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Indiferença: um estudo psicanalítico / Indifference: a psychoanalytic study

Ferraz, Daniela Tankevicius 14 June 2018 (has links)
A indiferença é uma marca de nossa cultura que envolve noções de desprezo, falta de interesse, e apatia. Verificamos também a emergência de uma supervalorização da indiferença enquanto possibilidade de desafetação frente ao sofrimento, próprio ou do outro, relacionada a um estatuto de poder frente aos demais. Avançando em relação à inclusão em categorias meramente pejorativas, pretendemos sustentar que a indiferença é uma atitude em relação a algo. Uma vez que chega ao psicanalista via sofrimento psíquico, observamos que o tema convoca uma investigação no campo de pesquisa em psicanálise. Apostando que a psicanálise carrega em si um saber sobre as possibilidades de tratamento e reposicionamento dos sujeito frente ao desejo, este trabalho tem por objetivo realizar uma investigação acerca da indiferença como modalidade de sofrimento de nossa época, mobilizando a rede conceitual psicanalítica de Freud e Lacan por diversas vias que nos instrumentalizem na construção de hipóteses sobre possíveis estatutos da indiferença no campo clínico/político. Entendemos sua incidência dentro de um contexto político marcado por um narcisismo generalizado dentro do neoliberalismo, que produz uma lógica de exclusão e negação da diferença, como também uma indiferenciação dos sujeitos dentro da massa. A indiferença entra em cena articulada aos diferentes processos da constituição subjetiva, lida através das noções de indiferenciação, identificação e alienação. A presença da indiferença na atualidade é marcada por faces diversas, que atuam de modo intrincado. A fixação em identidades rígidas relega ao sujeito uma precariedade em relação ao reconhecimento da diferença, culminando em situações extremas de ódio e fanatismo. Uma profunda vinculação aos ditames de nossa época contribui para emergência de indivíduos intolerantes ao encontro com o estranho de si e do outro, além de efetuar indiferenças valorizadas como sinônimo de sucesso da autorrealização. A indiferença depressiva se coloca na contramão da lógica do mercado, o que a faz não desejada no contexto social. Diante disto concluímos que a psicanálise pode tratar do que dói na indiferença não oferecendo consistência às demandas de aumento de autocontrole e ideais de isolamento, mas auxiliando na produção de indiferenças necessárias frente a hipereatividade às diferenças / Indifference is a mark of our culture that involves the notions of contempt, lack of interest, and apathy. We can also see the emergence of indifference regarded as a possibility of disengagement, either a persons own suffering or from the suffering of others, related to a status of power over others. Moving forward in relation to the inclusion of indifference in merely pejorative categories, we intend to maintain that indifference is an attitude toward something. Once indifference is presented to the psychoanalyst through a patients psychic suffering, we observe that the theme calls for an investigation in the field psychoanalytic research. Considering that psychoanalysis carries within itself a knowledge about the possibilities of treatment and repositioning of the subject in front of his desire, this work aims to carry out an investigation about the indifference as a modality of suffering of our time, mobilizing the conceptual psychoanalytic network of Freud and Lacan, by various means that can instrumentalize us in the construction of hypotheses about possible statutes of indifference in the clinical / political field. We understand its incidence within a political context marked by generalized narcissism within neoliberalism, which produces a logic of exclusion and denial of difference, as well as an indifferentiation of the subjects within the mass. The indifference enters the scene articulated to the different processes of the subjective constitution, read through the notions of indifference, identification and alienation. The presence of indifference today is marked by diverse aspects, which act in an intricate way. The fixation on rigid identities relegates the subject to a precariousness regarding the recognition of the difference, culminating in extreme situations of hatred and fanaticism. A deep attachment to the dictates of our time contributes to the emergence of intolerant individuals in the encounter with the stranger within themselves and others, as well as effecting indifference as a valued synonymous to success and self-realization. Depressive indifference is set against the market logic, which makes it unwanted in the social context. From this we conclude that psychoanalysis can deal with what hurts in indifference, not offering consistency to the demands of increased self-control and ideals of isolation, but rather helping in the production of necessary indifference in the face of hyper-reactivity in face of differences
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Preordens regulares e indiferença comportamental

Ribeiro, Mauricio Almeida Couri 30 January 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Departamento de Economia, Programa de Pós-Graduação em Economia, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-03-23T13:39:15Z No. of bitstreams: 1 2016_MauricioAlmeidaCouriRibeiro.pdf: 350142 bytes, checksum: 404069c0933c27b618902dee3658cc25 (MD5) / Approved for entry into archive by Raquel Viana(raquelviana@bce.unb.br) on 2016-03-24T11:43:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2016_MauricioAlmeidaCouriRibeiro.pdf: 350142 bytes, checksum: 404069c0933c27b618902dee3658cc25 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-24T11:43:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2016_MauricioAlmeidaCouriRibeiro.pdf: 350142 bytes, checksum: 404069c0933c27b618902dee3658cc25 (MD5) / Nessa dissertação, são discutidos alguns aspectos dos fundamentos teóricos da escolha com preferências incompletas formulados por Eliaz e Ok (2006). Nosso objetivo é clarificar a condição de regularidade para preordens introduzida por esses autores, mostrando que ela não impõe nenhuma restrição se apenas estivermos interessados em racionalizar uma correspondência de escolha. Porém, se estivermos interessado em capturar outros aspectos observáveis do comportamento de escolha de um agente, por exemplo, a noção de c-incomparabilidade de Eliaz e Ok (2006) ou a noção de indiferença comportamental introduzida nesta dissertação, então a única opção é usar uma preordem regular. Argumentamos também que o Axioma Fraco da Não-Inferioridade Revelada (AFNIR) introduzido por Eliaz e Ok (2006) é muito forte se quisermos caracterizar a racionabilidade de uma correspondência de escolha por uma preordem possivelmente incompleta. Finalmente, como já foi mencionado acima, nós introduzimos a noção de indiferença comportamental e argumentamos que ela é mais geral do que a noção de Eliaz e Ok (2006) de c-incomparabilidade, sendo, ao mesmo tempo, complementar a esta dentro do framework dos autores. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / In this thesis, we discuss some aspects of Eliaz and Ok (2006)'s choice theoretical foundations of incomplete preferences. Our aim is to clarify their regularity condition for preorders, showing that, as far as rationalization of a choice correspondence alone is concerned, no further restriction is imposed by requiring the preorder to be regular. However, if one is also interested in capturing other observable aspects of the individual's choice procedure, such as Eliaz and Ok's notion of c-incomparability or the notion of behavioral indifference introduced in this paper, then the only option is to use a regular preorder. We also argue that their Weak Axiom of Revealed Non-inferiority (WARNI) is too strong a property if our aim is to characterize the rationalizability of a choice correspondence by a (possibly incomplete) preorder. Finally, as we have mentioned above, we introduce the notion of behavioral indifference and argue, not only that Eliaz and Ok's notion of c-incomparability (observable incomparability) can be derived from it, but also that it has a wider range of applicability than their notion of observable incomparability.
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Indiferença: um estudo psicanalítico / Indifference: a psychoanalytic study

Daniela Tankevicius Ferraz 14 June 2018 (has links)
A indiferença é uma marca de nossa cultura que envolve noções de desprezo, falta de interesse, e apatia. Verificamos também a emergência de uma supervalorização da indiferença enquanto possibilidade de desafetação frente ao sofrimento, próprio ou do outro, relacionada a um estatuto de poder frente aos demais. Avançando em relação à inclusão em categorias meramente pejorativas, pretendemos sustentar que a indiferença é uma atitude em relação a algo. Uma vez que chega ao psicanalista via sofrimento psíquico, observamos que o tema convoca uma investigação no campo de pesquisa em psicanálise. Apostando que a psicanálise carrega em si um saber sobre as possibilidades de tratamento e reposicionamento dos sujeito frente ao desejo, este trabalho tem por objetivo realizar uma investigação acerca da indiferença como modalidade de sofrimento de nossa época, mobilizando a rede conceitual psicanalítica de Freud e Lacan por diversas vias que nos instrumentalizem na construção de hipóteses sobre possíveis estatutos da indiferença no campo clínico/político. Entendemos sua incidência dentro de um contexto político marcado por um narcisismo generalizado dentro do neoliberalismo, que produz uma lógica de exclusão e negação da diferença, como também uma indiferenciação dos sujeitos dentro da massa. A indiferença entra em cena articulada aos diferentes processos da constituição subjetiva, lida através das noções de indiferenciação, identificação e alienação. A presença da indiferença na atualidade é marcada por faces diversas, que atuam de modo intrincado. A fixação em identidades rígidas relega ao sujeito uma precariedade em relação ao reconhecimento da diferença, culminando em situações extremas de ódio e fanatismo. Uma profunda vinculação aos ditames de nossa época contribui para emergência de indivíduos intolerantes ao encontro com o estranho de si e do outro, além de efetuar indiferenças valorizadas como sinônimo de sucesso da autorrealização. A indiferença depressiva se coloca na contramão da lógica do mercado, o que a faz não desejada no contexto social. Diante disto concluímos que a psicanálise pode tratar do que dói na indiferença não oferecendo consistência às demandas de aumento de autocontrole e ideais de isolamento, mas auxiliando na produção de indiferenças necessárias frente a hipereatividade às diferenças / Indifference is a mark of our culture that involves the notions of contempt, lack of interest, and apathy. We can also see the emergence of indifference regarded as a possibility of disengagement, either a persons own suffering or from the suffering of others, related to a status of power over others. Moving forward in relation to the inclusion of indifference in merely pejorative categories, we intend to maintain that indifference is an attitude toward something. Once indifference is presented to the psychoanalyst through a patients psychic suffering, we observe that the theme calls for an investigation in the field psychoanalytic research. Considering that psychoanalysis carries within itself a knowledge about the possibilities of treatment and repositioning of the subject in front of his desire, this work aims to carry out an investigation about the indifference as a modality of suffering of our time, mobilizing the conceptual psychoanalytic network of Freud and Lacan, by various means that can instrumentalize us in the construction of hypotheses about possible statutes of indifference in the clinical / political field. We understand its incidence within a political context marked by generalized narcissism within neoliberalism, which produces a logic of exclusion and denial of difference, as well as an indifferentiation of the subjects within the mass. The indifference enters the scene articulated to the different processes of the subjective constitution, read through the notions of indifference, identification and alienation. The presence of indifference today is marked by diverse aspects, which act in an intricate way. The fixation on rigid identities relegates the subject to a precariousness regarding the recognition of the difference, culminating in extreme situations of hatred and fanaticism. A deep attachment to the dictates of our time contributes to the emergence of intolerant individuals in the encounter with the stranger within themselves and others, as well as effecting indifference as a valued synonymous to success and self-realization. Depressive indifference is set against the market logic, which makes it unwanted in the social context. From this we conclude that psychoanalysis can deal with what hurts in indifference, not offering consistency to the demands of increased self-control and ideals of isolation, but rather helping in the production of necessary indifference in the face of hyper-reactivity in face of differences
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Da poesia à hipocrisia no estudo da igualdade: contrastes da diferença humana, econômica e social / From poetry to hypocrisy in the study of equality: contrasts of the human, economic and social difference

Castelhano, Ana Paula Magna da Silva Frasca 26 April 2016 (has links)
A igualdade é um tema que interessa aos Direitos Humanos e às diversas áreas do conhecimento. Não podemos pensar a igualdade por um viés poético (como um ideal ou uma utopia) ou hipócrita (interpretado com máscaras e sem observar a realidade social). Os seres humanos têm igual valor e igual dignidade, pois, possuem traços comuns e sobre esta igualdade não podemos duvidar. Contudo, não há como negar a existência das desigualdades, diferenças e distinções por fatores econômicos, sociais, culturais e meritocráticos. Reconhecer a diversidade e as peculiaridades de cada ser humano como algo positivo é primordial para afastar a discriminação negativa. Padrões preconcebidos geram discriminação e preconceito, assim como comparações entre seres humanos e entre leis e normas também geram padrões, modelos, dogmas e paradigmas que distorcem o sistema jurídico e as inter-relações entre indivíduos e grupos. O direito a ser diferente por se sentir diferente e único, e ser o que verdadeiramente é e pensa (e que não deseja viver sob a égide de uma igualdade hipócrita e poética, que gera mais preconceito e que não vê a realidade), nasce e se fundamenta através do direito ao respeito e às escolhas, que nos é retirado pelo desejo normativo e pelo interesse dos ditos iguais. Pertencer ou não a um grupo, deve ser um direito e uma escolha de cada ser humano. Impor pertencimento é o que, muitas vezes, o Direito deseja, mas não enxergar que há seres que não querem ou não se enquadram em nenhum critério de qualquer grupo, é que não podemos aceitar. Não é possível pensar ainda em um direito à indiferença, ou seja, o afastamento do reconhecimento do diferente acreditando em uma igualdade universal sem observar as peculiaridades, singularidades e a própria diversidade. Esta é a ilusão de um igualitarismo universalista que gera sofrimento por sufocar os anseios e as escolhas de cada ser. O desejo por maquiar a realidade e ter apenas aparência para ser visível e aceito socialmente, gera conflitos e distorções na própria identidade. O autoconhecimento, a autoestima e o autorrespeito são fundamentais para estabelecer uma identidade forte e protegida de qualquer tentativa ou imposição de um comportamento social que retire a liberdade de ser e o livre arbítrio. Os contrastes econômicos e sociais são fatores que influenciam todo o estudo sobre igualdade e diferença e a hipocrisia de suas definições. Precisamos ter a mesma igualdade de oportunidades e de condições. Não podemos acreditar mais que as normas advindas pelo princípio da igualdade, foram feitas para serem efetivadas e exercidas. O Direito, seu discurso, o positivismo e as consequentes hipocrisias jurídicas e poesias na lei, devem ser repensados com urgência. Contorcionismos interpretativos sobre a igualdade e diferença não geram efetividade, não garantem os direitos fundamentais constitucionais e nem reforçam os princípios e mandamentos de Direitos Humanos. Exercer a cidadania e efetivar a democracia é respeitar as escolhas e o direito de cada um, seja como indivíduo ou grupo; é reconhecer as diferenças e possibilitar a conquista e exercício de direitos por todos. / Equality is a theme that concerns Human Rights as well as various other areas of knowledge. We cannot think about equality with poetic bias (treating equality as an ideal or utopia) nor can we think about it with hypocritical bias (equality interpreted in a veiled manner, without taking social realities into account). All human beings have equal value, equal dignity and therefore, share common traits. We cannot deny this equality. However, there is no way of denying the existence of inequalities, differences and distinctions through economic, social, cultural and meritocratic factors. Recognizing the diversity and peculiarities of each individual human being as something positive is paramount, as a means of moving away from negative discrimination. Preconceived standard lead to discrimination and prejudice, as do comparisons between laws and standard, and human beings, as this also creates patterns, models, dogmas and paradigms that distort the legal system and the inter-relationships between individuals and groups. The right to be different by feeling different and unique, and being what you truly are and believe (and not living under the aegis of a hypocritical and poetic equality, which creates more prejudice and does not face reality), is borne from and based on the right to respect and the right to have choices, which is withdrawn by the normative desire and interest of the so-called \"equals\". Belonging or not belonging to a group should be a right and choice for every human being. Very often, the Law seeks to impose a sense of belonging on the people, but we cannot accept that it does not see that there are human beings who do not want to or do not fall into any criteria of any group. It is still not possible to think of a right to indifference, i.e., the withdrawal of the recognition of what is different believing in a universal equality without observing peculiarities, singularities and diversity itself. This is the illusion of a universalistic egalitarianism which leads to suffering by stifling the aspirations and choices of each person. The desire to conceal reality and only have the appearance of being socially visible and socially accepted creates conflicts and distortions in their own identity. Self-knowledge, self-esteem and self-respect are fundamental to establishing a strong identity and protecting any attempt or imposition of a social behavior that removes freedom of being and of free will. Economic and social contrasts are factors that influence the entire study of equality and difference and the hypocrisy of its definitions. We need to have the same equality of opportunities and conditions. We cannot go on believing that the standard derived from the Principle of Equality were made to be enforced and exercised. The Law, its speech, positivism and the consequent legal hypocrisies and poeticisms in the law, should be rethought with urgency. The Interpretative Contortionisms on equality and difference do not lead to effectiveness, do not guarantee constitutional and fundamental rights, nor do they reinforce the principles and commandments of Human Rights. To exercise citizenship and implement democracy means to respect the choices and rights of each person, either as an individual or group which means recognizing differences as a means of making the conquest and the exercise of rights, something for everyone.
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Rituais de sofrimento / Rituals of sorrow

Rodrigues, Silvia Viana 16 September 2011 (has links)
No dia 25/07/2010 o programa Pânico na TV levou ao ar uma brincadeira realizada ao vivo com seus próprios humoristas. Logo que chegaram ao aeroporto de Guarulhos vindos da África do Sul, onde cobriram a Copa da FIFA, foram recebidos pela produção que lhes ofereceu uma carona merecida, já que a equipe estava exausta da viagem e, segundo o próprio programa, havia trabalhado sem descanso e em péssimas condições. Ao invés de irem para casa, conforme o prometido, passaram horas rodando por São Paulo sem destino, até que foram deixados no aeroporto de Congonhas. Lá chegando, um colega humorista os recebeu afirmando que se tratava de uma brincadeira, mas o cansaço do passeio seria apenas a primeira, pois eles deveriam se encaminhar ao estúdio para enfrentarem uma lutadora profissional de vale-tudo. Já muito irritado, um técnico da equipe disse: Eu sou câmera, eu não tenho que tá participando desse negócio aí (...) tô cansado, porra, são quarenta dias, doze horas, comendo mal.... Todos os outros protestaram e, transtornados, se recusaram a participar: É uma falta de respeito isso com o cara que tá trabalhando, quero ir embora, quero ir para minha casa. O produtor do programa interveio e, com um celular em riste, ameaçou: tem uma ordem que é do Emílio e do Alan [diretores] pra todo mundo entrar no carro agora e ir todo mundo pra lá. Não obstante o ódio generalizado, eles retornaram ao carro. O humorista encarregado da piada tentou inúmeras vezes fazer os outros rirem até que, já constrangido, falou em tom de brincadeira: não fica bravo comigo, tô aqui trabalhando, cumprindo ordens, o outro respondeu: Brincar... a gente até compartilha com vocês, só que a gente tá sem comer, sem dormir, entendeu? É desumano isso, prá caramba. O câmera, irado, completou: Eu tenho uma puta consideração com você, mas como você consegue ver graça nisso, ver seus amigos de trabalho se fodendo (...) uma situação que não tem graça (...) O cara lá em casa vai olhar para mim e achar engraçado há há, o câmera man tá fodido. Quando chegaram ao estúdio, aquele que ainda tentava piadas, mas cujo olhar traduzia tristeza, disse com seriedade: Vem, por favor, eu também tô cansado, desculpa aí. Capítulo 1: Como essa coisa pôde ser televisionada sem a menor vergonha? Capítulo 2: O que sustenta a ameaça dos diretores? Capítulo 3: Por que a equipe voltou ao carro? Capítulo 4: Como o humorista suportou ver seus amigos de trabalho se fodendo? Capítulo 5: Por que a piada continuou?No dia 25/07/2010 o programa Pânico na TV levou ao ar uma brincadeira realizada ao vivo com seus próprios humoristas. Logo que chegaram ao aeroporto de Guarulhos vindos da África do Sul, onde cobriram a Copa da FIFA, foram recebidos pela produção que lhes ofereceu uma carona merecida, já que a equipe estava exausta da viagem e, segundo o próprio programa, havia trabalhado sem descanso e em péssimas condições. Ao invés de irem para casa, conforme o prometido, passaram horas rodando por São Paulo sem destino, até que foram deixados no aeroporto de Congonhas. Lá chegando, um colega humorista os recebeu afirmando que se tratava de uma brincadeira, mas o cansaço do passeio seria apenas a primeira, pois eles deveriam se encaminhar ao estúdio para enfrentarem uma lutadora profissional de vale-tudo. Já muito irritado, um técnico da equipe disse: Eu sou câmera, eu não tenho que tá participando desse negócio aí (...) tô cansado, porra, são quarenta dias, doze horas, comendo mal.... Todos os outros protestaram e, transtornados, se recusaram a participar: É uma falta de respeito isso com o cara que tá trabalhando, quero ir embora, quero ir para minha casa. O produtor do programa interveio e, com um celular em riste, ameaçou: tem uma ordem que é do Emílio e do Alan [diretores] pra todo mundo entrar no carro agora e ir todo mundo pra lá. Não obstante o ódio generalizado, eles retornaram ao carro. O humorista encarregado da piada tentou inúmeras vezes fazer os outros rirem até que, já constrangido, falou em tom de brincadeira: não fica bravo comigo, tô aqui trabalhando, cumprindo ordens, o outro respondeu: Brincar... a gente até compartilha com vocês, só que a gente tá sem comer, sem dormir, entendeu? É desumano isso, prá caramba. O câmera, irado, completou: Eu tenho uma puta consideração com você, mas como você consegue ver graça nisso, ver seus amigos de trabalho se fodendo (...) uma situação que não tem graça (...) O cara lá em casa vai olhar para mim e achar engraçado há há, o câmera man tá fodido. Quando chegaram ao estúdio, aquele que ainda tentava piadas, mas cujo olhar traduzia tristeza, disse com seriedade: Vem, por favor, eu também tô cansado, desculpa aí. Capítulo 1: Como essa coisa pôde ser televisionada sem a menor vergonha? Capítulo 2: O que sustenta a ameaça dos diretores? Capítulo 3: Por que a equipe voltou ao carro? Capítulo 4: Como o humorista suportou ver seus amigos de trabalho se fodendo? Capítulo 5: Por que a piada continuou? / On July 25, 2010, the TV show Pânico na TV (Panic on TV) aired a live joke involving its own comediants. As soon as they arrived at Guarulhos airport coming from South Africa, where they had covered the FIFA World Cup, they were welcomed by the production, which offered them a ride they deserved, since the team was exhausted, and, according to the show itself, had worked non-stop in terrible conditions. But instead of going home as promised, they spent hours driving around the city of São Paulo, until they were left at Congonhas airport. There, another comediant told them it was a joke, and the weariness of the ride would be only the beginning, once they should now go to the studio to fight a professional MMA fighter. Already very angry, a technician said: \"I\'m a cameraman, I don\'t have to take part into this (...) I\'m fucking tired, it was forty days, twelve hours, bad food...\" Everybody else protested, and, upset, refused to participate: \"This is a lack of respect with a working guy, I want to go away, I want to go home\". The show producer came, and, with his mobile in his hand, threatened: \"I\'ve got an order from Emílio and Alan (the directors) for everybody to step into that car now and go there\". So despite the general hatred, they went back to the car. The comediant in charge of the joke tried several times to make the others laugh, until, already embarrassed, said playfuly: \"don\'t get mad at me, I\'m working here, under orders\", to which another answered: \"Joking... we even share that with you, but we haven\'t eaten or slept, got it? This is fucking not human\". The cameraman, furious, added: \"I respect you a lot, but how can you see anything funny here, watching your co-workers getting screwed (...) not a funny situation really (...) the guy back at home will look at me and think this is funny, \'haha, the cameraman is fucked\'\". When they got to the studio, the one who was still trying to make jokes, but whose look expressed sadness, said seriously: \"Come on, please, I\'m also tired, I\'m sorry\". Chapter 1: How could this thing be shamelessly aired? Chapter 2: What sustains the directors\' threat? Chapter 3: Why did the crew go back to the car? Chapter 4: How did the comediant stood \"watching his co-workers getting screwed?\" Chapter 5: Why did the joke go on?
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Rituais de sofrimento / Rituals of sorrow

Silvia Viana Rodrigues 16 September 2011 (has links)
No dia 25/07/2010 o programa Pânico na TV levou ao ar uma brincadeira realizada ao vivo com seus próprios humoristas. Logo que chegaram ao aeroporto de Guarulhos vindos da África do Sul, onde cobriram a Copa da FIFA, foram recebidos pela produção que lhes ofereceu uma carona merecida, já que a equipe estava exausta da viagem e, segundo o próprio programa, havia trabalhado sem descanso e em péssimas condições. Ao invés de irem para casa, conforme o prometido, passaram horas rodando por São Paulo sem destino, até que foram deixados no aeroporto de Congonhas. Lá chegando, um colega humorista os recebeu afirmando que se tratava de uma brincadeira, mas o cansaço do passeio seria apenas a primeira, pois eles deveriam se encaminhar ao estúdio para enfrentarem uma lutadora profissional de vale-tudo. Já muito irritado, um técnico da equipe disse: Eu sou câmera, eu não tenho que tá participando desse negócio aí (...) tô cansado, porra, são quarenta dias, doze horas, comendo mal.... Todos os outros protestaram e, transtornados, se recusaram a participar: É uma falta de respeito isso com o cara que tá trabalhando, quero ir embora, quero ir para minha casa. O produtor do programa interveio e, com um celular em riste, ameaçou: tem uma ordem que é do Emílio e do Alan [diretores] pra todo mundo entrar no carro agora e ir todo mundo pra lá. Não obstante o ódio generalizado, eles retornaram ao carro. O humorista encarregado da piada tentou inúmeras vezes fazer os outros rirem até que, já constrangido, falou em tom de brincadeira: não fica bravo comigo, tô aqui trabalhando, cumprindo ordens, o outro respondeu: Brincar... a gente até compartilha com vocês, só que a gente tá sem comer, sem dormir, entendeu? É desumano isso, prá caramba. O câmera, irado, completou: Eu tenho uma puta consideração com você, mas como você consegue ver graça nisso, ver seus amigos de trabalho se fodendo (...) uma situação que não tem graça (...) O cara lá em casa vai olhar para mim e achar engraçado há há, o câmera man tá fodido. Quando chegaram ao estúdio, aquele que ainda tentava piadas, mas cujo olhar traduzia tristeza, disse com seriedade: Vem, por favor, eu também tô cansado, desculpa aí. Capítulo 1: Como essa coisa pôde ser televisionada sem a menor vergonha? Capítulo 2: O que sustenta a ameaça dos diretores? Capítulo 3: Por que a equipe voltou ao carro? Capítulo 4: Como o humorista suportou ver seus amigos de trabalho se fodendo? Capítulo 5: Por que a piada continuou?No dia 25/07/2010 o programa Pânico na TV levou ao ar uma brincadeira realizada ao vivo com seus próprios humoristas. Logo que chegaram ao aeroporto de Guarulhos vindos da África do Sul, onde cobriram a Copa da FIFA, foram recebidos pela produção que lhes ofereceu uma carona merecida, já que a equipe estava exausta da viagem e, segundo o próprio programa, havia trabalhado sem descanso e em péssimas condições. Ao invés de irem para casa, conforme o prometido, passaram horas rodando por São Paulo sem destino, até que foram deixados no aeroporto de Congonhas. Lá chegando, um colega humorista os recebeu afirmando que se tratava de uma brincadeira, mas o cansaço do passeio seria apenas a primeira, pois eles deveriam se encaminhar ao estúdio para enfrentarem uma lutadora profissional de vale-tudo. Já muito irritado, um técnico da equipe disse: Eu sou câmera, eu não tenho que tá participando desse negócio aí (...) tô cansado, porra, são quarenta dias, doze horas, comendo mal.... Todos os outros protestaram e, transtornados, se recusaram a participar: É uma falta de respeito isso com o cara que tá trabalhando, quero ir embora, quero ir para minha casa. O produtor do programa interveio e, com um celular em riste, ameaçou: tem uma ordem que é do Emílio e do Alan [diretores] pra todo mundo entrar no carro agora e ir todo mundo pra lá. Não obstante o ódio generalizado, eles retornaram ao carro. O humorista encarregado da piada tentou inúmeras vezes fazer os outros rirem até que, já constrangido, falou em tom de brincadeira: não fica bravo comigo, tô aqui trabalhando, cumprindo ordens, o outro respondeu: Brincar... a gente até compartilha com vocês, só que a gente tá sem comer, sem dormir, entendeu? É desumano isso, prá caramba. O câmera, irado, completou: Eu tenho uma puta consideração com você, mas como você consegue ver graça nisso, ver seus amigos de trabalho se fodendo (...) uma situação que não tem graça (...) O cara lá em casa vai olhar para mim e achar engraçado há há, o câmera man tá fodido. Quando chegaram ao estúdio, aquele que ainda tentava piadas, mas cujo olhar traduzia tristeza, disse com seriedade: Vem, por favor, eu também tô cansado, desculpa aí. Capítulo 1: Como essa coisa pôde ser televisionada sem a menor vergonha? Capítulo 2: O que sustenta a ameaça dos diretores? Capítulo 3: Por que a equipe voltou ao carro? Capítulo 4: Como o humorista suportou ver seus amigos de trabalho se fodendo? Capítulo 5: Por que a piada continuou? / On July 25, 2010, the TV show Pânico na TV (Panic on TV) aired a live joke involving its own comediants. As soon as they arrived at Guarulhos airport coming from South Africa, where they had covered the FIFA World Cup, they were welcomed by the production, which offered them a ride they deserved, since the team was exhausted, and, according to the show itself, had worked non-stop in terrible conditions. But instead of going home as promised, they spent hours driving around the city of São Paulo, until they were left at Congonhas airport. There, another comediant told them it was a joke, and the weariness of the ride would be only the beginning, once they should now go to the studio to fight a professional MMA fighter. Already very angry, a technician said: \"I\'m a cameraman, I don\'t have to take part into this (...) I\'m fucking tired, it was forty days, twelve hours, bad food...\" Everybody else protested, and, upset, refused to participate: \"This is a lack of respect with a working guy, I want to go away, I want to go home\". The show producer came, and, with his mobile in his hand, threatened: \"I\'ve got an order from Emílio and Alan (the directors) for everybody to step into that car now and go there\". So despite the general hatred, they went back to the car. The comediant in charge of the joke tried several times to make the others laugh, until, already embarrassed, said playfuly: \"don\'t get mad at me, I\'m working here, under orders\", to which another answered: \"Joking... we even share that with you, but we haven\'t eaten or slept, got it? This is fucking not human\". The cameraman, furious, added: \"I respect you a lot, but how can you see anything funny here, watching your co-workers getting screwed (...) not a funny situation really (...) the guy back at home will look at me and think this is funny, \'haha, the cameraman is fucked\'\". When they got to the studio, the one who was still trying to make jokes, but whose look expressed sadness, said seriously: \"Come on, please, I\'m also tired, I\'m sorry\". Chapter 1: How could this thing be shamelessly aired? Chapter 2: What sustains the directors\' threat? Chapter 3: Why did the crew go back to the car? Chapter 4: How did the comediant stood \"watching his co-workers getting screwed?\" Chapter 5: Why did the joke go on?
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O verso-assinatura Ricardo Reis: um sopro clássico ao verso moderno / The verse-signature Ricardo Reis : a classic whisper to modern verse

Bárbara de Oliveira Santos 31 March 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O trabalho apresenta-se a propósito da obra poética que assina Ricardo Reis, sobre a qual se lança a sugestão de que é alçada pela indiferença. Tal indiferença é entendida como um modo pelo qual a linguagem mantém-se em absoluta precedência, preservando sua condição divina e sua impessoalidade. A presente pesquisa propõe que a indiferença deve ser a maneira pela qual Ricardo Reis assinala o cumprimento do fim da arte, imitando a natureza enquanto pura e inapreensível poiesis, força produtora concebida como instância à indiferença de si, isto é, indiferente a si mesma e ao que realiza. Supõe-se que Ricardo Reis, submetido à indiferença, resguarda o poema na esfera antecedente, divina e impessoal da linguagem ao assumir-se, antes de ser poeta, como verso-assinatura autorizado pela obra de arte cuja assinatura primeira é poema. Portanto, através de uma leitura reflexiva debruçada sobre alguns poemas escolhidos, pretende-se compreender como a indiferença norteia a tarefa artística de Ricardo Reis, levando em conta que a linguagem precede, inclusive, o próprio ato de escrever versos / This dissertation aims at analysing Ricardo Reis's poetical work based on the concept of indifference. Such indifference is understood as one way in which the language remains in absolute precedence, preserving its divine status and its impersonality. This research suggests that indifference might be the path that Ricardo Reis points out to fullfill the purpose of art, imitating nature as a pure and intangible poiesis, a productive force conceived as a domain indifferent to itself and to what it accomplishes. It is assumed that Ricardo Reis, subjected to the indifference of language, keeps the poem in a previous divine and impersonal sphere of language by taking on, before being a poet, a verse-signature authorized by the work of art whose first trace is poem. Therefore, through a reflective reading of some chosen poems, this study aims at understanding how indifference guides the artistic task of Ricardo Reis, taking into account that language precedes the very act of writing verses
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O verso-assinatura Ricardo Reis: um sopro clássico ao verso moderno / The verse-signature Ricardo Reis : a classic whisper to modern verse

Bárbara de Oliveira Santos 31 March 2010 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O trabalho apresenta-se a propósito da obra poética que assina Ricardo Reis, sobre a qual se lança a sugestão de que é alçada pela indiferença. Tal indiferença é entendida como um modo pelo qual a linguagem mantém-se em absoluta precedência, preservando sua condição divina e sua impessoalidade. A presente pesquisa propõe que a indiferença deve ser a maneira pela qual Ricardo Reis assinala o cumprimento do fim da arte, imitando a natureza enquanto pura e inapreensível poiesis, força produtora concebida como instância à indiferença de si, isto é, indiferente a si mesma e ao que realiza. Supõe-se que Ricardo Reis, submetido à indiferença, resguarda o poema na esfera antecedente, divina e impessoal da linguagem ao assumir-se, antes de ser poeta, como verso-assinatura autorizado pela obra de arte cuja assinatura primeira é poema. Portanto, através de uma leitura reflexiva debruçada sobre alguns poemas escolhidos, pretende-se compreender como a indiferença norteia a tarefa artística de Ricardo Reis, levando em conta que a linguagem precede, inclusive, o próprio ato de escrever versos / This dissertation aims at analysing Ricardo Reis's poetical work based on the concept of indifference. Such indifference is understood as one way in which the language remains in absolute precedence, preserving its divine status and its impersonality. This research suggests that indifference might be the path that Ricardo Reis points out to fullfill the purpose of art, imitating nature as a pure and intangible poiesis, a productive force conceived as a domain indifferent to itself and to what it accomplishes. It is assumed that Ricardo Reis, subjected to the indifference of language, keeps the poem in a previous divine and impersonal sphere of language by taking on, before being a poet, a verse-signature authorized by the work of art whose first trace is poem. Therefore, through a reflective reading of some chosen poems, this study aims at understanding how indifference guides the artistic task of Ricardo Reis, taking into account that language precedes the very act of writing verses
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O trono vazio: a teoria unitária do poder na genealogia teológica de Giorgio Agamben / The empty throne: a unitary theory of power in theological genealogy of Giorgio Agamben

Pereira, Pedro Lucas Dulci 20 February 2015 (has links)
Submitted by Cláudia Bueno (claudiamoura18@gmail.com) on 2016-01-13T16:49:22Z No. of bitstreams: 2 Dissertação - Pedro Lucas Dulci Pereira - 2015.pdf: 1874336 bytes, checksum: 4468d29925f5bc0be8c2a2b936bc1105 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Luciana Ferreira (lucgeral@gmail.com) on 2016-01-14T11:20:18Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertação - Pedro Lucas Dulci Pereira - 2015.pdf: 1874336 bytes, checksum: 4468d29925f5bc0be8c2a2b936bc1105 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-01-14T11:20:18Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertação - Pedro Lucas Dulci Pereira - 2015.pdf: 1874336 bytes, checksum: 4468d29925f5bc0be8c2a2b936bc1105 (MD5) license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) Previous issue date: 2015-02-20 / The present dissertation aims to explore only one of the input ports of the philosophy of Giorgio Agamben: the theological genealogy signature "power" in its unitary form. Despite the multifaceted work of Agamben, there is a kind of spine that runs through all the philosopher's reasoning in the last 25 years. Agamben usually puts his reader that place he calls the zone of indifference, or even of inoperativity. The origin of the idea of a zone of indifference or inoperativity that Agamben uses as ubiquitous assumption in his work, is precisely the Judeo-Christian messianic theology - so it is a theological genealogy. This philosophy of indifference or political messianism present in the work of Agamben always shown from three basic movements operated by the author. First, he criticizes between two categories historically placed in opposition in Western thought. Zoe and bios, inside and out, law and anomy, exception and rule, etc. After highlighting this polarity, it passes to the second movement that comes to bring out an indifference zone between these two poles. The figure of the homo sacer, the state of emergency, the concentration camp, etc., are also examples of people, places and situations where these bilateral oppositions become indifferent and enter a inoperativity zone. All this he shows that, finally, in the third movement of his argument, be able to present what is perhaps a unique proposition: the messianic moment of destituinte suspension. The Franciscan way of life, the use without possession, divine violence, or profanity are different ways of bringing an action that is outside the reading key metaphysical power / act. Each of these fundamental movements will be explored in the three parts of this dissertation focusing mainly on the signature “power” in his philosophy. / A presente dissertação tem por objetivo explorar apenas uma das portas de entrada da filosofia de Giorgio Agamben: a genealogia teológica da assinatura “poder” em sua forma unitária. A revelia da multifacetada obra de Agamben, existe uma espécie de coluna vertebral que perpassa todo o raciocínio do filósofo nos últimos 25 anos. Agamben habitualmente coloca o seu leitor naquele lugar que ele chama de zona de indiferença, ou mesmo, de inoperosidade. A origem da ideia de uma zona de indiferença ou de inoperosidade, que Agamben usa como pressuposto ubíquo em sua obra, é justamente a teologia messiânica judaico-cristã – por isso se trata de uma genealogia teológica. Essa filosofia da indiferença ou messianismo político presente na obra de Agamben sempre se mostra a partir de três movimentos básicos operados pelo autor. Em primeiro lugar, ele faz uma crítica entre duas categorias historicamente colocadas em oposição no pensamento ocidental. Zoē e bíos, dentro e fora, lei e anomia, exceção e regra, etc. Após destacar esta polaridade, ele passa ao segundo movimento que se trata de fazer emergir uma zona de indiferença entre estes dois pólos. A figura do homo sacer, o estado de exceção, o campo de concentração, etc., são também exemplos de pessoas, lugares e situações em que essas oposições bilaterais se tornam indiferentes e entram em uma zona de inoperosidade. Tudo isso ele mostra para que, por fim, no terceiro movimento de sua argumentação, poder apresentar aquela que talvez seja sua única proposta: o momento messiânico de suspensão destituinte. A forma de vida franciscana, o uso sem posse, a violência divina, ou a profanação são diferentes modos de apresentar uma ação que esteja fora da chave de leitura metafísica potência/ato. Cada um desses movimentos fundamentais será explorado nas três partes da presente dissertação tendo como foco principal a assinatura “poder” em sua filosofia.
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Sentidos e significados que professores atuando em escolas de periferia constituem para as dificuldades e desafios encontrados em sua profissão

Vieira, Elisandra Felix 16 October 2013 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:56:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Elisandra Felix Vieira.pdf: 1657483 bytes, checksum: eb7fd84e293cdad229033a4de94385d3 (MD5) Previous issue date: 2013-10-16 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This study aimed to grasp the senses and meanings that outlying public school teachers constitute for the difficulties and challenges they faced in their profession as well as how, according to them, these problems affect their ways of thinking, feeling and acting. Nowadays, teachers work is affected by proletarization, precarization and intensification of work, since they act in organizations with low budgets, doing a variety of functions that are not directly related to their profession, with rare opportunities of continuing professional development and, moreover, having to double or triple their daily schedule in order to make a paltry salary. Given this situation, we found it necessary to understand how these hardships affect teaching, more specifically that of Cristina, a teacher within the public school network of the municipality of São Paulo, in a Unified Educational Centre (CEU). From her narrative, as well as those of six other educators, it was possible to identify different indicators of subjective senses in these educational situations. Through articulation of the speeches, significations were identified that were gleaned as part of a dialectically determined society by means of social mediation, forming a picture that is, as the actual literature frequently points out, probably shared by the teaching professionals. The data obtained was analyzed according to the procedure suggested by Aguiar e Ozella (2006, 2013) and named Nuclei of Significations. In light of theoretical and analytical assumptions of sociocultural psychology and its main categories of analysis (historicity, mediation, thought, speech, senses and meanings), the results revealed that the distance between what is expected of the teachers and the little that they are offered in terms of resources and training has created feelings of abandonment and the desire to abscond from their professional responsibilities, as well as indifference and depersonalization, resulting from institutional problems which oppress them, producing an incapability to theorize beyond what they experienced and to understand the historical, political and economic determinations that impoverish the teaching career. Restricted by a precarious initial and continuous professional formation and by the limits of time and economic resources, the teachers need to be satisfied to teach at a level that is hardly related to pedagogical scientific knowledge / O presente estudo tem como objetivo compreender quais são os sentidos e significados que professores atuando em escolas de periferia constituem para as dificuldades e desafios encontrados em sua profissão e a maneira como, segundo eles, tais percalços afetam sua forma de pensar, sentir e agir. O trabalho docente na atualidade, em termos de processo, é afetado pela proletarização, precarização e intensificação do trabalho, uma vez que os docentes não estão isentos de trabalhar em estruturas organizacionais com baixos recursos, exercendo uma multiplicidade de funções alheias a sua formação, com escassas oportunidades de desenvolvimento profissional e, no mais das vezes, tendo que duplicar ou triplicar sua jornada de trabalho para fazer jus a um salário menos que razoável. Inseridos nesta lógica precária, achamos oportuno entender como esses percalços afetam o trabalho docente, especificamente o de uma professora da rede pública de São Paulo, que exerce sua profissão em um Centro Educacional Unificado (CEU). De seu relato, bem como do de outros seis educadores, foi possível identificar diferentes indicadores de sentidos subjetivos configurados nessas situações educacionais. A articulação das falas revela significações que são apreendidas como parte dialeticamente determinada da totalidade via mediações sociais, formando um retrato que é, possivelmente, compartilhado pelo coletivo profissional do magistério, como aponta, com frequência, a literatura atual. Os dados obtidos foram analisados de acordo com o procedimento de análise e interpretação proposto por Aguiar e Ozella (2006; 2013), núcleos de significações. À luz dos pressupostos teóricos e metodológicos da Psicologia Sócio-Histórica, e subsidiados pelas principais categorias de análise que sustentam o referencial adotado (historicidade, mediação, pensamento e linguagem, sentidos e significados), os resultados obtidos desta pesquisa revelaram que a distância entre o que se espera dos docentes e o pouco que lhes é oferecido em termos de recursos e formações têm produzido neles sentimentos de abandono e fuga frente às responsabilidades profissionais que lhes competem, além de indiferença e despersonalização, fruto das mazelas institucionais que os oprimem, produzem a incapacidade de sair do empírico e compreender as determinações históricas, políticas e econômicas que empobrecem a carreira do magistério. Restritos por uma formação inicial precária e pelas limitações de tempo e de recursos financeiros, os docentes precisam satisfazer-se em desempenhar uma docência pouco articulada ao conhecimento científico pedagógico

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