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"Lugares de (não) ver?" : as representações sociais da violência contra a mulher na atenção básica de saúdeLeal, Sandra Maria Cezar January 2010 (has links)
Este estudo aborda as representações sociais da violência contra a mulher (VCM) de profissionais da saúde e usuárias da Atenção Básica de Saúde. O objetivo geral foi conhecer e analisar as representações, considerando os atendimentos nos serviços na região Partenon/Lomba do Pinheiro, no município de Porto Alegre. Tratase de um estudo qualitativo que analisa e confronta dimensões da violência, na perspectiva teorico-metodológica das Representações Sociais. Os participantes da pesquisa foram 40 profissionais de saúde e 122 mulheres usuárias dos serviços da região do estudo. A geração dos dados foi realizada por meio de instrumentos com questões-estímulo de evocações e entrevista semiestruturada. Na análise utilizaramse softwares: Epi info versão 3.5.1; o Ensemble de programmes permettant l’analyse des évocations – EVOC; Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensemble de Segments de Texte – ALCESTE; NVIVO para a categorização do conteúdo das entrevistas, na perspectiva dimensional de Serge Moscovici. As representações das usuárias são ancoradas em elementos da violência de gênero. O serviço de saúde só foi lembrado como espaço para “tratar as lesões físicas”. As evocações dos profissionais culpabilizam a mulher por ser dependente e submissa, e o ciúme e o uso de drogas como desencadeantes do ato violento, associado a elementos que qualificam os homens como covardia e machismo. Identificou-se que as enfermeiras destacam na mulher a desvalorização, submissão, associados ao medo. Para o grupo dos médicos, a falta de resolutividade está associada a questões sociais e dificultam a resolução do problema. A dimensão campo de representação foi constituída por elementos que qualificam a mulher com autoestima baixa, submissão e dependência, e o agressor, representado como “homem doente”, e, principalmente, pelo “estranhamento” em atender esses agravos na demanda dos serviços de saúde da ABS, configurando-se em “um não lugar”. A dimensão informação é traduzida pela naturalização da VCM como expressão das dificuldades individuais e coletivas. A dimensão atitude foi expressa nas queixas difusas das mulheres, que “não falam claramente” da situação de violência, no estabelecimento do vínculo “dependente” da vontade da mulher, na fragmentação das práticas que representam o descompromisso com o problema, mas, também, uma estratégia “para lidar com ele”, no trabalho em equipe, principalmente, como suporte para o profissional, pelo encaminhamento para “outros” serviços, também como alternativa de “não envolvimento”. Por fim, as representações sociais da VCM, na perspectiva de profissionais de saúde e usuárias, apontam elementos que permitem o entendimento da complexidade que envolve os serviços, as redes de proteção e as redes sociais. Atestam a fragilidade dos “modelos” formativos e assistenciais e os limites da clínica para fazer frente a esses eventos, desvendando o que se chamou de “insuficiência diagnóstica”. Nesse sentido, podem auxiliar na compreensão e na legitimação de ações e responsabilização de instituições e profissionais de saúde, promovendo a atenção integral, na perspectiva dos princípios do SUS e da preservação da vida. / This study is about the social representations regarding violence against woman (VAW) of health professionals and users of the Basic Health Care. The general objective was learning and analyzing such representations taking into consideration the services within Partenon/Lomba do Pinheiro sections in the municipality of Porto Alegre. It is a qualitative study that analyzes and compares violence dimensions under the theoretical and methodological perspective of the Social Representations. The participants of the research comprised 40 health professionals and 122 women who are users of the services in the studied section. The data generation was made by means of instruments with evoking-stimulating questions and semi-structured interview. In order to perform the analysis, the following softwares were utilized: Epi info 3.5.1 version; Ensemble de programmes permettant l’analyse des évocations – EVOC; Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensemble de Segments de Texte – ALCESTE; NVIVT. The representations of the users anchor in elements of gender violence. The health service was recalled as a space to “treat physical lesions”. Recalls from the professionals blame the women for being dependant and submissive while jealousy and use of drugs are seen as drivers of violent acts in connection with elements that qualify men like cowardice and male chauvinism. In addition, the nurses point out among women the feeling of self-devaluation and submission connected with fear. For the group of physicians, the lack of determination is related to social issues so that the resolution of the problem becomes difficult. The dimension representation field was constituted by elements that qualify the woman with low self-esteem, submission and dependence while the aggressor is represented as a “sick man” and, mainly, by “amazement” for attending such offences within the demands of the BHC health services what configure “a nonplace”. The information dimension is translated by the VAW naturalization as the expression of individual and collection difficulties. The attitude dimension was expressed upon the diffuse claims of the women who “do not speak clearly” about the situation of violence, in establishing the “dependent” bond of the woman´s wish, in the fragmentation of the practices that represent the lack of commitment with the problem but also a strategy in order “to deal with it” in the team work, mainly as a support for the professional, by directing to “other services” and also as an alternative for “non-involvement”. Finally, under the perspective of health professionals and users, VAW social representations point out to elements that allow the understanding of the complexity that involves the services, the protection networks and the social networks. They evidence the fragility of the educative and assistance “models” and the clinic limits in order to face such events, what unveils what has been named as “diagnosis insufficiency”. In this sense, they can help in the comprehension and legitimacy of actions and in attributing responsibility to institutions and health professionals by promoting integral care under the perspective of the SUS principles and of the life preservation. / Este estudio aborda las representaciones sociales de la violencia contra la mujer (VCM) de profesionales de salud y usuarias de la Atención Primaria de Salud. El objetivo general es conocer y analizar las representaciones, considerando los atendimientos en los servicios en la región Partenon/Lomba do Pinheiro, en la municipalidad de Porto Alegre. Se trata de un estudio cualitativo que analiza y confronta dimensiones de la violencia, en la perspectiva teórica y metodológica de las Representaciones Sociales. Los participantes de la pesquisa fueron 40 profesionales de salud y 122 mujeres usuarias de los servicios de la región del estudio. La generación de los datos fue realizada por medio de instrumentos con cuestiones-estímulo de evocaciones y entrevista semi-estructurada. En el análisis, se utilizaron los programas: Epi info versión 3.5.1; el Ensemble de programmes permettant l’analyse des évocations – EVOC; Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensemble de Segments de Texte – ALCESTE; NVIVO para la categorización del contenido de las entrevistas en la perspectiva dimensional de Serge Moscovici. Las representaciones de las usuarias son ancoradas en elementos de la violencia de género. El servicio de salud solamente fue recordado como espacio para “tratar las lesiones físicas”. Las evocaciones de los profesionales culpan la mujer por ser dependiente y sumisa, y la envidia y el uso de drogas como desencadenantes del acto violento, asociado a elementos que califican los hombres como cobardía y machismo. Se identificó que las enfermeras destacan, en la mujer, la desvalorización y la sumisión, asociadas al medo. Para el grupo dos médicos, la falta de resolutividad está asociada a cuestiones sociales y dificultan la resolución del problema. La dimensión campo de representación fue constituida por elementos que califican la mujer con autoestima baja, sumisión y dependencia, y el agresor, representado como “hombre enfermo”, y, principalmente, por el “asombro” por atender esos agravios en la demanda de los servicios de salud de la ABS configurándose en “un no lugar”. La dimensión información se traduce por la naturalización de la VCM como expresión de las dificultades individuales y colectivas. La dimensión actitud se expresó en las quejas difusas de las mujeres, que “no hablan claramente” de la situación de violencia, en el establecimiento del vínculo “dependiente” de la voluntad de la mujer, en la fragmentación de las prácticas que representan el descompromiso con el problema, pero, también, una estrategia “para verse con él”, en el trabajo en equipo, principalmente, como soporte para el profesional, por el encaminamiento para “otros” servicios, también como alternativa de “no envolvimiento”. Por fin, las representaciones sociales de la VCM, bajo la perspectiva de profesionales de salud y de las usuarias, apuntan elementos que permiten el entendimiento de la complejidad que envuelve los servicios, las redes de protección y las redes sociales. Atestan la fragilidad de los “modelos” formativos y asistenciales y los límites de la clínica para hacer frente a esos eventos, descubriendo lo que se nombró “insuficiencia diagnóstica”. En ese sentido, pueden ayudar en la comprensión y en la legitimidad de acciones y responsabilización de instituciones y profesionales de salud, promoviendo la atención integral, bajo la perspectiva de los principios del SUS y de la preservación de la vida.
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Prazer, sofrimento e estratégias de mediação no trabalho em saúde : um estudo de casoPedro, Marcia João 30 March 2015 (has links)
Submitted by Bruna Rodrigues (bruna92rodrigues@yahoo.com.br) on 2016-09-19T13:53:24Z
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Previous issue date: 2015-03-30 / Não recebi financiamento / The present study has how aim to identify the existence of pleasure and suffering and respective strategies of mediation among the health´s area professionals. The place is a Public University located in the state of São Paulo state, in its medium complexity specialties ´s outpatient department, which is characterized for joining the work of teaching assistance, researching and extension. It´s an exploratory descriptive qualitative study, which took as methodology the use of the ITRA - (RIWI) (Risk Illness Work´s Inventory), to collect objective data and semi-structured interview for more subjective data collection, investigating the impressions of individuals about experiences at work. Participated in the survey 19 out of the 26 personnel in the local office. For the interview data analysis has been used the Baldin´s Analisysis Content and to the results interpretation the chosen theory was the Work´s Psychodynamic.
Nowadays is identified in some health sectors a frequent suffering, which does those health professionals to suffer, leading to identify this project as important relevance. The reached result with this study surprises regarding the peculiar field aspects that is shown with an idealized prescribed work proposal the on the daily reality is not fulfilled as idealized leading to suffering face this contrariness. Among the aspects that indicates suffering are public services management problems that is bureaucratic hindering the workflow and difficulties to establishing the relations interdisciplinary/intersensory for the work achievement in such a way that it answers to the prescribed models. However, by having a shared management it gives opportunity to people through the sharing and acting freedom in your areas finding creative solutions for the suffering experienced in life, presenting defensives mediation strategy and subjective mobilization, this last is considered the healthier way to face the work suffering, according with work´s psychodynamic. This within others aspects reveals an environment with many pleasurable experiences that are balanced by the suffering existences, highlighting the feelings of professional realization, recognition gratification and valorization. / O presente estudo tem como objetivo identificar as vivências de prazer e sofrimento e respectivas estratégias de mediação de profissionais da área da saúde. Atualmente se identifica em alguns setores da saúde um sofrimento frequente, que faz padecer os profissionais da saúde, o que leva a identificar este projeto como de importância relevante. O campo empírico se trata de um ambulatório de especialidades de média complexidade, integrado a uma Universidade pública do interior do estado de São Paulo. Este ambiente se diferencia no recorte da pesquisa por ser uma unidade que tem como objetivo unir o trabalho de assistência à saúde, ao ensino, à pesquisa e extensão. Trata-se de um estudo qualitativo descritivo exploratório, que tomou como metodologia o uso do ITRA (Inventário Trabalho e Riscos de Adoecimento), para coleta de dados objetivos e entrevista semiestruturada para coleta de dados subjetivos, investigando as impressões dos sujeitos sobre as vivências no trabalho. Participaram da pesquisa 19 trabalhadores dos 26 servidores públicos existentes na unidade. Para os dados da
entrevista foi utilizada a Análise de Conteúdo de Bardin e para a interpretação dos resultados a teoria escolhida foi a Psicodinâmica do Trabalho. O resultado a que se chega com este estudo surpreende quanto aos aspectos peculiares do campo, que se mostra com uma proposta prescrita de trabalho idealizada e que, no real do cotidiano, não se cumpre, levando a vivências de sofrimento frente às dificuldades decorrentes. Entre os aspectos que indicam sofrimento encontram-se problemas com a gestão do serviço público que é burocrática, colocando entraves ao fluxo de trabalho, tornando difícil o estabelecimento das relações interdisciplinares/intersetoriais para realização do trabalho de forma que atenda ao modelo de assistência proposto, ou seja, as Linhas de Cuidado. Porém, por dispor de uma gestão compartilhada, dá a oportunidade dos
sujeitos de, através do compartilhamento e liberdade de atuação em suas áreas, encontrar soluções criativas para o sofrimento vivido, apresentando estratégias de mediação defensivas e de mobilização subjetiva, esta última considerada a forma mais saudável para o enfrentamento do sofrimento no trabalho, de acordo com a psicodinâmica do trabalho. Este entre outros aspectos revelam um ambiente com muitas vivências prazerosas que se equilibram com as vivências de sofrimento, com destaque aos sentimentos de realização profissional, de gratificação, reconhecimento e valorização.
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Educação permanente em saúde : representações sociais de enfermeiros da saúde da famíliaFormenton, Yaisa França 07 February 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-02-07 / Financiadora de Estudos e Projetos / One of the main challenges faced by Family Health Strategy to change the model of care is the lack of professionals trained to this role in SUS. The Permanent Health Education is a tool that can lead to qualification in health care and a new logic in the process of health work. In this context, the educational role of nurses is strengthened, and the identification Social Representations education that permeate their educational practices aiming changes or stays in health care become relevant. To Understand the Social Representation of Continuing Education of Health Family nurses; analyze how their educational action influence in work processes and identify strengths and weaknesses in the actions of these Nurses. Qualitative research through semi-structured interviews with nurses from the Family Health of small towns in the Heart Region of DRIII Araraquara - SP. After interviews transcription, the contents were analyzed by comparing the thematic category and lexical analysis by software ALCESTE by using the Permanent Health Education references, Work Process and Social Representations. Four categories were made: 1) Influence of Permanent Education in the work process where fragmentation and professional specialty remains the focus of educational activities; 2) The Centralization of nurses in the actions of Continuing Education in where this role have been seen in two ways, one group recognizes that this their role and others consider that it should be shared with the team; Different conceptions of Continuing Education where the education to update knowledge is hegemonic, showing some movements leading to a conception of education to change the work process, and 4) Difficulties in perfoming educational activities characterized by low motivation of the time and lack of time to carry out the activities. The Social Representation Continuing Education for this group is based in the notion of traditional education, although although it is possible identify some movements that approximate the logic of Permanent Health Education, which may lead to a transformation of the representation. / Um dos principais desafios enfrentados pela Estratégia Saúde da Família para mudança do modelo de atenção é a falta de profissionais com formação adequada para atuar no SUS. A Educação Permanente em Saúde (EPS) se constitui uma ferramenta que pode levar à qualificação da atenção à saúde e à uma nova lógica no processo de trabalho em saúde. Neste contexto, a dimensão educativa do enfermeiro é reforçada, sendo relevante a identificação das Representações Sociais (RS) de educação que permeiam suas práticas educativas enquanto disparadoras de transformações ou permanências no cuidado à saúde. Objetivos: compreender as RS de Educação Permanente dos enfermeiros da Saúde da Família; analisar como suas ações educativas influenciam nos processos de trabalho e identificar potencialidades e fragilidades nas ações destes enfermeiros. A pesquisa qualitativa que realizou entrevistas semi-estruturadas com 24 enfermeiros da Saúde da Família dos municípios de pequeno porte da Região Coração da DRS III Araraquara SP. Após transcrição, os conteúdos foram analisados através da comparação das análises categorial temática e lexical pelo software ALCESTE, à luz dos referenciais da EPS, Processo de Trabalho e RS. Constituíram-se quatro categorias: 1) Influência da Educação Permanente no processo de trabalho em que a fragmentação e a especialidade profissional continuam sendo o foco das ações educativas; 2) Centralidade do enfermeiro nas ações de Educação Permanente em que esta função é vista de duas formas, um grupo reconhece que este é seu papel e outro que ela deveria ser compartilhada com a equipe; 3) Diferentes concepções de Educação Permanente em que a concepção de educação para atualização de conhecimentos é hegemônica, aparecendo alguns movimentos em direção à uma concepção de educação para mudança do processo de trabalho; e 4) Dificuldades na realização das ações educativas caracterizadas pela baixa de motivação da equipe e na falta de tempo para a realização das atividades. A RS de Educação Permanente para este grupo está ancorada na noção da educação tradicional, embora se identifique movimentos que se aproximam da lógica da EPS, que poderá levar a uma transformação da representação.
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A experi?ncia da pr?-ecl?mpsia vivenciada por gestantes e profissionais de sa?deAzevedo, Daniela Vasconcelos de 06 October 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-10-06 / Coordena??o de Aperfei?oamento de Pessoal de N?vel Superior / The aim of this study is to understand the perceptions of pregnant women, mothers and health professional about preeclampsia and the relation between professional and patient. A qualitative approach was chosen, together with semi-structured interviews, participative observation and Test of Free Association of Words (TFAW). The data were collected in February and June 2007 at Maternidade-Escola Janu?rio Cicco (MEJC), Natal, RN, Brazil with 61 pregnant women and 87 professionals, 20 of each group were interviewed. An interpretative and understanding perspective was used similar to that of Gadamer s hermeneutics and with the construction of themes and empirical categories. The pregnant women showed fear preeclampsia and its consequences, and to know very little about the subject and also a desire to know more. The changes that occurred with the illness were more related to the emotional order than to the healthy lifestyle they have adopted. Some lack of preparation of the basic units was observed, in order to meet and guide the pregnant women to the reference unit. Professionals knew the customers characteristics, about their fear and about their little knowledge on this illness. Nevertheless, they did not include them in the treatment. It was observed the absence of conversation over the illness between professionals and patients and also the inability of the former to deal with emotional issues. A new way of looking into the preeclampsia assistance is necessary. A way that focuses on the collective construction of intervention and approach strategies; one which includes subjective aspects in an hermeneutic perspective of health / O presente estudo objetivou compreender as percep??es de gestantes e profissionais de sa?de sobre a pr?-ecl?mpsia e a rela??o entre profissional e paciente. Optou-se por abordagem qualitativa, com entrevistas semi-estruturadas, observa??o participante e Teste de Associa??o Livre de Palavras (TALP). Os dados foram coletados entre fevereiro e junho de 2007, na Maternidade-Escola Janu?rio Cicco (MEJC), Natal-RN, com 61 gestantes e 87 profissionais, dos quais 20 de cada grupo participaram das entrevistas. Utilizou-se uma perspectiva interpretativa e compreensiva aproximada ? hermen?utica de Gadamer, com a constru??o de temas e categorias emp?ricas. As gestantes revelaram medo da pr?-ecl?mpsia e suas conseq??ncias e mostraram que sabiam pouco a respeito do tema e que gostariam de saber mais. As mudan?as ocorridas, decorrentes, da doen?a foram mais de ordem emocional, do que relacionada ? ado??o de estilo de vida saud?vel. Observou-se despreparo das unidades b?sicas em atender e encaminhar as gestantes com pr?-ecl?mpsia para unidade de refer?ncia. Os profissionais conheciam caracter?sticas da clientela, sabiam do medo que sentiam e do pouco conhecimento sobre a doen?a, por?m n?o as envolviam no tratamento. Na rela??o entre profissional e paciente observou-se aus?ncia de di?logo sobre a doen?a e inabilidade, por parte dos primeiros em lidar com quest?es emocionais. H? necessidade de um novo olhar para a assist?ncia ? pr?-ecl?mpsia priorizando a constru??o coletiva de estrat?gias de abordagem e interven??o que inclua aspectos subjetivos, numa perspectiva hermen?utica da sa?de
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"Lugares de (não) ver?" : as representações sociais da violência contra a mulher na atenção básica de saúdeLeal, Sandra Maria Cezar January 2010 (has links)
Este estudo aborda as representações sociais da violência contra a mulher (VCM) de profissionais da saúde e usuárias da Atenção Básica de Saúde. O objetivo geral foi conhecer e analisar as representações, considerando os atendimentos nos serviços na região Partenon/Lomba do Pinheiro, no município de Porto Alegre. Tratase de um estudo qualitativo que analisa e confronta dimensões da violência, na perspectiva teorico-metodológica das Representações Sociais. Os participantes da pesquisa foram 40 profissionais de saúde e 122 mulheres usuárias dos serviços da região do estudo. A geração dos dados foi realizada por meio de instrumentos com questões-estímulo de evocações e entrevista semiestruturada. Na análise utilizaramse softwares: Epi info versão 3.5.1; o Ensemble de programmes permettant l’analyse des évocations – EVOC; Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensemble de Segments de Texte – ALCESTE; NVIVO para a categorização do conteúdo das entrevistas, na perspectiva dimensional de Serge Moscovici. As representações das usuárias são ancoradas em elementos da violência de gênero. O serviço de saúde só foi lembrado como espaço para “tratar as lesões físicas”. As evocações dos profissionais culpabilizam a mulher por ser dependente e submissa, e o ciúme e o uso de drogas como desencadeantes do ato violento, associado a elementos que qualificam os homens como covardia e machismo. Identificou-se que as enfermeiras destacam na mulher a desvalorização, submissão, associados ao medo. Para o grupo dos médicos, a falta de resolutividade está associada a questões sociais e dificultam a resolução do problema. A dimensão campo de representação foi constituída por elementos que qualificam a mulher com autoestima baixa, submissão e dependência, e o agressor, representado como “homem doente”, e, principalmente, pelo “estranhamento” em atender esses agravos na demanda dos serviços de saúde da ABS, configurando-se em “um não lugar”. A dimensão informação é traduzida pela naturalização da VCM como expressão das dificuldades individuais e coletivas. A dimensão atitude foi expressa nas queixas difusas das mulheres, que “não falam claramente” da situação de violência, no estabelecimento do vínculo “dependente” da vontade da mulher, na fragmentação das práticas que representam o descompromisso com o problema, mas, também, uma estratégia “para lidar com ele”, no trabalho em equipe, principalmente, como suporte para o profissional, pelo encaminhamento para “outros” serviços, também como alternativa de “não envolvimento”. Por fim, as representações sociais da VCM, na perspectiva de profissionais de saúde e usuárias, apontam elementos que permitem o entendimento da complexidade que envolve os serviços, as redes de proteção e as redes sociais. Atestam a fragilidade dos “modelos” formativos e assistenciais e os limites da clínica para fazer frente a esses eventos, desvendando o que se chamou de “insuficiência diagnóstica”. Nesse sentido, podem auxiliar na compreensão e na legitimação de ações e responsabilização de instituições e profissionais de saúde, promovendo a atenção integral, na perspectiva dos princípios do SUS e da preservação da vida. / This study is about the social representations regarding violence against woman (VAW) of health professionals and users of the Basic Health Care. The general objective was learning and analyzing such representations taking into consideration the services within Partenon/Lomba do Pinheiro sections in the municipality of Porto Alegre. It is a qualitative study that analyzes and compares violence dimensions under the theoretical and methodological perspective of the Social Representations. The participants of the research comprised 40 health professionals and 122 women who are users of the services in the studied section. The data generation was made by means of instruments with evoking-stimulating questions and semi-structured interview. In order to perform the analysis, the following softwares were utilized: Epi info 3.5.1 version; Ensemble de programmes permettant l’analyse des évocations – EVOC; Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensemble de Segments de Texte – ALCESTE; NVIVT. The representations of the users anchor in elements of gender violence. The health service was recalled as a space to “treat physical lesions”. Recalls from the professionals blame the women for being dependant and submissive while jealousy and use of drugs are seen as drivers of violent acts in connection with elements that qualify men like cowardice and male chauvinism. In addition, the nurses point out among women the feeling of self-devaluation and submission connected with fear. For the group of physicians, the lack of determination is related to social issues so that the resolution of the problem becomes difficult. The dimension representation field was constituted by elements that qualify the woman with low self-esteem, submission and dependence while the aggressor is represented as a “sick man” and, mainly, by “amazement” for attending such offences within the demands of the BHC health services what configure “a nonplace”. The information dimension is translated by the VAW naturalization as the expression of individual and collection difficulties. The attitude dimension was expressed upon the diffuse claims of the women who “do not speak clearly” about the situation of violence, in establishing the “dependent” bond of the woman´s wish, in the fragmentation of the practices that represent the lack of commitment with the problem but also a strategy in order “to deal with it” in the team work, mainly as a support for the professional, by directing to “other services” and also as an alternative for “non-involvement”. Finally, under the perspective of health professionals and users, VAW social representations point out to elements that allow the understanding of the complexity that involves the services, the protection networks and the social networks. They evidence the fragility of the educative and assistance “models” and the clinic limits in order to face such events, what unveils what has been named as “diagnosis insufficiency”. In this sense, they can help in the comprehension and legitimacy of actions and in attributing responsibility to institutions and health professionals by promoting integral care under the perspective of the SUS principles and of the life preservation. / Este estudio aborda las representaciones sociales de la violencia contra la mujer (VCM) de profesionales de salud y usuarias de la Atención Primaria de Salud. El objetivo general es conocer y analizar las representaciones, considerando los atendimientos en los servicios en la región Partenon/Lomba do Pinheiro, en la municipalidad de Porto Alegre. Se trata de un estudio cualitativo que analiza y confronta dimensiones de la violencia, en la perspectiva teórica y metodológica de las Representaciones Sociales. Los participantes de la pesquisa fueron 40 profesionales de salud y 122 mujeres usuarias de los servicios de la región del estudio. La generación de los datos fue realizada por medio de instrumentos con cuestiones-estímulo de evocaciones y entrevista semi-estructurada. En el análisis, se utilizaron los programas: Epi info versión 3.5.1; el Ensemble de programmes permettant l’analyse des évocations – EVOC; Analyse Lexicale par Contexte d’un Ensemble de Segments de Texte – ALCESTE; NVIVO para la categorización del contenido de las entrevistas en la perspectiva dimensional de Serge Moscovici. Las representaciones de las usuarias son ancoradas en elementos de la violencia de género. El servicio de salud solamente fue recordado como espacio para “tratar las lesiones físicas”. Las evocaciones de los profesionales culpan la mujer por ser dependiente y sumisa, y la envidia y el uso de drogas como desencadenantes del acto violento, asociado a elementos que califican los hombres como cobardía y machismo. Se identificó que las enfermeras destacan, en la mujer, la desvalorización y la sumisión, asociadas al medo. Para el grupo dos médicos, la falta de resolutividad está asociada a cuestiones sociales y dificultan la resolución del problema. La dimensión campo de representación fue constituida por elementos que califican la mujer con autoestima baja, sumisión y dependencia, y el agresor, representado como “hombre enfermo”, y, principalmente, por el “asombro” por atender esos agravios en la demanda de los servicios de salud de la ABS configurándose en “un no lugar”. La dimensión información se traduce por la naturalización de la VCM como expresión de las dificultades individuales y colectivas. La dimensión actitud se expresó en las quejas difusas de las mujeres, que “no hablan claramente” de la situación de violencia, en el establecimiento del vínculo “dependiente” de la voluntad de la mujer, en la fragmentación de las prácticas que representan el descompromiso con el problema, pero, también, una estrategia “para verse con él”, en el trabajo en equipo, principalmente, como soporte para el profesional, por el encaminamiento para “otros” servicios, también como alternativa de “no envolvimiento”. Por fin, las representaciones sociales de la VCM, bajo la perspectiva de profesionales de salud y de las usuarias, apuntan elementos que permiten el entendimiento de la complejidad que envuelve los servicios, las redes de protección y las redes sociales. Atestan la fragilidad de los “modelos” formativos y asistenciales y los límites de la clínica para hacer frente a esos eventos, descubriendo lo que se nombró “insuficiencia diagnóstica”. En ese sentido, pueden ayudar en la comprensión y en la legitimidad de acciones y responsabilización de instituciones y profesionales de salud, promoviendo la atención integral, bajo la perspectiva de los principios del SUS y de la preservación de la vida.
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Educação profissional em saúde : as percepções dos agentes comunitários de saúde no município de Itabaiana-SE / HEALTH PROFESSIONAL EDUCATION: perceptions of community health workers in the city of Itabaiana-Sergipe.Tenório, Flávia Priscila Souza 05 December 2011 (has links)
This study aims to analyze the contributions of Community Healthcare Agent Training Course s Stage I, through the perception of these students /workers included in the referred training in the city of Itabaiana, state of Sergipe in 2010. By understanding that the demand for this training is related to political, ideological and social choices inserted in a particular context, we sought to conduct a historical review of the Health Professional Education articulated with the policies and laws of the Ministry of Education. To carry out the research, we had chosen quantitative and qualitative study by using focus groups, in addition to document analysis, in order to understand which contribution the Training Community Healthcare Agent (CHA) brings to the daily work of professionals within the National Health System, from the perspective of these subjects. The analysis of the focus groups was framed along the following lines: the work of the Community Healthcare Agent, the participation of CHAs in Stage I of the training course and the perception of CHAs over the training course for the work process of these professionals. Finally, we present the links between the reading of documents seized in the analysis and the discourse of CHAs on the Training they were offered, focusing on the development achieved (or not) through this training experience for both CHAs, living and working in urban areas and those in the rural town of the city of Itabaiana-SE. / O presente trabalho tem como objetivo analisar as contribuições do Módulo I, do Curso de Formação em Agente Comunitário de Saúde, a partir das percepções desses alunos trabalhadores, contemplados com a referida qualificação no Município de Itabaiana, no Estado de Sergipe, em 2010. Entendendo que a demanda dessa formação está relacionada às opções políticas, ideológicas e sociais, inseridas em um determinado contexto, buscou-se realizar uma síntese histórica da Educação Profissional em Saúde, articulada com as políticas e legislações do Ministério da Educação. Para a realização da investigação, optou-se por um estudo de natureza quantitativa e qualitativa, utilizando grupos focais, além da análise
documental, a fim de compreender qual a contribuição da Formação em Agente Comunitário de Saúde para o cotidiano de trabalho desses profissionais, no âmbito do Sistema Único de Saúde. A análise dos grupos focais foi estruturada nos seguintes eixos: o trabalho do Agente
Comunitário de Saúde; a participação dos ACS no Módulo I do Curso de Formação e as percepções dos ACS sobre o Curso de Formação em ACS para o processo de trabalho desses profissionais. Por fim, apresenta-se a articulação entre a leitura empreendida na análise documental e o discurso dos ACS sobre a formação que lhes foi ofertada, cujo foco centrou-se nos desdobramentos produzidos, ou não, por essa experiência formativa, tanto para os ACS
que residem e atuam na zona urbana como para aqueles da zona rural no município de Itabaiana-SE.
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Profissionais de saúde na relação com os pacientes portadores de esclerose lateral amiotrófica: aspectos psicológicos e de qualidade de vida / Health Professionals and their relationship with ALS patients, Psychological aspects and Quality of LifeAna Luiza de Figueiredo Steiner 04 April 2008 (has links)
Esta pesquisa se desenvolveu a partir da parceria entre o Projeto APOIAR do Laboratório de Saúde Mental e Psicologia Clinica Social do Instituto de Psicologia da USP e a ABRELA (Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica). O estudo refere-se à investigação e compreensão de aspectos afetivos, emocionais e de qualidade de vida dos profissionais da área de saúde, enfocando sua relação com cuidadores e pacientes portadores de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença degenerativa dos neurônios motores, sem prognóstico de cura, embora com a consciência mantida até a morte. Foi empregado o método clínico de pesquisa em onze profissionais, médicos, assistentes sociais, fisioterapeutas respiratórios e motor, nutricionista e terapeuta ocupacional, no setor da Neuromuscular da UNIFESP/Escola Paulista de Medicina em parceria com a ABRELA. Foram empregados como instrumentos: Entrevista Psicológica Semi Estruturada, Método de Rorschach pelo Sistema de Avaliação Aníbal Silveira (sendo alguns índices selecionados) e o Questionário de Vida de McGill. Os dados foram tratados considerando o grupo de forma geral e não de modo individualizado. Principais resultados obtidos apontam para a maturidade do grupo de profissionais, a sensibilidade da maioria à dor e ao sofrimento dos pacientes, com respostas que denotam afetividade, frustração diante da falta de cura e sucesso no tratamento. Demonstram qualidade de vida preservada, e os dados sugerem que trabalham na área que escolheram apesar das dificuldades que sentem. Sugere-se que sejam implementados programas que possam dar aos profissionais de saúde o suporte necessário para que se mantenham como o grupo estudado nessa pesquisa, em condições de dar conta do contato com pacientes com enfermidades graves e crônicas como a ELA. / The actual research was possible due to the partnership between the Project APOIAR (SUPPORT) of the Laboratory of Mental Health and Clinical Psychology of the Institute of Psychology of USP University of Sao Paulo, and ABRELA ( Brazilian Association of Amyotrophic Lateral Sclerosis ( ALS ). This study intends to investigate and better understand the Quality of Life and emotional aspects of health professionals in their relationship with ALS patients and their carers. ALS is a degenerative illness which affects motor neurons causing severe physical impediments, even tough its patients continue lucid up to their death. This illness does not have a prognosis of cure. We have applied the Clinical Method of survey and research on eleven professionals physicians, social workers, motor and respiratory physiotherapists, nutritionist and occupational therapist from de Department of neuromuscular of UNIFESP/ Federal Paulista Medical School and partnership with ABRELA. The study Instruments used were the Semi- Structured psychological Interview, the Rorschach Method ( the Evaluation System by Anibal Silveira) and the Questionnaire of Quality of Life. The collected data considered the group as a whole and not individuals. The main results point towards the maturity of the group of health professionals and their sensitivity related to the pain and suffering of patients, with answers showing affection and frustration due to impossibility of cure and success of treatment. The results show preserved Quality of Life and suggest that those health professionals work within their chosen specialty despite their difficulties.The study suggests the need of implementing programs which give health professionals the necessary support, as shown in this study, so that they can deal with their patients with serious and chronic illnesses such ALS.
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Os grupos na atenção básica à saúde = uma hermenêutica da prática clínica e da formação profissional / Groups in primary health care : a hermeneutics of clinical practice and trainingFurlan, Paula Giovana, 1981- 19 August 2018 (has links)
Orientador: Gastão Wagner de Souza Campos / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-19T22:25:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: Na saúde pública brasileira, constatamos a dificuldade dos profissionais em atuar em contextos coletivos e o escasso desenvolvimento de metodologias voltadas para a intervenção junto aos grupos na atenção básica à saúde. Pretendemos com esta pesquisa analisar como são produzidas as práticas de grupo com usuários na atenção básica, compreender os efeitos de um processo de formação em gestão do cuidado, incluindo as possíveis contribuições das estratégias de ensino, para a mudança da prática clínica e de gestão dos profissionais, no trabalho em equipe e no governo de si. Adotamos como referencial a pesquisa qualitativa hermenêutica e avaliativa (quarta geração), com métodos participativos de produção de dados (grupos focais, construção de narrativas coletivas e observação de grupos assistenciais com usuários em unidades de saúde). Destacamos as teorias de grupo do campo da psicossociologia, da saúde coletiva, da análise e da psicoterapia institucionais para a compreensão do movimento dessas práticas na atenção básica e da formação profissional. Constatamos que o dispositivo grupo ainda é visto enquanto atividade de educação, com vistas à prevenção de doenças, promoção e vigilância em saúde. Não se valoriza seu efeito terapêutico na prática clínica, como estratégia de tratamento e como meio de intervenção no acompanhamento dos pacientes em longo prazo. Os grupos na atenção básica se mostraram potentes para o compartilhamento de experiências de adoecimento e como estratégia para a comunicação com a equipe. Consideramos que o uso do grupo como dispositivo formador e a estratégia da discussão de casos possibilitaram o aprendizado sobre manejo de grupos e a aplicação de conceitos e de práticas aprendidos para o cotidiano da atenção básica, tais como o trabalho em equipe, a clínica ampliada e compartilhada. Apresentamos uma proposta de mapas para análise e cogestão dos grupos, como estratégia para a prática clínica e a formação profissional. Concluímos apontando elementos para qualificação dos grupos na atenção básica como coletivos que possam incorporar a discussão dos processos de adoecimento e sofrimento, incluindo a pessoa como participante no processo de coprodução de sua saúde e da reorganização institucional / Abstract: In the Brazilian public health, we note the difficulty of professionals in acting in collective contexts and the insufficient development of methodologies focused on action within groups in the primary health care. We intend with this research to analyze how assistance groups with users are produced during the primary care, understand the effects of an education process of care management, including the possible contributions of the teaching strategies to the change of clinical practice and professional management in teamwork and in Government itself. We adopt as a referential the evaluative and hermeneutical qualitative research (fourth generation), with participatory methods of data production (focus groups, building of collective narratives and observation of assistance groups with users in health facilities). We highlight the group theories of the psycho-sociology field, collective health, institutional analysis and psychotherapy for the understanding of the movement of such practices during the primary care and professional education. We find that the group device is still seen as educational activity, focused on disease prevention, promotion and health surveillance. Its therapeutic effect is not valorized in the clinical practice as a care strategy and as a means of action in long-term monitoring of patients. The groups in primary health care were powerful in sharing illness experiences and as a strategy for team communication. We consider that the use of the group as a trainer device and the strategy of discussing cases enabled the learning and the application of concepts and learned practices to the everyday primary health care, such as teamwork, and the expanded and shared clinic. We present a proposal of maps for analysis and co-management of the groups, as a strategy for clinical practice and professional education. We conclude highlighting elements for qualifying primary care groups as collectives that can incorporate the discussion of illness and suffering processes, including the individual as a participant in the process of co-production of his/her health and institutional reorganization / Doutorado / Saude Coletiva / Doutor em Saude Coletiva
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Interdisciplinaridade: desafios e possibilidades para a Residência em Enfermagem em Saúde ColetivaPuppin, Maria Ângela Prates January 2013 (has links)
Submitted by Fabiana Gonçalves Pinto (benf@ndc.uff.br) on 2015-12-21T17:26:15Z
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Previous issue date: 2013 / Mestrado Profissional em Ensino na Saúde / Trata-se de um estudo sobre a interdisciplinaridade no processo de formação e sua articulação com saberes teóricos e práticas desenvolvidas no Curso de Residência em Enfermagem em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa, da Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro. É uma pesquisa social, de natureza qualitativa, do tipo exploratória e descritiva. Teve como objetivos refletir sobre a formação em saúde e sua articulação com a interdisciplinaridade; discutir como vem sendo implementada a interdisciplinaridade, na teoria e na prática no Curso de Residência de Enfermagem em Saúde Coletiva; construir uma tecnologia educacional que contribua para a implementação da pedagogia interdisciplinar no curso citado. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semi-estruturadas com os docentes vinculados à citada Residência e com as enfermeiras residentes em Saúde Coletiva. Para análise dos dados, optou-se pela análise temática. O saber-fazer-ser integrado ao humano, a fragmentação e a diversidade dos saberes e a interdisciplinaridade como relação de poder-saber configuraram-se como as três categorias centrais, construídas a partir das unidades de significação. Tais categorias tiveram como substrato teórico os estudiosos envolvidos com a temática, com ênfase na obra do filósofo e epistemólogo Hilton Japiassu e do sociólogo e professor Michel Foucault. Os resultados obtidos revelam que a interdisciplinaridade ainda é um desafio enquanto eixo norteador da formação e da prática dos profissionais de saúde em geral, particularmente das Residentes do Curso de Enfermagem em Saúde Coletiva da UFF. Desenvolver um trabalho interdisciplinar não é tarefa fácil, já que envolve inúmeros aspectos, principalmente aqueles relativos às relações de poder e saber. A proposta foi, nesse sentido, apontar como a implementação do pensamento interdisciplinar significará ganhos expressivos no fortalecimento desta práxis. Concluiu-se que há necessidade de priorizar e favorecer, junto aos docentes e enfermeiros residentes do curso em tela, espaços de aprofundamento, reflexão e discussão sobre o tema, a fim de aprimorar habilidades permeadas pela pedagogia interdisciplinar na prática profissional em saúde. / This study explores how an interdisciplinary curriculum can successfully wed theory to practice in the Collective Health Nursery Internship Program delivered by Aurora de Afonso Costa Nursery School at Universidade Federal Fluminense (UFF), in Rio de Janeiro state. This qualitative social research has both an exploratory and descriptive nature, as it aims to discuss interdisciplinary delivery of both theoretical and practical instruction by the above referred non-degree post-graduate program. Data were collected via semi-structured interviews with the internship program faculty and with Collective Health intern nurses. Data theme analysis was conducted in the light of three central themes - the knowing-doing-being framework, knowledge diversity and fragmentation, and interdisciplinarity, which are viewed as the essential pillars of meaning-based knowledge-power relations. These categories are supported by the literature review which relies namely on the works by philosopher and epistemologist Hilton Japiassu and sociologist and educator Michel Foucault. Findings show that an interdisciplinary approach is still challenged as the foundation concept of the qualification and practice process of healthcare professionals in general, particularly with respect to the Collective Health Nursing Interns at UFF. Developing interdisciplinary work is not an easy endeavor since there are many perspectives at stake, especially those related to power and knowledge relations. The baseline directive of this study was to show how interdisciplinary thinking can yield significant gains and strengthen the teaching praxis. It can be concluded that further investigation, reflection and discussion about interdisciplinarity should be fostered and prioritized among the faculty and the interns so as to develop and enhance their professional practice and interdisciplinary teaching
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Health professional educators’ needs regarding strategies in the implementation of a learning management systemUntiedt, Johanna Susanna Hendriena January 2014 (has links)
The University of Pretoria (UP) implemented an upgraded version of the
institutional learning management system (LMS) (called “new clickUP”) from June
2011 to December 2012. The purpose of the study is to determine the levels of
use (LoU), stages of concern (SoC), and perceived expressed needs of health
professional educators (HPEs) in the Faculty of Health Sciences as they adopt
and implement the new LMS in their teaching.
The rapid development of educational technology for teaching and learning is a
cause of constant change in higher education institutions. In particular, regular
upgrades to an LMS put pressure on lecturers, forcing them to learn to implement
upgraded versions. Although LMSs are viewed as an essential part of
technology-enhanced learning, the literature seems to be silent about widespread
fidelity of use and how this may be achieved, particularly in a medical education
context.
The study follows an eclectic research design utilising the Concerns Based
Adoption Model (CBAM) with its diagnostic tools (SoC and LoU) to evaluate both
the concerns of HPEs and the extent of implementation of the LMS. The
perceived expressed needs of HPEs in this context were explored further through
interviews. The rationale for the study is that the levels of implementation of the
LMS could be improved if professional staff development interventions address
specific training and support needs of lecturers.
The results of the study show that HPEs at UP have not yet completed the
journey across the bridge of implementation. Based on the results of the SoC and
LoU instruments, HPEs consistently rated concerns at the Unconcerned stage as
the highest, and Management concerns as second highest. Informational and
Personal stage concerns were rated not much lower than Management concerns.
Detailed information regarding the context-specific needs of HPEs was collected
from the perceived expressed needs interview, to supplement the needs obtained
through the SoC questionnaire. The results reveal some variation from the SoC,
as well as additional needs HPEs have with regard to the implementation of an
LMS.
Four core needs of the HPEs were identified: (i) to know the reason for the
change to the new LMS; (ii) to have time available to learn, practice and
implement the system; (iii) to have access to training and support resources; and
(iv) to understand the functionalities available and associated possibilities for
application in their teaching practice.
By integrating the results of research question 1 (SoC) and research question 2
(LoU), the fidelity of implementation was ascertained, utilising a fidelity matrix
based on the highest SoC and LoU achieved by HPEs.
To accomplish the stated rationale (i.e. to facilitate the journey across the
implementation bridge) the study recommends that attention should be paid to
the Unconcerned and Management stages of concern. Specific training and
support interventions should address these concerns, without neglecting
Informational and Personal concerns that are still prevalent. / Thesis (PhD)--University of Pretoria, 2014. / gm2014 / Science, Mathematics and Technology Education / unrestricted
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