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Administração de canabinóides no sistema nervoso central facilita a extinção de memórias aversivas em ratos

Bitencourt, Rafael Mariano de January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia. / Made available in DSpace on 2012-10-24T02:19:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 250543.pdf: 2446379 bytes, checksum: 59873c412bb4809551a68f17adbea7a1 (MD5) / Recentemente, estudos têm demonstrado a capacidade do sistema endocanabinóide (eCB) em modular estados emocionais e a extinção de memórias aversivas em animais. Em um estudo pioneiro foi demonstrada a liberação de eCB no cérebro de camundongos durante a extinção do condicionamento aversivo (CA), destacando a influência que manipulações farmacológicas do sistema eCB poderiam exercer sobre as memórias aversivas. Sendo assim, o aumento da transmissão eCB, por inibição da sua recaptação e/ou metabolismo, parece ser uma alternativa farmacológica bastante interessante. Além do mais, acredita-se que o canabidiol (CBD), um fitocanabinóide não-psicotomimético, possa agir inibindo a recaptação e degradação de anandamida, aumentando seus níveis endógenos em áreas específicas do cérebro. Portanto, o objetivo deste trabalho foi comparar os efeitos da administração intracerebroventricular (i.c.v.) de AM 404, um inibidor da recaptação de anandamida, e CBD, na extinção do CA. Ratos Wistar machos adultos foram condicionados e 24 h após o condicionamento foram injetados i.c.v. com AM404 (0,2; 1,0; 2,0 g/ l) ou CBD (0,2; 1,0; 2,0 g/ l) e submetidos a três sessões de extinção. Cada sessão constituiu de uma exposição de 9 min à gaiola de condicionamento (total de 3 exposições com intervalo de 24 h). Um teste adicional de 3 min, na ausência de drogas, foi realizado 24 h após a última sessão de extinção no intuito de verificar a persistência de um possível efeito das drogas sobre a extinção do CA. A administração i.c.v. de AM404 (1,0 µg/µl) e CBD (2,0 µg/µl) facilitou a extinção do CA contextual, sendo que estes efeitos prevaleceram mesmo nos testes sem droga realizados após a última sessão de extinção. Estes efeitos foram revertidos pela administração prévia do antagonista dos receptores CB1, SR141716A (0.2 mg/kg, i.p.), mas não pelo antagonista dos receptores VR1, capsazepina (CPZ) (5,0 µg/µl, i.c.v.), sugerindo então o envolvimento dos receptores canabinóides CB1 nos efeitos facilitatórios destas drogas sobre a extinção do CA contextual. Efeitos do tipo ansiolítico não parecem ter contribuído de forma direta para os efeitos facilitatórios do AM404 e do CBD sobre a extinção do CA contextual, visto a ausência de efeitos nos animais "naïve" expostos ao LCE, porém, podem ter contribuído de uma forma indireta, como sugerida pelos efeitos anti-ansiogênicos destas drogas observados no teste do LCE potencializado pelo medo. Visto que o CBD e AM404 podem estar interferindo com a recaptação de eCB, este trabalho sugere que o aumento dos níveis de endocanabinóides por inibidores da recaptação pode constituir uma estratégia original para o tratamento de transtornos emocionais relacionados à recordação de eventos traumáticos.
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Estudo do sistema endocanabinóide empregando o agonista CP55,940 no hipocampo : efeitos sobre a consolidação e a evocação do condicionamento aversivo ao contexto e sobre a potenciação de longa direção

Santos, Fabiana Santana dos January 2011 (has links)
Sabe-se que o sistema canabinóide endógeno está envolvido com os processos de formação e evocação da memória. Agonistas dos receptores CB1 exibem diferentes efeitos conforme a via de infusão, seja ela sistêmica, seja local, atingindo estruturas específicas do encéfalo. Neste estudo pretendemos estabelecer o perfil farmacológico-comportamental e eletrofisiológico do agonista CP55,940 quando administrado no hipocampo dorsal de ratos, estrutura em que há poucos estudos prévios com este fármaco: diferente de outros agonistas como a WIN55,212 e mesmo a pouco seletiva anandamida, o CP55,940 restringe-se a receptores canabinóides e chega a ser mais potente que o Δ9-THC, embora não discrimine entre os receptores CB1 (central) e CB2 (periférico). Os fármacos foram infundidos bilateralmente, em diferentes concentrações, na área CA1 do hipocampo, imediatamente após o treino ou antes do teste na tarefa de Condicionamento Aversivo ao Contexto (CAC), visando estudar seus efeitos, respectivamente, na consolidação e na evocação da memória. A CP55,940 pós-treino foi amnéstica apenas na concentração de 5 μg/μl, e esse efeito foi revertido pelo antagonista AM251, seletivo para CB1, em concentração sem efeito próprio, comprovando tal efeito dever-se à ação sobre os receptores CB1. O mesmo efeito foi observado 24h após o treino, na infusão pré-teste, se bem que agora a CP55,940 foi efetiva também em concentrações mais baixas, sugerindo que os receptores desse sistema endógeno tenham ficado mais sensíveis a seus ligantes em função do aprendizado; a seletividade por CB1 neste caso, porém, não ficou claramente atestada pois o efeito de 5 μg/μl de CP55,940 só foi revertido com uma concentração maior de AM251. Na eletrofisiologia, uma concentração de CP55,940 comparável à efetiva sobre a CAC (10μM), não foi capaz de inibir a indução da LTP, já que a potenciação só se sustentou por cerca de 30min – não passou de uma LTP. Esses resultados reforçam e diversificam estudos anteriores, inclusive de nosso grupo, que comprovam a participação dos receptores CB1 na formação e/ou evocação de novas memórias aversivas, bem como possíveis alterações plásticas na densidade desses receptores em função da experiência cognitiva, embora não necessariamente mediadas por eventos sinápticos plásticos como a LTP. / The endogenous cannabiboid system is known to be involved memory formation and retrieval processes. CB1 agonists may cause different effects according to the administration pathway, be it systemic or local/intrastructure. Here we try to establish the behavioral-pharmacologic and electrophysiologic profile of the agonist CP55,940 infused into the rat dorsal hippocampus, a structure less studied with this drug: different from other agonists such as WIN55,212 or even the poorly selective anandamida, CP55,940 sticks only to cannabinoid receptors and is more potent than Δ9-THC, but does not distinguish between central CB1 and peripherical CB2 receptors. The drug was infused bilaterally in different concentrations into the CA1 area of the hippocampus, right after training or pre-test in the Context Fear Conditioning (CFC) task, in order to study its effects upon memory consolidation and retrieval, respectively. Post-training CP55,940 was amnestic only at 5 μg/μl, and the CB1-selective antagonist AM251 reverted this effect in a concentration without action per se, which proves that the original effect is mediated by CB1 receptors. The same amnestic effect was observed 24h after training, in the pretest infusion, only that now CP55,940 was affective also with lower concentrations, suggesting that these receptors are now more sensitive to its endogenous ligands due to learning; CB1-selectivity, however, is not clearly proven here since 5 μg/μl of CP55,940 was reverted only by a higher concentration of AM251. In electrophysiology, a concentration of CP55,940 compatible with that found effective upon CFC (10μM), was not able to block LTP induction, since the potentiation was not sustained for more than 30min – it was only a STP. These results teinforce and diversify previous findings, including some from our own lab, that prove the involvement of CB1 receptors in memory consolidation and/or recall, as well as possible plastic changes in receptor density due to the cognitive experience, despite not necessarily mediated by plastic synaptic events such as LTP.
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Natação de alta intensidade reduz nocicepção somática induzida por glutamato pela ativação de receptores acoplados a proteína G / inibição da proteína cinase A

Aline Siteneski January 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-11-30T14:54:37Z (GMT). No. of bitstreams: 2 111846_Aline.pdf: 1636563 bytes, checksum: e2c62638d6b11fb08a152914d2c00176 (MD5) license.txt: 214 bytes, checksum: a5b8d016460874115603ed481bad9c47 (MD5) Previous issue date: 2015
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Estudo do sistema endocanabinóide empregando o agonista CP55,940 no hipocampo : efeitos sobre a consolidação e a evocação do condicionamento aversivo ao contexto e sobre a potenciação de longa direção

Santos, Fabiana Santana dos January 2011 (has links)
Sabe-se que o sistema canabinóide endógeno está envolvido com os processos de formação e evocação da memória. Agonistas dos receptores CB1 exibem diferentes efeitos conforme a via de infusão, seja ela sistêmica, seja local, atingindo estruturas específicas do encéfalo. Neste estudo pretendemos estabelecer o perfil farmacológico-comportamental e eletrofisiológico do agonista CP55,940 quando administrado no hipocampo dorsal de ratos, estrutura em que há poucos estudos prévios com este fármaco: diferente de outros agonistas como a WIN55,212 e mesmo a pouco seletiva anandamida, o CP55,940 restringe-se a receptores canabinóides e chega a ser mais potente que o Δ9-THC, embora não discrimine entre os receptores CB1 (central) e CB2 (periférico). Os fármacos foram infundidos bilateralmente, em diferentes concentrações, na área CA1 do hipocampo, imediatamente após o treino ou antes do teste na tarefa de Condicionamento Aversivo ao Contexto (CAC), visando estudar seus efeitos, respectivamente, na consolidação e na evocação da memória. A CP55,940 pós-treino foi amnéstica apenas na concentração de 5 μg/μl, e esse efeito foi revertido pelo antagonista AM251, seletivo para CB1, em concentração sem efeito próprio, comprovando tal efeito dever-se à ação sobre os receptores CB1. O mesmo efeito foi observado 24h após o treino, na infusão pré-teste, se bem que agora a CP55,940 foi efetiva também em concentrações mais baixas, sugerindo que os receptores desse sistema endógeno tenham ficado mais sensíveis a seus ligantes em função do aprendizado; a seletividade por CB1 neste caso, porém, não ficou claramente atestada pois o efeito de 5 μg/μl de CP55,940 só foi revertido com uma concentração maior de AM251. Na eletrofisiologia, uma concentração de CP55,940 comparável à efetiva sobre a CAC (10μM), não foi capaz de inibir a indução da LTP, já que a potenciação só se sustentou por cerca de 30min – não passou de uma LTP. Esses resultados reforçam e diversificam estudos anteriores, inclusive de nosso grupo, que comprovam a participação dos receptores CB1 na formação e/ou evocação de novas memórias aversivas, bem como possíveis alterações plásticas na densidade desses receptores em função da experiência cognitiva, embora não necessariamente mediadas por eventos sinápticos plásticos como a LTP. / The endogenous cannabiboid system is known to be involved memory formation and retrieval processes. CB1 agonists may cause different effects according to the administration pathway, be it systemic or local/intrastructure. Here we try to establish the behavioral-pharmacologic and electrophysiologic profile of the agonist CP55,940 infused into the rat dorsal hippocampus, a structure less studied with this drug: different from other agonists such as WIN55,212 or even the poorly selective anandamida, CP55,940 sticks only to cannabinoid receptors and is more potent than Δ9-THC, but does not distinguish between central CB1 and peripherical CB2 receptors. The drug was infused bilaterally in different concentrations into the CA1 area of the hippocampus, right after training or pre-test in the Context Fear Conditioning (CFC) task, in order to study its effects upon memory consolidation and retrieval, respectively. Post-training CP55,940 was amnestic only at 5 μg/μl, and the CB1-selective antagonist AM251 reverted this effect in a concentration without action per se, which proves that the original effect is mediated by CB1 receptors. The same amnestic effect was observed 24h after training, in the pretest infusion, only that now CP55,940 was affective also with lower concentrations, suggesting that these receptors are now more sensitive to its endogenous ligands due to learning; CB1-selectivity, however, is not clearly proven here since 5 μg/μl of CP55,940 was reverted only by a higher concentration of AM251. In electrophysiology, a concentration of CP55,940 compatible with that found effective upon CFC (10μM), was not able to block LTP induction, since the potentiation was not sustained for more than 30min – it was only a STP. These results teinforce and diversify previous findings, including some from our own lab, that prove the involvement of CB1 receptors in memory consolidation and/or recall, as well as possible plastic changes in receptor density due to the cognitive experience, despite not necessarily mediated by plastic synaptic events such as LTP.
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Estudo do sistema endocanabinóide empregando o agonista CP55,940 no hipocampo : efeitos sobre a consolidação e a evocação do condicionamento aversivo ao contexto e sobre a potenciação de longa direção

Santos, Fabiana Santana dos January 2011 (has links)
Sabe-se que o sistema canabinóide endógeno está envolvido com os processos de formação e evocação da memória. Agonistas dos receptores CB1 exibem diferentes efeitos conforme a via de infusão, seja ela sistêmica, seja local, atingindo estruturas específicas do encéfalo. Neste estudo pretendemos estabelecer o perfil farmacológico-comportamental e eletrofisiológico do agonista CP55,940 quando administrado no hipocampo dorsal de ratos, estrutura em que há poucos estudos prévios com este fármaco: diferente de outros agonistas como a WIN55,212 e mesmo a pouco seletiva anandamida, o CP55,940 restringe-se a receptores canabinóides e chega a ser mais potente que o Δ9-THC, embora não discrimine entre os receptores CB1 (central) e CB2 (periférico). Os fármacos foram infundidos bilateralmente, em diferentes concentrações, na área CA1 do hipocampo, imediatamente após o treino ou antes do teste na tarefa de Condicionamento Aversivo ao Contexto (CAC), visando estudar seus efeitos, respectivamente, na consolidação e na evocação da memória. A CP55,940 pós-treino foi amnéstica apenas na concentração de 5 μg/μl, e esse efeito foi revertido pelo antagonista AM251, seletivo para CB1, em concentração sem efeito próprio, comprovando tal efeito dever-se à ação sobre os receptores CB1. O mesmo efeito foi observado 24h após o treino, na infusão pré-teste, se bem que agora a CP55,940 foi efetiva também em concentrações mais baixas, sugerindo que os receptores desse sistema endógeno tenham ficado mais sensíveis a seus ligantes em função do aprendizado; a seletividade por CB1 neste caso, porém, não ficou claramente atestada pois o efeito de 5 μg/μl de CP55,940 só foi revertido com uma concentração maior de AM251. Na eletrofisiologia, uma concentração de CP55,940 comparável à efetiva sobre a CAC (10μM), não foi capaz de inibir a indução da LTP, já que a potenciação só se sustentou por cerca de 30min – não passou de uma LTP. Esses resultados reforçam e diversificam estudos anteriores, inclusive de nosso grupo, que comprovam a participação dos receptores CB1 na formação e/ou evocação de novas memórias aversivas, bem como possíveis alterações plásticas na densidade desses receptores em função da experiência cognitiva, embora não necessariamente mediadas por eventos sinápticos plásticos como a LTP. / The endogenous cannabiboid system is known to be involved memory formation and retrieval processes. CB1 agonists may cause different effects according to the administration pathway, be it systemic or local/intrastructure. Here we try to establish the behavioral-pharmacologic and electrophysiologic profile of the agonist CP55,940 infused into the rat dorsal hippocampus, a structure less studied with this drug: different from other agonists such as WIN55,212 or even the poorly selective anandamida, CP55,940 sticks only to cannabinoid receptors and is more potent than Δ9-THC, but does not distinguish between central CB1 and peripherical CB2 receptors. The drug was infused bilaterally in different concentrations into the CA1 area of the hippocampus, right after training or pre-test in the Context Fear Conditioning (CFC) task, in order to study its effects upon memory consolidation and retrieval, respectively. Post-training CP55,940 was amnestic only at 5 μg/μl, and the CB1-selective antagonist AM251 reverted this effect in a concentration without action per se, which proves that the original effect is mediated by CB1 receptors. The same amnestic effect was observed 24h after training, in the pretest infusion, only that now CP55,940 was affective also with lower concentrations, suggesting that these receptors are now more sensitive to its endogenous ligands due to learning; CB1-selectivity, however, is not clearly proven here since 5 μg/μl of CP55,940 was reverted only by a higher concentration of AM251. In electrophysiology, a concentration of CP55,940 compatible with that found effective upon CFC (10μM), was not able to block LTP induction, since the potentiation was not sustained for more than 30min – it was only a STP. These results teinforce and diversify previous findings, including some from our own lab, that prove the involvement of CB1 receptors in memory consolidation and/or recall, as well as possible plastic changes in receptor density due to the cognitive experience, despite not necessarily mediated by plastic synaptic events such as LTP.
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Comparação dos efeitos farmacológicos do canabidiol e seu análogo sintético HU-474 / Comparative study of pharmacological effects of cannabidiol and its synthetic analog HU-474

Nicole Rodrigues da Silva 27 January 2016 (has links)
Vários estudos indicam que o canabidiol (CBD) apresenta grande potencial terapêutico por possuir propriedades anti-inflamatória, analgésica, anticonvulsivante, anticompulsiva, entre outras. No entanto, o CBD apresenta baixa biodisponibilidade, o que pode comprometer seu uso clínico. Além disso, os múltiplos efeitos farmacológicos do CBD ocorrem por diferentes mecanismos. Nesse sentido, o desenvolvimento de compostos com efeitos semelhantes ao CBD, porém mais potentes e/ou com melhor perfil farmacocinético, seria importante. Assim, no presente estudo, nós avaliamos os efeitos induzidos por um derivado fluorado do CBD, o HU-474, comparando-os com aqueles induzidos pelo CBD. Para isso, camundongos suíços machos foram submetidos a modelos animais sensíveis a drogas anticompulsivas (teste de enterrar esferas) e antinociceptivas (teste da placa quente, contorção abdominal e hiperalgesia inflamatória). Para o estudo dos mecanismos envolvidos nos efeitos destes compostos, foram utilizados os antagonistas dos receptores canabinóides CB1, AM251, e CB2, AM630. Adicionalmente, nós avaliamos se o HU-474 induziria os efeitos clássicos (tétrade canabinóide) observados após a administração de agonistas dos receptores CB1 como hipolocomoção, hipotermia, catalepsia e antinocicepção. Os possíveis efeitos antinociceptivos e da tétrade canabinóide induzidos pelo CBD e HU-474 foram comparados com os efeitos induzidos pelo WIN55,212-2, uma agonista dos receptores CB1/2. Foi observado que o CBD (30 e 60mg/kg) e o HU-474 (10mg/kg) induziram uma diminuição no número de esferas enterradas, efeito comparado ao da fluoxetina e atenuado pelos antagonistas AM251 e AM630. Como esperado, o WIN55,212-2 induziu a tétrade canabinóide, um efeito não observado com o CBD e HU-474. No teste da placa quente o HU-474 (30 mg/kg) e WIN55,212-2 (5mg/kg) induziram efeito antinociceptivo. O pré- tratamento com AM251 e AM630 atenuaram os efeitos do HU-474 e WIN55,212-2. No teste de contorção abdominal induzida pelo ácido acético, o CBD (30 e 90 mg/kg), HU-474 (30mg/kg) e WIN55,212-2 (3 e 5mg/kg) induziram efeito antinociceptivo caracterizado pela redução no número de contorções abdominais. O pré-tratamento com AM251 atenuou o efeito apenas do WIN55,212-2, mas não dos outros compostos. Já o antagonista AM630 não foi capaz de atenuar o efeito de nenhum dos compostos testados. No modelo de hiperalgesia inflamatória induzida por carragenina, o CBD (30 e 90mg/kg), HU-474 (3, 10 e 30mg/kg) e WIN55,212-2 (1mg/kg) foram capazes de diminuir a intensidade de hiperalgesia mecânica, avaliada pelo método de von Frey. Sendo que os efeitos do WIN55,212-2, CBD e HU-474 foram atenuados pelo pré-tratamento com AM251 e AM630. Estes resultados indicam que o HU-474 induz efeitos anticompulsivos semelhantes ao CBD, mas em doses mais baixas, através de mecanismo dependente da ativação dos receptores CB1 e CB2. Além disso, o HU-474 apresentou propriedades antinociceptivas em todos os testes utilizados, em doses semelhantes ou menores que o CBD. Os efeitos antinociceptivos dos três compostos testados foram dependentes da ativação de receptores CB1 e CB2, com exceção do teste de contorção abdominal, onde os efeitos do CBD e HU-474 não foram bloqueados por nenhum dos dois antagonistas testados. Diferente do WIN55,212-2, o CBD e HU-474 não induziram tétrade canabinóide. Esses resultados evidenciaram efeitos mais significativos do HU-474, indicando que a adição de um átomo de flúor a molécula de CBD foi capaz de melhorar o seu perfil farmacológico. Além disso, os resultados com o pré-tratamento com os antagonistas AM251 e AM630 nos permitem sugerir um mecanismo misto, visto que há o envolvimento dos receptores CB1 e CB2. Desse modo, esse novo composto poderia ser uma alternativa terapêutica para o tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo, bem como dores agudas em doses menores que o CBD / Cannabidiol (CBD) has several therapeutic properties such as antiinflammatory, analgesic, anticonvulsivant and anticompulsive. These multiple pharmacological effects occur by different mechanisms. However, CBD exhibits low bioavailability, which may compromise its clinical use. Thus, the development of CBD analogues, more powerful and/or better pharmacokinetic profile would be interest. Here, we evaluated the effects of a fluorinated derivative of CBD, HU-474, comparing its effects with those induced by CBD. Male Swiss mice were submitted to animal models predictive to anti-compulsive (marble burying test) and antinociceptive drugs (hot plate, abdominal writhing and inflammatory hyperalgesia test). To study the mechanisms involved in their effects were used antagonist of the cannabinoid receptor CB1(AM251) and CB2 (AM630). We also evaluated whether HU-474 would induce the classic effects (cannabinoid tetrad) observed after the administration of CB1 receptors agonists. The cannabinoid tetrad is characterized by hypolocomotion, hypothermia, catalepsy, and antinociception. The possible antinociceptive effects and cannabinoid tetrad induced by CBD and HU-474 were compared with those induced by WIN55,212-2, a CB1/2 receptor agonist. CBD (30 and 60mg/kg), and HU-474 (10mg/kg) decreased the number of buried marble, an effect compared with fluoxetine an attenuated by AM251 and AM630. As expected, WIN55,212-2 induced the cannabinoid tetrad, an effect that was not observed after CBD or HU-474 administration. In the hot plate test, HU-474 (30mg/kg) and WIN55,212-2 (5mg/kg) induced antinociceptive effect. Pretreatment with AM251 and AM640 attenuated the effects induced by HU-474 and WIN55,212-2. In the abdominal writhing test induced by acetic acid, CBD (30 and 90mg/kg), HU-474 (30mg/kg) and WIN55,212-2 (3 and 5mg/kg) induced antinociceptive effects characterized by a reduction in the number of writhing. Pretreatment with AM251 only attenuated the effect of WIN55,212-2, but not of the other compounds, while AM630 didn\"t attenuated the effect of any of the tested compounds. In an inflammatory hyperalgesia model induced by carrageenan, CBD (30 and 90mg/kg), HU-474 (3, 10 and 30mg/kg) and WIN55,212-2 (1mg/kg) decreased the intensity of mechanical hyperalgesia measured by electronic von Frey method. The effects of all compounds were attenuated by the pretreatment with AM251 and AM630. These results indicate that HU-474 exhibits anti-compulsive effects similar to CBD, but at lower doses, through a mechanism dependent of the activation of CB1 and CB2 receptors. Furthermore, HU-474 showed antinociceptive properties in all tests at similar or lower doses than CBD. The antinociceptive effects of the three compounds tested were dependent on the activation of CB1 and CB2 receptors, excepted to the writhing test, where the effects of CBD and HU-474 were not attenuated by any of the two antagonists tested. Moreover, unlike WIN55,212-2, CBD and HU- 474 didn\'t induce cannabinoid tetrad. These results showed more significant effects of HU-474, indicating that the addition of fluoride improved the pharmacological profile of CBD. Furthermore, the results with pretreatment with the antagonist AM251 and AM630 allow us to suggest that these effects involve the activation of CB1 and CB2 receptors. Thus, this new compound could be a therapeutical alternative for the treatment of obsessive-compulsive disorder and acute pain in lower doses than CBD
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Comparação dos efeitos farmacológicos do canabidiol e seu análogo sintético HU-474 / Comparative study of pharmacological effects of cannabidiol and its synthetic analog HU-474

Silva, Nicole Rodrigues da 27 January 2016 (has links)
Vários estudos indicam que o canabidiol (CBD) apresenta grande potencial terapêutico por possuir propriedades anti-inflamatória, analgésica, anticonvulsivante, anticompulsiva, entre outras. No entanto, o CBD apresenta baixa biodisponibilidade, o que pode comprometer seu uso clínico. Além disso, os múltiplos efeitos farmacológicos do CBD ocorrem por diferentes mecanismos. Nesse sentido, o desenvolvimento de compostos com efeitos semelhantes ao CBD, porém mais potentes e/ou com melhor perfil farmacocinético, seria importante. Assim, no presente estudo, nós avaliamos os efeitos induzidos por um derivado fluorado do CBD, o HU-474, comparando-os com aqueles induzidos pelo CBD. Para isso, camundongos suíços machos foram submetidos a modelos animais sensíveis a drogas anticompulsivas (teste de enterrar esferas) e antinociceptivas (teste da placa quente, contorção abdominal e hiperalgesia inflamatória). Para o estudo dos mecanismos envolvidos nos efeitos destes compostos, foram utilizados os antagonistas dos receptores canabinóides CB1, AM251, e CB2, AM630. Adicionalmente, nós avaliamos se o HU-474 induziria os efeitos clássicos (tétrade canabinóide) observados após a administração de agonistas dos receptores CB1 como hipolocomoção, hipotermia, catalepsia e antinocicepção. Os possíveis efeitos antinociceptivos e da tétrade canabinóide induzidos pelo CBD e HU-474 foram comparados com os efeitos induzidos pelo WIN55,212-2, uma agonista dos receptores CB1/2. Foi observado que o CBD (30 e 60mg/kg) e o HU-474 (10mg/kg) induziram uma diminuição no número de esferas enterradas, efeito comparado ao da fluoxetina e atenuado pelos antagonistas AM251 e AM630. Como esperado, o WIN55,212-2 induziu a tétrade canabinóide, um efeito não observado com o CBD e HU-474. No teste da placa quente o HU-474 (30 mg/kg) e WIN55,212-2 (5mg/kg) induziram efeito antinociceptivo. O pré- tratamento com AM251 e AM630 atenuaram os efeitos do HU-474 e WIN55,212-2. No teste de contorção abdominal induzida pelo ácido acético, o CBD (30 e 90 mg/kg), HU-474 (30mg/kg) e WIN55,212-2 (3 e 5mg/kg) induziram efeito antinociceptivo caracterizado pela redução no número de contorções abdominais. O pré-tratamento com AM251 atenuou o efeito apenas do WIN55,212-2, mas não dos outros compostos. Já o antagonista AM630 não foi capaz de atenuar o efeito de nenhum dos compostos testados. No modelo de hiperalgesia inflamatória induzida por carragenina, o CBD (30 e 90mg/kg), HU-474 (3, 10 e 30mg/kg) e WIN55,212-2 (1mg/kg) foram capazes de diminuir a intensidade de hiperalgesia mecânica, avaliada pelo método de von Frey. Sendo que os efeitos do WIN55,212-2, CBD e HU-474 foram atenuados pelo pré-tratamento com AM251 e AM630. Estes resultados indicam que o HU-474 induz efeitos anticompulsivos semelhantes ao CBD, mas em doses mais baixas, através de mecanismo dependente da ativação dos receptores CB1 e CB2. Além disso, o HU-474 apresentou propriedades antinociceptivas em todos os testes utilizados, em doses semelhantes ou menores que o CBD. Os efeitos antinociceptivos dos três compostos testados foram dependentes da ativação de receptores CB1 e CB2, com exceção do teste de contorção abdominal, onde os efeitos do CBD e HU-474 não foram bloqueados por nenhum dos dois antagonistas testados. Diferente do WIN55,212-2, o CBD e HU-474 não induziram tétrade canabinóide. Esses resultados evidenciaram efeitos mais significativos do HU-474, indicando que a adição de um átomo de flúor a molécula de CBD foi capaz de melhorar o seu perfil farmacológico. Além disso, os resultados com o pré-tratamento com os antagonistas AM251 e AM630 nos permitem sugerir um mecanismo misto, visto que há o envolvimento dos receptores CB1 e CB2. Desse modo, esse novo composto poderia ser uma alternativa terapêutica para o tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo, bem como dores agudas em doses menores que o CBD / Cannabidiol (CBD) has several therapeutic properties such as antiinflammatory, analgesic, anticonvulsivant and anticompulsive. These multiple pharmacological effects occur by different mechanisms. However, CBD exhibits low bioavailability, which may compromise its clinical use. Thus, the development of CBD analogues, more powerful and/or better pharmacokinetic profile would be interest. Here, we evaluated the effects of a fluorinated derivative of CBD, HU-474, comparing its effects with those induced by CBD. Male Swiss mice were submitted to animal models predictive to anti-compulsive (marble burying test) and antinociceptive drugs (hot plate, abdominal writhing and inflammatory hyperalgesia test). To study the mechanisms involved in their effects were used antagonist of the cannabinoid receptor CB1(AM251) and CB2 (AM630). We also evaluated whether HU-474 would induce the classic effects (cannabinoid tetrad) observed after the administration of CB1 receptors agonists. The cannabinoid tetrad is characterized by hypolocomotion, hypothermia, catalepsy, and antinociception. The possible antinociceptive effects and cannabinoid tetrad induced by CBD and HU-474 were compared with those induced by WIN55,212-2, a CB1/2 receptor agonist. CBD (30 and 60mg/kg), and HU-474 (10mg/kg) decreased the number of buried marble, an effect compared with fluoxetine an attenuated by AM251 and AM630. As expected, WIN55,212-2 induced the cannabinoid tetrad, an effect that was not observed after CBD or HU-474 administration. In the hot plate test, HU-474 (30mg/kg) and WIN55,212-2 (5mg/kg) induced antinociceptive effect. Pretreatment with AM251 and AM640 attenuated the effects induced by HU-474 and WIN55,212-2. In the abdominal writhing test induced by acetic acid, CBD (30 and 90mg/kg), HU-474 (30mg/kg) and WIN55,212-2 (3 and 5mg/kg) induced antinociceptive effects characterized by a reduction in the number of writhing. Pretreatment with AM251 only attenuated the effect of WIN55,212-2, but not of the other compounds, while AM630 didn\"t attenuated the effect of any of the tested compounds. In an inflammatory hyperalgesia model induced by carrageenan, CBD (30 and 90mg/kg), HU-474 (3, 10 and 30mg/kg) and WIN55,212-2 (1mg/kg) decreased the intensity of mechanical hyperalgesia measured by electronic von Frey method. The effects of all compounds were attenuated by the pretreatment with AM251 and AM630. These results indicate that HU-474 exhibits anti-compulsive effects similar to CBD, but at lower doses, through a mechanism dependent of the activation of CB1 and CB2 receptors. Furthermore, HU-474 showed antinociceptive properties in all tests at similar or lower doses than CBD. The antinociceptive effects of the three compounds tested were dependent on the activation of CB1 and CB2 receptors, excepted to the writhing test, where the effects of CBD and HU-474 were not attenuated by any of the two antagonists tested. Moreover, unlike WIN55,212-2, CBD and HU- 474 didn\'t induce cannabinoid tetrad. These results showed more significant effects of HU-474, indicating that the addition of fluoride improved the pharmacological profile of CBD. Furthermore, the results with pretreatment with the antagonist AM251 and AM630 allow us to suggest that these effects involve the activation of CB1 and CB2 receptors. Thus, this new compound could be a therapeutical alternative for the treatment of obsessive-compulsive disorder and acute pain in lower doses than CBD
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Papel dos receptores da adenosina em um modelo animal do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade

Pandolfo, Pablo 25 October 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T10:11:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 285124.pdf: 7424773 bytes, checksum: 902b0f708c20e18eef5f3da249e41e4a (MD5) / O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é uma das doenças psiquiátricas mais prevalentes na infância, afetando aproximadamente 5% das crianças em idade escolar. O TDAH está caracterizado pelos sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, os quais parecem resultar de desequilíbrios dopaminérgicos nos circuitos do estriado (EST) e córtex pré-frontal (CPF). Além disso, a associação entre o TDAH e o abuso de drogas na adolescência e idade adulta está bem estabelecida. Notavelmente, a maconha (Cannabis sativa) é a droga ilícita mais usada em indivíduos com TDAH. O metilfenidato (MFD) é um psicoestimulante utilizado como tratamento de escolha no TDAH, podendo causar conseqüências duradouras no desenvolvimento neurobiológico e aumentar o risco para o abuso de drogas. Os ratos espontaneamente hipertensos (SHR) são considerados como um modelo genético adequado para o estudo do TDAH, uma vez que esta linhagem apresenta características comportamentais e neuroquímicas observadas no transtorno. Visto que as interações entre dopamina e adenosina no sistema nervoso central (SNC) têm sido amplamente estudadas, o objetivo do presente estudo foi investigar se a cafeína (antagonista não seletivo dos receptores de adenosina) previne as modificações comportamentais e neuroquímicas exibidas pelos ratos SHR. Primeiro, ratos SHR e Wistar-Kyoto (WKY) foram tratados com cafeína durante a adolescência e testados na idade adulta nos testes attentional set-shifting, campo aberto e labirinto em "Y" antes de serem sacrificados para as análises neuroquímicas de captação de dopamina em terminais nervosos, níveis do transportador de dopamina (DAT) e de receptores D1, D2, A2A, e CB1 no EST e CPF. Além disso, outros alvos também foram investigados em ambas as áreas cerebrais: tirosina hidroxilase (TH), sinaptofisina, (SNAP-25), transportador vesicular de glutamato (VGlut), transportador vesicular de GABA (VGAT) e a co-localização dos receptores A2A com DAT, VGlut ou VGAT. Segundo, investigar o papel de antagonistas adenosinérgicos, incluindo a cafeína, sobre os efeitos impulsivos e motivacionais do agonista canabinóide WIN55,212-2 (WIN) em SHR. Os ratos SHR exibiram hiperatividade e baixo desempenho no attentional set-shifting e no labirinto em "Y" comparados aos WKY; o tratamento com cafeína melhorou os prejuízos de atenção e de memória em SHR. Os ratos SHR apresentaram níveis elevados de DAT e de captação de dopamina em terminais do EST e do CPF; o tratamento crônico com cafeína eliminou as diferenças entre linhagens para os níveis de DAT e para a captação de dopamina. Uma maior densidade dos receptores A2A, CB1, D1 e D2 foi observada em terminais do CPF de SHR. Além disso, a co-localização de A2A-DAT no EST de SHR estava significantemente menor do que em WKY. O WIN prejudicou a tolerância ao atraso da recompensa e produziu preferência condicionada ao lugar (PCL) em ratos SHR, esses efeitos foram prevenidos pelo pré-tratamento com cafeína. Os efeitos comportamentais do WIN mediados pelos receptores CB não estavam relacionados com pressão arterial. Esses achados indicam o potencial terapêutico da cafeína em tratar os prejuízos de atenção e de memória típicos do TDAH e na relação deste transtorno com abuso de drogas. Os resultados do presente estudo encorajam estudos adicionais para investigar o valor terapêutico da cafeína em pacientes com TDAH, tanto do ponto de vista cognitivo quanto da modulação do controle executivo sobre os comportamentos relacionados ao abuso de drogas.
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Envolvimento dos receptores canabinoides na dor neuropática induzida pela avulsão do plexo braquial em camundongos

Paszcuk, Ana Flávia 26 October 2012 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T08:01:11Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2013-07-16T20:48:52Z : No. of bitstreams: 1 289252.pdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) / Muitos estudos têm demonstrado os efeitos analgésicos dos agonistas canabinoides em diferentes estudos pré-clinicos e clínicos de dor crônica e inflamatória. Dentre os modelos de dor crônica, a avulsão do plexo braquial (APB) é caracterizada por um rápido estabelecimento da resposta dolorosa, que pode ser observada por várias semanas e meses após a lesão. No presente estudo foi avaliada a ação antinociceptiva de diferentes agonistas canabinoides na hiperalgesia mecânica induzida pela APB no 5º e 30º dias após o procedimento cirúrgico, a fim de avaliar a relação dos canabinoides com os processos iniciais e/ou tardios da neuropatologia associada a APB. Os resultados do presente trabalho demonstram que o ACEA, agonista seletivo para o receptor canabinóide 1 (CB1), o JWH-015, agonista seletivo para o receptor canabinóide 2 (CB2), e o WIN 55,212-2, agonista não-seletivo para os receptores CB1/CB2, não alteraram a hiperalgesia mecânica induzida pela APB quando administrados localmente pela via intraplantar (i.pl.). Por outro lado, o tratamento sistêmico intraperitoneal (i.p.) reduziu significativamente a resposta nociceptiva no 5º e 30º dias após a APB, com uma maior inibição produzida pelo agonista não-seletivo, WIN 55,212-2. A fim de verificar o envolvimento das vias espinhais e supraespinhais na analgesia produzida pelos agonistas canabinóides no modelo de APB, foram avaliados os tratamentos com os agonistas canabinoides pela via intratecal (espinhal) e intracerebroventricular (supraespinhal). Nesse contexto, a administração dos agonistas canabinoides em ambas as vias produziu inibição significativa da resposta nociceptiva mecânica induzida pela APB, principalmente quando observada no 30º dia após a cirurgia. A atividade antinociceptiva produzida pela administração dos agonistas canabinoides pode estar associada com o aumento dos níveis de RNA mensageiro e da expressão dos receptores canabinoides no gânglio da raiz dorsal e medula espinhal, no 5º e 30º dias após a cirurgia, além do aumento significativo de ambos os receptores no córtex cerebral no 30º dia. Além disso, foi observado um aumento na ativação da microglia e astrócitos no 5º e 30º dias na medula espinhal. Ademais, este estudo sugere que a analgesia produzida pelos agonistas canabinoides ocorre de forma dependente com a inibição de MAP-quinases, como a p-JNK e p-p38, as quais se encontram aumentadas na medula espinhal no 30º dia após a APB. Por outro lado observou-se um aumento na expressão dos fatores de transcrição, CREB no 30º dia e da subunidade p65 NF-?B no 5º e 30º dias, na medula espinhal após a APB. Em contrapartida, o tratamento com o agonista não-seletivo para os receptores canabinoides não foi capaz de reverter este efeito. Em conjunto, os resultados do presente estudo demonstram o efeito antinociceptivo dos agonistas canabinoides no modelo de dor neuropática induzido pela APB e sugere seu potencial terapêutico para o tratamento de dores crônicas, especialmente lesões do plexo braquial.
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O envolvimento do sistema endocanabinóide no efeito antihiperalgésico da inalação do óleo essencial Cedrus Atlântica em um modelo pré-clínico de dor pós-operatória

Emer, Aline Armiliato January 2014 (has links)
Made available in DSpace on 2016-11-30T14:53:36Z (GMT). No. of bitstreams: 2 111298_Aline.pdf: 24999572 bytes, checksum: 46381256c9ad9f27a4b752f020a9e440 (MD5) license.txt: 214 bytes, checksum: a5b8d016460874115603ed481bad9c47 (MD5) Previous issue date: 2014 / O presente estudo teve como objetivo investigar o envolvimento do sistema endocanabinóide no efeito antihiperalgésico da inalação do óleo essencial Cedrus atlantica (OECa) em um modelo pré-clínico de dor pós-operatória. Inicialmente foram caracterizados os constituintes do OECa pela análise fitoquímica por meio de cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massa. Os experimentos comportamentais foram conduzidos após a aprovação pelo Comissão de Ética no Uso de Animais da UNISUL - CEUA/UNISUL (13.012.4.08.IV). Nestes experimentos foram utilizados camundongos Swiss machos pesando de 25 a 35 g. Para indução da dor pós-operatória os animais foram submetidos a uma cirurgia de incisão plantar (CIP) na pata traseira direita. Vinte e quatro horas após, os animais inalaram o OECa por diferentes períodos de tempos (1, 5, 30 e 60 minutos). A hiperalgesia mecânica foi avaliada utilizando o monofilamento de von Frey (0,4g) até o fim do efeito antihiperalgésico do OECa. Também foi verificado o efeito da inalação diária, durante 6 dias e o efeito per se do OECa. Para avaliar o envolvimento do sistema endocanabinóide foram utilizadas 2 abordagem diferentes: uma por meio de antagonistas para os receptores CB1 e CB2, administrados em diferentes sítios (intraperitoneal [i.p.], intraplantar [i.pl.] e intratecal [i.t.]). E outra por meio da avaliação do efeito sinérgico de inibidores da degradação de endocanabinóides. Nos resultados da análise fitoquímica identificou-se vinte e um elementos constituintes. Dentre os compostos encontrados, os hidrocarbonetos sesquiterpenos ?- himachaleno (16,6%), ?-himachaleno (10,4%) e ?-himachaleno (46,4%) foram os compostos majoritários. Nos testes comportamentais notou-se que a inalação do OECa por 30 e 60 minutos induziu efeito antihiperalgésico por até 2 horas. Em contraste, a inalação do OECa por apenas 1 minuto não induziu mudanças no limiar sensorial dos animais. A inalação diária do OECa diminuiu significativamente a hiperalgesia mecânica, até o quinto dia. Na avaliação do efeito per se, não houve alterações do limiar sensorial. Em relação a análise do envolvimento do sistema endocanabinóide verificou-se que as administrações sistêmica e central (i.t.) dos antagonistas AM281 e AM630, para os receptores canabinóides CB1 e CB2, respectivamente, preveniram o efeito antihiperalgésico do OECa; a administração de uma dose sub-efetiva dos inibidores da degradação de endocanabinóides (Amido hidrolase de ácidos graxos [FAAH] que degrada anandamida e da lipase mono acil glicerol [MAGL] que degrada o 2-araquidonil glicerol) com a subsequente inalação do OECa por 1 minuto, prolongou o efeito antihiperalgésico do OECa por até 7 horas. Assim, pôde-se concluir que o mecanismo pelo qual o OECa exerce seu efeito pode ser por modular a atividade destas enzimas e assim influenciar na sinalização endocanabinoidérgica. Estes resultados demonstram pela primeira vez na literatura, o envolvimento do sistema endocanabinóide no efeito antihiperalgésico do OECa, em um modelo pré-clínico de dor pós-operatória. / The present study investigated the involvement of the endocannabinoid system in the antihyperalgesic effect induced by the inhalation of the essential oil Cedrus atlantica (OECa) in a preclinical model of postoperative pain. Initially, the constituents of the OECa were phytochemically characterized by Gas chromatography-mass spectrometry (GC-MS). The behavioral experiments were conducted after approval by the Ethics Committee on Animal Use - CEUA/UNISUL (13.012.4.08.IV). In these experiments Swiss male mice weighing 25 to 35 g were used. For induction of post-operative pain the animals underwent a surgical plantar incision (CIP) in the right hind paw. Twenty-four hours later, the animals inhaled OECa for different periods of time (1, 5, 30 and 60 minutes). Mechanical hyperalgesia was assessed using a von Frey monofilament (0.4g) until the antihyperalgesic effect of OECa was over. The effect of daily inhalation (for 6 days) and the effect of OECa per se were also observed. To assess the involvement of the endocannabinoid system 2 different approaches were used: (1) by administering antagonists for the CB1 and CB2 receptors in different sites (intraperitoneal [i.p.], intraplantar [i.pl.] and intrathecal [i.t.]) and (2) by assessing the synergistic effect of the inhibitors of the degradation of endocannabinoids. The results of the phytochemical analysis identified twenty-one constituents, among which the hydrocarbons ?- himachalene (16,6%), ?-himachalene (10,4%) e ?-himachalene (46,4%) were the main components. The behavioral tests demonstrated that the inhalation of OECa for 30 and 60 minutes induced an antihyperalgesic effect that lasted for up to 2 hours. In contrast, inhalation of OECa for only 1 minute did not induce changes in the sensory threshold of the animals. Daily inhalation of OECa significantly reduced mechanical hyperalgesia until the fifth day. The administration of OECa per se did not induce any changes to the animal's sensory threshold. Regarding the involvement of the endocannabinoid system, the results demonstrated that systemic and central (i.t.) administration of the antagonists AM281 and AM630 for the cannabinoid receptors CB1 and CB2, respectively, prevented the antihyperalgesic effect of OECa; the administration of a sub-effective dose of the inhibitors of the degradation of endocannabinoids (Fatty acid amide hydrolase [FAAH] which degrades anandamide and Monoacylglycerol lipase [MAGL] which degrades 2-arachidonoyl glycerol) with subsequent inhalation of OECa for 1 minute, prolonged the antihyperalgesic effect of OECa for up to 7 hours. Thus, it was concluded that the mechanism by which OECa exerts its effect might be by modulating the activity of these enzymes and thus influencing endocannabinoid signaling. These results demonstrate for the first time the involvement of the endocannabinoid system in the antihyperalgesic effect of OECa in a preclinical model of postoperative pain.

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