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Efeitos da exposição materna ou paterna ao disselento de difenila sobre o desenvolvimento intra-uterino da prole de ratas wistar / Effects of maternal and paternal exposure to diphenyl diselenide on the intrauterine development of progeny of wistar ratsFavero, Alexandre Marafon 27 July 2006 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Selenium (Se) is an essential trace element for man and is known for its role in regulating growth and development of the fetus and newborn. Furthermore, Se is a micronutrient required for normal spermatogenesis and, therefore, essential for normal male reproductive function. However, it is well known that this element, depending of dose, can be highly toxic to several species of animals. Diphenyl diselenide [(PhSe)2] is a Se-compound widely used as intermediate in organic synthesis, as a consequence, the risk of human exposure to this chemical at the workplace may increase. Several studies demonstrated that (PhSe)2 is an organoselenium compound with potential therapeutic use. The present study evaluates the effects of single maternal subcutaneous injection of 50 and 100 mg/kg (PhSe)2 at gestational days (GD) 6, 10 or 17 in Wistar rats (article 1). The highest dose of (PhSe)2 was also administered at GD7-12. External and internal fetal soft-tissue examination was performed at GD20. No mortality was observed in fetuses or dams at any (PhSe)2 treatment. Neither did exposure to (PhSe)2 cause significant changes to fetal body weight, organ weight, or fetal size when dministered at GD6-8, 10-12 or 17. Exposure to 100 mg/kg (PhSe)2 at GD 9 produced significant changes in fetal biometry (crown-rump (CR) length) and body weight. No increase in the proportion of fetuses with external visible abnormalities was observed in groups exposed to (PhSe)2. Skeletal anomalies were observed in fetuses in the GD 9-11 treatment groups and included incomplete ossification of cranial bones, misshapen and incomplete ossification of sternebrae, reduced sternebrae number, wavy and extra ribs, incomplete ossification of fore and hindpaw bones and incomplete ossification of sacral and caudal bones. We conclude that maternal administration of (PhSe)2 during GD 7-12 led to increased incidences of these skeletal variations or anomalies, but did not cause externally visible malformations in rat fetuses. Another focus of this study was the evaluation of the effect of paternal exposure to (PhSe)2 on the development of progeny of Wistar male rats (article 2). Male rats were exposed to (PhSe)2 subcutaneously for 4 weeks (wk) at the dose of 5.0 mg/kg and 8 weeks at the dose of 2.5 mg/kg, prior to mating with unexposed females. No lethality was noted in any group. At term of exposure period, 4-wk-exposed male rats presented significant decrease in the body weight. Sex organ weights were similar in (PhSe)2-exposed and control male groups. The number of implantation sites in females mated with males exposed to (PhSe)2 for 8-wk was significantly higher than those of the respective control group. Male exposure to (PhSe)2, administered for 4- and 8-wk, did not change fetal body weight. Gross examination of fetuses from 4- and 8-wk-exposed groups did not reveal the
appearance of external anomalies. Examination of live fetuses for ossification centers did not show any significant difference between groups. No increase in the incidence of skeletal anomalies was observed in fetuses obtained from females impregnated with (PhSe)2-exposed males. The current study indicated that (PhSe)2 given sub-chronically (4 or 8 weeks) to male rats had no adverse effects on their progeny. On the basis of results mentioned above, it is possible conclude that (PhSe)2 is a compound with low developmental toxicity, since adverse effects observed were only manifested at a high level dose. Of particular importance, (PhSe)2 possess its pharmacological properties at doses lower than these tested here. / O selênio (Se) é um elemento traço essencial para humanos e desempenha uma importante função durante a gestação, regulando o crescimento e desenvolvimento de fetos e recém-nascidos. Além disso, o Se é um micronutriente requerido para o processo da espermatogênese e, portanto, essencial para a função reprodutiva em machos. Entretanto, o elemento Se, dependendo da dose, pode ser tóxico para diversas espécies de animais. O disseleneto de difenila [(ØSe)2] é um composto de Se amplamente utilizado como intermediário em reações de síntese orgânica, o que aumenta o risco de intoxicação por exposição ocupacional a este composto. Existem diversos estudos demonstrando que o (ØSe)2 possui propriedades farmacológicas. O presente estudo avaliou os efeitos da administração subcutânea, única, de (ØSe)2 nas doses de 50 ou 100 mg/kg no 6°, 10° ou 17° dia da gestação de ratas Wistar (artigo 1). Os estudos com a maior dose de (ØSe)2 (100 mg/kg) foram estendidos a outros dias da gestação (7° ao 12°). No 20° dia de gestação foi realizada uma laparotomia para a retirada dos fetos e a observação do aparecimento de malformações morfológicas externas e esqueléticas. Não foram observadas mortes maternas e fetais nos grupos expostos ao (ØSe)2. A exposição ao (∅Se)2 não causou alterações significativas nos parâmetros de desenvolvimento avaliados (peso e comprimento fetal), com exceção da exposição a 100 mg/kg de (∅Se)2 no 9° dia de gestação, a qual produziu mudanças significativas na biometria fetal: diminuição do comprimento longitudinal e do peso corporal do feto. Não foi observado um aumento significativo no aparecimento de malformações fetais nos grupos expostos ao (∅Se)2. A exposição ao (∅Se)2 aumentou a incidência de alterações na ossificação do esqueleto dos fetos, principalmente nos grupos tratados no 9°, 10° e 11° dia de gestação sem afetar a sobrevivência dos mesmos. As alterações observadas incluem: ossificação incompleta dos ossos do crânio, das vértebras sacrais e caudais e dos ossos das patas anteriores e posteriores. Além disso, foram observadas alterações nas esternebras das quais, destacam-se: malformação, número reduzido e incompleta ossificação. Um número extra de costelas e costelas onduladas também foi observado. Portanto, com base nos resultados encontrados, concluímos que a exposição materna ao (ØSe)2 leva ao aumento na incidência de alterações esqueléticas nos fetos, sem causar o aparecimento de malformações externas visíveis e sem afetar a sobrevivência dos mesmos. Outro foco deste estudo foi avaliar o grau de toxicidade da exposição sub-crônica ao (ØSe)2 sobre o desenvolvimento da prole de ratos Wistar (artigo 2). Os ratos foram expostos ao composto pela via subcutânea por um período de 4 (na dose de 5,0 mg/kg) ou 8 semanas (2,5 mg/kg) antes do período de acasalamento. Não foram observadas mortes em nenhum dos grupos e, ao final do período de exposição, apenas os animais tratados com o composto por um período de 4 semanas apresentaram uma redução significativa do peso corporal. O peso dos órgãos sexuais masculinos (testículos e epidídimos) não foi alterado pelo tratamento. Foi observado um aumento significativo no número de sítios de implantações nas fêmeas acasaladas com os machos expostos ao (ØSe)2 por um período de 8 semanas. Em relação aos parâmetros fetais, não foram observadas anomalias externas e nem mudanças no peso em ambos os grupos tratados com o (ØSe)2 (4 ou 8 semanas). Não foram observadas diferenças significativas no desenvolvimento do esqueleto dos fetos expostos a este composto. O presente estudo demonstrou que a exposição sub-crônica (4 ou 8 semanas) ao (ØSe)2 não causou efeitos adversos sobre a prole de ratos Wistar. Tendo em vista os dados obtidos no presente estudo, é possível concluir que o composto (ØSe)2 apresenta baixa toxicidade desenvolvimental, uma vez que os efeitos adversos observados neste estudo se manifestam apenas em uma dose muito alta. É importante salientar que o (ØSe)2 desempenha suas propriedades farmacológicas em doses mais baixas do que as testadas neste trabalho.
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Expressão de hsp70 e hsp83 no desenvolvimento de Drosophila em resposta ao estresse químico causado por disseleneto de difenila e paraquat / Hsp70 and 83 expression in Drosophila development in response to chemical stress caused by diphenyl diselenide and paraquatGolombieski, Ronaldo Medeiros January 2007 (has links)
Visando contribuir para o conhecimento da dinâmica do estresse celular por agentes químicos e físicos e suas possíveis implicações sobre a mobilização de elementos transponíveis presentes em Drosophila, foram realizadas diferentes abordagens experimentais utilizando a espécie cosmopolita Drosophila melanogaster, e as espécies neotropicais do subgrupo willistoni, D. willistoni (três linhagens) D. equinoxialis, D. paulistorum, D. insularis e D. tropicalis. Foi verificado o efeito tóxico de disseleneto de difenila ((PhSe)2) durante diferentes estágios do ciclo de vida da Drosophila melanogaster e das espécies do subgrupo willistoni. Em D. melanogaster, as moscas adultas foram mais resistentes a intoxicação por (PhSe)2 do que larvas e pupas. De uma maneira geral as espécies do subgrupo willistoni são mais sensíveis à intoxicação por selênio do que a D. melanogaster, possivelmente explicado e de acordo com a recentemente demonstrada ausência de homologia de genes para selenoproteínas no genoma de D. willistoni com todas as onze outras espécies sequenciadas. O potencial do selênio para promover estresse celular em D. melanogaster foi evidenciado através da transcrição do gene hsp83 por Northern blot. Nas espécies do subgrupo willistoni a expressão deste gene e do hsp70 foi abordada através de Real Time PCR em resposta ao selênio e ao paraquat, que igualmente foi mais tóxico nos estágios iniciais de desenvolvimento. Os resultados da expressão dos genes de estresse, entretanto, não foram conclusivos, bem como a procura da transposase do elemento P em resposta aos tratamentos. Apesar disso foram estabelecidas às condições experimentais para a realização de experimentos futuros. / Aiming to contribute to the knowledge of the dynamics of cell stress caused by chemical and physical agents and the likely implications thereof in the mobilization of transposable elements present in Drosophila, different experimental approaches were adopted using the cosmopolitan species Drosophila melanogaster and the Neotropical species of the willistoni subgroup, D. willistoni (three strains), D. equinoxialis, D. willistoni, D. paulistorum, D. insularis and D. tropicalis. The toxic effect of diphenyl diselenide [(PhSe)2] was observed in the different life cycles of Drosophila melanogaster and of the species of the willistoni subgroup. D. melanogaster adult flies were more resistant to intoxication by (PhSe)2 as compared to larvae and pupae. Generally speaking the species belonging to the willistoni subgroup are more sensitive to intoxication by selenium as compared to D. melanogaster, which is possibly explained and in accordance to the recently demonstrated absence of gene homology of selenoproteins in the D. willistoni genome with all that of the other eleven species sequenced. The evidence of the potential exhibited by selenium to promote cell stress in D. melanogaster is shown by the hsp83 gene transcription analyzed by Northern blot. In the species of the willistoni subgroup, the expression of the hsp83 and of the hsp70 genes was analyzed by Real Time PCR in response to selenium and paraquat, which was equally more toxic in the early development stages. Nevertheless, the results of the stress gene expression were inconclusive, as well as the search for P element transposase in response to treatments. In spite of that, the experimental conditions required for future research have been established.
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Ação convulsivante do disseleneto de difenila em ratos: estudo dos mecanismos neuroquímicos e da toxicocinética / Convulsive action of diphenyl diselenide in rats: study of the neurochemistry mechanisms and toxicokineticPrigol, Marina 27 July 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In recent years have been identifical numerous pharmacological properties of a selenium compound, diphenyl diselenide [(PhSe)2]. Consequently, it is important the investigation of its toxic effect for a safe application in pharmacological studies. It is known that babies, in particular, have many physiological and biochemical changes related to development, which increase the susceptibility to toxic effects of drugs. Thus, the article 1 investigated the appearance of seizure episodes induced by (PhSe)2 when administered orally at doses
of 5 to 500 mg/kg in rat pups (pos natal day 12-14) and the possible glutamatergic (article 2) and GABAergic (article 3) mechanisms involved in this process. Some studies using different experimental models have demonstrated the most different pharmacological and
toxicodynamics properties of (PhSe)2. However, little is known about the toxicokinetic disposition of this compound. Therefore, the aim of article 4 was to determine and quantify the plasma levels of (PhSe)2 in adult mice and rats after oral (p.o.) administration of 500 mg/kg (PhSe)2; to verify the involvement of different routes of administration, vehicle and animal species in plasma levels of (PhSe)2 and in the onset of the first seizure
episode induced by it. In article 5, it was determined and quantified the levels of (PhSe)2 in plasma, liver and brain of rat pups and these levels were correlated to the latency for the onset of the first seizure episode. To obtain more information about the compound, which
were to supplement the data obtained, we carried out in vitro kinetic models. The manuscript 1 investigated the drug-like properties of (PhSe)2 in regards to stability,
solubility, absorption and plasma protein binding (PPB) in vitro. In manuscript 2, it was conducted an in vitro study in order to identify possible metabolic pathways responsible for the biotransformation of (PhSe)2 in the body. Results of article 1 showed that administration of (PhSe)2 caused toxicity in rat pups, evidenced by the appearance of seizures. These were dose dependent and were, at least in part, related to oxidative stress.
Among the mechanisms involved in the convulsive effect of (PhSe)2 were the interaction with: glutamatergic system by stimulating the inotropic glutamatergic receptors NMDA
and by inhibiting the uptake of glutamate (Article 2); GABAergic system by antagonize the GABAA receptor, stimulating GABA transaminase enzyme and increasing GABA
uptake (Article 3). The article 4 revealed that the maximum concentration of (PhSe)2 in the plasma of adult rats and mice occurred 30 minutes after p.o administration of the compound and remained detectable up to 8 hours after administration. The use of different routes of administration (intraperitoneal (i.p.), p.o., subcutaneous (s.c.)) or vehicle (canola oil or dimethyl sulfoxide (DMSO)) in rats and mice indicated that the onset of the first seizure episode and plasma levels are dependent on the route of administration (i.p. > p.o. > s.c.), vehicle (DMSO > canola oil) and animal species (mouse > rat). In article 5, it was observed that rat pups showed seizures even presenting lower plasma values of (PhSe)2 as
compared to adults. This result demonstrated that rat pups are more sensitive to the toxic effects of (PhSe)2 than adult rats. Levels of (PhSe)2 in the liver and brain of rat pups showed a negative correlation with the latency to the first seizure episode. The manuscript 1 showed that (PhSe)2 has chemical and biological stability. However, the compound has a low solubility in water, a high partition coefficient octanol-water and an extensive plasma
protein binding. Manuscript 2 indicated that (PhSe)2 is not biotranformed by Phase I reactions, catalyzed by cytochrome P450. It reacted chemically with reduced glutathione (GSH) and N-acetylcysteine (NAC) to form adducts or reacts with protein SH groups. The presence of GSH or NAC in the incubation medium decreased the binding of (PhSe)2 protein. Finally, it was observed that (PhSe)2 reduced the activity of cytochrome P450. Together, the data presented showed that the intensity of toxic effects caused by (PhSe)2 are directly related to its toxicokinetic. / Nos últimos anos, têm sido identificadas inúmeras propriedades farmacológicas do composto de selênio disseleneto de difenila [(PhSe)2]. Assim, a pesquisa dos efeitos tóxicos deste composto torna-se importante para a segurança na aplicação farmacológica. Sabe-se que os bebês, em particular, apresentam muitas mudanças fisiológicas e bioquímicas relacionadas ao desenvolvimento, que aumentam a
suscetibilidade aos efeitos tóxicos de drogas. Desta forma, no artigo 1 investigou-se o aparecimento de convulsões induzida pelo (PhSe)2, quando administrado pela via oral (p.o), nas doses de 5 à 500 mg/kg em ratos bebês (12-14 dias de vida) bem como os possíveis mecanismos glutamatérgicos (Artigo 2) e GABAérgicos (Artigo 3) envolvidos em tal processo. Vários estudos, utilizando diferentes modelos experimentais demonstraram as mais diferentes propriedades farmacológicas e toxicodinâmicas do (PhSe)2 no entanto, pouco se conhece sobre a toxicodinâmica deste composto. Por isso, o objetivo do artigo 4 foi determinar e quantificar os níveis plasmáticos de (PhSe)2 em ratos e camundongos adultos após a administração p.o. de (PhSe)2 na dose de 500 mg/kg; bem como verificar o envolvimento de diferentes vias de administração, veículos e espécie animal nos níveis plasmáticos do composto e no aparecimento de convulsões induzidas pelo mesmo. No artigo 5, determinou-se e
quantificou-se os níveis de (PhSe)2 no plasma, fígado e cérebro de ratos bebês e correlacionou-se estes níveis à latência para o aparecimento de convulsões. Devido a
necessidade de obter mais informações sobre o composto, que viessem a complementar os dados obtidos, realizou-se modelos cinéticos in vitro. O manuscrito 1 investigou
parâmetros relacionados a estabilidade, solubilidade, absorção e ligação às proteínas plasmáticas do (PhSe)2 in vitro. No manuscrito 2 realizou-se um estudo in vitro para identificar as vias metabólicas responsáveis pela biotransformação do (PhSe)2 no organismo. Os resultados do artigo 1 demonstraram que a administração de (PhSe)2
causou toxicidade em ratos bebês, evidenciada pelo aparecimento de convulsões. Estas são dependentes da dose utilizada e estão, pelo menos em parte, relacionadas ao
estresse oxidativo. Dentre os mecanismos neuroquímicos envolvidos no efeito convulsivante do (PhSe)2 estão a interação com o sistema glutamatérgico, por estimular os receptores glutamatérgicos ionotrópicos do tipo NMDA e por inibir a captação de glutamato (Artigo 2); e com o sistema GABAérgico, por antagonizar os receptores GABAégicos do tipo GABAA, estimulando a enzima GABA transaminase e
estimulando a captação de GABA (Artigo 3). O artigo 4 demonstrou que concentração máxima de (PhSe)2 no plasma de ratos e camundongos adultos ocorreu 30 minutos após
a administração pela via oral do composto e permaneceu detectável até 8 horas após sua administração. O uso de diferentes vias de administração (intraperitonial (i.p); p.o;
subcutânea (s.c)) e veículo (óleo de canola ou dimetil sulfóxido (DMSO)) em ratos e camundongos indicou que o aparecimento de convulsões e os níveis plasmáticos de
(PhSe)2 são dependentes da via de administração (i.p > p.o > s.c), do veículo (DMSO > óleo de canola) e da espécie animal (camundongo > rato). No artigo 5 observou-se ainda que os ratos bebês convulsionaram mesmo apresentando níveis plasmáticos menores de composto que os adultos, o que nos leva a crer que estes são mais sensíveis aos feitos tóxicos do (PhSe)2. Os níveis de (PhSe)2 no fígado e no cérebro de ratos
bebês no momento do episódio convulsivo apresentaram uma correlação negativa com a latência para o primeiro episódio convulsivo. O manuscrito 1 revelou que o (PhSe)2
apresenta estabilidade química e biológica. No entanto, o composto apresenta uma baixa solubilidade em água, um alto coeficiente de partição octanol-água e uma extensa
ligação às proteínas plasmáticas. O manuscrito 2 indicou que o (PhSe)2 não é biotransformado por reações de fase I catalizadas pelo citocromo P450. O composto reage quimicamente com a glutationa reduzida (GSH) e a N-acetilciateína (NAC), formando adutos ou ainda reage com grupos SH de proteínas. A presença de GSH ou NAC no meio de incubação diminuiu a ligação do (PhSe)2 às proteínas. Por fim, foi observado que o (PhSe)2 reduziu a atividade das enzimas do citocromo P450. Em conjunto, os resultados desta tese demonstraram que a intensidade dos efeitos tóxicos
causados pelo (PhSe)2 estão diretamente relacionados a sua toxicocinética.
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Disseleneto de difenila: Um organocalcogênio com baixa toxicidade em não roedores e importantes propriedades anti-aterogênicas em modelos in vivo e in vitro / Diphenyl Diselenide: an organoselenium compound with low toxicity in non rodents and importants antiatheorgenic propertiesBem, Andreza Fabro de 01 June 2007 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Atherosclerosis is a chronic inflammatory condition associated with an overproduction of oxidant species. Since low density lipoprotein (LDL) oxidation plays a key role in the pathogenesis of atherosclerosis, antioxidants that can inhibit this oxidative process might be useful in preventing atherosclerosis-related pathological conditions, such as cardiovascular diseases and stroke. Here, we investigated the potential toxicological effects and the anti-atherogenic properties of diphenyl diselenide (PhSe)2, a simple organoselenium compound that presents important antioxidant properties. Toxicological studies, revealed that (PhSe)2, orally administered, produced minor toxicological effects in rabbits exposure for a long term. The toxic potential of (PhSe)2 was evidenced by a decrease in the ascorbic acid contents in blood, liver and brain of rabbits. Nevertheless, the prolonged exposition with (PhSe)2 was not hepato or renotoxic and not modified the others oxidative stress parameters. The consumption of (PhSe)2 by hipercholesterolemic rabbits significantly decreased the serum cholesterol levels and also diminished the serum and hepatic levels of TBARS, as well as the production of free radical species in blood and brain. In vitro studies demonstrated that (PhSe)2 showed a dosedependent protective effect against Cu2+ and 2,2-azobis-2-amidinopropane (AAPH)-induced oxidation of LDL or parinaric acid (PnA) incorporated into isolated human LDL. Interestingly, (PhSe)2 also protected protein moieties from human isolated LDL against Cu2+-induced oxidation. These effects were related to its thiol-peroxidase activity. In experiments with primary cultures of bovine aortic endothelial cells (BAEC), (PhSe)2 protected endothelial cells from the damage promoted by peroxynitrite exposure, in a more effective way than ebselen. The intracellular levels of glutathione (GSH) were almost completely consumed by peroxynitrite and although the compounds did not restore the normal levels, (PhSe)2 per se increases significantly GSH in a concentration-dependent manner. This effect may be related
with the significant increase in cellular glutathione peroxidase (GPx) activity promoted by this compound. Taken together, the results indicated that (PhSe)2 is relatively safe for rabbits even after a prolonged time of ingestion and suggest a new role for diphenyl diselenide as a potential anti-atherogenic agent. / A aterosclerose é uma condição inflamatória crônica associada à produção de espécies oxidantes. A oxidação da lipoproteína de baixa densidade (LDL) parece ter um papel fundamental na patogênese da aterosclerose, desta forma os
antioxidantes, substâncias capazes de inibir o processo oxidativo, podem ser úteis na prevenção das condições patológicas associadas à aterosclerose, como doenças
cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais. Nesta tese, investigou-se os potenciais efeitos toxicológicos e as propriedades anti-aterogênicas do disseleneto de difenila (PhSe)2, um simples composto orgânico de selênio que apresenta importantes propriedades antioxidantes. Os estudos toxicológicos revelaram que o (PhSe)2 oralmente administrado produziu poucos efeitos tóxicos nos coelhos expostos ao composto por um longo período de tempo. O principal efeito tóxico do (PhSe)2 foi a diminuição dos níveis de ácido ascórbico no sangue, fígado e cérebro dos coelhos. Todavia, a exposição prolongada ao (PhSe)2 não alterou os marcadores clássicos de lesão hepática e renal e os demais marcadores do
estresse oxidativo. O consumo de (PhSe)2 por coelhos hipercolesterolêmicos diminuiu significativamente os níveis sorológicos de colesterol total e ainda reduziu os níveis sanguíneos e hepáticos de TBARS, bem como a produção de espécies oxidativas no sangue e no cérebro destes animais. Estudos in vitro demonstraram que o (PhSe)2 protegeu LDLs humanas isoladas contra a oxidação induzida por Cu2+
e AAPH e a oxidação do ácido parinárico (PnA) incorporado nas LDLs de maneira concentração dependente. O (PhSe)2 também foi capaz de prevenir a oxidação da porção protéica das LDLs. Estes efeitos protetores do (PhSe)2 foram associados a sua atividade tiol peroxidase. Em experimentos utilizando cultura primária de células endoteliais de aorta bovina (BAEC), evidenciou-se o efeito protetor do (PhSe)2
contra a morte celular induzida pelo peroxinitrito, de forma mais efetiva que o ebselen. Os níveis intracelulares de glutationa (GSH) foram completamente consumidos pelo peroxinitrito. O (PhSe)2 per se aumentou significativamente os
níveis de GSH de maneira concentração dependente, todavia, a adição dos compostos não preveniu o consumo de GSH pelo peroxinitrito. Este efeito pode ser relacionado com o significativo aumento na atividade celular da glutationa
peroxidase (GPx) promovido pelo (PhSe)2. Em conclusão estes resultados indicam que a suplementação oral com (PhSe)2 demonstrou baixa toxicidade nos coelhos mesmo após uma ingestão prolongada do composto e sugere-se um novo papel
para o (PhSe)2 como um potencial agente anti-aterogênico.
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Expressão de hsp70 e hsp83 no desenvolvimento de Drosophila em resposta ao estresse químico causado por disseleneto de difenila e paraquat / Hsp70 and 83 expression in Drosophila development in response to chemical stress caused by diphenyl diselenide and paraquatGolombieski, Ronaldo Medeiros January 2007 (has links)
Visando contribuir para o conhecimento da dinâmica do estresse celular por agentes químicos e físicos e suas possíveis implicações sobre a mobilização de elementos transponíveis presentes em Drosophila, foram realizadas diferentes abordagens experimentais utilizando a espécie cosmopolita Drosophila melanogaster, e as espécies neotropicais do subgrupo willistoni, D. willistoni (três linhagens) D. equinoxialis, D. paulistorum, D. insularis e D. tropicalis. Foi verificado o efeito tóxico de disseleneto de difenila ((PhSe)2) durante diferentes estágios do ciclo de vida da Drosophila melanogaster e das espécies do subgrupo willistoni. Em D. melanogaster, as moscas adultas foram mais resistentes a intoxicação por (PhSe)2 do que larvas e pupas. De uma maneira geral as espécies do subgrupo willistoni são mais sensíveis à intoxicação por selênio do que a D. melanogaster, possivelmente explicado e de acordo com a recentemente demonstrada ausência de homologia de genes para selenoproteínas no genoma de D. willistoni com todas as onze outras espécies sequenciadas. O potencial do selênio para promover estresse celular em D. melanogaster foi evidenciado através da transcrição do gene hsp83 por Northern blot. Nas espécies do subgrupo willistoni a expressão deste gene e do hsp70 foi abordada através de Real Time PCR em resposta ao selênio e ao paraquat, que igualmente foi mais tóxico nos estágios iniciais de desenvolvimento. Os resultados da expressão dos genes de estresse, entretanto, não foram conclusivos, bem como a procura da transposase do elemento P em resposta aos tratamentos. Apesar disso foram estabelecidas às condições experimentais para a realização de experimentos futuros. / Aiming to contribute to the knowledge of the dynamics of cell stress caused by chemical and physical agents and the likely implications thereof in the mobilization of transposable elements present in Drosophila, different experimental approaches were adopted using the cosmopolitan species Drosophila melanogaster and the Neotropical species of the willistoni subgroup, D. willistoni (three strains), D. equinoxialis, D. willistoni, D. paulistorum, D. insularis and D. tropicalis. The toxic effect of diphenyl diselenide [(PhSe)2] was observed in the different life cycles of Drosophila melanogaster and of the species of the willistoni subgroup. D. melanogaster adult flies were more resistant to intoxication by (PhSe)2 as compared to larvae and pupae. Generally speaking the species belonging to the willistoni subgroup are more sensitive to intoxication by selenium as compared to D. melanogaster, which is possibly explained and in accordance to the recently demonstrated absence of gene homology of selenoproteins in the D. willistoni genome with all that of the other eleven species sequenced. The evidence of the potential exhibited by selenium to promote cell stress in D. melanogaster is shown by the hsp83 gene transcription analyzed by Northern blot. In the species of the willistoni subgroup, the expression of the hsp83 and of the hsp70 genes was analyzed by Real Time PCR in response to selenium and paraquat, which was equally more toxic in the early development stages. Nevertheless, the results of the stress gene expression were inconclusive, as well as the search for P element transposase in response to treatments. In spite of that, the experimental conditions required for future research have been established.
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Atividade hipolipidêmica do disseleneto de difenila na hiperlipidemia induzida por triton wr-1339 em camundongos / Hypolipidaemic activity of diphenyl diselenide in triton wr-1339-induced hyperlipidaemia in miceRocha, Juliana Trevisan da 26 November 2009 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / In mammals, the liver plays a central role in whole-body lipid metabolism. Unfortunately, dysregulation of these pathways has been implicated in hyperlipidemias. In recent years, a significant association between the trace element selenium and hypercholesterolaemia in human and animals has been reported. This study was designed to investigate a potential hypolipidaemic effect of diphenyl diselenide ((PhSe)2) in Triton WR-1339-induced hyperlipidaemia in mice. Triton was administered intraperitoneally (400 mg/kg) to overnight-fasted mice to develop acute hyperlipidaemia. (PhSe)2 was administered orally (10 mg/kg) 30 min before Triton. At 24 h after Triton injection, blood samples were collected to measure plasma lipid levels. The hepatic thiobarbituric acid reactive substances and ascorbic acid levels as well as catalase and glutathione peroxidase activity were recorded. (PhSe)2 administration significantly lowered total cholesterol, non-high- density lipoprotein-cholesterol and triglycerides,whilst it increased high-density lipoprotein-cholesterol levels in plasma of hyperlipidaemic mice. Neither oxidative stress nor the antioxidant effect of (PhSe)2 was observed in the mouse liver in this experimental protocol. These findings indicated that (PhSe)2 was able to lower plasma lipid concentrations. Further studies are needed to elucidate the exact mechanism by which (PhSe)2 exerted its hypolipidaemic effect in the management of hyperlipidaemia. / Nos mamíferos, o fígado desempenha um papel extremamente importante na manutenção da homeostase do metabolismo dos lipídios plasmáticos. Entretanto, problemas na regulação desses mecanismos têm sido implicados na ocorrência de dislipidemias (alterações na concentração adequada de lipídios no plasma). Nos últimos anos, tem sido evidenciada a existência de uma relação entre os níveis de selênio (Se) e o aumento nas concentrações plasmáticas de lipídios em humanos e animais. Dessa forma, o presente trabalho teve por objetivo investigar um possível efeito hipolipidêmico do (PhSe)2, um composto orgânico de Se, no modelo de hiperlipidemia aguda induzida por Triton WR-1339 em camundongos, bem como investigar se a hiperlipidemia aguda induzida pela administração intraperitonial (i.p.) de Triton WR-1339 altera parâmetros relacionados à ocorrência de dano oxidativo no tecido hepático de camundongos e determinar se o efeito antioxidante do (PhSe)2 está presente nesse processo. Para isso, o Triton WR-1339 foi injetado i.p. (400 mg/kg) em camundongos que estavam em jejum de 12 horas. O (PhSe)2 foi administrado oralmente (10 mg/kg) 30 minutos antes do Triton WR-1339. 24 horas após a injeção do Triton WR-1339, amostras de sangue foram coletadas para dosagem das concentrações de lipídios plasmáticos. Os níveis de espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e ácido ascórbico, bem como a atividade das enzimas catalase e glutationa peroxidase foram determinados no tecido hepático. A administração de (PhSe)2 foi capaz de prevenir o aumento nos níveis de colesterol total, colesterol não-HDL e triglicerídeos bem como aumentar os níveis de HDL-colesterol no plasma de camundongos hiperlipidêmicos. No protocolo experimental utilizado nesse estudo não foram observadas alterações nos parâmetros hepáticos de estresse oxidativo analisados. Conseqüentemente, o efeito antioxidante do (PhSe)2 não pode ser verificado. Os resultados obtidos nesse trabalho encorajam a realização de estudos posteriores no intuito de elucidar o exato mecanismo através do qual o (PhSe)2 exerce seu efeito hipolipidêmico.
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AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DO DISSELENETO DE DIFENILA EM REDUZIR A FALÊNCIA HEPÁTICA AGUDA INDUZIDA POR PARACETAMOL EM CAMUNDONGOS / EVALUATION OF THE CAPACITY OF DIPHENYL DISELENIDE IN REDUCING ACUTE LIVER FAILURE INDUCED BY PARACETAMOL IN MICERosa, Edovando José Flores da 18 September 2013 (has links)
Paracetamol (APAP) is commonly used analgesic and antipyretic, however high doses can induce damage hepatic. The metabolic N-acetyl-p-benzoquinone imine (NAPQI) is responsible for the toxic effects. The accumulation of this metabolic causes oxidative stress, cellular death and tissue necrosis. Toxicity of APAP is also related to development of inflammation, accumulation of neutrophils and release of proinflammatory mediators. The treatment consists of the N-acetylcysteine administration, which it must be administered quickly. The diphenyl diselenide (PhSe)2 is an organoselenium compound that exhibit antioxidant activity and pharmacological proprieties. The aim of this study is evaluate the ability of (PhSe)2 in reducing acute liver failure induced by APAP in mice. The animals received APAP 600 mg/kg, and after 1h were treated with (PhSe)2 15.6 mg/kg. After 4h APAP administration was collected serum and hepatic tissue for analysis. APAP administration caused severe damage hepatic, oxidative stress induction and glutathione levels reduction. APAP also caused increase of myeloperoxidase activity. The treatment with (PhSe)2 was effective in reduction of alterations caused by APAP, suggesting a promising therapeutic option for the treatment of acute liver failure. / O paracetamol (APAP) é comumente usado como analgésico e antipirético, porém doses elevadas podem induzir dano hepático. O metabólito N-acetil-p-benzoquinina imina (NAPQI), é responsável pelos efeitos tóxicos. O acúmulo deste metabólito ocasiona estresse oxidativo, morte celular e necrose tecidual. A toxicidade do APAP também está relacionada com desenvolvimento de inflamação, acúmulo de neutrófilos e liberação de mediadores pró-inflamatórios. O tratamento consiste na administração de N-acetilcisteína, a qual deve ser administrada relativamente cedo. O disseleneto de difenila (PhSe)2 é um composto orgânico de selênio que apresenta atividade antioxidante e propriedades farmacológicas. O objetivo deste estudo é avaliar a capacidade do (PhSe)2 em reduzir a falência hepática aguda induzida pelo APAP em camundongos. Os animais receberam APAP 600 mg/kg, e 1h após foram tratados com (PhSe)2 15,6 mg/kg. Após 4 h da administração de APAP coletou-se amostras de soro e tecido hepático para as análises. O APAP ocasionou severo dano hepático, indução de estresse oxidativo e redução dos níveis de glutationa. O APAP também provocou aumento na atividade da mieloperoxidase. O tratamento com (PhSe)2 mostrou-se efetivo na redução das alterações geradas pelo APAP, sugerindo uma opção terapêutica promissora para o tratamento da falência hepática aguda.
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Efeito do disseleneto de difenila sobre a toxicidade induzida por cloreto de mercúrio em camundongos / Effect of diphenyl diselenide on toxicity induced by mercuric chloride in miceBrandão, Ricardo 04 December 2008 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Mercury is a metal without physiological functions in human body and is toxic to
human beings. This metal has many applications in industry and, therefore it is very
important in occupational and environmental exposure. The toxicity of mercury depends
on the form of the metal and can affect several organs, such as brain, kidney and liver.
In addition, mercury can cause alteration in hematological and immunological systems.
The oxidative stress seems to be involved in toxicity induced by mercury, since this
metal may cause an increase in the production of reactive oxygen species (ROS) and
disturbances in enzymatic and non-enzymatic antioxidant defense systems. Thus, in
addition to conventional therapies using chelating agents, therapies using antioxidants
are tested in an attempt to reduce the toxic effects of this metal. Since diphenyl
diselenide (PhSe)2 has several pharmacological properties, including antioxidant action,
our goal was to verify the effect of this compound in different models of exposure to
mercuric chloride (HgCl2) in mice. The use of another antioxidant agent, Nacetylcysteine
(NAC), and a chelating agent of reference, 2,3-dimercapto-1-propanosulfonato (DMPS), were also evaluated. The results showed that the
concomitant and acute exposure to HgCl2 and therapeutic agents tested presented toxic
effects. In fact, the administration of DMPS and NAC, in animals exposed to HgCl2,
caused renal toxicity in mice, which was evidenced by an increase in the urea and
creatinine levels and by reduction on renal Na+, K+-ATPase activity. This can be
explained by a possible formation of complexes between the metal and these agents.
The administration of (PhSe)2 caused 100% of death in animals exposed to HgCl2. The
toxic effects of HgCl2 + (PhSe)2 association affects the hepatic tissue and especially the
renal tissue. Hepatic damage was characterized by an increase in the lipid peroxidation
levels and reduction in catalase activity from animals of HgCl2 + (PhSe)2 group. Renal
damage was characterized by biochemical markers in plasma and urine of mice.
Moreover, mice exposed to the association between HgCl2 and (PhSe)2 showed
inhibitions in renal glutathione S-transferase (GST) and Na+, K+-ATPase activities. The
oxidative damage in renal tissue was evidenced by increase in the lipid peroxidation
levels and increase in ascorbic acid concentration in mice exposed to HgCl2 + (PhSe)2
group. Increased levels of hemoglobin and hematocrit were also observed in mice of
HgCl2 + (PhSe)2 group and renal damage seems to be involved in this effect. The
formation of a complex between HgCl2 and (PhSe)2, which displays pro-oxidant activity,
is the most probably hypothesis to explain this toxicity. We observed also that the
preventive therapy with (PhSe)2 was effective in protecting against immunological and
hematological alterations induced by subchronic HgCl2 exposure. In fact, exposure to
HgCl2 caused anemia in mice, which was observed by reducing in the hemoglobin,
erythrocytes and hematocrit levels. Moreover, levels of leukocytes and platelets were
also reduced by exposure to HgCl2. The immunological changes were evidenced by
increase in immunoglobulins levels. All these changes, hematological and
immunological, were reduced by (PhSe)2 pre-treatment. The antioxidant activity of this
selenium compound seems to be involved in this mechanism of protection, as well as
the formation of a inactive ternary complex between mercury, selenium and
selenoprotein P. (PhSe)2 also presented similar effects when compared to DMPS in
restored renal and hematological damage observed after subchronic exposure to HgCl2.
The hematological changes (decrease in erythrocytes, leukocytes and platelets levels)
and changes in renal tissue, observed by increase in the plasmatic urea, creatinine, and
uric acid levels and renal lipid peroxidation, induced by exposure to HgCl2, were
reversed by (PhSe)2 and DMPS, individually administered. However, the combined use
of (PhSe)2 and DMPS did not present good results, since the individual therapies with
these two agents were more effective than the combined administration. Based on these
results, we can conclude that the use of (PhSe)2 against the HgCl2 toxicity should be
further studied, since, depending on the experimental model, the results can be
beneficial or there may be a potentiation of the toxic effects of mercury. / O mercúrio (Hg) é um elemento ainda sem função fisiológica no organismo
humano, sendo tóxico aos seres vivos. Este metal possui ampla aplicação na indústria
sendo, portanto, bastante importante na exposição ocupacional e ambiental. A
toxicidade do mercúrio depende da forma deste metal e pode afetar inúmeros órgãos,
tais como o cérebro, os rins e o fígado e, ainda, causar alterações hematológicas e
imunológicas. O estresse oxidativo parece estar envolvido na toxicidade induzida pelo
mercúrio, uma vez que este metal pode causar um aumento na produção de espécies
reativas de oxigênio (EROs) e distúrbios nos sistemas de defesa antioxidante
enzimáticos e não-enzimáticos. Desta forma, além das terapias convencionais por meio
de agentes quelantes, terapias utilizando agentes antioxidantes são testadas na
tentativa de reduzir os efeitos tóxicos deste metal. Considerando que o composto
disseleneto de difenila (PhSe)2 possui inúmeras propriedades farmacológicas, dentre as
quais destaca-se a sua ação antioxidante, o nosso objetivo foi verificar o efeito deste
composto em diferentes modelos de exposição ao cloreto de mercúrio (HgCl2) em
camundongos. As utilizações de outro agente antioxidante, a N-acetilcisteína (NAC), e
de um agente quelante de referência, o ácido 2,3-dimercapto-1-propanosulfônico
(DMPS), também foram avaliadas. Os resultados obtidos demonstraram que quando o
HgCl2 foi administrado de forma aguda e a utilização dos agentes terapêuticos testados
ocorreu de forma concomitante, efeitos tóxicos decorrentes destas interações foram
observados. De fato, a administração de NAC e DMPS, em animais expostos ao HgCl2,
causou toxicidade renal nos camundongos, o que foi evidenciado através de um
aumento nos níveis de uréia e creatinina e através da redução na atividade da enzima
Na+, K+-ATPase renal. Esta toxicidade foi devida a uma possível formação de
complexos tóxicos entre o metal e estes agentes. A administração de (PhSe)2 causou
100% de morte nos animais expostos ao HgCl2. Os efeitos tóxicos decorrentes desta
associação afetam o tecido hepático e, principalmente, o tecido renal. O dano hepático
foi caracterizado pelo aumento nos níveis de peroxidação lipídica e redução na
atividade da enzima catalase nos animais do grupo HgCl2 + (PhSe)2. O dano renal foi
caracterizado através de marcadores bioquímicos no plasma e na urina dos
camundongos. Além disso, os camundongos expostos a associação entre o HgCl2 e o
(PhSe)2 apresentaram inibições na atividade das enzimas glutationa S-transferase
(GST) e Na+, K+-ATPase renal. O dano oxidativo no tecido renal foi evidenciado através
do aumento nos níveis de peroxidação lipídica e aumento na concentração de ácido
ascórbico nos camundongos expostos ao HgCl2 e ao (PhSe)2, de forma concomitante.
Elevados valores de hemoglobina e hematócrito também foram observados nos
camundongos do grupo HgCl2 + (PhSe)2 e o dano renal parece estar envolvido neste
efeito. A formação de um complexo entre o HgCl2 e o (PhSe)2, o qual apresenta
atividades pró-oxidantes, é a hipótese mais provável para explicar esta toxicidade. Foi
observado também que a terapia preventiva com o (PhSe)2 foi efetiva em proteger
contra os danos nos sistemas hematológico e imunológico induzidos de forma
subcrônica pelo HgCl2. De fato, a exposição ao HgCl2 causou anemia nos
camundongos, o que foi observado através da redução nos níveis de hemoglobina,
contagem de eritrócitos e no hematócrito. Além disso, os níveis de leucócitos e
plaquetas também foram reduzidos pela exposição ao metal. As alterações
imunológicas foram evidenciadas pelo aumento nos níveis de imunoglobulinas. Todas
estas alterações, hematológicas e imunológicas, foram reduzidas pelo pré-tratamento
com o (PhSe)2. A ação antioxidante deste composto de selênio parece estar envolvida
neste mecanismo de proteção, bem como a formação de um complexo ternário inerte
entre o mercúrio, o selênio e a selenoproteína P. O (PhSe)2 também foi tão efetivo
quanto o DMPS em reverter os danos renal e hematológico observados após a
exposição subcrônica ao HgCl2. As alterações hematológicas (diminuição nos níveis de
eritrócitos, leucócitos e plaquetas) e as alterações no tecido renal, observadas através
do aumento nos níveis de uréia, creatinina e ácido úrico plasmáticos e através da
peroxidação lipídica renal, induzidos pela exposição ao HgCl2, foram revertidas pelas
administrações individuais de (PhSe)2 e DMPS. Entretanto, a utilização do (PhSe)2 de
forma associada ao DMPS não apresentou bons resultados, uma vez que as
administrações individuais destes dois agentes foram mais eficazes do que a
administração combinada. Com base nos resultados obtidos, nós podemos concluir que
a utilização do (PhSe)2 em intoxicações pelo HgCl2 deve ser ainda mais estudada, já
que, dependendo do modelo experimental utilizado, os resultados podem ser benéficos
ou pode haver uma potencialização dos efeitos tóxicos do mercúrio.
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Avaliação do desgaste promovido pela broca post preparation utilizando imagens de tccb / Study of sulfhydryl chelators (bal, dmps and dmsa): effects on toxicological parameters and models of cadmium intoxicationCibin, Francielli Weber Santos 03 January 2005 (has links)
Several metals are known to disturb cellular functions by binding to thiol groups of biomolecules. Therefore, a possible therapy for metal intoxication is to remove the toxic metals from the bound functional bioligands by administering strong thiol-containing chelators. However, these compounds could remove endogenous metals, which are essential components of many enzyme systems. Thus, the present study was designed to evaluate the effects of chelating agents, meso-2,3-dimercaptosuccinic acid (DMSA), 2,3-dimercaptopropane 1-sulfonate (DMPS) and 2,3-dimercaptopropanol (BAL) per se on toxicological parameters and models of cadmium intoxication. δ-Aminolevulinate dehydratase (δ-ALA-D) activity from human erythrocytes was inhibited by dithiol
chelating agents in a concentration-dependent manner. Dithiotreitol and zinc chloride were able to protect the δ-ALA-D inhibition caused by BAL, DMPS and DMSA in a concentration-dependent manner. Acute treatment with chelating agents caused changes in a number of toxicological parameters in mice. BAL caused a decrease on renal δ-ALA-D
activity and an increase on brain and liver enzyme activity. DMPS caused an inhibition in renal δ-ALA-D activity, while animals that received a single dose of DMSA did not present
δ-ALA-D activity of tissues modified. All three agents produced an increase in both liver and renal lipid peroxidation. Mice that received DMPS presented an increase in renal zinc
concentration and a depletion of hepatic zinc occurred in mice administrated with BAL. Of all the toxic metals found in the environment and used in industry, cadmium occupies a
special place because of the generally intractable nature of cadmium intoxication. Several lines of evidence indicate that reactive oxygen species are involved in cadmium-mediated
tissue damage. Thus, it is believed that antioxidant should be one of the important components of an effective treatment of cadmium poisoning, as well, combined therapy with antioxidants and chelators can yield better therapeutic outcomes than isolated chelation therapy. Acute cadmium-intoxication caused inhibition of δ-ALA-D and superoxide dismutase (SOD) activities, reduction in ascorbic acid levels and increase of lipid peroxidation in mice testes. Also, an increase on plasmatic lactate dehydrogenase (LDH), aspartate aminotransferase (AST) and alanine aminotransferase (ALT) activities was observed. DMSA, DMPS and diphenyl diselenide ((PhSe)2) protected against the
inhibitory effect of cadmium on δ-ALA-D activity and restored the increase of TBARS levels. However, these compounds alone or in combination, were unable to protect SOD activity and to improve ascorbic acid levels near to the normal value. The use of combined therapy (DMSA plus (PhSe)2) not proved be better than the monotherapy, in improving the
toxicological parameters evaluated in this model of testicular damage induced by cadmium. On the other hand, the use of combined therapy (DMPS plus (PhSe)2) proved to be better
than the monotherapy in decreasing cadmium levels in testes and in ameliorating plasmatic AST level. Sub-chronic effects of cadmium-intoxication in mice caused inhibition of δ-ALA-D activity in liver, kidney and spleen and (PhSe)2 therapy was effective in restoring enzyme activity in all tissues. Also, a reduction in ascorbic acid content by cadmium was
observed in kidney and spleen, whereas (PhSe)2 was only effective in improving this reduction in kidney. The therapy with this compound was effective in restoring an increase
of TBARS levels caused by cadmium in liver and brain tissues. In general, the results of this study indicate that it is necessary to investigate the potential toxicity of the chelating
agents, since chelators may be as harmful as the metals they chelate. In addition, (PhSe)2 therapy in cadmium poisoning may be considered, as alone (antioxidant) as combined with
DMPS and DMSA / Diversos metais alteram as funções celulares por serem capazes de se ligar a grupos tióis de biomoléculas. Portanto, uma terapia eficaz na intoxicação por metal seria a
remoção dos metais tóxicos dos bioligantes funcionais através da administração de quelantes contendo grupos tióis. Entretanto, estes compostos poderiam remover metais
endógenos, os quais são componentes essenciais de muitos sistemas enzimáticos. Dessa forma, o presente estudo foi delineado para avaliar os efeitos dos agentes quelantes, ácido
meso-2,3-dimercaptosuccínico (DMSA), ácido 2,3-dimercaptopropano 1-sulfônico (DMPS) and 2,3-dimercaptopropanol (BAL) per se sobre alguns parâmetros toxicológicos e em modelos de intoxicação por cádmio. A atividade da δ-aminolevulinato desidratase (δ- ALA-D) de sangue humano foi inibida pelos agentes quelantes ditiólicos de maneira dependente da concentração. O ditiotreitol e o cloreto de zinco foram efetivos em proteger da inibição da δ-ALA-D causada pelo BAL, DMPS e DMSA de maneira dependente da concentração. O tratamento agudo com os agentes quelantes causou alterações em vários
parâmetros toxicológicos em camundongos. O BAL causou uma diminuição significante na atividade da δ-ALA-D renal e um aumento na atividade da enzima cerebral e hepática. O
DMPS causou uma inibição na atividade da δ-ALA-D de rim, enquanto os animais que receberam uma única dose de DMSA não apresentaram modificação na atividade da enzima nos tecidos. Todos os quelantes produziram um aumento na peroxidação lipídica no fígado e no rim. Os camundongos que receberam o DMPS apresentaram um aumento na
concentração de zinco renal e uma depleção do zinco hepático ocorreu nos camundongos administrados com BAL. De todos os metais tóxicos encontrados no ambiente e utilizados industrialmente, o cádmio ocupa um lugar especial devido à natureza geralmente intratável da intoxicação por este metal. Muitas evidências indicam que as espécies reativas de oxigênio estão envolvidas no dano tecidual induzido pelo cádmio. Então, acredita-se que um antioxidante seja um componente importante de um tratamento efetivo da intoxicação por cádmio, bem como a terapia combinada com antioxidantes e quelantes poderia ser melhor do que a terapia que utiliza apenas os quelantes. A intoxicação aguda por cádmio causou inibição das atividades da δ-ALA-D e da superóxido dismutase (SOD), redução na concentração de ácido ascórbico e aumento da peroxidação lipídica nos testículos dos camundongos. Observou-se também uma elevação da LDH, AST e ALT plasmática. O DMSA, o DMPS e o disseleneto de difenila ((PhSe)2) protegeram do efeito inibitório
induzido pelo cádmio na δ-ALA-D e restauraram o aumento dos níveis de espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). Entretanto, estes compostos sozinhos ou em combinação foram incapazes de proteger a atividade da SOD e em recuperar os níveis de ácido ascórbico. A terapia combinada (DMSA e (PhSe)2) não foi melhor que a monoterapia em restaurar os parâmetros toxicológicos avaliados neste modelo de dano testicular induzido por cádmio. Por outro lado, o uso da terapia combinada (DMPS e (PhSe)2) foi melhor que a monoterapia em reduzir os níveis de cádmio nos testículos e em restaurar o nível da AST
plasmática. A intoxicação sub-crônica por cádmio em camundongos causou inibição da atividade da δ-ALA-D do fígado, rim e baço e a terapia com (PhSe)2 foi efetiva em
restaurar a atividade da enzima em todos os tecidos. Uma redução no conteúdo de ácido ascórbico no rim e no baço foi também observado, enquanto o (PhSe)2 foi efetivo em
restaurar esta redução somente no rim. Além disso, a terapia com este composto foi efetiva em restaurar o aumento dos níveis de TBARS causado pelo cádmio nos tecidos hepático e
cerebral. De maneira geral, os resultados deste estudo indicam que é necessário investigar a toxicidade potencial dos agentes quelantes, uma vez que eles podem ser tão prejudiciais quanto os metais que eles quelam. Além disso, a terapia com (PhSe)2 na intoxicação por cádmio pode ser útil, tanto quando utilizada sozinha (antioxidante) quanto combinado com DMPS ou DMSA
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Disseleneto de p-metoxi fenila atenua o prejuízo cognitivo e a injúria cerebral em um modelo da doença de alzheimer em roedores / P,p -methoxyl-diphenyl diselenide attenuates the cognitive impairment and the brain injury in a sporadic dementia of alzheimer's type in rodentsPinton, Simone 17 September 2012 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Alzheimer s disease (AD) is a progressive neurodegenerative disorder, mainly characterized by memory and intellectual capacity loss. AD is characterized by deposition of amyloid-β peptide, neurofibrillary tangles, neuroinflammation, energy metabolism impairment, oxidative stress and synaptic dysfunction and loss. Its multiple pathological pathways contribute to the difficulty of AD treatment and prevention. Thus, the development of new therapies for AD curing or treatment is a challenge. The purpose of this study was to indicate an organoselenium moiety, p,p -dimethoxyl-diphenyl diselenide [(MeOPhSe)2], as a promising alternative for the treatment and prevention of sporadic dementia of Alzheimer-type (SDAT), using an experimental model of dementia induced by intracerebroventricular (i.c.v.) injection of streptozotocin (STZ) in rodents. Initially, it was investigated the prophylactic action of (MeOPhSe)2. For this, mice were treated with (MeOPhSe)2 (25 mg/kg, by gavage) and STZ (2μl of 2,5mg/ml solution; i.c.v.) or vehicles, and 48h after that, the treatment was repeated. The tasks of step-down-type passive-avoidance (SDPA), Y-maze and Morris water-maze (MWM), that followed this treatment, showed that (MeOPhSe)2 protected against the impairment in learning and memory caused by i.c.v. injection of STZ in mice. (MeOPhSe)2 protected against the increase in reactive species (RS) and the reduction of glutathione (GSH) levels, as well as modulated the antioxidant enzymes. (MeOPhSe)2 inhibited the acetylcholinesterase (AChE) activity, which was increased by STZ. Subsequently, it was investigated the effectiveness of (MeOPhSe)2 in reversing the cognitive impairment and neuronal damage induced by STZ. Therefore, rats were injected with STZ (1.0 mg/8μl; 4μl/ventricle) twice, 48h apart. After 21 days of STZ injection, regular diet fed rats were supplemented with 10ppm of (MeOPhSe)2 during 30 days. At the end of this period, it was observed that (MeOPhSe)2 dietary supplementation reversed STZ-induced memory impairment in MWM, SDPA and object recognition tasks. The results on SDPA and object recognition tasks demonstrated that the (MeOPhSe)2 improved memory in rats per se. STZ enhanced the RS and protein nitration levels in cortex and decreased GSH levels on hippocampus of rats, (MeOPhSe)2 reversed these alterations. (MeOPhSe)2 normalized AChE activity (which was enhanced by STZ) in both cortex and hippocampus, but did not reverse the deficit in cerebral glucose metabolism (ATP turnover was decrease by STZ). (MeOPhSe)2 was effective in reducing STZ-induced neuronal (apoptosis) loss. Moreover, (MeOPhSe)2 suppressed neuroinflammation induced by STZ in the rats hippocampus. The organoselenium inhibited activation of microglia and astrogliosis. Based on these results, it was concluded that: 1) (MeOPhSe)2 protected and reversed the cognitive abilities decline; 2) the mechanisms involved in the neuroprotective effect of (MeOPhSe)2 are: antioxidant, AChE inhibitor; inflammation suppressor; 3) (MeOPhSe)2 did not alter the energy metabolism; and 4) (MeOPhSe)2 reduced the neuronal death. Therefore, the present study demonstrated that (MeOPhSe)2 is a promising alternative for the drug studies for treatment of cognitive disorders such as SDAT. / A doença de Alzheimer (DA) é uma síndrome neurodegenerativa progressiva caracterizada principalmente por uma perda da memória e da capacidade intelectual. Ela é caracterizada pelo depósito de fragmentos β-amilóides; emaranhados neurofibrilares; neuroinflamação; déficit do metabolismo energético; estresse oxidativo e deficiência da neurotransmissão. As múltiplas vias patológicas da DA dificultam sua prevenção e tratamento. Logo, o desenvolvimento de novas terapias para a DA é um desafio. Por esta razão, este trabalho procurou apontar uma nova molécula orgânica contendo selênio, o disseleneto de p-metoxi fenila [(MeOPhSe)2], como uma alternativa promissora para o tratamento e prevenção da demência decorrente da DA (DEDA), usando um modelo experimental de demência induzida pela injeção intracerebroventricular (i.c.v.) de estreptozotocina (ETZ) em roedores. Inicialmente, avaliou-se o efeito profilático do (MeOPhSe)2. Para tal, camundongos receberam uma dose oral do organoselênio (25mg/kg, gavage) 30 minutos antes da ETZ (2μl de uma solução 2,5mg/ml), esse procedimento foi repetido 48horas depois. Os testes da esquiva passiva, do labirinto em Y e aquático de Morris, que sucederam esse tratamento, revelaram que o (MeOPhSe)2 protegeu os camundongos do prejuízo cognitivo induzido pela ETZ. O (MeOPhSe)2 protegeu o tecido cerebral do aumento das espécies reativas (ER) e da diminuição dos níveis de glutationa (GSH) induzidos pela ETZ, assim como modulou a atividade de enzimas antioxidantes. O (MeOPhSe)2 inibiu a atividade da acetilcolinesterase (AChE), a qual foi estimulada pela ETZ. Posteriormente, investigou-se a efetividade do (MeOPhSe)2 em reverter o prejuízo cognitivo e os danos neuronais induzidos pela ETZ. Para isso, a ETZ foi injetada nos ratos (1μg/8μl, 4μl/ventrículo) em 0 e 48horas. Passados 21dias, iniciou-se uma suplementação dietética com 10ppm de (MeOPhSe)2 durante 30dias. Ao final deste período, observou-se que o (MeOPhSe)2 restaurou as habilidades cognitivas prejudicadas pela ETZ nos ratos, nos testes do labirinto aquático de Morris, esquiva passiva e reconhecimento do objeto. Os resultados referentes aos testes do reconhecimento do objeto e da esquiva passiva apontaram que o (MeOPhSe)2 melhorou per se a memória dos ratos. A ETZ aumentou os níveis de ER e de nitração de proteínas no córtex e diminuiu os níveis de GSH no hipocampo dos ratos, o (MeOPhSe)2 reverteu estas alterações. O organoselênio inibiu a atividade da AChE (aumentada pela ETZ) tanto no córtex como no hipocampo dos ratos, mas não modulou o metabolismo da glicose (ETZ diminuiu ATP-turnover). O (MeOPhSe)2 evitou a perda neuronal (apoptose) e inibiu os eventos neurodegenerativos (ativação da caspase-3) induzidos pela ETZ. O (MeOPhSe)2 suprimiu a neuroinflamação induzida pela ETZ no hipocampo dos ratos. O organoselênio inibiu a ativação das células gliais e astrócitárias. Baseado nestes resultados, conclui-se que: 1) O (MeOPhSe)2 protegeu e reverteu o declínio das habilidades cognitivas; 2) Os mecanismos envolvidos no efeito neuroprotetor do (MeOPhSe)2 são: antioxidante; inibidor da AChE; supressor da neuroinflamação; 3) O (MeOPhSe)2 não altera o metabolismo energético; e 4) O (MeOPhSe)2 reduziu a morte neuronal. Assim sendo, este trabalho demonstrou que o (MeOPhSe)2 é uma alternativa promissora para o estudo de drogas para o tratamento de desordens cognitivas como a DEDA.
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