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A hidra cearense: rotas de retirantes e escravizados entre o Ceará e as fronteiras do Norte (1877-1884) / The hydra from Ceará: routes of migrants and enslaved between Ceará and the North border (1877-1884)

Barboza, Edson Holanda Lima 24 May 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T19:30:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Edson Holanda Lima Barboza.pdf: 4849588 bytes, checksum: bb3c4e5e1c04717c71411b260f1a8c0d (MD5) Previous issue date: 2013-05-24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / We will analyze interferences exerted by refugees from Ceará in the composition of migratory routes towards the provinces of the far North - Piauí, Maranhão, Pará and Amazonas. It interprets the impact of Diaspora of Ceará, between the years 1877 and 1880, due to drought, and how it was perceived by enslaved workers from Ceará and neighboring provinces as opportunities to reverse their identities and lifestyles, enabling captives or criminals to access denied projects of mobilization and social inclusion. The conflicting trajectories involved unruly captives and free paupers traversing provincial centers, public works and agricultural colonies. In this way, enslaved, national and foreign settlers formed contact zones in which it was possible to exchange experiences and solidarities. One main zone was the Núcleo Colonial de Nossa Senhora do Carmo de Benevides, next to Belém, a space planned by local elites to boost agricultural production in Pará, which, however, was a place of unexpected alliances joints that turned this core in place of riots and in focus of abolitionist struggles / Analisamos interferências exercidas por retirantes cearenses na composição de rotas migratórias em direção às províncias do extremo Norte Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas. Interpretamos repercussões das Diásporas da população cearense, entre os anos de 1877 e 1880, em decorrência da seca, e como foram percebidas por parte de trabalhadores escravizados do Ceará e de províncias vizinhas, enquanto oportunidades para reverter suas identificações e modos de vida, possibilitando a cativos ou clandestinos acessos a projetos de mobilidade e inserção social até então negados. As trajetórias conflituosas, envolvendo cativos insubordinados e pobres livres, percorreram centros administrativos provinciais, frentes de trabalho e colônias agrícolas. Neste percurso, escravizados, colonos nacionais e estrangeiros formaram zonas de contato em que foi possível a troca de experiências e solidariedades. Um dos principais pontos de convergência foi o Núcleo Colonial de Nossa Senhora do Carmo de Benevides, nas proximidades de Belém, espaço planejado pelas elites locais para fomentar a produção agrícola no Pará, contudo, inesperadas articulações de alianças transformaram este núcleo em palco de motins e foco de lutas abolicionistas
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Fatos da escravidão : trabalhadores escravizados, libertos e livres na estrutura ocupacional do Rio de Janeiro (1850-1888)

Lima, Jeansley January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de História, 2007. / Submitted by Luis Felipe Souza (luis_felas@globo.com) on 2009-01-09T11:51:31Z No. of bitstreams: 1 Dissertacao_2007_JeansleyLima.pdf: 1217897 bytes, checksum: 91a3829577a452d56ec4b21e8c010a98 (MD5) / Approved for entry into archive by Georgia Fernandes(georgia@bce.unb.br) on 2009-03-05T15:01:45Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertacao_2007_JeansleyLima.pdf: 1217897 bytes, checksum: 91a3829577a452d56ec4b21e8c010a98 (MD5) / Made available in DSpace on 2009-03-05T15:01:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao_2007_JeansleyLima.pdf: 1217897 bytes, checksum: 91a3829577a452d56ec4b21e8c010a98 (MD5) / Esta dissertação analisa as diversas modalidades de trabalho envolvendo os trabalhadores escravizados, libertos e livres na estrutura ocupacional do sistema escravista urbano, na cidade do Rio de Janeiro, nas décadas finais do escravismo (1850-1888). A partir da análise de cerca de 2.000 anúncios de jornais e das licenças comerciais e de ganho, busca-se identificar as relações de trabalho no processo de mudança social para o sistema de mão-de-obra livre. Destacam-se, assim, a relevância desses fatores para a derrocada do sistema de trabalho escravizado, em que se sobressai a importância das leis emancipacionistas, do sistema de alforria e das ações jurídicas de liberdade como mecanismos sociais na disputa jurídica em torno da liberdade dos trabalhadores escravizados. _________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This dissertation analyzes the several work modalities involving the enslaved workers, free workers and those who were not beneath from the occupational structure of the slavery urban system, in the city of Rio de Janeiro, during the last decades of the slavery system (1850-1888). It seeks to identify the work relationships in the process of social change of the system of free labor from the analysis about 2.000 newspaper’s announcements, commercial licenses and “earnings”. It’s underlined the relevance of these factors for the destruction of the enslaved work system. It stood out the importance of the emancipatory laws, the enfranchisement system and juridical actions of liberty as social mechanisms in the legal dispute around the enslaved workers' freedom.
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A formação da consciência do trabalhador rural escravizado : reflexões sobre as potencialidades dos processos formativos desenvolvidos pela Comissão Pastoral da Terra no Tocantins

Andrade, Shirley Silveira 22 April 2015 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2015. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2015-12-17T17:02:32Z No. of bitstreams: 1 2015_ShirleySilveiraAndrade.pdf: 4415073 bytes, checksum: 912e42fb4f53fb18b1eaad0d1ac54fe7 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2015-12-17T17:15:17Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_ShirleySilveiraAndrade.pdf: 4415073 bytes, checksum: 912e42fb4f53fb18b1eaad0d1ac54fe7 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-12-17T17:15:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_ShirleySilveiraAndrade.pdf: 4415073 bytes, checksum: 912e42fb4f53fb18b1eaad0d1ac54fe7 (MD5) / Esta pesquisa tem como problemática central estudar a relação das atividades que vêm sendo realizadas pelos agentes da Comissão Pastoral da Terra no combate ao Trabalho Escravo Contemporâneo e a formação da consciência do trabalhador rural escravizado no Tocantins. Essa Pastoral da Igreja Católica, criada em 1975, tem o objetivo de ser um instrumento de luta pela terra e pela efetivação de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do campo. O estudo em questão possibilitou compreender o caminho da formação das representações que esses trabalhadores têm de sua condição para entender o surgimento de novas culturas de enfrentamento às relações de dominação. Discutindo a hegemonia, a partir das ideias de Gramsci, foi aplicado o método do materialismo-histórico e dialético. Os procedimentos metodológicos utilizados foram: a pesquisa bibliográfica e documental, a observação participante e entrevistas semiestruturadas com trabalhadores escravizados, autoridades públicas e membros da Pastoral. Através desta pesquisa foi possível concluir que as ações desenvolvidas pelos agentes da Comissão Pastoral da Terra na Sociedade Civil e Política, associadas à execução de políticas públicas, muitas delas resultado de sua luta, elevam o nível de consciência dos trabalhadores rurais escravizados. Através da construção de uma rede de informações sobre o Trabalho Escravo Contemporâneo, da luta pela Reforma Agrária e de uma articulação com os órgãos públicos tem sido possível a criação de uma nova cultura sobre essa indignidade. Os trabalhadores e trabalhadoras têm reconhecido que já foram e são escravizados, e suas condições de trabalho uma injustiça. Este reconhecimento tem impulsionado ações de resistência, como reclamações aos empregadores, fugas, denúncias e a consciência de que a relação empregatícia não é um caminho para a liberdade. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This research has as it's central problematic the study of the relationship between the activities against Contemporany Slave Work that are being promoted by the Pastoral Land Commission and the development of a critical conscience among rural workers in slavery condition in Tocantins, Brazil. This catholic church commission, established in 1975, aims to be a tool on the struggle for land and effecuation rural workers rights. The referred study helped to understand how the workers collective representations about their condition were built and how new cultures, opposing the tradicional land domination in Brazil, are beeing developed. Discussing this hegemonic relationship, based on Gramsci's ideas, was applied the historical-materialism and the dialectical method. The methodological procedures used were the bibliographical and documental research, the participant observation and semi-structured interviews with the slave workers, public authorities and members of the Commission. Through this research it was possible to conclude that the actions developed by the Pastoral Land Commission in Civil and Political Society are increasing the level of awareness among the enslaved rural workers. By building a network of information on Contemporary Slave Work, struggle for Agrarian Reform and coordinating public agencies, it has been possible to create a new remark on this indignity situation. Workers started to recognize that they have been enslaved and that their working conditions are unfair. This recognition stimulates resistance action, such as complaints against employees and scapes from the labor's camp. It also brings the awareness that the employment relationship is not a path to freedom.
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Trajetórias atlânticas : percursos para a Liberdade: africanos descendentes na Capitania dos Guayazes / Atlantic Trajectories, routs for freedom: African and Descendents in Goiás Captaincy

LOIOLA, Maria Lemke 04 March 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T16:17:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao Maria Lemke.pdf: 1685707 bytes, checksum: 3945d10e4344e729a706fa96ef4606ba (MD5) Previous issue date: 2008-03-04 / A história da escravidão do Brasil colonial tem trazido novos significados à atuação dos escravizados. Esses estudos os apresentam como sujeitos ativos na sociedade e alertam para a relevância de incorporar o continente africano na análise. Nessa perspectiva, esta dissertação apresenta os africanos e seus descendentes desde as trajetórias atlânticas até os percursos do fazer-se livre na Capitania de Goiás, durante o século XVIII. O enfoque valeu-se do conceito de escala como operador de complexidade e noções da micro-história (CASTRO, 1995; LEVI, 2000, REVEL, 1998, CERUTTI, 1998) na construção de uma abordagem historiográfica da trama indissociável social, cultural, econômica e política, a partir do cruzamento de diversas fontes documentais, as quais permitiram emergir campos de análises relacionados, aparentemente desconexos. Assim, buscou-se evidenciar os significados da atribuição colonial (cor, procedência e grau de liberdade) dos escravizados, e sua estreita correlação com a condição social que, apesar de limitar a mobilidade, não os impedia de empregar refinadas estratégias políticas para se libertarem. Entre as contribuições da pesquisa destaca-se: a correlação das rotas do tráfico atlântico e a prevalência da nação mina no período mineratório e posteriormente angola, com a expansão da agropecuária; redução brusca no batismo de filhos de mulheres forras e crescimento da natalidade entre escravizadas; manutenção da população escrava; mudança no padrão demográfico ao final do século XVIII e início do XIX, predominando forros(libertos), cuja maioria eram mulheres e pardos; bem como ao término dos setecentos uma efervescência de idéias e disputas políticas entre conservadores, ilustrados, os quais produziram uma sociedade mais permeável que muitos escravizados souberam utilizar no percurso para a libertação
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Entre alagados e penhascos: o ouro da liberdade nas resistências quilombolas do século XVIII na capitania de Mato Grosso - região mineradora Guaporeana / Between flooded and cliffs: the gold of the freedom in maroon resistances of century XVIII in the captainship of Mato Grosso - mining region of river Guaporé

Rosa, João Henrique 26 February 2009 (has links)
Na atual emergência da construção de um discurso social requerido para a identidade de remanescentes de quilombos, este trabalho busca refletir sobre as resistências dos trabalhadores escravizados na região mineradora do rio Guaporé, na Capitania de Mato Grosso, entre a fundação de Vila Bela da Santíssima Trindade em 1752 e anos iniciais do século 19, tendo como suporte fontes arqueológicas, documentais escritas e de memória. Propõe evidenciar as bases materiais para a construção de táticas de resistência e contraponto à estrutura repressora administrativa/senhorial escravista, e a partir delas o surgimento de quilombos como sua forma mais elaborada. Traz ainda uma possível interpretação dessa construção social em confluência com a invenção de uma economia mineradora paralela ao sistema colonial ao estabelecer os assentamentos quilombolas sobre terrenos auríferos. Ao final, sugere a existência na cidade de um reordenamento interno de falas autorizadas e ainda o surgimento de discursos a reconstruir um passado quilombola necessário. / The master\'s dissertation aims at discussing resistance strategies by enslaved workers, at the mining areas at Mato Grosso, since 1752 until the beginning of the 19th.c. The dissertation uses archaeological evidence and documents. It also aims at exploring the material culture strategies used by slaves to resist oppression, during colonial rule. It also studies maroons as a main resistance strategy, relating those settlements to alternative mining practices, out of colonial control. Last but not least, the dissertation explores the ways discourses about the past contribute to reconstruct maroon past experiences.
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Entre a sacramentalização católica e outros arranjos parentais: a vida familiar dos escravizados do Crato-CE (1871-1884)

Tavares, Iris Mariano 10 May 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2015-05-14T12:23:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 2115701 bytes, checksum: cc08db300b190b9d4c69c685836ee55a (MD5) Previous issue date: 2013-05-10 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This dissertation is linked to the online research Regional History, the Post-Graduate in History of the Federal University of Paraíba, with a major in History and Historical Culture. Is engaged in the family life of enslaved the city of Crato, Ceará south. The time frame chosen starts in 1871, the year of enactment of Law 2040 of September 28 - also known as the Rio Branco Law or Law of the Free Womb - and ends in 1884, the year it was declared abolished slavery in the province of Ceará. The spread of unions sacramentadas the religious norm and consensus among the enslaved population, the stability of family arrangements that were able to provide, and the social relations established in the act of baptism of their children, are also observed. Sources that support the research are mainly, inventories - with lists of registration of enslaved and autos sharing, attached to them -, and seats baptism of naive cratenses. The dissertation is theoretical and methodological social history of slavery, developed mainly from the 1980s and whose assumptions highlight the historical subjects - the enslaved. / A presente dissertação está vinculada à linha de pesquisa em História Regional, do Programa de Pós- -Graduação em História da Universidade Federal da Paraíba, com área de concentração em História e Cultura Histórica. Tem por objeto a vida familiar dos escravizados da cidade do Crato, ao sul do Ceará. O recorte temporal escolhido inicia em 1871, ano da promulgação da Lei 2.040, de 28 de setembro também conhecida como Lei Rio Branco ou Lei do Ventre Livre , e termina em 1884, ano em que foi declarada abolida a escravidão na província cearense. A disseminação das uniões sacramentadas pela norma religiosa e das consensuais, entre a população escravizada; a estabilidade dos arranjos familiares que foram capazes de constituir; e as relações sociais que estabeleceram no ato do batismo de seus filhos, são igualmente observadas. As fontes que subsidiam a pesquisa são, mormente, inventários com listas de matrícula dos escravizados e autos de partilha, a eles anexados ; e assentos de batismo dos ingênuos cratenses. A dissertação tem como aporte teórico e metodológico a história social da escravidão, desenvolvida, principalmente, a partir da década de 1980 e cujos pressupostos destacam os sujeitos históricos os escravizados.
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Entre alagados e penhascos: o ouro da liberdade nas resistências quilombolas do século XVIII na capitania de Mato Grosso - região mineradora Guaporeana / Between flooded and cliffs: the gold of the freedom in maroon resistances of century XVIII in the captainship of Mato Grosso - mining region of river Guaporé

João Henrique Rosa 26 February 2009 (has links)
Na atual emergência da construção de um discurso social requerido para a identidade de remanescentes de quilombos, este trabalho busca refletir sobre as resistências dos trabalhadores escravizados na região mineradora do rio Guaporé, na Capitania de Mato Grosso, entre a fundação de Vila Bela da Santíssima Trindade em 1752 e anos iniciais do século 19, tendo como suporte fontes arqueológicas, documentais escritas e de memória. Propõe evidenciar as bases materiais para a construção de táticas de resistência e contraponto à estrutura repressora administrativa/senhorial escravista, e a partir delas o surgimento de quilombos como sua forma mais elaborada. Traz ainda uma possível interpretação dessa construção social em confluência com a invenção de uma economia mineradora paralela ao sistema colonial ao estabelecer os assentamentos quilombolas sobre terrenos auríferos. Ao final, sugere a existência na cidade de um reordenamento interno de falas autorizadas e ainda o surgimento de discursos a reconstruir um passado quilombola necessário. / The master\'s dissertation aims at discussing resistance strategies by enslaved workers, at the mining areas at Mato Grosso, since 1752 until the beginning of the 19th.c. The dissertation uses archaeological evidence and documents. It also aims at exploring the material culture strategies used by slaves to resist oppression, during colonial rule. It also studies maroons as a main resistance strategy, relating those settlements to alternative mining practices, out of colonial control. Last but not least, the dissertation explores the ways discourses about the past contribute to reconstruct maroon past experiences.
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Nada mais sublime que a liberdade: o processo de abolição da escravidão na Parahyba do Norte (1870-1888)

Silva, Lucian Souza da 13 May 2016 (has links)
Submitted by ANA KARLA PEREIRA RODRIGUES (anakarla_@hotmail.com) on 2017-09-13T14:10:20Z No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 2185465 bytes, checksum: cccf5154cc1129d293e82e68955d329e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-09-13T14:10:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 arquivototal.pdf: 2185465 bytes, checksum: cccf5154cc1129d293e82e68955d329e (MD5) Previous issue date: 2016-05-13 / This study was developed by the Graduate Program in History with specialization in History and Historical Culture and the search line in History and Rationalities objected as the process which ended slavery in Brazil and more specifically in the province of North Parahyba from the actions of abolitionists, politicians and enslaved people. The cutting time corresponds to the last decades of the XIX century (1870-1888), because at that time the slavery crisis deepened. So we rely on the theoretical contributions of Social History with the considerations of E. P. Thompson, more specifically the concept of experience. The methodology used to achieve the goals was basically discoursed analysis and microhistory. The centuries of slavery were responsible for forging a slave Political Culture able to influence from everyday actions between free and poor, especially with regard to conservative positioning by the political elite, even actions of judges and landowners. We used a diversified documentary corpus that includes: newspapers, correspondence of classification boards, the provincial presidents reporting, freedom and other actions. Our research analyzes three segments that complement each other as follows: a) The acting of the abolitionists, their speeches and actions with the creation of abolitionism and newspaper associations; b) The positioning of two political representatives of the province on slavery to the debate on chinese immigration led by Manoel Pedro Cardoso Vieira with "separate vote" to the project Saraiva-Cotegipe Law of Souza Carvalho Viscount; and c) The resistance of enslaved people through the actions of freedom. Among the results we see that even the province with a small number of slaves there was strong opposition to the end of slavery. / Este trabalho foi desenvolvido junto ao Programa de Pós-Graduação em História, com área de concentração em História e Cultura Histórica, e na linha de pesquisa em História e Regionalidades. Tem como objeto o processo no qual findou a escravidão no Brasil, e mais especificamente na província da Parahyba do Norte, à partir da atuação dos abolicionistas, dos políticos e dos escravizados. O recorte temporal são as últimas décadas do século XIX (1870-1888), anos nos quais a crise do escravismo se acentuou. Para tanto, nos apoiamos aos aportes teóricos da História Social, com as contribuições de E. P. Thompson, mas notadamente o conceito de experiência. A metodologia empregada para alcançar os objetivos propostos, foram basicamente a análise do discurso e a micro-história. Os séculos de escravidão foram responsáveis por forjar uma Cultura Política Escravista, capaz de influenciar desde ações cotidianas entre a população livre e pobre, sobretudo o posicionamento conservador de parte da elite política, ou ainda na insistência de juízes e proprietários. Utilizamos um diversificado corpus documental que incluem: jornais, correspondência das juntas de classificação, relatórios dos presidentes de província, ações de liberdade e outros. Nossa pesquisa, analisa em três segmentos que se complementam assim, a atuação dos abolicionistas, seus discursos e ações, com a criação de associações abolicionistas e jornais; o posicionamento de dois políticos representantes da província, sobre a escravidão, como o debate sobre imigração chinesa travado por Manoel Pedro Cardoso Vieira o “voto em separado” ao projeto da Lei Saraiva-Cotegipe, do Visconde de Souza Carvalho; e a resistência dos escravizados através das ações de liberdade. Percebemos que mesmo a província ter um pequeno número de escravizados, houve uma forte oposição ao fim da escravidão.
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Indígenas, escravizados negros e homens livres na fronteira do Mato Grosso, Bolívia e Paraguai: fugas, contrabando e resistência (1750-1850) / Indians, black enslaved and free men on the border of Mato Grosso, Bolivia and Paraguay: escapes, smuggling and resistances (1750-1850)

Lordelo, Monique Cristina de Souza 22 May 2019 (has links)
Os personagens analisados nessa tese são os escravizados negros, indígenas e homens livres no Mato Grosso e suas circulações na fronteira com Bolívia e Paraguai na segunda metade do século XVIII e primeira metade do XIX. Defendemos nessa tese o protagonismo desses escravizados negros e indígenas no processo de colonização portuguesa e espanhola na região. Afirmamos que nenhum desses personagens responderam passivos às submissões de senhores, nem mesmo às instituições coloniais administrativas e religiosas. Durante o século XVIII foram travados vários embates entre indígenas e colonizadores nessa tríplice fronteira e os indígenas responderam a essa colonização desenvolvendo estratégias diversas como enfrentamento ou alianças com aquele que mais lhe convinha, ora com portugueses, ora com espanhóis. E mesmo depois de estabelecida a colonização, com construções de fortalezas e vilas nessa fronteira luso-espanhola e também estabelecidas as reduções jesuíticas em território fronteiriço de domínios hispânicos, os indígenas continuaram fazendo alianças e sendo personagens importantes comercializando seus produtos tanto com portugueses quanto com espanhóis tentando manter seu território conquistado sempre. Os escravizados negros começaram a chegar no Mato Grosso na segunda metade do século XVIII depois de uma longa e penosa viagem desde outras regiões do Brasil e também da África. Percebemos que, por ser uma região de fronteira, os escravizados fugiam para os domínios hispânicos, mas, para isso deveriam atravessar os caudalosos rios Paraguai, Guaporé ou Mamoré que dividiam os domínios das duas coroas ibéricas (Portugal e Espanha) na fronteira oeste do Mato Grosso. Mais do que uma fronteira política que limitava essas duas coroas ibéricas, a fronteira luso-espanhola foi um espaço no qual diferentes grupos sociais inventavam práticas diversas procurando melhores condições de vida e sobrevivência. Esse espaço de convívio de diferentes identidades na fronteira oeste da capitania, assim como as fugas de escravizados negro para os domínios hispânicos e formação de quilombos foram constantes durante todo o período colonial, e não cessaram durante o período imperial. Para avalizar essa tese pesquisamos documentação em três países. No Brasil recorremos ao Arquivo Público do Estado de Mato Grosso (APMT), localizado em Cuiabá. Na Bolívia, pesquisamos dois arquivos: o primeiro foi o Archivo y Biblioteca Nacionales de Bolivia (ABNB), localizado em Sucre; e o segundo foi o Museo de Historia y Archivo Histórico de Santa Cruz (MHAHSC), localizado em Santa Cruz de la Sierra. O último arquivo pesquisado foi no Paraguai, em Assunção, o Archivo Nacional de Asunción (ANA). Por fim, no diz respeito à fronteira oeste do Mato Grosso, para os lusitanos, tratava-se de manter o território conquistado; para os espanhóis, impedir o avanço; e, para ambos era conter a força indígena. Já os escravizados negros viam nos países vizinhos uma oportunidade para conquistar a liberdade e de melhores condições de sobrevivência e trabalho, com menos vigilância institucional, enquanto os proprietários de escravizados deveriam exercer mais vigilância para que não houvesse marginalidades. No caso dos indígenas, essa fronteira também era uma oportunidade de fuga institucional das coroas ibéricas (Portugal e Espanha) e das missões jesuíticas, mas também lutando para manter seu território em situação de conquista, essa fronteira possibilitava negociação, tanto com portugueses quanto com espanhóis. Quanto aos homens livres, essa fronteira facilitava as fugas de soldados desertores dos fortes construídos nesse limite institucional imposto pelas metrópoles, mas também maior possibilidade de comércio, contrabando e negociações entre nações fronteiriças vizinhas. / The characters analyzed during this thesis are black enslaved men, Indians and free men in Mato Grosso and their circulations on the border with Bolivia and Paraguay in the second half of the eighteenth century and the first half of the nineteenth. We defend the protagonism of these enslaved black and indigenous people at the process of the Portuguese and Spanish colonization in the region. We affirm none of those responded passively to the submissions of owners, colonial administration and religious institutions. At the eighteenth century, several clashes between Indians and colonizers, at the triple frontier, were fought, and the indigenous population responded to the colonization by developing diverse strategies such as confrontation or even alliances with the ones who suited them the most, sometimes with the Portuguese others with Spaniards. Even after the colonization was established, with fortress and villages constructed at the Portuguese-Spanish border, and the launch of Jesuitical reductions at borderland territory of the Hispanic domains, the Indians continued to form alliances. They were important figures commercializing their products for both Portuguese and Spanish, always trying to keep their conquered territory. Black enslaved began arriving in Mato Gross in the second half of the eighteenth century after a long and painful journey from other regions of Brazil and also Africa. We realized, because it was a borderland region, the enslaved fled to the Hispanic dominions. However, they had to cross the Paraguay, Guaporé or Mamoré rivers that divided the domain of the two Iberian crowns (Portugal and Spain) on the western border of Mato Grosso. Even more than a political borderland limiting these two Iberian crowns, the Portuguese-Spanish frontier was a space in which different social groups created diverse practices seeking better living conditions and survival. This coexistence space of different identities on the western border of the captaincy, as well as the escapes of black enslaved to Hispanic dominions and the formation of quilombos were constant throughout the colonial period, and did not cease during the imperial period. To support the thesis we researched documentation in three countries. In Brazil we used the Public Archive of the State of Mato Grosso (APMT), located in Cuiaba. In Bolivia, we researched two archives: the first was the National Archive and Library of Bolivia (ABNB), located in Sucre; and the second was the Historical History and Archive Museum of Santa Cruz (MHAHSC), located in Santa Cruz de la Sierra. The last searched one was in Paraguay, in Asuncion, National Archive of Asuncion (ANA). Lastly, concerning the western border of Mato Grosso, for the Portuguese it was a matter of maintaining the conquered territory; for the Spaniards stop the advancements; and for both contain the indigenous people force. Black enslaved, however, saw in neighboring countries an opportunity for freedom and better survival and work conditions with less institutional vigilance. The enslaved owners should exercise more vigilance so there would be no marginalities. Regarding the Indians case, this frontier was also an opportunity for an institutional escape of the Iberian crowns (Portugal and Spain) and the Jesuitical missions, but also the struggle to keep their territory in a conquering situation. Such border allowed the negotiation with both Portuguese and Spanish. Concerning the free men, the frontier facilitated the escape of deserted soldiers from the fortress built in the institutional limit imposed by the metropolises, but also greater possibility of trade, smuggling and negotiations between borderland neighboring nations.

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