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Impacto na qualidade de vida de um programa educacional para prevenção de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LERDORT)

Santos, Antonio Cardoso dos January 2009 (has links)
Introdução: Os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LERDORT) são um grande problema em saúde pública e frequentemente são causas de incapacidade temporária ou permanente. LERDORT constitui uma síndrome que se manifesta por patologias diversas: sinovites, tenossinovites, neurites, síndrome miofascial, epicondilites, tendinites, bursites, que acometem principalmente os membros superiores, coluna, mas também os membros inferiores. São de etiologia multifatorial: ergonômicas, organizacionais, individuais, psicossociais. Sua incidência é variável dependendo das populações de risco e da acurácia dos registros. Essas patologias têm diagnóstico difícil, onde os sintomas não condizem com os exames clínicos, e têm uma grande variabilidade de tratamentos, que em geral são de eficácia restrita, o que justifica a busca de intervenções de caráter preventivo. Os programas educacionais em saúde têm sido relatados como uma das estratégias de prevenção de LERDORT. Portanto a busca de uma intervenção educacional para prevenção primária de LERDORT, com potencial impacto na qualidade de vida do trabalhador e na produtividade no trabalho, parece ser uma alternativa interessante, e a sua eficácia medida por instrumentos validados mostra-se como um desfecho confiável a ser obtido no estudo. Objetivo: Testar o impacto de um programa educacional para prevenção de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LERDORT) na qualidade de vida de trabalhadores. Métodos: Realizou-se um ensaio clínico aberto onde 101 funcionários de uma empresa de comércio de aços foram randomizados em dois grupos. O grupo intervenção foi submetido a um programa educacional para prevenção de LERDORT de 6 semanas, com encontros de 1 hora, na empresa, com no máximo 25 participantes, onde abordou-se de forma interativa de dinâmica de grupo a multifatoriedade de causas, biomecânica, ergonomia, cuidados posturais, e exercícios específicos. O grupo controle, com a mesma dinâmica e frequência recebeu um programa de orientação geral em saúde sobre: nutrição, obesidade, sono, higiene e prevenção de doenças, manejo de stress, mudanças de estilo de vida, e dicas para uma vida segura e saudável, que de forma objetiva e suscinta também era abordado no grupo intervenção. Os desfechos avaliados foram as variações nos escores de qualidade de vida medidos pelo Medical Outcomes Study 36-Item Short Form Health Survey (SF-36), sendo o principal desfecho o domínio “capacidade funcional” e as variações na capacidade para o trabalho avaliadas pelo Work Limitation Questionnaire (WLQ). Resultados: Cinquenta sujeitos randomizados foram alocados para o grupo intervenção e 51 para o grupo controle, sendo que 6 sujeitos saíram do estudo antes de receber qualquer intervenção. Após 5 semanas não observamos diferenças na variação dos escores do SF-36 e WLQ entre o grupo intervenção e o grupo controle, assim como não houve diferença após 26 semanas. Mas a análise intragrupos demonstrou, na semana 26, uma melhora significativa de alguns domínios do SF-36. No grupo intervenção, houve diferença nos domínios dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos mentais e resumos dos componentes físicos e mentais, e no grupo controle, nos domínios dor, aspectos sociais e resumo dos componentes mentais. No mesmo período de 26 semanas houve melhora do domínio “demanda de produção” do WLQ no grupo controle. Não houve diferença na análise estratificada por trabalhadores de escritório ou da produção. Conclusão: Não há evidência de que um programa educacional específico para prevenção de LERDORT, aplicado no local de trabalho, leve à melhora em curto prazo na qualidade de vida ou produtividade no trabalho, quando comparado com um programa educacional de orientação geral em saúde. Ambos os programas levaram a melhoras em vários domínios do SF-36 e WLQ, mas não no domínio “capacidade funcional”. / Background: Occupational Musculoskeletal Disorders (OMD) represent a major problem in public health and frequently cause of temporary or permanent work incapacity. OMD is defined as a syndrome that includes many diseases: sinovites, tenossinovites, neuritis, tendonitis, miofascial syndrome, bursitis, and that can involve the upper extremity, back, and also the lower extremity. OMD is mutilfactorial, including ergonomic, organizational, individual, psychological and social factors. The incidence is variable according to risk population and the accuracy of the data. Diagnosis of OMD is difficult because many symptoms do not correspond to findings in the clinical examination, and there were several types of treatment with restricted effectiveness. Thus research on preventive interventions is needed. Health educational programs had been reported as a preventive strategy in OMD. Therefore search for an educational intervention aimed to primary prevention in OMD, with impact in quality of life and work productivity, using outcomes measured by validated tools, represent and important unmet need. Objectives: To evaluate the impact in Quality of Life of a specific educational program for prevention of occupational musculoskeletal disorders. Methods: We conducted a randomized controlled trial with 101 clerical and production workers of a steel trading company. The intervention group underwent 6 weekly sessions of specific orientation about prevention of OMD. The 1 hour sessions occurred at the worksite, with up to 25 subjects, utilizing a group dynamic to discuss the mutilfactorial aspects of OMD: biomechanic, ergonomic, postures care, and specific exercises. The control group received an educational program in general health, including themes such as nutrition, avoiding obesity, sleep, hygiene, prevention of diseases, reducing stress, changing lifestyle, and tips for a safe and healthy life. These issues were also debated in the intervention group in a summary way. The outcomes were evaluated by Medical Outcomes Study 36- Item Short Form (SF-36), been the main outcomes the physical functioning domain, and the Work Limitation Questionnaire (WLQ). Results: Fifty subjects were randomized to intervention group and 51 to control group. Six subjects were withdrawn before any intervention. After 5 weeks and 26 weeks no significant differences was shown in the primary outcomes. However, within group analyses showed statistically significant improvement in bodily pain, general health, vitality, mental health, PCS (Physical Component Summary), and MCS (Mental Component Summary) in the intervention group. The control group presented statistically significant improvement in bodily pain, social functioning, MCS, and output demands in WLQ. No difference was shown in the stratified analyses of clerical and production workers. Conclusion: No evidence was shown that a specific educational program for prevention of OMD at the worksite improved life quality or work productivity in a short time, when compared with an educational program in general health. Both programs improved several domains of SF-36 and WLQ, but not in physical functioning.
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Impacto da psicoeducação na recuperação sintomática e funcional dos pacientes bipolares / Impact of psychoeducation in symptomatic and functional recovery in bipolar patients

Karina de Barros Pellegrinelli 05 March 2010 (has links)
Introdução: Os objetivos do tratamento do Transtorno Afetivo Bipolar (TB) foram além da recuperação sintomática, incluindo também a recuperação funcional, foco das abordagens psicossociais como a psicoeducação. Objetivo: Verificar o impacto da psicoeducação na recuperação sintomática e funcional dos pacientes bipolares. Métodos: Trata-se de um estudo randomizado controlado com 51 pacientes portadores de TB tipo I ou II, de acordo com os critérios do DSM-IV TR; em remissão, com pontuação 7 na escala HDRS 17 itens e 6 na escala YMRS; em acompanhamento ambulatorial no GRUDA do IPq HC FMUSP, ou em acompanhamento psiquiátrico particular ou ainda no CAPS Del Rei MG. A distribuição dos sujeitos nos grupos foi feita por meio de randomização estratificada, em que os sujeitos, primeiramente, foram divididos em blocos estratificados de acordo com gênero, faixa etária, número de episódios anteriores da doença, escolaridade e estado civil. Posteriormente, dentro de cada bloco, os sujeitos foram distribuídos nos grupos aleatoriamente, por meio do lançamento da moeda ao ar repetidas vezes, em que GE foi cara e GC coroa. Assim, foram formados dois grupos homogêneos, evitando-se tendências e favorecimentos. O grupo experimental foi composto de 29 pacientes que receberam, além do tratamento farmacológico, a intervenção psicoeducacional. O grupo controle foi composto de 22 pacientes que receberam, além do tratamento farmacológico, encontros placebo. Entende-se placebo por intervenção em relaxamento. Ambos os grupos tiveram 16 encontros, duas vezes por semana, com 90 minutos de duração. Os instrumentos de avaliação foram aplicados no início (TA), no meio (TB) e no fim do tratamento (TC), e no seguimento de seis (TD) e 12 meses (TE). As escalas utilizadas para avaliar a recuperação sintomática foram: HDRS para a depressão, e YMRS, para a mania. As escalas para avaliar a recuperação funcional foram: WHOQOL-Bref e Escala de Adequação Social- EAS. A melhora clínica global foi avaliada pela CGI. Resultados: HDRS aumentou de forma significativa ao longo do tempo (p=0,002), não houve diferença entre os grupos (p=0,890) e como a interação não foi significativa (p=0,373), o aumento foi equivalente entre os grupos; YMRS não alterou de forma significativa ao longo do tempo (p=0,359) e também não houve diferença significativa entre os grupos (p=0,294), as médias iniciaram baixas e mantiveram-se baixas; WHOQOL-Bref no domínio 4, houve uma tendência de diminuição das médias ao longo do tempo em ambos os grupos (p=0,059), apesar de não ter havido diferença significativa entre os grupos (p=0,175), parece haver uma tendência (p=0,084) do GE diminuir mais do que o GC; e EAS aumentou de forma significativa ao longo do tempo (p=0,044), não houve diferença entre os grupos (p=0,167) e, como a interação não foi significativa (p=0,410), o aumento foi equivalente nos dois grupos. CGI após o término do tratamento: 92,5% da PE e 78,2% do GC apresentaram melhora clínica global; após um ano, foram: 87,5% da PE e 75,1% do GC. Conclusão: Os resultados mostraram que a PE tendeu a impactar positivamente no bem estar do indivíduo em seu meio ambiente; promoveu uma melhora clínica global maior em todos os tempos avaliados com relação ao controle e essa melhora foi mantida em um ano; PE e controle mantiveram a recuperação sintomática maníaca. Apesar disso, a PE não protegeu de recaídas depressivas e de piora da adequação social. Portanto, a PE mostrou-se eficaz no bem-estar do paciente em seu meio ambiente, na melhora clínica global e na proteção de recaídas maníacas. / Introduction: The goals of treatment of bipolar affective disorder (BD) expanded beyond symptomatic recovery, also including functional recovery, the focus of psychosocial approaches as psychoeducation. Objective: To investigate the impact of psychoeducation (PE) in the symptomatic and functional recovery in bipolar patients. Methods: This is a randomized controlled trial with 51 patients with BD type I or II, according to the DSM-IV TR; in remission (score 7 on the HDRS - 17 items and 6 on the YMRS); in outpatient in the GRUDA IPq HC FMUSP, or in psychiatric care in private or CAPS Del Rei - MG. The distribution of subjects in the groups was made by stratified randomization, the subjects first were divided into blocks stratified by gender, age, number of previous episodes of illness, education and marital status. Subsequently, within each block, subjects were randomly divided into two groups, through the launch of the coin again and again, in which experimental group (EG) was expensive and control group (CG) crown. Thus were formed two homogeneous groups, avoiding trends and favors. The EG consisted of 29 patients who received, in addition to pharmacological treatment, the psychoeducational intervention. The CG consisted of 22 patients who received, in addition to pharmacological treatment, meetings \"placebo\". Both groups had 16 meetings, twice a week with 90 minutes. The assessment instruments were applied at the beginning (TA), in the middle (TB) and at the end of treatment (TC), and following six (TD) and 12 months (TE). The scales used to assess symptomatic recovery were: HDRS for depression, and YMRS for mania. Scales to assess functional recovery were WHOQOL-Bref and the Social Adjustment Scale- EAS. Clinical improvement was assessed by the CGI. Results: HDRS increased significantly over time (p = 0.002), no difference between groups (p = 0.890) and the interaction was not significant (p = 0.373), the increase was equivalent between groups; YMRS not change significantly over time (p = 0.359) and there was no significant difference between groups (p = 0.294), the averages started lower and remained low; WHOQOL-Bref in 4, there was a trend decrease in mean over time in both groups (p = 0.059), although there was no significant difference between groups (p = 0.175), there seems to be a trend (p = 0.084) lower in the EG than the CG , and EAS has increased significantly over time (p = 0.044), no difference between groups (p = 0.167), and the interaction was not significant (p = 0.410), the increase was equivalent in both groups. CGI after the end of treatment: 92.5% for PE and 78.2% of the control group showed clinical improvement overall, after one year were 87.5% for PE and 75.1% of GC. Conclusion: The results showed that the PE has tended to impact positively on the welfare of individuals in their environment, promoted a greater overall clinical improvement at all times evaluated than control and this improvement was maintained at one year. EG and CG maintained recovery symptomatic manic. Nevertheless, the PE did not protect depressive relapses and worsening of social adequacy. Therefore, the PE was effective in well-being of the patient in his environment, the global clinical improvement and protection of manic relapses.
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Avaliação da eficácia do automanejo no controle da asma / Evaluation of self-management efficacy of asthma control

Angelini, Luciene 09 March 2010 (has links)
Introdução: A educação em saúde é considerada essencial no controle da asma. A implantação de um programa de educação (PE) com automanejo tem impacto positivo na melhora da qualidade de assistência em asma. Entretanto, os benefícios de um PE ainda são controversos em função das barreiras estruturais. Objetivo: Avaliar o controle clínico de pacientes submetidos a um programa de automanejo associado automonitorização e auto-tratamento comparando-os com dois grupos em atendimento ambulatorial de rotina, com e sem aplicação de um PE. Ainda, mensurar o conhecimento da doença e técnica inalatória, os índices de qualidade de vida, sintomas de ansiedade e depressão e a alfabetização funcional em saúde. Métodos: Trata-se de um estudo aleatorizado, controlado, de grupos paralelos, alocados em três grupos: grupo controle (GC), educação (GE) e automanejo (GA) durante um período de doze meses. Foram incluídos 110 pacientes com asma persistente moderada e grave. O PE foi oferecido para pequenos grupos nos dias de consulta, e consistiu de aulas expositivas divididas em módulos: (1) fisiopatologia e controle ambiental; (2) sinais/sintomas da asma; (3) tratamento e treinamento da técnica inalatória. O GA ainda recebeu um diário de sintomas e um plano de ação individualizado por escrito. Para avaliar o controle da doença foi utilizado a média de pontos do teste de controle da asma (ACT) e o percentual de pacientes com escore 20. Outros questionários incluídos foram: conhecimento sobre a doença (QCA), qualidade de vida relacionada à asma (AQLQ-s), escala hospitalar de ansiedade e depressão (HADS) e o teste de alfabetização funcional (s-TOFHLA). Resultados: Em dois anos, 84 pacientes completaram o estudo. Os grupos eram homogêneos em relação às características basais. A média do ACT aumentou de 14 para 18 pontos, sendo que 48% dos pacientes do GA atingiram o controle da asma. Os GA e GE aumentaram o conhecimento da doença e técnica inalatória para 100%. E os sintomas de ansiedade diminuíram em 14% e 12%, respectivamente. O escore do AQLQ-s foi clinicamente relevante com aumento significativo maior que 0,5 pontos nos dois grupos. O s-TOFLHA foi classificado como alfabetização em saúde adequada com escore médio de 76 pontos. Conclusões: PE associado automanejo durante a rotina de atendimento ambulatorial mostrou impacto relevante sobre a melhora clínica de pacientes portadores de asma moderada e grave. O PE aumentou o conhecimento sobre a doença e tratamento medicamentoso, com melhora da qualidade de vida relacionada à saúde e os sintomas de ansiedade. Nesta população os pacientes apresentaram adequada alfabetização funcional em saúde. / Background: Health education is considered essential in asthma control. The implementation of an education program (EP) with self-management has a positive impact on improving the quality of care in asthma. However, the benefits of an EP are still controversial according of structural barriers. Objective: Evaluate the clinical control of patients submitted a self-management program associated with selfmonitoring and self-treatment comparing with two groups during the routine outpatient visits with and without the EP application. Also, measure the disease knowledge and inhalation technique, the indices of quality of life, symptoms of anxiety and depression and functional health literacy. Methods: This was a randomized study, controlled, divided into three groups: control group (CG), education (EG) and self-management (AG) during twelve months. The study included 110 patients with moderate and severe persistent asthma. The EP was applied to small groups on outpatient visit days, consisted of lectures divided into three parts: (1) pathophysiology and environmental control; (2) asthma symptoms; (3) treatment and training in the inhalation technique. The AG also received a symptoms diary card and written personal asthma action plan. Disease control was measured by the score of asthma control test (ACT) and the percentage of patients with scores 20. Other questionnaires included: disease knowledge (UDQ), asthma quality of life (AQLQ-s), hospital anxiety and depression scale (HADS) and functional literacy health test (s- TOFHLA). Results: In two years, 84 patients completed the study. Groups were similar in baseline characteristics. The mean ACT increased from 14 to 18 points, with 48% of patients in the AG achieved better control of asthma. The AG and EG increased disease knowledge and inhalation technique up to 100%. And the anxiety symptoms decreased 14% and 12%, respectively. The AQLQ-s score was clinically relevant with a significant increase of more than 0.5 points in both groups. The s- TOFLHA was classified as adequate health literacy with a mean score of 76 points. Conclusions: EP associated with self-management during routine outpatient visit showed significant impact on the clinical improvement in patients with moderate to severe asthma. The EP increased knowledge about the disease and drug treatment, with improvement in quality of life and symptoms of anxiety. In this population patients had adequate functional health literacy.
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Efeito do formato de informações escritas sobre reações adversas na compreensão dos usuários de medicamentos

Pagano, Cassia Garcia Moraes January 2016 (has links)
Comunicar aos pacientes os riscos de reações adversas dos medicamentos é fundamental para a tomada de decisão adequada dos pacientes, pois a informação aprimora seu conhecimento e influencia suas atitudes, auxiliando os pacientes a melhorar sua saúde. Estudos têm demonstrado que existem grandes diferenças individuais na interpretação de termos que são comumente usados para expressar risco de experimentar uma reação adversa e que a compreensão é influenciada pela apresentação da informação, bem como por fatores relacionados ao indivíduo, como o letramento em saúde e a habilidade numérica. O objetivo geral deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes formatos de informações escritas na compreensão de reações adversas de medicamentos pelo usuário. Primeiramente foi realizada uma revisão sistemática a fim de avaliar as evidências do efeito de diferentes formas de informar sobre reações adversas na compreensão dessas informações pelo usuário de medicamentos. Em uma segunda etapa, foi realizado ensaio clínico randomizado duplo- cego (n=393), para avaliar a eficácia de três formatos, baseados nos resultados preliminares da revisão sistemática. Para a realização da revisão sistemática foram utilizadas as bases PubMed, Cochrane, EMBASE, SCIELO, LILACS, CINAHL, IPA, Web of Science, SCOPUS, OneFile, EBSCO e Clinical Trials, Proquest e Open Grey. O período de cobertura foi do início da base de dados até setembro de 2015. Foram incluídos na revisão estudos que comparassem a compreensão de dois ou mais formatos de informações escritas sobre a frequência de reações adversas, fornecidos a dois ou mais grupos de pacientes, com qualquer delineamento. Ao total, 23 ensaios clínicos realizados nos Estados Unidos e Reino Unido foram incluídos, envolvendo 14.342 participantes. Entre os estudos incluídos, 14 compararam formatos numéricos e nominais em diferentes combinações, 5 compararam formatos gráficos e os demais apresentaram outros formatos, como risco complementar versus risco total, diferentes formatos no denominador (100 x 1000), risco absoluto, risco relativo e NNH (número necessário para causar dano). A grande heterogeneidade entre os estudos não tornou possível a metanálise dos dados. Formatos numéricos demonstraram superioridade aos não-numéricos (nominal) na compreensão das informações. O uso de formatos gráficos comparados a textos também melhoraram a compreensão. A partir dos estudos avaliados nessa revisão, ainda não é possível definir qual o melhor formato para comunicar sobre reações adversas a medicamentos. Por exemplo, não há estudos comparando os formatos verbal, numérico, combinado e gráfico, o que favoreceria uma avaliação sobre o formato mais adequado à compreensão dos usuários de medicamentos. Na segunda etapa, foi realizado um ensaio clínico randomizado duplo-cego, em paralelo, unicêntrico. Usuários adultos de uma farmácia escola, com capacidade leitora avaliada pelo instrumento de Avaliação Breve de Alfabetismo em Saúde em Português para adultos (SAHLPA), foram randomizados para um dos três grupos: nominal + faixa de porcentagem, faixa de porcentagem e porcentagem absoluta. O desfecho principal foi a compreensão, avaliada como essencial (impressão geral da informação), literal (numérica especificamente), e classificada em adequada e inadequada. A percepção dos usuários quanto à satisfação da informação, intenção de tomar o medicamento, facilidade de entendimento e clareza das informações recebidas foram avaliadas como desfechos secundários. Foi utilizado teste de análise da variância (ANOVA) e qui-quadrado de Person para a comparação das diferenças. Os participantes foram recrutados no período entre junho a outubro de 2015 e foram entrevistados durante 35 minutos, em média; no total 393 participantes foram randomizadas para um dos três grupos. A compreensão essencial adequada foi de 65,6% para o formato nominal + faixa de porcentagem (n=128), 63,4% para faixa de porcentagem (n=131), 62,3% para porcentagem absoluta (n=131), sem diferença estatisticamente significativa entre os formatos (p >0,05). A compreensão literal adequada foi de 53,9% para o formato nominal + faixa de porcentagem, 44,3% para faixa de porcentagem e 48,5% para porcentagem absoluta, também sem diferença estatisticamente significativa entre os formatos (p >0,05). Os participantes que receberam o formato de porcentagem absoluta consideraram a informação mais clara (p<0,05), em comparação ao outros grupos. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os três formatos quanto aos desfechos secundários. Os resultados não demonstram diferenças na compreensão das informações entre os três formatos avaliados, portanto, os três formatos avaliados são equivalentes para informar a frequência das reações adversas. No entanto, a baixa compreensão apontada pelos resultados, demonstra que formatos alternativos precisam ser avaliados. Levando em consideração que os formatos numéricos demonstram-se mais eficazes em relação aos não-numéricos, e que os formatos gráficos podem auxiliar na compreensão de informações sobre reações adversas, um formato alternativo para informar as reações adversas relacionadas aos medicamentos precisa ser desenvolvido, a partir das necessidades dos usuários. É preciso considerar as preferências, nível de letramento em saúde e habilidades numéricas dos usuários de medicamentos. A disponibilização das bulas não deve ser apenas para cumprir as prerrogativas legais, mas sim deve cumprir seu papel de informar os usuários, de maneira eficiente, com conteúdo e formato adequados e compreensíveis. Por isso, é imprenscindível que as informações e seus formatos sejam avaliados pelos usuários de medicamentos, antes de serem empregados em materiais informativos, como a bula de medicamentos. / Communicate to patients the risks of side effects of drugs is critical for making appropriate decision by patients because the information enhances their knowledge and influence their attitudes, helping patients improve their health. Studies have shown that there are large individual differences in the interpretation of terms that are commonly used to express risk of experiencing a side effects and that understanding is influenced by the presentation of information, as well as factors related to the individual, such as literacy in health and numeracy. This study aim was to evaluate the effect of different formats of written information in the understanding of side effects by medicines user. First, was conducted a systematic review to assess the evidence of the effect of different ways to report side effects understanding of this information by the medicines user. In a second moment, clinical trial was conducted double-blind randomized (n = 393) to evaluate the efficacy of three formats, based on preliminary results of a systematic review. For the systematic review were used the MEDLINE (PubMed), Cochrane, EMBASE, SCIELO, LILACS, CINAHL, IPA, Web of Science, Scopus, OneFile, EBSCO and Clinical Trials, and Proquest Open Grey. The coverage period was the beginning of the database until September 2015. Were included in the review studies comparing the understanding of two or more written information formats on the frequency of adverse reactions, provided two or more groups of patients, any design. A total of 23 clinical trials in the United States and the United Kingdom were included, involving 14,342 participants. Among the included studies, 14 compared numerical and verbal formats in different combinations, 5 compared graphic formats and others showed other formats such as additional risk versus overall risk, different formats in the denominator (100 x 1000), absolute risk, relative risk and NNH (number needed to harm), positive versus negative frames. The heterogeneity between the studies did not make possible the meta-analysis of the data. Numerical forms demonstrated superiority to non-numeric in understanding the information. The use of graphics formats compared to texts also improved understanding. From the studies evaluated in this review, it is not possible to determine the best format for reporting on side effects. For example, there are no studies comparing the verbal descriptors, numeric, graphic and combined, which would favor an evaluation of the most appropriate format for the understanding of medicines users. In the second stage, was conducted a clinical trial randomized double-blind, parallel, single-center. Adult users of a pharmacy school, with reading capacity assessed by the Brief Assessment Instrument Literacy Health in Portuguese for adults (SAHLPA), were randomized to one of three groups: verbal + range of percentage, percentage range and absolute percentage. Main outcome variables were verbatim (specific numerical) and gist knowledge, classified as adequate and inadequate. The perception of users and the satisfaction of information, intended to take the drug, ease of understanding and clarity of information received were assessed as secondary endpoints. Was used analysis of variance test (ANOVA) and chi-square Person to compare the differences. Participants were recruited between June and October 2015 and were interviewed for 35 minutes on average; in total 393 participants were randomized to one of three groups. The adequate levels of gist knowledge was 65.6% and 53.9% for nominal format + percentage range (n = 128), 63.4% and 44.3% for percentage range (n = 131), 62 3% and 48.5% for absolute percentage (n = 131), with no statistically significant difference between the groups (p> 0.05). The adequate levels of verbatim knowledge was 53.9% for the nominal format + percentage range, 44.3% for percentage range and 48.5% for absolute percentage, also with no statistically significant difference between the groups (p> 0.05 ). Participants who received absolute percentage format considered the clearest information (p <0.05) compared to the other groups. There was no statistically significant difference between the three formats as the secondary outcomes. The results do not show differences in the understanding of information among the three formats, so the three evaluated formats are equivalent to inform the frequency of adverse reactions. However, poor understanding of the results indicated shows that alternative formats must to be evaluated. Taking into account that numerical formats are more effective than numerical ones, and that graphical formats can assist in understanding information on adverse reactions, an alternative format for reporting adverse drug-related reactions needs to be developed from needs of medicine users. It is necessary to consider the preferences, level of literacy in health and numerical abilities of the users of medicines.
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Desenvolvimento de protótipo de software para orientação de pacientes sobre cateterismo cardíaco e angioplastia de artéria coronária / Software prototype development to the orientation of patients for cardiac catheterism and coronary artery angioplasty

Bertolini, Sheila Roberta Fabro 01 August 2018 (has links)
O objetivo geral desse estudo foi desenvolver um protótipo de um software para sistema web e dispositivo móvel para orientação de pacientes sobre Cateterismo Cardíaco e Angioplastia de Artéria Coronária. Tratou-se de estudo de Design Instrucional do tipo Design Centrado no Usuário, aplicado à produção tecnológica para desenvolvimento do protótipo de um software em ambiente web e tecnologia móvel, para consulta de informações sobre Cateterismo Cardíaco e Angioplastia de Artéria Coronária. O estudo foi desenvolvido em quatro etapas, cada qual permitindo o alcance dos objetivos específicos. Para tanto construiu-se o conteúdo sobre esses exames, tendo como base um levantamento bibliográfico, buscando pelas evidências científicas existentes sobre o tema. A primeira versão do conteúdo foi elaborada e apresentada a experts na área de cardiologia para refinamento. Após essa etapa, foi construída a segunda versão do protótipo do software, submetida à avaliação de 30 pacientes que estavam agendados no setor de hemodinâmica de uma instituição hospitalar pública e de ensino e pesquisa para a realização dos procedimentos de Cateterismo Cardíaco e de Angioplastia de Artéria Coronária. Esta etapa de coleta de dados foi realizada em 2018. Após esta avaliação, elaborou-se a terceira versão do protótipo do software, que posteriormente será encaminhada aos procedimentos de ilustração e informatização, para o sistema web. O estudo deixa sua contribuição para a área de cardiologia, para as ciências de saúde, em especial para a Enfermagem e para o avanço tecnológico nas ciências da saúde, por ter apresentado um conteúdo seguro e baseado em evidências científicas, direcionado aos pacientes submetidos a esses complexos exames. Sua contribuição refere-se, também, ao avanço de conhecimento sobre o tema para essa população de indivíduos. Sua aplicação indica que é um instrumento importante para a educação em saúde desses pacientes, podendo suprir as necessidades do pouco conhecimento sobre o Cateterismo Cardíaco e a Angioplastia da Artéria Coronária demonstrada por eles / The general objective of this study was to develop a software prototype to web system and mobile devices for patients orientation about Cardiac Catheterism and Coronary Artery Angioplasty. It was an Instructional Design, much like User Centered Design, applied to the technological production for the software prototype development on web environment and mobile technology, to search information about Cardiac Catheterism and Coronary Artery Angioplasty. The study was developed in four stages, each one allowing the attainment of specific objectives. In order to do that, the examination content was built based on bibliographic research, searching for existent scientific evidences related to the theme. The first content version was elaborated and presented to experts in the cardiology field to its refinement. Following after this stage, a second version of the software prototype was built, submitted to the evaluation of 30 patients scheduled at the hemodynamic sector of a public hospital institution, academics and research, in order to conduct the proceedings of Cardiac Catheterism and Coronary Artery Angioplasty. This stage of data collection was carried out in 2018. After this evaluation, a third version of the software prototype was elaborated, which subsequently will be referred to the illustration and computerisation proceedings, to the web system. The study leaves its contribution to the cardiology field, health sciences, especially to nursing and technological advancements in health sciences, for having presented a safe content, based on scientific evidences, directioned to the patients submitted to these complex examinations. Its contribution also relates to the knowledge advancements about the theme to this individual population. Its application indicates to be an important instrument for patients health education, being able to supply the needs for having little knowledge about Cardiac Catheterism and Coronary Artery Angioplasty, demonstrated by them
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Estudo da eficácia de um programa de educação na higiene e desinfecção dos nebulizadores de uso domiciliar de pacientes com fibrose cística / Study of the effectiveness of an education program on hygiene and disinfection of home nebulizers of patients with cystic fibrosis

Della-Zuana, Adriana 25 February 2014 (has links)
Pacientes com fibrose cística (FC) apresentam infecções respiratórias recorrentes e crônicas por patógenos peculiares e realizam inalações diariamente como parte de seu tratamento. É reconhecido que patógenos específicos são comumente isolados nestes nebulizadores e existe uma preocupação de que estes equipamentos possam contribuir como fonte de infecção bacteriana para as vias aéreas inferiores. Objetivo: Descrever os patógenos encontrados nos nebulizadores de uso domiciliar e nas amostras de trato respiratório de pacientes com FC e verificar a eficácia de uma técnica padronizada de higiene e desinfecção destes nebulizadores na redução da contaminação dos mesmos. Método: Quarenta pacientes com FC (22M:18F) com mediana de idade de 11,2 ± 3,74 anos e que utilizavam o nebulizador PRONEB/sistema PARI foram incluídos no estudo. Amostras dos nebulizadores foram coletadas do bocal e do copo reservatório utilizando-se um swab estéril umedecido em solução salina estéril. As amostras de trato respiratório dos pacientes foram colhidas por expectoração em coletor estéril ou com swab de orofaringe após estímulo de tosse. As culturas foram realizadas em meios seletivos e a identificação bacteriana feita através de provas bioquímicas clássicas. Instruções verbais e escritas de higiene e desinfecção dos nebulizadores foram ministradas. Resultados: A contaminação de alguma parte dos nebulizadores foi observada em 23/40 casos (57,5%). A contaminação do bocal e do copo foi similar, observada em 16 e 19 casos, respectivamente. Os patógenos mais comumente identificados foram Bacilos Gram negativos não fermentadores (sem identificação) (14), Staphylococcus coagulase negativo (13), Leveduras (12), Enterobacter sp. (5), Pseudomonas putida (7) e complexo Burkholderia cepacia (3). Nas amostras de trato respiratório houve um predomínio de Staphylococcus aureus (29), seguido de Pseudomonas aeruginosa (20) e complexo Burkholderia cepacia (3). Em 4 casos observou-se a identificação de um mesmo patógeno em amostras do nebulizador e do trato respiratório. Uma redução significativa da contaminação (43,5%) foi encontrada após instrução de técnica padronizada de higiene e desinfecção dos nebulizadores, num prazo médio de reavaliação de dois meses. Conclusões: A prevalência de contaminação dos nebulizadores é alta, o que indica a necessidade de melhoria nas práticas de higiene e desinfecção dos nebulizadores de pacientes com FC. Uma única intervenção educacional pode ter impacto significativo / Patients with cystic fibrosis (CF) have chronic and recurrent respiratory infections by peculiar pathogens and perform inhalations daily as part of their treatment. It is recognized that specific pathogens are commonly isolated in these nebulizers and there is concern that these devices can contribute as a source of bacterial infection to the lower airways. Objective: To describe the pathogens found in home use of nebulizers and in respiratory samples of CF patients and evaluate the effectiveness of a standardized hygiene and disinfection in reducing the contamination. Methods: Forty patients with CF (22M: 18F) with a median age of 11.2 ± 3.74 years and who used the nebulizer Proneb / PARI system were included in the study. Samples were collected from the nebulizer mouthpiece and cup container using a sterile swab moistened with sterile saline. The respiratory samples of patients were collected by expectoration into a sterile swab or oropharyngeal after stimulation of cough. The cultures were performed on selective media and bacterial identification made by classical biochemical tests. Written and oral instructions regarding cleaning and disinfection of nebulizers were provided. Results: The contamination of any part of the nebulizer was observed in 23/40 cases (57.5%). Contamination of the mouthpiece and the cup container was similarly observed on 16 and 19 cases, respectively. The pathogens most commonly identified were Gram negative fermenters (unmarked) (14), coagulase-negative Staphylococcus (13), yeast (12), Enterobacter sp. (5) Pseudomonas putida (7) and Burkholderia cepacia (3). In respiratory samples there was a predominance of Staphylococcus aureus (29), followed by Pseudomonas aeruginosa (20) and Burkholderia cepacia (3). In four cases we observed the same identifying a pathogen in samples of the nebulizer and the respiratory tract. A significant reduction of contamination (43,5%) was found after instruction of standard procedures of hygiene and disinfection of nebulizers, within an average of two months revaluation. Conclusions: The prevalence of contamination of nebulizers is high, which indicates the need for improvement in hygiene practices and disinfection of nebulizers for patients with CF. A single educational intervention may have significant impact
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Estudo da eficácia de um programa de educação na higiene e desinfecção dos nebulizadores de uso domiciliar de pacientes com fibrose cística / Study of the effectiveness of an education program on hygiene and disinfection of home nebulizers of patients with cystic fibrosis

Adriana Della-Zuana 25 February 2014 (has links)
Pacientes com fibrose cística (FC) apresentam infecções respiratórias recorrentes e crônicas por patógenos peculiares e realizam inalações diariamente como parte de seu tratamento. É reconhecido que patógenos específicos são comumente isolados nestes nebulizadores e existe uma preocupação de que estes equipamentos possam contribuir como fonte de infecção bacteriana para as vias aéreas inferiores. Objetivo: Descrever os patógenos encontrados nos nebulizadores de uso domiciliar e nas amostras de trato respiratório de pacientes com FC e verificar a eficácia de uma técnica padronizada de higiene e desinfecção destes nebulizadores na redução da contaminação dos mesmos. Método: Quarenta pacientes com FC (22M:18F) com mediana de idade de 11,2 ± 3,74 anos e que utilizavam o nebulizador PRONEB/sistema PARI foram incluídos no estudo. Amostras dos nebulizadores foram coletadas do bocal e do copo reservatório utilizando-se um swab estéril umedecido em solução salina estéril. As amostras de trato respiratório dos pacientes foram colhidas por expectoração em coletor estéril ou com swab de orofaringe após estímulo de tosse. As culturas foram realizadas em meios seletivos e a identificação bacteriana feita através de provas bioquímicas clássicas. Instruções verbais e escritas de higiene e desinfecção dos nebulizadores foram ministradas. Resultados: A contaminação de alguma parte dos nebulizadores foi observada em 23/40 casos (57,5%). A contaminação do bocal e do copo foi similar, observada em 16 e 19 casos, respectivamente. Os patógenos mais comumente identificados foram Bacilos Gram negativos não fermentadores (sem identificação) (14), Staphylococcus coagulase negativo (13), Leveduras (12), Enterobacter sp. (5), Pseudomonas putida (7) e complexo Burkholderia cepacia (3). Nas amostras de trato respiratório houve um predomínio de Staphylococcus aureus (29), seguido de Pseudomonas aeruginosa (20) e complexo Burkholderia cepacia (3). Em 4 casos observou-se a identificação de um mesmo patógeno em amostras do nebulizador e do trato respiratório. Uma redução significativa da contaminação (43,5%) foi encontrada após instrução de técnica padronizada de higiene e desinfecção dos nebulizadores, num prazo médio de reavaliação de dois meses. Conclusões: A prevalência de contaminação dos nebulizadores é alta, o que indica a necessidade de melhoria nas práticas de higiene e desinfecção dos nebulizadores de pacientes com FC. Uma única intervenção educacional pode ter impacto significativo / Patients with cystic fibrosis (CF) have chronic and recurrent respiratory infections by peculiar pathogens and perform inhalations daily as part of their treatment. It is recognized that specific pathogens are commonly isolated in these nebulizers and there is concern that these devices can contribute as a source of bacterial infection to the lower airways. Objective: To describe the pathogens found in home use of nebulizers and in respiratory samples of CF patients and evaluate the effectiveness of a standardized hygiene and disinfection in reducing the contamination. Methods: Forty patients with CF (22M: 18F) with a median age of 11.2 ± 3.74 years and who used the nebulizer Proneb / PARI system were included in the study. Samples were collected from the nebulizer mouthpiece and cup container using a sterile swab moistened with sterile saline. The respiratory samples of patients were collected by expectoration into a sterile swab or oropharyngeal after stimulation of cough. The cultures were performed on selective media and bacterial identification made by classical biochemical tests. Written and oral instructions regarding cleaning and disinfection of nebulizers were provided. Results: The contamination of any part of the nebulizer was observed in 23/40 cases (57.5%). Contamination of the mouthpiece and the cup container was similarly observed on 16 and 19 cases, respectively. The pathogens most commonly identified were Gram negative fermenters (unmarked) (14), coagulase-negative Staphylococcus (13), yeast (12), Enterobacter sp. (5) Pseudomonas putida (7) and Burkholderia cepacia (3). In respiratory samples there was a predominance of Staphylococcus aureus (29), followed by Pseudomonas aeruginosa (20) and Burkholderia cepacia (3). In four cases we observed the same identifying a pathogen in samples of the nebulizer and the respiratory tract. A significant reduction of contamination (43,5%) was found after instruction of standard procedures of hygiene and disinfection of nebulizers, within an average of two months revaluation. Conclusions: The prevalence of contamination of nebulizers is high, which indicates the need for improvement in hygiene practices and disinfection of nebulizers for patients with CF. A single educational intervention may have significant impact
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Efeito do formato de informações escritas sobre reações adversas na compreensão dos usuários de medicamentos

Pagano, Cassia Garcia Moraes January 2016 (has links)
Comunicar aos pacientes os riscos de reações adversas dos medicamentos é fundamental para a tomada de decisão adequada dos pacientes, pois a informação aprimora seu conhecimento e influencia suas atitudes, auxiliando os pacientes a melhorar sua saúde. Estudos têm demonstrado que existem grandes diferenças individuais na interpretação de termos que são comumente usados para expressar risco de experimentar uma reação adversa e que a compreensão é influenciada pela apresentação da informação, bem como por fatores relacionados ao indivíduo, como o letramento em saúde e a habilidade numérica. O objetivo geral deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes formatos de informações escritas na compreensão de reações adversas de medicamentos pelo usuário. Primeiramente foi realizada uma revisão sistemática a fim de avaliar as evidências do efeito de diferentes formas de informar sobre reações adversas na compreensão dessas informações pelo usuário de medicamentos. Em uma segunda etapa, foi realizado ensaio clínico randomizado duplo- cego (n=393), para avaliar a eficácia de três formatos, baseados nos resultados preliminares da revisão sistemática. Para a realização da revisão sistemática foram utilizadas as bases PubMed, Cochrane, EMBASE, SCIELO, LILACS, CINAHL, IPA, Web of Science, SCOPUS, OneFile, EBSCO e Clinical Trials, Proquest e Open Grey. O período de cobertura foi do início da base de dados até setembro de 2015. Foram incluídos na revisão estudos que comparassem a compreensão de dois ou mais formatos de informações escritas sobre a frequência de reações adversas, fornecidos a dois ou mais grupos de pacientes, com qualquer delineamento. Ao total, 23 ensaios clínicos realizados nos Estados Unidos e Reino Unido foram incluídos, envolvendo 14.342 participantes. Entre os estudos incluídos, 14 compararam formatos numéricos e nominais em diferentes combinações, 5 compararam formatos gráficos e os demais apresentaram outros formatos, como risco complementar versus risco total, diferentes formatos no denominador (100 x 1000), risco absoluto, risco relativo e NNH (número necessário para causar dano). A grande heterogeneidade entre os estudos não tornou possível a metanálise dos dados. Formatos numéricos demonstraram superioridade aos não-numéricos (nominal) na compreensão das informações. O uso de formatos gráficos comparados a textos também melhoraram a compreensão. A partir dos estudos avaliados nessa revisão, ainda não é possível definir qual o melhor formato para comunicar sobre reações adversas a medicamentos. Por exemplo, não há estudos comparando os formatos verbal, numérico, combinado e gráfico, o que favoreceria uma avaliação sobre o formato mais adequado à compreensão dos usuários de medicamentos. Na segunda etapa, foi realizado um ensaio clínico randomizado duplo-cego, em paralelo, unicêntrico. Usuários adultos de uma farmácia escola, com capacidade leitora avaliada pelo instrumento de Avaliação Breve de Alfabetismo em Saúde em Português para adultos (SAHLPA), foram randomizados para um dos três grupos: nominal + faixa de porcentagem, faixa de porcentagem e porcentagem absoluta. O desfecho principal foi a compreensão, avaliada como essencial (impressão geral da informação), literal (numérica especificamente), e classificada em adequada e inadequada. A percepção dos usuários quanto à satisfação da informação, intenção de tomar o medicamento, facilidade de entendimento e clareza das informações recebidas foram avaliadas como desfechos secundários. Foi utilizado teste de análise da variância (ANOVA) e qui-quadrado de Person para a comparação das diferenças. Os participantes foram recrutados no período entre junho a outubro de 2015 e foram entrevistados durante 35 minutos, em média; no total 393 participantes foram randomizadas para um dos três grupos. A compreensão essencial adequada foi de 65,6% para o formato nominal + faixa de porcentagem (n=128), 63,4% para faixa de porcentagem (n=131), 62,3% para porcentagem absoluta (n=131), sem diferença estatisticamente significativa entre os formatos (p >0,05). A compreensão literal adequada foi de 53,9% para o formato nominal + faixa de porcentagem, 44,3% para faixa de porcentagem e 48,5% para porcentagem absoluta, também sem diferença estatisticamente significativa entre os formatos (p >0,05). Os participantes que receberam o formato de porcentagem absoluta consideraram a informação mais clara (p<0,05), em comparação ao outros grupos. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os três formatos quanto aos desfechos secundários. Os resultados não demonstram diferenças na compreensão das informações entre os três formatos avaliados, portanto, os três formatos avaliados são equivalentes para informar a frequência das reações adversas. No entanto, a baixa compreensão apontada pelos resultados, demonstra que formatos alternativos precisam ser avaliados. Levando em consideração que os formatos numéricos demonstram-se mais eficazes em relação aos não-numéricos, e que os formatos gráficos podem auxiliar na compreensão de informações sobre reações adversas, um formato alternativo para informar as reações adversas relacionadas aos medicamentos precisa ser desenvolvido, a partir das necessidades dos usuários. É preciso considerar as preferências, nível de letramento em saúde e habilidades numéricas dos usuários de medicamentos. A disponibilização das bulas não deve ser apenas para cumprir as prerrogativas legais, mas sim deve cumprir seu papel de informar os usuários, de maneira eficiente, com conteúdo e formato adequados e compreensíveis. Por isso, é imprenscindível que as informações e seus formatos sejam avaliados pelos usuários de medicamentos, antes de serem empregados em materiais informativos, como a bula de medicamentos. / Communicate to patients the risks of side effects of drugs is critical for making appropriate decision by patients because the information enhances their knowledge and influence their attitudes, helping patients improve their health. Studies have shown that there are large individual differences in the interpretation of terms that are commonly used to express risk of experiencing a side effects and that understanding is influenced by the presentation of information, as well as factors related to the individual, such as literacy in health and numeracy. This study aim was to evaluate the effect of different formats of written information in the understanding of side effects by medicines user. First, was conducted a systematic review to assess the evidence of the effect of different ways to report side effects understanding of this information by the medicines user. In a second moment, clinical trial was conducted double-blind randomized (n = 393) to evaluate the efficacy of three formats, based on preliminary results of a systematic review. For the systematic review were used the MEDLINE (PubMed), Cochrane, EMBASE, SCIELO, LILACS, CINAHL, IPA, Web of Science, Scopus, OneFile, EBSCO and Clinical Trials, and Proquest Open Grey. The coverage period was the beginning of the database until September 2015. Were included in the review studies comparing the understanding of two or more written information formats on the frequency of adverse reactions, provided two or more groups of patients, any design. A total of 23 clinical trials in the United States and the United Kingdom were included, involving 14,342 participants. Among the included studies, 14 compared numerical and verbal formats in different combinations, 5 compared graphic formats and others showed other formats such as additional risk versus overall risk, different formats in the denominator (100 x 1000), absolute risk, relative risk and NNH (number needed to harm), positive versus negative frames. The heterogeneity between the studies did not make possible the meta-analysis of the data. Numerical forms demonstrated superiority to non-numeric in understanding the information. The use of graphics formats compared to texts also improved understanding. From the studies evaluated in this review, it is not possible to determine the best format for reporting on side effects. For example, there are no studies comparing the verbal descriptors, numeric, graphic and combined, which would favor an evaluation of the most appropriate format for the understanding of medicines users. In the second stage, was conducted a clinical trial randomized double-blind, parallel, single-center. Adult users of a pharmacy school, with reading capacity assessed by the Brief Assessment Instrument Literacy Health in Portuguese for adults (SAHLPA), were randomized to one of three groups: verbal + range of percentage, percentage range and absolute percentage. Main outcome variables were verbatim (specific numerical) and gist knowledge, classified as adequate and inadequate. The perception of users and the satisfaction of information, intended to take the drug, ease of understanding and clarity of information received were assessed as secondary endpoints. Was used analysis of variance test (ANOVA) and chi-square Person to compare the differences. Participants were recruited between June and October 2015 and were interviewed for 35 minutes on average; in total 393 participants were randomized to one of three groups. The adequate levels of gist knowledge was 65.6% and 53.9% for nominal format + percentage range (n = 128), 63.4% and 44.3% for percentage range (n = 131), 62 3% and 48.5% for absolute percentage (n = 131), with no statistically significant difference between the groups (p> 0.05). The adequate levels of verbatim knowledge was 53.9% for the nominal format + percentage range, 44.3% for percentage range and 48.5% for absolute percentage, also with no statistically significant difference between the groups (p> 0.05 ). Participants who received absolute percentage format considered the clearest information (p <0.05) compared to the other groups. There was no statistically significant difference between the three formats as the secondary outcomes. The results do not show differences in the understanding of information among the three formats, so the three evaluated formats are equivalent to inform the frequency of adverse reactions. However, poor understanding of the results indicated shows that alternative formats must to be evaluated. Taking into account that numerical formats are more effective than numerical ones, and that graphical formats can assist in understanding information on adverse reactions, an alternative format for reporting adverse drug-related reactions needs to be developed from needs of medicine users. It is necessary to consider the preferences, level of literacy in health and numerical abilities of the users of medicines.
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Conhecimento e prática dos profissionais da atenção primária de saúde acerca da educação em saúde do Município de Canoas/RS

Munaretti, Robianca January 2014 (has links)
Introdução: Atualmente no sistema de saúde brasileiro, como integrante da atenção primária, existem as Unidades Básicas de Saúde com duas formas distintas de atuação. Uma das formas, aqui denominada como modelo “tradicional”, refere-se aos atendimentos previamente agendados, onde os profissionais atendem à demanda espontânea, puramente assistencial e curativa. Outra forma de atuação, presente nas Unidades pesquisadas é a Estratégia de Saúde da Família, constituída por uma equipe multiprofissional que atua em território de abrangência determinados, a estes territórios pertencem todos os usuários que ali residem, bem como tudo que ali acontece. Esses são os ambientes para a ação desta equipe, espaços de aprendizagem em saúde onde a troca e a construção do conhecimento devem permear, buscando mudanças de hábitos/atitudes, onde cada usuário possa construir ‘novos olhares’ frente aos cuidados consigo mesmo e com os outros. Na luz desta ideia, dentro das propostas de intervenção das equipes de estratégia de saúde da família e também do modelo tradicional de atuação, existe a grande dificuldade observada e também verbalizada pelos profissionais no que se refere ao trabalho com educação em saúde. Existe uma fala constante de que é muito difícil realizar este tipo de proposta e que os usuários têm dificuldades de aderir ao que é apresentado. Objetivo: O objetivo desta pesquisa, é poder conhecer o quanto essas questões de educação em saúde permeiam o trabalho das equipes de saúde do município de Canoas/RS, o quanto elas se mobilizam por este tipo de intervenção, qual o conhecimento sobre o assunto verificando a presença nos cursos de graduação, o que fazem para conseguir mudar realidades e assim promover saúde atuando em equipes, em ambientes diversificados e não apenas no consultório. Método: Este trabalho utilizou como metodologia a aplicação de um instrumento de coleta de dados para todos os profissionais de nível superior de todas as Unidades Básicas de Saúde do município. A análise de dados caracterizou-se por ser quantitativa e permitiu o conhecimento da realidade, da dimensão de como os profissionais atuam com educação em saúde nos mais diferentes aspectos. Como resultado percebeu-se um bom conhecimento sobre o tema, o que possibilita a elaboração de programas a serem construídos junto com todos os envolvidos para que possam aprimorar e tornar mais efetivas essas práticas. Fica a ideia de continuidade desta pesquisa, estruturando estes programas e avaliando sua efetividade e eficácia. Resultados: Dos 191 questionários distribuídos 103 retornaram preenchidos. / Introduction: Nowadays, in the Brazilian healthcare system, as a member of primary attention, there are Basic Units of Health, with two distinct approaches. One of them, called as “traditional model”, refers to previously scheduled meetings, which professionals works in this spontaneous demand, purely for helping and cure. Another method of work, existed into researched Units, is the Family Health Strategy, composed by a multidisciplinary team, acting in a limited territory, regards with all the people that living there, as well as all the things that happens in such territory. These are the environments of action from these teams, health learning spaces where the interchange and the construction of knowledge must resides, in the search of habit changes, where each user can construct “new sights” about yourself care, as well as with others. With this idea in mind, considering the intervention purposes from Family Health Strategy teams, as well as from the traditional model, there is a difficulty observed and registered from health professionals, about health education work. There is a consensus about the difficulty related to this kind of proposed work, and the users from them hardly adhere to the proposed topics. Goal: The goal of this research is the knowledge about such questions from health education into the work of health teams in Canoas city, as well as the mobilization of the people about such kind of intervention, the knowledge about the subject into the university courses, the actions taken to the change of reality and, then, promote health through the acting of teams, considering the diversity of environments, not only in health centers. Methodology: This research uses as a methodology a data search instrument for all graduate level professionals, from all the Health Basic Units of such city. The data analysis is characterized in a quantitatively manner, permitting the knowledge of the current reality, as well as the dimension of how such professionals act with health education in several scenarios. As a result, it is perceived a good knowledge about the subject, which makes possible the construction of programs, together with all the people involved, turning possible the improvement of such practices. Finally, the idea of continuity of this research is registered, through the structure of such programs and evaluation of its effectivity and efficiency. Results: From 191 surveys sent to the public involved, there were 103 surveys answered.
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Efeito do formato de informações escritas sobre reações adversas na compreensão dos usuários de medicamentos

Pagano, Cassia Garcia Moraes January 2016 (has links)
Comunicar aos pacientes os riscos de reações adversas dos medicamentos é fundamental para a tomada de decisão adequada dos pacientes, pois a informação aprimora seu conhecimento e influencia suas atitudes, auxiliando os pacientes a melhorar sua saúde. Estudos têm demonstrado que existem grandes diferenças individuais na interpretação de termos que são comumente usados para expressar risco de experimentar uma reação adversa e que a compreensão é influenciada pela apresentação da informação, bem como por fatores relacionados ao indivíduo, como o letramento em saúde e a habilidade numérica. O objetivo geral deste estudo foi avaliar o efeito de diferentes formatos de informações escritas na compreensão de reações adversas de medicamentos pelo usuário. Primeiramente foi realizada uma revisão sistemática a fim de avaliar as evidências do efeito de diferentes formas de informar sobre reações adversas na compreensão dessas informações pelo usuário de medicamentos. Em uma segunda etapa, foi realizado ensaio clínico randomizado duplo- cego (n=393), para avaliar a eficácia de três formatos, baseados nos resultados preliminares da revisão sistemática. Para a realização da revisão sistemática foram utilizadas as bases PubMed, Cochrane, EMBASE, SCIELO, LILACS, CINAHL, IPA, Web of Science, SCOPUS, OneFile, EBSCO e Clinical Trials, Proquest e Open Grey. O período de cobertura foi do início da base de dados até setembro de 2015. Foram incluídos na revisão estudos que comparassem a compreensão de dois ou mais formatos de informações escritas sobre a frequência de reações adversas, fornecidos a dois ou mais grupos de pacientes, com qualquer delineamento. Ao total, 23 ensaios clínicos realizados nos Estados Unidos e Reino Unido foram incluídos, envolvendo 14.342 participantes. Entre os estudos incluídos, 14 compararam formatos numéricos e nominais em diferentes combinações, 5 compararam formatos gráficos e os demais apresentaram outros formatos, como risco complementar versus risco total, diferentes formatos no denominador (100 x 1000), risco absoluto, risco relativo e NNH (número necessário para causar dano). A grande heterogeneidade entre os estudos não tornou possível a metanálise dos dados. Formatos numéricos demonstraram superioridade aos não-numéricos (nominal) na compreensão das informações. O uso de formatos gráficos comparados a textos também melhoraram a compreensão. A partir dos estudos avaliados nessa revisão, ainda não é possível definir qual o melhor formato para comunicar sobre reações adversas a medicamentos. Por exemplo, não há estudos comparando os formatos verbal, numérico, combinado e gráfico, o que favoreceria uma avaliação sobre o formato mais adequado à compreensão dos usuários de medicamentos. Na segunda etapa, foi realizado um ensaio clínico randomizado duplo-cego, em paralelo, unicêntrico. Usuários adultos de uma farmácia escola, com capacidade leitora avaliada pelo instrumento de Avaliação Breve de Alfabetismo em Saúde em Português para adultos (SAHLPA), foram randomizados para um dos três grupos: nominal + faixa de porcentagem, faixa de porcentagem e porcentagem absoluta. O desfecho principal foi a compreensão, avaliada como essencial (impressão geral da informação), literal (numérica especificamente), e classificada em adequada e inadequada. A percepção dos usuários quanto à satisfação da informação, intenção de tomar o medicamento, facilidade de entendimento e clareza das informações recebidas foram avaliadas como desfechos secundários. Foi utilizado teste de análise da variância (ANOVA) e qui-quadrado de Person para a comparação das diferenças. Os participantes foram recrutados no período entre junho a outubro de 2015 e foram entrevistados durante 35 minutos, em média; no total 393 participantes foram randomizadas para um dos três grupos. A compreensão essencial adequada foi de 65,6% para o formato nominal + faixa de porcentagem (n=128), 63,4% para faixa de porcentagem (n=131), 62,3% para porcentagem absoluta (n=131), sem diferença estatisticamente significativa entre os formatos (p >0,05). A compreensão literal adequada foi de 53,9% para o formato nominal + faixa de porcentagem, 44,3% para faixa de porcentagem e 48,5% para porcentagem absoluta, também sem diferença estatisticamente significativa entre os formatos (p >0,05). Os participantes que receberam o formato de porcentagem absoluta consideraram a informação mais clara (p<0,05), em comparação ao outros grupos. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os três formatos quanto aos desfechos secundários. Os resultados não demonstram diferenças na compreensão das informações entre os três formatos avaliados, portanto, os três formatos avaliados são equivalentes para informar a frequência das reações adversas. No entanto, a baixa compreensão apontada pelos resultados, demonstra que formatos alternativos precisam ser avaliados. Levando em consideração que os formatos numéricos demonstram-se mais eficazes em relação aos não-numéricos, e que os formatos gráficos podem auxiliar na compreensão de informações sobre reações adversas, um formato alternativo para informar as reações adversas relacionadas aos medicamentos precisa ser desenvolvido, a partir das necessidades dos usuários. É preciso considerar as preferências, nível de letramento em saúde e habilidades numéricas dos usuários de medicamentos. A disponibilização das bulas não deve ser apenas para cumprir as prerrogativas legais, mas sim deve cumprir seu papel de informar os usuários, de maneira eficiente, com conteúdo e formato adequados e compreensíveis. Por isso, é imprenscindível que as informações e seus formatos sejam avaliados pelos usuários de medicamentos, antes de serem empregados em materiais informativos, como a bula de medicamentos. / Communicate to patients the risks of side effects of drugs is critical for making appropriate decision by patients because the information enhances their knowledge and influence their attitudes, helping patients improve their health. Studies have shown that there are large individual differences in the interpretation of terms that are commonly used to express risk of experiencing a side effects and that understanding is influenced by the presentation of information, as well as factors related to the individual, such as literacy in health and numeracy. This study aim was to evaluate the effect of different formats of written information in the understanding of side effects by medicines user. First, was conducted a systematic review to assess the evidence of the effect of different ways to report side effects understanding of this information by the medicines user. In a second moment, clinical trial was conducted double-blind randomized (n = 393) to evaluate the efficacy of three formats, based on preliminary results of a systematic review. For the systematic review were used the MEDLINE (PubMed), Cochrane, EMBASE, SCIELO, LILACS, CINAHL, IPA, Web of Science, Scopus, OneFile, EBSCO and Clinical Trials, and Proquest Open Grey. The coverage period was the beginning of the database until September 2015. Were included in the review studies comparing the understanding of two or more written information formats on the frequency of adverse reactions, provided two or more groups of patients, any design. A total of 23 clinical trials in the United States and the United Kingdom were included, involving 14,342 participants. Among the included studies, 14 compared numerical and verbal formats in different combinations, 5 compared graphic formats and others showed other formats such as additional risk versus overall risk, different formats in the denominator (100 x 1000), absolute risk, relative risk and NNH (number needed to harm), positive versus negative frames. The heterogeneity between the studies did not make possible the meta-analysis of the data. Numerical forms demonstrated superiority to non-numeric in understanding the information. The use of graphics formats compared to texts also improved understanding. From the studies evaluated in this review, it is not possible to determine the best format for reporting on side effects. For example, there are no studies comparing the verbal descriptors, numeric, graphic and combined, which would favor an evaluation of the most appropriate format for the understanding of medicines users. In the second stage, was conducted a clinical trial randomized double-blind, parallel, single-center. Adult users of a pharmacy school, with reading capacity assessed by the Brief Assessment Instrument Literacy Health in Portuguese for adults (SAHLPA), were randomized to one of three groups: verbal + range of percentage, percentage range and absolute percentage. Main outcome variables were verbatim (specific numerical) and gist knowledge, classified as adequate and inadequate. The perception of users and the satisfaction of information, intended to take the drug, ease of understanding and clarity of information received were assessed as secondary endpoints. Was used analysis of variance test (ANOVA) and chi-square Person to compare the differences. Participants were recruited between June and October 2015 and were interviewed for 35 minutes on average; in total 393 participants were randomized to one of three groups. The adequate levels of gist knowledge was 65.6% and 53.9% for nominal format + percentage range (n = 128), 63.4% and 44.3% for percentage range (n = 131), 62 3% and 48.5% for absolute percentage (n = 131), with no statistically significant difference between the groups (p> 0.05). The adequate levels of verbatim knowledge was 53.9% for the nominal format + percentage range, 44.3% for percentage range and 48.5% for absolute percentage, also with no statistically significant difference between the groups (p> 0.05 ). Participants who received absolute percentage format considered the clearest information (p <0.05) compared to the other groups. There was no statistically significant difference between the three formats as the secondary outcomes. The results do not show differences in the understanding of information among the three formats, so the three evaluated formats are equivalent to inform the frequency of adverse reactions. However, poor understanding of the results indicated shows that alternative formats must to be evaluated. Taking into account that numerical formats are more effective than numerical ones, and that graphical formats can assist in understanding information on adverse reactions, an alternative format for reporting adverse drug-related reactions needs to be developed from needs of medicine users. It is necessary to consider the preferences, level of literacy in health and numerical abilities of the users of medicines.

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