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Estudo dos potenciais evocados auditivos em crianças, adolescentes e jovens com a doença falciformeSilveira, Adriana Laybauer January 2017 (has links)
Introdução: a doença falciforme é uma alteração hereditária, que causa malformação nas hemácias com consequências vaso-oclusivas de potencial dano auditivo. Os estudos que tratam da relação entre alteração auditiva e doença falciforme apresentam grande disparidade de resultados. Em todos os trabalhos consultados, não foram encontrados artigos sobre o potencial evocado auditivo com estímulo de fala nesta população. Objetivo: analisar as respostas obtidas pelos potenciais evocados auditivos em crianças, adolescentes e jovens com a doença falciforme. Métodos: trata-se de um estudo observacional, transversal, com amostra de sujeitos com diagnóstico de doença falciforme, advindos de um ambulatório de hemoglobinopatia de um hospital público, localizado no sul do país. A avaliação audiológica ocorreu após liberação médica e foi realizada por meio dos seguintes procedimentos: anamnese, audiometria tonal liminar, audiometria tonal de altas frequências, timpanometria, emissão otoacústica evocada transiente, potencial evocado auditivo de tronco encefálico com estímulo clique (PEATE) e com estímulo de fala (PEATE-f). Resultados: a amostra foi constituída de 54 sujeitos, com idade entre seis e 24 anos. Em relação ao PEATE, verificou-se alteração em 88,9% da amostra, com diferença estatisticamente significativa no aumento da latência absoluta da onda V (p=0,009) e no interpico I-III (p=0,004), no grupo do sexo masculino (p=0,028). A faixa etária em que a alteração mais se evidenciou foi a dos adolescentes (12 a 18 anos) (p=0,017). Quanto ao PEATE-f, 98,1% da amostra apresentaram alguma alteração, mas não houve diferença estatisticamente significativa entre os gêneros. A latência da onda A foi mais tardiamente detectada na orelha esquerda, na faixa etária da adolescência (p=0,021). Conclusões: verificou-se que a maior parte dos sujeitos da amostra apresentou alterações no PEATE e PEATE-f, apesar de possuir limiares auditivos, medidas de imitância acústica e emissões otoacústicas evocadas transientes normais. É recomendável, portanto, que a avaliação auditiva dos indivíduos com a doença falciforme inclua a pesquisa de potenciais evocados auditivos, visando ao diagnóstico e ao encaminhamento para tratamento específico, tendo em vista a adequada capacidade de compreensão de fala e a prevenção de distúrbios linguísticos, biopsicoemocionais e sociais. / Introduction: sickle cell disease is a hereditary disorder that causes malformation in the red blood cells with vaso-occlusive consequences of potential hearing damage. Studies that deal with the relationship between auditory alteration and sickle cell disease present a great disparity of results. In all the studies consulted, no articles on the auditory evoked potential with speech stimulus in this population were found. Objective: to analyze the responses obtained by evoked auditory brainstem response in children, adolescents and young people with sickle cell disease. Methods: it is an observational, cross-sectional study with a sample of subjects with sickle cell disease diagnosed from a hemoglobinopathy outpatient clinic located in the south of the country. The audiological evaluation occurred after medical release and was performed through the following procedures: anamnesis, tonal threshold audiometry, high frequency tone audiometry, tympanometry, transient evoked otoacoustic emission, evoked auditory brainstem response (ABR) and peech-evoked auditory brainstem response (cABR). Results: the sample consisted of 54 subjects, from six to 24 years old. In relation to ABR, there was change in 88,9% of the sample, with a statistically significant difference in the increase of the absolute latency of the V wave (p = 0.009) and in the interpeak I-III (p = 0.004) in the male group (p = 0.028). The age group in which the change was most evident was the adolescent (12 to 18 years) (p = 0.017). Concerning cABR, 98,1% of the sample had some alteration, but there was no statistically significant difference between the genders. The latency of wave A was later detected in the left ear in the adolescence age group (p = 0.021). Conclusions: It was verified that most of the subjects of the sample presented alterations in ABR and cABR, despite having auditory thresholds, acoustic immitance measures and normal transient evoked otoacoustic emissions. It is recommended, therefore, that the auditory evaluation of individuals with sickle cell disease should include the search for auditory evoked potentials, aiming at diagnosis and referral for specific treatment, in view of the adequate ability to understand speech and the prevention of language disorders, biopsychological and social.
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Visão de cores, sensibilidade ao contraste e eletrorretinografia multifocal em indivíduos com Diabetes Mellitus tipo 1 / Color vision, contrast sensitivity and multifocal electroretinogram in subjects with Diabetes Mellitus type 1Garcia, Valéria Duarte 18 July 2012 (has links)
O Diabetes Melitus (DM) é uma doença crônica que compromete vários aspectos da saúde. Uma das complicações mais prevalentes associada à DM é a retinopatia diabética (RD), que produz perdas visuais em várias funções, podendo levar à cegueira. Essas perdas são detectáveis mesmo antes do aparecimento de sinais de retinopatia diabética e sua detecção pode servir para melhor monitoramento, prevenção e tratamento da RD. Utilizando testes psicofísicos e eletrofisiológicos computadorizados de última geração, o presente projeto investiga a discriminação de cores, sensibilidade ao contraste e o padrão das respostas eletrofisiológicas do eletrorretinograma multifocal (mfERG) em vinte pacientes (Idade=28,20 DP = 7,12) com Diabetes Mellitus tipo 1 sem sinais clínicos de retinopatia comparando-os com vinte sujeitos controle (Idade = 28,29 anos DP = 5,03) sem diabetes, ou outras doenças. A discriminação de cores foi avaliada pelo CCT (Cambridge Colour Test) para a discriminação de cores, e a sensibilidade ao contraste programa Metropsis (Cambridge Research System, Ltd), utilizando grades senoidais verticais em sete freqüências espaciais (0,2; 0,5; 1; 2; 5; 10 ; 20 cpg) A função eletrofisiológica da retina foi avaliada pelo eletrorretinograma multifocal (mfERG). A comparação dos dados entre grupos foi feita por ANOVA. No CCT, no protocolo Trivector, os limiares de discriminação cromática dos pacientes foram significativamente mais elevados que os do grupo controle em todos os eixos protan (p = 0,026), deutan (p= 0,012) e tritan (p = 0,001) e no protocolo das elipses a área de discriminação foi significativamente maior que a dos controles (p = 0,002), com elipses próximas de círculos indicando perdas de discriminação difusas. A sensibilidade ao contraste também mostrou-se reduzida, com diferença significativa nas frequências espaciais 0,2 (p = 0,037) e 5 (p = 0,004) cpg. No mfERG, o grupo DM apresentou tempo implícito significativamente maior em N1 0º (p = 0,03) e N2 5º (p = 0,04) e amplitude reduzida em N2 20º (p = 0,04) e 25º (p = 0,02). Concluímos que o grupo de pacientes com diabetes tipo 1 estudado, apresenta perdas comportamentais e eletrofisiológicas de função visual, mesmo na ausência de retinopatia, Estes achados confirmam resultados da literatura obtidos com outros testes / Diabetes Mellitus (DM) is a chronic disease that compromises different aspects of human health and at different times during its progression.. One of the most prevalent complications associated with DM is diabetic retinopathy (DR), which produces losses in different visual functions and can result in blindness. The visual losses can be detected prior to the development of DR and can lead to improvements in the control, prevention and treatment of DR. The present work investigates the color discrimination, contrast sensitivity and the electrophysiological responses patterns of the multifocal electroretinogram (mfERG) using the latest generation of psychophysical and electrophysiological tests in twenty patients (age=28.20; SD=7.12) with Diabetes Mellitus type 1 without DR compared to twenty subjects (age=28.29; SD=5.03) without diabetes and ocular disease. The color discrimination was performed through CCT (Cambridge Colour Test) and contrast sensitivity by Metropsis software (Cambridge Research System, Ltd) using vertical sine wave gratings in seven spatial frequencies (0.2; 0.5; 1; 2; 5; 10; 20 cpd). The retinal electrophysiological function was evaluated with mfERG. The data comparison among groups was performed with ANOVA test. In the Trivector protocol of CCT the diabetic patients showed differences in all axes protan (p = 0,026), deutan (p = 0,012) and tritan (p = 0,001); in the elipses protocol there was a diffuse loss in the patients discrimination (p = 0,002). The contrast sensitivity was reduced in the diabetic group, in particular to the spatial frequencies of 0.2 (p = 0,037) and 5 (p = 0,004)cpd. The results of mfERG from the DM group showed an implicit time bigger in N1 0º (p = 0,03) and N2 5º (p = 0,04) (0º) compared to the control group and a reduced amplitude of N2 20º (p = 0,04) e 25º (p = 0,02). In conclusion, the patients with diabetes type 1 present with behavioral and electrophysiological visual losses, however, they do not show retinopathy. These findings confirm previous results shown in the literature from other tests
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Processamento de informação em neurônios motores de um centro gerador de padrões / Information processing in motor neurons of a central pattern generatorRodrigues, Ludmila Brochini 20 September 2011 (has links)
A atividade de neurônios em rajadas de disparo (bursts) é onipresente em sistemas nervosos. No entanto, o papel funcional dos bursts na codificação de informação ainda não é completamente compreendido. A dinâmica de burst tem sido intensivamente estudada em centros geradores de padrões (CPGs) que são exemplos clássicos de sistema nervoso autônomo em que a atividade em bursts está diretamente associada ao controle motor. Estudos recentes investigaram pequenas perturbações na dinâmica aparentemente periódica de neurônios com atividade em burst (bursters): padrões sutis nos tempos de disparo (spikes) dentro de um mesmo burst. Padrões de spikes intraburst (PSIBs) são tradicionalmente negligenciados por falta de relação com a função motora do CPG, no entanto, esses estudos mostraram que PSIBs são específicos para cada tipo de célula do CPG estomatogástrico de crustáceos e além disso, são capazes de refletir mudanças na conectividade da rede, indicando um possível papel na codificação de informação. Nesse trabalho, abordamos esse assunto investigando como um neurônio motor com atividade em bursts expressa informação a respeito de outros neurônios da rede através dos PSIBs. Realizamos experimentos registrando a atividade de neurônios pilóricos do gânglio estomatogástrico tanto na rede intacta como em uma rede híbrida na qual um neurônio pilórico interage em tempo real com um neurônio modelo através de uma sinapse artificial. Para inferir a sensibilidade dos PSIBs pós sinápticos aos pré-sinápticos desenvolvemos uma ferramenta de análise baseada em Teoria da Informação para encontrar padrões de máxima informação (ou seja, encontrar o bin que produz PSIBs de máxima entropia) e calcular informação mútua média entre eles (IMM) ao longo do burst de cada neurônio. Esta ferramenta também é potencialmente útil à análise de outros tipos de processos puntuais por fornecer um método de revelar informação oculta em padrões de eventos. Encontramos que um único neurônio motor é capaz de expressar no início de seu burst informação contida nos PSIBs do início do burst anterior do neurônio pré-sináptico. Esse fenômeno é observado em diferentes espécimes e espécies, o que sugere um mecanismo geral de codificação de informação. Além disso, esse efeito foi reproduzido em experimentos com uma rede híbrida, onde os estímulos pré-sinápticos são totalmente controlados, livre de qualquer influência de outros elementos no circuito. Esses resultados sugerem que a microestrutura dos padrões de disparo pré-sinápticos são codificadas se dá através de uma única sinapse, de maneira não linear e não homogênea nos PSIBs pós sinápticos. Dessa forma, neurônios motores são capazes de usar escalas de tempo diferentes para expressar dois tipos de informação: o ritmo de burst (associado à taxa de disparo) carrega informação sobre a contratação motora, enquanto que em uma escala de tempo muito menor, os PSIBs (associados à codificação temporal) expressam informação sobre o comportamento de outros neurônios do CPG. Além disso, encontramos que a informação dos PSIBs de um neurônio pilórico é codificada na estrutura temporal de disparo das unidades ativas registradas em um nervo do sistema estomatogástrico que projeta em áreas sensoriais do cérebro do animal. Assim, o mecanismo de codificação descrito pode ser parte de uma via de transmissão de informação previamente desconhecida, sugerindo que a codificação de informação através dos PSIBs poderia ser aproveitada para a regulação dos padrões de disparo em circuitos remotos pelo sistema nervoso central. / Burst firing is ubiquitous in nervous systems. However, the functional role of burst firing in information coding is mostly unknown. Bursting dynamics have been intensively studied in Central Pattern Generators (CPGs), classical examples of autonomous nervous circuits in which the most conspicuous bursting activity is clearly associated to motor function. Recent studies have investigated small perturbations embedded in the otherwise seemingly periodic bursting: the subtle intra-burst spike timing patterns (IBSPs), traditionally neglected for their lack of relation to the CPG motor function. Moreover, IBSPs were found to be cell-type specific and able to reflect changes in CPG connectivity, indicating a potential role in information coding. Here we addressed this matter by investigating how a bursting motor neuron expresses information about other neurons in the network. We performed experiments on the crustacean stomatogastric pyloric CPG, both in control conditions and when interacting in real-time with computer model neurons. The sensitivity of post- to pre-synaptic IBSPs was inferred by computing their average mutual information along each neuron burst. We found that a single motor neuron is able to express, at the beginning of its burst, information about the IBSPs of the beginning of the pre synaptic neuron\'s burst. This phenomenon is observed in different specimens and species, sugesting a genera information coding mechanism. Moreover, this effect was reproduced in a hybrid circuit, in which the presynaptic stimuli are completely controled by the experimenter free of any influence of other elements in the circuit. These results suggest that the presynaptic spiking microstructure are non-linearly and in homogeneously encoded through a single synapse in the post synaptic IBSPs. This way, motor neurons are able to use different time scales to express two types of information simultaneously: muscle contraction (related to bursting rate), and the behavior of other CPG neurons (in a much smaller timescale by using IBSPs as information carriers). Therefore, the coding mechanism described takes part in a previously unsuspected information pathway, providing evidence of the general physiological role of information coding through IBSPs in the regulation of neuronal _ring patterns in remote circuits by the central nervous system.
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Propriedades espaciais das respostas isoladas de cones L e M ao eletrorretinograma: implicações sobre a atividade das vias visuais paralelasJACOB, Mellina Monteiro 16 June 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-06-16 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Foi estudada a organização espacial dos sinais de cones L e M ao eletrorretinograma (ERG), refletindo a atividade das vias pós-receptorais magno e parvocelular. Para tal, foram criados estímulos senoidais que isolavam as respostas de cones L e M e que eram emitidos por um estimulador que utilizava quatro primárias de LED, permitindo que fosse aplicado o paradigma da tripla substituição silenciosa. As frequências temporais utilizadas foram de 8 e 12 Hz, para refletir a atividade de oponência de cones, e 30, 36 e 48 Hz para refletir a atividade de luminância. As respostas de eletrorretinograma foram registradas com estímulos que alcançavam todo o campo visual (campo total) e por estímulos que variavam em configuração espacial, entre estímulos circulares e anelares com diâmetros diferentes. Os resultados obtidos confirmam a presença de dois mecanismos de resposta diferentes a estímulos com frequências temporais intermediárias e altas. As respostas de ERG medidas em frequências temporais altas dependeram fortemente da configuração espacial de estimulação. Nas condições registradas com campo total (Full-field electroretinogram, FF), as respostas de cones L foram substancialmente maiores do que as respostas de cones M na mesma condição, e do que as respostas de cones L a estímulos menores. Já as respostas de cones M aos estímulos com campo total e com diâmetro de 70º, apresentaram valores de amplitude similares. As respostas de cones L e M medidos com frequências temporais de 8 e 12 Hz, apresentaram amplitudes similares, e estavam aproximadamente em contra-fase. As amplitudes foram constantes para a maioria das configurações de estimulação. Os resultados indicaram que, quando as respostas de ERG refletem a atividade de luminância, elas estão correlacionadas positivamente com o tamanho do estímulo. Além de 35º de excentricidade retiniana, a retina contém principalmente cones L. Estímulos pequenos são suficientes para obter respostas máximas de ERG em frequências temporais intermediárias, onde o ERG é sensível também ao processamento de oponência de cones. / We studied the spatial arrangement of L- and M-cone driven electroretinograms (ERGs) reflecting the activity of magno- and parvocellular pathways. L- and M-cone isolating sine wave stimuli were created with a four primary LED stimulator using triple silent substitution paradigms. Temporal frequencies were 8 and 12 Hz, to reflect cone opponent activity, and 30, 36 and 48 Hz to reflect luminance activity. The responses were measured for full-field stimuli and for different circular and annular stimuli. The ERG data confirm the presence of two different mechanisms at intermediate and high temporal frequencies. The responses measured at high temporal frequencies strongly depended upon spatial stimulus configuration. In the full-field conditions, the L-cone driven responses were substantially larger than the full-field M-cone driven responses and also than the L-cone driven responses with smaller stimuli. The M-cone driven responses at full-field and with 70° diameter stimuli displayed similar amplitudes. The L- and M-cone driven responses measured at 8 and 12 Hz were of similar amplitude and approximately in counter-phase. The amplitudes were constant for most stimulus configurations. The results indicate that, when the ERG reflects luminance activity, it is positively correlated with stimulus size. Beyond 35° retinal eccentricity, the retina mainly contains L-cones. Small stimuli are sufficient to obtain maximal ERGs at low temporal frequencies where the ERGs are also sensitive to cone-opponent processing.
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Ganho de contraste do potencial cortical provocado visual multifocal: efeitos da excentricidade e do modo de estimulaçãoSILVA, Veronica Gabriela Ribeiro da 29 November 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-11-29 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Neste estudo foram avaliadas as possíveis contribuições das vias paralelas visuais M e P para o potencial cortical provocado visual em diferentes excentricidades visuais usando o ganho de contraste como indicador fisiológico no primeiro (K2.1) e segundo (K2.2) slices do kernel de segunda ordem dos potenciais corticais provocados multifocais (mfVEPs). O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (023/2011 – CEP/NMT) do Núcleo de Medicina Tropical, Universidade Federal do Pará. Nove sujeitos (22,5 ± 3,7 anos de idade) com visão normal foram testados. O estímulo foi gerado através do programa VERIS (EDI, San Mateo, CA) e consistiu em um tabuleiro de dardos ocupando 44° do ângulo visual, com 60 setores escalonados considerando a magnificação cortical, onde cada setor continha 16 quadrados (8 pretos e 8 brancos) com contraste espacial de luminância e luminância média de 40 cd/m², mostrados através de um monitor CRT, situado a uma distância de 32 cm do indivíduo testado. Cada setor foi temporalmente modulado por uma sequência-m pseudo-aleatória no modo de apresentação de padrão reverso e padrão de pulso em cinco contrastes de Michelson entre 6,25-100%. Foram extraídos os dados de K2.1 e K2.2 dos mfVEPs. Calcularam-se os valores médios de amplitude de registros correspondentes a 6 diferentes anéis de mesma excentricidade no campo visual (A1 e A6 sendo os anéis mais interno e externo, respectivamente) em função do contraste do estímulo. Os dados de amplitude em função do contraste do estímulo foram modelados por funções de Michaelis-Menten. A constante de semissaturação (C50) do modelo foi o indicador inversamente proporcional do ganho de contraste da função. Em K2.1, respostas para o padrão reverso apresentaram um alto valor do C50 (média, desvio padrão: 35,5% ± 9,3), indicando baixo ganho de contraste na função. Para os anéis mais externos (A2 – A6), foram estimados C50 inferiores aos estimados em A1 (média, desvio padrão: A2: 26,5% ± 6,5; A3: 22,4% ± 8,8; A4: 18,4% ± 4,4; A5: 20,6% ± 9,3; A6: 26,7% ± 12), representando funções de alto ganho de contraste. Em K2.2, no anel central (A1) e no mais periférico (A6), as funções de resposta ao contraste geradas pelo padrão reverso apresentaram um alto valor do C50 (média, desvio padrão: 38,4% ± 4,2; 37,5% ± 10,2), indicando baixo ganho de contraste na função. De A2 a A5, originou funções com valores de C50 inferiores aos estimados em A1 (média, desvio padrão: A2: 27,4% ± 7,4; A3: 20,2% ± 4,9; A4: 22,4% ± 4,2; A5: 18,7% ± 3,2; A6: 23,1% ± 8,9), representando funções de alto ganho de contraste. Para o padrão de pulso, no K2.1 e K2.2, no anel central (A1) e no K2.2 no anel mais externo (A6), as funções de resposta ao contraste geradas não apresentaram valores significativos e confiáveis para a análise. Em K2.1 os anéis intermediários (A2 – A5) originaram funções com alto C50 (média, desvio padrão: A2: 44,7% ± 10,5; A3: 38,3% ± 12,1; A4: 45,8% ± 12,1; A5: 49,4% ± 16,1; A6: 47,8% ± 14,7), representando funções de baixo ganho de contraste. Em K2.2, nos anéis intermediários (A2 – A5, exceto em A4) a estimulação originou valores de C50 maiores do que em K2.1 (média, desvio padrão: A2: 50,2% ± 10,3; A3: 48,2% ± 11,1; A4: 28,5% ± 4,2; A5: 54,3% ± 16,2), representando funções de baixo ganho de contraste. Para o padrão reverso, os resultados sugerem a predominância da via M nos anéis excêntricos intermediários e da via P no anel mais central (A1) e no mais periférico (A6). Para o padrão de pulso, sugere predominância da via P em todas as excentricidades. / This study evaluated effects of eccentricity and mode presentation on the multifocal visual evoked potential (mfVEPS) recordings extracted by second-order kernels and its possible contributions from parallel visual pathways. Nine subjects (22.5 ± 3.7 years-old) were studied. All the subjects had 20/20 or corrected visual acuity and no previous history of neuro-ophtahlmic diseases or degenerative diseases. The subjects were tested with non dilated pupil in a monocular way. All the experimental procedures agreed to the tenets of Helsinki and were approved by Committee for Ethic in Research of Nucleus of Tropical Medicine (023/2011 protocol, Federal University of Pará, Belém, PA, Brazil). A CRT monitor displayed a 22º radius, 60 sectors dartboard, each sector with 16 checks (8 white and 8 black), pattern mean luminance of 40 cd/m2. The pattern selection to be shown in each sector was temporally modulated according to a binary pseudorandom m-sequence. Two stimulation protocols were used and we called them as pattern reversal and pattern pulse. Stimulus was presented at five Michelson contrast levels (100%, 50%, 25%, 12.5%, and 6.25%) in two trials with increasing and decreasing contrast order. The subject was instructed to keep the eye in a red cross (1º) placed at the center of the screen. Veris 6.01 was used to configure the stimuli. mfVEPs were recorded with gold cup electrodes: the reference electrode was placed at the inion; the recording electrodes were placed at, 4 cm above the inion (channel 1), 1 cm above and 4 cm to the right of the inion (channel 2), 1 cm above and 4 cm to the left of the inion (channel 3). Ground surface electrode was placed at the forehead. Skin impedance was kept below 5 KOhm. Recordings were amplified 100.000x, band-pass filtered between 3 and 100 Hz. The Veris 6.1 performed an offline low-pass filtering at 35 Hz. Veris 6.1 was used to extract first (K2.1) and second (K2.2) slices from second-order kernels data from original channels. Using MATLAB routines three additional channels were computed from the subtraction of the three original channels. For each subject, a signal-to-noise ratio (SNR) evaluation was performed over the averaged data of two trials in each one of the 6 channels. We measured the RMS amplitude of signal and noise interval of each recording. Finally, we analyzed the waveforms with best SNR for each sector. Mean RMS amplitude for each of six eccentric rings (R1 and R6 are the inner and outer rings, respectively) and for all rings together as a function of stimulus contrast was modeled using Michaelis-Menten functions. Semi-saturation constant (C50) of the contrast-response function was used as indicator of response contrast gain. For pattern reversal protocol contrast-response functions from K2.1/K2.2 had the following C50 values: R1: 35,5% ± 9,3; R2: 26,5% ± 6,5; R3: 22,4% ± 8,8; R4: 18,4% ± 4,4; R5: 20,6% ± 9,3; R6: 26,7% ± 12 / R1: 38,4% ± 4,2; R2: 27,4% ± 7,4; R3: 20,2% ± 4,9; R4: 22,4% ± 4,2; R5: 18,7% ± 3,2; R6: 23,1% ± 8,9. For pattern pulse protocol contrast-response functions from K2.1/K2.2 had the following C50 values: R1: 0; R2: 44,7% ± 10,5; R3: 38,3% ± 12,1; R4: 45,8% ± 12,1; R5: 49,4% ± 16,1; R6: 47,8% ± 14,7 / R1: 0; R2: 50,2% ± 10,3; R3: 48,2% ± 11,1; R4: 28,5% ± 4,2; R5: 54,3% ± 16,2; R6: 0. Two contrast sensitivity mechanisms contribute to mfVEPs elicited by stimuli located in the central visual field, one mechanism with higher contrast gain (pattern reversal mfVEP) and other mechanism with low contrast gain (pattern pulse). For stimulus at the periphery visual field, mechanism with high contrast gain contributed to the generation of mfVEPs elicited by all stimulation modes.
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Processamento auditivo (central) em crianças com dislexia: avaliação comportamental e eletrofisiológica / Auditory Processing in children with dyslexia: behavioral and electrophysiological assessmentOliveira, Juliana Casseb 15 February 2012 (has links)
Introdução: Existem muitas controvérsias sobre a dislexia. Uma delas é justamente saber se a dificuldade está no processamento auditivo de forma geral ou especificamente para a percepção de diferenças temporais de sons de fala e se a dificuldade é específica para mudanças rápidas temporais ou abrangem uma gama mais ampla de processamento auditivo. Objetivos: Os objetivos desse estudo foram comparar o desempenho de crianças com dislexia (Grupo Estudo) e com desenvolvimento típico (Grupo Controle) em testes comportamentais de Processamento Auditivo (Central) e comparar o desempenho do Grupo Estudo e do Grupo Controle em teste de Potenciais Evocados Auditivos de Longa Latência. Métodos: Participaram desse estudo 22 indivíduos disléxicos e 16 sem queixas ou alterações de leitura e escrita. Todos os indivíduos foram submetidos à avaliação de Processamento Auditivo (Central) comportamental e eletrofisiológica. Resultados: Para os testes comportamentais, houve diferença estatisticamente significante para o Teste Padrão de Frequência, e verificamos diferença estatisticamente significante somente para a Orelha Esquerda entre os resultados dos grupos Estudo e Controle para o Teste Dicótico de Dígitos, sendo que o Grupo Estudo apresentou um pior desempenho. Para os Potenciais Evocados Auditivos de Longa Latência encontramos diferença para os valores de Latência de N2 entre os grupos Estudo e Controle, sendo que o Grupo Estudo apresentou maiores valores de latência. Esse achado foi estatisticamente significante somente para Orelha Direita. Conclusões: Podemos sugerir que os disléxicos apresentam alteração de processamento auditivo temporal e não podemos afirmar que não há comprometimento de outras habilidades / Introduction: There are several controversies about dyslexia. One of them is knowing whether the difficulty is in the general auditory processing or specifically in the perception of temporal differences of speech sounds, and whether the difficulty is specifically for rapid temporal changes or involves a broader range of auditory processing. Aims: The aims of this study were to compare the performance of children with dyslexia (Study Group) and of children with typical development (Control Group) in behavioral tests of (Central) Auditory Processing, and to compare the performance of Study Group and Control Group in Long Latency Auditory Evoked Potentials. Methods: 22 individuals with dyslexia and 16 individuals with no reading and writing complaints or disorders took part in the study. All individuals underwent behavioral and electrophysiological assessment of (Central) Auditory Processing. Results: Concerning the behavioral tests results in both groups, there was a significant statistical difference for the Frequency Pattern Test and for the Left ear in the Dichotic Digit test, with a worse performance observed in the Study Group. Considering the Long Latency Auditory Evoked Potentials, there was a difference for the N2 latency values between the Study Group and the Control Group, with greater latency values in the Study Group. This finding was statistically significant only for the Right ear. Conclusions: We may suggest that individuals with dyslexia present temporal auditory processing disorder, however we cannot affirm absence of disorders in other skills
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Sutura química por polietilenoglicol na regeneração do nervo facial em ratos após neurotmese / Polyethylene glycol-fusion in facial nerve regeneration in rats after neurotmesisNascimento, Sílvia Bona do 07 November 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: O nervo facial (NF) desempenha um papel importante em diversas funções fisiológicas do organismo e controla a musculatura da mímica facial, responsável por transmitir sentimentos e emoções. O tratamento padrão-ouro para reconstrução do NF após trauma com secção é a anastomose término-terminal com cola de fibrina, que na maioria dos casos ainda produz resultados subótimos. Por isso, objetivou-se testar o efeito de uma nova técnica de reconstrução usando um protocolo de fusão axonal por polietilenoglicol (PEG), denominada sutura química, utilizando parâmetros eletrofisiológicos e histomorfométricos. MÉTODOS: Ratos Wistar foram divididos em 4 grupos. Após transecção do ramo mandibular do NF, o grupo controle foi submetido a anastomose dos cotos neurais com microssuturas. O grupo 2 foi tratado com microssuturas mais a sutura química. A sutura química consistiu de lavagem dos cotos neurais com solução de Krebs hipotônica contendo azul de metileno antes das microssuturas. Depois da sutura, seguiu-se a lavagem com solução de PEG e, por último, aplicação de solução de Krebs contendo cálcio. O grupo 3 recebeu microssuturas mais a solução com azul de metileno. E o grupo 4 foi tratado com microssuturas mais a solução de PEG. Os potenciais de ação musculares compostos (PAMCs) foram avaliados no pré-operatório e após 3 e 6 semanas das intervenções. A análise histomorfométrica foi realizada após 6 semanas. RESULTADOS: Os animais submetidos à sutura química apresentaram maior amplitude e menor duração dos PAMCs 3 e 6 semanas após a cirurgia em comparação com todos os demais grupos; na análise histológica, apresentaram maior contagem axonal e maior diâmetro axonal. CONCLUSÕES: A sutura química produziu recuperação mais intensa do NF após secção e sutura quando comparada à sutura isoladamente, pela avaliação eletrofisiológica e histomorfométrica, e pode ser útil em situações clinicas nas quais haja secção seguida de reparo neural imediato / BACKROUND: The gold standard treatment for traumatic transection of the FN continues to be end-to-end anastomosis using fibrin glue, which often yields unsatisfying results. OBJECTIVE: To test the outcome of a novel method of polyethylene glycol (PEG)-fusion on FN transection using electrophysiological and histophormometric parameters. METHODS: Wistar rats were divided into 4 groups. After FN transection, the control group was submitted to end-to-end anastomosis with microsutures. Group 2 was submitted to microsutures plus the PEG-fusion protocol. This protocol consisted in bathing nerve stumps with a calcium-free Krebs solution containing methylene blue (MB) before suturing. After suturing, the repaired nerve received a PEG solution followed by a calcium-containing Krebs solution. Group 3 received microsutures plus the MB solution and group 4 received microsutures plus the PEG solution. Compound muscle action potentials (CMAPs) were recorded before the intervention and 3 and 6 weeks afterwards. Histomorphometric analysis was done at 6 weeks time. RESULTS: The PEG-fusion protocol yielded larger CMAP amplitude, smaller CMAP duration at 3 and 6 weeks and a larger axon count and axon diameter. Between the other groups, no significant difference was seen. CONCLUSION: PEG-fusion produces better FN recovery after transection, when considering electrophysiological and histomorphometric analysis and may be of use in clinical scenarios of FN cut-severance followed by immediate repair
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Contribui??o das prote?nas tirosina cinases e da c?lciocalmodulina cinase tipo II em modelos animais de epilepsia / Involvement of protein tyrosine kinases and calcium/calmodulin kinase type II in animal models of epilepsyQueiroz, Claudio Marcos Teixeira de January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / As epilepsias do lobo temporal s?o as que apresentam maior refratariedade ao tratamento farmacol?gico e perfazem 2/3 das interven??es cir?rgicas de epilepsia, sendo portanto de grande custo social, econ?mico e psicol?gico. Assim, modelos animais de epilepsia do lobo temporal s?o de grande relev?ncia n?o s? para o entendimento das bases neurais dessa patologia, mas tamb?m para o desenvolvimento de abordagens terap?uticas capazes de evitar a instala??o da doen?a. Esses s?o os objetivos da presente disserta??o de doutorado. Ap?s um evento traum?tico (no caso deste trabalho, um estado de mal epil?ptico), diversas altera??es morfol?gicas e fisiol?gicas acontecem, caracterizando a g?nese da s?ndrome epil?ptico (epileptog?nese). Dentre as altera??es podemos destacar a intensa fosforila??o de prote?nas em res?duos de tirosina e a ativa??o de diferentes segundos mensageiros. Os dois primeiros cap?tulos desta tese descrevem a tentativa de bloquear os processos de epileptog?nese por meio da inibi??o da fosforila??o de res?duos de tirosina atrav?s do tratamento farmacol?gico com inibidores das tirosina cinases, a herbimicina A e o K-252a. O terceiro cap?tulo analisa eletrofisiologicamente o circuito neural do giro denteado em animais que apresentavam uma muta??o em um s?tio inibit?rio da prote?na c?lcio/calmodulina cinase do tipo II (CaMKII). No primeiro cap?tulo, mostramos que o tratamento agudo com herbimicina A (348?M, 5?L, icv), ? capaz de bloquear a potencia??o duradoura (LTP) induzida por um est?mulo tet?nico bem como de atenuar (~40%) a ativa??o neuronal (express?o de c-Fos) decorrente de um estado de mal epil?ptico induzido pela administra??o sist?mica de pilocarpina (SE). Apesar dos significativos efeitos agudos, este tratamento mostrou-se incapaz de atenuar a freq??ncia de crises espont?neas, bem como o padr?o de morte neuronal observado ap?s o estado de mal epil?ptico induzido pela pilocarpina. Entretanto, o tratamento com herbimicina A alterou o padr?o de marca??o de metais pesados (Zn+2) no hilo do giro denteado e na regi?o de CA3 do hipocampo, por?m n?o apresentou efeito sobre o padr?o de brotamento das fibras musgosas observado na camada molecular do giro denteado. No segundo cap?tulo, mostramos que a herbimicina e o K- 252a modificam a atividade epileptiforme induzida pela administra??o intra-hipocampal de ?cido ca?nico, sem alterar o padr?o de morte neuronal. Esses resultados sugerem que o tratamento com inibidores de prote?nas tirosina cinases ? capaz de modificar o padr?o de ativa??o agudo do hipocampo ap?s um est?mulo (i.e., o estado de mal epil?ptico ou a LTP), por?m sem qualquer efeito sobre o processo de epileptog?nese. No terceiro cap?tulo, estudamos a excitabilidade e a plasticidade do giro denteado ? estimula??o da via perfurante (principal afer?ncia da forma??o hipocampal) em animais que apresentam uma CaMKII geneticamente modificada. Essa prote?na uma vez ativada n?o pode ser inibida. A caracteriza??o eletrofisiol?gica demonstrou que esses animais apresentam potenciais de campo evocados no giro denteado aparentemente semelhante aos animais controle (wild-type), por?m sua responsividade a padr?es de estimula??o em salvas e sua plasticidade apresentaram clara altera??o. Essa modifica??o foi caracterizada por uma maior variabilidade nas respostas ? trens de estimula??o (freq??ncias de 1 e 2 Hz) e maior inibi??o do pulso pareado em trens de estimula??o (para pulsos pareados aplicados a freq??ncia de 5 Hz). Al?m disso, conforme j? descrito na literatura, mostramos que a susceptibilidade a atividade epileptiforme depende do padr?o de estimula??o utilizado para os diferentes animais (mutantes vs. wild-type). Assim, utilizando o modelo cl?ssico do abrasamento demonstramos que a muta??o n?o altera a evolu??o da epileptog?nese. Entretanto, ao utilizarmos duas variantes de um padr?o de estimula??o similar ? freq??ncia teta (5Hz, Intermittent vs. Continuous theta-burst stimulations), demonstramos a import?ncia da muta??o na manuten??o da excitabilidade do giro denteado. Esses resultados destacam a import?ncia da CaMKII na atividade epileptiforme al?m de sugerir novas abordagens experimentais (i.e., sensibilidade ? padr?es de estimula??o eletrofisiol?gica) no estudo da epileptog?nese. Em resumo, os resultados apresentados nessa tese contribuem para um melhor entendimento dos fen?menos subjacentes aos processos de plasticidade neuronal e da contribui??o destes para o fen?meno de epileptog?nese, al?m de sugerir / Temporal lobe epilepsies are highly refractory to pharmacological treatment. Up to 70% of these patients undergo chirurgical resection of temporal region, procedure with important consequences for the social, economic and psychological spheres. Experimental animal models that mimic temporal lobe epilepsy provide an insightful approach to study the neural basis of epilepsy as well as create opportunities to test promising therapeutic drugs. The present thesis tests the antiepileptogenic activity of two protein tyrosine kinase inhibitors and the relevance of Ca+2/calmodulin kinase type II (CaMKII) mutants. Multiples morphological and physiological alterations take place after a traumatic brain injury (in this thesis, the status epilepticus) leading the animal to an epileptic conditions. During this period, the epileptogenesis process, there is strong tyrsine phosphorylation with the activation of many second messengers. The first two chapters of the thesis describe experiments in which herbimycin A and K-252a, two protein tyrosine kinase inhibitors, were used to attenuate synaptic plasticity and epileptogenesis. The third chapter, the dentate gyrus network was studied after angular bundle stimulation in animals presenting one punctual mutation at the autoinhibitory phosphorylation site of the CaMKII. In the first chapter, we showed that one single herbimycin A injection (348?M, 5?L, icv) was able to attenuate long-term potentiation (LTP) in the commissural CA3 neurons and also, to decrease status epilepticus- (SE-) induced neuronal activation (c-Fos expression) in almost 40%. Although markedly acute effects, the present herbimycin A treatment was not able to diminish spontaneous seizure frequency, cell death or aberrant mossy fiber sprouting observed after the pilocarpine-induced SE. Curiously, herbimycin-treated animals presented decreased neo-Timm staining in the hilus and CA3 region despite the epileptic condition. In the second chapter, we confirmed the ability of protein tyrosine kinase inhibitors to decrease SE-induced neuronal activation. Herbimycin A icv treatment altered the kainic acid-induced epileptiform profile in EEG recordings. Cell death pattern was not altered by any pharmacological treatment. These results suggest that protein tyrosine kinase inhibitiors are able to modify the acute neuronal activation and plasticity (ictogenesis or LTP) but is ineffective in attenuating the epileptogenesis process. In the third chapter, we studied the dentate gyrus excitability and plasticity after angular bundle stimulation in CaMKII mutant animals. Once in its self-sustained mode, this mutation does not allow the reduction of the catalytic activity of the kinase. These animals present normal electrophysiological profiles (similar to wild-type animals) but with reduced amplitude. Shortterm plasticity was clearly altered. Mutant animals presented increased variability in the responses to trains of stimulation at 1 and 2 Hz, and at at 5Hz stronger paired-pulse inhibition. Accordingly to the literature, we also showed that the epileptiform susceptibility depends on the stimulation pattern used in both animals (mutants vs. wild-type). Thus, although the mutation did not altered the behavior and the electrographic kindling evolution, we showed that mutant animals were prone to afterdischarges when stimulate by an intermittent theta-burst stimulation. On the other hand, the same animals needed more bursts to induce afterdischarges when the stimulation was set in the continuos mode. Taken together, the present results contribute to a better understanding of the protein tyrosine kinase and CaMKII function in neuronal plasticity underlying the epileptogenesis process and sum efforts in searching for a clinic antiepileptogenic drug.
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Desempenho da linguagem falada de pré-escolares nascidos prematuros e correlatos eletrofisiológicos / Performance of the spoken language of pre-schools born prematures and electrolyphisiological correlatesSilva, Isabella Bonamigo da [UNESP] 29 May 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-05-29 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A prematuridade é considerada um fator de risco para o desenvolvimento motor, social, cognitivo e de linguagem. Pesquisadores têm utilizado instrumentos nacionais e internacionais para a avaliação da linguagem falada nesta população, destacando a necessidade desta investigação em diferentes aspectos. Uma técnica que tem sido utilizada como ferramenta para a investigação de elementos do processamento da linguagem falada é a eletroencefalografia (EEG) e suas medidas de Event Related Potentials (ERPs). Posto isso, o objetivo deste estudo foi investigar o desempenho da linguagem falada e achados eletrosifiológicos em crianças pré-escolares nascidas prematuras e compará-los aos de crianças nascidas a termo com desenvolvimento típico de linguagem. Para compor o Grupo Amostral I (GAI), participaram 20 crianças nascidas prematuras moderadas de 4 e 5 anos de idade cronológica, e para o Grupo Comparativo I (GCI), 40 crianças nascidas a termo pareadas a seus pares por sexo e idade cronológica. Para esses grupos, foi utilizado o instrumento Preeschool Language Assessment - Second Edition (PLAI-2) para a avaliação da linguagem falada. Como um recorte do GAI, o Grupo Amotral II (GAII) foi composto por oito crianças participantes do GAI, e para o Grupo Comparativo II (GCII), oito crianças participantes do GCI, pareadas ao GAII por gênero e idade cronológica. Para a avaliação eletrofisiológica de GAII e GCII, utilizou-se uma tarefa de julgamento semântico, na qual frases de finais congruentes e incongruentes foram apresentadas de forma passiva e os registros eletrofisiológicos foram captados a partir de um capacete geodésico de 128 canais. O resultado, de forma geral, indicou que o grupo de crianças nascidas prematuras apresentou desempenho inferior nos itens (i.e, recepção; expressão e habilidade comunicativa) e subitens (i.e, escolha, análise, síntese, análise perceptual) da linguagem falada, com exceção apenas para o subitem “raciocínio”. Os resultados da avaliação eletrofisiológica mostraram diferenças no padrão de ativação eletrofisiológico (i.e, amplitude e latência das ondas), quando os grupos foram comparados. Como conclusões, destaca-se que crianças pré-escolares nascidas prematuras apresentaram desempenho inferior nas habilidades de linguagem falada na maioria das habilidades avaliadas pelo PLAI-2 e diferenças no padrão eletrofisiológico, quando comparadas a seus pares nascidos a termo. Os dados indicaram a necessidade de investigação e diagnóstico precoce das possíveis alterações de linguagem falada em pré-escolares prematuros, considerando que diferenças importantes podem já se manifestar na investigação eletrofisiológica (i.e captação da informação em nível cerebral). / Prematurity is considered a risk factor for motor, social, cognitive and language development. Researchers have used national and international instruments for the evaluation of spoken language in this population, highlighting the need for this research in different aspects. One technique that has been used as a tool for the investigation of elements of speech processing is electroencephalography (EEG) and its measures of Event Related Potentials (ERPs). Therefore, the aim of this study was to investigate the performance of spoken language and eletrophysiological findings of preschool children born prematurely and compare to that of full-term children with typical language development. Twenty preterm infants born at the age of 4 and 5 years of age were included in Amostral Group (AGI), and for Comparative Group I (CGI) 40 children born at term were matched to their peers by sex and chronological age. For these groups the Preschool Language Assessment - Second Edition (PLAI-2) instrument was used for the evaluation of spoken language. As a AGI cut, Amotral II Group (AGII) was composed of 8 children participating in the AGI and for Comparative Group II (CGII), 8 children participating in the CGI, matched to AGII by gender and chronological age. For the electrophysiological evaluation of AGII and CGII, a semantic judgment task was used, where congruent and incongruent sentences were presented passively and the electrophysiological records were captured from a 128-channel geodetic helmet. The result, in general, indicated that the group of children born premature presented inferior performance in the items (ie, reception, expression and communicative ability) and subitens (i.e., choice, synthesis analysis, and perceptual analysis) of spoken language, with the exception of for the subitem "reasoning". The results of the electrophysiological evaluation showed differences in the pattern of electrophysiological activation (i.e., wave amplitude and latency), when the groups were compared. As a conclusion, it should be pointed out that preschool children born prematurely presented lower performance in spoken language skills in most abilities assessed by PLAI-2 and differences in the electrophysiological pattern when compared to their full-term pairs. The data indicated the need for investigation and early diagnosis of possible changes in spoken language in preterm infants, considering that important differences may already be manifested in electrophysiological investigation (i.e., information capture at the brain level).
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Estudo dos efeitos da MT3 na plasticidade sináptica de longa duração e interações com a sinalização gabaérgica em hipocampo dorsal pela eletrofisiologia in vivo em animal anestesiadoZanona, Querusche Klippel January 2015 (has links)
A sinalização muscarínica exerce função modulatória sobre diferentes aspectos da cognição e emoções. Todos os cinco subtipos de receptores muscarínicos (mAChR), M1 a M5, são expressos no hipocampo de mamíferos e são ativados de forma sobreposta pela maioria dos fármacos, dificultando avanços significativos na compreensão da contribuição de cada componente desse sistema. A toxina muscarínica 3 (MT3) é um antagonista seletivo para o subtipo M4, permitindo a investigação das ações modulatórias deste receptor no aprendizado, memória e plasticidade sináptica. Os M4 são receptores acoplados à proteína G (GPCRs) que atuam via Gi/o desencadeando efeitos inibitórios sobre as células em que estão presentes. Estudos comportamentais anteriores indicam que a administração de MT3 imediatamente após o treino em uma tarefa aversiva produz efeito amnéstico, enquanto que a administração antes da evocação, causa facilitação. Uma explicação para estes resultados é que os circuitos locais envolvidos na consolidação e na evocação da memória diferem em sua natureza. Nesse contexto, sugere-se que o efeito amnéstico da MT3 sobre a consolidação seja consequência da supressão da inibição de interneurônios GABAérgicos; enquanto que na evocação, esse efeito se daria sobre as sinapses glutamatérgicas. Assim, no presente trabalho, com o objetivo de investigar como o receptor M4 modula a plasticidade sináptica de longa duração e interage com uma dessas sinalizações, no caso a GABAérgica, utilizou-se a técnica de eletrofisiologia in vivo de hipocampo de ratos anestesiados. Para tanto, foram realizados registros extracelulares do potencial excitatório pós-sináptico de campo (fEPSP) de CA1 evocados por estimulação contralateral da via Colateral de Schaffer com infusão dos fármacos 15 min antes ou depois da estimulação elétrica de alta ou baixa frequência (HFS: 10 trens 0,5 Hz, 20 pulsos 100 Hz; ou LFS: 600 pulsos 1 Hz, respectivamente). MT3 (4,0 μg/μl), bicuculina (0,06 μg/μl), baclofen (0,2 μg/μl) e veículo, isoladamente ou combinados, não alteraram a amplitude da resposta evocada basal ou a facilitação por pulso pareado (FPP) 15 min após a infusão. MT3 aparentemente atenuou, mas não de forma significativa, a potenciação de longa duração (LTP) em relação ao controle (potenciação 60 min após a HFS de 31,8% e 66,0%, respectivamente). Além disso, não houve diferença significativa entre a amplitude do fEPSP no período basal e 60 min após a HFS sob ação da MT3. Bicuculina, embora não tenha abolido a LTP e nem causado alteração na FPP, produziu uma potenciação de apenas 36,4%. Baclofen promoveu uma potenciação semelhante à dos controles. A administração de baclofen também reduziu significativamente a FPP em relação ao basal. A administração conjunta de MT3 com bicuculina ou baclofen promoveu uma potenciação semelhante ao controle. MT3 não apresentou efeito sobre a manutenção da LTP quando aplicada 15 min após a HFS. Por fim, não foi possível induzir a depressão de longa duração (LTD) com o protocolo de LFS utilizado. Embora não tenha ocorrido diferença estatisticamente significativa entre os grupos devido ao baixo número de animais utilizados, os dados sugerem a possibilidade de uma amplitude reduzida da LTP quando da injeção de bicuculina. Baclofen alterou a FPP em relação ao fEPSP basal, o mesmo não tendo sido observado no grupo controle. Com a administração concomitante de MT3, tais alterações deixam de ser identificadas. Ainda que os achados experimentais sejam inconclusivos e preliminares, este trabalho permitiu a padronização da técnica de eletrofisiologia in vivo em animal anestesiado o que abre portas para futuras investigações. / The cholinergic muscarinic system exerts modulatory function over different aspects of cognition and emotion. All five muscarinic receptors subtypes (mAChR), M1 to M5, are expressed at mammals hippocampus and at least two of them are simultaneously activated by most of the drugs, hindering significant advances on the role of each component of this system. The muscarinic toxin 3 (MT3) is a selective antagonist for the M4 subtype, allowing the investigation of the modulatory actions of this receptor over learning, memory and synaptic plasticity. The M4 are G protein coupled receptors (GPCRs) that act through Gi/o triggering inhibitory effects on which cells they are occur. Previous behavioral studies have shown that administration of MT3 soon after aversive task training exerts amnestic effects over memory, while administration prior to recall, leads to facilitation. A possible explanation to these results could be that the local circuits involved on memory consolidation and recall are different in nature. On this perspective, the amnestic effect of MT3 over memory consolidation should be consequence of GABAergic interneurons inhibition suppression; while the effect on recall, should be over glutamatergic synapses modulation. Thereby, the present work, with the objective to investigate how the M4 receptor modulates long-term synaptic plasticity and interacts with the GABAergic system, in vivo electrophysiological approach of anesthetized rats’ hippocampus was applied. Hence, field excitatory postsynaptic potentials (fEPSP) from CA1 were recorded after stimulation of contralateral Schaffer Collateral pathway with drugs infusion 15 min before or after high or low frequency electric stimulation (HFS: 10 trains 0.5 Hz, 20 pulses 100 Hz; LFS: 600 pulses 1 Hz, respectively). Neither MT3 (4.00 μg/μl), bicuculline (0.06 μg/μl), baclofen (0.20 μg/μl) nor vehicle, isolated or combined, changed the baseline evoked response amplitude 15 min after infusion nor the paired-pulse facilitation ratio (PPF). MT3 apparently attenuated, but not significantly, the long-term potentiation (LTP) compared to control (31.8% and 66.0% potentiation 60 min after HFS, respectively). In addition, there was no significant difference between baseline and 60 min after HFS fEPSP amplitude at MT3 group. Bicuculline, although did not abolish LTP neither changed PPF, it did produce a potentiation of only 36.4%. Baclofen induced a potentiation similar to control group. Baclofen administration also significantly reduced PPF compared to baseline. The simultaneous administration of MT3 and bicuculline or baclofen led to a potentiation similar to the control group. MT3 did not show any effect over LTP maintenance when applied 15 min after HFS. Lastly, it was not possible to induce long-term depression (LTD) with the used LFS protocol. Although there was no statistical significance between groups due to the low animal numbers used, data suggest that bicuculline had reduced LTP amplitude. Baclofen did alter PPF and the same was not observed on control group. When bicuculline or baclofen were injected with MT3, those alterations were not observed. These are inconclusive and preliminary results, notwithstanding this work allowed to set up the in vivo electrophysiology technique in anesthetized animals what will provide new tools for future research.
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