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Objetividade e espacialidade : Kant e a refutação do idealismo

Falkenbach, Tiago Fonseca January 2012 (has links)
No presente trabalho, apresentamos uma reconstrução do argumento kantiano em favor da tese que objetividade implica espacialidade. O argumento é exposto na Crítica da Razão Pura (e parcialmente reformulado em algumas Reflexões que integram o Nachlass). Kant, no entanto, é extremamente conciso em alguns de seus passos fundamentais. Para contornar essa dificuldade, recorremos ao trabalho de outros filósofos que defenderam a mesma tese, notadamente, L.Wittgenstein, P.F.Strawson e Gareth Evans. Mesmo nas ocasiões em que nos distanciamos da letra de Kant, porém, buscamos preservar sua estratégia de prova, a saber, fundamentar o vínculo entre as noções de objetividade e espacialidade a partir de sua relação com a noção de temporalidade. A ‘Refutação do Idealismo (problemático)’, acrescentada na segunda edição da Crítica, desempenha um papel central nessa estratégia. Sendo assim, procuramos razões para a afirmação que a representação objetiva de uma existência no tempo – a representação da existência de um sujeito de consciência, para tomar o caso destacado por Kant – pressupõe a representação de objetos espaciais e independentes da mente. Argumentamos que a melhor defesa da validade da Refutação kantiana é uma doutrina da cognição de inspiração wittgensteiniana, mais exatamente, da concepção de conceitos como regras cuja aplicação requer padrões de correção (também denominados, pelo próprio Wittgenstein, de ‘paradigmas’). Segundo essa concepção, padrões devem ser objetos permanentes, existentes no espaço, independentes da mente e usados como paradigmas da aplicação correta de conceitos. Para que sejam usados dessa maneira, devem ser conhecidos pelo sujeito de pensamentos, isto é, por aquele que emprega conceitos e, portanto, segue regras. No primeiro capítulo, é discutida a teoria kantiana da cognição. Isso inclui o esclarecimento da noção de objetividade, assim como da tese que toda cognição requer conceitos. O segundo capítulo trata da relação entre objetividade e temporalidade. Há duas etapas principais nessa discussão. A primeira é uma análise da estrutura diacrônica da atividade conceitual. Nessa parte, examinamos as noções kantianas de juízo e de sujeito de pensamentos, especialmente como expostas na ‘Analítica dos Conceitos’. A segunda etapa é uma análise do argumento em favor da tese que a representação objetiva do tempo requer a representação de um objeto permanente. Kant desenvolve esse argumento na ‘Primeira Analogia (da Experiência)’. O segundo capítulo encerra, assim, com uma interpretação desse texto. Finalmente, no terceiro capítulo, consideramos a relação entre representação objetiva do tempo e espacialidade. Nessa parte, são examinadas duas vias de reconstrução do argumento da ‘Refutação do Idealismo’. A primeira é caracterizada pelo fato de não pressupor uma leitura forte da tese que cognição implica conceitos. Essa é a reconstrução que deve ser adotada pelo não-conceitualista. A segunda, ao contrário, admite a leitura forte da tese, bem como a concepção de conceitos como dependentes do conhecimento de padrões de correção. Defendemos que a segunda reconstrução é, das duas, a que está mais próxima de alcançar o resultado pretendido. / In this work we offer a reconstruction of Kant’s argument for the thesis that objectivity implies spatiality. The argument is presented in the Critique of Pure Reason (and further articulated in the so-called ‘Reflexionen’), but Kant's rendering of some of its fundamental steps is extremely laconic, to say the least. In our attempt to fill up the gaps in Kant's presentation, we make use of the work of other philosophers who defended the same thesis, most notably L.Wittgenstein, P.F.Strawson and Gareth Evans. Kant’s main strategy of proof is carefully preserved nevertheless: we try to establish, following Kant's lead, the link between the notions of objectivity and spatiality through the way the two notions a related to that of temporality. Kant's ‘Refutation of (problematic) Idealism’ plays a central role in this strategy. Accordingly, we undertake to show that the objective representation of something as existing in time – the representation, to take Kant's own privileged case, of the existence of a subject of consciousness – presupposes the representation of spatial objects which subsist independently of the representing mind. We argue that the best available defense of the validity of Kant’s Refutation makes use of a theory of cognition strongly inspired by Wittgenstein’s notion of concepts, in particular by his view of concepts as rules whose application is essentially dependent on concrete standards of correctness (also called, by Wittgenstein himself, paradigms). According to this view, standards must be permanent objects existing in space, which are used as paradigms of the correct application of concepts and which must, in order to be so used, be epistemically accessible to the thinking, concept-using, rule-following subject. In the first chapter, we discuss Kant’s theory of cognition. This involves clarifying his notion of objectivity, as well as his thesis that all cognition requires concepts. The second chapter examines the relation between objectivity and temporality. There are two main stages in this discussion. The first is an analysis of the diachronic structure of conceptual activity. At this stage we offer an examination of the Kantian notions of a judgment and of a subject of thoughts, especially as these are presented in the ‘Analytic of Concepts’. The second stage is the analysis of the argument for the thesis that the objective representation of time requires the representation of a permanent object. Kant's argument for that thesis is presented in the ‘First Analogy (of Experience)’. So, we finish the second chapter with our reading of that text. Finally, in the third chapter, we consider the relation between the objective representation of time and spatiality. Here we consider two ways of reconstructing the argument of the ‘Refutation’. The first one does not presuppose what we call a strong reading of the thesis that cognition implies concepts. That is the reconstruction which should be adopted by the nonconceptualist. The second, on the contrary, accepts the strong reading of the thesis, combining it with the idea of concepts as dependent on standards for correct application. We argue that the second reconstruction is the one which is more likely to achieve the intended result.
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O conceito de eu na filosofia cr?tica te?rica de Kant

Kurle, Adriano Bueno 05 March 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2015-04-14T13:55:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 437406.pdf: 726488 bytes, checksum: b05b0e2f3f2f3fe7e5bcf26c74468349 (MD5) Previous issue date: 2012-03-05 / This paper deals with the concept of "self" in the "critical" period of Immanuel Kant's theoretical philosophy. The analysis focuses on the Critique of Pure Reason text. Drawing a distinction between empirical, rational and transcendental psychology (to which the paradigm of analysis of Kant belongs), it begins with an attempt to determine cognitive subject's place and character in the genesis of the transcendental epistemology. Pointing out the essentiality of the psychological aspects to a correct textual interpretation, even when they refer to transcendental psychology, it supports the idea that a purely semantic analysis of the Critique of Pure Reason text cannot lead to a legitimate interpretation. Subsequently, a description of the transcendental idealism doctrine is presented, in which the differences between the transcendental and realistic (or transcendent) perspectives are discussed, followed by the rise of two different ways to understand objects: as phenomenon and as noumenon. Following that, an analysis on the limits of knowledge is developed, also centering on ways of thinking the theory's subject itself in relation to those limits. Three distinct perspectives of the "self" approach arise: phenomenal self, transcendental self and noumenal self, each one's analysis being presented separately. Firstly, the phenomenal self and the relation between the intuition of space and time as an essential factor to think the unity of time in a continuous timeline, on which one can identify the chronological sequence of events and that allows us to reflect on the empirical permanency of the "self" in inner sense; secondly, the analysis of the transcendental self, which begins with a basic introduction to the faculty of understanding, its spontaneity and the synthesis ability and its importance to theme comprehension and finally brings up the concept of transcendental apperception and the distinction between conscience's unity and conscience's identity, from which our transcendental concept of "self" can be determined. The analysis also deals with four critics' (Strawson, Henrich, Pippin and Patricia Kitcher) view on transcendental apperception and conscience's identity; lastly, the noumenal self and the psychological understanding of "soul", according to its two kinds of use: constitutive and regulative. / Neste trabalho abordamos a concep??o de eu na filosofia te?rica do per?odo chamado cr?tico da filosofia de Immanuel Kant. Para tanto, focamos nossa an?lise no texto da Cr?tica da Raz?o Pura. Iniciamos pela tentativa de determinar o lugar e o car?ter do sujeito cognitivo no ponto de partida da constru??o epist?mica transcendental, distinguindo entre psicologia emp?rica, psicologia racional e psicologia transcendental, pertencendo a esta ?ltima o paradigma de an?lise de Kant. Apontamos para a impossibilidade de interpretar corretamente o texto sem que se leve em considera??o os aspectos psicologistas, ainda que esta psicologia seja a de car?ter transcendental. Assim, negamos que a possibilidade de uma an?lise puramente sem?ntica do texto da Cr?tica da Raz?o Pura seja uma alternativa vi?vel para uma interpreta??o leg?tima. Partimos posteriormente para a descri??o da doutrina do idealismo transcendental, onde se trata da diferen?a da perspectiva transcendental da perspectiva realista ou transcendente, por onde aparecer?o duas perspectivas distintas para o conhecimento de objetos: como fen?meno e como n?meno. Seguindo, trataremos sobre os limites do conhecimento e como podemos pensar o sujeito da teoria diante destes limites propostos. Ent?o surge uma tripla distin??o das diferentes perspectivas da abordagem do eu : eu fenom?nico, eu transcendental e eu num?nico. Disto trabalharemos cada uma destas tr?s perspectivas, tratando primeiramente do eu fenom?nico e da rela??o entre a intui??o do espa?o e do tempo como condi??o para pensar a unidade do tempo em uma linha cont?nua temporal, de onde se distingue a sucess?o dos eventos temporais e que pode servir para pensar a perman?ncia emp?rica do eu no sentido interno. Depois tratamos do eu transcendental, iniciando com alguns esclarecimentos b?sicos sobre a faculdade do entendimento, seu car?ter espont?neo, a capacidade de s?ntese e a sua import?ncia para compreender o tema, para finalmente tratarmos do conceito de apercep??o transcendental e da distin??o entre a unidade e a identidade da consci?ncia, a partir da qual podemos definir o nosso conceito transcendental de eu. Ainda nesta an?lise, abordamos a leitura de quatro comentadores (Strawson, Henrich, Pippin e Patricia Kitcher) sobre a apercep??o transcendental e a identidade da consci?ncia. Por t?rmino, tratamos do eu num?nico e da ideia psicol?gica de alma, de acordo com os dois usos poss?veis: o constitutivo e o regulativo.
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Estatuto da imanência na fenomenologia de Husserl

Costa, Valmir de 06 November 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T17:27:12Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Valmir de Costa.pdf: 845356 bytes, checksum: b2dcc944aeefba44d5650627ccdeb72a (MD5) Previous issue date: 2015-11-06 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This thesis aims to contribute to the deepen uhe understanding of immnence in the thought of Husserl, its length and constituition, fundamentally, from descriptive psychology (1900) and transcendental philosophy (1913). Phenomenology is characterized by the free exercise of reason, which through its own research method, performs ideal self apprehension of pure objects in consciousness. The immanence designates a region to be in those objects that assume the conditions of possibility of a pure manifestation, constituting the very identity of phenomenology as the theory of knowledge. Conceptually, at the beginning of phenomenological research, the immanence of psychic acts is opposed to all kinds of transcendent objects to those acts, which turns out to phenomenology as science of ideal objects (First and Second Chapters). His method of investigation, as determined by the specificity of its object, differs totally from the method of the natural sciences. Phenomenology, by the method of reduction and intuition, investigates the region to be the transcendent consciousness to the world with their pure and ideal objects, which, by their levels of incorporation and links actually the philosophical discourse to a rigorous science. The natural sciences, the empirical and deduction methods, are immanent to the world and constitute a 'real' objective relationship with his research object, therefore relative (Third Chapter). It will be seen that the immanence of the status of the position of pure object is consolidated, conversely, by the suspension of the entire thesis of the world, as opposed by epistemological phenomenology to empiricism. Husserl, in his way of consolidation of phenomenological research, constitutes, according to the evolution of his thinking, different levels of description of the acts of consciousness. He leaves thus the origin of a real immanence (Real), the logical inheritance and psychologism, through immanence 'Reell', referring to the descriptive psychology, to reach its highest level of development, with the pure immanence. If the level of last description that aims to phenomenology is achieved only when it comes to the transcendental, as a definitive break from all order of nature, the 'reduction' is the inaugural gesture that takes place every phenomenological analysis (Four Chapter). The immanence seeks to resolve a problem which, in the phenomenological theory, breaks the link with the world, is indispensable to the establishment of its meaning, manifested only by an absolute being. The apprehension of being in the world is only possible as well, in suspension and consequent denial. Phenomenology becomes thus a strict science of pure objects held by the inaugural gesture of epoché in the world, reduced their intentional manifestation, it consists, for an idea of time itself, transcendentally in consciousness (Fifth Chapter). The immanence of the statute is effected itself in the psychology which turns into pure phenomenology, and this to transcendental philosophy / A presente tese pretende contribuir para o aprofundamento da compreensão da imanência no pensamento de Husserl, sua extensão e constituição, fundamentalmente, da psicologia descritiva (1900) à filosofia transcendental (1913). A fenomenologia se caracteriza pelo exercício livre da razão, que através de um método de investigação próprio, executa a autoapreensão ideadora de objetos puros na consciência. A imanência designa uma região de ser em que os objetos assumem as condições de possibilidade de sua manifestação pura, constituindo a própria identidade da investigação fenomenológica como teoria do conhecimento. Conceitualmente, no início de sua investigação, a imanência dos atos psíquicos se contrapõe a toda ordem de objetos transcendentes a tais atos, o que acaba por constituir a fenomenologia como ciência de objetos ideais (Primeiro e Segundo Capítulos). Seu método de investigação, determinado pela especificidade de seu objeto, se distingue totalmente do método das ciências da natureza. A fenomenologia, pelo método da redução e da intuição, investiga a região de ser da consciência transcendente ao mundo, com seus objetos puros e ideais, em que, pelos seus níveis de constituição e verdade, vincula o discurso filosófico a uma ciência de rigor. As ciências da natureza, pelo método empirista e da dedução, são imanentes ao mundo e constituem uma relação objetiva real de investigação com seu objeto, por isso relativa (Terceiro Capítulo). Ver-se-á que a posição do estatuto da imanência de objetos puros se consolida, inversamente, pela suspensão de toda tese do mundo, como contraposição epistemológica da fenomenologia ao empirismo. Husserl, em seu percurso de consolidação da investigação fenomenológica, constitui, conforme a evolução de seu pensamento, níveis distintos de descrição dos atos de consciência. Parte, assim, na origem, de uma imanência real (Real), herdeira da lógica e do psicologismo, passando pela imanência Reell , referente à psicologia descritiva, até chegar a seu nível mais alto de elaboração, com a imanência pura. Se o nível de descrição último que visa à fenomenologia é alcançado somente quando se chega ao transcendental, como ruptura definitiva de toda ordem de natureza, a redução é o gesto inaugural em que se realiza toda análise fenomenologia (Quarto Capítulo). O estudo da imanência procura dirimir um problema, de que, na teoria fenomenológica, a ruptura do vínculo com o mundo é indispensável à constituição de seu sentido, manifestada, unicamente, por um ser absoluto. A apreensão do ser do mundo só é possível assim, por sua suspensão e consequente negação. A fenomenologia torna-se, desse modo, uma ciência estrita de objetos puros, realizada pelo gesto inaugural da epoché, em que o mundo, reduzido a sua manifestação intencional, é constituído, por uma ideia de tempo própria, transcendentalmente na consciência (Quinto Capítulo). O estatuto da imanência é o próprio resultado em que a psicologia se transforma em fenomenologia pura, e esta em filosofia transcendental
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O fio condutor na dedução metafísica : matéria, forma e síntese nos conceitos puros

Silva, Mitieli Seixas da January 2008 (has links)
Como entender a afirmação de Kant de que os conceitos puros do entendimento são derivados do entendimento puro? Este problema se impõe na medida em que as categorias são conceitos e os conceitos são cognições cuja forma é a mesma para todos e cuja matéria é sempre oriunda da sensibilidade. Por sua vez, tal dificuldade nos deixa outro problema: compreender como podemos distinguir duas categorias puras, sendo que elas não possuem matéria e têm a mesma forma comum. Ora, se os únicos modos de distinguirmos entre diferentes conceitos é com base em sua matéria ou sua forma, então parece que duas categorias puras – como as categorias de substância e causa - não são, em princípio, conceitos distintos. Testaremos a alternativa de buscar um modo de distinção entre conceitos que não passe nem pela sua matéria, nem pela sua forma entendida como mera universalidade. Investiguemos se é possível termos conceitos empíricos que quanto à matéria e quanto à forma são iguais, mas que, no entanto, são – ainda assim - distintos. Pensemos no exemplo dos conceitos de “árvore”, “passarinho” e “arvorinho”. Se tomarmos os dois primeiros conceitos, vemos que eles exprimem uma realidade na medida em que correspondem a certa apreensão dos objetos na intuição empírica, do mesmo modo que o conceito de “arvorinho”. Assim, ao perguntarmos pelo fundamento empírico desses conceitos, vemos que eles são “formados” a partir de uma mesma matéria sensível. Por outro lado, sabemos que estes conceitos também são idênticos no que diz respeito à sua forma. Entretanto, mesmo tendo a mesma matéria e a mesma forma, são conceitos distintos. O que este exemplo chama atenção é uma diferença na síntese que nem sempre pode ser explicada pela matéria sintetizada. Por sua vez, tal síntese pode ser dita uma síntese empírica na medida em que sua regra refletida no conceito do objeto é determinada com recurso à experiência. Assim, se pudermos encontrar algo análogo a esta regra de síntese no caso dos conceitos puros do entendimento, poderemos chegar a um fundamento de distinção entre os conceitos que não repousa nem na sua matéria nem na sua forma como mera universalidade. Modos distintos de fazer uma síntese pura, permitiriam distinguir uma categoria pura de outra, por exemplo, que nos permitiriam distinguir a categoria de “substância” da categoria de “causa”. E, com isso, podemos tentar resolver o problema da derivação das categorias do entendimento ao atentar para uma regra de síntese pura refletida nas categorias, regra essa que poderia ser derivada das formas do juízo. A tarefa desta dissertação será elucidar os elementos do problema aqui exposto e apresentar a solução aqui indicada. / How to understand Kant’s claim that the pure concepts of understanding are derived from the pure understanding? This problem arises because the categories are concepts, and the concepts are cognitions whose form is the same and whose matter is always derived from sensibility. This difficulty leads us to another problem: how to distinguish between two pure categories, once they don’t have matter, but they still do have the same common form. If the only way to distinguish concepts is with respect to their matter, then it seems that two pure categories – like the categories of substance and cause – are not, in principle, two distinct concepts. We shall test the alternative of finding a way of distinguishing between concepts neither from their matter, nor from their form understood as a mere universality. We shall investigate if it is possible to have empirical concepts which are the same in regard to their matter and form, but are, nevertheless, distinct concepts. Think about the example of the concepts “tree”, “bird” and “treebird”. If we take the two first concepts, we see that they express a reality because they correspond to the apprehension of objects in the empirical intuition, like the concept of “tree-bird”. So, if we ask for the empirical ground of their concepts, we shall find that they are “formed” from the same sensible matter. On the other hand, we know that these concepts are also the same in regard the common form. However, even though they have the same matter and the same form, they are distinct concepts. What this example shows is a difference in the synthesis, that can not always be explained by the synthesized matter. This synthesis can be called an empirical synthesis, since it’s rule reflected in the concept of the object is determined by means of experience. Therefore, if we can find something analogous to this rule of synthesis in the case of the pure concepts of the understanding, we can find a ground for distinguishing between the concepts that do not rest neither in their matter, nor in their form as a mere universality. Distinct ways of making a pure synthesis would permit to distinguish one pure category from another, for example, they would permit to distinguish the category of “substance” from the category of “cause”. And, then, we can try to solve the problem of the derivation of the categories of pure understanding when we pay attention to the rule of pure synthesis reflected in the categories, a rule that can be derived from the judgment forms. The task of this dissertation is to elucidate the elements of the problem here exposed and to present the solution here indicated.
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Autonomia da vontade e dedução transcendental na Fundamentação da Metafísica dos Costumes

Espírito Santo, Marília Lopes de Figueiredo do January 2012 (has links)
Resumo não disponível.
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O fio condutor na dedução metafísica : matéria, forma e síntese nos conceitos puros

Silva, Mitieli Seixas da January 2008 (has links)
Como entender a afirmação de Kant de que os conceitos puros do entendimento são derivados do entendimento puro? Este problema se impõe na medida em que as categorias são conceitos e os conceitos são cognições cuja forma é a mesma para todos e cuja matéria é sempre oriunda da sensibilidade. Por sua vez, tal dificuldade nos deixa outro problema: compreender como podemos distinguir duas categorias puras, sendo que elas não possuem matéria e têm a mesma forma comum. Ora, se os únicos modos de distinguirmos entre diferentes conceitos é com base em sua matéria ou sua forma, então parece que duas categorias puras – como as categorias de substância e causa - não são, em princípio, conceitos distintos. Testaremos a alternativa de buscar um modo de distinção entre conceitos que não passe nem pela sua matéria, nem pela sua forma entendida como mera universalidade. Investiguemos se é possível termos conceitos empíricos que quanto à matéria e quanto à forma são iguais, mas que, no entanto, são – ainda assim - distintos. Pensemos no exemplo dos conceitos de “árvore”, “passarinho” e “arvorinho”. Se tomarmos os dois primeiros conceitos, vemos que eles exprimem uma realidade na medida em que correspondem a certa apreensão dos objetos na intuição empírica, do mesmo modo que o conceito de “arvorinho”. Assim, ao perguntarmos pelo fundamento empírico desses conceitos, vemos que eles são “formados” a partir de uma mesma matéria sensível. Por outro lado, sabemos que estes conceitos também são idênticos no que diz respeito à sua forma. Entretanto, mesmo tendo a mesma matéria e a mesma forma, são conceitos distintos. O que este exemplo chama atenção é uma diferença na síntese que nem sempre pode ser explicada pela matéria sintetizada. Por sua vez, tal síntese pode ser dita uma síntese empírica na medida em que sua regra refletida no conceito do objeto é determinada com recurso à experiência. Assim, se pudermos encontrar algo análogo a esta regra de síntese no caso dos conceitos puros do entendimento, poderemos chegar a um fundamento de distinção entre os conceitos que não repousa nem na sua matéria nem na sua forma como mera universalidade. Modos distintos de fazer uma síntese pura, permitiriam distinguir uma categoria pura de outra, por exemplo, que nos permitiriam distinguir a categoria de “substância” da categoria de “causa”. E, com isso, podemos tentar resolver o problema da derivação das categorias do entendimento ao atentar para uma regra de síntese pura refletida nas categorias, regra essa que poderia ser derivada das formas do juízo. A tarefa desta dissertação será elucidar os elementos do problema aqui exposto e apresentar a solução aqui indicada. / How to understand Kant’s claim that the pure concepts of understanding are derived from the pure understanding? This problem arises because the categories are concepts, and the concepts are cognitions whose form is the same and whose matter is always derived from sensibility. This difficulty leads us to another problem: how to distinguish between two pure categories, once they don’t have matter, but they still do have the same common form. If the only way to distinguish concepts is with respect to their matter, then it seems that two pure categories – like the categories of substance and cause – are not, in principle, two distinct concepts. We shall test the alternative of finding a way of distinguishing between concepts neither from their matter, nor from their form understood as a mere universality. We shall investigate if it is possible to have empirical concepts which are the same in regard to their matter and form, but are, nevertheless, distinct concepts. Think about the example of the concepts “tree”, “bird” and “treebird”. If we take the two first concepts, we see that they express a reality because they correspond to the apprehension of objects in the empirical intuition, like the concept of “tree-bird”. So, if we ask for the empirical ground of their concepts, we shall find that they are “formed” from the same sensible matter. On the other hand, we know that these concepts are also the same in regard the common form. However, even though they have the same matter and the same form, they are distinct concepts. What this example shows is a difference in the synthesis, that can not always be explained by the synthesized matter. This synthesis can be called an empirical synthesis, since it’s rule reflected in the concept of the object is determined by means of experience. Therefore, if we can find something analogous to this rule of synthesis in the case of the pure concepts of the understanding, we can find a ground for distinguishing between the concepts that do not rest neither in their matter, nor in their form as a mere universality. Distinct ways of making a pure synthesis would permit to distinguish one pure category from another, for example, they would permit to distinguish the category of “substance” from the category of “cause”. And, then, we can try to solve the problem of the derivation of the categories of pure understanding when we pay attention to the rule of pure synthesis reflected in the categories, a rule that can be derived from the judgment forms. The task of this dissertation is to elucidate the elements of the problem here exposed and to present the solution here indicated.
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Autonomia da vontade e dedução transcendental na Fundamentação da Metafísica dos Costumes

Espírito Santo, Marília Lopes de Figueiredo do January 2012 (has links)
Resumo não disponível.
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O fio condutor na dedução metafísica : matéria, forma e síntese nos conceitos puros

Silva, Mitieli Seixas da January 2008 (has links)
Como entender a afirmação de Kant de que os conceitos puros do entendimento são derivados do entendimento puro? Este problema se impõe na medida em que as categorias são conceitos e os conceitos são cognições cuja forma é a mesma para todos e cuja matéria é sempre oriunda da sensibilidade. Por sua vez, tal dificuldade nos deixa outro problema: compreender como podemos distinguir duas categorias puras, sendo que elas não possuem matéria e têm a mesma forma comum. Ora, se os únicos modos de distinguirmos entre diferentes conceitos é com base em sua matéria ou sua forma, então parece que duas categorias puras – como as categorias de substância e causa - não são, em princípio, conceitos distintos. Testaremos a alternativa de buscar um modo de distinção entre conceitos que não passe nem pela sua matéria, nem pela sua forma entendida como mera universalidade. Investiguemos se é possível termos conceitos empíricos que quanto à matéria e quanto à forma são iguais, mas que, no entanto, são – ainda assim - distintos. Pensemos no exemplo dos conceitos de “árvore”, “passarinho” e “arvorinho”. Se tomarmos os dois primeiros conceitos, vemos que eles exprimem uma realidade na medida em que correspondem a certa apreensão dos objetos na intuição empírica, do mesmo modo que o conceito de “arvorinho”. Assim, ao perguntarmos pelo fundamento empírico desses conceitos, vemos que eles são “formados” a partir de uma mesma matéria sensível. Por outro lado, sabemos que estes conceitos também são idênticos no que diz respeito à sua forma. Entretanto, mesmo tendo a mesma matéria e a mesma forma, são conceitos distintos. O que este exemplo chama atenção é uma diferença na síntese que nem sempre pode ser explicada pela matéria sintetizada. Por sua vez, tal síntese pode ser dita uma síntese empírica na medida em que sua regra refletida no conceito do objeto é determinada com recurso à experiência. Assim, se pudermos encontrar algo análogo a esta regra de síntese no caso dos conceitos puros do entendimento, poderemos chegar a um fundamento de distinção entre os conceitos que não repousa nem na sua matéria nem na sua forma como mera universalidade. Modos distintos de fazer uma síntese pura, permitiriam distinguir uma categoria pura de outra, por exemplo, que nos permitiriam distinguir a categoria de “substância” da categoria de “causa”. E, com isso, podemos tentar resolver o problema da derivação das categorias do entendimento ao atentar para uma regra de síntese pura refletida nas categorias, regra essa que poderia ser derivada das formas do juízo. A tarefa desta dissertação será elucidar os elementos do problema aqui exposto e apresentar a solução aqui indicada. / How to understand Kant’s claim that the pure concepts of understanding are derived from the pure understanding? This problem arises because the categories are concepts, and the concepts are cognitions whose form is the same and whose matter is always derived from sensibility. This difficulty leads us to another problem: how to distinguish between two pure categories, once they don’t have matter, but they still do have the same common form. If the only way to distinguish concepts is with respect to their matter, then it seems that two pure categories – like the categories of substance and cause – are not, in principle, two distinct concepts. We shall test the alternative of finding a way of distinguishing between concepts neither from their matter, nor from their form understood as a mere universality. We shall investigate if it is possible to have empirical concepts which are the same in regard to their matter and form, but are, nevertheless, distinct concepts. Think about the example of the concepts “tree”, “bird” and “treebird”. If we take the two first concepts, we see that they express a reality because they correspond to the apprehension of objects in the empirical intuition, like the concept of “tree-bird”. So, if we ask for the empirical ground of their concepts, we shall find that they are “formed” from the same sensible matter. On the other hand, we know that these concepts are also the same in regard the common form. However, even though they have the same matter and the same form, they are distinct concepts. What this example shows is a difference in the synthesis, that can not always be explained by the synthesized matter. This synthesis can be called an empirical synthesis, since it’s rule reflected in the concept of the object is determined by means of experience. Therefore, if we can find something analogous to this rule of synthesis in the case of the pure concepts of the understanding, we can find a ground for distinguishing between the concepts that do not rest neither in their matter, nor in their form as a mere universality. Distinct ways of making a pure synthesis would permit to distinguish one pure category from another, for example, they would permit to distinguish the category of “substance” from the category of “cause”. And, then, we can try to solve the problem of the derivation of the categories of pure understanding when we pay attention to the rule of pure synthesis reflected in the categories, a rule that can be derived from the judgment forms. The task of this dissertation is to elucidate the elements of the problem here exposed and to present the solution here indicated.
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Autonomia da vontade e dedução transcendental na Fundamentação da Metafísica dos Costumes

Espírito Santo, Marília Lopes de Figueiredo do January 2012 (has links)
Resumo não disponível.
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O ser como condição de possibilidade do pensar

Gil, Edson Dognaldo 19 October 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T17:27:16Z (GMT). No. of bitstreams: 1 FIL - Edson Dognaldo Gil.pdf: 1469522 bytes, checksum: 93803423295828ce6d57adf7e6ced90d (MD5) Previous issue date: 2006-10-19 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / The aim of this dissertation is to present and toanalyse the first principle of Fichteʹs Doctrine of Science, namely, that of the self‐position of the I, in the same way the German idealist philosopher expounds it in the firstparagraph of his masterpiece Grundlage der gesammten issenschaftslehre [Foundation of the Entire Doctrine of Scientific Knowledge], published in 1794‐1795. The historical presentation situates Fichteʹs issue in the context of the modern philosophy in general, and of German idealism in particular. Remarks are provided on the relation and mutual influence of German thinkers, especially on the continuity between the transcendental philosophy of Kant and that of Fichte, pointing out, however, the originality of the project of the Doctrine of Science. Some attention is also given to the current state of the Fichte‐Forschung. The systematic analysis, wish constitutes the core of the work, concentrates on the thorough reading of the first paragraph of the Grundlage, pointing out its implications to the question of the relation between being and thinking, morespecifically, the respective transcendental transformation of the Cartesian cogito. Thus, the I, in so far as it is (characterized as) pure intelligence, is the genetic, originary and pre-predicative Act (Tathandlung). Therefore, it is previous toboth discursive thought and objective consciousness (ofa substantiated Cartesian subject), and yet it is accessible by means of an intuitive method; it is nonetheless purely intellectual and authentically meditative meditative philosophy, philosophy as art (ars). There is enclosed a reproduction of the original text of the first paragraph of the Grundlage, as well as the respective translation, of my authorship. There is also a small glossary of the most important terms used by Fichte translated from German into Portuguese / O escopo desta dissertação consiste em apresentar e analisaro chamado Primeiro Princípio da autoposição do Eu da Doutrina da Ciência de Johann Gottlieb Fichte, tal qual o idealista alemão o expõe no primeiro parágrafo de sua obra‐prima Grundlage der gesammten Wissenschaftslehre als Handschriftfür seine Zuhörer [Fundamento de toda a Doutrina da Ciência como manual para seus ouvintes], publicada em 1794‐1795. A apresentação histórica visa a situar a problemáticafichteana no contexto da filosofia moderna, em geral, e, em particular, do idealismo alemão. Tecem‐se considerações sobre a relação e a influência mútua dos pensadores alemães, especialmente sobre a continuidade entre a filosofia transcendental deKant e a de Fichte, destacando‐se porém a originalidade do projeto da Doutrina da Ciência. Dedicam‐se, além disso, algumas palavras ao estado atual da Fichte‐Forschung. A análise sistemática, que constitui o cerne do trabalho, concentra‐se na leitura minuciosa do primeiro parágrafo da Grundlage, destacando‐se suas implicações no que respeita à questão da relação entre ser e pensar, mais especificamente, a respectiva transformação transcendental do cogito cartesiano. Conclui‐se que, para Fichte, o eu, enquanto inteligência pura, é Ato genético, originário (Tathandlung), pré‐predicativo e, portanto, anterior ao pensamento discursivo e à consciência objetiva (de um sujeito hipostasiado, cartesiano), ao qual se tem acesso por meio de um método intuitivo, mas puramente intelectual, autenticamente meditativo filosofia meditativa, filosofia como arte (ars). Como anexos, seguem‐se a reprodução do texto original do primeiro parágrafo da Grundlage, bem como a respectiva tradução, de minha autoria. Além disso, um pequeno vocabulário, alemão‐português, dos termos mais importantes utilizados por Fichte

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