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Vivência da gestação e maternidade por adolescentes/jovens que nasceram infectadas pelo HIV : trajetórias de vida e de cuidado / Experience of pregnancy and maternity by adolescents/young adults who were born infected with HIV : life trajectory and care / Vivencia de la gestación y maternidad por adolescentes/jóvenes que nacieron infectadas por el VIH : trayectorias de vida y de cuidado

Silva, Clarissa Bohrer da January 2018 (has links)
A gestação no contexto do HIV é, geralmente, abordada com a finalidade do controle da transmissão vertical, sendo emergente o conhecimento acerca da vivência dos direitos reprodutivos pelas adolescentes/jovens que nasceram infectadas. Objetivou-se: compreender a vivência da gestação e maternidade por adolescentes/jovens que nasceram infectadas pelo HIV na relação com a trajetória de vida e de cuidado. Trata-se de um estudo qualitativo, realizado em serviço especializado em HIV de Porto Alegre. Participaram 10 adolescentes/jovens, contemplando todas aquelas que respeitavam os critérios de inclusão/exclusão do estudo, por meio de entrevista semiestruturada individual, no período de junho de 2017 a março de 2018. Foi utilizada a análise temática, sendo tais trajetórias analisadas à luz do Quadro da Vulnerabilidade e dos Direitos Humanos. Estudo aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa da UFRGS (Parecer Nº 1.844.848) e do cenário de pesquisa (Parecer Nº 1.912.645). Os resultados apontam que, longitudinalmente, a vivência da gestação e maternidade pode ser elucidada a partir da articulação de processos de construção tanto da exposição como da proteção à gestação não planejada, nas três dimensões de vulnerabilidade, que mutuamente referidos auxiliam na compreensão das trajetórias pessoais em que acontecem os desfechos de saúde, como é o caso das gestações entre o grupo estudado. Evidencia-se que a ocorrência da gestação é, no geral, fortuita, no sentido de não pensada antecipadamente, e não planejada, em sua maioria No plano individual predomina uma trajetória marcada por uma história de transmissão vertical pouco compreendida e aceita, decorrente da postergação de informações no âmbito familiar, social e de saúde que favoreceriam o conhecimento acerca da doença e do acesso aos meios oportunos para o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos. No plano social, constitui-se a violação sistemática de direitos, como: relações de gênero e normas de condutas sociais sexistas que expõe a adolescente às infecções sexualmente transmissíveis, à gravidez indesejada e ao constrangimento de sua autonomia para tomar decisões; processo de estigmatização e discriminação que repercutem nos seus contextos sociais; abordagem superficial acerca da sexualidade no ambiente escolar, familiar e de saúde, focalizado apenas na necessidade de utilização do preservativo. Uso irregular e inconsistente do preservativo, denotando não-consideração de exposição efetiva. No plano programático, tem-se uma atenção frágil na perspectiva da integralidade de modo a promover a saúde sexual e reprodutiva, pela carência e qualidade na provisão de orientações sobre o planejamento reprodutivo, o que é aconselhável no contexto do HIV, devido ao risco materno, do parceiro e infantil. Conclui-se que ainda há muito o que avançar no processo de estruturação de um cuidado integral e humanizado, que abarque a dimensão psicossocial da produção de saúde, com relação ao acolhimento do desejo reprodutivo e suporte efetivo para sua concretização no contexto de cuidado das adolescentes/jovens que nasceram com HIV. As contribuições à enfermagem referem-se no sentido de subsidiar práticas inovadoras por meio de intervenções em saúde que se configurem de fato como cuidado, sendo mais adequadas e eficientes às demandas sexuais e reprodutivas dessas adolescentes/jovens. / Pregnancy in the context of HIV is generally approached to control vertical transmission. There is also the emerging acknowledgment of the experience of reproductive rights by the adolescents/young adults who were born infected. In this sense, the objective was to understand the experience of pregnancy and maternity by adolescents/young adults who were born infected with HIV regarding life trajectory and Care. This is a qualitative study carried out in a specialized HIV service in Porto Alegre. Ten adolescents/young adults participated, considering all those that met the inclusion/exclusion criteria of the study, through an individual semi-structured interview, from June 2017 to March 2018. It was used the thematic analysis, and these trajectories were analyzed considering the Vulnerability and Human Rights Framework. Study approved by the Research Ethics Committees of UFRGS (Report No.1.844. 848) and the research scenario (Report No.1.912.645). The results show that, longitudinally, the pregnancy experience can be elucidated from the articulation of construction processes, both on the exposure and the protection of unplanned pregnancy in the three dimensions of vulnerability, that, when mutually referenced, assist the understanding of the personal trajectories in which the health outcomes occur. It is an evidence that the occurrence of pregnancy is, in general, accidental, in the sense of not been thought in advance, and not planned, in most cases. At the individual level, predominates a trajectory characterized by a history of little understanding and acceptance of vertical transmission, due to failing in orientation in the family, social and health context, which would favor the knowledge about the disease and the access to the appropriate means for sexual and reproductive rights At the social level, there is a systematic violation of rights, such as gender relations and norms of sexist social conduct which expose the adolescent to sexually transmitted infections, unwanted pregnancy and the constraint of their autonomy to make decisions; stigmatization and discrimination that have repercussions in her social contexts; a superficial approach to sexuality in the school, family and health setting, focusing only on the necessity to use condoms. Irregular and inconsistent condom use, denoting no consideration of effective exposure. At the programmatic level, there is a fragile focus in the perspective of integrality in order to promote sexual and reproductive health, due to the lack of orientation and lack of quality in the provision of guidelines on reproductive planning which is advisable in the context of HIV, due to maternal, partner and child risk. It is concluded that there is still a large amount of improvement to be made in the process of structuring a comprehensive and humanized Care, encompassing the psychosocial dimension of health production, regarding the reception of the reproductive desire and effective support for its implementation in the context of adolescent/young adults Care who were born with HIV. The contributions to nursing refer to the idea of supporting innovative practices through health interventions that are actually defined as Care, being more appropriate and efficient to the sexual and reproductive demands of these adolescent/young adults. / La gestación en el contexto del VIH es generalmente abordada con la finalidad del control de la transmisión vertical, siendo emergente el conocimiento acerca de la vivencia de los derechos reproductivos por las adolescentes/jóvenes. Se objetivó: comprender la vivencia de la gestación y maternidad por adolescentes/jóvenes que nacieron infectadas por el VIH en la relación con la trayectoria de vida y de cuidado. Se trata de un estudio cualitativo, realizado en servicio especializado en VIH de Porto Alegre. Participaron 10 adolescentes/jóvenes, contemplando todas aquellas que respeta los criterios de inclusión/exclusión del estudio, por medio de entrevista semiestructurada individual, en el período de junio de 2017 a marzo de 2018. Se utilizó el análisis temático, siendo estas trayectorias analizadas a la luz del Marco de la Vulnerabilidad y de los Derechos Humanos. Estudio aprobado por los Comités de Ética en Investigación de la UFRGS (Nº1.844.848) y del escenario de investigación (Nº1.912.645). Los resultados apuntan que la vivencia de la gestación puede ser elucidada a partir de la articulación de procesos de construcción tanto de la exposición como de la protección a la gestación no planificada, en las tres dimensiones de vulnerabilidad, en que se producen los resultados de salud. Se evidencia que la ocurrencia de la gestación es, en general, fortuita, en el sentido de no pensada por adelantado, y no planificada, en su mayoría. En el plano individual predomina una trayectoria marcada por una historia de transmisión vertical poco comprendida y aceptada, resultante de la postergación de informaciones en el ámbito familiar, social y de salud que favorecer el conocimiento acerca de la enfermedad y el acceso a los medios oportunos para el ejercicio de los derechos sexuales y reproductivos En el plano social, se constituye la violación sistemática de derechos, como: relaciones de género y normas de conductas sociales sexistas que expone a la adolescente a las infecciones sexualmente transmisibles, al embarazo no deseado y al constreñimiento de su autonomía para tomar decisiones; proceso de estigmatización y discriminación que repercuten en sus contextos sociales; el enfoque superficial sobre la sexualidad en el ambiente escolar, familiar y de salud, enfocado sólo en la necesidad de utilización del preservativo. Uso irregular e inconsistente del preservativo, denotando no consideración de exposición efectiva. En el plano programático, se tiene una atención frágil en la perspectiva de la integralidad para promover la salud sexual y reproductiva, por la carencia y calidad en la provisión de planificación reproductiva. Se concluye que todavía hay mucho que avanzar en el proceso de estructuración de un cuidado integral y humanizado que abarque la dimensión psicosocial de la producción de salud con relación a la acogida del deseo reproductivo y soporte efectivo para su concreción en el contexto de cuidado de las adolescentes/jóvenes que nacieron con VIH. Las contribuciones a la enfermería se refieren en el sentido de subsidiar prácticas innovadoras por medio de intervenciones en salud que se configuren de hecho como cuidado, siendo más adecuadas y eficientes a las demandas sexuales y reproductivas de esas adolescentes/jóvenes.
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Prevalência da pré-eclâmpsia entre adolescentes atendidas no sistema público de saúde

Kanyinga, Felly Bakwa January 2015 (has links)
Introdução: A adolescência é uma fase de vulnerabilidade e de exposição a vários comportamentos de risco para a saúde. A gravidez na adolescência associa-se a elevada taxa de complicações maternas e relaciona-se a elevadas taxas de morbimortalidade materna e fetal. Objetivo: Determinar a prevalência de pré-eclâmpsia (PE) na população de adolescentes atendida no sistema público de saúde no sul do Brasil e avaliar a sua associação com os principais fatores de risco e a ocorrência de eventos adversos maternos e fetais. Método: Estudo transversal realizado entre adolescentes (idade ≥10 anos e <20 anos) internadas nas enfermarias de puerpério do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, localizada na região sul do Brasil. Resultados: Foram estudadas 533 adolescentes no puerpério, durante um período de nove meses. A idade média foi de 17,5 ± 1,4 anos, sendo que 10,5% eram menores de 16 anos, 63,8% brancas, 81,2% primigestas e 21% tiveram seu nascimento por cesariana. Foi observada uma prevalência de 5,3 % de PE entre as adolescentes, sendo 17,8% com PE grave. A presença de anemia, uso de drogas lícitas (tabaco e álcool) ou ilícitas na gestação e obesidade não se associaram de forma significativa a PE. A suplementação de vitaminas e minerais durante gravidez associou-se significativamente (p=0,034) a ocorrência de PE. As complicações puerperais foram mais frequentes no grupo de PE quando comparado ao grupo sem PE (32% x 7,9%, respectivamente). No grupo de PE, a prematuridade foi significativamente mais alta (35,7% x 10,7%). Conclusões: A prevalência de PE encontrada na amostra estudada foi semelhante aos dados da literatura. Destacamos a maior prevalência de prematuridade e complicações puerperais entre mães adolescentes com PE. / Introduction: Adolescence is a vulnerable stage and exposes to various behavioral risks that may affect the health. Teenage pregnancy is associated with a high rate of maternal complications and is related to high rates of maternal and fetal morbidity and mortality. Objectives: To determine the prevalence of preeclampsia (PE) in the population of adolescents that were attended in the south of Brazil public’s health system and assess its association with major risk factors and the occurrence of adverse maternal and fetal events. Methods: Cross-sectional study among adolescents (age ≥10 years and <20 years) hospitalized in the puerperium wards of the Hospital de Clínicas de Porto Alegre, located in the south of Brazil. Results: We studied 533 teenagers in the puerperium, for a period of nine months. The mean age was 17.5 ± 1.4 years, and 10.5% were under 16 years, 63.8% white, 81.2% first pregnancy and 21% had their birth by caesarean section. A prevalence of 5.3% of PE was observed among adolescents, 17.8% had severe PE. The presence of anemia, use of licit (tobacco, alcohol) and illicit drugs during pregnancy and obesity were not associated significantly the PE form. Vitamin and mineral supplementation during pregnancy has associated with the occurrence of PE (p=0.034). Puerperal complications were more frequent in the PE group compared to the group without PE (32% vs. 7.9% respectively). In the PE group, prematurity was significantly higher (35.7% vs. 10.7%). Conclusions: The prevalence of PE among adolescents found in the sample studied was similar to the literature data. Preterm birth and puerperal complications were highly prevalent in teen mothers with PE.
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Gravidez adolescente = indesejada para quem? / Adolescent pregnancy : unwanted for whhom?

Borgato, Neiva Maria 17 August 2018 (has links)
Orientador: Maria Coleta Ferreira Albino de Oliveira / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-17T14:02:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Borgato_NeivaMaria_M.pdf: 915381 bytes, checksum: 8696158447b9f47c07f7a10b18d5e462 (MD5) Previous issue date: 2010 / Resumo: Os dados censitários mostram que, no Brasil desde 1980, as taxas específicas de fecundidade diminuíram em todos os grupos etários (considerando o período reprodutivo da mulher 15-49 anos), exceto no segmento de 15-19 anos. O tema da gravidez na adolescência ganhou espaço na pesquisa e na mídia. Contudo, seu tratamento é permeado por uma série de suposições e de preconceitos. A ideia de que essa faixa etária não é apropriada para a reprodução é o ponto de partida para muitos trabalhos. A presente pesquisa tem como objetivo principal analisar o contexto em que ocorre a gravidez entre os 15 e 19 anos. A partir dos dados da PNDS 2006, procuramos traçar um perfil das mulheres que engravidaram antes dos 20 anos. Para tanto abordamos temas como a iniciação sexual, o conhecimento dos métodos anticoncepcionais, o desejo e as percepções sobre a gravidez. Com o objetivo de investigar mais de perto as concepções de gênero e reprodução nesta faixa etária foi realizado também um trabalho de campo qualitativo entre os adolescentes do Programa de Atenção Integral a Saúde do Adolescente (PAISA), do município de Bragança Paulista (SP). Interessa avaliar os valores que estão em jogo no caso da gravidez considerada no senso comum - e até certo ponto pelas próprias adolescentes - como precoce / Abstract: Census data show that since 1980 the specific fertility rates in Brazil declined in all age groups (considering the reproductive period of women aged 15-49 years), except for the segment of 15-19 years. The issue of teenage pregnancy gained interest both from the media and from researchers. However, it is permeated by a series of assumptions and prejudices. The idea that this age group is not suitable for reproduction is the starting point for many analyses. This research aims to analyzing the context in which pregnancy occurs between 15 and 19 years. Based on 2006 PNDS data, we intend to outline a profile of women who became pregnant before the age of 20. For that we approach issues such as sexual initiation, knowledge of contraception, the desire and perceptions about pregnancy. A qualitative fieldwork among the adolescents of the Program of Integral Attention to Adolescent Health (Programa de Atenção Integral a Saúde do Adolescente - PAISA), in the city of Bragança Paulista (SP) has also been conducted. The intent was to investigate more closely the conceptions of gender and reproduction in this age group. To evaluate values at stake in the case of pregnancy considered as a too early experience both by common sense and, to some extent, by the very adolescents themselves has been a major interest / Mestrado / Demografia / Mestre em Demografia
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Gestantes adolescentes : conhecimento sobre reprodução e percepção de acesso a serviços de saude

Espejo Carvacho, Ingrid de Lourdes 28 June 2005 (has links)
Orientador: João Luiz Carvalho Pinto e Silva / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-04T17:18:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 EspejoCarvacho_IngriddeLourdes_D.pdf: 310301 bytes, checksum: ecf2c9b4bc1df26da82cdcdcd868f818 (MD5) Previous issue date: 2005 / Resumo: Para o Brasil, assim como para outros países, o índice crescente de gravidez na adolescência representa um problema social e de saúde pública devido às repercussões orgânicas, psicológicas e sociais que a gravidez acarreta nesta faixa etária. São vários e complexos os fatores etiológicos envolvidos no fenômeno. Entre eles, a literatura aponta a desinformação das adolescentes sobre o funcionamento do corpo e a falta de acesso aos serviços de saúde, onde as adolescentes são alvo de ações educativas e preventivas apropriadas. Este estudo de corte transversal teve como objetivos verificar o uso de métodos anticoncepcionais e a intenção reprodutiva, avaliar o conhecimento sobre o aparelho genital feminino e alguns aspectos da fisiologia da reprodução, bem como o acesso aos serviços de saúde entre adolescentes gestantes atendidas em uma unidade básica de saúde do Município de Indaiatuba, através de metodologia quantitativa. Foram entrevistadas individualmente 200 adolescentes primigestas no momento de sua primeira consulta de pré-natal, aplicando-se um questionário (pré-testado) com perguntas abertas e fechadas relativas às características sociodemográficas das adolescentes, intenção reprodutiva, uso de métodos anticoncepcionais na primeira relação sexual e antes de engravidar, identificação, localização e função dos órgãos genitais femininos, barreiras de acessos geográfico, econômico, administrativo, psicossocial e à informação, ao serviço de saúde. Na análise descritiva univariada dos dados foram utilizados a distribuição de freqüência absoluta e índices percentuais; na análise bivariada foi aplicado teste qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher, e, na multivariada, regressão logística para analisar a associação entre as características sociodemográficas e reprodutivas e o conhecimento e acesso a serviços de saúde. O conhecimento das adolescentes foi avaliado através da elaboração de três indicadores: anatomia, fisiologia dos órgãos genitais e fisiologia da reprodução, e o acesso ao serviço de saúde através de cinco indicadores de acessos: geográfico, econômico, administrativo, psicossocial e à informação. Concluiu-se que o uso de métodos anticoncepcionais é descontínuo e que a gravidez não foi programada na maioria dos casos. O conhecimento sobre os órgãos genitais femininos foi insatisfatório, principalmente os conceitos fisiológicos da reprodução. A idade e escolaridade das adolescentes, a religião, idade dos parceiros, a diferença de idade do casal e o vínculo com o parceiro após a gravidez associaram-se aos indicadores de conhecimento. Entre as barreiras de acesso ao serviço de saúde foram consideradas significativas apenas as barreiras de natureza psicossocial. A escolaridade, o trabalho, a idade dos parceiros e o vínculo com o parceiro associaram-se com o acesso ao serviço de saúde em suas diversas dimensões. Há a necessidade de novas estratégias para facilitar o acesso ao serviço de saúde pelas adolescentes e que minimizem as barreiras de gênero, respeitem a autonomia das adolescentes e considerem as características e o vínculo com seus parceiros / Abstract: In Brazil, as in other countries, high adolescent pregnancy rates represent a significant social and public health problem due to the organic, psychological and social repercussions of pregnancy in this age group. Several complex etiological factors are involved in this phenomenon. Of these, previous studies have reported misinformation regarding the functioning of the adolescent¿s own body and difficult access to health services where appropriate educational information is provided and preventive actions are implemented. The objective of this cross-sectional study was to assess the prior use of contraceptive methods, reproductive intentions, and the knowledge among pregnant adolescents seeking healthcare at a basic health center in the municipality of Indaiatuba with respect to the female genital organs, some aspects of reproductive physiology and the adolescents¿ perception of healthcare access. Quantitative methodology was used in the data analysis. Two hundred primigravidae were interviewed individually at the time of their first prenatal consultation. A pre-tested questionnaire was applied, containing both open and closed questions regarding the sociodemographic characteristics of the adolescents, their reproductive intentions, use of contraceptive methods during first sexual intercourse and prior to becoming pregnant, identification, localization and function of the female genital organs, geographical, economical, administrative and psychosocial barriers, as well as information barriers to health services. Absolute frequency distribution and percent index were used in the univariate descriptive data analysis. Pearson¿s chi-squared test or Fisher¿s exact test were used in the bivariate descriptive analysis, and logistic regression was used in the multivariate analysis to analyze the association between sociodemographic and reproductive characteristics and knowledge and access to health services. The adolescents¿ knowledge was evaluated by elaborating three indicators: anatomy, physiology of the genital organs and reproductive physiology. Access to health services was evaluated in 5 categories: geographic, economic, administrative, information and psychosocial. Our results show that use of contraceptive methods is sporadic and in most cases the pregnancy was not planned. Knowledge regarding the female genital organs is insufficient, principally with respect to concepts of reproductive physiology. The age and education level of the adolescents, religion, age of partners, age difference within the couple, and the bond with partner after the pregnancy were associated with indicators of knowledge. The only barriers to access to health services that were considered significant were those of a psychosocial nature. Education level, age of partner, bond with partner and employment were, in their individual dimensions, associated with access to health services. There is a need for new strategies to make access to health services easier for adolescents, minimizing gender barriers, respecting the autonomy of the adolescents and taking the characteristics of their partners and the relationship between the adolescents and their partners into consideration / Doutorado / Ciencias Biomedicas / Doutor em Tocoginecologia
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Caracterização dos recem-nascidos e de suas mães, a partir das declarações de nascidos vivos de Campinas (SP), no ano de 2001 / Characterization of newborns 'and mothers' profiles from live birth certificates Campinas, SP Brazil, 2001

Carniel, Emilia de Faria 26 October 2006 (has links)
Orientadores: Andre Moreno Morcillo, Maria de Lurdes Zanolli / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-07T09:03:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carniel_EmiliadeFaria_M.pdf: 3329761 bytes, checksum: 2b3ef9dd422095dee80229098a1ab317 (MD5) Previous issue date: 2006 / Resumo: Os Sistemas de Informação em Saúde são fundamentais para o conhecimento da situação de saúde da população e o direcionamento das políticas de saúde. O Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) do Ministério da Saúde, cujo instrumento de coleta de dados é a Declaração de Nascido Vivo (DNV), foi implantado com o intuito de obter informações para subsidiar propostas para o grupo materno-infantil. Por meio de estudo transversal, que analisou 14.444 DNVs de Campinas (SP) em 2001, estudou-se a viabilidade da utilização dos dados do SINASC para descrever o perfil de mães e recém-nascidos (RNs) e determinar fatores de risco para baixo peso de nascimento (BPN), parto cesáreo e gravidez na adolescência. Este perfil foi identificado por: local de ocorrência do parto, características sociodemográficas maternas, gestacionais, do parto e dos RNs. Os fatores de risco foram determinados pela correlação entre as variáveis, utilizando análise de regressão logística. A proporção de captação do SINASC foi de 99,1%, e as DNVs foram preenchidas em quase 100% dos itens. A maioria dos nascimentos ocorreu em hospitais, sendo o maior percentual de filhos de moradoras das áreas dos Distritos de Saúde (DS) Noroeste e Sudoeste (com baixas condições de vida), onde ocorreram os piores resultados. O percentual de mães adolescentes foi de 17,8%; a maior concentração de nascimentos foi para mulheres com 20 a 34 anos; 60,6% não trabalhavam fora, 35,9% não tinham companheiro, 37,8% tinham até sete anos de escolaridade e 47,1%, de oito a onze anos. A paridade foi variável, sendo a maior ocorrência entre mulheres sem filhos ou com um; 99,6% compareceram pelo menos uma vez ao pré-natal; 74,4% realizaram mais de seis consultas. Associou-se à gravidez na adolescência: morar em DS com baixas condições de vida, não ter ocupação ou companheiro. As adolescentes grávidas apresentaram risco de pré-natal inadequado. A maioria das gestações foram únicas, a termo, com RNs masculinos, brancos, com pequena proporção de hipóxia e com 1,0% de anomalias. O percentual de prematuridade foi de 7,1%. Houve alta incidência de cesarianas, sendo maior o risco nas gestações duplas e nos partos prematuros e para mulheres com companheiro, as maiores de 20 anos, as com melhor escolaridade, as trabalhadoras fora do lar, as moradoras em DS com melhores condições, as com mais consultas, as primíparas, com um ou dois filhos. A média de peso ao nascer foi 3.142g; 25,7% dos RNs nasceram com peso insuficiente e 9,1% com baixo peso. Associou-se ao BPN: prematuridade, baixa escolaridade materna, menos de sete consultas e RNs femininos. A configuração da DNV não permitiu identificar partos da rede pública ou da rede privada e incluir adequadamente as mulheres em união consensual. Os agrupamentos do número de consultas de pré-natal não estão de acordo com o parâmetro do Ministério da Saúde. Este estudo mostrou que há viabilidade da utilização dos dados do SINASC para o planejamento de ações de saúde. Além disso, a distribuição dos resultados, pelos diferentes DS, mostrou que o perfil do grupo materno-infantil não é homogêneo na cidade / Abstract: Health Information Systems are fundamental to the knowledge of health status of the population and to manage health policies. The Information System on Live Births (SINASC) was developed by the Brazilian Health Ministry and designed to improve quality of information on newborns and on pregnant women, in order to support health proposals to infant-maternal group. This system has been implemented since 1990 and Live Birth Certificate (LBC) is the document to collect data. Throughout a cross-sectional study 14,444 LBC from the city of Campinas, SP, in 2001, were analysed in order to determine SINASC's viability. Mothers' and newborns' profiles were described and risk factors for low birth weight (LBW), caesarean-sections and pregnancy in adolescence were showed. The profiles were described according to mothers¿ social-demographic characteristics and those related to their pregnancies and to the newborns. The assessment of the association among variables was performed through logistic regression. The study showed excellent coverage of the SINASC (99.1%) and almost 100% of the variables were filled. Most of the births occured in health services of the city and the higher proportion was of babies from women who lived in Health District (HD) Northwest and Southwest (in low conditions of life), where the worst results occured. The percentage of adolescent mothers were 17.8%; the highest proportion of births was among women between 20 and 34 years old; 60.6% of all mothers didn't have jobs, 35.9% were single; 37.8% studied until seven years and 47.1% studied for about eight and eleven years. The number of children were variable, but the higher concentration was on women with no children or just one. Almost all women at least had one prenatal care appointment; 74.4% had more than six medical visits. Pregnancy in adolescence was associated with women living in low conditions of life, without husbands or incomes and who had inadequate prenatal care. Most of the gestations were single and the babies were mature, most of them were male, white, born with a low proportion of hipoxia and 1% of them showed malformations. The percentage of premature babies were 7.1%. The incidence of caesarean-sections was very high (54.9%) and the risk factors for them were: twin gestations, premature birth and women with husbands, having better education level, with jobs, living in good places, having more prenatal care visits, with no children and with one or two. The average birth weight was 3,142g; 25.7% of the babies were born weighing between 2,500g and 2,999g and 9.1% of them weighing less than 2,500g. The risk factors for LBW were: premature birth, low educational level, less than seven prenatal care visits and female baby. This study showed the viability of SINASC to help plan health activities for the infant maternal group. Furthermore, the results in different HD, showed that the mothers¿ and newborns¿ characteristics are different in the city / Mestrado / Saude da Criança e do Adolescente / Mestre em Saude da Criança e do Adolescente
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Perfis de grávidas e mães adolescentes: estudo psicossocial de adolescentes usuárias de um serviço público de pré-natal e maternidade / Pregnancy profile and adolescent mothers: a psychosocial survey of adolescents users of a maternity-hospital and pre-natal public service

Nancy Ramacciotti de Oliveira 29 July 1999 (has links)
Este trabalho apresenta uma pesquisa com adolescentes grávidas e mães de um primeiro bebê (até cinco meses após o parto), usuárias de um serviço público de pré-natal de Santos (SP). O estudo investiga a percepção das adolescentes sobre si mesmas e sobre suas vidas, usando referências psicanalíticas e trabalhando com três instrumentos de pesquisa - questionários, desenhos de auto-retrato e entrevistas em profundidade. Resultados de 82 questionários com adolescentes grávidas indicaram dificuldades com a educação formal anterior à gravidez, figuras maternas valorizadas e figuras paternas avaliadas negativamente, e gravidez em geral aceita e ocorrida numa relação de namoro. A análise de 150 desenhos de auto-retrato de adoescentes grávidas destacou: sinais de ambivalência, auto-imagens não muito prejudicadas, tendência de se retratar num momento mais próximo ao presente, auto-retratos anteriores à gravidez com menos sinais de conflito, desenhos estando grávida com sinais de ansiedade, e auto-retratos posteriores ao parto com indícios compensatórios. A análise de entrevistas em profundidade com 10 adolescentes mães apontou: gravidez relacionada a conquistas de benefícios sociais, grande valorização das figuras maternas e ataques às figuras paternas e aos pais dos bebês (antes mais idealizados), indícios de busca de engravidar, vida sexual sem maiores impedimentos e com algum conhecimento sobre métodos contraceptivos, queixas de perdas quanto a passeios, relação com a escola tendendo a manter a trajetória anterior à gravidez, e relação cuidadosa com o bebê. Para as adolescentes pesquisadas, pertencentes a segmentos mais pobres de população urbana, a gravidez não pareceu percebida de forma negativa e associou-se a alguns ganhos sociais, durante a gestação e os primeiros meses do bebê. / This work presents a research with adolescents in the first pregnancy and becoming mothers, until five months after delivery, using a specialized public service, offered by the city of Santos, SP, Brazil. The study investigates the self perception of the adolescents, using psychoanalytical references and working with three instruments of research: questionnaires, self portrait drawings and interviews in depth. The results of the 82 questionnaires with pregnant adolescents indicated difficulties with formal education prior to the pregnancy, valorized mother figures, negatively evaluated father figures, no objection to the pregnancy and that it has occurred during the dates with the boyfriends. The analysis of 150 self portraits from pregnant adolescents pointed out to signals of ambivalence, self image not much damaged, tendency to make a self portrait in a moment close to the present, self portraits prior to the pregnancy with few signals of conflicts, portraits of pregnants indicating signals of anguish and self portraits prior to the delivery with compensatory evidence. The analysis of the interviews in depth with 10 adolescents mothers indicated pregnancy related to social benefits, great increasing in the mother figures, as well as aggression to the father figures and to the fathers of the babies (better idealized before), indication of provoked pregnancy, fair knowledge about contraceptive methods, sexual life with few obstacles, some complaints about not going out anymore, same relationship with the studies as they had prior to the pregnancy and a careful relationship with the babies. The pregnancy does not seem perceived in a negative way for these adolescents, belonging to the poorer segments of the urban population, rather it can be related to social benefits, during the period of pregnancy and in the beginning months of the baby’s life.
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Um estudo psicanalítico sobre a maternidade na adolescência: histórias de abandono, violência e esperança na trajetória de três jovens mães / A psychoanalytic study on teenage motherhood: stories of abandonment, violence and hope in the path of three young mothers

Kate Delfini Santos 15 April 2011 (has links)
A relação mãe-filho é um dos elementos fundadores do psiquismo humano e é por meio desta que a criança apreende o mundo a sua volta. São muitas as variáveis que interferem nessa relação como, por exemplo, a experiência pessoal, os legados inter e transgeracionais, as condições históricas, sociais, e econômicas. Tendo em vista a fragilidade dos laços afetivos nos dias atuais e a dificuldade no estabelecimento de vínculos que propiciem o sentimento de confiança, segurança e estabilidade, este trabalho tem como objetivo verificar como três jovens mães, que vivenciaram diversos tipos de violências em suas trajetórias, desempenham a função materna. As participantes encontravam-se em um abrigo para jovens mães no município de São Paulo. Foram realizados cinco encontros com cada dupla (mãe e filho) com cerca de uma hora de duração, onde foram explorados conteúdos a respeito da relação da adolescente com sua mãe e a família, a experiência com a gestação e a maternidade, a experiência com as diversas formas de violência e o vínculo com o filho. Foi empregado o método de pesquisa psicanalítico e, portanto, além da comunicação verbal foram analisados aspectos transferenciais e contratransferenciais. Os conteúdos encontrados articulam-se com as idéias de Winnicott. Por meio desse estudo concluiu-se que o sentimento de abandono e vazio causado pela a ausência de uma relação genuína de afeto é transmitido entre as gerações na relação mãe-filho, tendo muitas vezes como consequência a violência. Esta, por sua vez, interrompe o processo de amadurecimento emocional e a conquista de um sentimento de preocupação real com outro. A possibilidade de restaurar laços e dar continuidade ao processo de integração depende em grande parte da sustentação e do apoio (holding) oferecido a essas jovens mães. Nos três casos analisados, observamos que ainda há esperança, segundo a conceituação de Winnicott, de reencontrar uma experiência de afeto significativa, por meio da qual se constitua um sentimento autêntico de preocupação e comprometimento com o próximo / The mother-son relationship is one of the founding elements of the human psyche and it is through this that the child perceives the world around him/her. There are many variables that affect this relationship, for example, personal experience, the inter-and transgenerational legacy and the historical, social, and economic conditions. Given the fragility of the affective bonds today and the difficulty in establishing links that give the feeling of trust, security and stability, this study aims to determine how three young mothers, who experienced several types of violence in their lives, play the maternal role. The participants were in a shelter for young mothers in São Paulo city. Five meetings were conducted with each pair (mother and son) for about one hour, when the relationship between the teenager with her mother and family, her experience with pregnancy and motherhood, her experience with various forms of violence and the bond with her child, were exploited. The psychoanalytic research method was employed and transference and countertransference aspects, which go beyond the verbal communication, were therefore analyzed. The content found can be linked with the Winnicotts ideas. In this study we concluded that the feeling of abandonment and emptiness caused by the absence of a genuine affection is transmitted between generations in the mother-child relationship and frequently has the violence as consequence. The violence stops the process of emotional maturation and the achievement of a sense of real concern to another person. The possibility of restoring ties and continuing the integration process depends largely on the support and assistance (holding) offered to these young mothers. In these three cases, we observed that there is still hope, according to Winnicott\'s concept, to find a meaningful experience of affection, through which it constitutes a genuine feeling of concern and commitment to the other person
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TORNAR-SE AVÓ NO CONTEXTO DA GRAVIDEZ ADOLESCENTE / BECOMING A GRANDMOTHER IN THE CONTEXT OF TEEN PREGNANCY

Deus, Meiridiane Domingues de 15 February 2016 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The birth of a new member in the family can cause changes in the routine of this group, requiring an adjustment in the lives of all family members involved in this situation. The changes are related not only to family dynamics, but also to the development of new roles and identities. Currently, some grandparents play the role of caregivers, offering moral, financial and emotional support to children and grandchildren. This dissertation deals with this theme, and is composed by two articles. The first study is a critical integrative review aimed to investigate the scientific publications on the topic of grandparents, published from 2005 to 2015. A search of national studies was performed on the SciELO and PEPSIC databases. They selected 14 articles. It was found that grandparents are important sources of emotional support, and affection both for children and for their grandchildren, particularly in contexts of teenage pregnancy, grandchildren with disabilities and breastfeeding. The second study aims to know how was the process of becoming a grandmother in the context of adolescent pregnancy. The participants were 12 women in the age group of 29-55 years. Information was collected in Health Basic Units of a city in Rio Grande do Sul through semi-structured interviews and incomplete sentences game. The analysis was based on the theoretical model of Grounded Theory (DFT). Becoming a grandmother was found to be characterized by negative (fear, anger, sadness) and positive feelings (happiness). Participants report that they never imagined becoming a grandmother at this time of their lives. Some grandparents consider that being a grandmother is to be the second mother of the child. It highlights the need for development of public policies that address this audience, and the inclusion of their participation in health promotion activities. / O nascimento de um novo membro na família pode provocar mudanças na rotina das pessoas que a compõem, o que torna necessário um ajustamento na vida de todos os familiares envolvidos nesta situação. As mudanças não se relacionam somente a dinâmica familiar, mas também a elaboração de novos papéis e identidades. Atualmente, alguns avós desempenham função de cuidadores, oferecendo apoio afetivo, moral, financeiro e suporte emocional aos filhos e netos. Essa dissertação trata desse tema, sendo composta por dois artigos. O primeiro estudo busca realizar uma revisão integrativa de literatura com o objetivo de investigar as publicações científicas sobre o tema avós , publicadas no período de 2005 e 2015. Foi realizada uma busca de estudos nacionais nas bases de dados SciELO e PePsic. Foram selecionados 14 artigos. Constatou-se que os avós são fontes importantes de suporte emocional, carinho e afeto tanto para os filhos como para os netos, isso é particularmente estudado nos contextos de gravidez na adolescência, netos com deficiência e aleitamento materno. O segundo estudo tem como objetivo conhecer como ocorreu o processo de tornarse avó no contexto da gravidez adolescente. Participaram da pesquisa 12 mulheres na faixa etária dos 29 a 55 anos. As informações foram coletadas em Unidades Básicas de um município do Interior do Rio Grande do Sul por meio de entrevistas semiestruturadas e do jogo de sentenças incompletas. As análises das informações basearam-se no modelo teórico da Teoria Fundamentada nos Dados (TFD). Constatou-se que o momento de tornar-se avó caracteriza-se por sentimentos negativos: medo, raiva, tristeza e, positivo: felicidade. As participantes descrevem que não imaginavam tornar-se avó neste momento de suas vidas. Algumas avós consideram que ser avó é ser a segunda mãe da criança. Destaca-se a necessidade de elaboração de políticas públicas que contemplem esse público, além da inclusão de sua participação nas ações de saúde.
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Vivência da gestação e maternidade por adolescentes/jovens que nasceram infectadas pelo HIV : trajetórias de vida e de cuidado / Experience of pregnancy and maternity by adolescents/young adults who were born infected with HIV : life trajectory and care / Vivencia de la gestación y maternidad por adolescentes/jóvenes que nacieron infectadas por el VIH : trayectorias de vida y de cuidado

Silva, Clarissa Bohrer da January 2018 (has links)
A gestação no contexto do HIV é, geralmente, abordada com a finalidade do controle da transmissão vertical, sendo emergente o conhecimento acerca da vivência dos direitos reprodutivos pelas adolescentes/jovens que nasceram infectadas. Objetivou-se: compreender a vivência da gestação e maternidade por adolescentes/jovens que nasceram infectadas pelo HIV na relação com a trajetória de vida e de cuidado. Trata-se de um estudo qualitativo, realizado em serviço especializado em HIV de Porto Alegre. Participaram 10 adolescentes/jovens, contemplando todas aquelas que respeitavam os critérios de inclusão/exclusão do estudo, por meio de entrevista semiestruturada individual, no período de junho de 2017 a março de 2018. Foi utilizada a análise temática, sendo tais trajetórias analisadas à luz do Quadro da Vulnerabilidade e dos Direitos Humanos. Estudo aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa da UFRGS (Parecer Nº 1.844.848) e do cenário de pesquisa (Parecer Nº 1.912.645). Os resultados apontam que, longitudinalmente, a vivência da gestação e maternidade pode ser elucidada a partir da articulação de processos de construção tanto da exposição como da proteção à gestação não planejada, nas três dimensões de vulnerabilidade, que mutuamente referidos auxiliam na compreensão das trajetórias pessoais em que acontecem os desfechos de saúde, como é o caso das gestações entre o grupo estudado. Evidencia-se que a ocorrência da gestação é, no geral, fortuita, no sentido de não pensada antecipadamente, e não planejada, em sua maioria No plano individual predomina uma trajetória marcada por uma história de transmissão vertical pouco compreendida e aceita, decorrente da postergação de informações no âmbito familiar, social e de saúde que favoreceriam o conhecimento acerca da doença e do acesso aos meios oportunos para o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos. No plano social, constitui-se a violação sistemática de direitos, como: relações de gênero e normas de condutas sociais sexistas que expõe a adolescente às infecções sexualmente transmissíveis, à gravidez indesejada e ao constrangimento de sua autonomia para tomar decisões; processo de estigmatização e discriminação que repercutem nos seus contextos sociais; abordagem superficial acerca da sexualidade no ambiente escolar, familiar e de saúde, focalizado apenas na necessidade de utilização do preservativo. Uso irregular e inconsistente do preservativo, denotando não-consideração de exposição efetiva. No plano programático, tem-se uma atenção frágil na perspectiva da integralidade de modo a promover a saúde sexual e reprodutiva, pela carência e qualidade na provisão de orientações sobre o planejamento reprodutivo, o que é aconselhável no contexto do HIV, devido ao risco materno, do parceiro e infantil. Conclui-se que ainda há muito o que avançar no processo de estruturação de um cuidado integral e humanizado, que abarque a dimensão psicossocial da produção de saúde, com relação ao acolhimento do desejo reprodutivo e suporte efetivo para sua concretização no contexto de cuidado das adolescentes/jovens que nasceram com HIV. As contribuições à enfermagem referem-se no sentido de subsidiar práticas inovadoras por meio de intervenções em saúde que se configurem de fato como cuidado, sendo mais adequadas e eficientes às demandas sexuais e reprodutivas dessas adolescentes/jovens. / Pregnancy in the context of HIV is generally approached to control vertical transmission. There is also the emerging acknowledgment of the experience of reproductive rights by the adolescents/young adults who were born infected. In this sense, the objective was to understand the experience of pregnancy and maternity by adolescents/young adults who were born infected with HIV regarding life trajectory and Care. This is a qualitative study carried out in a specialized HIV service in Porto Alegre. Ten adolescents/young adults participated, considering all those that met the inclusion/exclusion criteria of the study, through an individual semi-structured interview, from June 2017 to March 2018. It was used the thematic analysis, and these trajectories were analyzed considering the Vulnerability and Human Rights Framework. Study approved by the Research Ethics Committees of UFRGS (Report No.1.844. 848) and the research scenario (Report No.1.912.645). The results show that, longitudinally, the pregnancy experience can be elucidated from the articulation of construction processes, both on the exposure and the protection of unplanned pregnancy in the three dimensions of vulnerability, that, when mutually referenced, assist the understanding of the personal trajectories in which the health outcomes occur. It is an evidence that the occurrence of pregnancy is, in general, accidental, in the sense of not been thought in advance, and not planned, in most cases. At the individual level, predominates a trajectory characterized by a history of little understanding and acceptance of vertical transmission, due to failing in orientation in the family, social and health context, which would favor the knowledge about the disease and the access to the appropriate means for sexual and reproductive rights At the social level, there is a systematic violation of rights, such as gender relations and norms of sexist social conduct which expose the adolescent to sexually transmitted infections, unwanted pregnancy and the constraint of their autonomy to make decisions; stigmatization and discrimination that have repercussions in her social contexts; a superficial approach to sexuality in the school, family and health setting, focusing only on the necessity to use condoms. Irregular and inconsistent condom use, denoting no consideration of effective exposure. At the programmatic level, there is a fragile focus in the perspective of integrality in order to promote sexual and reproductive health, due to the lack of orientation and lack of quality in the provision of guidelines on reproductive planning which is advisable in the context of HIV, due to maternal, partner and child risk. It is concluded that there is still a large amount of improvement to be made in the process of structuring a comprehensive and humanized Care, encompassing the psychosocial dimension of health production, regarding the reception of the reproductive desire and effective support for its implementation in the context of adolescent/young adults Care who were born with HIV. The contributions to nursing refer to the idea of supporting innovative practices through health interventions that are actually defined as Care, being more appropriate and efficient to the sexual and reproductive demands of these adolescent/young adults. / La gestación en el contexto del VIH es generalmente abordada con la finalidad del control de la transmisión vertical, siendo emergente el conocimiento acerca de la vivencia de los derechos reproductivos por las adolescentes/jóvenes. Se objetivó: comprender la vivencia de la gestación y maternidad por adolescentes/jóvenes que nacieron infectadas por el VIH en la relación con la trayectoria de vida y de cuidado. Se trata de un estudio cualitativo, realizado en servicio especializado en VIH de Porto Alegre. Participaron 10 adolescentes/jóvenes, contemplando todas aquellas que respeta los criterios de inclusión/exclusión del estudio, por medio de entrevista semiestructurada individual, en el período de junio de 2017 a marzo de 2018. Se utilizó el análisis temático, siendo estas trayectorias analizadas a la luz del Marco de la Vulnerabilidad y de los Derechos Humanos. Estudio aprobado por los Comités de Ética en Investigación de la UFRGS (Nº1.844.848) y del escenario de investigación (Nº1.912.645). Los resultados apuntan que la vivencia de la gestación puede ser elucidada a partir de la articulación de procesos de construcción tanto de la exposición como de la protección a la gestación no planificada, en las tres dimensiones de vulnerabilidad, en que se producen los resultados de salud. Se evidencia que la ocurrencia de la gestación es, en general, fortuita, en el sentido de no pensada por adelantado, y no planificada, en su mayoría. En el plano individual predomina una trayectoria marcada por una historia de transmisión vertical poco comprendida y aceptada, resultante de la postergación de informaciones en el ámbito familiar, social y de salud que favorecer el conocimiento acerca de la enfermedad y el acceso a los medios oportunos para el ejercicio de los derechos sexuales y reproductivos En el plano social, se constituye la violación sistemática de derechos, como: relaciones de género y normas de conductas sociales sexistas que expone a la adolescente a las infecciones sexualmente transmisibles, al embarazo no deseado y al constreñimiento de su autonomía para tomar decisiones; proceso de estigmatización y discriminación que repercuten en sus contextos sociales; el enfoque superficial sobre la sexualidad en el ambiente escolar, familiar y de salud, enfocado sólo en la necesidad de utilización del preservativo. Uso irregular e inconsistente del preservativo, denotando no consideración de exposición efectiva. En el plano programático, se tiene una atención frágil en la perspectiva de la integralidad para promover la salud sexual y reproductiva, por la carencia y calidad en la provisión de planificación reproductiva. Se concluye que todavía hay mucho que avanzar en el proceso de estructuración de un cuidado integral y humanizado que abarque la dimensión psicosocial de la producción de salud con relación a la acogida del deseo reproductivo y soporte efectivo para su concreción en el contexto de cuidado de las adolescentes/jóvenes que nacieron con VIH. Las contribuciones a la enfermería se refieren en el sentido de subsidiar prácticas innovadoras por medio de intervenciones en salud que se configuren de hecho como cuidado, siendo más adecuadas y eficientes a las demandas sexuales y reproductivas de esas adolescentes/jóvenes.
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Avaliação nutricional antropométrica de gestantes adolescentes no município do Rio de Janeiro / Anthropometric nutritional assessment of pregnant adolescents in Rio de Janeiro

Barros, Denise Cavalcante de January 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2011-05-04T12:42:05Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2009 / O presente estudo teve como principal propósito analisar o estado nutricional de gestantes adolescentes do Município do Rio de Janeiro, identificando características maternas associadas ao desfecho obstétrico peso ao nascer e validando um método para o diagnósticode ganho de peso gestacional. O desenho do estudo foi descritivo do tipo transversal desenvolvido com dados primários obtidos com o Estudo da Morbi-mortalidade e da Atenção Peri e Neonatal no MRJ, 1999-2001. A análise estatística foi dirigida a testar a hipótese de homogeneidade de proporções mediante análises bi e multivariada, com o uso de regressão logística multivariada e sua apresentação dividi-se em três artigos. O primeiro é uma revisão sistemática que visou a identificação de métodos de avaliação nutricional de gestantes adotados no Brasil e sua associação com desfechos obstétricos. / The main purpose of the current study is to analyze the nutritional state of pregnant adolescents in Rio de Janeiro, identifying maternal characteristics associated with the outcome of obstetric birth weight and validating a method for diagnosis of gestational weight gain. The design of the study was descriptive and cross sectional with the primary data obtained from “Study of Morbidity/Mortality and Care in Neonatal and Perinatal in the Municipal of Rio de Janeiro, 1999-2001.” Statistical analysis was aimed at testing the hypothesis of homogeneity of mean ratio by bi- and multivariate analysis – using multivariate logistic regression and its results are presented in this series of three articles. The first is a systematic review aimed at identification of methods of nutritional evaluation of pregnant women utilized in Brazil and its association with obstetric outcomes. There were 26 studies identified using the method recommended by Rosso(1985),the results demonstrate a serious discrepancy of literature, in quantity and quality, that contributes to evaluating the effectiveness of methods of anthropometric assessment of pregnant Brazilian women. The development of studies with methodological rigor in this area is needed and must address age differences as well as biological, socioeconomic and environmental factors of pregnant women. The second article aims to verify the association of maternal characteristics and the obstetric results of gestational weight gain among adolescent mothers in Rio de Janeiro. Included is a subsample of 703 adolescent mothers that carried full term. The results showed an association between the number of prenatal visits and weight gain during pregnancy, as well as an increase in the proportion of excessive weight gain amongst pregnant adolescents, particularly in the youngest adolescents. It concluded that the pre-natal consults improve quantity of weight gain but did not guarantee the quality of this gain, in particular for the younger adolescents. The quality of weight gain could have improved if pre natal nutritional care was valued and the recommendations utilized were geared torwards the specific nutritional standards for adolescents, from the beginning of the pregnancy. The third article assesses the performance of different methods of anthropometric evaluation of pregnant adolescents in predicting birth weight. The study was conducted with a subsample of 826 adolescent mothers. The evaluation of weight gain at the end of their pregnancy was assessed by following the recommendated method of the Institute of Medicine (IOM,1990;92), and adaptations of the MS (2006) following the recommended classification of pre-gestational BMI for adolescents (WHO,1995;2007) Low birth weight was defined as “less than 2500 grams” (WHO, 1995) for children born full term, “below the 10th percentile” for those born at less than 37 weeks of gestation, and a macrosomia as weight equal to or greater than 4000 grams. For small maternal stature a cutoff was used of falling below the 3rd percentile (WHO, 2007). Calculation of SE, E, VPP, VPN and the accuracy of the evaluation of gestational weight gain for the prediction of the BW. Given the growing epidemic of obesity in increasingly early age, the best option for assessment is the anthropometric pre-gestational nutritional method as recommended by WHO (2007), specifically for adolescents. This ensures a prediction of gestational weight gain within the internationally recommended ranges (IOM, 1990;92) and contributes to favorable outcomes, improving future prospects for the mother and child.

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