apresentar um conceito, mas busca revelar uma atividade que se manifesta enquanto um gesto filosófico que busca dotar o mundo de sentido. A compreensão é tematizada frente ao totalitarismo, um fenômeno que rompeu com as categorias políticas de seu tempo, é a partir dele que a compreensão busca reconciliar pensamento e realidade, revelando assim o cerne do pensamento político de Arendt. No primeiro capítulo é demostrado como a compreensão se manifesta como uma forma própria de narrar os acontecimentos, e é a partir dela que busco criar uma ponte entre pensamento e realidade, retomando uma forma de filosofar que deriva de nossas experiências de mundo, e remonta um debate o qual Arendt se insere entre filosofia e política. No segundo capítulo esta perspectiva é posta frente à realidade do totalitarismo e contrastada a sua sistemática, como um fenômeno que esvazia o espaço público e destitui os indivíduos da capacidade de se reconectar com um mundo vazio de sentido. A compreensão também é contrastada com Eichmann, revelando assim essa dupla face do totalitarismo, que ao eliminar os espaços de interação, também elimina a capacidade do indivíduo exercer sua singularidade em meio à pluralidade. Este exame busca evidenciar a relevância de tal noção dentro dos escritos de Arendt revelando uma postura política que deriva de um significado gerado no mundo, mas também destacá-la como uma postura política pertinente frente a demandas políticas da modernidade. / The motto of this work is built on the notion of understanding, which is brought by Hannah Arendt to the forefront of her writings. This notion does not appear clearly in her writings, but manifests itself as a guiding line leading her thoughts. The reason for giving evidence to such a term is not to present a concept, but to reveal an activity that manifests itself as a philosophical gesture, which seeks to provide meaning to the world. Understanding is thematized in view of totalitarianism, a phenomenon that broke through political categories of its time. It is from it that understanding seeks to reconcile thought and reality, thus revealing the core of Arendt's political thinking. In the first chapter it is shown how understanding manifests itself as a proper way of narrating events, and it is based on this idea that I seek to create a bridge between thought and reality, retaking a form of philosophizing that derives from our experiences of the world, going back to a debate in which Arendt is in between philosophy and politics. In the second chapter this perspective is confronted with the reality of totalitarianism and contrasts its systematics as a phenomenon that empties public space and deprives individuals of the capacity to reconnect with a world that is empty of meaning. Understanding is also contrasted with Eichmann, thus revealing this double aspect of totalitarianism, which by eliminating spaces of interaction, also eliminates the individual's ability to exert his singularity amidst plurality. This examination seeks to highlight the relevance of such a notion within Arendt's writings by revealing a political stance derived from a meaning generated in the world, but also to highlight it as a pertinent political stance in the face of the political demands of modernity.
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Nos limites da política : um estudo dos conceitos Action e Work em Hannah ArendtKasper, Rafael Lembert January 2013 (has links)
Resumo não disponível
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Fronteiras da narrativa : ficção, história, testemunhoRodrigues, Maria Madalena 08 1900 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Programa de Pós-Graduação em Teoria Literária, 2006 / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2013-05-28T10:16:34Z
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2006_MariaMadalenaRodrigues.pdf: 1649901 bytes, checksum: e953c907fa0211b097dcb431ee872e04 (MD5) / Esta tese contém a análise do romance O leitor, de Bernhard Schlink, com o qual são confrontadas outras duas narrativas: Eichmann em Jerusalém, de Hannah Arendt e É isto um homem?, de Primo Levi, todas relacionadas à Shoah. Categorias da análise narratológica são empregadas no diálogo entre as obras, permitindo ampliar a compreensão da narrativa ficcional em suas fronteiras com a narrativa histórica e de testemunho. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This dissertation aims at analysing the novel The reader, by the German writer, Bernhard Schlink, in a comparative approach with two other narratives: Eichmann in Jerusalem, by Hannah Arendt, and Survival in Auschwitz (Se questo è un uomo), by Primo Levi. All three narratives are concerned with the Shoah. Categories from narratology are employed to enable the dialogue among the novel and the two other works, thus allowing a further understanding of fiction in its boundaries with history and testimony
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A inclusão política e a salvaguarda de direitos humanos de pessoas presas no Brasil / The political inclusion and the human rights safeguard of imprisoned persons in BrazilDias, Anna Caroline Queiroz 09 November 2018 (has links)
Submitted by Liliane Ferreira (ljuvencia30@gmail.com) on 2018-12-04T14:50:44Z
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Previous issue date: 2018-11-09 / The present study seeks to understand why the human rights of prisoners in Brazil are not
fulfilled even in the face of extensive domestic legislation and international oversight of
bodies such as the Inter-American Court of Human Rights. The hypothesis raised in the
study is that one of the reasons justifying the numerous attacks on specific rights of
people imprisoned in Brazil is in the fact that these people, in committing their crimes and
being imprisoned, have their character of belonging in the original political community
denied. In order to understand these processes, a historical retrospective of the
sedimentation of the prison sentence was carried out in the period of Western modernity,
and it was found that this penalty served not only to attend to liberal discourses of
humanity, but also to a utilitarian discipline of bodies for a new society supported by
values of the bourgeoisie that required an economy of punitive power. The discourse that
the prison sentence from then on removed only the right of "freedom", dialogues with the
liberal political philosophy in vogue in the eighteenth century. However, not only the
withdrawal of individual liberty was in check in prison, but also political freedom. The
effects of this suppression of political freedom in correspondence with the decadence of
the individual as a citizen sustained by contractualist theories, for which the criminal
would be a traitor or enemy, generated effects of exclusion that transcend the punitive
segregation of prison bars. To analyze this, an Arendtian re-interpretation was proposed
to understand how the human condition of action, dialogue and plurality is obstructed in
the prison context and how the internal expulsion of the political community itself
corresponds to the expulsion of humanity itself, leaving the person in prison in a state of
abstract nudity. Finally, considering the Arendtian concept that there is no human life
when it cannot be lived among men, a brief reflection was proposed in Putnam on the
mitigation of the effects of political exclusion through associativism and fomenting a
virtuous circle that can instill cooperation and mutual trust between prisoners and nonprisoners
and between society at large. / O presente estudo busca compreender a razão pela qual direitos humanos de pessoas
presas no Brasil não são efetivados mesmo diante de uma extensa legislação interna e
vigilância internacional de órgãos como a Corte Interamericana de Direitos Humanos. A
hipótese levantada no estudo é de que uma das razões justificadoras dos inúmeros
ataques a direitos específicos de pessoas presas no Brasil está no fato de que estas
pessoas, ao cometerem seus delitos e serem aprisionadas, tem sua qualidade de
pertencimento na comunidade política originária negada. Para entender este processo foi
realizada uma retrospectiva histórica da sedimentação da pena de prisão no período da
modernidade ocidental e ali se constatou que esta pena serviria não só para atender
discursos liberais de humanidade, como também de disciplina utilitarista de corpos para
uma nova sociedade sustentada pelos valores da burguesia que requeria uma economia
do poder punitivo. O discurso de que a pena de prisão a partir de então retirava apenas o
direito de “liberdade”, dialoga com a filosofia política liberal em voga no século XVIII. No
entanto, não apenas a retirada da liberdade individual se via em xeque na prisão, mas
também a liberdade política. Os efeitos desta supressão da liberdade política em
correspondência à decadência do indivíduo em sua qualidade de cidadão, sustentada por
teorias contratualistas, para as quais o criminoso seria um traidor ou inimigo, gerou
efeitos de exclusão que transcendem a segregação punitiva das grades das prisões.
Para analisar isto foi proposta uma releitura arendtiana para se compreender como a
condição humana da ação, do diálogo e da pluralidade é obstruída no contexto prisional
e como a expulsão interna da própria comunidade política corresponde à própria
expulsão da humanidade, deixando a pessoa presa na condição de abstrata nudez. Por
fim, considerando o conceito arendtiano de que não há vida humana quando esta não
pode ser vivida entre os homens, propôs-se uma breve reflexão em Putnam sobre a
mitigação dos efeitos da exclusão política através de associativismos e fomento de
círculo virtuoso que possa incutir a cooperação e a confiança recíproca entre os cidadãos
presos e não presos, e entre a sociedade em geral.
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Nos limites da política : um estudo dos conceitos Action e Work em Hannah ArendtKasper, Rafael Lembert January 2013 (has links)
Resumo não disponível
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Alessandro Passerin d'Entreves e Hannah Arendt = a política e a violência / Alessandro Passerin d'Entreves e Hannah Arendt : the politics and violencedBasali, Rogério Alessandro de Mello 17 August 2018 (has links)
Orientador: Fausto Castilho / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências / Made available in DSpace on 2018-08-17T04:11:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2010 / Resumo: Este trabalho se propõe a apresentar um conjunto de elementos da doutrina do Estado presentes na obra de Alessandro Passerin D'Entreves (1902-1985), a partir de uma perspectiva que venha justificar sua aproximação com o pensamento de Hannah Arendt (1906-1975), visando modos de compreensão de conceitos e categorias políticos como fatos distintos de fenômenos da violência. A maneira como D'Entreves enuncia sua noção de Estado, compreendido como a tríplice articulação das categorias de força, poder e autoridade, resultado de um trabalho singular de análise e interpretação da tradição do pensamento político ocidental, foi indicada por Hannah Arendt como a única teoria política que corroborava sua própria distinção entre poder e violência. Pesquisaremos na obra desses autores parte das referências à tradição do pensamento, buscando resgatar em seus textos essa distinção e as possibilidades para pensar a política contra a violência. Concluímos que, apesar de trabalharem com experiências e análises diversas, os autores fundamentam uma perspectiva comum, que permite o entendimento da política como um fenômeno distinto da violência e vinculado à liberdade, ainda que, no pensamento de cada um desses autores, a noção e a fundamentação da liberdade sejam conceituadas distintamente / Abstract: This work proposes the apresentation of a group of elements from de "State doutrine" presented at Passerin D'Entreves (1902-1985) work, from perspectives that are able to justifie his proximity to Hannah Arendt (1906-1975), aiming to find ways of comprehension of political concepts and categories as distinct facts or phenomenons of violence. The way how D'Entreves enunciates his notion of State, comprehended as the triple articulation of the strength, power and authority, result of a singular work of analisis and interpretation of the tradition of the occidental political thought, was indicated by Hannah Arendt as the only political theory that corroborate her own distinction between power and violence. We are going to research among these authors' work part of the references of traditional thought, seeking to rescue at theirs texts this distinction and the possibilities to think the politics against violence. We conclude that, although working with various experiments and analysis, the authors establish a common perspective that allows the understanding of politics as a distinct phenomenon of violence and linked to freedom, even in the minds of each of these authors, the notion and grounds of liberty are distinctly conceptualized / Doutorado / Filosofia Politica / Doutor em Filosofia
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Categorias de Validade Exemplar : sobre a distinção entre político e social em Hannah Arendt / Categories of exemplary validity : on the distinction between political and social in Hannah ArendtBodziak Junior, Paulo Eduardo, 1986- 06 December 2013 (has links)
Orientador: Yara Adario Frateschi / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-22T23:40:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: Hannah Arendt trouxe uma nova perspectiva de formulação e de compreensão dos problemas políticos contemporâneos. Se, por um lado, foi capaz de evidenciar a insuficiência teórica do século XX diante do ineditismo dos eventos políticos, tendo que elaborar novas estratégias teóricas capazes de responder ao desafio de pensar a política no seu tempo; por outro lado, tal tarefa não pôde ser realizada sem que tais novidades fossem duramente criticadas por seus contemporâneos antes ou após sua morte em 1975. Neste trabalho, veremos que estas críticas se desenvolvem a partir de dois aspectos: da má compreensão das novidades teóricas elaboradas por Arendt e do tratamento dado pela autora à articulação entre social e político. Como resposta ao primeiro aspecto buscaremos construir a noção de "Categorias de Validade Exemplar", termo que tenta reunir as influências importantes de Kant, Benjamin e Sócrates ao pensamento arendtiano. Segundo, notaremos como as categorias políticas de Hannah Arendt podem ser pensadas em um cenário de efetivação da organização moderna da esfera de aparências, isto é, a sociedade. Sustentaremos que a autora acerta ao apontar para a funcionalização da política pela economia, embora seja necessário reinterpretar aspectos teóricos que a conduzem à citada conclusão para nos permitir pensar a política a partir de conflitos sociais / Abstract: Hannah Arendt brought a new perspective to the formulation and understanding of contemporary political problems. If, on the one hand, she was able to show the theoretical inadequacy of the twentieth century in front of unprecedented political events, having to develop new theoretical strategies capable of meeting the challenge of thinking about politics in her time, on the other, such a task could not be performed without such novelties were harshly criticized by his contemporaries before or after his death in 1975. In this work, we will see that these criticisms are developed from two aspects: the poor understanding of theoretical novelties prepared by Arendt and the treatment given by the author to the relationship between social and political. In response to the first aspect we will seek to build the notion of "Categories of Validity Exemplary", a term that attempts to bring together the important influences of Kant, Benjamin and Socrates to Arendt thought. Second, we will note how the political categories of Hannah Arendt can be thought of in a scenario of realization of the modern organization of sphere of appearances, that is, the society. I shall argue that the author hits the point to the functionalization of the political by economy, although it is necessary to reinterpret theoretical aspects that leads it to the above conclusion to enable us to think politics from social conflicts / Mestrado / Filosofia / Mestre em Filosofia
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Les formes du politique. Ethnographie d’une communauté coopérative du Mouvement des travailleurs ruraux sans-terre (MST) du BrésilFurukawa Marques, Dan 25 April 2018 (has links)
Depuis la fin des années 1980, les Coopératives de production agricole (CPA) du Mouvement des travailleurs ruraux sans-terre (MST) au Brésil symbolisent, selon celui-ci, une « forme supérieure de coopération ». Pour le MST, la Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopérative de production agricole Nova Santa Rita, COOPAN) représente un modèle de réussite socio-économique d’une coopérative entièrement gérée selon le modèle du « travail collectif » : une communauté stable, rentable économiquement, respectant les principes environnementaux de l’agroécologie et où le travail et la vie quotidienne sont organisés de manière collective et démocratique. Une enquête de terrain attentive révèle, cependant, les soubassements conflictuels de la construction d’une communauté démocratique. Dans ce que nous appelons une « dialectique du conflit », les acteurs sociaux du MST doivent constamment équilibrer le rapport fragile et mouvant entre l’individuel et le collectif, l’horizontalité et la verticalité, l’économique et le politique. Appuyée sur une enquête de terrain s’étalant sur cinq ans et inspirée d’un cadre théorique construit principalement à partir de la phénoménologie politique de Maurice Merleau-Ponty et complété par les pensées de Claude Lefort et d’Hannah Arendt, cette thèse propose la phénoménologie politique comme méthode ethnographique. Nous examinons ainsi la construction de la communauté COOPAN en tentant de comprendre l’institution politique d’une communauté et de ses sujets. Les trente et une familles qui composent COOPAN font la route ensemble depuis presque trois décennies. Nous avons reconstitué cette trajectoire de vie et son fonctionnement actuel dans le but de saisir les différentes formes d’apparition et de transformation du politique ou, autrement dit, les manières par lesquelles se construisent les liens sociaux, les sentiments d’appartenance, les pratiques et les normes à partir desquels se déploie une communauté politique et ses sujets, toujours en mouvement. En d’autres mots, le but est de saisir comment les expériences politiques des sujets participent à instituer un ordre social autour d’un projet politique commun, en construction permanente.
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Nos limites da política : um estudo dos conceitos Action e Work em Hannah ArendtKasper, Rafael Lembert January 2013 (has links)
Resumo não disponível
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