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Prevalência e fatores associados à constipação intestinal em pacientes em hemodiáliseSonaglio, Etielle Pereira January 2017 (has links)
Alterações gastrointestinais em pacientes com doença renal crônica são queixas comuns, sendo a constipação considerada um dos sintomas mais prevalentes. O tratamento deste sintoma é limitado nesta população, devido às modificações dietéticas impostas pela perda da função renal e métodos dialíticos, especialmente na hemodiálise. Dados locais sobre a prevalência e fatores associados à constipação são pouco conhecidos em nosso meio. Neste estudo transversal, foram incluídos 57 participantes que realizam hemodiálise há pelo menos 3 meses no Hospital Moinhos de Vento em Porto Alegre, Brasil. Um questionário foi utilizado para avaliar dados sociodemográficos e clínicos potencialmente associados à constipação, a qual foi definida utilizando os critérios de ROMA III. Foi diagnosticada constipação em 28 pacientes nesta amostra (49,1%). Do total da amostra, 34 indivíduos (59,6%) relataram estar utilizando ou já terem utilizado laxantes em algum momento. Entre os constipados, 23 (82%) relataram esse uso. Outros 11 indivíduos usam laxativos cronicamente, ainda que não tenham sido classificados como constipados pelos critérios de ROMA III. Considerando a autopercepção, relataram “dificuldade para evacuar” 21/57 (36,8%). A concordância entre a autopercepção de “dificuldade para evacuar” e constipação pelos critérios de ROMA III ocorreu em 34 (59,6%) dos indivíduos. Entre os 28 pacientes constipados, 17 (77,3%) referem que sintomas gastrointestinais interferem no seu bem-estar, enquanto que entre os 29 pacientes não constipados, somente 5 (22,7%) referem esta interferência (p = 0,01) Quando investigado os fatores potencialmente associados à constipação,a inatividade física (Razão de prevalência 53,4; Teste exato de Fisher p = 0,052) e o sexo feminino (Razão de Prevalência 1,6; Pearson X2 p = 0,07) apresentaram tendênciaà associação significativa. No entanto, não foi encontrada associação significativa entre constipação e escolaridade, faixa etária, utilização de carbonato de cálcio, presença de 8 diabetes, estado nutricional e consumo de fibras atual. Conclusões: A constipação intestinal é um sintoma frequente em pacientes em hemodiálise no nosso meio. A utilização dos critérios de ROMA III para o diagnóstico de constipação permite diagnosticar um maior número de casos quando comparado apenas à autopercepção. A maior parte dos pacientes da amostra faz ou já fez uso crônico de laxantes, ainda que boa parte destes não se considere constipado, ou seja, classificados como constipados pelos critérios de ROMA III. Considerando-se a alta prevalência e interferência no bem-estar, a abordagem sobre a presença de constipação deve ser rotineira nessa população, a fim de alcançar-se um diagnóstico e manejo corretos. / Seventeen (77.3%) of the 28 constipated patients reported that their gastrointestinal symptoms interfered with their wellbeing, whereas just 5 (22.7%) of the 29 patients without constipation reported the same interference (p = 0.01). Investigation of factors potentially associated with constipation detected that inactivity (Prevalence ratio 53.4; Fisher’s exact test p = 0.052) and female sex (Prevalence ratio 1.6; PearsonX2 p = 0.07) exhibited tendencies towards a significant association. However, there were no significant associations between constipation and educational level, age group, use of calcium carbonate, presence of diabetes, nutritional status, or current fiber consumption. 10 Conclusions: Constipation is a common symptom among patients on hemodialysis in our country. Use of the ROMA III criteria diagnoses a higher number of cases of constipation than patients’ own perception alone. The majority of patients in the sample have used or were still using laxatives chronically, even though a considerable proportion of these patients were not considered constipated,they were not classified as constipated according to the ROMA III criteria. Considering its high prevalence and its impact on wellbeing, whether patients have constipation should be routinely investigated in this population, to enable correct diagnosis and management.
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Estudo comparativo entre três distintas populações de candidatos a transplante hepático : avaliando a dinâmica da lista de espera em um hospital universitárioArruda, Soraia January 2017 (has links)
INTRODUÇÃO: O transplante hepático (TxH) vem mudando o curso de doenças graves, incapacitantes e potencialmente fatais, se tornando o tratamento de escolha quando há falência do órgão. OBJETIVO: Comparar as taxas de TxH, exclusão e sobrevida entre candidatos com cirrose descompensada (CIR), situações especiais (SPE) e carcinoma hepatocelular (HCC). MÉTODOS:Foram realizados dois estudos em 358 pacientes: uma coorte retrospectiva (agosto de 2008 - julho de 2009, incluindo 189 pacientes listados) e uma prospectiva (de novembro de 2012 a maio de 2014, com um período de acompanhamento até novembro de 2015, incluindo 169 candidatos a transplante hepático, comparando CIR, HCC e SPE. Foram avaliadas as seguintes variáveis: K-in (taxas de entrada da lista de espera: K-1in se CIR, K-2in se HCC e K-3in se SPE); K-out (taxa de TxH); K-1out (drop out no grupo CIR); K-2out (drop out no grupo HCC) e K-3out(drop out no grupo SPE). RESULTADOS: Na coorte retrospectiva, 112 casos (59,3%) tinham CIR, 63 (33,3%) com HCC e 14 (7,4%) se enquadraram em SPE. Os tempos médios de avaliação até a inscrição em lista para TxH foram 194 dias (IC 95% 152-236), 36 dias (IC95% 21-50) e 98 dias (IC95% 0-308) para CIR, HCC e SPE, respectivamente (P <0,001). Dos 86 pacientes transplantados (K-out = 45,5%), 31 tinham CIR (K-1in = 27,7%), 44 HCC (K-2in = 69,8%) e 11 SPE (K-3in = 88,6%) (P <0,001). As taxas de drop out foram maiores em CIR (K-1out = 64,3%, K-2out = 30,2%, K-3out = 21,4%, P <0,001). O hazar ratio (HR) para TxH foi 85% (IC95% 1,35-2,55) maior em HCC do que CIR. Na coorte prospectiva, 110 dos 167 pacientes avaliados foram listados (K-in = 65,9%). Os tempos médios de avaliação foram de 783 dias (IC95% 330-1236), 52 dias (IC95% 17-87) e 184 dias (IC95% 19-349) para CIR, HCC e SPE, respectivamente (P <0,001). Em relação ao TxH, o K1-in foi 21,7%, K2-in, 76,4% e K3-in, 92,3 % (P <0,001). K-out foi 57,3% (63/110), K1-out = 50%, K2-out = 21,1% e K3-out = 3,84% (P <0,001). HR para TxH foi 329% superior em HCC do que CIR (HR = 4,29; IC95%: 2,74-6,72). CONCLUSÃO: Neste estudo, os pacientes com cirrose descompensada tiveram um tempo de avaliação para transplante significativamente maior que os outros grupos avaliados, bem como maior taxa de drop out em lista. A taxa de transplante foi significativamente menor nos pacientes com cirrose descompensada, demonstrando que as políticas de alocação de órgãos merecem ser revistas. / INTRODUCTION: Liver transplantation (LT) has been changing the course of serious, incapacitating and potentially fatal diseases becoming the treatment of choice when there is organ failure. AIM: To compare transplant, delisting, and survival rates between candidates with decompensated cirrhosis (CIR), special conditions (SPE), and hepatocellular carcinoma (HCC). METHODS: We carried out two studies with 358 patientes: a retrospective one (Aug 2008-Jul 2009, including 189 enlisted patients) and another prospective (Nov 2012-May 2014, with a follow-up period up to Nov 2015, including 169 LT candidates), comparing CIR, HCC, and SPE. The following variables were assessed: K-in (rates of waitlist entry – K-1in if CIR, K-2in if HCC, and K-3in if SPE); K-out (rate of LT); K-1out (drop-out in CIR); K-2out (drop-out in HCC); and K-3 out (drop-out in SPE). RESULTS: In the retrospective study, 112 cases (59.3%) were due to CIR, 63 (33.3%) to HCC, and 14 (7.4%) to SPE. The average time from selection to enlisting was 194 days (CI95% 152-236), 36 days (CI95% 21-50), and 98 days (CI95% 0-308) for CIR, HCC, and SPE, respectively (P<0.001). Of the 86 transplanted patients (K-out = 45.5%), 31 had CIR (K-1in = 27.7%), 44 HCC (K-2in = 69.8%), and 11 SPE (K-3in = 88.6%) (P<0.001). Drop-out rates were higher in CIR (K-1out = 64.3%, K-2out = 30.2%, K-3out = 21.4%, P<0.001). The hazar ratio (HR) for LT was 85% (CI95% 1.35-2.55) higher in HCC than CIR. In the prospective study, 110 out of 167 evaluated patients were enlisted (K-in = 65.9%). The average time from selection to enlisting was 783 days (CI95% 330-1236), 52 days (CI95% 17-87), and 184 days (CI95% 19-349) for CIR, HCC, and SPE, respectively (P<0.001). Regarding LT, K1-in was 21.7%, K2-in, 76.4%, and K3-in, 92.3% (P<0.001). K-out was 57.3% (63/110), K1-out = 50%, K2-out = 21.1%, and K3-out = 3.84% (P<0.001). HR for LT was 329% times higher in HCC than CIR (HR = 4.29; CI95% 2.74–6.72).CONCLUSION: In this study, patients with decompensated cirrhosis had a time evaluation for transplantation significantly higher than other evaluated groups as well as a higher rate of waiting list drop out. Transplant rate was significantly lower in patients with decompensated cirrhosis, demonstrating that organ allocation policies deserve to be reviewed.
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Ultrassonografia com Doppler em cores e em escala de cinzas para avalia??o intestinal em lactentes assintom?ticos e com alergia ? prote?na do leite de vacaEpifanio, Matias 29 March 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-03-29 / Objetivo: Avaliar se o processo inflamat?rio intestinal, em crian?as com APLV, pode ser detectado atrav?s da ultrassonografia em escala de cinzas e com Doppler em cores. Introdu??o: Alergia ? prote?na do leite de vaca ? um problema pedi?trico comum na pr?tica cl?nica, com uma variabilidade de sinais cl?nicos, sintomas e dif?cil de diagn?stico. Ultrassonografia em escala de cinza e com Doppler em cores tem sido, cada vez mais, utilizada para avaliar processos inflamat?rios abdominais. M?todos: Este estudo avaliou os dados cl?nicos e os exames ultrassonogr?ficos em escala de cinza e ao Doppler, de 34 crian?as. O estudo foi dividido em duas etapas, com delineamentos complementares: uma etapa inicial, constituindo um estudo de casos e controles e uma segunda etapa constituindo um ensaio cl?nico. Dezessete crian?as, entre 0-6 meses de idade, com suspeita de alergia ? prote?na do leite de vaca, e 17 lactentes assintom?ticas, da mesma idade, foram avaliadas por um investigador cego, que determinou a densidade vascular e a espessura da parede intestinal, em diferentes partes do tubo digestivo. As vari?veis cl?nicas e US foram avaliadas em tr?s tempos, no grupo com suspeita: ao in?cio, ap?s quatro semanas de uma f?rmula hidrolisada de amino?cidos, e ap?s teste de desencadeamento. Foram determinados pontos de corte, para o percentual de densidade vascular, atrav?s do Like-hood Ratio e da curva Receiver Operating Characteristic (ROC)
Resultados: A diferen?a do valor da densidade vascular, em percentual, entre os pacientes com alergia ? prote?na do leite de vaca (28,1%) e os controles (7,77% p = 0,001), foi muito significativa. A an?lise de curva ROC mostrou que um ponto de corte de 18,7% pode diferenciar pacientes com alergia ? prote?na do leite de vaca, dos controles, com 81,8% de sensibilidade e 94,1% de especificidade. Os valores preditivos positivo e negativo foram acima de 88%. ?rea sob a curva foi de 0.941. A espessura da parede intestinal, entre os dois grupos, foi m?nina. Conclus?o: Este estudo sugere que o Doppler poder? ser ?til na suspeita diagn?stica de CMA. Recomendamos utilizar, como ponto de corte, a densidade vascular de 18,7%. A utiliza??o da espessura da parede intestinal apresenta dif?cil aplicabilidade cl?nica.
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Implicações clínicas, endoscópicas e eletromanométricas da escleroterapia endoscópica de varizes esofágicas em cirróticosCoimbra, Fernando Tadeu Vannucci 07 November 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-11-07 / Introduction and Objective: The main objective of this study is to evaluate the motor reaction of the esophagus after undergoing endoscopic sclerotherapy of esophageal varices (EE) up to its eradication. Clinical implications and the ones with endoscopic evidence were subsidiarly of interest driven by the procedure. Casuistic and Methods: Fourteen patients with liver cirrhosis with esophageal varices; nine men and five women, mean age of 52.57 ± 14.58 years, who had already had episode (s) of variceal bleeding were studied. In eleven, the disease had alcoholic origin and three viral etiology by virus type B in two, and type C in one. Twelve were classified as Child-Pugh A, and two as B. They underwent endoscopic examination before the EE, and at least, one month after the procedure, to list any complications, while also questioning on dysphagia and retrosternal pain. EE was performed with 5%- ethanolamine oleate and 50%-hypertonic glucose in equal parts. Intravasal injections of 2 to 5 ml were performed at 2 cm-intervals , starting from the esophagogastric transition, towards cranial direction in each one of the varicose cords up to the complete elimination of varicose veins, according to the limit of 20 to 30ml/varix / session, and about 15 day-interval between the sessions. Electromanometric study of esophagus was performed from two to three days before the procedure and at least one month after the end of the endoscopic treatment, before the endoscopic examination of control . The average results were compared by the Student's t test, with a 5%-significance level. Results: At initial endoscopy, varicose veins of medium caliber in 11 patients, and thick-caliber in three were observed. Red spots were found in all cases. Varicose veins were eradicated in all patients at endoscopic examination, after-procedure, carried out on average of 3.07 ± 2.97 months from the end of EE. Four sclerotherapy sessions, in the mean time of 1.6 ± 0.71 months, were necessary. There were no complications in eight cases. Four patients had superficial esophageal ulcers of ischemic aspect, in areas of sclerosis, while two others, in addition to ulcers, showed tenuous synechiae. The investigation of dysphagia and retrosternal pain showed that ten patients were asymptomatic, others maintaining evasive and low intensity symptoms. The comparison between the averages of the variables analyzed by esophageal electromanometry after EE, revealed significant reductions in resting pressure of lower esophageal sphincter (LES), percentage of LES relaxation, peristalsis percent, wave length of swallowing and extent of swallowing complexes.
Conclusions: In conclusion, this procedure can completely eradicate varicose veins and, if performed moderately , does not produce important=significant tissue complications in the esophagus, or significant symptoms after finishing, but provides significant motor abnormalities of the organ, potentially capable of favoring gastroesophageal reflux and reduced ability to empty the organ. / Introdução e Objetivo: O principal objetivo desse estudo é avaliar o comportamento motor do esôfago após realização de escleroterapia endoscópica de varizes esofágicas (EE), até sua erradicação. Subsidiariamente interessam as implicações clínicas e as endoscopicamente evidenciáveis movidas pelo procedimento. Casuística e Método: Foram estudados 14 portadores de cirrose hepática, com varizes do esôfago, nove homens e cinco mulheres, com média de idades de 52,57 ± 14,58 anos, que já haviam apresentado episódio(s) de sangramento varicoso. Em onze, a afecção tinha origem alcoólica e, em três, era de etiologia viral, determinada por vírus de tipo B em dois e do tipo C em um. Doze haviam sido classificados como Child-Pugh A e dois, como B . Foram submetidos a exame endoscópico, antes da EE, e, pelo menos, um mês depois do procedimento, para listar eventuais complicações, quando também era feito questionamento sobre presença de disfagia e dor retrosternal. A EE foi realizada com oleato de etanolamina a 5% e glicose hipertônica a 50%, em partes iguais. Eram realizadas injeções intravasais de 2 a 5ml, a intervalos de 2cm, partindo da transição esôfago-gástrica, em direção cranial, em um a um dos cordões varicosos, até a eliminação completa das varizes, respeitando o limite de 20 a 30ml/variz/sessão e cerca de 15 dias de intervalo entre as sessões. De dois a três dias antes do procedimento e, pelo menos, um mês depois do final do tratamento endoscópico, antes do exame endoscópico de controle, foi realizado estudo eletromanométrico do esôfago. As médias dos resultados foram comparadas mediante a aplicação de teste t de Student, admitindo-se nível de significância de 5%. Resultados: No exame endoscópico inicial foram observados cordões varicosos de médio calibre em 11 doentes, e de grosso calibre, em três. Red spots foram encontrados em todos os casos. Ao exame endoscópico pós-procedimento, levado a efeito, em média, a 3,07 ± 2,97 meses do final da EE, as varizes estavam erradicadas em todos os pacientes. Para isso, foram necessárias de duas a quatro sessões de escleroterapia , no tempo médio de 1,6 ± 0,71 meses. Não foram constatadas complicações em oito casos. Quatro pacientes apresentavam úlceras esofágicas superficiais, de aspecto isquêmico, em área de esclerose, enquanto outros dois, além de úlceras, mostravam tênues sinéquias. O inquérito sobre disfagia e dor retrosternal revelou que dez pacientes estavam assintomáticos, os outros mantendo sintomas fugazes e de pequena intensidade. A comparação entre as médias das variáveis analisadas pela eletromanometria esofágica, revelou, depois da EE, reduções significantes de pressão de repouso do esfíncter inferior do esôfago (EIE), percentual de relaxamento do EIE, percentual de peristaltismo, duração das ondas de deglutição e amplitude dos complexos de deglutição. Conclusões: Concluiu-se que o procedimento pode erradicar completamente as varizes e que, desde que realizado parcimoniosamente, não produz complicações teciduais de monta no esôfago, nem sintomatologia relevante depois de finalizado, mas determina alterações motoras significativas do órgão, potencialmente capazes de favorecer refluxo gastroesofágico e redução da capacidade de esvaziamento do órgão.
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Aspectos genéticos do metabolismo lipídico e risco para colelitíase na obesidade mórbida após cirurgia bariátricaPinheiro Júnior, Sidney 27 March 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-03-27 / Background Outstanding, among the factors associated to cholelithiasis after bariatric surgery, are those related to metabolism and synthesis of lipoproteins, such as apolipoprotein E (ApoE) and protein from cholesterol ester transfer protein (CETP). Methods - 220 patients have been part of the study, 114 (G1) with cholelithiasis postoperatively and 106 (G2) without cholelithiasis in over 8 months period, including the analysis of apoE-Hha I and CETP-TaqIB polymorphisms per PCR / RFLP and biochemical profile [total cholesterol (TC), lipoprotein cholesterol fraction of low (LDL), high (HDLc) and very low density (VLDLc), triglycerides (TG) and glucose levels. It was accepted level of significance for P <0.05. Results - Preoperatively, it was observed that in G1 54% of the patients with the APOE*4 allele had serum altered levels of LDL. Postoperatively, there was a decrease (P <0.001) of LDL with TG in G2 (85.3 ± 32.1 mg / dL, P <0.0001) and glucose (G1 = 83.2 ± 10.7 mg / dL; G2 = 84.7 ± 11.5 mg / dL, P <0.0001 for both), TC and LDL and HDL cholesterol increased only in G2 (P <0.0001). The B1 allele was related to decreased (P <0.01) of TC, LDLc and TG postoperatively in both groups, in addition to lowering glucose levels and increase HDL cholesterol only in G2 (P <0.0001). The genotype APOE*_/4 in G2 was associated with decreased levels of TC, LDL, TG and glucose levels and increased levels of HDL cholesterol (P<0.01) postoperatively. Conclusions - This study does not confirm the association of apoE-Hha-I and CETP-TaqIB with gallstones in the late postoperative period after bariatric surgery. However, B1 allele seems to enhance the action of bariatric surgery in the control of dyslipidemia effectively reducing levels of TC, LDL and TG, with additional benefit to those without gallstones by decreasing blood glucose levels and also increase HDL cholesterol. The relationship of APOE*4 with increased LDLc preoperatively only in G1 suggests its association with cholelithiasis in the late postoperative bariatric surgery, which should be evaluated in prospective studies. / Introdução- Destacam-se entre os fatores associados à colelitíase após cirurgia bariátrica, aqueles relacionados a metabolismo e síntese de lipoproteínas plasmáticas, como apolipoproteína E (apo E) e proteína de transferência do éster de colesterol (CETP). Objetivos-Avaliar a associação das variantes genéticas apoE-Hha I e CETP-TaqIB na colelitíase e sua influência no perfil bioquímico,além de perfil antropométrico e co-morbidades em pacientes com obesidade mórbida após cirurgia bariátrica. Métodos- Foram estudados 220 pacientes: 114 (G1) com colelitíase no pós-operatório e 106 (G2) sem colelitíase, em período >8 meses, incluindo a análise dos polimorfismos apoE-HhaI e CETP-TaqIB por PCR/RFLP e perfil bioquímico [colesterol total (CT), fração de colesterol de lipoproteína de baixa (LDLc), alta (HDLc) e muito baixa densidade (VLDLc), triglicérides (TG) e glicemia], além do índice de massa corporal (IMC), cintura abdominal (CA), hipertensão e diabete melito. Admitiu-se nível de significância para P<0,05. Resultados- Houve semelhança entre os grupos para os genótipos de apoE-HhaI e CETP-TaqIB. O genótipo APOE*3/3 prevaleceu em ambos os grupos (G1: 65% e G2:73%; P=0,204), enquanto genótipos APOE*_/4 destacaram-se em G1 (23% versus 16%; P=0,269). Para CETP o alelo B1 prevaleceu em G1 (0,59) e G2 (0,62; P=0,558). O perfil bioquímico, com valores recomendados já no pré-operatório em ambos os grupos, exceto para TG (141,4±75,4; 159,3±90,9mg/dL, respectivamente, P=0,123) e glicemia (113,0±53,2; 105,8±34,3mg/dL, respectivamente; P=0,262), mostrou decréscimo (P<0,001) no pós-operatório para todas as variáveis, incluindo TG (respectivamente, 89,0±34,6mg/dL; 85,3±32,1mg/dL; P<0,0001 para ambos) e glicemia (respectivamente, 83,2±10,7mg/dL; 84,7±11,5mg/dL; P<0,0001 para ambos). Níveis de HDLc mostraram acréscimo no pós-operatório apenas em G2 (52,5±14,7 versus 43,0±11,9; P<0,0001). Em G1, 54% dos pacientes portadores do alelo APOE*4 tinham níveis séricos alterados de LDLc no pré-operatório. O genótipo APOE*3/3, em G1, associou-se com decréscimo nos níveis de CT, LDLc, TG e glicemia e aumento nos níveis de HDLc (P<0,01). O mesmo ocorreu para genótipos APOE*_/4, em G2. O alelo B1 relacionou-se com decréscimo (P<0,01) de CT, LDLc e TG no pós-operatório em ambos os grupos, além de redução de glicemia e aumento de HDLc apenas em G2 (P<0,0001).Ambos os grupos mostraram redução nos valores de IMC e CA, além de hipertensão e diabete melito. Conclusões: Variantes de apoE-HhaI e CETP-TaqIB não diferenciam os grupos com e sem colelitíase no pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica. Presença de APOE*4 relacionada com aumento de LDLc no pré-operatório, sugere sua influência no desenvolvimento de colelitíase no pós- operatório tardio, a ser confirmado em estudos prospectivos. CETP-Taq IB, representado pelo alelo B1 parece potencializar a ação da cirurgia bariátrica no controle do perfil bioquímico, particularmente em G2 com aumento de HDLc e decréscimo da glicemia. Além disso, independente da presença de colelitiase, a cirurgia bariátrica controla também doenças crônicas como diabete melito e hipertensão arterial.
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A tirosina como marcador de lesão intestinal na isquemia mesentérica.Contrin, Ligia Marcia 19 December 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-12-19 / Introduction: The intestinal tract plays a central role in the protein catabolic response after infection or injury. Tyrosine (an index of overall proteolysis) and the release of lactate in intestinal luminal perfusate (ILP) during ligation of the superior mesenteric artery (SMA) were assessed. The present study aims to determine whether tyrosine flow from intracellular compartment to lumen could occur during ischemia induced-gut injury. Methods: Fourteen New-Zealand rabbits were allocated into 2 groups (group I: control (n=6) and group II: ischemia (n=8). SMA (QSMA) and aortic (Qaorta) flows were measured using ultrasonic flow probes. A segment from the ileum was isolated using two multilumen tubes with inflated balloons to delimit a closed segment to be perfused. In a second gut segment, a tonometric catheter (TRIP® Tonometry Catheter, Datex, Finland) was placed. Animals in group II were submitted to ligation of SMA after baseline measurements. The concentrations of tyrosine and lactate in intestinal lumen of both serum and perfusate were determined. Tyrosine was assayed by the fluorometric method as previously described. (1) Results: The lactate concentrations significantly increased in ILP after the ligation of SMA in 4 hours (from de 0.1 ± 0.7 mEq/L to 3.3 ± 1.6 mEq/L in 2 hours) compared to control group (from 0.1 ± 0.5 mEq/L para 0.3 ± 0.1 mEq/L in 2 hours) (p<0.05). Luminal tyrosine significantly increased during ischemia compared to control group in 2 hours (from 10.1 ± 7.7 mM/mL to 93 ± 63 mM/mL, group II; from 9.9 ± 7.8 mM/mL to 25.6 ± 24.0 mM/mL, group I, p<0.05). Conclusion: Tyrosine flow from intracellular compartment to lumen
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occurred in this model suggesting ischemia-gut-derived proteolysis and a potential role for tyrosine as a marker of cell injury. / O trato gastrintestinal exerce um papel central na resposta catabólica da proteína após lesão ou infecção. Avaliaram-se a tirosina (um índice de proteólise global) e a liberação de lactato no perfusado do lúmen intestinal durante a ligação da artéria mesentérica superior (AMS). O objetivo deste estudo é determinar se o fluxo de tirosina proveniente do compartimento intracelular para o lúmen poderia ocorrer durante lesão do intestino induzida por isquemia. Métodos: Catorze coelhos da raça New-Zealand foram divididos em dois grupos (grupo I: controle, n=6 e grupo II: isquemia, n=8). Os fluxos da artéria mesentérica superior (QSMA) e da aorta (Qaorta) foram mensurados usando sondas de fluxo ultra-sônicas. Isolou-se, para realizar a perfusão, um segmento do íleo usando dois cateteres multilumen com balões inflados para delimitar um segmento fechado. Em um segundo segmento intestinal, colocou-se um cateter de tonometria (TRIP® Tonometry Catheter, Datex, Finland). Submeteram-se os animais no grupo II à ligação da AMS após mensurações iniciais. Determinaram-se as concentrações de lactato e tirosina no soro e no perfusado do lúmen intestinal (PLI). Analisou-se a Tirosina pelo método de fluorometria como descrito anteriormente. (1) Resultados: As concentrações de lactato aumentaram significativamente no PLI após ligação da AMS em 4 horas no grupo II (de 0,1 ± 0,7 mEq/l para 3,3 ± 1,6 mEq/l em 2 horas) em comparação com o controle (de 0,1 ± 0,5 mEq/l para 0,3 ± 0,1 mEq/l em 2 horas) (p<0,05). A tirosina no lúmen aumentou significativamente durante a isquemia em comparação com o controle em 2 horas (de 10,1 ± 7,7 mM/ml para 93 ± 63 mM/ml, grupo II; de 9,9 ± 7,8 mM/ml para 25,6 ± 24,0 mM/ml, grupo I, p<0,05). Conclusão: O fluxo da tirosina proveniente do compartimento intracelular para o lúmen ocorreu nesse modelo, sugerindo uma proteólise induzida pela isquemia intestinal, e um potencial papel para a tirosina como um marcador da lesão celular.
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Riscos de eventos adversos gastrintestinais nos projetos de pesquisa de fármacos envolvendo seres humanosMarodin, Gabriela January 2008 (has links)
A avaliação do risco é um processo sistemático pelo qual a possibilidade de dano, a exposição e o próprio risco são identificados e quantificados. A consideração, de que a participação em um estudo é de risco, fundamenta-se no princípio da precaução, que é a garantia da existência de medidas de proteção contra riscos potenciais. De acordo com a gravidade dos eventos adversos, e de sua probabilidade de ocorrência, determina-se se o risco previsto é negligenciável, tolerável ou intolerável. Portanto, a caracterização do risco representa um importante elo entre os dados científicos obtidos nos diferentes estudos e as tomadas de decisões, ao monitoramento e à comunicação do risco. O objetivo deste estudo é avaliar os riscos previstos de eventos adversos gastrintestinais em projetos de pesquisa em seres humanos na área farmacológica, realizados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), através da análise do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), do manual do pesquisador e do projeto. Realizou-se um estudo transversal, com unidade de observação nos eventos adversos (EAs) gastrintestinais, através do levantamento de risco de projetos de pesquisa farmacológica, com patrocínio privado, submetidos e aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do HCPA, no ano de 2004. De 58 projetos analisados, identificou-se 9734 referências de riscos de EAs gerais, sendo que 1463 (15,0%) eram gastrintestinais. Destas, 181 (12,4%) aparecem somente no TCLE, desprovida de embasamento teórico; já 1047 (71,6%) estão descritas nos documentos não disponibilizados ao participante, informação não compartilhada, tendo embasamento teórico; e apenas 235 referências de riscos, que representam 16,0% dos riscos gastrintestinais totais, como informação compartilhada e documentada, para o participante e pesquisador, com embasamento teórico. Essas 1463 referências de riscos de EAs gastrintestinais foram padronizadas, fazendo-se uso do Código Internacional de Doenças, décima revisão (CID 10), obtendo-se 170 tipos diferentes de riscos. Os riscos com maior repetição de referência nos projetos foram: náusea e vômitos 14,1%; alteração do hábito intestinal 6,5%; aumento dos níveis de transaminases e da desidrogenase lática 5,7%; outras dores abdominais e as não especificadas 4,9%. Quanto à gravidade, dos 170 tipos de riscos, obteve-se 65 (38,2%) graves, 52 (30,6%) moderados, 30 (17,6%) leves e 23 (13,5%) múltipla classificação. Todos os documentos relativos ao projeto de pesquisa deveriam conter a descrição e quantificação dos riscos importantes, seja pela alta gravidade ou freqüência associada. No TCLE, parte dos riscos estavam descritos, porém desprovidos de uma quantificação e caracterização adequadas. O manual apresentava as informações sobre os riscos, mas de forma dispersa ao longo do documento, levando a uma dificuldade de utilização desses dados nas intervenções propostas. Nos projetos analisados, observa-se a falta de homogeneidade e padronização para se expressar adequadamente os riscos já ocorridos em estudos prévios. Isso demonstra a importância da leitura atenta de toda documentação encaminhada para avaliação pelo CEP, visando a proteção ativa dos sujeitos da pesquisa. / Risk evaluation is a systematic process whereby damage possibility, exposure and the risk itself are identified and quantified. The consideration that the participation in a study is risky is founded on the precaution principle, i.e., the warranty of existing protection measures against potential risks. According to the severity of the adverse events and of its occurrence probability, one determines if the foreseen risk is negligible, tolerable or intolerable. Therefore, risk characterization represents an important link between the scientific data obtained from the different studies and the decision-makings, to monitoring and to risk communication. The objective of this study is evaluating the foreseen risks of gastrointestinal adverse events (AEs) in research projects with human beings in the pharmacological field carried out at Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA by means of the Informed Consent Form – ICF, of the researcher brochure and of the Research Protocol. A transversal study was carried out with an observation unit in the gastrointestinal AEs, through the survey of risk of projects of clinical trial with private sponsorship submitted to and approved by the Research Ethics Committee – REC of the HCPA in 2004. Out of 58 analyzed protocols were identified 9734 risk references of general AEs, being 1463 (15.0%) gastrointestinal. Out of these, 181 (12.4%) appear on the ICF only, deprived of theoretical basis; while 1047 (71.6%) are described in documents non available for the participant, non-shared information, with theoretical basis; only 235 risk references that represent 16.0% of the total gastrointestinal risk, as shared and documented information for the participant and the researcher, having theoretical basis. These 1463 risk references of gastrointestinal AEs were standardized by making use of the International Code of Diseases – 10th Revision –, and 170 different risk types were obtained. The risks with more reference repetition in the protocols were: nausea and vomit 14.1%; alteration of intestinal habit 6.5%; increase of the levels of transaminases and of lactic dehydrogenase 5.7%; abdominal pain 4.9%. As to the severity, out of the 170 risk types, 65 (38.2%) are severe, 52 (30.6%) moderate, 30 (17.6%) soft and 23 (13.5%) of multiple classification. All of the documents regarding the research protocol should contain the description and quantification of the important risks either due to high severity or to frequency. In the ICF, some of the risks were described however deprived of an adequate quantification and characterization. The brochure presented the information about the risks, however in a disperse way over the document leading to a difficult utilization of these data in the proposed interventions. In the analyzed protocols was observed lack of homogeneity and standardization to adequately express the risks that had already occured in previous studies. This observation demonstrates the importance of careful reading of all of the documentation addressed for evaluation by the REC aiming at the active protection of the research subjects.
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Avaliação do polimorfismo INDEL no gene TYMS em associação a resposta quanto ao uso de fluoropirimidinas em pacientes portadores de neoplasias do trato gastrointestinal / Pharmacogenetic studies can provide a personalized therapy toxicity reducing mortality and improving therapeutic efficacy, thereby providing a cancer therapy with better clinical resultsCOSTA, Danielle Feio da 26 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014 / Introdução: O câncer consiste em um problema de saúde publica mundial, com estimativa de 27 milhões de casos novos e 17 milhões de mortes por câncer no ano de 2030. No Brasil, as estimativas para o câncer no ano de 2014, apontam a ocorrência de aproximadamente 580 mil casos novos. As fluoropirimidinas são usadas nos principais esquemas quimioterápicos direcionados a tumores do trato gastrointestinal. Nos últimos anos muito se tem investigado sobre causas de respostas individuais diferenciadas em relação ao tratamento quimioterápico; dessa forma têm-se buscado uma terapia individualizada que possa maximizar a eficácia dos medicamentos e minimizar os efeitos adversos associados aos fármacos. Objetivamos buscar a associação do INDEL (rs16430) do gene TYMS com o padrão de resposta ao tratamento oncológico de fármacos com base em fluoropirimidinas, de maneira a contribuir para o desenvolvimento da medicina personalizada. Material: Estudadas 151 amostras de sangue periférico de pacientes oncológicos tratados com fluoropirimidinas, da população da região amazônica brasileira com elevado grau de mistura interétinica. Foi genotipado um polimorfismo INDEL (rs16430) no gene TYMS envolvido na resposta ao tratamento com uso de fluoropirimidinas. Resultados: A investigação relatou que a maioria dos pacientes tinha doença avançada no momento do diagnóstico; 32,7% receberam tratamento com intenção paliativa; e 22,8% tratamento neoadjuvante. Nossos resultados evidenciam que o polimorfismo INDEL no gene TYMS demonstrou ter um efeito de proteção à progressão tumoral (p=0,033). Pacientes tratados com fluoropirimidinas que eram homozigotos selvagens (INS/INS) apresentaram uma proteção à progressão tumoral de 24% comparado com outros genótipos desse polimorfismo. As estimativas de ancestralidade genômica global da amostra investigada foram: 62,4% europeia; 25,2% nativo americana e 12,4% africana. Foi possível estabelecer uma correlação inversa entre o aumento da ancestralidade ameríndia e a presença de metástase (p=0,024). Conclusão: Estudos farmacogenéticos podem proporcionar uma terapia personalizada reduzindo mortalidade por toxicidades e aumentando a eficácia terapêutica, desta forma proporcionando um tratamento oncológico com melhores resultados clínicos. / Cancer is a public health problem worldwide, with an estimated of 27 million new cases and 17 million cancer deaths in 2030. In Brazil, estimates for cancer in 2014, indicate the occurrence of approximately 580 000 new cases. Fluoropyrimidines are used in the main chemotherapy regimens targeted to tumors of the gastrointestinal tract. Recently, much has been investigated on causes of different individual responses to chemotherapy.Thus, it has been sought an individualized therapy that can maximize drug efficacy and minimize adverse effects associated with drugs. We aimed to seek the association of an INDEL polymorphism (rs16430) in TYMS gene with the pattern of response to chemotherapy drugs based on fluoropyrimidines, in order to contribute to the development of personalized medicine. We studied 151 samples of cancer patients treated with fluoropyrimidine, from a population of the Brazilian Amazon region with high interethnic admixture. An INDEL polymorphism (rs16430) was genotyped in TYMS gene that is involved in the response to treatment using fluoropyrimidines. The research reported that most patients had advanced disease at diagnosis, of which 32.7% were treated with palliative intent, and 22.8% neoadjuvant treatment. Our results show that the INDEL polymorphism in the TYMS gene appears to have a protective effect on tumor progression (p = 0.033). Patients treated with fluoropyrimidine who were wild homozygous (INS / INS) had a 24% protection to tumor progression compared to other genotypes of this polymorphism. Estimates of global genetic ancestry of the sample investigated were: 62.4% European, 25.2% Amerindian and 12.4% African. It was possible to establish an inverse correlation between the increase of Amerindian ancestry and metastasis (p = 0.024). Pharmacogenetic studies can provide a personalized therapy toxicity reducing mortality and improving therapeutic efficacy, thereby providing a cancer therapy with better clinical results.
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Riscos de eventos adversos gastrintestinais nos projetos de pesquisa de fármacos envolvendo seres humanosMarodin, Gabriela January 2008 (has links)
A avaliação do risco é um processo sistemático pelo qual a possibilidade de dano, a exposição e o próprio risco são identificados e quantificados. A consideração, de que a participação em um estudo é de risco, fundamenta-se no princípio da precaução, que é a garantia da existência de medidas de proteção contra riscos potenciais. De acordo com a gravidade dos eventos adversos, e de sua probabilidade de ocorrência, determina-se se o risco previsto é negligenciável, tolerável ou intolerável. Portanto, a caracterização do risco representa um importante elo entre os dados científicos obtidos nos diferentes estudos e as tomadas de decisões, ao monitoramento e à comunicação do risco. O objetivo deste estudo é avaliar os riscos previstos de eventos adversos gastrintestinais em projetos de pesquisa em seres humanos na área farmacológica, realizados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), através da análise do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), do manual do pesquisador e do projeto. Realizou-se um estudo transversal, com unidade de observação nos eventos adversos (EAs) gastrintestinais, através do levantamento de risco de projetos de pesquisa farmacológica, com patrocínio privado, submetidos e aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do HCPA, no ano de 2004. De 58 projetos analisados, identificou-se 9734 referências de riscos de EAs gerais, sendo que 1463 (15,0%) eram gastrintestinais. Destas, 181 (12,4%) aparecem somente no TCLE, desprovida de embasamento teórico; já 1047 (71,6%) estão descritas nos documentos não disponibilizados ao participante, informação não compartilhada, tendo embasamento teórico; e apenas 235 referências de riscos, que representam 16,0% dos riscos gastrintestinais totais, como informação compartilhada e documentada, para o participante e pesquisador, com embasamento teórico. Essas 1463 referências de riscos de EAs gastrintestinais foram padronizadas, fazendo-se uso do Código Internacional de Doenças, décima revisão (CID 10), obtendo-se 170 tipos diferentes de riscos. Os riscos com maior repetição de referência nos projetos foram: náusea e vômitos 14,1%; alteração do hábito intestinal 6,5%; aumento dos níveis de transaminases e da desidrogenase lática 5,7%; outras dores abdominais e as não especificadas 4,9%. Quanto à gravidade, dos 170 tipos de riscos, obteve-se 65 (38,2%) graves, 52 (30,6%) moderados, 30 (17,6%) leves e 23 (13,5%) múltipla classificação. Todos os documentos relativos ao projeto de pesquisa deveriam conter a descrição e quantificação dos riscos importantes, seja pela alta gravidade ou freqüência associada. No TCLE, parte dos riscos estavam descritos, porém desprovidos de uma quantificação e caracterização adequadas. O manual apresentava as informações sobre os riscos, mas de forma dispersa ao longo do documento, levando a uma dificuldade de utilização desses dados nas intervenções propostas. Nos projetos analisados, observa-se a falta de homogeneidade e padronização para se expressar adequadamente os riscos já ocorridos em estudos prévios. Isso demonstra a importância da leitura atenta de toda documentação encaminhada para avaliação pelo CEP, visando a proteção ativa dos sujeitos da pesquisa. / Risk evaluation is a systematic process whereby damage possibility, exposure and the risk itself are identified and quantified. The consideration that the participation in a study is risky is founded on the precaution principle, i.e., the warranty of existing protection measures against potential risks. According to the severity of the adverse events and of its occurrence probability, one determines if the foreseen risk is negligible, tolerable or intolerable. Therefore, risk characterization represents an important link between the scientific data obtained from the different studies and the decision-makings, to monitoring and to risk communication. The objective of this study is evaluating the foreseen risks of gastrointestinal adverse events (AEs) in research projects with human beings in the pharmacological field carried out at Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA by means of the Informed Consent Form – ICF, of the researcher brochure and of the Research Protocol. A transversal study was carried out with an observation unit in the gastrointestinal AEs, through the survey of risk of projects of clinical trial with private sponsorship submitted to and approved by the Research Ethics Committee – REC of the HCPA in 2004. Out of 58 analyzed protocols were identified 9734 risk references of general AEs, being 1463 (15.0%) gastrointestinal. Out of these, 181 (12.4%) appear on the ICF only, deprived of theoretical basis; while 1047 (71.6%) are described in documents non available for the participant, non-shared information, with theoretical basis; only 235 risk references that represent 16.0% of the total gastrointestinal risk, as shared and documented information for the participant and the researcher, having theoretical basis. These 1463 risk references of gastrointestinal AEs were standardized by making use of the International Code of Diseases – 10th Revision –, and 170 different risk types were obtained. The risks with more reference repetition in the protocols were: nausea and vomit 14.1%; alteration of intestinal habit 6.5%; increase of the levels of transaminases and of lactic dehydrogenase 5.7%; abdominal pain 4.9%. As to the severity, out of the 170 risk types, 65 (38.2%) are severe, 52 (30.6%) moderate, 30 (17.6%) soft and 23 (13.5%) of multiple classification. All of the documents regarding the research protocol should contain the description and quantification of the important risks either due to high severity or to frequency. In the ICF, some of the risks were described however deprived of an adequate quantification and characterization. The brochure presented the information about the risks, however in a disperse way over the document leading to a difficult utilization of these data in the proposed interventions. In the analyzed protocols was observed lack of homogeneity and standardization to adequately express the risks that had already occured in previous studies. This observation demonstrates the importance of careful reading of all of the documentation addressed for evaluation by the REC aiming at the active protection of the research subjects.
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Riscos de eventos adversos gastrintestinais nos projetos de pesquisa de fármacos envolvendo seres humanosMarodin, Gabriela January 2008 (has links)
A avaliação do risco é um processo sistemático pelo qual a possibilidade de dano, a exposição e o próprio risco são identificados e quantificados. A consideração, de que a participação em um estudo é de risco, fundamenta-se no princípio da precaução, que é a garantia da existência de medidas de proteção contra riscos potenciais. De acordo com a gravidade dos eventos adversos, e de sua probabilidade de ocorrência, determina-se se o risco previsto é negligenciável, tolerável ou intolerável. Portanto, a caracterização do risco representa um importante elo entre os dados científicos obtidos nos diferentes estudos e as tomadas de decisões, ao monitoramento e à comunicação do risco. O objetivo deste estudo é avaliar os riscos previstos de eventos adversos gastrintestinais em projetos de pesquisa em seres humanos na área farmacológica, realizados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), através da análise do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), do manual do pesquisador e do projeto. Realizou-se um estudo transversal, com unidade de observação nos eventos adversos (EAs) gastrintestinais, através do levantamento de risco de projetos de pesquisa farmacológica, com patrocínio privado, submetidos e aprovados pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do HCPA, no ano de 2004. De 58 projetos analisados, identificou-se 9734 referências de riscos de EAs gerais, sendo que 1463 (15,0%) eram gastrintestinais. Destas, 181 (12,4%) aparecem somente no TCLE, desprovida de embasamento teórico; já 1047 (71,6%) estão descritas nos documentos não disponibilizados ao participante, informação não compartilhada, tendo embasamento teórico; e apenas 235 referências de riscos, que representam 16,0% dos riscos gastrintestinais totais, como informação compartilhada e documentada, para o participante e pesquisador, com embasamento teórico. Essas 1463 referências de riscos de EAs gastrintestinais foram padronizadas, fazendo-se uso do Código Internacional de Doenças, décima revisão (CID 10), obtendo-se 170 tipos diferentes de riscos. Os riscos com maior repetição de referência nos projetos foram: náusea e vômitos 14,1%; alteração do hábito intestinal 6,5%; aumento dos níveis de transaminases e da desidrogenase lática 5,7%; outras dores abdominais e as não especificadas 4,9%. Quanto à gravidade, dos 170 tipos de riscos, obteve-se 65 (38,2%) graves, 52 (30,6%) moderados, 30 (17,6%) leves e 23 (13,5%) múltipla classificação. Todos os documentos relativos ao projeto de pesquisa deveriam conter a descrição e quantificação dos riscos importantes, seja pela alta gravidade ou freqüência associada. No TCLE, parte dos riscos estavam descritos, porém desprovidos de uma quantificação e caracterização adequadas. O manual apresentava as informações sobre os riscos, mas de forma dispersa ao longo do documento, levando a uma dificuldade de utilização desses dados nas intervenções propostas. Nos projetos analisados, observa-se a falta de homogeneidade e padronização para se expressar adequadamente os riscos já ocorridos em estudos prévios. Isso demonstra a importância da leitura atenta de toda documentação encaminhada para avaliação pelo CEP, visando a proteção ativa dos sujeitos da pesquisa. / Risk evaluation is a systematic process whereby damage possibility, exposure and the risk itself are identified and quantified. The consideration that the participation in a study is risky is founded on the precaution principle, i.e., the warranty of existing protection measures against potential risks. According to the severity of the adverse events and of its occurrence probability, one determines if the foreseen risk is negligible, tolerable or intolerable. Therefore, risk characterization represents an important link between the scientific data obtained from the different studies and the decision-makings, to monitoring and to risk communication. The objective of this study is evaluating the foreseen risks of gastrointestinal adverse events (AEs) in research projects with human beings in the pharmacological field carried out at Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA by means of the Informed Consent Form – ICF, of the researcher brochure and of the Research Protocol. A transversal study was carried out with an observation unit in the gastrointestinal AEs, through the survey of risk of projects of clinical trial with private sponsorship submitted to and approved by the Research Ethics Committee – REC of the HCPA in 2004. Out of 58 analyzed protocols were identified 9734 risk references of general AEs, being 1463 (15.0%) gastrointestinal. Out of these, 181 (12.4%) appear on the ICF only, deprived of theoretical basis; while 1047 (71.6%) are described in documents non available for the participant, non-shared information, with theoretical basis; only 235 risk references that represent 16.0% of the total gastrointestinal risk, as shared and documented information for the participant and the researcher, having theoretical basis. These 1463 risk references of gastrointestinal AEs were standardized by making use of the International Code of Diseases – 10th Revision –, and 170 different risk types were obtained. The risks with more reference repetition in the protocols were: nausea and vomit 14.1%; alteration of intestinal habit 6.5%; increase of the levels of transaminases and of lactic dehydrogenase 5.7%; abdominal pain 4.9%. As to the severity, out of the 170 risk types, 65 (38.2%) are severe, 52 (30.6%) moderate, 30 (17.6%) soft and 23 (13.5%) of multiple classification. All of the documents regarding the research protocol should contain the description and quantification of the important risks either due to high severity or to frequency. In the ICF, some of the risks were described however deprived of an adequate quantification and characterization. The brochure presented the information about the risks, however in a disperse way over the document leading to a difficult utilization of these data in the proposed interventions. In the analyzed protocols was observed lack of homogeneity and standardization to adequately express the risks that had already occured in previous studies. This observation demonstrates the importance of careful reading of all of the documentation addressed for evaluation by the REC aiming at the active protection of the research subjects.
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