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Trabalho alienado em Marx : a base do capitalismo

Luz, Ricardo Santos da 17 December 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:54:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 408014.pdf: 632911 bytes, checksum: c650a7156576be1c68a1616e6973b7fe (MD5) Previous issue date: 2008-12-17 / Esta pesquisa investiga em que consiste a cr?tica marxiana do trabalho alienado, quais os desdobramentos dessa forma espec?fica assumida pelo trabalho e quais os caminhos a serem percorridos para a sua supera??o. Al?m disso, procura mostrar que, apesar das profundas mudan?as ocorridas na nossa sociedade, desde a ?poca em que essa cr?tica foi elaborada, o trabalho alienado continua fazendo parte da estrutura fundamental que garante o funcionamento do sistema capitalista de produ??o. Ao percorrermos os caminhos desta investiga??o, procuramos mostrar, inicialmente, que existe uma rela??o fundamental entre o trabalho e o desenvolvimento das potencialidades do ser humano, mas que o trabalho, tamb?m, pode impedir esse desenvolvimento, possuindo, assim, um car?ter de ambig?idade. A seguir, investigamos a influ?ncia do pensamento hegeliano na elabora??o da cr?tica marxiana do trabalho alienado, e em que consiste essa forma que o trabalho assume no sistema capitalista. Depois, investigamos os desdobramentos do trabalho alienado, os quais est?o diretamente relacionados com a l?gica de funcionamento do capitalismo. Esses desdobramentos s?o a propriedade privada, a divis?o do trabalho e a transforma??o do trabalhador em mercadoria. Adiante, mostraremos os caminhos a serem percorridos, conforme a concep??o marxiana de ser humano e da hist?ria, para a supera??o do trabalho alienado. Por fim, procuramos mostrar que a cr?tica marxiana do trabalho alienado continua atual, embora o antagonismo entre classes apresente uma complexidade muito maior, e o trabalho tenha assumido configura??es muito diferentes daquelas existentes na ?poca de Marx. Essa atualidade se sustenta no fato de que o antagonismo entre capital e trabalho nunca deixou de existir, e de que o trabalho, embora esteja cada vez mais sob o dom?nio do capital, a ponto de sua centralidade ser questionada, est? indissociavelmente ligado ? humaniza??o dos seres humanos.
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L?gica da alteridade de Hegel : uma leitura l?gica da figura do senhor e do servo segundo P.-J. Labarri?re

Costa, Andr? Oliveira 18 December 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:54:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1 408191.pdf: 787505 bytes, checksum: 31f90aa35852010a69d5e56269c74311 (MD5) Previous issue date: 2008-12-18 / Este trabalho tem como tem?tica central o estatuto da alteridade dentro da Filosofia de Hegel. Pretende-se compreender a Filosofia hegeliana atrav?s da alteridade como conceito fundamental para sua estrutura. Trataremos, portanto, de verificar como a Filosofia hegeliana, ao contr?rio do que afirmam os cr?ticos da totalidade, est? afastada do modelo da Identidade e pr?xima ao que ? denominado de modelo da Identidade da Identidade e da diferen?a, visto que nesta a alteridade n?o ? anulada, mas suprassumida (negada, conservada e elevada). Para tanto, nos apoiaremos na leitura de Labarri?re sobre a alteridade em Hegel, diferenciando esta posi??o das da Koj?ve e Hyppolite. A Filosofia de Hegel, para Labarri?re, apresenta o silogismo que leva a unidade ? diferen?a de seus extremos (imediatidade imediata e imediatidade mediada). Para isso, entretanto, faz-se necess?ria a presen?a do termo m?dio como fun??o reflexiva. Assumimos a compreens?o assumida por Labarri?re de que tamb?m h? uma l?gica por tr?s da consci?ncia. Nosso trabalho, dessa forma, ao delimitar o tema da alteridade na esfera da subjetividade, pretende verificar o estatuto deste conceito na figura do Senhor e do Servo. A l?gica que est? por tr?s da Fenomenologia do Esp?rito apresenta as categorias da Ci?ncia da L?gica. Assim, tomaremos a figura do Senhor e do Servo como momento l?gico correspondente ? l?gica da Ess?ncia. Nesta figura, encontramos a passagem de uma rela??o da consci?ncia com o mundo para uma rela??o intersubjetiva, isto ?, a consci?ncia toma reflexivamente outra consci?ncia como objeto. Para Hegel, a forma??o de uma autoconsci?ncia s? pode ocorrer pela situa??o de intersubjetividade. A constitui??o de uma alteridade subjetiva e o reconhecimento do outro como igual, portanto, ? necess?ria para a emerg?ncia da autoconsci?ncia.
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Entre a ?tica e a tecnologia : um di?logo com Emmanuel Levinas

Cardoso, Paulo Ricardo Cerveira 19 November 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:54:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 408410.pdf: 266243 bytes, checksum: dfe63b1bdb0f4b6cb75dabc4d2c4b118 (MD5) Previous issue date: 2008-11-19 / A inten??o do presente estudo ? apurar a potencial contribui??o da ?tica da alteridade de Emmanuel Levinas na qualifica??o da rela??o m?dico-paciente. Levinas prop?e uma ?tica fundamentada na n?o nega??o da alteridade, onde o Outro, que se apresenta de modo significativo, provoca um abalo na estrutura do Mesmo. Este questionamento do Mesmo demanda uma resposta que deve ser dada, n?o existindo possibilidade de escapar ? responsabilidade de responder ao comando do Outro. Quando o eu ? chamado inicia-se a instaura??o da justi?a, ou seja, surge o campo para a rela??o ?tica. Rela??o que inicia no di?logo inaugurado na apresenta??o do Outro, atrav?s do desvelamento do rosto. A import?ncia da ?tica como fundamento ? ressaltada na cr?tica ? id?ia de que a tecnologia afasta o m?dico do paciente e na den?ncia que o indiv?duo nunca foi o foco principal da medicina moderna. Por fim, ? sugerida a literatura como instrumento de aux?lio na ruptura da Totalidade do saber m?dico, assim como, o uso respons?vel da tecnologia sendo um caminho na constru??o da justi?a.
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Livre-arb?trio e a??o moral em Agostinho : um estudo a partir do De Libero Arbitrio

Nunes, Mariciane Mores 13 January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:54:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 409453.pdf: 847485 bytes, checksum: 9527cf124f22862667eea563d0d8c8be (MD5) Previous issue date: 2009-01-13 / O problema do mal tornou-se uma constante inquieta??o na vida de Agostinho. Seu pensamento ? marcado pelas mais diversas influ?ncias, sobretudo das doutrinas maniqu?ia e neoplat?nica. Contudo, as respostas oferecidas por tais correntes filos?ficas n?o satisfizeram o inquieto cora??o do hiponense. O ensaio de uma resposta a esse problema ocorreu tardiamente, em O livre-arb?trio, obra na qual Agostinho busca enfrentar, juntamente com seu interlocutor, Ev?dio, o problema da origem do mal moral, vinculandoo ? vontade humana. Nesta disserta??o, pretende-se evidenciar como o bispo de Hipona busca inocentar Deus da acusa??o de ser o autor do mal, mostrando que a causa da presen?a do mal no mundo deriva do abuso do livre-arb?trio, visto que, considerado em si mesmo, este atributo da vontade ? um bem e um dom do Criador concedido ao homem.
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Natureza, arte, raz?o : um ensaio sobre a pedagogia est?tica na obra de F. Schiller

Besen, Jo?o Carlos 15 November 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:54:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 411013.pdf: 564182 bytes, checksum: c4b1a24a95bad17c417660dc3fd51af8 (MD5) Previous issue date: 2008-11-15 / Neste trabalho abordamos, na obra de F. Schiller, a reflex?o est?tica da arte e do belo. Saber e conhecer, sentimento e princ?pios, mat?ria e forma, sentir e pensar, s?o constituintes do homem em igualdade e medida, segundo Schiller, e constituem aqui o foco principal de nosso interesse. A arte e o belo relacionam-se intimamente no homem f?sico e moral. O impulso sens?vel e formal equilibram-se em unidade no impulso da beleza, l?dico e arte. A beleza por si s? seria suficiente para tir?-lo do estado natural e do estado passivo, ao que o belo leva-o a frui??o e ao jogo. Afian?a Schiller que, nele, o jogo suporta o fundamento da sua reflex?o filos?fica. No impulso est?tico, os impulsos vitais implicam-se e fundam-se a um s? tempo no ?nimo e no pensamento, na forma livre das coa??es externas. N?o obstante a vontade, querer e fazer implicam-se na reciprocidade est?tica, na conquista da autonomia e da liberdade do fazer-se humano e suas lides
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Sobre a fundamenta??o do conhecimento : Fichte e a intui??o intelectual

Santoro, Thiago Suman 02 April 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:54:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 411033.pdf: 1069058 bytes, checksum: 962ffcfd54a9867e9b758ac73c39d1a8 (MD5) Previous issue date: 2009-04-02 / A presente tese investiga a id?ia de fundamenta??o ?ltima do conhecimento a partir do conceito de intui??o intelectual na obra de J. G. Fichte. O objetivo principal da investiga??o ? indicar em que medida esse conceito central ? doutrina-da-ci?ncia pode auxiliar na supera??o do impasse epist?mico que o conhecimento discursivo acarreta. Mais especificamente, trata-se de avaliar criticamente o problema do dualismo epist?mico gerado pela intencionalidade da consci?ncia, e o alcance da solu??o proposta por Fichte. Para tanto, primeiramente ser?o apresentadas tr?s obje??es ? id?ia de intui??o intelectual, bem como ? no??o de fundamenta??o ?ltima, tal como postuladas por Kant, Hegel e Hans Albert. A segunda parte do trabalho faz uma an?lise da posi??o de Fichte, e de poss?veis respostas suas a tais cr?ticas, tomando como texto base a Segunda Introdu??o ? Doutrina-da- Ci?ncia (1797/8). Pretende-se indicar com essa an?lise o papel fundamental que o conceito de intui??o intelectual desempenha no projeto fichtiano de fundamenta??o do saber. Por fim, na terceira parte do trabalho, pretende-se mostrar que a id?ia de intui??o intelectual est? intimamente vinculada ? id?ia de insufici?ncia da raz?o discursiva. Nessa se??o, realiza-se uma an?lise desse problema a partir do texto da Doutrina-da-Ci?ncia de 1804, tamb?m com o intuito de examinar uma poss?vel rela??o te?rica entre duas fases do pensamento de Fichte.
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O republicanismo kantiano

Capitani, Renato 19 March 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:54:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 411473.pdf: 606000 bytes, checksum: ad445f957820ced2955c54fd5364f68e (MD5) Previous issue date: 2009-03-19 / A presente disserta??o tem dois objetivos centrais: o primeiro ? apresentar a solu??o kantiana aos seguintes problemas da filosofia pol?tica: a) o problema da fundamenta??o da necessidade do Estado e b) o problema da defini??o e justifica??o da melhor forma de governo, ou seja, de como o Estado deve organizar-se para exercer o poder que lhe ? inerente. O segundo objetivo ? analisar a manten?a do conceito ?tico de autonomia no contexto do pensamento jur?dico-pol?tico kantiano. Diante desses objetivos, fez-se necess?rio estruturar a disserta??o em quatro cap?tulos. O primeiro delimita o objeto de estudo e apresenta a chave de leitura sem a qual compreende-se que ? imposs?vel entender o pensamento jur?dico-pol?tico kantiano, a saber, as perspectivas argumentativas da respublica noumenon (plano racional) e da respublica phaenomenon (plano f?tico ou efetivo). No segundo cap?tulo, A fundamenta??o racional do Estado, exp?e-se a resposta de Kant ao problema da fundamenta??o da necessidade do Estado. Apresenta-se a transforma??o kantiana dos conceitos tradicionais do contratualismo, a saber, estado de natureza e contrato origin?rio. No terceiro cap?tulo, O Estado da raz?o, apresenta-se a solu??o ao problema da melhor forma de governo, de como o poder deve ser exercido. Esse cap?tulo explora os seguintes temas: formas de soberania (Formen der Beherrschung) e formas de governo (Formen der Regierung), princ?pios fundamentais do republicanismo, distin??o dos poderes, conceito de soberania e princ?pio de representa??o. O quarto cap?tulo, O cidad?o republicano, analisa o conceito de autonomia no contexto do pensamento jur?dico-pol?tico kantiano. A an?lise ? feita desde as perspectivas da respublica noumenon e da respublica phaenomenon. Na primeira perspectiva, explora-se o problema do liberalismo kantiano, a partir da distin??o entre ?tica e direito. Procura-se demonstrar que, embora o direito exija apenas a legalidade, a moralidade jur?dica ? a possibilidade de conduta mais apropriada ao cidad?o republicano. Na base dessa interpreta??o est? a compreens?o da filosofia pr?tica kantiana como um projeto de emancipa??o humana, em que ?tica e direito s?o ?mbitos que se complementam. Na segunda perspectiva, trata-se de expor o veto kantiano ao direito de resist?ncia e sua reiterada ?nfase na necessidade do esclarecimento. Exploram-se os ?ltimos escritos de Kant e entende-se que a no??o de esclarecimento, no ?mbito da respublica phaenomenon, ? o correlato da autonomia abstrata do plano da respublica noumenon.
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A rela??o entre sensa??o e percep??o na teoria do conhecimento emp?rico de Thomas Reid : uma an?lise do realismo direto em epistemologia

Souza, Miriam Elisabeth Mibielli dos Santos 15 May 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:54:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 414799.pdf: 393719 bytes, checksum: e09801b5cd51426472def038700b8bf1 (MD5) Previous issue date: 2009-05-15 / O objetivo do presente trabalho ? estabelecer a rela??o entre sensa??o e percep??o na teoria do conhecimento emp?rico de Thomas Reid, efetuando uma an?lise do realismo direto em epistemologia. O tema ? abordado com base, principalmente, em duas de suas grandes obras, An Inquiry into the Human Mind on the Principles of Common Sense e Essays on the Intellectual Powers of Man, mas sem deixar de apresentar as ideias de grandes fil?sofos contempor?neos, int?rpretes de Reid como John Greco, James van Cleve, entre outros. No primeiro momento, ressalta-se a cr?tica de Reid ? teoria das ideias, estabelecendo-se em seguida uma distin??o preliminar entre sensa??o e percep??o. A teoria da sensa??o e a teoria da percep??o s?o ent?o tratadas separadamente, conforme a metodologia adotada por Reid. Para finalizar, o ?ltimo cap?tulo trata do realismo direto de Thomas Reid, que, na teoria da percep??o, demonstra a capacidade que a mente possui de se conectar diretamente com o mundo, sem precisar de qualquer outro elemento, como a pr?pria "ideia".
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Para al?m do impessoal : em busca da autenticidade

Mallmann, M?rcio 13 August 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:55:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 416677.pdf: 239640 bytes, checksum: 4c956ff0b43c7e2dc533c40857a0969a (MD5) Previous issue date: 2009-08-13 / Neste trabalho mostra-se as inova??es incorporadas ? tradi??o da hist?ria da filosofia por Martin Heidegger. Um dos maiores desafios da filosofia sempre foi tentar dar uma resposta a pergunta: quem ? o homem?. Atrav?s do m?todo da anal?tica existencial, o fil?sofo alem?o pretende resgatar o sentido do ser. A tradi??o metaf?sica esqueceu-se do ser e, por isso, o homem n?o se entende. Ele vive no impessoal, na dimens?o do diz-se e do fala-se. Consequentemente, perdeu a propriedade de si mesmo e n?o se conhece mais. A proposta da anal?tica existencial ? que o ser humano se compreenda analisando o seu modo de ser no mundo, ou seja, a sua pr?pria exist?ncia. Evitando, com isso, que sejamos entendidos como uma categoria de alguma inst?ncia superior, como Deus, id?ia e subst?ncia. Para que o ser humano possa entender-se na autenticidade ? indispens?vel que ele se reconhe?a um ser-para-a- morte, ou seja, a morte ? a impossibilidade de qualquer nova possibilidade e deve ser assumida a cada instante da vida.
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A teoria da justi?a de Amartya Sen : liberdade e desenvolvimento sustent?vel

Zambam, Neuro Jos? 07 December 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:55:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 419801.pdf: 963193 bytes, checksum: b8672ca14116da738f06d50680fc1435 (MD5) Previous issue date: 2009-12-07 / O ideal de justi?a ? o objetivo mais importante da organiza??o social, presente nos diferentes est?gios da hist?ria da humanidade. Sua fundamenta??o adquire maior vitalidade considerando as gritantes desigualdades que assolam as sociedades, caracterizadas pelo acelerado processo de globaliza??o. Ao mesmo tempo, ocorre um aumento sem precedentes da produ??o de bens, da inova??o tecnol?gica e da capacidade de comunica??o. Essa contradi??o amea?a a legitimidade e a estabilidade social, pol?tica, econ?mica e cultural, sendo respons?vel, em muitas situa??es, pelo desequil?brio das rela??es entre as pessoas e entre os pa?ses. O ordenamento social que prioriza o acesso aos bens, a maximiza??o da liberdade individual e avalia o agir humano e a organiza??o social pela sua utilidade ? insuficiente para a equaliza??o dos graves dilemas contempor?neos. Especificamente, as desigualdades simbolizadas na distribui??o dos bens, nas limitadas formas de participa??o pol?tica, na utiliza??o indiscriminada dos recursos dispon?veis e na defici?ncia ou inexist?ncia dos mecanismos e das institui??es democr?ticas demonstram a fragilidade das estruturas sociais, da mesma forma que impedem as condi??es para a justi?a. As diferen?as, por sua vez, s?o caracter?sticas que integram a din?mica da natureza, da a??o humana e do funcionamento da sociedade. Estas, ao contr?rio das desigualdades, dinamizam e contribuem para a evolu??o de uma organiza??o social equitativa. Desconsider?-las representaria a op??o por uma organiza??o social linear, o que exclui o valor moral substantivo da liberdade, essencial para a constru??o da justi?a. A Teoria da Justi?a de Amartya Sen, estruturada com base no valor moral substantivo da liberdade, ? decisiva para a implementa??o e a avalia??o da justi?a nas sociedades contempor?neas. Nessa perspectiva, as pessoas t?m as condi??es indispens?veis para o exerc?cio das liberdades substantivas, a escolha de um conjunto de funcionamentos essenciais para o desenvolvimento das capabilidades e, na condi??o de sujeito ativo, atuar em vista de uma estrutura social justa. A fundamenta??o filos?fica, integrada com a reflex?o das ci?ncias econ?micas, caracteriza uma abordagem com as condi??es de contemplar, al?m dos interesses individuais e coletivos, as condi??es indispens?veis para uma arquitetura social comprometida com os valores e os recursos da democracia que se consagrou como o sistema de organiza??o social, que, com seus m?ltiplos recursos e instrumentos, respeita, dinamiza e fortalece as diferen?as existentes no seu interior; corrige equitativamente as defici?ncias e as 6 desigualdades; administra as demandas internas e externas com vista ? efetiva??o da justi?a. Por isso, uma sociedade justa tamb?m ? livre, sustent?vel e democr?tica. O atual modelo de desenvolvimento, que prioriza essencialmente o crescimento econ?mico, o aumento da produ??o e do consumo, o acesso ?s novas tecnologias e a expans?o do com?rcio, n?o tem legitimidade moral porque limita a pessoa ? condi??o de meio para a realiza??o dos fins previamente planejados; utiliza indiscriminadamente os recursos naturais, sem a necess?ria avalia??o dos impactos e das consequ?ncias para o equil?brio ambiental e para as rela??es sociais, da mesma forma que inviabiliza as condi??es de exist?ncia segura das futuras gera??es. O modelo de desenvolvimento que prima pela sustentabilidade representa um ideal que impulsiona e orienta a estrutura??o das rela??es entre as pessoas, com os bens dispon?veis, os recursos naturais e as futuras gera??es de forma equitativa e orientado pelo valor moral substantivo da liberdade. A atua??o do Estado, do mercado e das demais institui??es, garantidas as suas especificidades, ocorre de forma integrada e complementar, aprimora a democracia e fortalece a constru??o da justi?a. Uma concep??o de justi?a que tem como refer?ncia o valor moral substantivo da liberdade tem especial preocupa??o com a estabilidade e a legitimidade das sociedades, representadas, prioritariamente, no atendimento das necessidades humanas, nas rela??es entre as diferentes culturas, no princ?pio de sustentabilidade, nas rela??es internacionais e na op??o e consolida??o da estrutura democr?tica, sem a qual n?o se podem fundamentar as condi??es de igualdade e de justi?a social.

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